Cras do Guará vira cenário de filme sobre histórias de superação
Luzes acesas, microfones ligados, atores em cena e uma equipe inteira pronta. Silêncio total. Essa foi a noite da última quinta-feira (11), no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Guará. O espaço foi cenário de gravação do filme O último canto das cigarras, um drama que une música e histórias de superação. Produzido pela Candeia Filmes e dirigido por Tercio Garofalo, o filme retrata a trajetória de Sebastian, um cantor de sucesso internacional que, após perder a voz em um trágico acidente, vê sua identidade profundamente abalada. Nesse contexto, ele conhece Aurora, uma cantora frustrada e filha do proprietário de uma fábrica de pianos, que teve sua voz reprimida desde a juventude. A partir desse encontro, eles encontram na música uma linguagem compartilhada, que se torna um refúgio e um caminho para a superação de suas dores. No enredo, a personagem Aurora participa de uma roda de conversa terapêutica destinada a mulheres que sofreram violência doméstica, refletindo sobre sua própria experiência como vítima. A cena foi filmada no auditório do centro de referência do Guará. No entanto, o local não será retratado como um Cras. Produzido pela Candeia Filmes e dirigido por Tercio Garofalo, o filme retrata a trajetória de Sebastian, um cantor de sucesso internacional que, após perder a voz em um trágico acidente, vê sua identidade profundamente abalada | Foto: Divulgação/Candeia Filmes A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, ressalta que, no caso de vítimas de violação de direitos, como violências, maus-tratos ou negligência familiar, existem os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Essas unidades oferecem acompanhamento especializado com profissionais por meio de escuta qualificada, atendimento emergencial e continuado. “Sobretudo para mulheres, que representam o maior grupo entre os beneficiários dos nossos programas sociais”, acrescenta Ana Paula Marra. “Entre as ações socioassistenciais deste Governo do Distrito Federal (GDF) para as mulheres, há o Cartão Prato Cheio, o Bolsa Maternidade, o Cartão Gás e o Agentes da Cidadania, um programa voltado a mulheres em situação de pobreza e extrema pobreza, com o objetivo de fortalecer a autonomia e a autoestima delas”, explica. Algumas cenas de O último canto das cigarras também foram gravadas durante o festival Capital Moto Week 2025, que aconteceu de 24 de julho a 2 de agosto no Parque de Exposições da Granja do Torto. No entanto, ainda não há previsão para o lançamento do filme. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)
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Cine Brasília tem sessão exclusiva para série sobre Juscelino Kubitschek
Nesta terça (28), o Cine Brasília exibe, com exclusividade, o terceiro capítulo da minissérie documental JK, o Reinventor do Brasil. Produzida pela TV Cultura, a obra narra, de forma acessível e em ritmo de podcast, a história do ex-presidente Juscelino Kubitschek, desde o dia do nascimento até o momento da morte trágica e jamais esclarecida. A série documental mostra momentos importantes da vida e da carreira política de Juscelino Kubitschek, uma referência histórica de Brasília e do Brasil | Fotos: Divulgação [Olho texto=”“Queremos que as novas gerações conheçam a figura do ex-presidente e seu legado para o país” ” assinatura=”Fábio Chateaubriand Borba, autor da minissérie e diretor-executivo da TV Cultura ” esquerda_direita_centro=”direita”] Com linguagem diferenciada e didática, a série conta, no total, com quatro episódios de 50 minutos cada. O primeiro retrata a infância de Juscelino em Diamantina (MG) e vai até a eleição ao Governo de Minas Gerais. O segundo episódio, por sua vez, narra a eleição de JK para a Presidência da República e os desafios que ele precisou enfrentar até tomar posse – inclusive o de aprovar a transferência da capital federal, que era o Rio de Janeiro (RJ), para Brasília. Já o terceiro episódio, exibido com exclusividade no Cine Brasília, relata essencialmente a construção da nova capital. “A série tem como objetivo mostrar a história de um personagem brasileiro da importância de Juscelino; queremos que as novas gerações conheçam a figura do ex-presidente e seu legado para o país”, explica o autor da minissérie e diretor-executivo da TV Cultura, Fábio Chateaubriand Borba. Nova abordagem O quarto e último capítulo aborda desde a cassação de JK até a morte em um acidente automobilístico, na Rodovia Presidente Dutra. “Juscelino foi o brasileiro médio, que vem do interior com dificuldades financeiras, perde o pai cedo e é criado pela mãe, uma professora que lutou bastante pelos filhos”, pontua Fábio Borba. “É essa epopeia que queremos levar para os jovens, com abordagens modernas, muita tecnologia e música”. JK (de terno) entre os célebres compositores mineiros Lô Borges, Fernando Brant, Márcio Borges e Milton Nascimento: trilha sonora do documentário também é diferenciada O diretor classifica como única a oportunidade de poder exibir a obra no Cine Brasília: “É uma felicidade muito grande poder trazer essa série para Brasília. A forma como abordamos essa jovem cidade quebra paradigmas e estereótipos que muita gente tem da nossa capital. Poder lançar nossa série nessa obra arquitetônica de Oscar Niemeyer dá importância ao nosso trabalho”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] JK, o Reinventor do Brasil é uma produção voltada para todas as faixas etárias. A série documental configura o maior trabalho iconográfico já feito sobre a vida do ex-presidente, tendo sido produzida a várias mãos, com o apoio de dezenas de instituições de arquivo público nacionais e até internacionais. A obra completa conta com mais de 50 mil fotografias, 80 horas de vídeos captados e mais de mil horas de edição. Outro diferencial é a trilha sonora, com canções que marcaram as várias fases da vida de Juscelino. Serviço JK, o Reinventor do Brasil ? Terça-feira (28), às 20h, no Cine Brasília – Entrequadra Sul 106/107, Asa Sul ? Classificação indicativa livre. Entrada: presença deve ser confirmada por meio deste link.
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Filme apoiado pelo FAC, ‘O Homem Cordial’ estreia no Cine Brasília
Novo projeto do cineasta de Brasília Iberê Carvalho estreia, nesta quinta-feira (11), às 18h, nas telas do Cine Brasília, espaço gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O Homem Cordial se apoia em conceitos antropológicos para pintar o retrato do Brasil atual e da invasão de fake news nas redes sociais. O filme conta com recursos de R$ 725 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Na história, Paulo Miklos interpreta um cantor de punk rock que é perseguido por suposto envolvimento no assassinato de um policial | Foto: Divulgação [Olho texto=”“É muita emoção trazer o filme para Brasília” ” assinatura=”Iberê Carvalho, cineasta” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sinais dos tempos. No olho do furacão dessa realidade pautada por meias verdades ou mesmo verdade nenhuma, está Aurélio (Paulo Miklos), um roqueiro veterano que, vítima de linchamento após ter se envolvido em um incidente de rua, está em busca de conquistas do passado. O título do filme remete a uma leitura do brasileiro cordato traçado pelo historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, em clássica obra de 1936, Raízes do Brasil. “Fiquei feliz em fazer o papel desse roqueiro dos anos 80 que encontra a sua banda”, contou Miklos, durante pré-estreia na capital federal, em alusão aos seus tempos de Titãs. Iberê Camargo, por sua vez, ressaltou: “É muita emoção trazer o filme para Brasília”. A trama Gravado nas ruas de São Paulo (SP), o longa traz no elenco, além de Paulo Miklos, o rapper Thaíde e os atores brasilienses Bidô Galvão, Murilo Grossi, Bruno Torres e André Deca, personagem importante na trama que aborda questões como racismo, desigualdade social e radicalismo virtual. “O personagem tem uma aparição rápida na trama, mas de extrema importância”, conta André, que já trabalhou com o diretor no curta Pra Pedir Perdão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esse projeto nasceu de uma angústia e sensação de impotência diante de um Brasil que eu estava vendo de forma muito preocupante após o impeachment da Dilma [Rousseff]”, relembrou Iberê Carvalho. Ele convidou para assinar a história a quatro mãos o roteirista e cineasta uruguaio Pablo Stoll, conhecido pelo aclamado drama Whisky (2004). A escolha do músico e ator Paulo Miklos – premiado como melhor ator nos festivais de Gramado e Barcelona – se deu bem antes de tudo sair do papel. Pesou bastante a marcante atuação do ex-integrante dos Titãs no filme O Invasor (2001), de Beto Brant. “Achávamos que tinha que ser um ator com carisma e ao mesmo tempo com agressividade, um personagem que você não sabe se é culpado ou inocente”, resumiu o cineasta. Serviço O Homem Cordial (Suspense/Brasil/2023/83 min). De Iberê Carvalho. Com Paulo Miklos, Thaíde, Dandara de Morais, Thalles Cabral, Murilo Grossi, Roberta Estrela D’Alva, Bruno Torres. Sinopse: Aurélio Sá é o vocalista de uma banda de punk rock que tem sido sistematicamente perseguido devido à morte de um policial, crime no qual estaria envolvido. Apesar das constantes ameaças, Aurélio sempre recusou ter qualquer responsabilidade pelo ato. Ao tentar fugir de manifestantes, ele conhece uma jornalista que deseja não apenas ouvir o lado do cantor, mas também contar com a ajuda dele para encontrar o pequeno Matheus, um garoto que está desaparecido desde a confusão. Classificação indicativa: 14 anos. No Cine Brasília – EQS 106/107, telefone 3244.1660. *Com informações da Secec
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Centro de triagem de Brasília é cenário para cenas de filme nacional
Em breve, Brasília estará nas telonas do cinema nacional. Dirigido pela premiada cineasta brasiliense Cibele Amaral, o longa-metragem “Ecoloucos – Uma Comédia Insustentável” é produzido na capital federal com a participação de diversos atores brasileiros consagrados e se propõe a mostrar, de forma divertida, a importância de práticas sustentáveis no dia-a-dia das pessoas. Na usina do P Sul, em Ceilândia, o elenco formado por Cristiana Oliveira, Maria Paula, Victor Leal, Robson Nunes, entre outros, gravou diversas cenas. E os próprios catadores foram contratados como figurantes| Foto: Divulgação/SLU Nesta terça-feira (5), o set de filmagens foi montado em uma das estruturas do Serviço de Limpeza Urbana (SLU): a Instalação de Recuperação de Resíduos (IRR), localizada na Usina do P Sul, em Ceilândia. No galpão de triagem cedido para a Cooperativa de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis Ambiental (Coopere), o elenco formado por Cristiana Oliveira, Maria Paula, Victor Leal, Robson Nunes, Fábio Rabin, entre outros, gravou diversas cenas. E os próprios catadores foram contratados como figurantes. De acordo com a cineasta Cibele Amaral, alguns trechos serão gravados na Amazônia, mas a maior parte do filme será rodada em Brasília. “A gente acredita muito no potencial da cidade como um eixo, um polo produtor de audiovisual. No elenco tem muita gente daqui e alguns atores e atrizes que vieram de fora para compor o time”, afirmou Cibele sobre o filme, que conta com apoio financeiro do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do GDF. [Olho texto=”“Acredito que, como é cinema nacional, vai causar maior impacto na população e, quem sabe, promover a conscientização para que façam a separação devida dos resíduos, que possam entender que se cada um fizer a sua parte em casa, vai gerar mais renda para nós, catadores” – Ana Cláudia, presidente da Coopere” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A Coopere é uma das 23 cooperativas/associações que mantêm contrato com o SLU e realiza tanto a coleta seletiva quanto a triagem dos resíduos no galpão da IRR. Para a presidente da entidade, Ana Cláudia, o filme é uma oportunidade de colocar em evidência temas importantes como a reciclagem. “Acredito que, como é cinema nacional, vai causar maior impacto na população e, quem sabe, promover a conscientização para que façam a separação devida dos resíduos, que possam entender que se cada um fizer a sua parte em casa, vai gerar mais renda para nós, catadores”, acredita. Os atores Robson Nunes e Cristiana Oliveira acreditam que abordar um tema importante no formato de comédia pode ajudar a ampliar um debate fundamental para os dias atuais. “Eu acredito que com a comédia é possível alcançar um maior número de pessoas. É diferente de um documentário, que obviamente tem sua importância, mas a gente pega um público que gosta de outro gênero de filme para, ao mesmo tempo, se divertir e se informar”, defende Nunes. “Eu acho importante a gente poder comunicar de forma acessível. Falando muito sério, muito tecnicamente, não se atinge todas as pessoas. Muitas precisam de exemplos e, talvez, um certo humor falando de um trabalho sério para poder contribuir”, avalia Cristiana Oliveira. Atuando como apresentadora do reality show que conduz o roteiro do filme, a atriz brasiliense Maria Paula deixa seu recado: “Essa é a chance de estar no lugar que eu mais amo, falando do assunto que eu acho mais relevante no momento, que é sustentabilidade. Especialmente as pequenas coisas que as pessoas podem fazer em casa para mudar o jogo. Eu acho que se todo mundo em casa começar a preparar seu lixo, pegar o que tem de orgânico para compostagem, o que tem de seco para reciclagem, separar direitinho e fazer o descarte adequado, a gente vai dar uma virada importante na nossa sociedade”. Sinopse do filme O que aconteceria se fôssemos convidados a virar ativistas da sustentabilidade da noite para o dia e para tanto tivéssemos que readequar, de forma radical, toda a nossa rotina? É o que os personagens Erik, Karla e Fernando serão obrigados a fazer no filme Ecoloucos – Uma Comédia Insustentável. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Erik Doria, Karla Kristina e Fernando Kannolli têm em comum o cargo de executivos que ocupam na empresa EcoKare, uma empresa ecologicamente exemplar. Porém, seus maus hábitos de vida entram em choque com a política de sustentabilidade vendida pela empresa. São consumistas, sedentários, derrubam árvores, não reciclam nada, jogam lixo na natureza, gastam água demais e cometem todo tipo de crime contra o planeta. Um belo dia, um vídeo que mostra esses maus hábitos vai parar na internet e causa um imenso transtorno para a imagem da empresa. Para recuperar o prestígio da Ecokare, os três são obrigados a participar do programa “Ecoloucos”, que é um reality show/gincana sustentável, onde terão que provar para o público que estão comprometidos com a causa verde. *Com informações do SLU
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Rotina de mulheres policiais é retratada em filme
Produção tem no elenco mulheres policiais que atuam em Brasília | Foto: Divulgação A realidade da atuação feminina na elucidação de crimes na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está retratada no filme Sem Maquiagem, que estreou em novembro do ano passado e ficou em cartaz por pouco tempo, devido à pandemia. O longa-metragem, do diretor Tony Rangel, será exibido pela Globo News, às 23h, neste domingo (7), véspera do Dia da Mulher. [Olho texto=”“Procurei mostrar o CSI da vida real, só que protagonizado por mulheres, e isso vai além do trabalho, pois explora também o lado pessoal das policiais, mostrando como elas levam a vida e encaram essa atividade tão pesada” ” assinatura=”Tony Rangel, diretor do filme Sem Maquiagem” esquerda_direita_centro=”direita”] Em formato de documentário, a história mostra a realidade e o cotidiano de cinco policiais civis – uma delegada, uma agente e três peritas criminais com especialidades em mortes violentas, incêndios, explosões e acidentes de trânsito – que atuam em investigações de campo, efetuam prisões e reúnem evidências nos inquéritos policiais. Numa mistura de ciência, tecnologia, intuição e muita coragem, a película retrata investigações, desde o chamado inicial ao local do crime, passando pela busca de vestígios, formulação de hipóteses e análises laboratoriais, até a resolução do caso. “Investigação criminal é um gênero comum na televisão e nos cinemas”, explica o diretor. “Quem nunca assistiu a algum episódio do CSI? Em Sem Maquiagem, procurei mostrar o CSI da vida real, só que protagonizado por mulheres, e isso vai além do trabalho, pois explora também o lado pessoal das policiais, mostrando como elas levam a vida e encaram essa atividade tão pesada. Ganhar a confiança para que expusessem o seu lado mais feminino e sensível foi particularmente delicado. Espero que sirva de inspiração para outras mulheres, do Brasil e do mundo.” Elenco da vida real [Olho texto=” “Não imaginava participar de um filme ao longo da minha carreira” ” assinatura=”Anie Rampon, delegada” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ao longo dos dez anos em que atuou na PCDF, a delegada Anie Rampon passou pelas delegacias especializadas de Atendimento à Mulher (Deam), da Criança e do Adolescente (DCA) e de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Atualmente, é assessora institucional e trabalha na Delegacia-Geral. “Assim, acompanho de forma mais próxima decisões institucionais, mas durante as gravações do filme estava ainda na linha de frente”, conta. “Sem dúvida, a experiência ao longo desses anos contribuiu para minha participação”. Para a delegada, a exibição do longa durante a programação do Dia da Mulher é uma forma de homenagear outras mulheres. “Não imaginava participar de um filme ao longo da minha carreira”, diz. “Fiquei muito feliz com o resultado e espero que as pessoas gostem. Somos mulheres policiais representando outras mulheres nesta data. Isso é muito simbólico e significativo”. A agente de polícia Erika Kimie trabalha na 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas. Na PCDF desde 2006, a agente foi escrivã de polícia judiciária no interior de São Paulo antes de assumir a função no DF. “Ao chegar à PCDF, fui lotada na seção de crimes violentos”, lembra. “Apesar da minha experiência anterior em São Paulo, foi aqui que tive a oportunidade de trabalhar diretamente com investigações, e isso contribuiu muito para a experiência que tenho hoje. Fui tratada como membro da equipe, ou seja, em nenhum momento fui deixada de lado por ser mulher. Pelo contrário, acompanhava toda a investigação. Foi muito gratificante”. Experiência na perícia Três policiais do elenco são peritas criminais em diferentes áreas de atuação. Larissa Marins participou desde o início das tratativas do documentário. “Sempre fui muito discreta com minha profissão, mas participar do filme não foi difícil, pois evidenciamos nossa rotina”, diz. “Muitas pessoas ficam curiosas em saber como é o trabalho pericial, e somos sempre questionados se não nos tornamos mais frios por lidar diretamente com a morte. Acredito que seja o contrário, pois, sabendo da fragilidade da vida, damos ainda mais valor a ela e às pessoas à nossa volta”. A perita foi uma das fundadoras da Seção de Incêndio e Explosão na PCDF. “Nenhuma outra unidade da Federação tinha uma seção exclusiva para fazer perícia nessa área”, explica. “Não havia muita literatura em português sobre o tema. Fizemos muitos cursos, até mesmo por meio do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do DF e na Polícia Federal, o que foi importante para criação de protocolos de atuação em conjunto”. Há oito anos na seção de crimes contra a pessoa, sendo os dois últimos como chefe, Beatriz Figueiredo também fala sobre sua atuação. “O grande diferencial é não pensar na morte ocorrida como o foco principal, mas em como nosso trabalho poderá contribuir para que a justiça seja feita, ou seja, prendendo culpados ou libertando inocentes”, resume. “Não há um curso que prepare para atuar diretamente com a perícia nos casos de homicídio. Ter perfil para lidar com essas situações é crucial”. Além da atuação em Sem Maquiagem, a experiência com a área levou a perita a participar da elaboração do curso sobre o Protocolo Nacional de Investigação e Perícias nos Crimes de Feminicídio, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). [Olho texto=”“O grande diferencial é não pensar na morte ocorrida como o foco principal, mas em como nosso trabalho poderá contribuir para que a justiça seja feita, ou seja, prendendo culpados ou libertando inocentes” ” assinatura=”Beatriz Figueiredo, perita técnica e integrante do elenco” esquerda_direita_centro=”direita”] “Tudo o que está no documentário é real”, ressalta Beatriz. “Foram cenas reais. A equipe nos acompanhou por três meses em tempo integral. Foi uma chance de mostrar parte de nossa rotina. O que realmente me motivou a aceitar participar foi poder mostrar que podemos estar em cargos e funções ainda tão improváveis de serem ocupados por mulheres e, desta forma, incentivar outras.” A perita Camila Guesine, por sua vez, já atuou em crimes de trânsito e incêndio e explosão. Hoje, está lotada na Balística Forense. “O trabalho consiste em fazer exames em armas e munição apreendidas, projéteis recolhidos de cadáveres, elementos balísticos recolhidos em locais de crime, assim [fazer] como exames de confronto balístico”, relata. “Temos um trabalho de inteligência pericial fantástico na Balística. Essa é a beleza da perícia: unir conhecimento humano à tecnologia”. Para ela, que atualmente também é consultora de estudos para concursos públicos, o filme é uma oportunidade de mostrar o trabalho técnico, comprometido e de qualidade da PCDF. “O filme retrata várias áreas da resolução de um crime, mostrando a sincronia de todas elas. É também uma forma de mostrar em rede nacional que somos uma polícia de referência e a preocupação em dar condições de trabalho aos servidores”, pontua. *Com informações da SSP
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Com a palavra, os vencedores do 53º Festival de Cinema de Brasília
Num ano atípico, em que as pessoas tiveram que aprender a se ressocializar e se manifestar de maneira diferente, o simples fato de participar de um evento da envergadura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), mesmo que virtualmente e sem a presença, in loco, do público, foi um grande feito. Maior vitrine da produção nacional no País, o festival encerrou na segunda-feira (21) sua 53ª edição. “Acreditar e persistir em fazer o cinema brasileiro. Exibir os filmes em festivais, viver e continuar vivendo essas histórias. Esse reconhecimento para o filme é importante porque a mensagem dele é muito bonita”, comentou o cineasta Lino Meireles, ainda exultante com os três troféus conquistados em sua pioneira participação no evento com o documentário Candango: Memória do Festival, uma viagem afetiva pela origem e os bastidores do mais emblemático evento cinematográfico do País. O cineasta Lino Meireles comemora os três troféus conquistados em sua pioneira participação no evento com o documentário Candango: Memória do Festival | Foto: Divulgação/Secec Além de levar o Troféu Câmara Legislativa de Melhor Longa da Mostra Brasília e a menção Marco Antônio Guimarães, pelo belíssimo trabalho de pesquisa, o filme foi eleito o mais querido do público da corrida paralela, no Júri Popular, com quase 45% dos votos. “A primeira coisa que penso depois de uma tarde daquelas, com esses prêmios, é a saudade da minha equipe”, lembra Lino. “O cinema é uma coisa que a gente faz em conjunto, um prêmio para um filme é um prêmio para muita gente. Três então…”, festeja. Carioca que viveu dez anos em Brasília, Betse de Paula conhece bem a loucura que é o público do Festival de Brasília e a aura mítica do Cine Brasília. Para ela e muitos, uma Meca do cinema nacional, o que reitera a importância de se ter realizado o evento este ano, mesmo com todos os problemas envolvendo a pandemia e o desmonte da cultura nacional. “Ser selecionado para o Festival de Brasília já é, em si, o prêmio. Queria parabenizar a organização do festival por fazer esse evento incrível e atípico. Foi um prazer ter participado e, muito melhor, com o prêmio recebido”, agradece ela, referindo-se ao Prêmio Especial da Mostra Oficial de Longa, pela Montagem de A Luz de Mario Carneiro, trabalho realizado por Márcia Luz, com quem trabalha há anos. “A dedicação dela à montagem é uma coisa admirável”, resume. Ainda debruçado sob sombras brasilienses, a ficha não caiu para o diretor David Murad, vencedor do Prêmio de Melhor Curta da Mostra Brasília com o drama de ficção Do Outro Lado, projeto de uma década, que narra as peripécias de um garoto de nove anos que tenta ampliar seus horizontes com o simples fato de atravessar a rua. “Do Outro Lado foi meu primeiro roteiro e, por muito tempo, tentei realizá-lo. Ter esse primeiro reconhecimento justamente no festival em que me criei, tantas vezes estive como público e imaginei um dia estar como realizador, é incrível”, desabafa o diretor. Para ele, ser premiado num dos mais relevantes eventos do gênero do País é um passaporte para o prestígio. “Acredito que carregar o ‘selo’ do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro vai ajudar nessa jornada. Hoje sou pura gratidão à minha maravilhosa equipe que fez esse filme acontecer”, destaca. O Brasil profundo em foco Uma das arquetípicas figuras do Brasil profundo, o personagem Macunaíma foi imortalizado pelo escritor modernista Mário de Andrade no clássico livro que escreveu em 1928, mais tarde popularizado no filme homônimo de Joaquim Pedro de Andrade, de 1969. Nessa edição do 53º FBCB, o mito de origem indígena foi desnudado para toda a nação por meio do exuberante documentário Por Onde Anda Makunaíma?, de Pedro Séllos. O resultado? O prêmio máximo da competição: Melhor Filme da Mostra Oficial de Longas do evento. Pedro Séllos levou o prêmio máximo da competição: Melhor Filme da Mostra Oficial de Longas, com o documentário Por Onde Anda Makunaíma? | Foto: Divulgação/Secec Para o jovem talentoso cineasta e sua equipe, o Troféu Candango é mais do que a valorização da multiplicidade da cultura brasileira, com todos os sotaques, cores, feições e visões de mundo. É, também, o resgate e o reconhecimento do saber dos povos indígenas que, há séculos, resistem aos ataques culturais, religiosos, econômicos e políticos. “Agora, mais do que nunca, agradeço a eles, principalmente o prêmio. O filme é fruto de muita dedicação e idealização de um cinema sensível e de resistência”, comenta. “Estou transbordando de alegria. Acho que para mim e toda equipe, que passa pelo Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, este prêmio é um dos maiores reconhecimentos possíveis!”, diz. Autor de um dos filmes mais contundentes do festival, contado de forma poética e atmosférica, o diretor Rodrigo Ribeiro levou o Candango de Melhor Direção pelo curta A Morte Branca do Feiticeiro Negro. Na narrativa documental, o cineasta explora o fantasma da escravidão no Brasil. “Mais do que um ganho, o prêmio representa uma vitória de realizadores pretos que conquistam espaços que supostamente não era para ser nosso – vide tamanha discrepância de atuação e oportunidades entre brancos e pretos na função de diretor”, lamenta. “Ocupar esses cargos, contar nossas histórias, a partir de um olhar subjetivo e intransferível é um sonoro ‘estamos aqui!’”, fala, orgulhoso. Um dos projetos mais premiados foi o curta Pausa Para o Café, de Tamiris Tertuliano, que mostra a força do olhar feminino em meio à dureza do cotidiano | Foto: Divulgação/Secec A força da delicadeza feminina Um dos projetos mais premiados nessa edição do festival, o curta Pausa Para o Café, de Tamiris Tertuliano, traz a força do olhar feminino em meio à dureza do cotidiano. É a história de duas mulheres cúmplices de seus problemas e conflitos pessoais num rápido intervalo de um café. O delicado desempenho das atrizes Maya e Rosana Stavis foi reconhecido pelo Júri Oficial da competição com o Candango de Melhor Atuação. “Ter nossa produção selecionada para o Festival já foi uma alegria sem tamanho. A premiação é a cereja do bolo que precisávamos para ter o ânimo de prosseguir nesse ano tão difícil que foi 2020. Estou extasiada e muito animada para futuros trabalhos, quero sempre estar cercada de mulheres incríveis”, diz, animada, a diretora e co-roterista Tamiris Tertuliano, à frente de uma pequena produtora de Curitiba. “Maya e Rosana Stavis mereciam nada menos que a premiação. Trabalhar com cada uma delas me fez perceber que o cinema não só merece mais mulheres, precisa de mais mulheres à frente de projetos”, reivindica a diretora do filme, que ainda venceu os Candangos de Melhor Roteiro e Montagem. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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1ª Mostra On-line de Curtas das Escolas Públicas do DF divulga vencedores
O filme O Privilégio, do Centro de Ensino Fundamental 602 do Recanto das Emas, venceu na categoria Melhor filme do Festival de Curtas nos últimos 5 anos | Foto: Reprodução Divulgados os vencedores da 1ª Mostra On-line de Curtas das Escolas Públicas do Distrito Federal #Curtadecasa. O evento foi adaptado em 2020 para o formato virtual em razão da pandemia do novo coronavírus. A ideia foi seguir com as ações pedagógicas que envolvem a produção audiovisual, incentivar esta linguagem, bem como a produção autoral e o protagonismo de estudantes e de servidores. Briza Mantzos, 17 anos, da 3ª série do Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb) foi a vencedora na categoria Estudantes. Em 2019, ela ganhou o prêmio de melhor atriz do Festival de Curtas pelo filme Oco. “Foquei na direção. Descobri muita coisa sobre mim, o meu futuro, o audiovisual amador no Brasil. Nesse processo de pandemia foi um pouco complicado, mas me deu ainda mais sede para continuar. Foi libertador”, conta a jovem. A professora Danielle Daiane Reis relembra que o roteiro nasceu de uma situação real e infeliz, mas que gerou a oportunidade de levar o aprendizado adiante. “Estávamos nesse período de pandemia em casa, minha filha de três anos e eu. Passou uma criança branca, de pele clara e olhos claros, e, quando avistou a gente, ela apontou e falou: ‘olha que menina feia, parece um urubu’. Essa criança devia ter por volta de cinco ou seis anos no máximo”, contou. Pensando no que fazer diante da situação, ela convidou outra professora, Flávia Louredo, que também vivenciou um episodio de preconceito, e as duas produziram o curta que foi o ganhador na categoria Profissionais da Educação. Conheça os trabalhos: Categoria Estudantes É Tarde – Briza Mantzos, 3ª série do Ensino Médio, CEM Elefante Branco Direção, roteiro, fotografia, sonoplastia e edição: Briza Mantzos Atuação e narração: Victor Romero e Wendy Rocha Sinopse: Victor vê uma mulher que está tomando café dentro do metrô. Sem entender o desejo de se vestir e de ser igual a ela, entra em seu espaço mental para conversar com a parte de si mesmo que está no processo de descoberta. Cheio de medo do que vão dizer, ele precisa decidir se consegue ser para todos o que sempre soube que era. Categoria Profissionais da Educação A Flor de Ayana – Danielle Daiane Reis, profª de Atividades, CRE de Samambaia Roteiro, narração e edição: Danielle Daiane Reis Ilustração e fotografia: Flávia Louredo Intérprete de libras: Rodrigo Cosme Sinopse: O vídeo retrata, com adaptações, um episódio de racismo contra uma criança, de apenas três anos, vivenciado durante o período da pandemia. Esta situação, apesar de despertar um sentimento de revolta e tristeza, nos impulsiona a lutar fortemente por uma educação para a diversidade. O fato de a atitude racista partir de uma outra criança reafirma o quanto é importante e urgente uma educação antirracista desde a educação infantil. Melhor filme das cinco últimas edições do Festival de Curtas O Privilégio – Centro de Ensino Fundamental 602 do Recanto das Emas Roteiro, direção, edição, animação e fotografia: Marcos Camargo Professor orientador: Edmar de Oliveira Sinopse: E quando existem vantagens apenas para um indivíduo ou um grupo, em detrimento de muitas outras pessoas, podemos chamar de privilégio? Escola: Centro de Ensino Fundamental 602 – CRE Recanto das Emas #Curtadecasa Neste ano, como medida de segurança para conter a disseminação da Covid-19, a SEEDF não realizou o Festival de Curtas das Escolas Públicas do Distrito Federal – evento organizado pela equipe da Gerência de Mídias Pedagógicas – Canal E, com o mesmo objetivo da Mostra On-line e que fazia parte do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos principais do país. A 1ª Mostra On-line de Curtas das Escolas Públicas do Distrito Federal #Curtadecasa foi uma oportunidade de dar continuidade por meio virtual às atividades propostas pela Secretaria de Educação Nesta edição, não houve premiação. Para estimular a participação, foram pré-selecionados e veiculados na página do festival 40 filmes inéditos, sendo 20 produções dos anos finais do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, EJA e Educação Profissional, e 20 dos servidores das carreiras magistério e assistência à educação. Também foram veiculados 30 filmes das cinco últimas edições do Festival de Curtas. Votação A partir da veiculação, os trabalhos puderam ser votados pelo júri popular. As produções inéditas têm, no máximo, dois minutos duração, com tema livre. Puderam concorrer documentários, animações, ficção e vídeos experimentais, entre outros gêneros. Na categoria estudantes, dos 1.278 votos, 400 foram para o vencedor. Os trabalhos de profissionais da educação tiveram 1.148 votos e o escolhido recebeu 597. Para o melhor filme das últimas cinco edições, 255 pessoas opinaram e, destas, 239 elegeram o ganhador. Visite a página da 1ª Mostra On-line de Curtas das Escolas Públicas do Distrito Federal #Curtadecasa *Com informações da Secretaria de Educação
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Fim de semana animado para os amantes da arte
Os equipamentos culturais da Secretaria de Cultura de Economia Criativa do Distrito Federal estão repletos de opções de diversão e arte, para todos os públicos, neste final de semana. O destaque fica por conta da exposição Produtos & Marcas, do artista Paulo Maurício, na Galeria Athos Bulcão. A mostra contempla um processo de experimentações por diferentes ângulos da pintura, com referências do Pop Art, com objetos reutilizados e reciclados. Outra atração imperdível é a edição especial do projeto Sucessos de Bilheteria, no Cine Brasília. O público poderá conferir novamente ou ver pela primeira vez os maiores sucessos no local neste ano, com exibições dos longas nacionais Bacurau, Divino Amor e Estou me guardando para quando o carnaval chegar. Os outros espaços têm espetáculos de dança, espetáculos teatrais e oficinas. Confira a programação completa: Cine Brasília Sucessos de Bilheteria Os sucessos de bilheteria de 2019 voltam à tela do Cine Brasília na programação deste final de semana (7 e 8). Os espectadores poderão assistir novamente aos filmes nacionais Bacurau, Divino Amor e Estou me guardando para quando o carnaval chegar. Programação: Sábado, 7, e domingo, 8. 16h – Estou me Guardando pra Quando o Carnaval Chegar 18h – Divino Amor 20h – Bacurau. Ingressos a R$ 6, preço fixo (a bilheteria só aceita dinheiro). Biblioteca Nacional de Brasília Clube da Leitura Na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), nesta sexta (06) a partir das 18h, no Foyer do Auditório ocorrerá a apresentação do Clube da Leitura. O Livro escolhido para discussão em agosto foi o “Quarto de Despejo- Diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus Local: Foyer do Auditório da BNB”. Classificação indicativa livre e entrada franca. Complexo Cultural Samambaia Oficina de dança Corpitchos 7/12, às 15h Oficina de dança contemporânea para crianças. Classificação indicativa: crianças de 7 a 14 anos. Entrada: Contribuição voluntária. Espaço Cultural Renato Russo Teatro 1ª Mostra Mulheres Brincantes do DF Sábado (7), às 20h Domingo (8), às 19h Com direção e dança de Camila Oliveira, Luciana Meireles, Júnia Cascaes, Leticia Coralina e Zé Regino, a inédita mostra é uma colcha de retalhos onde as quatro mulheres brincantes, quatro figuras encantadas, contam suas mitologias inventadas no mundo, histórias presentes na cidade de asas, do cerrado e do imaginário das tradições populares. Entrada: R$ 20 (inteira), 12 anos – Sala Multiuso. Teatro Rinoceronte Sábado (7), às 20h Domingo (8), às 19h A montagem é baseada na peça homônima, marco do Teatro do Absurdo, expressão artística de vanguarda no período pós 2ª Guerra. Na adaptação de Hugo Rodas, a peça navega na metáfora, que o autor, o romeno Eugène Ionesco, desenvolveu de uma atmosfera cínica, grotesca e inquietante, que remete ao efeito manada visto em muitas sociedades diante de poderes autoritários. Entrada: R$ 20 (inteira), 16 anos – Teatro Galpão. Espaço Oscar Niemeyer Exposição Bio O Quê? Reinaugurado no último mês de agosto, o Espaço Oscar Niemeyer recebe nova programação artística. Com lançamento previsto para a próxima quinta-feira (21), a nova atração do espaço cultural será a exposição Bio O quê?. De iniciativa conjunta da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, do Laboratório Ábaco e da Universidade de Brasília, a mostra retrata a Bioarte como meio de reflexão sobre a Bioeconomia. Com obras de 26 artistas, conceitualmente alinhadas sob a tendência em voga da Bioarte, a Bio O quê? tem por finalidade levar o público a refletir sobre as relações sustentáveis entre o homem e o meio ambiente. Até 21/1, entrada franca, livre. Terça a domingo, das 9h às 17h. Galeria Athos Bulcão Exposição Produtos & Marcas – Paulo Maurício A exposição, de iniciativa da Secretaria de Cultura e realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura – FAC faz referências à Pop Art, que contempla processo de experimentações por diferentes ângulos da pintura. Com as iniciais do nome do artista, a exposição Produtos & Marcas tem como elemento artístico o uso de cores primárias, assim como nos produtos de consumo de marcas populares, buscando as referências do estilo de arte consagrado na década de 50. Em alusão a marcas que se popularizaram mundialmente, a exposição também faz uma homenagem à história do Fusca, automóvel lançado no Brasil pela Volkswagen no ano de 1959. Algumas obras do artista são réplicas do carro popular, feitas de material reciclado, pintados com as cores que marcaram o movimento artístico, caracterizando os temas relacionados ao consumo, publicidade e estilo de vida americano. A exposição ficará aberta todos os dias de 27 de novembro a 10 de janeiro, das 14h às 19h, fechando apenas nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro. Entrada franca. Memorial dos Povos Indígenas O Memorial dos Povos Indígenas mantém até 31 de dezembro a exposição Menire Bê Kayapó Djàpêj (A mulher Kayapó e seu trabalho). Ela reúne rico acervo fotográfico distribuído em painéis temáticos e didáticos e composto também de elementos da natureza, como sementes, ervas, remédios e artesanato à venda. Horário de visitação: De terça a sexta-feira, das 9h às 17h; e sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. Museu Nacional da República Exposições Simbólico Sagrado (até 19/1) Com curadoria de Thaís Darzé, Simbólico Sagrado selecionou 95 peças dos autores. “É um diálogo entre as obras de dois artistas negros, baianos, que tiveram o auge de suas produções durante as décadas de 1960 a 1980. Traduzem valores e posicionamentos muito semelhantes, ao defender e difundir cultura e legado dos povos africanos, pensando numa identidade genuinamente brasileira”, explica a curadora. Almandrade (até 19/1) Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia e Palacete das Artes, Almandrade participou de várias mostras coletivas e individuais. Integrou movimentos de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. É um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista Semiótica, em 1974. Doações 2019 (até 19/1) O público ainda poderá visitar, rever ou conhecer trabalhos de artistas que passaram pelo Museu Nacional da República este ano e cederam peças que agora integram o acervo do equipamento. Com o nome Doações 2019, visitantes apreciarão trabalhos de artistas consagrados como Yutaka Toyota, Sandra Mazzini, Ding Musa, Pedro Juan Gutiérrez, Gerson Fogaça, Lia do Rio, Nilce Eiko Hanashiro e Mila Petrillo, entre outros. Manu Militão – Projeto Border (até 12/1) O projeto Border, do artista Manu Militão, estreia no museu nesta terça (12). A mostra reúne as obras produzidas por ele durante uma viagem de motocicleta de Brasília até o Alasca, passando por 14 países. Entrada franca. Classificação indicativa livre. Arno Fischer (até 5/1) Exposição de fotografias em preto e branco do fotógrafo alemão Arno Fischer (1927-2011), do pós-guerra, contemporâneo do francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004). Os trabalhos mostram Berlim nesse período e série de fotografias Polaroid tiradas no jardim do artista. Sábado e domingo, das 9h às 18h30, entrada franca, classificação livre. Museu Vivo da Memória Candanga Dia da Gravura em Brasília, dia 7/12, às 9h A Casa Laranja do Museu Vivo, em parceria com o Instituto Gravura em Foco, celebram o Dia da Gravura em Brasília. O evento contará com exposição de gravuras, rodas de conversa com gravador e público em geral e troca e venda de participantes. Exposição Image, Casa Azul – Dupla exposição dos artistas plásticos Pierre & Costerus Candido Faria – Um brasileiro em Paris, Sala de Exposição Composta de três acervos que dialogam entre si com a temática de memória, afetividade e registro do tempo. Apresenta registros de vídeos, objetos e exemplares de lambretas antigas. A mostra fica em cartaz até março de 2020. Oficinas O Museu Vivo da Memória Candanga continua com a programação fixa com cursos de costura, gravura, cerâmica, papel e da técnica pinhole. O local ainda abriga e exposição permanente Poeira, Lona e Concreto, e a Casa Verde recebe temporariamente a mostra Seu Pedro. Confira os dias e horários das oficinas: Oficina da Costura – Katy Ateliê – funcionamento de segunda a sexta-feira com turmas de 9h às 12h e 14h às 17h, sábado de 9h às 12h – Formando turmas em todos os horários. Oficina da Gravura – quarta e sexta-feira – 9h às 12h e 14h às 17h. Oficina de Cerâmica – quintas-feiras – 9h às 12h e 14h às 17h. Oficina do Papel – Fundação Pedro Jorge – Quarta-feira de 14h às 17h. Oficina de Pinhole – segunda, terça e quarta das 14h às 17h.
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CED 07 do Gama vence no segundo dia de curtas
O melhor filme do ensino fundamental escolhido pelo júri popular e pela comissão julgadora do 5º Festival de Curtas das Escolas Públicas do DF foi A Reunião, produzido por 10 estudantes do CED 07 do Gama. Ele mostra o que deveria ser uma organização empenhada no ensino dos alunos. “Nossa mensagem é para que os professores não percam o foco na escola que queremos. Um lugar onde todos participam, com motivação e empenho, uma educação melhor”, afirmou a atriz Ketlyn Fidélis, estudante do 9º ano na unidade vencedora. Nesta terça-feira, último dia do festival, foi a vez da turma do ensino fundamental ser premiada. Nestes cinco anos, mais de 10 mil participantes, com cerca de 600 produções, se inscreveram nas edições do evento, realizado em parceria entre as secretarias de Educação e de Cultura. O coordenador do evento, Gleison Cardoso, da Gerência de Produção e Difusão de Mídias Pedagógicas da SEEDF, contou que algumas obras já foram apresentadas ao mundo inteiro. “Este ano fui ao Rio de Janeiro e a gente foi homenageado no Festival Internacional Pequeno Cineasta. Os filmes de vocês ganharam o mundo, não somente a tela do Cine Brasília, templo do cinema nacional. Foram para a Espanha, Itália, Portugal e Chile”, relatou aos presentes. Foto: Carlos Marcos/Secretaria de Educação-DF É o caso do longa Palavras em Liberdade, produzido por estudantes do sistema socioeducativo e adaptado para competir no Festival de Curtas. Segundo o coordenador, a história das cartas escritas e lidas por meninos encarcerados foi assistida por mais de 11 mil pessoas. A ideia era fazer com que o socioeducando escrevesse para um ente querido ou para o próprio passado mensagens de alerta ou lições de vida. Deu certo. A produção venceu o prêmio de melhor fotografia no Festival de Curtas das Escolas Públicas de 2019. “O prêmio reverbera o próprio sistema. A gente trabalha com o resgate da autoestima, da humanidade. Quando falamos em liberdade, entramos no discurso sobre o que queremos para a vida. A escola faz parte desse processo para eles. A educação é fundamental para o sócio educativo”, contou o professor de artes visuais, Rodrigo Xavier. A produção do vídeo contou com 11 alunos do sistema, do 6º ao 9º ano, em todas as etapas, inclusive na montagem. Bia odiada O bullying também foi tema de destaque nesta edição do festival. No curta Intervalo, do CED 02 do Riacho Fundo I, a frase “todo mundo odeia a Bia” – uma menina com Síndrome de Down – provocou raiva e repúdio em todos os estudantes que estavam na sala do Cine Brasília. Foto: Carlos Marcos/Secretaria de Educação-DF Quando o estudante Vinícius Alves, do 9º ano do CEF 11 de Ceilândia, começou a dançar no vídeo para evitar as provocações dos colegas praticantes de bullying, em Juntos Somos Fortes, todo mundo entrou na onda e balançou as cadeiras do cinema. Campeão na melhor abordagem do tema, a ideia do trabalho dos estudantes do CEF 11 de Ceilândia era mostrar que a escola que eles querem é um espaço de respeito e cooperação. “Falamos sobre uma escola com problemas que precisam ser reparados. Desejamos um lugar onde haja mais respeito”, reforçou o estudante e ator principal da produção. Destaques do Ensino Fundamental Categoria Filme Aluno/Escola Montagem Escola Silenciosa Vinícius Xavier – CEF 113 do Recanto das Emas Fotografia Palavras Em Liberdade Centro Educacional Stella dos Cherubins – UIP Planaltina Ator O que está dentro, está fora Pedro Víctor – CEF 04 Planaltina Atriz Chapeuzinho on Line Débora Silva – CEF 04 Planaltina Roteiro Uma escola sem piolhos Evellynne e Gabrielle –- CEF 209 Santa Maria Desenho de som Juntos Contra a Dengue Raissa Silva de Jesus –– CED 04 Sobradinho Direção Labirinto Fernanda Frazão – CEF 01 Planaltina (Centrinho) Abordagem do Tema Juntos Somos Fortes CEF 11 Ceilândia Melhor Júri Popular A Reunião CED 07 Gama Melhor Comissão Julgadora A Reunião CED 07 Gama Este ano, o festival homenageou a professora Ghisa Porto, do CED São Francisco, em São Sebastião (DF). A professora criou na unidade o festival Chica de Ouro, onde os estudantes e toda a comunidade escolar participam. “Quando a gente tem um sonho com a educação, queremos que ele tenha as próprias pernas. É muito importante ver a arte se manifestar pela voz de vocês alunos”, disse emocionada. Como agradecimento, Ghisa pediu que cada estudante simulasse um abraço na pessoa mais importante no Cine Brasília: ele mesmo. Como premiação, todos os vencedores desta terça-feira receberam bolsas de estudo para um curso de edição de vídeo da Escola de Criação em Audiovisual 70 MM. A oficina será ministrada para os campeões em 7 de dezembro deste ano. * Com informações da Secretaria de Educação
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Filme O corpo é nosso, que estreia no Cine Brasília, convoca as mulheres para enfrentar o machismo
Liderado por Sônia Braga, o premiado filme Bacurau mistura drama e ficção com cenário no interior de Pernambuco. Foto: Dante Bellutti/Divulgação A produção O corpo é nosso, da diretora carioca Theresa Jessouroun, e o drama francês Adeus à noite, dirigido pelo premiado André Téchiné são os destaques da programação que muda no Cine Brasília a partir desta quinta-feira (12). Também continua em cartaz, em horário nobre, o filme brasileiro Bacurau, que vem deixando a sala lotada. “Tomar de volta nosso corpo, na marra.” Assim é que uma das mulheres entrevistadas na docficção brasileira O corpo é nosso se manifesta sobre machismo e patriarcalismo em um Brasil marcado pelo feminicídio. Ainda que o filme flerte com certo didatismo e uma avalanche de depoimentos que buscam criar identificação, o longa é muito oportuno. Já o drama filmado por Téchiné revisita a beleza plástica e o lirismo de narrativa que caracterizam esse seguidor de Truffaut. Ele escala a eterna musa Catherine Deneuve para fazer a audiência pensar que amor combina com tolerância, e que este é um dos sentimentos que não podem ser esquecidos quando se tratar das escolhas da juventude. Serviço: O corpo é nosso De Theresa Jessouroun (2019, documentário, Brasil, 85 minutos, 14 anos) Resumo: A trajetória da liberação do corpo da mulher brasileira. Utilizando-se do conceito “docficção” (ou “docudrama”) incorpora o drama do jornalista Marcos que, durante pesquisa, descobrea algo impactante sobre seu passado. Ao assistir as entrevistas e o material desse filme, em um exercício de metalinguagem, ele faz uma autorreflexão sobre racismo, machismo e patriarcalismo impregnados nele. Adeus à noite (L’adieu à la nuit) De André Téchiné (2019, drama, França, 104 minutos, 12 anos) Resumo: Muriel (Catherine Deneuve) fica emocionada ao ver Alex (Kacey Mottet Klein), seu neto, que veio passar alguns dias em sua casa, antes de ir morar no Canadá, destino que não é o que o jovem tem em mente. Na realidade, ele foi convencido pela namorada a abraçar uma causa religiosa-política no Oriente Médio. Bacurau De Juliano Dornelles e Kleber Mendonça (2019, drama/ficção, Brasil/França, 132 minutos, 16 anos) Resumo: Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começa a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável? Programação de 12 a 18 de setembro. Na segunda-feira, 16, e na terça, 17, não há sessões. 16h – O corpo é nosso 18h – Adeus à Noite 20h – Bacurau Cine Brasília Endereço: Asa Sul, entrequadra 106/107. Telefone: (61) 3244-1660. Ingressos a R$ 12 (inteira). A bilheteria não aceita cartões, apenas dinheiro. *Com informações da Secretaria de Cultura
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Saúde exibirá filme para debater proteção legal da amamentação
Durante a programação do Agosto Dourado, a Secretaria de Saúde (SES/DF) promoverá uma exibição gratuita do filme A verdadeira história de Tigers, do premiado escritor e diretor bósnio Danis Tanovi?. A sessão, seguida de debate, será às 14h do dia 15 (quinta-feira), no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Baseado em um fato real, o filme relata história de um vendedor de produtos farmacêuticos que resolve agir contra a empresa em que trabalha, ao se dar conta de que uma fórmula que ele vende é a causa da desnutrição que levou à morte vários bebês. “Após o filme, vamos discutir a respeito do assunto, para falar sobre o marketing e a venda de produtos que substituem ou possam prejudicar a amamentação”, explica a coordenadora de bancos de leite humano da Secretaria de Saúde (SES/DF), Mirian Santos. “Além disso, vamos aproveitar para discutir o porquê de a amamentação em público ainda ser considerada tabu.” Foram convidados para o debate representantes da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar e do Conselho Regional de Nutrição da 1ª Região, além do presidente da Sociedade de Pediatria do DF, uma jornalista, uma pediatra e uma enfermeira do Centro de Referência de Bancos de Leite Humano do DF. SERVIÇO Filme: A verdadeira história de Tigers Data: 15 de agosto Hora: das 14h às 18h Local: Auditório da Fepecs – Setor Médico Hospitalar Norte, conjunto A, bloco 1 – Asa Norte. * Com informações da SES/DF
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