Distrito Federal foi destaque nas Paralimpíadas Escolares 2025
A delegação do Distrito Federal deu um show de talento e determinação nas Paralimpíadas Escolares 2025. Durante os cinco dias de competições, de 24 a 28 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, o DF reafirmou sua força no esporte paralímpico escolar, conquistando o 6º lugar no ranking nacional e deixando um legado de orgulho. No tênis de mesa, a delegação do Distrito Federal levou duas medalhas de prata e quatro de bronze | Foto: Fernanda Feitoza/SEEDF Entre os destaques, o futebol de sete brilhou com uma campanha consistente até chegar à final contra os donos da casa, São Paulo. Na arquibancada, familiares, colegas e torcedores vibravam a cada lance. Em uma partida equilibrada e emocionante, decidida nos pênaltis, o Distrito Federal garantiu o ouro. [LEIA_TAMBEM]A equipe também conquistou os troféus de melhor goleiro e artilheiro, reconhecimentos que coroaram o esforço diário desses jovens atletas. Além disso, dois jogadores — Yan Lima, 17 anos, e Davi Oliveira, 17 — foram contemplados com a Bolsa Atleta, incentivo nacional que transforma vidas e abre portas para futuros campeões. “O jogo foi difícil para os dois lados, mas estou muito feliz por levar esse troféu para o meu estado”, comemorou Davi Andrade, artilheiro da competição e aluno do Centro de Ensino Médio (CEM) 417 de Santa Maria. O desempenho do DF também se destacou em outras modalidades. No tênis de mesa, com muita técnica, os atletas conquistaram duas medalhas de prata e quatro de bronze, celebradas como verdadeiras vitórias pessoais por eles e suas famílias. No parabadminton, a dedicação e o talento renderam duas medalhas de ouro e quatro de prata, em jogos repletos de energia e emoção. Samuel Falcão (à esquerda) e Kaique Sousa conquistaram medalhas de ouro e de prata no parabadminton A bocha, modalidade que exige precisão e estratégia, também brilhou na competição, garantindo um ouro, uma prata e um bronze. Cada ponto foi intensamente comemorado por quem conhece a dedicação desses jovens atletas. “Eu tenho muito apoio familiar e, por isso, acredito que posso conquistar muitas coisas. Fico muito feliz em estar aqui na competição”, afirmou a estudante Carolina Cammarota, 14 anos. Na natação, foram cinco medalhas de ouro, oito de prata e três de bronze, além de vários atletas que superaram seus próprios recordes pessoais. A cada virada e a cada braçada, o público acompanhou histórias de coragem que inspiram qualquer amante do esporte. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Com Centros de Iniciação Desportiva Paralímpicos, GDF amplia inclusão de pessoas com deficiência
Com 13 polos em funcionamento em oito regiões administrativas do Distrito Federal, os Centros de Iniciação Desportiva Paralímpicos (CIDPs) têm se consolidado como referência de inclusão social pelo esporte. A iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação (SEEDF), já beneficiou mais de 1,3 mil estudantes desde 2019, oferecendo às pessoas com deficiência que estudam nas escolas públicas do DF sete modalidades adaptadas gratuitamente. As atividades são praticadas no contraturno escolar. O projeto vem mudando a vida de crianças e adolescentes, promovendo autoestima, integração e até oportunidades de se tornarem atletas de alto rendimento. As modalidades disponíveis atualmente são: natação paralímpica, futebol de paralisados cerebrais, bocha/bocha paralímpica, judô paralímpico, futsal e futebol, atletismo e parabadminton. Veja a relação completa de unidades e modalidades oferecidas pelo GDF. O professor Létisson Samarone Pereira se orgulha dos alunos do CIDP: "Aqui, eles se descobrem capazes, ganham independência e até representam o DF em competições nacionais e internacionais" | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Do bullying às medalhas No CIDP de Taguatinga, referência em parabadminton, o professor Létisson Samarone Pereira conta que muitos alunos chegam retraídos, inseguros e sem perspectiva. “Aqui, eles se descobrem capazes, ganham independência e até representam o DF em competições nacionais e internacionais. O CIDP mostra para a família e para a sociedade que eles são plenamente capazes”, afirma. “Muitos de nossos alunos saem daqui com bolsas, participam de campeonatos fora do DF e até passam a viver do esporte. É uma mudança de vida completa”, acrescenta. A professora Cláudia Dionice Alves destaca o reflexo imediato na escola. “Um aluno que sofria bullying passa a ser admirado depois de conquistar uma medalha. Isso muda tudo: autoestima, disciplina, saúde e até o rendimento escolar. O CIDP abre horizontes que a sala de aula sozinha não consegue dar”, reforça. “O CID mostra que o aluno com deficiência não precisa ser tratado com pena; ele é capaz, competitivo e pode ir muito longe”, ensina. Cláudia também ressalta o apoio do GDF na estrutura: “O parabadminton, por exemplo, exige material caro. Mas os centros contam com raquetes, petecas e espaço adequado graças ao Pdaf [Programa de Descentralização Administrativa e Financeira], o que democratiza o acesso”. Os recursos para manutenção e materiais são repassados pelo Pdaf às regionais de ensino, que gerem cada polo. Histórias que inspiram Miguel Santana: "O esporte é caro, mas aqui é acessível e transformador" Entre os alunos, Miguel Santana é exemplo de como o projeto transforma a vida dos participantes. Há três meses no CIDP, ele já até participou de campeonato. “Aqui não tem exclusão, todo mundo é igual. Quem não conhece precisa vir. O esporte é caro, mas aqui é acessível e transformador”, conta. “Antes eu ficava em casa sem fazer nada. Agora, tenho amigos, treino e me sinto parte de um time”, acrescenta. Já Evelyn Andrade, 16 anos, chegou tímida e insegura. Hoje, é atleta de alto rendimento no parabadminton. “Eu sempre tive vergonha da minha deficiência. No CID, aprendi a me aceitar e a acreditar em outras meninas e quero mostrar que todas podem. Recentemente, fui convocada para o Pan-Americano. Quando entrei, não acreditava que seria capaz de competir. Hoje, meu sonho é ser atleta paralímpica e sei que vou conseguir graças ao projeto”, comemora. Campeões que apontam caminhos Júlio César Godói é bicampeão parapan-americano e atualmente o 10º do ranking mundial de simples no parabadminton O CIDP de Taguatinga também é casa de atletas de ponta, como Júlio César Godói, bicampeão parapan-americano e atualmente o 10º do ranking mundial de simples no parabadminton. Ele treina ao lado de estudantes e lembra que a convivência é uma troca valiosa: “Quando as crianças nos veem, querem seguir o mesmo caminho. Essa inspiração é fundamental: aprendemos com eles e eles aprendem com a gente. É gratificante ver no olhar deles a vontade de crescer. Cada vitória dos alunos é também uma vitória nossa como professores e atletas”, afirma. Ao lado do parceiro Marcelo Alves, o atleta ocupa, ainda, a 4ª posição mundial nas duplas. Como participar [LEIA_TAMBEM]As inscrições são gratuitas e devem ser feitas nas coordenações regionais de ensino. É necessário apresentar atestado médico e documentos do aluno e do responsável. As aulas ocorrem às segundas, quartas e sextas-feiras, nos turnos matutino e vespertino, de acordo com a disponibilidade do estudante. “Queremos quadras lotadas e mais jovens descobrindo suas capacidades. O esporte paralímpico transforma e precisa ser cada vez mais divulgado”, conclui Cláudia Dionice. Os CIDPs dão acesso às práticas esportivas voltadas à iniciação, aperfeiçoamento e participação em competições. As aulas são gratuitas e acontecem no contraturno escolar. Estudantes da rede pública de ensino e entidades conveniadas da SEEDF com comprometimento funcional, auditivo, intelectual e físico. No caso da existência de vagas remanescentes, é ofertado à comunidade. A solicitação deverá ser feita de forma presencial na Coordenação Regional de Ensino.
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Atletas do COP São Sebastião representam o Brasil em mundial de goalball
De São Sebastião para o mundo. Assim é possível definir a trajetória de três atletas e do técnico de goalball do Centro Olímpico e Paralímpico (COP) São Sebastião. Os esportistas André Dantas, Kátia Aparecida e Jéssica Vitorino e o professor Gabriel Goulart estão na cidade de Matosinhos, em Portugal, com as seleções feminina e masculina, representando o Brasil no Campeonato Mundial, que começa nesta quarta-feira (7) e segue até o dia 16 de dezembro. O objetivo é conquistar a vaga das equipes nos Jogos Paralímpicos de Paris em 2024. Seleções feminina e masculina do Brasil que vão disputar o campeonato de goalball em Portugal | Foto: Arquivo pessoal O goalball é uma modalidade paralímpica para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei, com 9 m de largura por 18 m de comprimento. As partidas são divididas em dois tempos de 12 minutos. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas que são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. As atletas do DF, Kátia Aparecida e Jéssica Vitorino, com o técnico Gabriel Goulart De cada lado há um gol posicionado, de 9 m de largura por 1,30 m de altura. Com a proposta de balançar a rede adversária, o praticante faz um arremesso rasteiro com a bola. Há um guizo em seu interior para facilitar sua localização. “O Distrito Federal vem sendo uma potência na modalidade, graças a muito trabalho. Temos vários atletas na seleção brasileira que se destacam no Brasil e internacionalmente”, afirma o técnico e professor de goalball, Gabriel Goulart. Para ele, o centro olímpico e paralímpico, que abriga a modalidade desde 2015, tem um papel essencial nessa construção. “Hoje o COP dá esse espaço para gente, onde conseguimos fazer o trabalho de alto rendimento, o que é muito importante para o cenário do goalball no DF”, acrescenta. “Em 2021, as meninas foram campeãs brasileiras e os meninos ficaram com a medalha de prata. Este ano ficamos com prata no masculino e no feminino”, completa. O atleta André Dantas e o técnico Gabriel Goulart, do COP de São Sebastião Essa é a primeira vez que Goulart acompanha a seleção feminina como técnico. No ano passado, ele havia integrado a equipe como auxiliar técnico. Envolvido com goalball desde 2013, o técnico está à frente da modalidade no COP há sete anos. Desde então, atletas do projeto da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), que treinam em alto rendimento cinco vezes por semana, aparecem na seleção brasileira e também defendem o DF nas competições nacionais. “É um trabalho de algum tempo que estamos colhendo bons frutos. Hoje o COP São Sebastião é referência nacional no goalball tanto nos atletas quanto na parte técnica”, classifica o presidente do Instituto Axiomas (organização da sociedade civil responsável pela organização do centro), Godofredo Gonçalves. Incentivo Quadra de goalball no COP São Sebastião | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Jéssica Vitorino, 29 anos, é uma das atletas do centro olímpico que integra a seleção e disputa o Campeonato Mundial. Em sua segunda participação na competição, ela se mostra animada. “Tenho grande convicção que vamos conseguir o melhor lugar no pódio, pois tivemos uma preparação forte este ano”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ela treina goalball desde 2015 em São Sebastião, o que a fez jogar em vários campeonatos da modalidade. A participação de Jéssica no esporte é financiada pelo projeto Bolsa Atleta, da SEL, que só em 2022 beneficiou 108 paratletas. A secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, comemora a presença dos atletas do projeto em mais uma competição internacional. “Nosso trabalho nos COPs tem como base a democratização da prática esportiva e do lazer para todas as pessoas da região em que eles estão localizados, visando amplo acesso da população. É um orgulho acompanhar nossos atletas e paratletas em campeonatos nacionais e internacionais”, comenta. Desde janeiro de 2022, os COPs do DF contam com 62 mil vagas gratuitas distribuídas em 29 modalidades esportivas para crianças, jovens, adultos e idosos e 12 modalidades para pessoas com deficiência.
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Um sonho, grandes vitórias para o Distrito Federal
A conquista por meio do esporte pulsa com diferentes significados: às vezes são de superação, às vezes de perseverança ou, até mesmo, regados de desafios. Com o paratleta Wendell Belarmino, de 23 anos, foi um pouco de tudo isso. Ex-estudante da rede pública de ensino do Distrito Federal, ele voltou dos Jogos Paralímpicos com três medalhas. Ouro, prata e bronze no torneio de natação para deficientes visuais de Tóquio. O campeão paralímpico Wendell e seu técnico, Marcus Lima: amizade e confiança no esporte | Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação Wendell deu as primeiras braçadas na piscina do Minas Tênis Clube, escolinha de natação. Ainda estava no ensino fundamental. “Quando comecei a nadar, nem sabia que esporte paralímpico existia direito, mas sempre fui muito competitivo, e mesmo nas primeiras aulas, dava o meu melhor para chegar em primeiro lugar”, lembra. [Olho texto=”“A natação passou de um hobby para uma profissão. É um sonho meu que se realiza. Não só no esporte, mas na vida como um todo, se a gente tiver um objetivo e lutar, fizer o possível para alcançá-lo, o dia vai chegar”” assinatura=”Wendell Belarmino, campeão paralímpico” esquerda_direita_centro=”direita”] O jovem conta que foi em 2012, ao acompanhar as vitórias do também paratleta Daniel Dias, multicampeão de natação paralímpica, que nasceu a vontade de competir em alto nível. Depois de seis anos de dedicação total, o momento mais esperado chegou. Ele viajou para Tóquio e ganhou ouro na modalidade de 50m livre, prata em revezamento e bronze nos 100m borboleta. As competições foram na classificação funcional S11, para deficiente visual total. “A natação passou de um hobby para uma profissão. É um sonho meu que se realiza. Não só no esporte, mas na vida como um todo, se a gente tiver um objetivo e lutar, fizer o possível para alcançá-lo, o dia vai chegar. Foi isso que fiz nesses seis anos de preparação: dei o máximo que podia, às vezes, até mais do que achava que era capaz, e estou muito feliz com o resultado”, destaca o campeão. Admiração e orgulho Wendell foi classificado para as paralimpíadas depois do ouro conquistado no mundial de Londres, em 2019. O jovem lembra, também, das Paralimpíadas Escolares que participou em 2013, ainda quando era aluno do Centro de Ensino Médio Setor Leste; e em 2015, já com o acompanhamento do atual treinador, Marcus Lima. O treinador conta que o orgulho e a admiração definem o sentimento depois desses anos de companheirismo: “Um tem que confiar no outro. Ele tem que confiar no meu trabalho fora da piscina e eu tenho que confiar no desempenho e perseverança dele dentro da piscina. Temos uma parceria muito importante, uma amizade”. A família também se emociona a cada passo do jovem campeão. A mãe, Laudicéia Belarmino, conta que ver o sorriso de realização do filho é o maior presente. “É muita alegria. Ver o sonho dele realizado é muito bom. Quando ele me disse: mãe, quero nadar. Fomos juntos atrás desse sonho”, descreve Laudicéia. Uma conquista de todos Em parceria com a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física (Cetefe) e do Centro de Referência Paraolímpico Brasileiro, a Secretaria de Educação trabalha para ampliar a participação dos estudantes nas Paralimpíadas Escolares. Assim como Wendell conquistou os primeiros passos como atleta paralímpico por meio desse suporte, a Diretoria de Educação Física e Desporto Escolar (Defide) tem como propósito incentivar a prática do esporte como meio transformador para todos os estudantes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O movimento paralímpico do Distrito Federal só é possível graças ao trabalho da Cetefe e é com muito orgulho que temos essa parceria. Acreditamos que a maior conquista é a autonomia que o esporte carrega. A vitória de cada estudante nosso é um orgulho, não só para nós da rede, como também para todo o Distrito Federal”, ressalta Marcelo Ottoline, diretor da Defide. *Com informações da Secretaria de Educação
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Atleta paralímpico do DF participará da Cybathlon 2020
O atleta paralímpico Estevão Lopes é o único representante da América Latina a competir na A Cybathlon 2020. Foto: divulgação Secretaria de Esportes Imagine uma competição internacional em que pessoas com deficiência física de todo o mundo disputam entre si utilizando sistemas de tecnologias assistivas de última geração. A competição já existe e acontecerá remotamente, cada um na sua cidade de origem, nos dias 13 e 14 de novembro, com a participação de uma única inscrição da América Latina: o atleta paralímpico Estevão Lopes, beneficiário dos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer. A Cybathlon 2020, que está na segunda edição, também conhecida como Olimpíada Biônica, reúne 70 equipes de 23 países. Estevão faz parte do grupo de pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) Empoderando Mobilidade e Autonomia (EMA) ingressa na categoria Corrida de Bicicleta por Estimulação Elétrica Funcional. “Existe um aparelho eletroestimulador acoplado no triciclo e os engenheiros desenvolveram uma interface que faz o papel do cérebro. Então essa interface manda o comando para o aparelho, o aparelho manda o choque para o músculo e eu consigo pedalar”, explicou o multiatleta que compete em alto rendimento na vela adaptada, canoagem e remo. Nesta semana, antes do evento, ele esteve reunido com a secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão, na sede da pasta, e avaliou a possibilidade de futuras parcerias em prol do esporte paralímpico. “O meio esportivo precisa de acessibilidade, de pessoas que realmente entendam e saibam lidar com pessoas com deficiência. Era um contato muito esperado para alinhar ideias e fomos muito bem recepcionados”, completa o cadeirante que já deu início à renovação do Bolsa Atleta 2021 e já viajou em diversas oportunidades com o Compete Brasília. A competição, realizada em novo formato, será transmitida ao vivo por meio de uma plataforma on-line criada exclusivamente para a ocasião, sendo legendado em várias línguas e traduzido em linguagem de sinais internacional. Em Brasília, a equipe do EMA cumprirá a prova no espaço de treinamento da Capital do Remo, localizado no Setor de Clubes Esportivos Sul. Os quatros melhores classificados em cada categoria participarão das finais no sábado. O Instituto Federal Suíço de Tecnologia assina a concepção da iniciativa. * Com informações da Secretaria de Esportes
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Alunos do COP são convocados para a seleção brasileira de goalball
Destaque nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, a seleção brasileira de goalball voltou para casa com a medalha de prata. Na ocasião, os jogadores de Brasília, como os irmãos Leandro e Leomon Moreno, visitaram o Centro Olímpico e Paralímpico (COP) de São Sebastião para incentivar os alunos deficientes visuais do local. Foi o primeiro contato do profissional de educação física Gabriel Goulart com a modalidade. Desde então, ele começou a se dedicar integralmente. Sete anos depois, ele comemora a convocação de três atletas da sua turma para a seleção nacional. Kátia Aparecida Ferreira Silva, 24 anos, Ana Paula Santos, 22, e Mizael Castro Souza, 20, viajam dia 1º de dezembro para São Paulo. No Centro de Treinamento Paralímpico, treinam por cerca de 15 dias. “As meninas têm muito potencial, já trabalham o goalball há três ou quatro anos. Mizael também, ainda novo, treina bastante para chegar ao ápice, que é representar o país na seleção brasileira”, destaca Gabriel. O trio faz parte do grupo de 14 atletas de alto rendimento que treina, de segunda a sexta, das 9h às 12h, no ginásio da unidade esportiva. Todos são orientados por Gabriel Goulart, que trabalha com modalidades paralímpicas desde 2011. Quando foi convidado para ser treinador da equipe de goalball série B, começou a estudar as regras e preparar os jogadores para os campeonatos regionais e nacionais, sendo professor voluntário do Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe) aos sábados. Com ele, no masculino, a turma conseguiu ser campeã em 2015, vice em 2016 e terceiro em 2018. Nos regionais, foi o primeiro lugar nesses anos. Grupo de treinamento Simultaneamente, desde 2014, Gabriel também desenvolveu o grupo de treinamento do COP de São Sebastião, que foi crescendo aos poucos. O atendimento começou individual, somente com Jéssica Gomes, deficiente visual com apenas 5% da visão no olho direito e 10% no olho esquerdo, considerada atualmente uma das melhores jogadoras da modalidade no continente americano e presença quase garantida nas Paralimpíadas de Tóquio 2020. Jéssica treina, diariamente, com o grupo do COP de São Sebastião. Entre eles, Kátia, Ana Paula e Mizael. As meninas moram, respectivamente, no Areal e em Ceilândia Norte, e precisam pegar seis conduções, todos os dias, para chegar na unidade esportiva. Kátia nasceu com glaucoma e teve a visão reduzida ainda na infância. Desde os 13 anos, quando teve o diagnóstico definitivo, começou a se adaptar à nova realidade. Por indicação de uma vizinha, começou a frequentar o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CDV) e, com uma amiga em comum, conheceu o goalball. “Ela me chamou para assistir uma partida de goaball. Quando eu vi essa alegria, essa comunicação entre eles, a bolinha azul rolando para lá e para cá, eu me apaixonei na hora. Quando o Gabriel fez uma seletiva, em 2016, consegui passar e estou com ele até hoje. Neste ano, começamos a jogar muito e fomos campeãs. Acho que foi aí que eu me destaquei. Essa convocação veio na hora certa, quando estava questionando o retorno que o goaball estava me dando. Já que não estava conseguindo conciliar com os estudos”, conta Kátia, que atua como pivô. [Olho texto=”O goalball é uma modalidade desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei – 9 metros de largura por 18 metros de comprimento. As partidas são divididas em dois tempos de 12 minutos. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas que são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Rotina intensa Já Ana Paula, que tem baixa visão devido aos problemas surgidos ainda na gravidez da sua mãe, foi apresentada à modalidade por uma colega da escola há sete anos, na Asa Sul. A rotina intensa não a fez desanimar dos treinamentos e, hoje, se dedica exclusivamente ao goaball. “Não estava esperando essa convocação, me pegou de surpresa. Fiquei em choque por alguns dias até entender. Mas ela veio depois de muito esforço. Minha expectativa é crescer cada vez mais, voltar com mais experiência, tenho muito ainda para fazer dentro do esporte”, destaca a ala. Mizael, que também nasceu com baixa visão, diz conhecer cada esquina de São Sebastião. Devido à deficiência visual, passou a treinar atletismo, há três anos, no Centro Olímpico e Paralímpico da cidade, mas logo trocou de modalidade a convite de Gabriel. “A gente tem nossas limitações e precisa o tempo todo das pessoas. Aqui, nessa quadra, me sinto livre”, diz. Ele ressalta que esportistas locais conhecidos da modalidade o motivaram a persistir nos treinos. Com a convocação, Mizael intensificou a preparação física com foco de permanecer na seleção. Saiba Mais O goalball é uma modalidade desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei – 9 metros de largura por 18 metros de comprimento. As partidas são divididas em dois tempos de 12 minutos. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas que são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. De cada lado há um gol posicionado, de 9 metros de largura por 1,30 metro de altura. Com a proposta de balançar a rede adversária, o praticante faz um arremesso rasteiro com a bola. Há um guizo em seu interior para facilitar sua localização. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer
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Programa da Secretaria de Educação incentiva o esporte paralímpico
Agência Brasília · PROGRAMA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO INCENTIVA O ESPORTE PARALÍMPICO Há 12 anos, quando ia para o trabalho, o atleta Marcelo Alves Conceição sofreu uma lesão na coluna, após um acidente em um ônibus. O que parecia ser o fim de uma carreira como esportista tornou-se o início de uma história de sucesso no cenário esportivo. Hoje, ele figura hoje como o número 1 no ranking brasileiro de parabadminton. Para a atleta Daniele Souza, o desafio de ser uma pessoa com necessidades especiais surgiu aos 11 anos, em decorrência de uma infecção hospitalar, o que não a impediu de retornar medalhista nos Jogos Parapanamericanos de Lima, neste ano. Ouça a reportagem: Egressos das escolas públicas do DF, ambos compõem a tríade de sucesso no parabadminton, juntamente com Rômulo Soares Júnior, e são inspiração para os atletas que participam do Centro de Iniciação Desportiva (CID) Paralímpico de Taguatinga. Para o professor Létisson Samarone, pioneiro no esporte no Brasil, os CIDs desenvolvem um papel fundamental na formação de novos talentos. Há 19 anos lidando com pessoas com deficiência e esporte, Létisson viu muitos estudantes chegarem sem perspectiva de vida e se tornarem atletas de ponta. A professora Cláudia Dionice está no paralímpico há 15 anos e também rememora histórias de sucesso no esporte. “Nasci para ser professora e me descobri no paralímpico. Minha motivação é poder incluir a todos e ensinar que eles podem fazer e que isso não se restringe à prática esportiva, mas à vida. Eles precisam ser acolhidos”, ensina. Parceria de sucesso Os CIDs paralimpícos oferecem gratuitamente atendimento educacional especializado em esporte adaptado. As vagas são preenchidas prioritariamente por estudantes da rede pública de ensino do DF, mas as remanescentes podem ser ocupadas por pessoas com deficiência da comunidade em geral. Os atletas podem praticar badminton, natação, tênis de mesa, atletismo ou bocha. Para difundir o trabalho realizado nos CIDs, os professores visitam escolas em companhia dos atletas que participam do programa. “É inspirador, o esporte transforma os esportistas, eles desenvolvem a autonomia, têm outras experiências, viajam sem os familiares, não há espaço para autocomiseração ou baixa autoestima”, explica o professor Létisson. Resultados Os resultados obtidos por meio dos estudantes com necessidades especiais são perceptíveis na família e no ambiente escolar. “Estudantes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) se tornam mais concentrados, crianças com transtorno do espectro autista relaxam durante as aulas de natação e o uso da raquete favorece a coordenação motora ao escrever”, aponta Létisson. Os professores enfatizam a importância das parcerias com outras secretarias do Governo do Distrito Federal e reiteram a importância do programa. “Para a maioria dos atletas paralímpicos, sem a existência do CID não há outro lugar para treino e atendimento. Os atletas adultos são inspiração para as crianças e adolescentes e despertam a admiração dos futuros talentos”, conclui Cláudia. * Com informações da Secretaria de Educação
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