Estudantes do CEF 11 de Ceilândia lançam livro inspirado no DF
Os estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 de Ceilândia lançaram, na sexta-feira (12), no auditório do Campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), o livro P.Q.P – Palavras que provocam: escrevendo o meu lugar no mundo. A obra é resultado de um percurso formativo viabilizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), que envolveu a realização de oficinas de escrita criativa e visitas a patrimônios culturais do Distrito Federal, com destaque para espaços de Ceilândia. Ao todo, 45 estudantes do 9º ano do CEF 11 participaram da iniciativa, produzindo poemas, contos e manifestos que ampliaram seus olhares sobre o território, as memórias e as próprias trajetórias, fortalecendo o protagonismo juvenil. Projeto promoveu oficinas de escrita criativa e passeios culturais a patrimônios do Distrito Federal | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Idealizador do projeto, o psicólogo escolar do CEF 11, André Santos, explicou que a iniciativa nasceu da necessidade de fortalecer o vínculo dos jovens com o território: “O PQP nasceu da minha vivência como psicólogo escolar. Percebi que os alunos tinham muita necessidade de trabalhar a questão do território, então propus um projeto maior. Levamos os estudantes para saídas a locais culturais do DF e recuperamos suas vivências nas oficinas de escrita. O produto final de tudo isso é o livro que lançamos hoje, a culminância de todo esse processo”, contou. A diretora do CEF 11, Alzira Formiga, destacou a importância de garantir que os estudantes tenham acesso ao patrimônio cultural do Distrito Federal e ocupem esses espaços como protagonistas, ressaltando que experiências como as do projeto ampliam o repertório cultural, fortalecem o pertencimento e estimulam a autoria. [LEIA_TAMBEM]“Esse projeto trouxe muito aprendizado e ampliou a dimensão cultural e social dos nossos estudantes. Tenho certeza de que esses meninos estarão, amanhã, ocupando universidades e faculdades, porque receberam uma carga riquíssima de conhecimento”, ressaltou. Ela acrescentou que espera ver o projeto crescer e alcançar outras escolas de Ceilândia e do Distrito Federal, ampliando o acesso dos jovens à leitura, à escrita e às vivências culturais nos territórios onde vivem. O evento de lançamento contou ainda com a presença de escritores e artistas brasilienses. A escritora Maíra Valério, coordenadora editorial e curadora da obra, destacou que o P.Q.P. é, antes de tudo, um projeto de educação patrimonial e escrita criativa, que aproxima os estudantes da arte em suas múltiplas formas. Responsável por ministrar parte das quatro oficinas, Maíra ressaltou que se surpreendeu com o forte interesse dos jovens pelos caminhos da escrita e pelas visitas aos espaços culturais. Segundo ela, as atividades combinaram técnicas e gêneros literários com conversas, trocas de referências e vivências do próprio território, permitindo que os estudantes transformassem suas experiências em criação e, ao final, participassem coletivamente da produção do livro que agora chega ao público. Já a escritora e oficineira Meimei Bastos, mestre em Culturas e Saberes pela UnB, contou que ministrar as oficinas do Palavras que provocam foi uma experiência marcante, especialmente pelo contato direto com os territórios dos estudantes. “A partir das vivências nos próprios lugares onde esses jovens moram, criamos textos que revelam as potências da periferia. Levamos a poesia do papel para o corpo e para a voz, e o resultado foram produções muito potentes, como eu já esperava de jovens periféricos”, afirmou. Os alunos foram surpreendidos pela riqueza cultural dos espaços visitados, reconhecendo aspectos da história e da arte da região que antes passavam despercebidos Novos talentos Entre os talentos revelados pelo projeto está Letícia Machado, de 15 anos, que transformou sua vivência no PQP em um passo decisivo para a trajetória como jovem escritora. O texto que produziu, Territórios, agora publicado no livro do projeto, foi indicado por André Santos para concorrer ao Prêmio Candanguinho 2025, iniciativa que reconhece talentos da escrita entre estudantes do Distrito Federal. Concorrendo com mais de 1.200 candidatos, Letícia conquistou o 3º lugar do prêmio, resultado que ela atribui diretamente ao estímulo e às experiências proporcionadas pelo projeto. “Foi uma experiência que eu vou levar para a vida. A cerimônia foi no Teatro Nacional, e foi emocionante comemorar com meus pais e amigos”, relembrou. Os passeios aos patrimônios culturais também foram marcantes para Letícia, que descobriu, em Ceilândia, lugares aos quais antes não tinha acesso, ampliando seu contato com a história da cidade e com artistas locais. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Projeto Escritores Mirins estimula desenvolvimento da escrita dos alunos da EC 10 de Taguatinga
Mais de 190 estudantes do 3º ao 5º ano da Escola Classe (EC) 10 de Taguatinga viveram este ano a experiência única de escrever um livro. O ato faz parte de um projeto da instituição criado em 2019 e batizado de Escritores Mirins. A iniciativa incentiva os estudantes a escreverem textos autorais, a partir do aprendizado em sala de aula, para serem impressos cada um em uma publicação própria. “O projeto contribui demais para o processo de alfabetização e vem como uma forma de incentivo à leitura e à escrita. A partir do momento que a criança tem um interesse maior, automaticamente ela se desenvolve”, explica Emiliane Bueno, professora supervisora da escola. De acordo com ela, o projeto é direcionado para o 3º ano, mas também se estende para os jovens interessados no 4º e 5º ano. “Todos que querem participar são bem-vindos”, comenta. As crianças têm liberdade para escolher o gênero literário a partir do conteúdo estudado. Por isso, há contos, poemas e poesias. Além disso, cada um dos jovens fica responsável pela ilustração do livro. A obra fica disponível em formato digital pelo site Estante Mágica e físico, esse último com direito a uma noite de autógrafos na escola nesta sexta-feira (25). Devido aos custos da impressão, alguns dos autores mirins são apadrinhados. “Como algumas crianças não têm condições de adquirir o livro, elas são presenteadas com o apadrinhamento”, revela Emiliane. A pequena Lorena Loures Alves de Abreu, 8 anos, escolheu escrever um conto. Ela se inspirou na história da Branca de Neve e os sete anões para criar uma narrativa original sobre uma menina que, ao perder a mãe e o pai, precisa ir morar com uma tia carinhosa e uma prima muito ruim. “Fui juntando algumas coisas que aconteceram, e quando comecei a escrever as ideias foram surgindo. Fui pensando e escrevendo”, conta. A iniciativa incentiva os estudantes a escreverem textos autorais, a partir do aprendizado em sala de aula, para serem impressos cada um em uma publicação própria | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para a menina, a oportunidade vai ajudá-la a aprimorar a escrita. “Eu errei bastante [na hora de escrever], mas corrigi e deu tudo certo. Acho que quando eu pegar o livro e ver o resultado vou ter noção do que errei e do que acertei, porque eu pretendo ser escritora. Porque eu amo muito ler e escrever”, diz Lorena. Italo Nunes Persiano, 9, gosta mais de desenhar do que escrever. Mas, ao participar do projeto, viu despertar um novo talento. “Nunca pensei em ser escritor, mas quando a minha professora falou, acabei pensando [numa história] e gostei muito [de escrevê-la]. Foi a minha melhor experiência criativa, porque ser escritor é algo novo para mim”, afirma. Estímulo à imaginação Ele criou uma ficção inspirada na franquia de desenhos e jogos Pokémon. “Surgiu na minha mente uma história com pokémons diferentes. Começou a rolar na minha mente com a história começando numa floresta, escrevi e desenhei tudo que surgiu na minha cabeça”, lembra. Emiliane Bueno, professora supervisora da escola: “O projeto contribui demais para o processo de alfabetização e vem como uma forma de incentivo à leitura e à escrita. A partir do momento que a criança tem um interesse maior, automaticamente ela se desenvolve” O irmão do menino, o estudante Igor Nunes Persiano, 9, também participou do projeto. Só que o jovem preferiu escrever uma história baseada em sua própria narrativa. “Fiz uma história sobre a minha vida, desde o início até hoje. Falo das minhas características e da minha descoberta de ser autista. Pensei que era uma boa ideia falar da minha própria história”, afirma. A expectativa dele agora é que o conto possa chegar a mais pessoas. A mãe de Igor e Italo, a dona de casa Kátia Nunes dos Santos, 43 anos, destacou que o projeto foi muito interessante para os filhos. “Eles ficaram bem animados, chegavam em casa e queriam continuar a escrever. Eu estou bem animada também para ver a história deles, porque está sendo uma surpresa para mim”, comenta. Além de se emocionar pela experiência dos filhos, ela se sentiu tocada por poder ver a evolução do colégio que estudou na infância. “Está sendo muito gratificante, porque na minha época não tinha isso, não existia esse projeto quando estudei na minha infância. E hoje meus filhos estão podendo ter essa oportunidade. Isso é gratificante para mim”, classifica.
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Projeto do CEF 410 da Asa Norte abre caminho para futuros escritores
A criação de projetos que estimulem a leitura e escrita no ensino fundamental desempenha um papel crucial no desenvolvimento escolar dos estudantes. No Centro de Ensino Fundamental 410 Norte, os alunos do 8º e 9º anos são estimulados, desde o primeiro bimestre, a ler e a escrever sobre diferentes gêneros textuais, o que trabalha a produção crítica deles. Alunos do 8º e 9º anos do Centro de Ensino Fundamental 410 Norte leem e escrevem sobre grandes clássicos | Fotos: Mary Leal/SEEDF O projeto “O exercício da escrita para um processo de aperfeiçoamento criativo” se baseia no tripé leitura, oralidade e escrita. A partir da leitura da obra, os estudantes trabalham a oralidade, conhecendo o autor, os personagens, o contexto histórico da obra e, depois, começam a escrever sobre a obra, fazendo releitura ou crítica ao texto, bem como reescrevendo o final de algumas histórias, como é o caso de Romeu e Julieta, do autor inglês, William Shakespeare. Na obra original, o final de Romeu e Julieta é marcado pela trágica morte dos protagonistas. Para Hevelyn Karine da Costa Nascimento, do 8º ano, o final poderia ser reescrito da seguinte forma: “Como planejado, Romeu estava à espera de Julieta, lá fora. Romeu e Julieta se casaram e tiveram cinco filhos lindos e saudáveis.” [Olho texto=”“O exercício da escrita é um componente vital para o aprimoramento criativo, oferecendo benefícios que se estendem além do ato de escrever em si, influenciando positivamente diversos aspectos da vida pessoal e acadêmica dos estudantes”” assinatura=”Delma Carvalho, idealizadora do projeto” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A cada bimestre, os alunos escolhem um gênero textual para lerem e, a cada obra lida, uma proposta de produção fez parte da avaliação. Assim, se for escolhido o gênero poema, por exemplo, os alunos do projeto terão que desenvolver uma poesia ao final do período. Desde o começo do ano, as turmas já estudaram, além de poemas, narrativa , cordel, notícia, crônica e artigo de opinião. O objetivo do projeto é criar no estudante o prazer de ler e escrever, suscitando nele o reconhecimento de suas capacidades como leitores, analistas interpretativos e produtores de textos de qualidade, considerando o domínio de sua expressão a partir do contato com obras literárias. “O ensino de língua portuguesa precisa priorizar o preparo do aluno para diversas situações comunicacionais, sendo importante o domínio da própria língua”, explica a idealizadora do projeto, professora de português, Delma Carvalho. Francisco Jabour Uchôa, 13 anos, confessa que o gosto pela leitura aumentou depois de passar pelo projeto “No último bimestre, por exemplo, nós já estávamos trabalhando com artigos de opinião, com alunos de 8º ano. A gente conheceu os contos do Machado de Assis, lemos várias crônicas, aproveitamos o mês da Consciência Negra para desenvolver essa linha de pensamento. Lembro que nós tivemos alunos lendo Dom Casmurro e, apaixonados por Machado de Assis, indo à biblioteca buscar outras obras do autor. Em suma, o exercício da escrita é um componente vital para o aprimoramento criativo, oferecendo benefícios que se estendem além do ato de escrever em si, influenciando positivamente diversos aspectos da vida pessoal e acadêmica dos estudantes”, completa Delma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos alunos apaixonados pela leitura é Francisco Jabour Uchôa, 13 anos. Ele comenta que, após entrar para o projeto, o gosto pela leitura aumentou bastante. “Eu realmente peguei mais firme com os livros porque você precisar ler o livro para fazer a prova, daí que a gente acaba pegando mais gosto pela biblioteca.” Francisco conta, entusiasmado, o livro que mais mexeu com ele. “A história que mais me marcou foi, sem dúvida, Fahrenheit 451. Ele conta que o governo não queria que as pessoas ficassem pensativas e críticas, então eles queimavam todas as obras. Era proibido ler e ter livro. Daí o título, porque Fahrenheit 451 é a temperatura ideal para queimar muitos livros. E aí, eu achei muito legal, porque depois disso, eu percebi o quão importante os livros são na vida da gente.” O projeto de incentivar a leitura de obras literárias pode ser um caminho de aprendizado da língua portuguesa, mirando, especificamente, na escrita. Como ressalta a professora Delma: “Para escrever bem é preciso ler muito”. *Com informações da SEEDF
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Socioeducandos de Santa Maria produzem curta-metragem
“Luz, câmera e ação” é uma expressão que passou a fazer parte do dia a dia dos socioeducandos da Unidade de Internação de Santa Maria (UISM), gerida pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus). Oficinas profissionalizantes nas áreas de artes cênicas e música foram inseridas no sistema socioeducativo do DF e já começaram a produzir frutos, como a produção do curta-metragem Domingo. Atividades desenvolvidas na UISM estimulam a criatividade dos socioeducandos em diferentes eixos culturais | Foto: Divulgação/Sejus [Olho texto=” “A educação e a cultura são fundamentais na reintegração social, e as iniciativas apresentadas pelos servidores auxiliam os adolescentes nesse processo” ” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O filme começou a ser gravado em julho de 2022, a partir do projeto UISM Audiovisual: Cena na medida, idealizado pelos especialistas socioeducativos Ingreth Adriano e Fernando Meira. O curta foi selecionado para a inauguração do Espaço Cultural da Escola Superior do Ministério Público. “Esses projetos auxiliam os socioeducandos a desenvolver e ampliar habilidades socioemocionais”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “A educação e a cultura são fundamentais na reintegração social, e as iniciativas apresentadas pelos servidores auxiliam os adolescentes nesse processo.” Teoria e prática O curta-metragem Domingo foi desenvolvido por quatro jovens. Eles se revezaram entre roteiro, atuação, captação de imagens e edição. Todo o processo foi supervisionado pelos especialistas socioeducativos da UISM. “O projeto busca proporcionar aos socioeducandos acautelados na unidade experiências artísticas e culturais que possibilitem o protagonismo juvenil e a profissionalização no campo das artes cênicas, da música e do audiovisual”, explica Ingreth Adriano. “Com a oficina audiovisual, os jovens entram em contato com fotografia, escrita de roteiro, direção geral, teatro, musicalização, operação de câmera e edição de vídeo. Ao concluir a parte teórica, os jovens participantes do projeto são convidados a colocar em prática os conhecimentos adquiridos.” O subsecretário do Sistema Socioeducativo da Sejus, Daniel Fernandes, lembra que ações dessa natureza impactam positivamente a vida dos socioeducandos. “A realização de projetos como o UISM Audiovisual: Cena na medida contribui para uma ressignificação do espaço da unidade de internação para os adolescentes envolvidos no projeto”, diz. “[A unidade] funciona também como um ambiente de novas perspectivas e abertura de horizontes, proporcionando o acesso a novos conhecimentos, a um maior contato com formas de fazer arte e cultura e a novos espaços”. Cartas e inspiração [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Domingo começou com um projeto de escrita poética. Ao longo do cumprimento da medida socioeducativa, os jovens utilizam a escrita como forma de expressão. Eles escrevem cartas para os familiares, e isso acaba se tornando uma forma de expor os sentimentos e desejos. A partir dos textos escritos, surgiu a ideia de criação de cenas com essa temática. Outras ações Socioeducandos que estão na Unidade de Internação de Santa Maria também participam de outras ações de integração e crescimento social, como a cobertura fotográfica/audiovisual do I Festival de Cultura e Lazer do Sistema Socioeducativo, torneio de futsal, Fórum Nacional de Dirigentes Governamentais de Entidades Executoras da Política de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fonacriad), festas juninas e cantatas de Natal, entre outros eventos.
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Confira os vencedores do II Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil
Um momento para festejar o talento de uma nova geração de escritores. Assim foi a tarde desta quarta-feira (7), marcada pela cerimônia de anúncio das obras vencedoras da segunda edição do Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil. Realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) e com gestão do Instituto Cidade Céu de Arte, Educação e Cultura, a premiação recebeu a participação de 868 crianças e adolescentes, quadruplicando a quantidade de inscritos em relação ao ano passado. Cristiane Sobral, Beth Fernandes e Jones Schneider apresentam os vencedores da 2ª Edição do Prêmio Candanguinho | Fotos: Hugo Lira/Secec “Realizarmos esse projeto do Candanguinho, que premia crianças e adolescentes por suas primeiras palavras na poesia, é um orgulho e uma alegria enorme pra mim, não só como gestor público, mas como amante das palavras que sou, de formação e de coração. E o melhor de tudo é vermos o resultado dessa segunda edição, que supera nossas expectativas em quantidade de inscritos, mas também na altíssima qualidade dos poemas participantes”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues. O evento foi realizado na Biblioteca Nacional de Brasília e transmitido virtualmente, permitindo que estudantes de todas as regiões do DF pudessem conhecer os 30 vencedores da premiação. Os mestres de cerimônia foram Jones Abreu Schneider, diretor-presidente do Instituto Cidade Céu de Arte, Educação e Cultura; Cristiane Sobral, escritora e curadora do projeto; e Beth Fernandes, assessora de Relações Institucionais da Secec e uma das juradas. Entre os anúncios do trio, estiveram os números que comprovam o sucesso do Candanguinho. [Olho texto=”“O principal objetivo do Prêmio Candanguinho é de promover o incentivo ao livro, à leitura e à oralidade, como parte de uma política pública da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Biblioteca Nacional de Brasília, que a gente pretende que se solidifique e cresça a cada ano. Mas o mais importante é isso: difundir essa literatura, que nasce na casa de cada um de nós”” assinatura=”Beth Fernandes, assessora de Relações Institucionais da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos objetivos desta segunda edição era o de dobrar o número de participantes, já que foram 180 inscritos na edição do ano passado. Essa meta foi amplamente batida com as 868 contribuições recebidas. Os prêmios serão entregues para os melhores trabalhos nas três categorias: Infantil (de 6 a 12 anos), que obteve 41,7% do total das inscrições; Juvenil (de 13 a 17 anos), com 57,3% das participações; e pessoas com deficiência (de 6 a 17 anos), com 1%. O público feminino ficou com 65,9% das inscrições e o masculino, 34,1%. “Todos vocês que escreveram são vencedores, pois a escrita passa por esse processo de ser exercitada. Escrevam mais, escrevam sempre! Para nós, é uma responsabilidade muito grande colocar o nome de vocês em uma lista, porque a gente sabe que é um resultado que fala sobre uma cidade, uma região, uma escola, uma comunidade, uma família. Então, os vencedores são os porta-vozes de coletivos, pois a escrita é um ato coletivo”, destacou Cristiane Sobral. A área de abrangência das participações também foi largamente ampliada em relação ao ano anterior, com contribuições de 30 das 33 regiões administrativas e de oito cidades que fazem parte da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride). Entre os vencedores, os 30 trabalhos vieram de 13 regiões administrativas diferentes e de duas cidades da Ride (Buritis, de Minas Gerais, e Valparaíso de Goiás). Ceilândia e Taguatinga tiveram cinco premiados cada, e o Plano Piloto, três. Como a categoria PcD só fechou sete contemplados, Juvenil passou a 12 vencedores e infantil, 11. Dos contemplados, 18 poemas são de escolas públicas e 11, de escolas particulares. Cerimônia de lançamento da edição atual do Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil As dez primeiras poesias colocadas em cada categoria serão publicadas em livro e os três melhores poemas de cada uma das categorias receberão dispositivos eletrônicos (smartphone, tablet e leitor de e-book, respectivamente) como prêmios. “É importante lembrar que o livro vai ser impresso, distribuído aos vencedores, disponibilizado aqui na Biblioteca Nacional, mas vai ter também uma versão em e-book, em audiolivro e em braile, para que as pessoas com deficiência também possam ler e admirar os poemas vencedores”, destacou Beth Fernandes. “O principal objetivo do Prêmio Candanguinho é de promover o incentivo ao livro, à leitura e à oralidade, como parte de uma política pública da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Biblioteca Nacional de Brasília, que a gente pretende que se solidifique e cresça a cada ano. Mas o mais importante é isso: difundir essa literatura, que nasce na casa de cada um de nós”, completou ela. Veja a lista dos poemas selecionados: Infantil 1) Naomi Santana Portela? – Desmatamento 2) Maria Luísa Galeno? – Amor às diferenças 3) Beatriz Fariello? – Sofia vazia 4) Milena Ladislau Maia? – A poeira 5) Henrique Rudá Pucci Cavalcante? – Mar 6) Nina Lyra Ramos Camanho de Assis? – Meus dez anos 7) Maria de Lourdes Pitangui do Prado Abreu? – Na casa de Vó Marilda 8) Manuella Moraes Lima? – O que a mulher poder ser 9) Neymar Almeida Santos? – A importância da educação 10) Isabela de Assunção Lima? – Tesouro 11) Nathália Maria? – Por águas cintilantes Juvenil 1) Sara Barbosa Paixão – Canta teu poder 2) Sophia Dias Gomes Chaves de Melo ?– Mártires da Amazônia 3) Gabriel Ramalho Pereira Vasconcelos? – A Poesia em sua forma humana 4) Helena Barreto Daldegan? – Furos no telhado 5) Maria Eduarda Moura de Jesus? – Caryocarbrasiliense 6) Maria Clara da Rocha Soares? – Destino Matado 7) Iara Witgen Fialho ?– Arco-Íris 8) Gabriel Motinho Morato – Calando as críticas 9) Gabriel Ayres de França? – O amor cura 10) Davi Ferreira Vidal? – Soneto ao medo 11) Andriele Soares Aragão – Paixão Arretada 12) Maria Eduarda de Paula Costa de Deus? – Mina, mana, mãe, mulher PcD 1) Kennedy Fernando Alves Macedo – ?Sonhos 2) Leo Luiz Lopes Canto – ?A natureza 3) Giovanna Helena Cavalcante? – Isolamento 4) Sergio Felippe Gusmão de Araújo? – Um pequeno autista 5) José Neves Navarro? – O Construtor 6) Marlon da Costa Borges? – Eu sendo eu 7) Nicolas Henrick Sousa Melo? – Passeio de carro com papai Caravana Candanguinho A descentralização do II Prêmio Candanguinho foi resultado de um trabalho intenso de divulgação. Além das mídias tradicionais e das redes sociais, chamou a atenção a passagem lúdica da Caravana Candanguinho por diversas escolas da região, com trovadores encenando músicas e declamando poesias. As instituições de ensino médio também foram palco de apresentações de slammers, que falavam a língua dos jovens, atraindo a atenção para o projeto e as inscrições. Em instituições voltadas aos PcDs, o jovem Luís Eduardo foi responsável por contação de histórias, acompanhado da descrição audiovisual. Ao todo, os agentes candanguinho caminharam pelas oito macrorregiões do DF divulgando as inscrições com 10 mil filipetas e 300 cartazes. Um dado importante sobre o sucesso das ações lúdicas do projeto é que 41% das inscrições vieram de dez escolas visitadas. “Não tenho dúvida de que essas ações e o envolvimento de inúmeros professores, e também dos pais, contribuíram para que obtivéssemos esse resultado tão expressivo”, revela Jones Abreu Schneider, diretor-presidente do Instituto Cidade Céu de Arte, Educação e Cultura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para se ter uma ideia dessa descentralização, a primeira colocada na categoria Juvenil é da região administrativa do Sol Nascente/Pôr do Sol; o vencedor na categoria PcD é de Ceilândia; e na categoria Infantil, o primeiro lugar veio do Plano Piloto. Destaque para as públicas Escola Classe 22 do Gama e Centro de Ensino 11, que tiveram dois poemas contemplados cada uma. Ceilândia teve o maior percentual entre os inscritos, com 52,7%, seguida por Taguatinga (9%), Guará (7,3%), Plano Piloto (6,2%) e Santa Maria (5,4%). As escolas particulares foram maioria, com 61,7%, frente a 38,3% das públicas. Curadoria e comissão julgadora A curadoria do projeto foi de Cristiane Sobral, atriz, escritora, dramaturga e poetisa radicada em Brasília e indicada, neste ano, ao Prêmio Jabuti. Os jurados foram os escritores Beth Fernandes, Isolda Marinho, Gracia Cantanhede, Maurício Witczak e Sheila Gualberto Borges Pedrosa. “Originalidade, criatividade e o uso adequado da linguagem própria do gênero foram alguns dos aspectos observados pelos jurados. Isso confirma o êxito do concurso na promoção de ações formativas de inclusão e incentivo à leitura, ao mesmo tempo em que consolida Brasília como celeiro da produção literária”, comenta Cristiane Sobral. A festa de premiação será no dia 16 de dezembro, às 15h, no Teatro Plínio Marcos (localizado no Eixo Cultural Ibero-americano). Além da entrega dos prêmios, o evento também contará com apresentações culturais, como o grupo Patubatê, os slammers Singelo e Madim e a banda Refrão de Mármore. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados pela plataforma Sympla. Serviço Resultado e Entrega do II Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil Data: 16 de dezembro, às 15h Local: Teatro Plínio Marcos (Eixo Cultural Ibero-americano) Entrada franca. Clique aqui para retirar o ingresso. Saiba mais em: https://premiocandanguinhodepoesia.com/
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