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Painel coletivo de grafiteiros do DF dá cara nova à passagem subterrânea da 103/104 Norte

No último mês, artistas grafiteiros de diferentes regiões do Distrito Federal levaram vida e cores à passagem subterrânea da 103/104 Norte. Para receber o mural, o local passou por reforma estrutural que incluiu instalação de câmeras e reforço na iluminação. A ação integra um projeto de reforma das passagens subterrâneas, que recebe investimento de mais de R$ 4 milhões, realizado por meio de acordo de cooperação técnica entre a Diretoria das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Grafiteiros de diferentes regiões do Distrito Federal deram um visual novo à passagem subterrânea da 103/104 Norte | Fotos: Divulgação/Novacap Por muitos anos, a passagem subterrânea da 103/104 Norte foi sinônimo de medo e abandono. Agora, quem circula pelo local encontra luz, cor e histórias estampadas nas paredes. Além de funcionar como um corredor cultural, o espaço também estimula a reflexão sobre temas importantes, como o combate à violência contra a mulher. A convite da Novacap, o grafiteiro Elom Cordeiro, de Ceilândia, fez a curadoria do projeto artístico e convidou outros 15 artistas de diferentes regiões do DF para compor o painel coletivo de grafite. A proposta foi transmitir sensação de segurança e pertencimento, além de aprimorar a estética da passagem. As entradas sul e norte receberam elementos gráficos dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) envolvidos no projeto, inspirados nos azulejos de Athos Bulcão, símbolo importante da identidade visual de Brasília. A estética institucional nas entradas buscou marcar a presença do poder público, sem perder a essência do espaço frequentado diariamente pelos pedestres. Elom explica que o projeto precisava respeitar a identidade dessas pessoas e equilibrar a linha institucional com a liberdade da arte urbana. A proposta da iniciativa foi transmitir sensação de segurança e pertencimento, além de aprimorar a estética da passagem Trabalho coletivo Cada parte dos 382 metros de paredes recebeu a arte de um grafiteiro diferente, que assinou seu trabalho em homenagem à região administrativa em que vive. Além do curador Elom Cordeiro, de Ceilândia, participaram Scooby, Neco e Atax, de Taguatinga; Lapixa e Karek, de Sobradinho; Rivas, do Sol Nascente; Guga, da Asa Norte; Spek, do P Norte; Drop, Du Santos, Síria, Scorpia e Camz, de Ceilândia; e Naty, do Recanto das Emas. [LEIA_TAMBEM]Guga, por exemplo, retratou os punks que frequentam o local, ilustrando o nome de cada crew, como são chamados os grupos, em homenagem à cena underground da cidade. Rivas levou frases motivacionais, como “Você só vence amanhã se não desistir hoje”. Já Elom, atendeu aos pedidos dos pedestres e ilustrou personagens como As Meninas Superpoderosas, representando a força feminina de quem enfrenta o vai e vem diário nas passagens. “Quem decide o que a gente vai fazer é o pessoal da rua. A galera passa aqui todo dia, então as ideias vêm deles”, explicou Elom. A grafiteira Síria trabalhou em conjunto com o colega Speck e contou que o objetivo de sua obra é fazer com que todas as mulheres se sintam representadas e protegidas: “O Speck retratou uma mulher negra, que também me representa, e eu compus ao redor dela minha caligrafia. O turbante, as cores e o gesto remetem à ancestralidade, e a mandala caligráfica em volta representa o brilho das mulheres negras dentro da construção social e econômica da nossa cidade”, comentou. O grafiteiro Elom Cordeiro fez a curadoria do projeto artístico e convidou outros 15 artistas para compor o painel coletivo de grafite Aprovação popular O novo visual da passagem não passou despercebido pelos usuários do local. Morador da Asa Norte há mais de quatro décadas, Luís Barbosa, de 72 anos, celebrou a mudança: “Antes era depredado, horrível. Agora está tudo limpo e bonito. Dá mais segurança, sem dúvidas”. Já a moradora de Planaltina Domingas Dias, 42, destacou a transformação: “Aqui era muito ruim — estava tudo quebrado, escuro e ficavam muitos moradores de rua. Às vezes eu nem passava por aqui e me arriscava entre os carros mesmo. Depois da reforma ficou lindo e acho que transmite até uma segurança maior, ainda mais que colocaram câmeras. Agora passo aqui por baixo quatro vezes na semana para trabalhar”. A Novacap segue realizando intervenções nas demais passagens. Atualmente, a da 107/108 Sul está na etapa de reforma estrutural. A companhia reforça o pedido para que a população ajude a preservar os espaços revitalizados, evitando o descarte irregular de lixo e garantindo o uso adequado das áreas. Atitudes simples, mas essenciais, mantêm o espaço seguro, acolhedor e em boas condições para todos. *Com informações da Novacap

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Grafite leva cor e dá vida às passagens subterrâneas do Plano Piloto

Um verdadeiro painel a céu aberto. Essa é a passagem subterrânea na altura da 103 Norte. Nesta segunda-feira (20), o grafiteiro Elom Cordeiro, de Ceilândia, desenhou, no local, formas geométricas que remetem a Athos Bulcão e a monumentos, como Torre de TV, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes.   Muitos outros trabalhos vão colorir os quase 1,2 mil metros quadrados da passarela de pedestres e ciclistas. Cada parede tem cerca de 200 metros de extensão e 2,90 metros de altura. Outros nomes da arte urbana do Distrito Federal vão se juntar a Elom. Entre eles, Toys Daniel, conhecido mundialmente por seus murais e ilustrações; e Vinícius Lap!xa, referência do grafite em Sobradinho. Elom Cordeiro: "A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos" |  Foto: Divulgação/Novacap “Outros talentos da periferia ainda vão se juntar a nós, uma vez que esse projeto vai crescer para as demais passagens subterrâneas. A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos", destaca Elom, responsável por diversos painéis em todo o DF. “Queremos, com isso, incentivar esses moleques novos que querem mostrar a própria arte e firmar parcerias para que seus trabalhos ganhem oportunidades e sejam contemplados pela comunidade.” "As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão" Fernando Leite, presidente da Novacap   A iniciativa faz parte do processo de reforma dessas passarelas gerido pela Diretoria das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). “Esse trabalho está dentro do contrato da empresa executora das obras, responsável por contratar os profissionais que vão estampar sua arte nas paredes”, explica o presidente da empresa, Fernando Leite. “As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão”. Cada caminho deve levar de uma a duas semanas para ficar completamente grafitado. Assim que a 103 Norte ficar pronta, os artistas seguem para a Asa Sul, nas estruturas na altura da 102 e da 104, que também já foram reformadas. “Eu passei na ida para deixar minha filha na escola e fiz questão de voltar pelo mesmo caminho para apreciar com mais calma. Está lindo demais. Deu outra cara”, comenta o servidor público Túlio Figueiredo, de 43 anos, morador da região. [LEIA_TAMBEM]A Novacap reforça o apelo à comunidade para preservar os espaços reformados, evitando descarte irregular de lixo e estacionamento de veículos nas áreas de acesso, bem como a utilização do local para necessidades fisiológicas. Essas práticas indevidas comprometem a conservação e o uso seguro das passagens, fundamentais para a mobilidade e segurança de pedestres. Além disso, um acordo de cooperação técnica entre a Novacap e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) está em estudo para garantir a segurança e inibir a depredação das passagens subterrâneas do Plano Piloto. A companhia prepara um edital para a aquisição e manutenção de câmeras de segurança que vão fazer o videomonitoramento 24 horas das passagens. A projeção é que o sistema conte com cerca de 220 equipamentos de filmagem. *Com informações da Novacap

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Projeto vai formar novos artistas do grafite no DF

A Secretaria da Família e Juventude (SEFJ) publicou, na semana passada, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a portaria sobre o projeto Embaixadores da Paz, que tem como objetivo formar novos artistas do grafite no DF por meio de oficinas para jovens com idade entre 15 e 29 anos, preferencialmente residentes em regiões periféricas. A arte do grafite será estimulada com as atividades do projeto Embaixadores da Paz | Foto: Divulgação/SEFJ De acordo com a publicação, os participantes receberão ajuda de custo de transporte e alimentação durante o período das oficinas. Em breve, a pasta abrirá chamamento público para grafiteiros, que serão contratados como coordenadores com remuneração e ficarão responsáveis por ministrar as oficinas de desenho e grafite, conforme metodologia previamente definida. [LEIA_TAMBEM]Também faz parte das atribuições dos artistas selecionados estabelecer padrões técnicos e pedagógicos para o desenvolvimento das atividades, coordenar a execução das artes nas paredes e muros autorizados, indicar a quantidade e o tipo de materiais necessários para as oficinas e as pinturas, contribuir para a definição de temas gerais a serem desenvolvidos nas oficinas e nas pinturas, em conjunto com a SEFJ. “O projeto Embaixadores da Paz visa a estimular jovens da periferia a aprender grafite, promovendo expressão artística, cidadania e a valorização dos espaços urbanos do Distrito Federal”, resume o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso. O cronograma com todas as etapas será divulgado, posteriormente, no site e nas redes sociais da pasta.   *Com informações da Secretaria da Família e Juventude

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Projeto conecta juventude e prevenção às drogas por meio da batalha de rimas

A cultura hip-hop tem se consolidado como um importante instrumento de resistência e transformação social nas periferias do Brasil — e no Distrito Federal, não é diferente. Atenta a esse potencial, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed), aposta na batalha de rimas contra as drogas e na oficina de grafite como estratégias criativas e eficazes de prevenção. Ambas as ações passaram a integrar, de forma permanente, as edições do programa GDF Mais Perto do Cidadão, aproximando os jovens da arte e do debate sobre temas relevantes como o uso de drogas e a violência. A grande inovação do projeto da Sejus é exatamente essa: dar protagonismo aos jovens, permitindo que eles contem a própria história. Nos duelos de rima, eles não apenas competem, mas também refletem sobre suas realidades, se provocam em versos e discutem temas como desigualdade, identidade, superação e resistência. A linguagem da periferia se transforma, então, em uma poderosa ferramenta de educação e empoderamento. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, valorizar a cultura periférica é essencial para garantir que adolescentes e jovens se sintam representados e ouvidos. “Nosso objetivo é justamente criar um ambiente de escuta e diálogo, onde os jovens possam se expressar sem medo de julgamento e, ao mesmo tempo, se conscientizar sobre as consequências do uso de drogas e das suas escolhas”, afirma. A grande inovação do projeto da Sejus é exatamente essa: dar protagonismo aos jovens, permitindo que eles contem a sua própria história | Fotos: Roberto Peixoto/Sejus Pedro Nogueira da Cruz, o MC Pedrinho, de apenas 12 anos, vencedor da batalha no Arapoanga, exaltou a importância da iniciativa. “O movimento foi muito marginalizado, mas agora estamos provando o contrário. O hip hop é sobre união e resgate, não sobre violência. É muito bonito ver essa galera reunida por uma causa boa. Quando imaginei um garoto como eu, tímido, agora falando e sendo ouvido?” Festival Henrique Souza da Silva, de 20 anos, vencedor da batalha na Vila Buritizinho, em Sobradinho II, destacou o poder da cultura hip hop para promover mudanças reais. “As pessoas pensam que o rap é só zoeira, mas ele vai muito além disso. Rimar exige inteligência, estudo e, mais do que tudo, uma reflexão sobre a vida. Esses projetos salvam vidas, porque nos dão uma nova perspectiva”, contou o jovem, que tem um histórico de superação relacionado ao uso de drogas em sua família. As batalhas já passaram por Planaltina, Arapoanga, Brazlândia e Sobradinho II. Os quatro melhores MCs de cada etapa estão sendo classificados para um grande evento de encerramento, previsto para o fim do ano, que deve reunir 80 MCs e cerca de 200 jovens participantes ao longo de dois dias de atividades. A ideia é promover um festival que não apenas celebre a arte da rima, mas também consolide o projeto como uma vitrine de novos talentos. Pedro Nogueira da Cruz, o MC Pedrinho, de 12 anos, foi o vencedor da batalha no Arapoanga A cada edição, cerca de 10 a 12 jovens se apresentam em duelos divididos em três rounds de 45 segundos, cada. Um dos MCs atua como mestre de cerimônias, conduzindo o evento dentro do limite de uma hora de programação. Além das batalhas, a iniciativa promove rodas de conversa com os MCs, abordando temas como autoestima, escolhas e o enfrentamento às drogas. A organização também busca parcerias com empresas, para garantir premiações e incentivos aos vencedores. Em algumas ocasiões, a própria equipe gestora contribui financeiramente para apoiar os participantes. [LEIA_TAMBEM]Há ainda um cuidado com o conteúdo apresentado: são feitas orientações para evitar linguagem inapropriada ou conotações político-partidárias, considerando o público diverso do GDF+. A proposta central é oferecer um espaço de pertencimento e valorização, onde jovens — muitos deles historicamente marginalizados — possam se ver representados e reconhecidos. Grafite Complementando a batalha de rima, a Sejus também promoveu uma oficina de grafite com o artista Gilmar Satão. O objetivo foi engajar os jovens na arte urbana como forma legítima de expressão e pertencimento. Durante os encontros, os participantes aprenderam técnicas de grafite e desenvolveram mensagens de resistência ao consumo de drogas. Sejus também promoveu uma oficina de grafite com o artista Gilmar Satão “O grafite, assim como a rima, é uma ferramenta poderosa para mostrar que existem outros caminhos”, afirmou Satão. “A arte muda a mentalidade. Aqui, estamos ajudando a transformar o espaço público e, mais importante, estamos ajudando a transformar vidas.”

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Paradas de ônibus do Pistão Norte ganham nova vida com obras de artistas plásticos

As paradas de ônibus do Pistão Norte, em Taguatinga, vêm ganhando um colorido especial. Os pontos foram restaurados e receberam pinturas e grafites de artistas plásticos do Distrito Federal, por meio do programa GDF Presente. Os artistas começaram o trabalho na terça-feira (29); até o momento, três paradas estão prontas. A princípio, a projeção é de que seis pontos sejam estilizados. Aves e exemplares da flora do Cerrado estão entre os destaques nas pinturas que têm sido feitas nas paradas de ônibus | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Muda o visual, dá uma cara nova para as paradas”, pontua o grafiteiro Edmar Brito, que assina como Simpson. “A gente passava e via tudo pichado; parece que fica morto, não tem nada a ver. Os grafites e os desenhos já dão uma diferença, dão mais vida. É bom, está mostrando a nossa arte.” Edmar Brito, o Simpson:  “Às vezes, o passageiro chega estressado, senta aqui, vê a natureza e já tira um pouco desse estresse”  Entre as pinturas, estão elementos que fazem menção à educação no trânsito — como o respeito à faixa de pedestres — e à própria região de Taguatinga, a exemplo da Praça do Relógio. Também há ilustrações de plantas e animais do Cerrado, como os ipês e os tucanos. “Às vezes, o passageiro chega estressado, senta aqui, vê a natureza e já tira um pouco desse estresse”, completa Edmar. A manicure Marília Seabra gostou da arte nas paradas: “É muito interessante, porque é cultura. Ficou mais colorido, mais alegre”  Um desses passageiros é o autônomo José Ribamar Pereira. Morador do Assentamento 26 de Setembro, ele elogia a iniciativa: “Fica mais bonito, mais atrativo. Foi muito bem-bolado, uma ideia inteligente. Antes era mais monótono, agora está melhor”. A manicure Marília Seabra, moradora de Samambaia, reforça: “É muito interessante, porque é cultura. Ficou mais colorido, mais alegre”. DF no Ponto [LEIA_TAMBEM]Quem usa transporte público na capital federal ganhou um outro importante reforço nesta semana: o aplicativo gratuito DF no Ponto. Lançada na terça-feira (29), a ferramenta oferece dez funcionalidades para facilitar a vida do passageiro, como planejador de rotas, busca por linhas e localização dos ônibus em tempo real. O sistema permite que o usuário consulte os horários dos coletivos em cada parada, acompanhe alertas operacionais e registre sugestões ou reclamações. Além do app, o Governo do Distrito Federal (GDF) testa o uso de QR Codes em dez pontos estratégicos da cidade, permitindo ao usuário consultar, com a câmera do celular, quais linhas passam por ali e em quanto tempo o próximo ônibus vai chegar — sem necessidade de baixar o aplicativo. A ideia é garantir que qualquer cidadão tenha informação rápida sobre sua linha.

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Aberta temporada de apresentações do ciclo de palestras ‘Compartilhando Saberes’

Na manhã desta sexta-feira (21), o Instituto Brasília Ambiental deu início à programação do ano ciclo de palestras “Compartilhando Saberes”, com a apresentação do estudo de doutorado Grafites nas superquadras de Brasília: Da invisibilidade ao mapa online e rotas de visitação, do geógrafo Marcos Ferreira, analista de planejamento urbano e infraestrutura do instituto.  Grafites do Plano Piloto são o tema de abertura do ciclo de palestras do Brasília Ambiental | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental Um olhar atento ao redor é o que Ferreira aponta como a motivação para conduzir o seu trabalho acadêmico. “Tenho essa característica de observar o meu entorno, seja o ambiente natural, seja o urbano, que são os nossos lugares de vida e de interação”, define-se. “Partindo disso, durante a pandemia, para evitar a proximidade com outras pessoas, passei a fazer caminhadas pelo interior das quadras do Plano Piloto e a observar os grafites inseridos em áreas de pouca circulação, o que me inspirou a realizar a tese.” Marcos Ferreira (D): “Tenho essa característica de observar o meu entorno, seja o ambiente natural, seja o urbano, que são os nossos lugares de vida e de interação” Ele avalia que essas artes não estão visíveis ao grande público, mais presente nas principais áreas de circulação das asas Sul e Norte, nas avenidas L2 e W3. Concluiu então que, com o mapeamento integrado e as fotografias desses grafites, é possível ter a visibilidade ampliada e aprimorada por meio de uma plataforma online. Para tanto, propõe  identificar, localizar em um mapa e elaborar rotas para visitação. Mapa “Esse trabalho técnico, que observa as particularidades da nossa diversidade, é de extrema importância” Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental Com base nas informações desse estudo, é possível elaborar rotas turísticas para a visitação destes pontos, a exemplo das já existentes rotas do Rock e do Cavalo, atraindo, assim, mais turistas à cidade e gerando novos empregos. “É interessante como a percepção de cada indivíduo pode diversificar as formas de interpretar Brasília como um todo”, pontua o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Esse trabalho técnico, que observa as particularidades da nossa diversidade, é de extrema importância.”  A vice-governadora Celina Leão reforça o trabalho: “O estudo apresentado pelo geógrafo Marcos Ferreira é um exemplo brilhante de como a arte urbana, em particular os grafites nas superquadras, pode transformar o espaço público e enriquecer a experiência cultural dos cidadãos de Brasília. Essa iniciativa destaca a riqueza da nossa diversidade artística e abre novas perspectivas para o turismo e o engajamento comunitário”.   Incentivo Iniciativa da Comissão Permanente de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) do Brasília Ambiental, o “Compartilhando Saberes” tem o objetivo de incentivar a troca de conhecimento entre os servidores e favorecer a integração com a sociedade. O projeto começou levando servidores afastados para participar de programa de pós-graduação stricto sensu, conforme o artigo 161 da lei complementar n° 840/2011, e logo após retornarem às. Além dos estudos acadêmicos, o ciclo de palestras dá também a oportunidade da apresentação de outros tipos de trabalhos desenvolvidos pelos servidores do Brasília Ambiental. Acesse o mapa elaborado por Marcos Ferreira. *Com informações do Brasília Ambiental

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Portais do Parque da Cidade ganham vida com obras de artistas locais

Com um trabalho de arte urbana iniciado nos portais de acesso do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, nove dos 15 murais existentes já estão com as pinturas completas, compondo um cartão-postal da cidade. Ao todo, oito artistas locais foram convidados para preencher as entradas e saídas do maior parque urbano da América Latina, deixando os espaços mais coloridos, atrativos e representativos com figuras importantes para a capital federal, como Burle Marx, Joaquim Cruz, Bernardo Sayão, entre outros. Portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul, que dá acesso ao parque Nicolândia, celebra o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Nas obras, elementos contemporâneos e artísticos são incorporados aos homenageados, levando mensagens e valorizando os artistas da cidade na arte a céu aberto. De acordo com o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, além de um incentivo grande para os artistas, a parceria com o GDF também proporciona uma geração de renda. “É uma valorização do nosso artista aqui, prata da casa. Valorizar o artista e o grafismo do DF não é algo que começamos agora, a gente sabe que é muito forte essa relação com os grafiteiros, e precisamos prestigiar e beneficiar tanto os artistas quanto ao público brasiliense”, afirmou. Arte personalizada “Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, diz a artista urbana Didi Colado, que homenageia Burle Marx no mural No Portal do Eixo Monumental, que fica em frente ao Estádio Mané Garrincha, a artista urbana Didi Colado, 38, completa o mural de entrada com referências ao artista plástico e paisagista Burle Marx – responsável por introduzir o paisagismo modernista no Brasil e com diversas obras espalhadas por toda a cidade. A artista destacou que busca incorporar pontos de releitura da obra de Burle Marx com singularidade à sua origem paraense. “Sou do Pará, do norte do Brasil, com uma vegetação muito presente, e gostei de terem escolhido ele pra mim, achei bem emblemático. Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, pontuou. “Caminhando pelo mural você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande”, diz o artista plástico Toys Daniel, que pintou o moral em homenagem ao corredor Joaquim Cruz Já no portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), que dá acesso ao parque Nicolândia, o mural de entrada representa o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga. O atleta foi marcado na parede pelo artista plástico Toys Daniel, 33, que contou ter idealizado uma linha do tempo não tão óbvia, mas lúdica – onde a atenção está nos detalhes que contam não apenas a história do atleta, mas dos sonhadores. “Quis trazer lembranças da infância, da pipa que remete à liberdade, a flutuar no céu, depois a casinha com uma janela com a luz acesa retratando as noites que a gente vira buscando um sonho. Com certeza o Joaquim virou muitas noites buscando ser campeão olímpico. Caminhando pelo mural, você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande. Ao mesmo tempo, o que vale é o caminho, não a linha de chegada”, detalhou. Visibilidade O militar Bruno Rodrigues costuma correr no Parque da Cidade e diz que os murais deixam o ambiente ainda mais bonito O encarregado do mural que representa o engenheiro agrônomo Bernardo Sayão, importante  na construção de Brasília com o legado da construção da rodovia Belém-Brasília, foi o artista urbano e designer Rodolfo Caburé, 31. Encarando como uma grande responsabilidade, o artista disse ter incorporado um olhar de orgulho ao ver Brasília, colocando também elementos marcantes como o céu azul da capital. Caburé destacou, ainda, a importância da visibilidade que os murais agregam à trajetória dele e de outros artistas locais – além de ressaltar a felicidade ao colocar o trabalho em um lugar importante não só para a cidade, mas para ele também, resgatando memórias afetivas do artista com o Parque da Cidade, aonde ia com o pai quando era mais novo para andar de bicicleta e comer churrasco. “Brasília é um lugar onde a cena da arte urbana é muito grande, com artistas muito bons que precisam dessa disponibilidade. Esses murais são cobiçados por grafiteiros, todos querem expor seu trabalho. Quando há essas oportunidades, faz com que a cultura do grafite cresça, seja cada vez mais valorizada e vista como algo artístico. Quando as pessoas veem que o próprio governo nos contratou, percebem que é algo sério, um trabalho que traz mais vida para a cidade. A arte passa emoção, e só tem a agregar para a população”, observou. O militar da Aeronáutica Bruno Rodrigues, 37, costuma correr no Parque da Cidade com frequência, preferindo as atividades ao ar livre. Para ele, o trabalho dos artistas trouxe outro visual para suas corridas: “Sem dúvida, é um trabalho muito bacana que está sendo realizado. Deixa mais atrativo, mais bonito o ambiente e até melhor para correr. A gente tem que valorizar mesmo os artistas locais, e fazer essas homenagens com essas personalidades enriquece demais o trabalho dos artistas aqui de Brasília”.

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Portais de acesso ao Parque da Cidade homenageiam, com grafite, figuras importantes para a capital

Entre esboços e traços, a arte começa a delinear figuras marcantes de personagens da história da capital federal nos portais de acesso ao Parque da Cidade. Nesta segunda-feira (25), o cartão-postal de Brasília recebeu o primeiro artista plástico para iniciar um novo projeto que vai transformar muros vazios em obras de arte. Neew, artista do grafite: “A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer Lucio Costa, Burle Marx, Darcy Ribeiro e Sarah Kubitschek são alguns dos nomes escolhidos. Ao todo, oito artistas foram convidados para grafitar os homenageados, trazendo elementos contemporâneos e artísticos durante a visitação de turistas e brasilienses ao parque. “Este projeto marca mais um avanço no que diz respeito às melhorias que vêm sendo realizadas no Parque da Cidade”, aponta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília. Além disso, acredito que o resultado final deste trabalho vai conectar moradores e visitantes ao legado artístico, esportivo e cultural da capital, mantendo o parque como um símbolo vivo de Brasília.” Homenagens “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade” Todi Moreno, administrador do Parque da Cidade Além das tradicionais figuras da capital, o projeto também busca homenagear brasilienses que se destacaram na sociedade, como a influenciadora digital Vitória Mesquita, que utiliza as redes sociais para desmistificar a síndrome de Down, e Joaquim Cruz, medalhista olímpico brasileiro no atletismo. “Nesse primeiro momento, houve uma comissão priorizando artistas e personagens que têm identidade com a cidade”, explica o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno. A partir de uma parceria da administração do parque com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) e com o Serviço Social do Comércio (Sesc), a previsão é que as artes sejam finalizadas até o Natal. A proposta é unir arte, história e conhecimento na composição do ambiente urbano, para maior interação com os indivíduos e diversidade cultural. “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade”, valoriza Moreno. Segundo o gestor, a iniciativa vai se estender para outros pontos do Parque da Cidade. “Em um segundo momento, vamos contemplar outras figuras importantes do país, a exemplo do Ayrton Senna, em outras estruturas dentro do parque, como guaritas e banheiros”, anuncia. Artista contemplado Há 11 anos a produção materializada em muros e paredes por meio de tinta em spray é a realidade do artista Caio de Aguiar, 35, o Neew. Ele é um dos convidados a participar da iniciativa a ilustrar o arquiteto e urbanista Lucio Costa. “Na 507 Sul, há quatro anos, fui convidado para um projeto que fazia referência a Brasília e desenhei o Lucio Costa, então fiquei bem feliz de representá-lo novamente”, conta.  Desta vez, o artista vai apresentar mais elementos autorais. “[São detalhes] que fazem referência ao meu trabalho e que identificam minha identidade”, afirma. “É um trabalho muito livre, e estou bem à vontade para grafitar”.  A média da confecção é de até três dias, dependendo das condições climáticas. Neew gosta de ver seus trabalhos espalhados pela cidade: “Acho que é muito importante ter essa visibilidade do grafite. A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade. Eu sei que eu estou ali expondo minha arte, mas também estou contribuindo com a cidade”. O Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek completou 46 anos em outubro.  O espaço tem uma área de 420 hectares e é classificado como o maior parque urbano da América Latina. Em média, recebe a visita de 790 mil pessoas por mês. O local reúne o trabalho do quarteto ícone da capital: projeto de Oscar Niemeyer, obra paisagística de Burle Marx e área urbanística desenvolvida por Lucio Costa, além dos azulejos de Athos Bulcão.

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Painel na 507 Sul com grafite de artistas locais é concluído

Oscar Niemeyer, Juscelino Kubitschek, Lúcio Costa, Burle Marx, Athos Bulcão e Marianne Peretti — autora dos vitrais da Catedral — dão as boas-vindas a quem passa pela W3 Sul. Os nomes por trás da construção de Brasília foram homenageados em murais que acabam de ser concluídos, no Espaço Cultural do Turismo e Artesanato, na 507 Sul. Fruto de parceria entre a Secretaria de Turismo (Setur-DF) e a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), o painel foi inaugurado em 2021 em meio às obras de recuperação da W3 Sul. Em setembro deste ano, o espaço precisou ser reformado, devido à deterioração natural e às pichações. Então, os mesmos artistas responsáveis pela primeira obra foram novamente convidados a estamparem o local que, agora, também ganhou uma instalação elétrica de LED. Fruto de parceria entre a Secretaria de Turismo e a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), o painel foi inaugurado em 2021 em meio às obras de recuperação da W3 Sul | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “O mural da W3 Sul já se tornou um ponto conhecido na cidade. As artes representam algumas das figuras mais importantes na história da construção e desenvolvimento da nossa capital, um verdadeiro ponto turístico, feito por artistas locais, o que torna tudo ainda mais especial. A restauração era necessária. Em diversos lugares do mundo, murais de grafite transformaram espaços em pontos turísticos, e Brasília também merecia um trabalho brilhante como este. Agora, a população poderá aproveitar ainda mais”, destacou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Entre as cidades que promoveram essa transformação está Miami, nos Estados Unidos, que, segundo o presidente da CDL-DF, Wagner Silveira Júnior, foi a inspiração para a capital federal. “Com esse trabalho, a gente traz para o comércio e para a população em geral um pouco de cultura, um pouco de turismo e valorizando os artistas de Brasília que fizeram o grafite aqui no painel”, apontou. Silveira Júnior ainda ressaltou a importância das obras que deixaram a W3 de cara nova, como as trocas de calçadas e de pavimentação na via: “Isso faz com que o aspecto da avenida melhore para poder atrair as empresas e é o que está acontecendo. Aos poucos, nós vamos ter algumas empresas sendo instaladas aqui na W3 e isso vai fazendo com que a gente gere mais empregos, gere mais negócios”. Wagner Silveira Júnior, presidente da CDL-DF: “Com esse trabalho, a gente traz para o comércio e para a população em geral um pouco de cultura, um pouco de turismo e valorizando os artistas de Brasília que fizeram o grafite aqui no painel” Artistas Sete artistas nascidos ou radicados em Brasília foram convidados para grafitar o painel: Key Amorim, Neew, Michele Mic, Didi, Breubs, Mikael Omik e Torquatto. Aos dois últimos coube a tarefa de pintar a parte central do muro — Omik no alto, onde estão Marianne Perretti e Burle Marx, e Torquatto no canto inferior, que homenageia Oscar Niemeyer. “Acredito que se tornar um artista da cidade e poder representar, por meio de seu trabalho, outras figuras que tiveram importância na construção e características da nossa cidade é algo grandioso, afinal é uma cidade que inspira, que vai além da política. Existe cultura e pessoas muito qualificadas no que fazem”, pontuou Omik. “A combinação dos meus trabalhos e do Omik ficou muito boa, a ideia que a gente teve de trazer ao fundo elementos de cada personagem ficou muito legal”, celebrou Torquatto. “É um mural muito bonito, grande, com uma visibilidade muito boa, muitas pessoas passam por aqui, a gente sente que é um muro querido pela população, chama também bastante para a questão turística de Brasília. Então, para mim, é uma satisfação muito grande participar desse projeto”, acrescentou. De fato, a população aprovou o resultado. “Achei muito legal, bem bonito, traz uma cara nova para a W3”, observou a dona de casa Ivaneida Fontenela. “Eu vi a transformação com o passar do tempo e está lindo. Chama a atenção, várias pessoas passam olhando, observando. Parabéns para quem fez”, arrematou a auxiliar de serviços gerais Jane Nascimento.

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Encontro de Graffitti do DF terá oficinas e atrações musicais neste fim de semana

Ceilândia sediará o encerramento do 5º Encontro de Graffitti do Distrito Federal sábado (5) e domingo (6), das 17h às 22h. O evento inclui apresentações artísticas da cultura hip-hop na Praça dos Direitos. No local, artistas de grafite do DF criarão uma galeria a céu aberto e também auxiliarão e orientarão os jovens na criação de murais e instalações urbanas, promovendo a integração entre os jovens, a comunidade e a arte. O Encontro de Graffitti do DF terá oficinas criativas, atrações musicais e a criação de murais e instalações urbanas | Foto: Divulgação/Secec A edição deste ano conta com oficinas formativas em hip-hop (rap, MC, DJ, breaking, graffiti e empreendedorismo) com dois dias de encontro. Na ocasião, 80 grafiteiros contratados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) realizarão pinturas de grafite ao vivo com os oficineiros e artistas convidados. O encontro também vai receber atrações musicais locais e regionais. Os destaques desta edição são os DJs Ketlen, Jay Lee, Ocimar, Jappa, Marola e Janna Markynhos Smurphies; os rappers Liberdade Condicional, Coktel Molotov, Rivas Alibi, Tropa de Elite, Combatentes MCs, Crucial e a Cia de Dança Pegada Black, com apresentação de Laiz Cecilia. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Alunos do Recanto das Emas participam do festival “Tô ligado na Energia”

A manhã dessa sexta-feira (30) dos estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 113 do Recanto foi cheia de música, teatro, dança e grafite. A ação faz parte do festival “Tô Ligado na Energia”, uma iniciativa educativa resultado da parceria entre a Secretaria de Educação (SEEDF) e a companhia energética Neoenergia. O objetivo é conscientizar alunos e professores sobre a importância da utilização racional da energia, por meio de atividades de arte. “Por meio dos projetos, conseguimos despertar algo no estudante que é fantástico, sempre levando conhecimento, aprendizado, por meio de atividades criativas” Mariana Ayres, coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas O projeto é realizado em três etapas: capacitação dos professores, atividades no Caminhão Móvel e o festival “Tô Ligado na Energia”, que consiste no evento de premiação da gincana realizada durante duas semanas na escola, com atividades de música, dança e teatro. Os alunos se dividiram em três equipes, amarela, verde e azul, para participar. Foram escolhidos 12 líderes e influenciadores para cada equipe e esses alunos receberam capacitação de liderança, além de fazerem uma visita à Neoenergia e um treinamento sobre mídias sociais no Sesi Lab. Os demais estudantes participaram de cinco oficinas (música, teatro, dança, grafite e cenografia) durante duas semanas, que tiveram o fechamento com o festival, onde aconteceu a premiação das equipes. Nessa sexta-feira (30), a equipe amarela do CEF 113 foi anunciada como vencedora do festival “Tô ligado na Energia” | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF Segundo a Mariana Ayres, coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, esses projetos influenciam diretamente no comportamento e na aprendizagem dos estudantes, tornando-os cidadãos mais conscientes. “Por meio dos projetos, conseguimos despertar algo no estudante que é fantástico, sempre levando conhecimento, aprendizado, por meio de atividades criativas”, comentou Mariana. A supervisora do CEF 113 Recanto das Emas, Rúbia da Silva, conta que o projeto agregou toda a equipe da escola, os alunos e famílias. Ela relembrou que um evento com a participação dos pais, no qual a Neoenergia fez uma campanha de troca de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por LED. Cada família pôde levar as lâmpadas que tinha em casa e receber uma de LED em troca. “Por meio dessas ações, conseguimos conscientizar toda a comunidade, que se engajou totalmente no projeto”, destacou Rúbia. Ao final do evento, a equipe amarela foi anunciada como vencedora do festival “Tô Ligado na Energia” e a aluna Lorrane Souza, 14 anos, integrante da equipe, conta que foi se envolvendo aos poucos com o projeto. “O que eu mais gostei foram as apresentações de dança. Eu achei incrível. Espero que tenha mais projetos como esse aqui na escola”, disse. *Com informações da SEEDF

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Inscrições para o 5º Encontro de Graffiti do DF e Ride estão abertas

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) lançou, quarta-feira (28), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o Edital de Chamamento Público nº 11/2024, que abre inscrições para a seleção de grafiteiros que desejam participar do 5º Encontro de Graffiti do DF e Entorno. O evento ocorrerá nos dias 5 e 6 outubro deste ano na Praça dos Direitos e no Centro Cultural e Desportivo, em Ceilândia, e faz parte da Política de Valorização do Graffiti (Decreto nº 39.174/2018), que visa promover a arte urbana como ferramenta de transformação social e valorização cultural. As inscrições estarão abertas pelo período até 11 de setembro, por meio de formulário eletrônico. O edital busca selecionar 80 artistas do grafite, sendo 32 contratações individuais e nove contratações de coletivos, para realizar intervenções artísticas durante o evento. Para participar, os grafiteiros e grafiteiras devem comprovar residência no Distrito Federal ou Entorno e o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, painéis, tapumes, paredes, entre outros. As inscrições estarão abertas pelo período até 11 de setembro, por meio de formulário eletrônico | Foto: Divulgação/Secec-DF No ato da inscrição, devem ser apresentados a proposta com o croqui ou projeto, o plano de trabalho, o portfólio artístico e um comprovante de residência do DF ou Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), também sendo aceita autodeclaração de residência. A análise da proposta de trabalho e do portfólio artístico será feita por uma comissão de seleção paritária, com quatro participantes da sociedade civil que atuam no campo do grafite e quatro participantes do Poder Público, servidores da Secec-DF e da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). Os selecionados serão remunerados por suas contribuições artísticas, reafirmando o compromisso da Secec-DF com o pagamento justo e a valorização dos artistas urbanos. Cada artista receberá um cachê de R$ 2.500, e materiais necessários (sprays de grafite, rolos, bandejas e tintas) serão fornecidos para a realização da intervenção. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, ressalta a importância de promover a cultura do Hip-Hop no Distrito Federal. “Por meio da realização do 5º Encontro de Graffiti do DF e Ride, a Secretaria de Cultura busca apoiar esse importante movimento cultural que se espalhou pelo mundo, influenciando a música, a dança, a arte e a sociedade”, disse. Além do Encontro de Graffiti, o projeto incluirá oficinas formativas voltadas para adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, em parceria com a Sejus-DF. Essas oficinas têm como objetivo promover a inclusão social e o fortalecimento da cultura Hip-Hop entre os jovens. O Edital de Chamamento Público é uma das principais ações da Secec-DF para garantir a participação democrática e ampla dos artistas urbanos no evento, tendo contado com a ampla participação do Comitê do Grafitti e o Grupo de Trabalho do Hip-Hop. Os interessados devem acessar a seção de Editais no site da secretaria para mais informações. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)

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Centro de Taguatinga ganha nova vida com arte de rua 

O centro de Taguatinga está de cara nova graças ao talento dos grafiteiros locais, que estão transformando o Boulevard do Túnel Rei Pelé em uma vibrante galeria de arte urbana. Desde a última quinta-feira (1º), os artistas Neco Grafitti, Elom, Táxi, Lezi, Caburé, Scooby e Rivas estão mostrando sua criatividade e habilidade em diversas técnicas de grafite. Artistas urbanos em ação: cores e alegria tomam conta das ruas da cidade | Foto: Divulgação/Administração Regional de Taguatinga “Estamos trazendo um pouco da nossa cultura para o centro da cidade, e é incrível ver a reação das pessoas e como elas estão apreciando nosso trabalho” Elom, grafiteiro Esses artistas têm decorado o Boulevard com obras que não apenas embelezam a área, mas também trazem à tona a rica cultura de rua de Taguatinga. A iniciativa é uma parceria da administração local com a Comissão dos Lojistas de Taguatinga, que patrocina o projeto, valorizando o espaço urbano. O público que passar pelo Boulevard do Túnel Rei Pelé poderá apreciar a diversidade das expressões artísticas que vão desde figuras tridimensionais até caricaturas expressivas e coloridas, cada uma refletindo a essência e o espírito de Taguatinga. Para os artistas envolvidos, este projeto é uma oportunidade de mostrar seu trabalho e contribuir para a valorização da arte de rua. “Estamos trazendo um pouco da nossa cultura para o centro da cidade, e é incrível ver a reação das pessoas e como elas estão apreciando nosso trabalho”, afirma o grafiteiro Elom. Rivas reforça: “Este projeto trará uma nova cara para o centro de Taguatinga”.   O administrador de Taguatinga, Renato Andrade dos Santos, também comemora a iniciativa: “Esta é uma grande oportunidade para destacar o talento dos nossos artistas locais e revitalizar o centro de Taguatinga. Convidamos todos a visitar o Boulevard e conferir essa exposição a céu aberto”. *Com informações da Administração de Taguatinga

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Escolas públicas do DF recebem oficinas de grafite e hip-hop

A arte urbana e a dança como formas de expressão. Este é o conceito que o projeto Urbanicidade leva a três escolas públicas do Distrito Federal. A iniciativa vai atender 240 crianças e adolescentes a partir dos 9 anos com duas oficinas: Arte do Grafite e Movimento do Hip-Hop. Serão cinco encontros em cada colégio, totalizando 32 horas de aula ministradas sempre no contraturno escolar. A Escola Classe 1 do Itapoã é a primeira a receber o Urbanicidade – as oficinas começaram nessa segunda-feira (2) e seguem até esta sexta-feira (6). Na semana de 16 a 20 de outubro, será a vez de a Escola Classe 17 da Vila Rabelo, em Sobradinho II, abrir as portas para a iniciativa. O Centro de Ensino Médio 804 do Recanto das Emas será a última parada do projeto, que fica na instituição de 6 a 10 de novembro. A EC do Itapoã recebe as oficinas até esta sexta-feira (6). A EC 17 da Vila Rabelo, em Sobradinho II, na semana de 16 a 20 de outubro. E, por fim, o CEM 804 do Recanto das Emas, de 6 a 10 de novembro | Fotos: Divulgação/EC 1 Itapoã Apoio à Cultura O Urbanicidade é uma realização da Co-labora, com produção do Beco da Coruja. A iniciativa, que recebeu R$ 80 mil de financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), nasceu das pesquisas do produtor e educador cultural Ken Araújo. “Percebi uma defasagem no ensino da arte em várias instituições. E vi que as escolas tinham dificuldade em encontrar profissionais para conduzir atividades culturais”, observa Ken. “Então, com a ajuda do FAC, conseguimos levar essa proposta de complementação curricular aos colégios, que aposta no grafite e no hip-hop como formas de expressão”, destaca. Os alunos da EC 1 do Itapoã desenharam o próprio nome com os traços aprendidos na oficina de grafite A escolha dos dois movimentos, segundo o educador, veio do desejo de mudar uma visão deturpada que a sociedade ainda tem deles. “O grafite é mais do que um conjunto de traços e letras, é uma forma de comunicação. E o hip-hop transmite mensagens de toda uma comunidade, trabalhando o corpo, o movimento e a psicomotricidade”, explica. “Também aproveitamos para falar sobre cidadania, política e cultura dentro do contexto das oficinas”, ressalta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diretora da Escola Classe 1 do Itapoã, Sihami Jaber Mudarra está animada com os resultados dos encontros. “Os alunos estão amando! Eles começaram a aprender alguns movimentos de dança e já fazem rascunhos de grafite – cada um desenhou seu nome com os traços aprendidos”, conta. “Buscamos oferecer essa experiência para nossos alunos mais vulneráveis, que têm maior necessidade de ficar dentro do colégio depois da aula”, relata. ?Os 80 alunos da Escola Classe 1 que participam do projeto, todos do 4º e 5º anos, almoçam na própria instituição para iniciarem as oficinas às 14h. “Eles escovam os dentes, relaxam um pouco e assistem as aulas das oficinas até as 17h30”, diz Sihami. “No dia 9, esses estudantes farão uma apresentação de hip-hop para todo o colégio. Será muito especial.”

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Do rap ao bordado, projetos culturais levam protagonismo ao Sol Nascente

O Governo do Distrito Federal (GDF) tem investido em lazer e cultura para a população do Sol Nascente/Pôr do Sol. Por meio do edital Multicultural II de 2022, do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o governo destinou R$ 2,8 milhões para projetos que contemplam as regiões de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol e Samambaia. Para este ano, são 24 vagas que contemplam projetos culturais de até R$ 100 mil e R$ 200 mil nessas regiões administrativas (RAs), com financiamento total de R$ 3,2 milhões. Duas unidades de ensino do Sol Nascente serão atendidas este ano pelo projeto Arte Urbana nas Escolas, que promove shows e workshops | Foto: Divulgação/Projeto Arte Urbana nas Escolas “Esses projetos executados na RA do Sol Nascente foram selecionados na categoria Cultura em Todo o Canto, possibilitando que os agentes culturais da cidade, os artistas locais, viabilizem suas ideias para esse público específico, ali mesmo. São duas vantagens: é uma forma de dar protagonismo ao artista local, ao mesmo tempo que leva cultura de qualidade à comunidade do Sol Nascente”, explica a diretora de Implementação de Modalidades de Fomento Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), Suzana de Bortoli Librelotto. O projeto Arte Urbana nas Escolas foi um dos selecionados no edital Multicultural II de 2023. Com financiamento de R$ 99,9 mil do GDF, a iniciativa leva a escolas públicas da rede de ensino shows e workshops de rap, grafite e danças urbanas. Neste ano, o projeto visa atender, pela primeira vez, duas escolas do Sol Nascente – Centro de Ensino Fundamental 28 e Escola Classe Juscelino Kubitschek. Grafite é tema de um dos workshops oferecidos a alunos da rede pública no projeto | Foto: Divulgação/Projeto Arte Urbana nas Escolas A iniciativa leva shows com rappers para dentro das escolas, conversas com os artistas sobre o gênero musical e assuntos relacionados ao ambiente escolar, como bullying. Os jovens têm a oportunidade de aprender, nos workshops, a dançar hip-hop e a grafitar. “Eu sou apaixonada por esse projeto, e não imaginava a profundidade que ele ia tomar. É um projeto dinâmico, que não toma muito o tempo dos alunos. Eles aprendem sobre rimas e rap, grafite e dança. No final, ainda tem uma apresentação com alunos que se destacaram durante as oficinas”, conta Jane Alves, proponente do projeto. O Arte Urbana nas Escolas está planejado para ser executado ainda no segundo semestre deste ano. Uma das iniciativas apoiadas pelo FAC prevê a criação e confecção de uma coleção de roupas para a marca Raízes do Sol/Comunidade do Sol Nascente | Foto: Instagram/Raízes do Sol Já as bordadeiras residentes no Sol Nascente foram beneficiadas pelo edital com o financiamento de R$ 99,9 mil no projeto de bordados da Federação Habitacional do Sol Nascente. A iniciativa prevê a criação e confecção de uma coleção de roupas para a marca Raízes Do Sol/Comunidade Do Sol Nascente com 38 peças e 20 combinações. “É uma coleção que representa as flores do Cerrado, como a flor do pequi. É tudo bordado à mão. Está ficando uma coleção bem bacana e estilosa”, revela a proponente do projeto, Edilamar Souza. Após a confecção das peças, as bordadeiras envolvidas participam de um desfile, onde podem expor as confecções e receber encomendas. A cada seis meses, as bordadeiras lançam uma nova coleção. Ao todo, o projeto acolhe 16 mulheres artesãs, todas moradoras do Sol Nascente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na área do audiovisual, a previsão é que o Sol Nascente seja palco para a elaboração de um filme curta-metragem de ficção, Jesus Não Vem para a Ceia, com cerca de 17 minutos de duração. O objetivo do material é abordar temas presentes nas manifestações religiosas. “A gente já está com o roteiro escrito há uns sete anos, mas nunca havíamos sido contemplados pelos editais do FAC. Agora que fomos selecionados, temos previsão de começar a gravar no ano que vem. O nosso objetivo é idealizar o projeto em Ceilândia e, se possível, no Sol Nascente também. O filme vai tratar a espiritualidade que transcende todas as religiões”, diz o roteirista Rafael Costa Moura, proponente do projeto. Para a execução do curta Jesus Não Vem para a Ceia, o governo vai financiar R$ 147 mil, montante a ser investido nas contratações de equipes e materiais locais, como produtor executivo, diretor de produção, de fotografia e de arte, movimentando a economia do setor, gerando renda aos profissionais e oferecendo remunerações compatíveis com as  praticadas no mercado.

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Festival de grafite leva cores para a biblioteca pública do Itapoã

A integração da cultura e das artes nos espaços públicos urbanos desempenha um papel importante na formação da imagem e da identidade de uma cidade. No último fim de semana, grafiteiros de várias cidades participaram do Festival Literalmente, que reuniu arte, música, poesia e hip-hop num movimento para grafitar a Biblioteca Comunitária do Itapoã. O evento fez parte das comemorações do aniversário de 18 anos da cidade. Os grafiteiros Gabriela Maria e Rafael Nascimento integram o grupo Irmãos Graffiti Crew e foram os idealizadores do festival, pensado como uma forma de divulgar a biblioteca comunitária da cidade. “Muitas pessoas não sabem da existência desse espaço tão importante para a nossa comunidade. E a arte cria uma sensação de pertencimento do lugar. É bem melhor uma parede com cores e formas do que uma parede cinza”, comentou a grafiteira. “Eu comecei no grafite por meio de projetos sociais e hoje é uma das minhas profissões”, ressaltou o artista Pake Tattoo| Foto: Robson Fogaça/Administração do Itapoã Localizada na quadra 61 do Del Lago, a biblioteca ganhou cores e desenhos na fachada e laterais. Os artistas também deixaram sua marca nos muros da Escola Classe 01 do Itapoã e em casas próximas ao espaço. No total, cerca de 55 artistas participaram do projeto. As intervenções tiveram tema livre e os grafiteiros puderam soltar a criatividade por meio de figuras, letras, personagens e outras formas. “O grupo Irmãos Graffiti disponibilizou algumas latas de tinta spray, mas os participantes trouxeram o próprio material para dar vida ao espaço e ficamos muito felizes com o resultado”, afirmou Gabriela. O grafiteiro Pake Tattoo veio de Sobradinho II para retratar sua arte neste trabalho. “Eu comecei no grafite por meio de projetos sociais e hoje é uma das minhas profissões. Foi gratificante estar aqui e que isso sirva para que ocorram mais iniciativas como essa, pois é preciso reconhecer que o grafite é, na verdade, uma representação visual da identidade de alguém e também é potencialmente o ponto de partida para uma carreira artística muito significativa”, afirmou Pake. Para o administrador do Itapoã, Dilson Bulhões, o movimento do grafite tem conquistado seu espaço em Brasília. “O grupo Irmãos Graffiti tem que receber todos os méritos porque realizou o projeto de forma voluntária. Quando valorizamos a arte de rua, podemos nos envolver com ela como uma comunidade, e ajudar a transformá-la em algo belo. Ficamos muito felizes em poder ajudar e vamos apoiar mais eventos como esse”, destacou Bulhões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A alegria e a energia visual do grafite também fazem parte do dia a dia de quem passa pela Avenida do Murão. São 518 metros de muro grafitados com diversos temas em projeto também idealizado pelos Irmãos Graffiti, em parceria com a Administração do Itapoã e empresários locais, que ajudaram com a aquisição de tintas, sprays e lanches durante os mutirões. “Com muita criatividade, os grafiteiros transformaram a Avenida do Murão em uma obra-prima, causando admiração por quem passa pelo local”, concluiu o administrador da cidade. *Com informações da Administração do Itapoã

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Estação do metrô Ceilândia Norte ganha paredão cultural

Foram três dias de trabalho intenso para colorir 500 metros quadrados do muro externo da Estação de metrô Ceilândia Norte, por onde passam diariamente cerca de 2 mil pessoas. O trabalho de 12 artistas do grafite, um dos elementos característicos do movimento hip-hop, foi entregue nesta terça-feira (4), quando os responsáveis pelo projeto se reuniram para homenagear a cidade e reforçar sua identidade cultural. O projeto realizado pela companhia tem como objetivo contribuir para uma cultura de preservação do local, evitando novas pichações e proporcionando um cenário que possa receber manifestações de arte, cultura, dança e música | Fotos: Asley Ribeiro/Metrô-DF O projeto Estação Grafite foi realizado pelo Metrô-DF, por meio da Diretoria de Manutenção e Operação e da Gerência de Projetos Especiais, com a parceria da Administração Regional de Ceilândia, que mobilizou os grafiteiros, e do 8º Batalhão da Polícia Militar, que incentivou o Metrô-DF a revitalizar e a ocupar o espaço com manifestações artísticas. O projeto também recebeu apoio da Caesb. [Olho texto=”“Agradeço imensamente aos artistas por esse painel maravilhoso. Presenteia a cidade e também o Metrô-DF com essa obra de arte que expressa a cultura da cidade, do hip-hop, do grafite. Estamos honrados, orgulhosos e de braços abertos para receber as manifestações culturais da cidade e servir Ceilândia com um transporte público de qualidade”” assinatura=”Handerson Cabral, presidente do Metrô-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Além do muro pintado, a companhia revitalizou o espaço externo, onde fica o bicicletário, com o plantio de jardim, renovação do piso e ações de melhoria da iluminação externa. O objetivo da companhia é contribuir para uma cultura de preservação do local, evitando novas pichações e proporcionando um cenário que possa receber manifestações de arte, cultura, dança e música – exatamente o que ocorreu na manhã desta terça-feira, quando o espaço foi inaugurado. Os quatro elementos do hip-hop, movimento mundial que completa 50 anos em agosto e é extremamente caracterizador da identidade cultural de Ceilândia, estavam representados: grafite, DJ, Rap e Break Dance. Alex Lucas, dançarino do grupo Periféricos no Topo, do Sol Nascente, puxou uma aula de dança. No comando do som, o DJ Ocimar. “Agradeço imensamente aos artistas por esse painel maravilhoso. Presenteia a cidade e também o Metrô-DF com essa obra de arte que expressa a cultura da cidade, do hip-hop, do grafite. Estamos honrados, orgulhosos e de braços abertos para receber as manifestações culturais da cidade e servir Ceilândia com um transporte público de qualidade”, disse o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, que abriu o evento. De acordo com o grafieteiro Elom, “o painel institucional tem os símbolos do hip hop associados à logomarca do Metrô-DF, trazendo para a Ceilândia alguns elementos característicos da arquitetura de Brasília, como a ideia dos azulejos” Também estavam presentes os diretores de Manutenção e Operação, Márcio Aquino; de Administração, Leyvan Cândido, e o diretor Técnico, Fernando Jorge. O administrador de Ceilândia, Dilson Resende, sugeriu que o projeto se estenda às outras estações. Autor do projeto que transforma o hip-hop em patrimônio cultural e imaterial do DF, o deputado distrital Max Maciel, prestigiou o evento. A Estação Ceilândia Norte fica ao lado do Centro Cultural da Administração Regional de Ceilândia, da Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade e da Creche Amor em Ação, que atende crianças de 4 meses a 4 anos. A região também é considerada uma área de risco, que concentra usuários de drogas e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por essa razão, ocupar o espaço é uma das formas de preservar o patrimônio e garantir a segurança, usando a identidade cultural da cidade. 12 artistas e uma grande obra de arte O muro foi pintado por 12 grafiteiros: Rivas, Elom, Turko, Scooby, Yong, Toys, Camz, Omik, Mudof, Camila Siren, Panela e Magá. Rivas e Elom foram responsáveis por comandar o processo de pintura. Elom explica que foram feitos dois trabalhos, um mais institucional, assinado por ele, e outro do grafite de rua, espaço dividido pelos demais grafiteiros. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O painel institucional tem os símbolos do hip-hop associados à logomarca do Metrô-DF, trazendo para a Ceilândia alguns elementos característicos da arquitetura de Brasília, como a ideia dos azulejos”, explicou. Rivas conta que chamou grafiteiros de Ceilândia, do Guará, de Taguatinga e de Brasília. Cada um veio com seu estilo e traço, mas dois elementos principais identificam todo o trabalho: o hip hop e Ceilândia. “A arte tem um papel muito importante. O grafite, quando nasce, inserido no movimento hip hop, nasce com a linguagem da rua e demarca território. Aprendemos a trabalhar dentro do contexto da realidade de cada lugar. Então, a comunidade se reconhece ali e a gente pode passar recados importantes”, explica Rivas. Como presente extra, os grafiteiros foram além do muro e demarcaram no chão uma passarela antiestresse. Semelhante a um jogo de amarelinha, o desenho propõe um momento de parada no caminho para casa e o trabalho para uma atividade lúdica. *Com informações do Metrô-DF

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Artistas de Ceilândia pintam muro da estação do metrô

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) entrega nesta terça-feira (4), às 10h, o resultado do Projeto Estação Grafite, que tem como objetivo homenagear a cidade de Ceilândia, reforçando a identidade cultural, por meio do grafite e do hip-hop – gênero que completa 50 anos da sua primeira manifestação no mundo em agosto e que recentemente foi declarado patrimônio cultural e imaterial do Distrito Federal. Ação com grafiteiros na estação do metrô incentiva a cultura | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília Com o apoio da Administração de Ceilândia, foram convidados 12 artistas da cidade para pintarem a parede externa da estação Ceilândia Norte, formando um grande paredão cultural. São aproximadamente 500 metros quadrados de pintura artística. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A ideia é promover a valorização do espaço, por onde circulam, em média, 2 mil pessoas por dia e envolver artistas e usuários do Metrô-DF na criação de uma cultura de preservação do local, evitando novas pichações e proporcionando um cenário que possa receber ocupações e manifestações de arte, cultura, dança e música. O muro começou a ser pintado durante o fim de semana. Além dos artistas, estavam presentes vários DJs e grupos de dança. O projeto também recebeu apoio do 8º batalhão da Polícia Militar e da Caesb. O Metrô-DF também executou ações de melhorias da iluminação externa e plantio de jardins. *Com informações do Metrô-DF

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Samambaia recebe festival de mulheres grafiteiras neste sábado (13)

O projeto 061 Citadinas leva para Samambaia neste sábado (13), a partir das 16h, o Festival de Mulheres do Grafitti e Artes Integradas. Com uma programação inteiramente feminina e gratuita, o público poderá prestigiar atrações da cultura hip-hop como rap, poesia falada, grupo de break com dança de rua (street dance) e a arte do Grafite, no Galpão do Riso, localizado na quadra 405, antigo Centro Comunitário da região. A iniciativa conta com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Com apoio do FAC, projeto valoriza a produção feminina no grafite e no universo cultural do hip-hop | Foto: Anna Menezes Idealizadora do projeto, a professora de arte e educadora ambiental, Sabrina Falcão, que está há mais de 10 anos inserida no cenário do grafite, afirma que a iniciativa tem como foco aumentar a visibilidade à arte urbana pelo olhar das mulheres grafiteiras. “Com o projeto procuramos dar mais espaço para as mulheres se expressarem nas ruas, que é um lugar tão hostil para elas, tudo por meio da arte do grafite e de todos os elementos da cultura do hip-hop. Durante o evento iremos premiar as grafiteiras, como uma forma de reconhecer o trabalho delas”, explica. A programação ficará por conta das rappers Donas da Rima, do grupo de break BsbGirls, e da poesia comandada por Caliandra Motolov. Para garantir a acessibilidade do festival uma intérprete de libras estará presente durante todo o evento. Grafite de @_mend.y | Foto: Anna Menezes Para a professora, o apoio do FAC foi fundamental para a iniciativa. “Acredito que essas políticas públicas são essenciais para fazermos com que as ações culturais aconteçam nas comunidades. O FAC nos permite fortalecer o nosso território, o que é algo presente na cultura hip-hop”, afirma Sabrina. Concurso e incentivos para novas artistas [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além do festival, o projeto executou outras ações para fortalecer e incentivar a participação feminina no universo do grafite. Foram ministradas quatro oficinas de formação com jovens aprendizes, em Ceilândia, Sol Nascente e Samambaia. Para as grafiteiras profissionais, foi feito um concurso para escolha das melhores obras artísticas nos muros do Galpão do Riso. Ao total, 21 grafites ganharam forma nos muros e dez foram selecionados por meio de votação nas redes sociais do festival. Os quatro melhores serão divulgados e premiados durante o festival. Como resultado final do projeto será criado um site, uma galeria de artes digitais e um documentário com os artistas que participaram da iniciativa. “Estamos muitos felizes com os resultados do projeto, é algo inédito e inovador nesse formato para o universo do grafite”, conclui a idealizadora do projeto.

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Caldeirão cultural: Brasília reúne movimentos de todos os cantos do país

Brasília é um mosaico de culturas, cores e sabores. Em 63 anos de história, a serem completados nesta sexta-feira (21), a capital desenhada por Oscar Niemeyer e Lucio Costa, junto às 35 regiões administrativas, esbanja pluralidade. Caldeirão do que há de melhor no Brasil, o quadrilátero de pouco mais 5 mil metros quadrados e mais de 3 milhões de habitantes abriga as mais variadas expressões culturais. Único monumento desenhado por Niemeyer fora do Plano Piloto, a Casa do Cantador é palco de repentistas, declamadores, emboladores de coco, bem como dos amantes de literatura de cordel | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília “É um caldeirão mesmo: uma panela bem imensa à qual vai chegando tudo que é cultura, se misturando e convivendo muito bem. O rock convive com o hip-hop, que convive com o samba, este com o clássico, e por aí vai”, analisa a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Sol Montes. Tamanha pluralidade não poderia ser diferente, tendo em vista que mais de 44,5% da população brasiliense não nasceu no Planalto Central. Conforme a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, a maioria dos imigrantes veio do Nordeste – são mais de 480 mil baianos, maranhenses, piauienses e cearenses instalados no DF. Gerente da Casa do Cantador, Zé do Cerrado afirma: “Em Ceilândia, não tem do que você ter saudade do Nordeste, porque não dá tempo, a gente tem tudo aqui” | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília A presença massiva de nordestinos exigiu a criação de um ponto de encontro. Em 1986, foi inaugurada a Casa do Cantador, em Ceilândia, palco de repentistas de viola, declamadores, emboladores de coco, bem como dos amantes de literatura de cordel. “Abrigamos todos os ritmos aqui, mas o forte da casa é o forró, é a cantoria de repente”, conta o gerente do local, Zé do Cerrado. O espaço é conhecido como Palácio da Poesia e é o único monumento desenhado por Niemeyer fora do Plano Piloto. A escolha pela localização, inclusive, relaciona-se ao número elevado de nordestinos na cidade – mais de 40% do total de 350 mil habitantes. “Em Ceilândia, não tem do que você ter saudade do Nordeste, porque não dá tempo, a gente tem tudo aqui. E, de certa forma, o Nordeste está presente em Brasília inteira”, comenta o gerente. Juventude ritmada Além da literatura de cordel e da cantoria repentista, outros estilos se consagraram no Distrito Federal. É o caso do hip-hop, movimento cultural de origem afro-americana que surgiu no Brasil na década de 1980, em São Paulo. O estilo se manifesta por meio do grafite, do break e do rap com DJs e MCs. [Olho texto=”“Me sinto muito inspirado pela quebrada. Quando eu era molequinho, com 8 anos, lembro de olhar por cima do muro da casa da minha avó e de ver os caras dançando com a cabeça no chão e ficar pensando: ‘Caraca, que onda é essa?’. E já era hip-hop, era o break”” assinatura=”Israel Paixão, compositor, rapper, DJ e dançarino” esquerda_direita_centro=”direita”] “No DF, o hip-hop se difundiu como cultura periférica de protesto e de intervenção da juventude preta. Os povos foram sendo afastados do centro e foram ocupando as regiões administrativas, criando a perspectiva que queriam de cidade, arte e cultura. E para isso usaram as ruas, o único meio que tinham, num contexto de uma cidade sem equipamentos públicos culturais”, elucida Sol Montes. Quando se trata de música, nomes como Gog, Viela 17 e Câmbio Negro foram os precursores do gênero no cenário brasiliense, entre os idos de 1980 e 1990, com denúncias sobre as dificuldades da periferia. Passados os anos, novos artistas surgiram na capital federal, ainda engajados em usar o movimento como ferramenta de transformação social. “Isso é observado em todos os elementos do hip-hop. E é a rua que eles ocupam, que, por sua vez, foi se tornando cada vez mais artística, com arte nos muros”, salienta a subsecretária de Difusão Cultural e Diversidade. “Vem junto à juventude, como uma arte de protesto, em busca de visibilidade.” Israel Paixão conheceu o rap em Ceilândia, em 2002: “O hip-hop me escolheu. Até hoje, quando ouço o beat de uma caixa que esteja no BPM de rap, ou alguma parada do tipo, mexe muito comigo, a ponto de arrepiar” | Foto: Divulgação/Sotero Produtora Foi em Ceilândia que o artista Israel Paixão conheceu o rap, estilo musical que hoje é seu trabalho. O primeiro contato ocorreu em 2002, quando um amigo lhe mostrou as questões mais “técnicas” do estilo, como métrica, rima e tempo. Dado o pontapé, ele foi somando referências, testando estilos e se aperfeiçoando. “Me sinto muito inspirado pela quebrada. Quando eu era molequinho, com 8 anos, lembro de olhar por cima do muro da casa da minha avó e ver os caras dançando com a cabeça no chão e ficar pensando: ‘Caraca, que onda é essa?’. E já era hip-hop, era o break”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Compositor, rapper, DJ e dançarino, Israel Paixão roda as festas de Brasília, por meio do duo The Beat’s On, ao lado de Rafael Nino, além de seguir carreira solo. “O hip-hop me escolheu. Até hoje, quando ouço o beat de uma caixa que esteja no BPM [batida] de rap, ou alguma parada do tipo, mexe muito comigo, a ponto de arrepiar. E isso é só um beat de rap, porque a cultura no todo, para mim, é uma coisa linda, um resgate para a periferia”, afirma. Em março deste ano, o artista participou de um evento em São Paulo voltado para o cenário musical. com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Lá ele promoveu, junto aos artistas Bwayne, Rafa Black, Saraní e o produtor Lusi, a Noite Black Brasília. “Foi uma experiência surreal. É importante mostrar nossa cara para que, quando pensem em Brasília e música, não dirijam o pensamento a um nicho só”, afirma Paixão. Em breve, ele pretende realizar a festa no DF. Cores em meio ao cinza Ao lado de Ceilândia, Taguatinga também se destaca como expoente do movimento hip-hop. O Espaço Cultural Mercado Sul, ou Beco da Cultura, na altura da QSB 12/13, é um ponto de convergência de artistas. Espaço Cultural Mercado Sul, ou Beco da Cultura, na altura da QSB 12/13 de Taguatinga: paredes grafitadas e cultura por todos os cantos são marcas registradas da área | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília “Vejo o Mercado Sul como um lugar pulsante e em constante movimento. Tem vários tipos de arte e de cultura que se relacionam entre si e conseguem existir nesse lugar. É um berço em que conseguimos viver o ‘ser artista’ e a experiência de comunidade, como um lugar de acolhimento, expressão e transformação”, comenta a artista independente Raissa Miah. Paredes grafitadas e cultura por todos os cantos são marcas registradas da área. “Todos os movimentos que estão aqui estão no DF, mas, como é um ambiente pequeno, é como uma incubadora de talentos. É uma referência para nichos culturais”, pontua ela. Mensalmente, os artistas independentes moradores dos prédios coloridos promovem a EcoFeira, um espaço de exposição, troca e venda de produtos e serviços que seguem princípios ecológicos. Datas e horários, entre outras informações, são divulgadas pelas redes sociais. A artista independente Raissa Miah, além de ter colorido as paredes do Mercado Sul, foi uma das nove mulheres escolhidas pelo edital do FAC para grafitar a W3 Norte, com uma homenagem à atriz e diretora teatral Dulcina de Moraes | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília Com mais de 15 anos de estrada, Raissa Miah já espalhou seus traços e cores por todo o DF. Além de ter colorido as paredes do Mercado Sul, a artista foi uma das nove mulheres escolhidas pelo edital do FAC para grafitar a W3 Norte, com uma homenagem à atriz e diretora teatral Dulcina de Moraes. Batalha Expandir a cultura hip-hop e dar espaço a novos artistas é o objetivo do Festival Valor Periférico, uma iniciativa promovida com recursos do FAC que vai eleger os melhores cantores de rap do DF. A mostra competitiva ocorre no próximo sábado (22), na Praça Central do Paranoá, com apresentações de artistas selecionados por jurados. Os três melhores serão escolhidos por voto popular e receberão prêmios em dinheiro. O festival promoveu uma série de oficinas gratuitas sobre vertentes do hip-hop ao longo de março e abril. “A ideia do projeto foi na linha de valorizar a cultura, trazendo lembrança de ações realizadas no passado”, afirma um dos organizadores, o produtor cultural Tiago Santos. “É uma forma de tentar trazer mais pessoas para o hip-hop e que conheçam mais pessoas do movimento, tendo contato com o DJ, o break, o grafite”, completa. Aporte As políticas públicas voltadas ao setor cultural trabalham para estimular a mistura de vertentes e preservar os movimentos que já se consagraram no Distrito Federal. “Em todas as nossas políticas públicas, buscamos promover a difusão cultural. No FAC, por meio do edital regionalizado, conseguimos atingir praticamente todas as regiões administrativas, sobretudo com políticas específicas, em que buscamos chegar às regiões com menor índice de desenvolvimento humano”, explica Montes. Exemplo disso é o FAC Brasília Multicultural, lançado em abril do ano passado e dividido em duas etapas. Foram contemplados 475 projetos, com investimento total de R$ 63,3 milhões. O fomento atingiu três categorias na primeira etapa – Cultura de Todo Tipo, Meu Primeiro FAC e Jeito Carnavalesco – e duas na segunda – Cultura em Todo Canto e Cultura de Todo Jeito.

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Parada de ônibus no Paranoá ganha painel de grafite feito por jovens

Uma parada de ônibus na Quadra 27 do Paranoá se transformará em uma galeria de arte, neste sábado (5). Crianças e adolescentes vão pintar um painel de grafite no local, a partir das 9h, como encerramento do projeto Grafinoá, realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Turma em ação exercita a criatividade: projeto ganha incentivo de Fundo de Apoio à Cultura | Foto: Divulgação/Projeto Grafinoá A iniciativa promove oficinas sobre grafite, desde julho, com a participação de mais de 50 crianças e adolescentes, de 6 a 17 anos. Entre os estudantes, aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social são atendidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e conselhos tutelares do Paranoá e Itapoã. A criançada aprendeu os principais conceitos e técnicas do grafite, arte visual urbana com forte presença nas periferias do DF. Cada um dos alunos produziu uma tela grafitada e, juntos, dois painéis em muros cedidos por moradores, na Quadra 27. Cartilha [Olho texto=”. “Percebemos o interesse das crianças, e até da família delas, em seguir fazendo arte, em aprender mais sobre a cultura hip-hop”” assinatura=”Tiago Santos, produtor” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É muito legal ver a arte tomando a cidade”, afirma o artista Carlos Alberto de Carvalho, mais conhecido como Carlos Onix. “Criamos uma cartilha com a história do grafite, a utilidade da arte para a sociedade, nas ruas, no break, no hip-hop em si. Ensinamos a mexer com cores, como fazer pinturas em telas com vários materiais, desde rolos e pincéis a spray e fita.” Nascido e criado no Paranoá, Onix revela a gratidão em dividir a experiência artística com a comunidade. Em 2003, ele participou do projeto Picasso Não Pichava, lançado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). “Hoje, o que eu passo para eles é tudo o que aprendi 20 anos atrás; é como me ver, de novo, com 14 anos”, diz. Essa é a primeira edição das oficinas elaboradas com apoio do edital Meu Primeiro FAC. “Queremos dar continuidade ao projeto, por meio de novos editais e parcerias, e dar espaço para novos artistas”, conta um dos produtores da iniciativa, Tiago Santos TG. “Percebemos o interesse das crianças, e até da família delas, em seguir fazendo arte, em aprender mais sobre a cultura hip hop”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O administrador regional do Paranoá, Júnior Carvalho, reconhece a essencialidade em fomentar o eixo cultural no público infantojuvenil: “É importante que esse aspecto cultural seja desenvolvido no indivíduo desde criança, passando pela fase adolescente, pois a cultura é um processo de desenvolvimento humano. E nós acreditamos que seja de suma importância incentivar essa nova geração a praticar, respeitar e divulgar a cultura”. Os alunos que concluíram, no mínimo, 75% das aulas do projeto receberão um certificado de participação. O curso teve carga horária de 30 horas e foi ministrado em duas turmas em aulas semanais, aos sábados. Informações sobre as próximas edições serão publicadas nas redes sociais do projeto.

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Painéis de grafite em pontos das asas Sul e Norte, Samambaia e Planaltina

Apreciadores de grafite podem aproveitar os momentos de folga para conhecer painéis espalhados por diversos pontos do Distrito Federal. As obras estão nas asas Sul e Norte – marcando presença  na Galeria dos Estados e no lugar conhecido como Beco do Rato, no Setor Comercial Sul – e nos complexos culturais de Samambaia e Planaltina. Na W3 Norte, foram grafitados neste ano 28 pontos de ônibus, sendo que cada um ficou a cargo de um artista | Foto: Hugo Lira/Secec A pintura das paradas de ônibus da W3 Sul ocorreu entre os meses de novembro e dezembro do ano passado. Durante dois finais de semana, 27 grafiteiros escolheram os temas e espalharam arte por 27 pontos ao longo da avenida mais antiga e famosa de Brasília. Na W3 Norte, foram grafitados neste ano 28 pontos de ônibus, sendo que cada um ficou a cargo de um artista. Os temas usados, de livre escolha por parte dos grafiteiros, tratam desde a retratação de animais e plantas típicas do cerrado até pinturas abstratas. O viaduto sobre a Galeria dos Estados transformou-se em uma tela de 230 m², onde foi pintado o arco-íris, símbolo da bandeira LGBT. São cerca de 120 faixas de um colorido intenso, dando a mensagem de respeito à diversidade. O local também pode ser um excelente cenário para se fazer uma bela imagem da capital. Já no Beco do Rato, que fica no Setor Comercial Sul, o tema era livre, e o coletivo de grafiteiros teve um final de semana para transformar as paredes do espaço. Complexos culturais Em Samambaia, a arte transformou um muro de 150 m² no complexo cultural da cidade. A ideia dos artistas é que o painel aproxime o complexo da região administrativa. O projeto, executado por cinco grafiteiros, homenageia a cultura e a diversidade existentes na cidade, destacando os trabalhos de Samambaia nas áreas de cinema, artes visuais e música. A obra também vai homenagear as crianças, em uma referência ao futuro e às próximas gerações. Por último, como não poderia faltar, faz parte do painel uma bela samambaia, planta de que deu nome à cidade. No Complexo Cultural de Planaltina, o grafite foi feito por 15 artistas. O tema escolhido foi “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”. Cada grafiteiro ficou responsável pela pintura de 18,4 m², com painéis de 8 metros de altura x 2,3 de largura. A ação teve por objetivo homenagear os 161 anos da região administrativa mais antiga do DF.

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Grafite se consolida como ação cultural no DF

Entre junho e julho, a arte urbana protagoniza duas ações marcantes no Distrito Federal: as 28 paradas da W3 Norte e o muro do Complexo Cultural Samambaia (CCS). Os dois projetos são frutos da política distrital de valorização do grafite comandada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Em quatro anos de trabalho, foram investidos R$ 450 mil só de cachês para 287 artistas urbanos de 26 regiões administrativas e duas cidades do entorno – Águas Lindas e Luziânia –, com cotas para mulheres (mínima de 30%) e, nos últimos editais, para pessoas com deficiência (PCDs). May Bucar diz: “É importante ter uma política pública voltada para artistas independentes, além da valorização e da visibilidade de projetos como esse” | Foto: Júnior Ribeiro Os editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também têm destinado recursos para a arte urbana, como grafite, batalhas de rimas, slams e oficinas de capacitação. Nos últimos dois anos, os editais FAC Brasília Multicultural I reservaram 1,5 milhão para essa linha de linguagem. “O grafite é uma arte que mexe com a forma de ser de uma cidade. Brasília é metáfora do modernismo e uma bela tela para a ocupação dessa expressão de traços e cores que reflete o pensamento de uma juventude urbana e seus territórios de pertencimento”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Um dos 28 selecionados para grafitar as paradas de ônibus da W3 Norte, Renato Moll sente-se reconhecido em ocupar, com sua arte urbana, um espaço nobre da cidade. “Isso vai mostrar que o nosso trabalho tem valor e é uma demanda social, que traz inspiração e questionamentos, de maneira democrática, realizado para o público que circula pelo DF”, destaca. Premiado em primeiro lugar, Moll inspirou-se no sentimento da esperança para tocar os passantes da W3. “A mensagem da arte foi inspirada na música Dias da Serpente, do cantor e compositor carioca B-Negão. Fiquei surpreso por ter sido contemplado com o primeiro lugar, pois sei que temos pessoas incrivelmente talentosas e dedicadas aqui no DF, que estavam participando do edital”, observa. Outro selecionado, Yong acredita que participar de projetos que colaboram com a cena artística é sempre uma honra: “A W3 é a avenida mais importante e charmosa da cidade, pensar que terei uma obra minha compondo o visual é gratificante. Será empolgante trabalhar nesse projeto”. [Olho texto=”“Isso vai mostrar que o nosso trabalho tem valor e é uma demanda social, que traz inspiração e questionamentos, de maneira democrática, realizado para o público que circula pelo DF”” assinatura=”Renato Moll, selecionado para grafitar paradas de ônibus da W3 Norte” esquerda_direita_centro=”direita”] Ele observa que, nos últimos anos, a quantidade de projetos envolvendo a arte urbana aumentou bastante em Brasília e o suporte oferecido também cresceu em qualidade. “Precisamos seguir nesse caminho para nos aproximarmos dos grandes polos nacionais e no futuro, quem sabe, sermos vistos como um polo artístico internacional.” Raissa Miah foi uma das nove mulheres escolhidas pelo edital da W3 Norte com um projeto que vai homenagear a atriz Dulcina de Moraes. “É uma proposta de importância tanto pelo valor histórico de pintar nesse grande projeto de revitalização da cidade quanto por ter sido selecionada entre tantos bons artistas da cidade.” Com 15 anos de grafite e de arte urbana, Raissa comemora estar com sua arte no Plano Piloto, pintando com cachê e representando artistas mães solos e das quebradas. “Isso é muito relevante para mim. Além disso, o cachê vai impulsionar mais meu trabalho; torna-se mais um passo na profissionalização e portfólio artístico. Fico também feliz com o número de mulheres que estão participando.” Samambaia com identidade Em Samambaia, a expectativa é de transformar um muro de 150 m² num painel que aproxime ainda mais o Complexo Cultural à região administrativa. “Existe essa necessidade da identificação, de ter de fato a cara de um espaço cultural, além da valorização da arte urbana, que tem grande importância na cidade”, destaca a gerente do CCS, Suelem Rodrigues. O coletivo vencedor, formado por Thamiris Flora, May Bucar, Kaus, Corujito e Fedds, receberá cachê total no valor de R$ 16 mil, além dos materiais necessários para a execução do trabalho artístico. Os integrantes do grupo possuem carreira sólida e apresentaram uma proposta que homenageia a cultura e a diversidade de Samambaia, destacando trabalhos desenvolvidos na região administrativa nas áreas do cinema, das artes visuais e da música. A obra também vai homenagear as crianças – em uma referência ao futuro e às próximas gerações – e a samambaia – planta que batizou a cidade, como elemento símbolo de sua exuberância. “É importante ter uma política pública voltada para artistas independentes, além da valorização e da visibilidade de projetos como esse. Essa ação possibilita a vontade de continuar seguindo, pesquisando e trabalhando com arte”, reflete May Bucar. Política continuada Uma das primeiras ações dessa gestão foi o III Encontro de Grafite, de 2019, idealizado em uma parceria com o Comitê Permanente do Grafite do DF. O edital selecionou 60 artistas para intervenção de tema livre em uma área de até 10 m² do Beco do Rato, no Setor Comercial Sul. Com investimento total de R$ 90 mil, cada artista selecionado recebeu R$ 1,5 mil. Um dos veteranos do grafite no DF e membro do comitê, Carlos Astro foi um dos selecionados para grafitar dentro do Beco do Rato. “Passei a minha juventude aqui dentro e fico emocionado pela importância que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa está dando para intervenções desse tipo. Trabalhamos pelo fortalecimento dos valores da cultura hip hop, e um dos principais deles é o resgate social”, declara. Mesmo enfrentando as limitações da pandemia da covid-19, as ações em grafite não pararam. Depois de ter realizado dois encontros de grafite, os investimentos na arte urbana seguiram adotando os procedimentos de segurança sanitária. Um deles auxiliou 52 artistas com o edital Prêmios FAC Brasília 60. “Fizemos o IV Encontro de Graffiti na Galeria dos Estados em plena pandemia e transformamos os vãos do viaduto numa galeria a céu aberto, tornando-se um dos espaços públicos mais visitados por moradores e turistas”, destaca a subsecretária de Economia Criativa, Angela Inácio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O edital lançado pela Secec selecionou 100 artistas para realizarem intervenção artística de tema livre em uma área de 10 a 20 m² do novo viaduto da Galeria dos Estados. Com investimento total de R$ 150 mil, cada artista selecionado recebeu R$ 1,5 mil. De Planaltina, a artista plástica e grafiteira Iasmin Kali destaca que sua participação na Galeria dos Estados tem o intuito de não só revitalizar o local, mas de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres. “Apesar de termos nomes muito importantes na cena da arte urbana feminina, ainda acho que o movimento das mulheres dentro da arte precisa ganhar mais força e proporção. Esses painéis representam o nosso sagrado feminino, maternidade, conquistas e desafios enfrentados por nós mulheres”, conta. A presença feminina tem sido uma conquista nos editais do grafite da Secec. Na W3 Sul, com intervenção urbana nas paradas de ônibus, elas representaram 44% dos selecionados. Cada participante recebeu cachê de R$ 3 mil e kit com 20 sprays e uma lata de tinta para a base. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Selecionados 28 artistas para colorir paradas de ônibus na W3 Norte

Chegou a vez de a arte urbana do DF levar suas cores para a W3 Norte. O resultado final do Edital n° 3/2022, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), foi divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta sexta-feira (3), revelando os 28 artistas selecionados para fazer intervenções de grafite, mural ou técnica similar nas paradas de ônibus da W3 Norte. A ação é uma continuidade do projeto W3 Arte Urbana e teve um aporte de R$ 84 mil, montante do qual R$ 3 mil serão destinados a cada artista selecionado. Ao todo, foram 122 candidatos inscritos, apresentando suas propostas artísticas e uma justificativa para os conceitos elaborados. Resultado assegurou vagas para artistas mulheres e pessoas com deficiência, incentivando a diversidade no acesso às ações e aos incentivos culturais | Foto: Divulgação/Secec Os artistas selecionados devem apresentar, no prazo de cinco dias úteis a contar da data da publicação do resultado final, os documentos listados no Item 1º do edital. Se, no momento da emissão da nota de empenho ou assinatura do contrato, algum dos documentos estiver vencido ou inadimplente, o artista será desclassificado, dando lugar à proposta subsequente, conforme a lista de classificação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os critérios para a seleção estava o impedimento da contratação dos artistas que já haviam sido contemplados anteriormente, no edital que realizou as intervenções pela W3 Sul. Atento para a importância da inclusão e da equidade de gênero, o resultado trouxe 32% das vagas destinadas a artistas mulheres e duas vagas para pessoas com deficiência (PCDs), incentivando a acessibilidade às ações e aos incentivos culturais. “Depois do sucesso do resultado do edital para a W3 Sul, agora a Secec está ampliando esse projeto, para colorir também a W3 Norte. A ação é parte de um conjunto de incentivos para a valorização dos artistas urbanos do DF, que agora estão tendo essa importante oportunidade de ocupar com cultura e arte os espaços urbanos da cidade”, destacou a subsecretária de Economia Criativa da Secec, Angela Inácio. *Com informações da Secec  

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Divulgado o resultado do projeto Samambaia Arte Urbana

Nesta sexta-feira (27), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o resultado final do projeto Samambaia Arte Urbana. O grupo formado pelos artistas Thamiris Flora, Kaus, May Bucar, Nabrisa, Fedds e Corujito foi selecionado para realizar a intervenção Samambaia em múltiplas cores, na área externa do Complexo Cultural de Samambaia. O grupo receberá cachê total no valor de R$ 16 mil, além dos materiais necessários para a execução do trabalho artístico na área que ocupa cerca de 150 m². Acesse aqui o resultado final. A valorização do movimento do grafite foi um dos objetivos do projeto Samambaia Arte Urbana | Foto: Marina Gadelha/Secec Lançado pelo edital nº 2/22 da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o projeto foi criado para valorizar a cultura urbana e o movimento do grafite, democratizar o acesso à arte e cultura e potencializar a ocupação dos espaços urbanos do Distrito Federal com o trabalho dos artistas locais. “O projeto Samambaia Arte Urbana é mais uma das ações de valorização dos artistas, da arte e dos espaços urbanos no Distrito Federal, que contribuem para democratização da arte e da cultura”, explica a subsecretária de Economia Criativa da Secec, Angela Inácio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os integrantes do grupo possuem carreira sólida no campo do grafite e da arte urbana e apresentaram uma proposta que homenageia a cultura e a diversidade de Samambaia, destacando trabalhos que já vêm sendo desenvolvidos na região administrativa nas áreas do cinema, das artes visuais, da música, entre outros. A obra também irá homenagear as crianças, em uma referência ao futuro e às próximas gerações, e a samambaia, planta que batizou a cidade, como símbolo de sua exuberância. O edital entra agora em fase de habilitação, na qual os artistas selecionados deverão encaminhar a documentação exigida no prazo de até cinco dias corridos. Após a contratação, a execução da obra está prevista para ocorrer entre os dias 17 e 20 de junho. *Com informações da Secec

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Recanto das Emas recebe oficina de grafite neste sábado (21)

[Olho texto=”“O evento tem o objetivo de fomentar a arte do grafite e os artistas do Distrito Federal, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade descobrir e aprender mais sobre esse tema”” assinatura=”Jaime Santana, secretário de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] A Estação da Cidadania do Recanto das Emas, espaço coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), será palco do projeto Graff Art – Circuito de Arte de Rua. A ação, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), é gratuita e será realizada neste sábado (21), das 14h às 18h, na Quadra 113, área especial 1. São três oficinas disponíveis. Para se inscrever, basta preencher o cadastro. “O evento tem o objetivo de fomentar a arte do grafite e os artistas do Distrito Federal, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade descobrir e aprender mais sobre esse tema”, explica o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A iniciativa é direcionada a estudantes da rede pública de ensino e à comunidade artística local. As oficinas serão realizadas em turmas de no máximo 30 alunos e vão contar com intérpretes de libras aos que necessitarem de tradução, garantindo a acessibilidade. As oficinas serão ministradas por grafiteiros locais: Odrus, portador de deficiência auditiva e dominante da linguagem de libras; Key Amorim, portadora da síndrome de Guillain-Barré; e Soneka, que possui 20 anos de atuação artística e já viajou o mundo levando sua arte a outros países. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania

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Artistas de Sobradinho usam grafite contra a violência

Usar a arte como forma de enfrentar a violência foi a maneira encontrada pela Regional de Ensino de Sobradinho para difundir a cultura da paz na Escola Classe 1 da cidade. Na tarde desta sexta-feira (1) foi realizada a atividade Arte em Ação, em que 12 grafiteiros locais, liderados pelo artista Lapicha, fizeram, no muro da unidade de ensino, um mural com temas do dia a dia dos estudantes. O artista Lapicha coordenou o trabalho de 12 grafiteiros, que participaram da atividade Arte em Ação, na Escola Classe 1, em Sobradinho | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A escola é destinada a estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, com idade entre 5 e 11 anos. A diretora da unidade escolar, Eila Almeida, considera a arte uma poderosa forma de expressão contra a violência. “O Lapicha, que está coordenando os trabalhos, já tinha feito grafite dentro da escola. Os grafiteiros trabalham em equipe, com cooperação, e mostrar essa união é importante neste momento. Aqui eles vão desenvolver uma temática voltada para a cultura, educação, esporte e de combate à violência”, explicou a professora. “Os grafiteiros trabalham em equipe, com cooperação, e mostrar essa união é importante neste momento”, diz a diretora da escola, Eila Almeida A coordenadora da regional de ensino, Márcia Brantes, disse que o grafite é uma expressão de liberdade de expressão. “Essa ação serve para conexão, lazer e forma de se expressar”, disse a educadora. “Os grafiteiros da cidade buscavam um lugar para se reunir e confraternizar pintando juntos. A escola cedeu o muro e aqui estamos”, disse o artista Vinícius Rodrigues, mais conhecido como Lapicha. Outro artista que participou do trabalho no muro foi Alan Oliveira da Silva. Pai de três meninos, ele, que é grafiteiro há 21 anos, considera a arte uma forte aliada contra a violência. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A diretora do colégio cedeu o muro para a gente desenvolver a arte. Era para ser um trabalho nosso, com todo material nosso, mas a regional de ensino comprou a ideia e nos forneceu materiais para desenvolver o trabalho. O grafite engloba o esporte, a cultura local, da cidade e do país. A arte desenvolve tudo”, destacou Alan. “A violência não decorre apenas da pandemia, mas de conflitos familiares, coisas que precisam ser ajustadas”, opinou. “Iniciativas dessa natureza são primordiais em um momento como este que estamos vivendo; é importante tanto para os alunos quanto para a toda a comunidade. A gente só consegue combater de verdade a violência aplicando a arte”, disse a diretora cultural de Sobradinho, Rose Maria Alves dos Santos. O próximo projeto cultural da Escola Classe 1 será um concurso de desenho entre os alunos. O vencedor terá seu desenho reproduzido nos muros da escola por Lapicha.

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Cultura registrou um ano com diversas realizações

O ano 2021 foi de canteiros de obras e superação de metas para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Até 31 de dezembro, a pasta empenhou, por meio de editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o aporte de R$ 155 milhões. Esse é o maior investimento de toda a história do FAC e coloca o Distrito Federal na ponta entre as unidades da Federação que mais aplicaram em cultura no ano passado. Cultura investiu em obras durante todo o ano | Foto: Divulgação Para o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, conhecido como Bartô, este é um marco da administração de Ibaneis Rocha. “Nenhum governo teve essa sensibilidade. O desafio está em fazer com que o FAC seja descentralizado, de forma a atender um universo maior de projetos culturais, como preconiza a Lei Orgânica da Cultura no DF”, diz. Principal instrumento de incentivo ao segmento, o Fundo de Apoio à Cultura foi trabalhado em três editais (Visual Periférico e Multicultural I e II). Juntos, os documentos envolveram 22 linguagens artísticas e ofereceram reservas de vagas para quem nunca tinha acessado o recurso. Pessoas com Deficiência (PCDs) também foram contempladas com o benefício. Uma campanha para popularizar o Cadastro de Entes Agentes Culturais (Ceac), que credencia o proponente a acessar os editais, aumentou em 34% a base de inscritos. Assim, a Secec criou linhas para o Meu Primeiro FAC, com reservas de vagas. “Como nunca antes, todas as linguagens culturais foram alcançadas, com os recursos sendo descentralizados para ampliar o leque de oportunidades. Nunca a periferia foi tão contemplada”, conta Bartolomeu Rodrigues. “Se o Multicultural I tinha o objetivo de descentralizar, democratizar e incluir, o Multicultural II vem com o viés da retomada das atividades econômicas do DF, com a proposta de geração de cerca de 100 mil empregos num prazo de seis meses”, explica o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural, João Moro. A volta do MAB Um dos espaços mais emblemáticos da cultura no DF, o Museu de Arte de Brasília (MAB), está de portas reabertas, após 14 anos de espera. Reinaugurado em 21 de abril de 2021, o local tem alterado, com exposições de qualidade, a rotina da Vila Planalto, formando, juntamente com a Concha Acústica, o Complexo Cultural Beira Lago. “É uma felicidade ter esse museu tão caro para arte e para história das artes visuais de Brasília e do Brasil entregue e com melhorias em sua edificação, sobretudo, porque enfrentamos, neste último ano, a adversidade da pandemia da covid-19”, pontua o secretário. “A sua reabertura é um presente para todos, brasilienses, brasileiros e cidadãos do mundo.” Com a reforma estimada em R$ 9 milhões, o edifício do MAB foi expandido em mais de 500 m². A requalificação total do interior do prédio, com mudança de layout, permitiu a ampliação da galeria do primeiro pavimento para mais de 1.022 m² de área útil, quando antes não chegava a 1.000 m². Também se destaca a qualidade do sistema de ar-condicionado, adequado para instituições museológicas, e do sistema de prevenção a incêndio. Entre as novidades está a instalação de dois elevadores, um deles suficiente para transportar as obras. Pensando na preservação dos itens, a iluminação na galeria foi adequada, evitando incidência de luz solar sobre as telas por meio da instalação de paredes em drywall em frente às janelas. Dedicada às apresentações artísticas ao ar livre, a Concha Acústica voltou a fazer parte do cenário cultural do DF, após investimento de R$ 422 mil para reforma e manutenção do espaço. Entre os trabalhos de manutenção feitos no local, estão a pintura completa e regularização das placas de concreto danificadas que compõem o piso, a reforma do alambrado, pintura das estruturas, instalação de refletores, substituição de vidros e aplicação de película. Os serviços também incluíram pintura dos batentes de proteção da guarita, limpeza das lajes e faixas do estacionamento, roçagem e reparos hidráulicos/elétrico. Manutenção de outros espaços culturais Recuperação do Teatro Nacional é um dos desafios | Foto: Divulgação Importantes para a divulgação das artes em todos os seus segmentos e tendências, os equipamentos culturais do Distrito Federal, além de funcionarem como pontos de encontros, lazer e entretenimento para a população, são essenciais para a formação de conhecimento sobre a arte. Daí a necessidade de estarem sempre adequados e aptos a receber o público. Para tanto, foram aplicados R$ 7 milhões de recursos diretos na recuperação desses locais. Nesse contexto, a recuperação do Teatro Nacional, outro relevante espaço cultural da cidade, surge como um desafio. Mesmo fechado, o teatro recebeu melhorias em todo sistema de refrigeração e ar-condicionado. A Secec e a Novacap estão finalizando os termos do edital para contratação de empresa que fará as obras de restauração do teatro com recursos do próprio GDF.  Cidade Patrimônio Após concluir os estudos e análises das necessidades emergenciais dos principais espaços culturais do DF, a pasta pôs em ação, desde março do ano passado, um plano de trabalho chamado “Brasília, Cidade Patrimônio”, para reformar e fazer a manutenção da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Concha Acústica, Cine Brasília, Museu Nacional da República (MuN), Conjunto Fazendinha e Complexo Cultural Samambaia (CCS). Concha Acústica também passou por reformas importantes | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Composto por um complexo de cinco edificações de madeira construídos nos anos 50, o Conjunto Fazendinha, situado na Vila Planalto, passou por reformas emergenciais nas estruturas de madeiras e instalações elétricas. Até agora, a Secec investiu R$ 290 mil para recuperar o espaço. Localizado na DF-330, Km 4, em Sobradinho, o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo estava abandonado desde 2013. Com investimentos de mais de R$ 231 mil, a Secec iniciou, em julho de 2021, uma obra de recuperação do galpão central, além da parte elétrica e pintura. O local também ganhou reforço na iluminação, com novas luminárias e refletores externos, pintura, dedetização e manutenção dos jardins da parte externa. “Essa reforma revitaliza a estrutura física do polo, que seguia há anos sem atenção. O que vamos discutir agora é o processo de ocupação. Há muitas ideias postas na mesa”, conta Bartolomeu Rodrigues. Em agosto do ano passado, três espaços memoriais essenciais para a preservação da história e da cultura – Museu do Catetinho, Museu da Memória Candanga (MVNC) e Memorial dos Povos Indígenas (MPI) – tiveram seus sistemas de incêndio substituídos e modernizados. Cravada no coração do Plano Piloto, a Praça do Complexo Cultural da República é um dos espaços públicos mais visitados de Brasília. Point de skatistas, artistas, visitantes do museu e da biblioteca, o local também recebeu intervenções estruturais de manutenção e preservação do patrimônio. Os trabalhos tiveram a parceria do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) com frisagem, varrição, catação, lavagem e pintura dos meios-fios, além da recuperação do espelho d´água. O investimento é da ordem de R$ 187 mil. Após a reintegração do Complexo Funarte Brasília aos equipamentos da secretaria, foi anunciada a reforma do Teatro Plínio Marcos e a mudança de nome para Centro Ibero-Americano de Cultura. A obra prevê manutenção da fachada, impermeabilização da cobertura, pintura externa, recuperação das calçadas, preservação das esquadrias de vidros e recuperação de captação de águas pluviais. O valor do investimento é R$ 485 mil. “Estou muito seguro sobre o futuro do Complexo Cultural Funarte Brasília pela sensibilidade com que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa trata desse equipamento”, valoriza o presidente do complexo, Tamoio Marcondes. Já no Gama, a Secec comanda a reforma do Cine Itapuã para recuperar a estrutura do espaço, de valor de R$ 464 mil. Olhar sensível às minorias Com uma atenção especial às minorias, a Secec marcou presença, em 2021, ao reconhecer a potência e talento de artistas do segmento LGBTQIA+ e mulheres negras do DF. Com aporte de R$ 300 mil, a pasta selecionou 80 nomes para premiação. Além de incentivo em dinheiro, os artistas ganhadores levaram troféus e divulgação de seus trabalhos com catálogo ilustrativo. A comissão de seleção do Prêmio LGBTQIA+ avaliou 300 fichas de inscrições e portfólios de artistas consagrados no segmento, que concorreram ao certame por suas contribuições ao desenvolvimento artístico do DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Foram 50 premiados com o valor de R$ 3 mil cada. “Desde que assumi a gestão da pasta de Cultura e Economia Criativa, voltei minha atenção e preocupação para a comunidade LGBTQIA+, simultaneamente uma das mais invisíveis e potentes da cadeia de cultura”, lembra o secretário. Além disso, 30 agentes culturais negras das mais diversas regiões administrativas tiveram suas trajetórias artísticas reconhecidas pela contribuição sociocultural a comunidades em 22 linguagens artísticas diferentes. A iniciativa foi da Subsecretaria de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC), que pagou o prêmio de R$ 5 mil a cada uma. “Esse prêmio é só um símbolo do compromisso da Secec com a valorização da diversidade que existe na cultura. As 30 selecionadas, em seu conjunto, representam com excelência a força da arte negra feminina do DF”, saudou a titular da SDDC, Sol Montes. Aldir Blanc Dispositivo emergencial criado pelo governo federal para dar suporte à classe artística no período de pandemia, a Lei Aldir Blanc já pagou 100% dos beneficiários dos projetos da primeira fase, aplicando mais de R$ 33 milhões repassados pela União. O montante representa quase 90% dos recursos empenhados e contempla 2.824 profissionais da área. Na segunda fase, mais 500 agentes culturais foram agraciados, fechando, assim, a execução da lei. Execução de Termo de Fomento Regulamentado por meio do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), o Termo de Fomento consiste na execução, pela Secec, de projetos viabilizados por emendas parlamentares. Em 2021, a pasta aprovou 73 projetos distribuídos com realizações presenciais em todas as RAs, somando R$ 27,7 milhões de investimentos. Esse volume de ações é resultado da assinatura de termos de fomento com Organizações da Sociedade Civil (OSCs). “O Termo de Fomento ganhou um foco na Secec ao percebermos a potência desse instrumento em movimentar a cadeia da economia criativa”, avalia Bartolomeu Rodrigues. “Entendemos que fomentar os espaços culturais do DF é uma experiência muito exitosa. Iniciamos pelo MAB e Concha Acústica, mas queremos expandir o projeto, aberto ao público e de forma gratuita, para outros equipamentos culturais”, conta produtor executivo do projeto Complexo Beira Lago, Acir Carvalho. Arte urbana Em julho de 2021, a Galeria dos Estados ganhou intervenção de grafiteiros e se tornou uma galeria a céu aberto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Aberta a todas as tendências, linguagens artísticas e movimentos, a Secec abraçou a arte urbana no DF promovendo a cultura do grafite pela cidade. Assim, edital no valor total de R$ 150 mil, lançado em 2020, mas só executado em 2021 por conta da pandemia, viabilizou a contratação de 100 artistas com cachê de R$ 1,5 mil cada para colorir o viaduto da Galeria dos Estados. Uma das vias mais importantes do Plano Piloto e todo o DF, a W3 Sul também vai servir de palco para a arte urbana. Isso porque o edital W3 Arte Urbana, lançado em novembro de 2021, escolheu 27 artistas que farão intervenções nas paradas de ônibus da charmosa avenida. Para esse certame, a Secec aportou R$ 81 mil em recursos e vai remunerar cada selecionado com um cachê de R$ 3 mil. Encabeçado pela Secec, o projeto também conta com a parceria das secretarias de Governo (Segov), de Transporte e Mobilidade (Semob) e de Projetos Especiais (Sepe), além da Administração Regional do Plano Piloto. Festival de Cinema de Brasília Maior festa da cultura no DF, nascida cinco anos após a inauguração da cidade, em novembro de 1965, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) é referência nacional e transcende sua importância como mera mostra cinematográfica. O encontro teve êxito de público entre 7 e 14 de dezembro, em formato virtual. “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro”, reforça o titular da Secec. A 54ª edição do evento contou com quase mil inscritos e teve a ficção como destaque na mostra competitiva. “Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, festeja o secretário. Foram trabalhos vindos de 11 estados brasileiros, a maioria dialogando com o tema “O Cinema do futuro e o futuro do cinema”. Incentivo à leitura Mala do Livro | Divulgação/Secec Os projetos de incentivo ao livro e a leitura ganharam corpo em 2021, quando a Mala do Livro completou 31 anos, tornando-se um projeto para exportação para outros estados e países da América do Sul e da África que falam português. “A Mala do Livro é um programa tipo exportação, que rompeu as fronteiras do Distrito Federal; tem a força que tem devido a esses voluntários amantes da leitura”, define Bartolomeu Rodrigues. Por meio de aporte de R$ 500 mil, a Secec lançou edital para contemplar 100 agentes com prêmio de R$ 5 mil. Em outra frente, um edital de R$ 1,2 milhão vai capacitá-los. Atualmente, a Mala do Livro tem 75.300 títulos cadastrados no sistema em 196 malas (na verdade, caixas de madeira dobráveis). Há ainda 188 malas disponíveis em instituições que prestam assistência social, além de outras sete em hospitais. A Ride-DF, que avança para Minas e Goiás, contabiliza mais de 500 unidades. Candanguinho e Candango A Secec lançou o I Prêmio Candanguinho de Poesia Infanto-Juvenil, que selecionou 30 obras inéditas de crianças e jovens entre 6 e 17 anos para compor a coletânea de poesias Mala do Livro: uma viagem na cultura, em celebração aos 30 anos do projeto da Biblioteca Nacional de Brasília. “A grande adesão ao Candanguinho mostra que essa iniciativa estava sendo requerida há muito tempo. É um espaço para que crianças e jovens possam se expressar era uma lacuna no DF, por isso a equipe da BNB envolvida no projeto está muito entusiasmada com os resultados. Esse programa e o prêmio representam um pedacinho de um desafio maior de estímulo à escrita, à leitura e à oralidade que a Secec está construindo”, explica a assessora de Relações Institucionais da Secec, Beth Fernandes. Na sequência, veio o edital para selecionar instituição que vai gerir o I Prêmio Candango de Literatura, com aporte de R$ 1 milhão. Essa instituição vai coordenar, em parceria com a Secec, todas as fases do concurso – do lançamento à entrega do prêmio, que terá as categorias Romance, Poesia, Conto, Prêmio Brasília, Capa e Projeto Gráfico, além de duas linhas destinadas a iniciativas de incentivo à leitura (Geral e PcD). “O Prêmio Candango de Literatura é uma aspiração que nasceu desde o início dessa gestão, com o objetivo de integrar a comunidade internacional de língua portuguesa. É uma forma de estimular e valorizar os escritores nesse momento delicado”, conclui o secretário de Cultura e Economia Criativa. Arte: Agência Brasília  

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Um corredor turístico cultural para dar vida à W3 Sul

A história de Brasília passa por nomes como os de Oscar Niemeyer, Athos Bulcão, Marianne Peretti, Burle Marx, Lúcio Costa e Juscelino Kubitschek. Essenciais na criação da cidade, eles estão representados na avenida comercial mais importante da capital, a W3 Sul. Registrados em painéis de grafite, estes personagens são o ponto de partida para o local reverter décadas de abandono e viver novos tempos de empreendedorismo, de comércio pujante e aflorar o turismo na região. Painel inaugurado nesta segunda (20) homenageia nomes essenciais na história e na identidade de Brasília: o fundador da capital, Juscelino Kubitschek; o arquiteto Oscar Niemeyer; o urbanista Lúcio Costa; o paisagista Burle Marx e os artistas plásticos Athos Bulcão e Marianne Peretti | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Nesta segunda-feira (20), o governador Ibaneis Rocha inaugurou um painel em grafite no antigo Cine Cultura, na 507 Sul, feito a várias mãos por artistas de rua da cidade. Trabalho que faz parte da proposta de tornar a W3 Sul um circuito turístico cultural. “A W3 era conhecida como shopping center do DF. Todos os comércios existiam na região, nós vivemos a efervescência dela e queremos voltar a ter aquela alegria da W3. Aqui conseguimos misturar um pouco de tudo, temos arte com pinturas e grafitagens. E ainda temos muito para acontecer dentro da W3 para transformá-la em um corredor cultural”, afirma o governador Ibaneis Rocha. O primeiro passo para que a avenida possa viver novos tempos foi dado com o movimento de recuperação da infraestrutura do local. Com investimento de R$ 21,7 milhões, o local ganhou calçadas mais largas e com acessibilidade, novos estacionamentos, paisagismo e iluminação em LED. Etapa que possibilita a missão de implantar o corredor cultural e turístico, como avalia a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. Inaugurado pelo governador Ibaneis Rocha, o painel em grafite foi feito a várias mãos por artistas de rua da cidade; trabalho faz parte da proposta de tornar a W3 Sul um circuito turístico cultural “O governador Ibaneis Rocha marca hoje a história de Brasília entregando a reforma da W3 Sul, que estava abandonada há décadas. A infraestrutura é essencial para a gente dar vida aos espaços, e a ideia desse corredor turístico cultural é exatamente essa. Já temos a quadra-modelo e agora estamos inaugurando esse painel que traz os rostos dos criadores de Brasília, com apoio da CDL. Esperamos que seja o começo de uma onda de ocupação e geração de emprego e renda para o setor”, explica Vanessa Mendonça. Com esse trabalho, o GDF espera estabelecer um hub criativo no local como pivô para atração de novos empreendimentos e investimentos associados à produção associada ao turismo. Com a palavra, os artistas No painel inaugurado nesta segunda (20), estão representados o fundador da capital, Juscelino Kubitschek, o arquiteto Oscar Niemeyer, o urbanista Lúcio Costa, o paisagista Burle Marx e os artistas plásticos Athos Bulcão e Marianne Peretti. Nos painéis laterais inferior e frontais do prédio, vários artistas fizeram uma releitura com ilustrações dos homenageados, entre elas as artistas de rua Didi Colado e Key Amorim. “Quis trazer elementos da Marianne Peretti o tempo todo. Trouxe a criação dela, que são os vitrais. Eles foram o elemento vital de todo o trabalho”, explica Didi Colado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo a artista, os murais de rua têm um grande potencial artístico por serem acessíveis à toda população. “Esse é o poder do grafite, é o poder da arte urbana. Ele é de todo mundo e está aqui para todos terem acesso. Este grafite na W3 colabora para que a revitalização seja feita sob um novo olhar”, acrescenta Didi Colado. O ponto de partida da intervenção foi escolhido para nascer nas quadras 507 e 508 Sul, por reunir prédios históricos ligados a atividades artísticas de Brasília. Além do Cine Cultura, a área conta com uma escola classe onde já funcionou um dos primeiros teatros de Brasília e o Centro Cultural Renato Russo. A artista Key Amorim retratou o artista plástico Athos Bulcão. Segundo ela, o trabalho “retrata um pouco de Brasília e da história da construção da cidade. Acho importante representá-lo neste monumento importante que foi o Cine Brasília”, disse.

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Lançado edital da Cultura para seleção de 27 grafiteiros

[Olho texto=”“A W3 Sul carrega a responsabilidade de ser uma das avenidas comerciais mais importantes da capital e nada mais justo que cores para ressaltar todo seu potencial econômico com a arte urbana”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) lançou, nesta quarta-feira (13), edital de chamamento público n° 28/2021, que vai selecionar 27 grafiteiras e grafiteiros para trabalhar no projeto W3 – Arte Urbana, previsto para ser realizado dias 27 e 28 de novembro e 4 e 5 de dezembro, na avenida W3 Sul. A ação vai investir R$ 81 mil, é parte do projeto de recuperação da área e conta com a parceria das secretarias de Governo (Segov), de Transporte e Mobilidade (Semob) e de Projetos Especiais (SPE) e da Administração Regional do Plano Piloto. “A W3 Sul carrega a responsabilidade de ser uma das avenidas comerciais mais importantes da capital e nada mais justo que cores para ressaltar todo seu potencial econômico com a arte urbana. É hora de botar a mão na massa e colorir ainda mais esse espaço, fundamental para o desenvolvimento da economia criativa do Distrito Federal”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Processo seletivo Com inscrições abertas de 13 a 26 de outubro, o certame vai selecionar artistas que moram no DF ou Entorno que comprovarem, por meio de portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis, tapumes, entre outros. Interessados devem preencher formulário de inscrição. [Numeralha titulo_grande=”R$ 3 mil” texto=”será o valor do cachê pago a cada um dos selecionados” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o cachê no valor de R$ 3 mil, cada grafiteiro selecionado fará sua intervenção artística de tema livre em uma parada de ônibus da W3 Sul, com a área total de 20 m². Serão reservadas 30% das vagas para a participação de artistas mulheres, de acordo com a Portaria nº 58, de 27 de fevereiro de 2018, que define o estímulo e a participação de mulheres nos mecanismos de apoio, incentivo e fomento da Secec. Diante do período de pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Para além do uso obrigatório dos devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança, grafiteiras e grafiteiros atuarão em modo de revezamento, a fim de garantir o distanciamento social. Cultura na rua Elaborado pela Secec, o W3 – Arte Urbana faz parte da série de iniciativas da pasta para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo no movimento. O evento também contribui para o fortalecimento da política de valorização do grafite no DF e Entorno. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] À frente da iniciativa, a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis, aponta que a ação de arte urbana nas paradas da W3 Sul contribui para a recuperação da área, valoriza o movimento do grafite e os artistas locais e potencializa a ocupação cultural de espaços urbanos do DF. “A intenção é expandir a inciativa para todo o DF, democratizando o acesso à arte e à cultura e contribuindo para atrair visualmente e transformar a atmosfera dos espaços público do DF”, ressalta a subsecretária. Serviço – W3 Arte Urbana – Inscrições: 13 a 26 de outubro de 2021 – Informações pelo e-mail cgdfp@cultura.df.gov.br ou pelos telefones 3325-6267 e 99261-9622. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Grafiteiro colore espaços públicos no Recanto das Emas

Há 15 anos, quando pichava prédios e vias públicas, Alexandre Silva mal sabia que poderia fazer a diferença na vida das pessoas por meio de sua arte. Atualmente, Xande Joia, como é mais conhecido, estampa seus painéis em unidades de atendimento ao cidadão, levando mais cor a estruturas que, antes, tinham apenas o cinza concreto ou o branco gelo. Por meio de uma parceria com a Administração Regional do Recanto das Emas, Joia está colorindo a cidade | Foto: Ádamo Dan/Sedes “Antes eu depredava o bem público, hoje eu colaboro com sua preservação e, mais que isso, deixo essas estruturas mais alegres por meio das cores”, conta o grafiteiro de Ceilândia. [Olho texto=”“Esse exemplo dado pelo Xande mostra que as políticas públicas são diariamente construídas por nós. Tem de ser de maneira participativa, coletiva e colaborativa”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Por meio de uma parceria com a Administração Regional do Recanto das Emas, Joia está colorindo a cidade. O artista já estampou desenhos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na Unidade Básica de Saúde (UBS), em várias escolas e nos dois Centros de Referência de Assistência Social (Cras), um deles recém-inaugurado no espaço do antigo CEU das Artes. Tudo de maneira voluntária, pedindo, no máximo, o material a ser utilizado nas obras. As imagens do artista-plástico fazem parte da coletânea de desenhos para o Projeto Criança Feliz Brasiliense e a parceria com a administração é fundamental para concretização do sonho em transformar, por meio da pintura, a realidade das crianças da cidade. “Somente unindo forças com a sociedade seremos capazes de oferecer oportunidades iguais a todos”, garante o administrador Carlos Dalvan, que vê na parceria com Xande Joia um dos pilares para o sucesso do programa na cidade. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, o apoio de cada um para o desenvolvimento das ações estatais é de suma importância. “Esse exemplo dado pelo Xande mostra que as políticas públicas são diariamente construídas por nós. Tem de ser de maneira participativa, coletiva e colaborativa”, acredita. [Olho texto=”“Antes eu depredava o bem público, hoje eu colaboro com sua preservação e, mais que isso, deixo essas estruturas mais alegres por meio das cores”” assinatura=”Xande Joia, grafiteiro” esquerda_direita_centro=”direita”] Para quem quer aprender a arte de trabalhar com pinturas artísticas, Xande Joia convida para conhecer o Centro Cultural Espaço Criativo, atrás da Administração Regional de Ceilândia. “É lá onde ministramos vários cursos e oficinas de grafite e outras expressões artísticas. A maioria de maneira gratuita”, enfatiza o artista. Serviço Centro Cultural Espaço Criativo (61) 98425-8226 @xandejoia, no Instagram *Com informações da Sedes

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No Itapoã, avenida ganha mais infraestrutura e cores

Com seus pouco mais de 2 km de extensão, a Avenida do Murão avança para se tornar a mais bonita do Itapoã. Um novo sistema de drenagem está sendo construído na rua, o muro que dá nome à avenida ganha cores pelas mãos de grafiteiros locais e ainda vem a recuperação de 800 metros de calçadas, junto ao recapeamento asfáltico. O muro de 518 metros que dá nome a avenida está sendo ilustrado pelos Irmãos Grafite e, em cerca de um mês, terá o trabalho concluído | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília As obras são executadas pela Administração Regional em conjunto com a Novacap e, havia muito tempo, eram esperadas pela população. No período chuvoso, a situação era caótica para os moradores, que conviviam com alagamentos de “bater nos joelhos”, segundo relata a comerciante Mikaella Silva, 30 anos. “Antigamente, quando chovia, era um ‘riacho’ que descia para cá. Alagava tudo”, lamenta a moça, dona de um quiosque de lanches na esquina da pista. “Agora, com os bueiros que a administração está fazendo, espero que a água tenha para onde escorrer, pois ninguém vem lanchar se molhando por inteiro.” São 31 bocas de lobo novas na Avenida do Murão e na adjacente, próximo à DF-250, que liga Paranoá e Itapoã a Planaltina. Somando as já existentes, serão 55 no total para dobrar a capacidade de captação de água pluvial. “Era muita água para pouca captação. Em alguns pontos, estamos colocando sete bueiros, um ao lado do outro, para dar conta do recado”, explica o diretor de Obras da administração, Leogilton Fontes. [Olho texto=”“É muito bom ver quando estão dando valor ao nosso bairro. Caminho por aqui, pois estou fazendo alguns cursos, e estou achando legal”” assinatura=”Sirenio Figueiredo, estudante” esquerda_direita_centro=”direita”] Blocos de concreto e tijolos usados para a construção dos bueiros foram cedidos pela Novacap e doados por comerciantes da região. Após essa fase, serão feitos 800 metros de calçadas, orçadas em aproximadamente R$ 600 mil – recursos originários de emenda parlamentar do deputado distrital Leonardo Prudente. O novo asfalto será instalado ao mesmo tempo e terá investimento de R$ 500 mil, de uma emenda do deputado Agaciel Maia. “É muito bom ver quando estão dando valor ao nosso bairro. Caminho por aqui, pois estou fazendo alguns cursos, e estou achando legal” , conta o estudante Sirenio Figueiredo, 24. “A pintura está virando uma obra de arte. Gosto muito de desenhos e acho que valorizam tudo que está ao redor.” Os bueiros e calçadas estão sendo construídos com blocos de concreto e tijolos cedidos pela Novacap e doados por comerciantes da região O grafite no conhecido muro que ladeia o condomínio Novo Horizonte e a avenida é dos Irmãos Grafite, grupo de moradores da cidade que se dedica à arte. Serão 518 metros grafitados com personagens de desenhos infantis, pontos conhecidos da cidade etc. Segundo o administrador Marcus Cotrim, em cerca de 40 dias, esse trabalho será finalizado. “Trata-se de uma avenida de fluxo intenso, uma das principais do Itapoã que levam até o [condomínio] Del Lago e à Fazendinha. E essas novidades que o governo vem trazendo para cá vão ajudar muito na fluidez do movimento de carros e proporcionar conforto para os nossos moradores”, resume Cotrim. Pacote de obras para a cidade [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em maio último, o governador Ibaneis Rocha visitou o Itapoã e anunciou um investimento de cerca de R$ 27 milhões para a cidade, que vai receber uma feira permanente, uma escola classe, o primeiro terminal rodoviário e a pavimentação de diversas vias. Além disso, está prevista a construção de uma nova sede para a administração regional, com um custo de R$ 1,6 milhão. A obra da escola está avançada. “Esperamos que até o fim do ano possamos ampliar a educação das nossas crianças com mais um centro de ensino”, estima o administrador.

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Grafite, a arte que deixa Brasília ainda mais diversificada

A presença de 100 artistas visuais numa área de aproximadamente 1.500 metros quadrados da Galeria do Estados provoca de imediato uma sensação: Brasília ficou mais diversa e inclusiva. Com 92% de criadores vindos das Regiões Administrativas fora do centro político-administrativo do Plano Piloto, a arte espalhada pelos vãos do viaduto provoca um mosaico de sensações. Kainan Campos, a Ganjart, homenageia o conceito de mãe natureza: “Meu trabalho busca retratar a força da biodiversidade como nossa mãe e os ataques que os recursos naturais têm sofrido” | Fotos: Divulgação/Secec Numa ação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o IV Encontro do Graffiti é um projeto que reflete a política pública de valorização dessa arte urbana, uma das pioneiras no país. Foram investidos R$ 255.714,63 (sendo R$ 150 mil só de cachês). O legado da Galeria dos Estados transformada por 2 mil sprays de tinta em dois fins de semana é de pertencimento e valorização artística. [Olho texto=”A presença feminina de grafiteiras, garantida graças à cota de 30% do edital, reflete-se em desenhos de empoderamento da mulher. Figuras fortes, de deusas e de mulheres comuns, explodem em cores nas paredes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Muitos grafiteiros imprimem pela primeira vez a sua arte na capital federal. Antes, nunca tiveram essa oportunidade. Fazem esse processo após serem selecionados num edital de chamamento público, com recebimento de cachê (R$ 1, 5 mil por pessoa) e cercado de todos os cuidados de produção para a sua criação (infraestrutura de andaimes, segurança, matéria-prima, alimentação). Uma equipe da Subsecretaria de Economia Criativa, responsável pela execução do IV Encontro do Graffiti, esteve a serviço desses profissionais, numa valorização artística que muitos nunca tinham experimentado. O resultado artístico fala por si. A representatividade negra, por exemplo, está estampada nas figuras e no imaginário das crenças, dos mitos e das matrizes africanas, bem como na tradução de seus cotidianos. A presença de elementos culturais de Brasília (lugares, fauna, comportamento) e da influência nordestina também estão presentes nas criações A exclusão social é tratada em diversos painéis, como num grafite em que um jovem negro e em situação de rua é observado tendo o movimento frenético e bem-sucedido da capital federal como cenário. A presença feminina de grafiteiras, garantida graças à cota de 30% do edital, reflete-se em desenhos de empoderamento da mulher. Figuras fortes, de deusas e de mulheres comuns, explodem em cores nas paredes, trazendo questões como a equidade de gênero e a denúncia contra a violência. Outra vertente forte é a exaltação à natureza e a denúncia contra os crimes ambientais. De Sobradinho, Alain Silva, o Oliver Onk, trabalha no ramo há 19 anos e grafitou o foguete do Parque da Cidade e a Torre de TV. “Estou admirado com a união e o empenho de todos os grafiteiros”, falou Os estilos também se misturam nas paredes, provocando um passeio à parte. É possível observar o estêncil, grafite feito no molde, convivendo com o 3D, aquele desenho que parece sair do muro. Há ainda as telas mais figurativas e realistas, as de influências surreais que parecem dialogar com o universo das tatuagens e o grafite mais tribalista e codificado por estilos conhecidos como Wild (setas e letras, às vezes indecifráveis), thrown up (vômito em inglês, feito rapidamente e que remete a letras) e bombing (um thrown up com letras bem mais arredondadas). Há ainda o diálogo com artistas visuais modernos, como Rubem Valentim e os grafites tags, que representam a assinatura dos artistas e revelam seus estilos. Dez estilos Há 100 telas na Galeria dos Estados, cada uma mais intrigante que a outra. Num passeio pelos trabalhos, os dez criadores falam dos seus estilos. Argo Roberto de Oliveira, de Santa Maria, conhecido na cena urbana como Argo, resolveu grafitar letras que mesclam com todos os elementos do grafite. “O encontro reúne letras, desenhos e personagens de diversos estilos. Cada grafiteiro tem um codinome que remete à sua assinatura, e dessa vez vou deixar a minha marca em um letrado que significa a tag do artista, uma espécie de impressão digital artística”, esclarece. Ganjart Natural do Gama, a artista Kainan Campos – Ganjart participa pela segunda vez do evento e considera hoje o grafite não só um trabalho, mas algo que move sua vida. “Nesse painel quis homenagear o conceito de mãe natureza. Meu trabalho busca retratar a força da biodiversidade como nossa mãe, que tudo nos provê, e os ataques que os recursos naturais têm sofrido”, contemplou a jovem. Guga Baygon De Recife, Guga Baygon traz toda a experiência com a arte de tatuar para o grafite e brinca com elementos do universo onírico e surreal. “Gosto dessa mistura do sonho com cores muito fortes. O resultado é essa viagem intensa aos olhos”, frisa. Carlos Astro é morador de Ceilândia e grafiteiro há 32 anos: “Hoje vivo da arte. O grafite me salvou e continua salvando vidas, formando novos artistas”, destacou o veterano Leandro Vidão De Ceilândia (19% dos selecionados foram da cidade, um dos berços do rap no Brasil), Leandro Vidão trabalha com o grafite desde os 13 anos. Ele trouxe a força de sua diversidade de estilos. “Faço todo o tipo de desenho, do realismo às letras. Considero esse encontro uma grande oportunidade de fazer uma conexão com a arte e os colegas envolvidos neste trabalho feito especialmente para o público, como um museu a céu aberto, representando a verdadeira arte de rua”, revela o artista, com obras espalhadas por dez estados. Carlos Astro O artista, morador de Ceilândia e grafiteiro há 32 anos, traz a importância do grafite como um transformador de vidas para o painel que produziu. “Hoje vivo da arte. O grafite me salvou e continua salvando vidas, formando novos artistas. Para este encontro, fiz uma homenagem ao Comitê Permanente do Grafite e o quanto este trabalho dá força para a nossa arte urbana”, destacou o veterano da arte urbana no DF. De Planaltina, Iasmim Kali destaca que seu intuito é não só de revitalizar o local, mas de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres como um todo: “Os painéis representam o nosso sagrado feminino, para que mulheres possam se enxergar e se sentirem representadas pela nossa arte”, conta Mathê Moradora do Sudoeste, Mathê Avelar é professora de Artes Visuais na UnB e considera o grafite uma das principais fontes de expressão do seu trabalho. Em sua obra, Mathê trouxe uma mulher negra e empoderada, com um cabelo que revela sua beleza e identidade. Essa é sua primeira participação no Encontro do Graffiti, que foi motivada também por dançar hip-hop. “Para grafitar esse painel, me inspirei também em Rubem Valentim, que tem uma tendência muito marcante de remeter com potência toda a simbologia do povo afro brasileiro”, explicou. Nabrisa Residente em Samambaia, Sabrina Falcão, conhecida na cena como Nabrisa, revela a sensação de poder grafitar em um mural feito completamente por mulheres. Com um desenho de uma mulher segurando uma lâmpada, que significa “a mulher sendo a luz na vida de outras mulheres”, a artista quis transmitir o alerta para as causas enfrentadas pela população feminina diariamente. “Esse foi um projeto histórico destinado exclusivamente pro grafite que contemplou artistas com material, cachê e visibilidade. A localização escolhida também representou muito para a cena”, celebrou. Iasmin Kali De Planaltina, a grafiteira Iasmim Kali destaca que sua participação na intervenção tem o intuito não só de revitalizar o local, mas, também, de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres como um todo. Ela buscou representar as mães e filhas que passam todos os dias pela Galeria. “Estes painéis representam o nosso sagrado feminino, a maternidade, para que mulheres possam se enxergar e se sentirem representadas pela nossa arte”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Oliver Onk O artista urbano de Sobradinho Alain Silva, conhecido como Oliver Onk, trabalha no grafite há 19 anos e grafitou o foguete do Parque da Cidade e a Torre de TV. “Estou muito admirado com a união e com o empenho que todos os grafiteiros estão tendo com esse projeto e com o estímulo para colorir a cidade e movimentar o segmento artístico”, arrematou. Priscila Peçanha Moradora de Samambaia, Priscila Peçanha revela que sempre buscou participar de eventos como o Encontro do Graffiti. Grávida de sete meses de uma menina que se chamará Dora, a artista atua no grafite há sete anos e seu desenho retrata o poder místico do sagrado feminino e seu encontro com a natureza. “Combinamos uma conexão para que este painel coletivo transmita todos os nossos anseios e lutas”, acrescenta a artista. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Galeria de todas as cores

O viaduto da Galeria dos Estados deixou de ser só uma estrutura de concreto cinza que sustenta a passagem de veículos. Em seus vãos, cores, formas e estilos se misturaram uma centena de mãos de artistas selecionados para o IV Encontro de Graffiti. Desde a quinta-feira (8), ocupam seus metros quadrados em estado de felicidade. A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e tem apoio da Administração Regional do Plano Piloto [Olho texto=”“Este evento valoriza os pilares da arte urbana e age efetivamente no processo de reinserção social dos moradores de rua, que estão nos auxiliando neste processo”” assinatura=”Carlos Astro, membro do Comitê Permanente de Grafite” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um dos veteranos do grafite no Distrito Federal e membro do Comitê Permanente de Grafite, Carlos Astro considera a oportunidade de grafitar na Galeria dos Estados um privilégio, em se tratando de um local com histórico e recém entregue à população. Em seu painel, o artista resolveu homenagear o Comitê Permanente do Grafite. “Trabalhamos pelo fortalecimento dos valores da cultura Hip Hop, em que um dos principais deles é o resgate social. Este evento valoriza os pilares da arte urbana e age efetivamente no processo de reinserção social dos moradores de rua, que estão nos auxiliando neste processo”, declara. Neste sábado (10), o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, foram conferir os trabalhos. O secretario de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, e a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, prestigiaram o trabalho dos grafiteiros na Galeria dos Estados | Fotos: Gustavo Santana/Secec “Reinaugurada, a Galeria dos Estados é um destaque no coração de Brasília. O encontro traz para a comunidade e os artistas participação e inclusão. A Galeria dos Estados recebe essas cores da alegria das expressões artísticas e Brasília se tornará a capital do Grafitite. Viva à arte urbana do DF!”, celebra o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Ilka Teodoro, Administradora do Plano Piloto esteve presente durante as intervenções e ressaltou que grafite é arte urbana, uma arte superimportante para o Distrito Federal. “Expressões artísticas como essas são muito relevantes para a cidade, além de contribuir fortemente com a economia criativa local”, completou. Em tempos de pandemia, os artistas selecionados estão cumprindo as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Além de receberem os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança, os grafiteiros atuam em modo de revezamento, a fim de garantir o distanciamento social. Durante toda a ação que vai até este domingo (11), os artistas também recebem alimentação e insumos para a realização das obras. De Planaltina, a artista plástica e grafiteira Iasmim Kali destaca que sua participação na intervenção tem o intuito de não só revitalizar o local, mas de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres como um todo. “Apesar de termos nomes muito importantes na cena da arte urbana feminina, ainda acho que o movimento das mulheres dentro da arte precisa ganhar mais força e proporção. Estes painéis representam o nosso sagrado feminino, maternidade, conquistas e desafios enfrentados por nós mulheres”, conta. O artista urbano de Sobradinho, Alain Silva, conhecido como Oliver Onk, trabalha no grafite há 19 anos e grafitou o foguete do Parque da Cidade, Torre de TV e deu destaque ao contexto do segmento turístico. “Estou muito admirado com a união e com o empenho que todos os grafiteiros estão tendo com esse projeto e com o estímulo que a arte atua para colorir a cidade e movimentar o segmento artístico”, arrematou. Grafiteiro com currículo invejável, Oliver Onk ficou admirado com a união e o empenho dos colegas de arte no trabalho de movimentar o segmento na cidade O edital lançado pela Secec selecionou 100 artistas para realizarem intervenção artística de tema livre em uma área de 10 a 20 m² do novo viaduto da Galeria dos Estados. Com investimento total de R$ 150 mil, cada artista selecionado recebeu R$ 1,5 mil. Coordenadora da iniciativa, a subsecretária de Economia Criativa da Secec, Érica Lewis, considera o evento uma grande oportunidade de dar visibilidade ao grafite e estimular a interação dos artistas com os espaços públicos da cidade. “Este é um passo de um projeto maior, de estímulo ao empreendedorismo cultural, valorização da arte urbana e ressignificação  de espaços, sendo a Galeria muito representativa pelo grande fluxo de pessoas todos os dias”, relata [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Érica Lewis lembra, ainda, que grandes cidades do mundo passaram por esse processo e conseguiram resgatar a identidade local, recuperar bairros inteiros com a arte urbana e se transformaram”, acrescenta. Recém reinaugurada, a Galeria dos Estados se transforma em uma grande exposição de arte a céu aberto. Renovada, com acessibilidade garantida a pessoas com mobilidade reduzida, calçadas, pisos e banheiros novos, paisagismo refeito e, agora, repleta de arte urbana.   *Com informações da Secec DF

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A arte do grafite como incentivo à conscientização

[Olho texto=”“Essa intervenção por meio da arte ficará também como um legado para a comunidade, mesmo após o final da ação” ” assinatura=”Delegado Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”] As atividades do programa Área de Segurança Prioritária (ASP), lançado esta semana na Estrutural, têm como foco a prevenção da criminalidade. Como parte da estratégia de atuação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) nessa área, paradas de ônibus da cidade receberam grafite com temas como o enfrentamento à violência de gênero e a conscientização de jovens. A ação faz parte do projeto Grafite Arte & Segurança, que tem o objetivo de divulgar programas, projetos e ações de prevenção social promovidos pela pasta, forças de segurança e governo como um todo. Painéis estimulam a reflexão, apresentando temas como o enfrentamento à violência de gênero | Foto: Divulgação/SSP “Atuar de forma preventiva é um dos nossos objetivos durante a realização da ASP, na Estrutural”, afirma o secretário de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo. “Estamos realizando oficinas, palestras e orientações nesta semana, na estrutura montada na frente da administração regional, mas continuaremos com esse atendimento durante os três meses de duração do projeto na cidade. Essa intervenção por meio da arte ficará também como um legado para a comunidade, mesmo após o final da ação.” As peças criadas pela técnica do grafite ampliam a visibilidade dos canais de denúncia e de informação para a população nos espaços públicos, escolhidos estrategicamente para que haja maior alcance visual. As paradas escolhidas ficam na Quadra 01, próximo à BR-070. Outras paradas também receberão o trabalho artístico.  Com a juventude “Queremos mostrar para a comunidade, por meio da arte do grafite, o trabalho de prevenção realizado pela Secretaria de Segurança Pública, além de contribuir para a revitalização de espaços públicos para deixar a cidade mais bonita e aumentar a sensação de segurança”, resume a diretora de Proteção Social da Juventude da SSP, Nathalia Teixeira. A reforma dos espaços públicos também está entre os objetivos da ação na cidade. As principais temáticas de prevenção trabalhadas pela ASP foram Juventude e Segurança Pública. O objetivo é promover a autonomia e consciência dos jovens, reconhecendo-os como sujeito com direitos e conscientes de seu papel de responsabilização na promoção da cultura da paz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O painel dedicado à juventude vem demonstrar a importância da cooperação de todos para promoção da cultura de paz e também contribuir para a visibilidade dos canais de denúncia de violência contra o jovem, como o Disque 100”, explica o assessor técnico da SSP Herbert Vale, artista plástico responsável pelo grafite. A concepção do grafite da segunda parada foi a campanha #MetaaColher. Nessa, a grafiteira Raissa Miah, assessora técnica da SSP, teve como objetivo mostrar a quebra da corrente de violência doméstica, incentivando a participação social.  “A ideia é dar visibilidade à campanha #MetaaColher por meio do grafite, encorajando a denúncia”, explica a artista. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública

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Grafite toma conta de obra pública no centro da capital

Os tapumes cinzas que cercam a reforma da Praça do Buriti, no Eixo Monumental, estão ganhando cor. Setenta e seis artistas começaram a grafitar o cercado nesta terça-feira (15). Com materiais doados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), os grafiteiros seguem com o trabalho voluntário até este domingo (20). Os artistas foram divididos em grupos para não causarem aglomerações. Titular da pasta de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues destaca que a capital do Brasil é um dos maiores centros de arte urbana do país. “O papel da arte urbana é ocupar os espaços que estão disponíveis. Ao invés de verem uma paisagem cinza, a população ganhou uma exposição incrível ao ar livre”, ressalta o secretário. Thaís Nunes, 27 anos, a ‘Mandy’, participa da ação. Para ela, o grafite nos tapumes fará diferença na paisagem da capital. “Traz um colorido para a cidade e dá destaque à obra pública”, diz | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “O grafite está sendo pintado na extensão dos 560 metros de tapume que estão cercando a obra”, explica o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) – responsável pela empresa contratada para fazer a reforma da praça – , Fernando Leite. “Todo o trabalho está sendo executado por artistas locais, que receberam toda a estrutura e suporte da Secretaria de Cultura e Economia Criativa”, diz. Thaís Nunes, 27 anos, mais conhecida como Mandy, é uma das artistas que participa da ação. Para ela, o grafite nos tapumes fará toda a diferença na paisagem do centro da capital. “Traz um colorido para a cidade e dá destaque à obra pública. Enquanto os serviços estiverem rolando, as pessoas podem aproveitar, apreciar, tirar fotos”, comenta a moradora de Sobradinho II. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Obra A obra para reformar a Praça do Buriti está a cargo de empresa contratada pela Novacap. O investimento para fazer as melhorias necessárias nas fontes, chafarizes, refletores e nos sistemas elétrico e hidráulico é de R$ 2 milhões. A última reforma no monumento ocorreu em 2014, quando foram feitos reparos pontuais. Depois disso, as fontes foram desligadas por falta de manutenção. A previsão é que o serviço dure 120 dias e gere 30 empregos. A proposta do governo é devolver o espaço à população para que a praça possa receber o prestígio de outros tempos. O sistema das fontes vai ser todo reformado. Entre os serviços estão a impermeabilização, a restauração de chafarizes, das bombas de alta pressão e do concreto que delimita a área das fontes. Os atuais refletores serão substituídos pelos de lâmpadas em LED. Os quadros elétricos também serão trocados.

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Galeria dos Estados será um painel de arte em julho

A Galeria dos Estados está com data marcada para receber todas as cores e expressões artísticas da arte urbana. Selecionados durante o 4º Encontro de Graffiti 2020, os 100 artistas do Distrito Federal e Entorno farão a intervenção entre 8 e 11 de julho. A ação, que vai investir R$ 150 mil, é parte do projeto de revitalização de um dos principais pontos do Setor Comercial Sul de Brasília. Normas de proteção O 4º Encontro de Graffiti faz parte da série de iniciativas da pasta para fomentar a cultura nos espaços públicos do Distrito Federal, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo no movimento | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de Saúde quanto a prevenção da covid-19, com suporte de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança. Todos atuarão em modo de revezamento para garantir o distanciamento social. Assim, cada grafiteiro terá dois dias para executar a intervenção artística de tema livre em uma área de 10 a 20 m² da Galeria dos Estados e receberá um cachê no valor de R$ 1.500. [Olho texto=”A Secretaria de Cultura e Economia Criativa criou o Comitê Permanente do Grafite (CPG), pioneiro no processo de valorização da arte urbana no Brasil” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] À frente da iniciativa, a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis, aponta que o Encontro de Graffiti democratiza o acesso à cultura e contribui para a valorização do trabalho dos grafiteiros e da cultura hip hop presente no DF. “O edital é uma grande oportunidade de impulsionar o interesse pelo espaço urbano e dar visibilidade à arte”. Érica Lewis define o edital como uma iniciativa de estímulo ao desenvolvimento econômico e social a partir da economia criativa. Ela lembra, ainda, que metrópoles passaram por esse processo e conseguiram resgatar a identidade local, tornando-se polos turísticos. “São os casos de Miami e Nova York que recuperaram bairros inteiros com a arte urbana”. Grafite valorizado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Elaborado e gestado pela Subsecretaria de Economia Criativa (Suec), o 4º Encontro de Graffiti faz parte da série de iniciativas da pasta para fomentar a cultura nos espaços públicos do Distrito Federal, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo no movimento. O evento também contribui para o fortalecimento da Política de Valorização do Grafite no Distrito Federal e Entorno e tem parceria com o Comitê Permanente do Grafite (CPG). Com a Política de Valorização do Grafite (Decreto nº 23.174/2018), a Secretaria de Cultura e Economia Criativa criou o Comitê Permanente do Grafite (CPG), pioneiro no processo de valorização da arte urbana no Brasil. O colegiado tem a missão de discutir e executar melhorias para os profissionais, aprofundar e pesquisar as vertentes da arte urbana, além de implementar a cultura do grafite no contexto social do DF. 4º Encontro de Graffiti Quando: 8 a 11 de julho de 2021 e-mail: cgdfp@cultura.df.gov.br Acompanhe também as publicações no Instagram do Comitê Permanente do Grafite: @comitedografitedf * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

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Grafite para celebrar o aniversário de Ceilândia

Com obras espalhadas por todo o DF, Elom viu nestes projetos a oportunidade de retribuir à cidade que ama e reside. Todos os trabalhos contém referências à Ceilândia | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília O que antes era uma parede branca, agora possui desenhos coloridos de casas, árvores e letras. Noutro tempo, o cinza que era tomado pelo concreto, ostenta, presentemente, formas geométricas e símbolos recheados de cores vivas. É pelo grafite que prédios públicos de Ceilândia estão ganhando uma nova decoração para a festa de aniversário de 50 anos da região administrativa, que será celebrado no próximo dia 27. Toda a concepção e pintura dos trabalhos artísticos são feitos pelo grafiteiro Elom, filho e morador de Ceilândia de 43 anos de idade, 22 deles dedicados à arte em espaços públicos. Com obras espalhadas por todo o DF, Elom viu nestes projetos a oportunidade de retribuir à cidade que ama e reside. Todos os trabalhos contém referências à Ceilândia. “Ficou muito bom, vai ficar divertido para as crianças”, diz a dona de casa, Eliane Aguiar que levou a filha para uma consulta no Hospital Regional de Ceilândia | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Um dos locais que recebeu nova decoração foi a pediatria do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). As paredes, antes compostas apenas com clássico, abriga, agora, três painéis e todos remetem à infância. O maior possui desenhos de lugares significativos à vida das crianças, como escola e sorveteria, outro faz alusão à marcação na parede para registrar o crescimento e o terceiro homenageia o famoso jogo de videogame da década de 80, Pac-Man. O diretor da unidade, Bruno Aires, conta o significado que o trabalho tem para a rotina do hospital: “A arte cura, e com ela trazemos um pouco de cor e de alegria para as crianças e suas famílias. Temos recebido muitos elogios, o que mostra a qualidade e a grandiosidade deste trabalho. É um orgulho ter uma obra do Elom porque estamos aqui por amor à Ceilândia e ficamos felizes de poder mostrar os talentos da cidade”. A dona de casa Eliane Aguiar, de 28 anos, aguardava para uma consulta de retorno da sua filha Isis Helena, de seis meses, e aproveitou para admirar o grafite nas paredes do setor de pediatria do HRC. “Ficou muito bom, vai ficar divertido para as crianças”, afirma ela, que mora na parte Norte da RA. “Faço esse trabalho por amor à cidade. É muito importante saber que minha arte está sendo apreciada pelas pessoas que vem até aqui. É bem melhor ser atendido em um ambiente mais agradável. Faço isso por mim e por aquele que está vindo aqui todos os dias, faço isso porque um dia sou eu que posso precisar”, destaca Elom. Força feminina Os bombeiros de Ceilândia também foram homenageados pelo grafiteiro Elom | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília À beira da Av. Hélio Prates, principal via de Ceilândia, o muro do 8º Grupamento de Bombeiro Militar de Ceilândia nem parece que demarca uma área militar. A parede, agora colorida, possui diversos desenhos que retratam a corporação e também a caixa d’água de Ceilândia, símbolo da cidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das ilustrações, que traz o rosto de uma mulher metade com os cabelos soltos, metade vestida de bombeira, foi inspirada em uma fotografia da Major do CBMDF Lorena Athaydes, chefe dos Programas Comunitários da corporação. “A ideia era a de incluir outras mulheres, principalmente pela referência dos cabelos soltos”, conta a militar, que não mede os adjetivos para enaltecer o trabalho de Elom. “É uma inspiração para nós mulheres nessa busca por representatividade e empoderamento. Fiquei muito feliz e muito lisonjeada, tenho certeza que as mulheres do Corpo de Bombeiros do DF e as bombeiras do Brasil também se sentiram representadas, justamente em um quartel super representativo como o de Ceilândia”, finaliza a major. Para conhecer mais do trabalho de Elom, basta acessar o seu perfil no Instagram.

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A força feminina no grafite do DF

Grafiteiras do DF: arte, cor e inspiração tomam conta dos espaços públicos | Foto: Divulgação/Secec No mês de março, as celebrações do Dia Internacional da Mulher (8) e do Dia Mundial do Grafite (27) convidam a uma reflexão: o que a arte urbana tem em comum com o universo feminino? Tudo. O grafite é um dos segmentos culturais que mais incrementam a participação de mulheres em suas intervenções. Provenientes da cultura hip-hop, as obras coloridas que estampam as ruas e cidades do DF, viraram um difusor de expressão cultural e social das grafiteiras. Com cada vez mais garotas deslocando os desenhos do papel para as paredes, o grafite acentua a promoção da igualdade de gênero e reforça os sentidos de empoderamento, resistência e expansão da arte urbana. Por meio de intervenções silenciosas que transformam muros, fachadas e espaços públicos em grandes painéis de arte e contestação ao ar livre, elas cativam seu público com uma linguagem interpretativa do esperam de um mundo melhor. Lua Nzinga:“Não vamos desistir de nosso potencial criativo” | Foto: Arquivo pessoal da artista em 2018 O aumento da ocupação feminina na arte urbana, ainda dominada pela presença masculina, também virou tema de discussão no âmbito do poder público. Com a Política de Valorização do Grafite (Decreto 23.174/2018), a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) criou um espaço democrático para defender o segmento, abordando temas sociais com lições de cidadania: o Comitê Permanente do Grafite (CPG). O CPG é pioneiro no processo de valorização da arte urbana no Brasil. O colegiado foi criado com a missão de discutir e executar melhorias para os profissionais, aprofundar e pesquisar as vertentes da arte urbana, além de implementar a cultura do grafite no contexto social do DF. É onde o movimento feminino se destaca no aprimoramento da elaboração de políticas públicas inclusivas para as artistas mulheres dentro desse espaço democrático. Equidade de gênero À frente das políticas de valorização do grafite na Secec, a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis, revela que um dos resultados dessa articulação é o aumento da presença feminina na realização anual do Encontro do Grafite, mecanismo que socializa, valoriza e remunera artistas, proporcionando transformação em áreas degradadas, e que tem dado cada vez mais espaço e respeito às mulheres dentro da arte urbana. [Olho texto=”“A expectativa é que aumente o número de mulheres selecionadas nos editais voltados para a arte urbana”” assinatura=”Érica Lewis, subsecretária de Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No último edital, a subsecretária destacou a existência da reserva de vagas femininas para o encontro, com o objetivo de promover a equidade de gênero no chamamento público, conforme previsto no Art. 5º do Decreto nº 38.933/2018 (Fomento à Cultura) e incentivada na Portaria nº 58, de 27 de fevereiro de 2018, que institui a Política de Equidade de Gênero na Cultura. “A expectativa é que aumente o número de mulheres selecionadas nos editais voltados para a arte urbana”, afirma Érica. “As artistas se mostram fundamentais na quebra de paradigmas de atividades que antes eram consideradas genuinamente masculinas”, enfatiza o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Ele avalia o grafite como uma grande vitrine para a expressão de sentimentos e reivindicações, totalmente convidativa e aberta, para as artistas mulheres e de todos os gêneros. O segmento também viabiliza, lembra o secretário, a oportunidade de estimular o empreendedorismo cultural e a interação das artistas de rua com os espaços públicos da cidade. Poder transformador Lua Nzinga, 25 anos, acumula as funções de artista, grafiteira, intérprete de libras, educomunicadora e poeta com o papel de mãe de Davi, de 3 anos. Nascida em Planaltina, ela iniciou seu trabalho na poesia em 2013, e no grafite em 2018, acreditando no poder transformador da arte. “O grafite me encanta demais”, diz. “É lindo sair nas ruas, em qualquer rua mundo afora, e poder me comunicar com as cidades, poder conhecer a sua história e a sua cultura por meio do que os muros estão falando”. Naiana Natti: “Quando comecei, havia pouquíssimas mulheres na cena do grafite” | Foto: Arquivo pessoal da artista em 2017 Lua frisa que as mulheres grafiteiras têm se unido e conquistado alguns avanços nas políticas públicas, como ações afirmativas que garantem espaço para o público feminino em editais públicos. “Temos artistas negras, indígenas, periféricas, LGBTQI+… Eu sei que nós, enquanto mulheres, passamos por muitas dificuldades. Às vezes, até andar na rua é difícil, imagine pintar. Mas não vamos desistir de nosso potencial criativo”, completa. Primeira geração Desde 2006, Naiana Alves, do Recanto das Emas, atua como grafiteira. A artista de 32 anos demonstra seu orgulho ao contar que pertence à primeira geração de grafiteiras do DF, quando a arte ainda era majoritariamente exercida por homens. “Quando comecei, havia pouquíssimas mulheres na cena do grafite, e hoje temos um grupo no WhatsApp com mais de 70 mulheres do DF e Entorno debatendo sobre a ampliação e a valorização da mulher neste contexto”, conta Nat, como é conhecida. Sabrina Falcão: “Percebemos que ainda precisamos de mais espaços de contemplação e valorização voltados para mulheres grafiteiras e periféricas.” | Foto: Arquivo pessoal da artista Resistência feminina Há 17 anos morando no DF e com 13 anos de carreira no grafite, Sabrina Falcão, 37 anos, atribui à resistência feminina a razão de se manter na arte urbana. Nabrisa, como é chamada a também artista plástica, acredita que a crescente representatividade feminina em ambientes urbanos já é resultado da luta contínua e determinação diária – individual e coletiva – das mulheres. Camila Siren: “Quero deixar a mensagem de que somos fortes, protagonistas e estamos aqui, apesar de tudo” | Foto: Arquivo pessoal da artista “De certa forma, ainda percebo que, mesmo com conquistas, precisamos estar o tempo todo em alerta”, pontua. “Levando em consideração essas questões, percebemos que ainda precisamos de mais espaços de contemplação e valorização voltados para mulheres grafiteiras e periféricas, principalmente as que são mães.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Mulher política Camila Siren, 23 anos e grafiteira desde os 16, afirma que pintar na rua simboliza ação política das mulheres, com o objetivo de retomar um espaço que é delas por direito. A jovem moradora do Plano Piloto comemora quando percebe a evolução profissional da mulher, a despeito de dificuldades estruturais frequentemente enfrentadas. “Lutamos por políticas públicas que abracem as mulheres e por um mercado que valorize na prática o trabalho feminino em todas as esferas”, arremata. “Quero deixar a mensagem de que somos fortes, somos protagonistas e estamos aqui, apesar de tudo.” *Com informações da Secec

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Estudantes descobrem Planaltina pelo grafite

Trabalhos expostos no Complexo Cultural de Planaltina inspiraram os estudantes | Fotos: Marina Gadelha/Secec Com 10 anos, Emily Vitória Moreira tinha a arte distante de seu cotidiano, em pequenas gravuras dos livros didáticos. A impressão se transformou quando a sua turma do quinto ano do Centro de Ensino Fundamental 02 foi convidada a integrar uma ação educativa no Complexo Cultural de Planaltina (CCP), espaço cultural coordenado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Ao se deparar com os muros grafitados expostos nas aulas on-line do projeto Planaltina Arte Urbana, ela ampliou sua concepção sobre arte – passou a focar na experiência proporcionada pela apreciação das peças. “Quando eu ouvia a palavra arte em sala de aula, logo me vinham à cabeça os museus e as obras dos livros; com esse projeto, pude perceber que a arte está em tudo e mais um pouco”, conta. Batizada de Educativo – Planaltina Arte Urbana, a ação que o CCP promove neste verão tem por objetivo efetivar o intercâmbio entre escola e cultura de modo a estimular e criação artística na cidade e continuar a formação de público para o espaço cultural, aberto há dois anos. Releituras Com o tema Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária em diálogo com a cultura hip-hop, as crianças, após contato com o caderno temático elaborado pelo espaço cultural, são convidadas a fazer uma releitura dos grafites, de acordo com a afinidade de cada um. Os croquis feitos pelos alunos serão expostos nas redes sociais do CCP. “A intenção é que esse piloto seja divulgado e possamos nos próximos bimestres atuar com mais escolas que tenham interesse”, explica a supervisora educativa do CCP, Rayane Cristina. Professor de Artes do Centro de Ensino Fundamental 02, Hiago Smanioto ressalta que o tema central do projeto chamou sua atenção principalmente por estar muito presente na cultura local de Planaltina. A partir dessa proposta, Hiago teve a oportunidade de conciliar um conteúdo das artes com a vivência dos estudantes, que estão rodeados pela expressão cultural do grafite. Diálogos da arte “Além de retomar a história de Planaltina com seus monumentos históricos e expressões culturais, o projeto também serviu como estímulo para debater sobre o racismo, o espaço da mulher no grafite, mostrando que a arte não tem limites e que todos podem e devem se expressar artisticamente e vivenciar a cultura de forma livre”, explica o educador. A estudante Júlia Paulino, 12 anos, justificou a escolha do seu croqui pelo estilo do traço. A partir da obra do grafiteiro Guga Baygon, que representa a fé de uma idosa com elementos religiosos e cenários tradicionais de Planaltina, a aluna elaborou sua releitura com fidelidade ao trabalho do artista. “O desenho do Guga chamou a atenção principalmente pelos detalhes aplicados no grafite, sem falar na sensação de luz e sombra”, analisa. “Eu adoro o amor que os artistas colocam no grafite; eles expressam todo o dom deles” Agendamento de escolas: gccp@cultura.df.gov.br. * Com informações da Secec

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Cem artistas são selecionados para grafitar a Galeria dos Estados

Foto: arquivo Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Cem artistas do Distrito Federal e Entorno foram habilitados para grafitar a Galeria dos Estados, durante o Encontro de Graffiti 2020, previsto para ocorrer na segunda quinzena de dezembro. Com o investimento de R$195 mil, essa ação selecionou grafiteiras e grafiteiros para trabalhar na revitalização do local por meio da arte urbana. O resultado final deste edital de seleção dos artistas foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta quinta-feira (10) pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Com dois dias para executar o trabalho, cada grafiteiro selecionado fará uma intervenção artística de tema livre em uma área de 10 a 20 m² da Galeria dos Estados, localizada no Setor Comercial Sul, e receberá um cachê no valor de R$ 1.500. Protocolo de Segurança Diante da pandemia, os grafiteiros cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Para além de receberem os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança, os artistas atuarão em modo de revezamento, a fim de garantir o distanciamento social. Para garantir sua participação no evento, os grafiteiros e grafiteiras convocados precisam apresentar os documentos listados no item 10 do Edital 4º Encontro de Graffiti no prazo de cinco dias corridos a partir desta quinta-feira (10.12), e encaminhar até as 23h59 do último dia do prazo ao email cgdf@cultura.df.gov.br. * Com informações da Secretaria de Cultura

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Galeria dos Estados ganhará novas cores durante 4º Encontro do Graffiti

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) lança, nesta terça-feira (10), edital de chamamento público que vai selecionar 100 grafiteiras e grafiteiros para trabalhar no Encontro do Graffiti 2020, previsto para ocorrer entre os dias 10 e 20 de dezembro, na Galeria dos Estados, localizada no Setor Comercial Sul. A ação vai investir R$ 150 mil e é parte do projeto de revitalização do local por meio da arte urbana. “Reinaugurada, a Galeria dos Estados é um ponto vivo do nosso Centro. Ali, pulsam vidas. Levar a arte do grafite aos seus muros é trazer aos olhos a alma dessa cidade diversa”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Com inscrições abertas a partir desta terça-feira (10) e até o próximo dia 23, o certame vai selecionar artistas que moram no Distrito Federal ou Entorno que comprovarem, por meio de portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis e tapumes, entre outros. Com dois dias para executar o trabalho, cada grafiteiro selecionado fará uma intervenção artística de tema livre em uma área de 10m² a 20m² da Galeria dos Estados e receberá o cachê de R$ 1.500. [Numeralha titulo_grande=”R$ 1.500″ texto=”será o valor do cachê destinado a cada grafiteiro selecionado para exercer sua arte na Galeria dos Estados” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diante do período de pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Para além de receberem os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança, os grafiteiros atuarão em modo de revezamento, a fim de garantir o distanciamento social. O Encontro de Grafite 2020 também conta com o apoio da Administração do Plano Piloto, garantindo uma nova lógica de uso dos espaços públicos da cidade, a partir da intervenção na Galeria dos Estados. “Estamos empenhados em promover ocupação cultural em todo o setor. A Galeria dos Estados também será uma grande galeria de arte urbana a céu aberto. Que a iniciativa se estenda a outras paredes do DF.” celebrou administradora regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro, cuja RA vai custear as tintas para ação dos grafiteiros selecionados no edital da Galeria dos Estados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Elaborado pela Subsecretaria de Economia Criativa da Secec, o 4º Encontro de Graffiti faz parte da série de iniciativas da pasta para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo no movimento. O evento também contribui para o fortalecimento da Política de Valorização do Grafite no Distrito Federal e Entorno. À frente da iniciativa, a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis, aponta que o certame é uma oportunidade de impulsionar o interesse e dar visibilidade à arte urbana, além de contribuir para a ressignificação do território, sob a perspectiva da economia criativa. “O Encontro de Graffiti democratiza o acesso à cultura e valoriza o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip hop presente no DF”, afirmou. Érica Lewis lembra, ainda, que grandes cidades do mundo passaram por esse processo e conseguiram resgatar a identidade local, tornando-se grandes polos turísticos. “É o caso de Miami e Nova York, por exemplo, que conseguiram recuperar bairros inteiros com a arte urbana e que se transformaram”, diz. Serviço: 4º Encontro do Graffiti – Galeria dos Estados Inscrições: 10 a 23 de novembro de 2020 Perguntas frequentes do Edital Graffiti Informações: E-mail: cgdfp@cultura.df.gov.br Telefone: 3325-6267 ou 99255-0375 *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Grafiteiras pintam o poder feminino em Planaltina

Artista plástica e designer, May Bucar adotou o grafite como uma forma de ampliar seus desenhos. Foto: Divulgação/Secec O Complexo Cultural Planaltina (CCP) transformou-se numa exuberante tela de arte, graças ao edital Planaltina Arte Urbana, que selecionou 15 artistas do grafite. Juntos, eles coloriram o equipamento cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O objetivo era duplo: celebrar os dois anos do espaço e valorizar o trabalho, e a trajetória das grafiteiras e grafiteiros do Distrito Federal. Essa festa de arte urbana, no domingo passado (4), contou com os traços do grafite feminino do Distrito Federal. Dos 15 selecionados, cinco foram mulheres, que expressaram pelas cores fortes das tintas mensagens de representatividade e empoderamento. Cada um dos escolhidos recebeu um cachê de R$ 1,5 mil. Em quatro manhãs ensolaradas, Iasmin Kali, Quel, Nabrisa, May Bucar e Didi Colado coloriram as paredes com desenhos que remetem à cultura hip hop, abordando temas sociais no contexto histórico e cultural de Planaltina. Durante as pinturas realizadas em 18,4 m² (um paredão de 8 m de altura por 2,3 m de largura), as artistas trabalharam com emoções diferenciadas, como sentimento de inclusão social, diversidade, respeito, fraternidade e felicidade. Crias da cidade De Planaltina, a grafiteira Raquel Meneses, conhecida como “Quel”, confere à sua Região Administrativa relevância no trabalho de preservação do patrimônio, por se tratar de uma cidade centenária. Surpreendida com a iniciativa, a artista enxerga o desejo da população em querer ter uma cidade mais colorida pelo grafite. Reconhecida por desenhos que retratam a beleza negra feminina, Quel pintou mulheres carregando seus turbantes, como símbolo de força e tradição histórica da primeira Região Administrativa do DF. “Tradição define a nossa morada. Escolhi Planaltina sendo representada no turbante, contando uma história. Ela é meio que como a namoradeira, nas janelas tradicionais dos casarões de Planaltina”, completou a gratifeita. Também moradora de Planaltina, a grafiteira Iasmim Kali conta que, desde a inauguração do Complexo Cultural, sua expectativa era que tivesse um projeto para inserir a arte urbana no local. A artista explica que, com a arte urbana, a comunidade pode se expressar e enxergar novas possibilidades por meio das manifestações culturais. Em sua obra para o CCP, Iasmim retratou a vivência feminina nas festividades tradicionais da cidade, como a Festa do Divino. “A mulher, além de cuidar da casa, dos filhos, ainda consegue organizar uma festa tão grandiosa, com trabalhos tão minuciosos. Grafito o empoderamento e a liberdade. Gosto do fato de mulher pintar outra mulher e retratar suas vivências reais, longe dos estereótipos”, destacou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Didi Colado conta que trabalha com arte urbana há quase sete anos, como participante e idealizadora de um coletivo feminino. A artista explica que, por participar do grupo de mulheres, garantiu  visibilidade e forca artística, principalmente em um momento em que o ambiente do grafite era majoritariamente masculino. Sobre sua obra estampada no CCP, Didi priorizou o significado místico e religioso que Planaltina carrega. “Esse trabalho tem um significado histórico por seus monumentos centenários e cultos religiosos, mas também conta com a ancestralidade da mulher preta que ainda faz muito pela economia local. Os traços finos dos monumentos lembram a xilogravura, uma arte típica nordestina”, detalhou. Brilho feminino Artista plástica e designer, May Bucar adotou o grafite como uma forma de ampliar seus desenhos. Cansada de telas pequenas e papéis de tamanhos convencionais, ela aposta nas paredes, onde estampa figuras femininas ou símbolos que remetam ao universo, acreditando na força da arte das mulheres. “Mãe, filha, mulher e artista, carrego comigo um brilho no olhar de quem faz o que ama e por quem ama. O painel produzido em Planaltina é a imagem que tenho da cidade e suas referências do cerrado, é claro, sempre colorido e geométrico, como é sempre o meu trabalho”, explica. Nascida em São Paulo, capital, mas há quase 20 anos morando no DF, a grafiteira Sabrina Falcão, 37 anos, a Nabrisa, escolheu como tema Tia Neiva, a criadora do Vale do Amanhecer, comunidade de espiritualistas próxima à cidade. “Busquei como tema do meu trabalho a representatividade feminina na história de Planaltina e assim cheguei à Tia Neiva”, revela. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Complexo Cultural é arte a céu aberto

Trabalho foi feito em etapas, dentro dos protocolos de saúde necessários perante a pandemia de Covid-19 | Fotos: Divulgação/Secec O Complexo Cultural de Planaltina (CCP) abre a semana  de cara nova. Contando com o talento de 15 artistas do grafite do DF, as paredes externas do espaço estão cheias de cores vivas e do poder contagiante da arte urbana. Finalizado na tarde de domingo (4), o amplo painel de mais de 8 m de altura exalta a cultura e a importância histórica da centenária cidade, materializando, na prática, o resultado do edital Planaltina Arte Urbana, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), que destinou um total de R$ 22,5 mil ao segmento artístico. “Existe uma relação intensa entre as RAs [regiões administrativas] e as artes urbanas”, pontua o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Encher as paredes do Complexo Cultural de Planaltina, que completa dois anos de intensa existência neste domingo, é um presente cheio de afeto para a cidade e sua população.” A instituição encontra excelente receptividade por parte dos moradores, destaca o gerente do complexo, Júnior Ribeiro. “Muitos artistas usam o complexo para conseguir visibilidade e promover o intercâmbio cultural”, afirma. “É um lugar de fomento da cultura, e somos o mais democráticos possível no acesso à comunidade”. Grafite valorizado A ideia de promover uma grande intervenção na parte externa do Complexo Cultural da cidade, de 161 anos, teve duas finalidades. A primeira é evidenciar a importância do lugar como espaço de entretenimento para a comunidade local. A segunda, valorizar a arte do grafite por meio de jovens talentos do segmento espalhados em todo o DF. Ao todo, 45 artistas se inscreveram no edital. Os 15 selecionados desenvolveram trabalhos individuais que deram unidade conceitual ao projeto dentro do tema “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”. O resultado é um cartão-postal afetivo local.  Assim, jatos de spray e muita criatividade deram contornos e poesia visual aos símbolos históricos da cidade, manifestações populares seculares locais e personagens que marcaram Planaltina. Personagens ligados à cidade histórica marcam presença na arte dos grafiteiros criada especialmente para o Complexo Cultural de Planaltina Foram lembradas, entre outras coisas, a Pedra Fundamental – primeiro marco simbólico da mudança da capital para o Planalto Central –, a mítica igrejinha de São Sebastião, a festa do Divino Espírito Santo e a lida dos primeiros moradores da região, além da trajetória dos pioneiros, como o astrônomo belga Luís Cruls (líder da equipe que delineou o quadrilátero do DF) e Tia Neiva (fundadora do Vale do Amanhecer). A pesquisa foi ferramenta fundamental no processo de criação dos artistas. Que o diga Alain Oliveira da Silva, 36 anos, o Onk. Formado em designer e turismo, o grafiteiro de Sobradinho viu, na experiência promovida pela Secec, uma oportunidade única de se aprofundar um pouco mais na herança patrimonial e história da RA mais antiga do DF. “Tive que pesquisar porque, até então, eu não conhecia a história de Planaltina, e foquei nos patrimônios históricos da cidade”, conta, referindo-se à Igreja São Sebastião, aos casarões do lugar e à Pedra Fundamental. “Espero que o nosso trabalho desperte atenção de todos que passam por aqui. Estamos resumindo na arte do grafite a história e tradições de Planaltina.” É exatamente essa a premissa do gerente do complexo. “São desenhos que resgatam a história da cidade, e esse painel servirá também para o estudo de educação patrimonial”, planeja Júnior Ribeiro. “A gente vai contar a história de Planaltina a todos que passam por aqui por meio desse trabalho de arte”. Trabalho em etapas Cada um dos artistas selecionados para o projeto da Secec recebeu R$ 1,5 mil de cachê. Para evitar aglomeração, os 15 contemplados foram divididos em grupos ao longo de quatro dias. Devidamente aparelhados com máscaras de proteção contra a Covid-19 e equipamentos de segurança de escalada como capacetes, cintos e mosquetão (ganchos), os grafiteiros trabalharam, literalmente, nas alturas, em cima de estruturas de andaimes montadas especialmente para este projeto. Afinal, eram 18,4 m² de espaço para eles esparramarem seus talentos, um paredão de 8 m de altura por 2,3 m de largura. Um desafio que todos encararam com tranquilidade. “Uma das grandes dificuldades que nós grafiteiros temos é de encontrar espaços adequados para esse tipo de manifestação artística, então foi uma aventura prazerosa”, relata Karek, pseudônimo de Leonardo Henrique Martins, 29 anos. “Só de estar participando aqui é uma honra, sobretudo por estar representando a Saída Norte de Brasília, que é Sobradinho, Planaltina”. Karek já foi pichador de rua, mas hoje tem orgulho de dizer que ganha a vida como grafiteiro. “Fazia pichação mais pela adrenalina, depois comecei a apostar mais no meu potencial como artista e virou profissão”, revela. Inspirado no Guará Há cinco anos grafitando pela cidade, Daniel Henrique de Oliveira Sinimbu, 33 anos, o DHOS, se considera um novato na arte urbana. Tomou gostou depois que voltou de uma viagem de um ano na Austrália, mas tem paixão pelo grafite desde criança, quando, no caminho da escola para casa e vice-versa, ficava admirando os traços pulsantes que via pelos muros do Guará. “Sempre desenhei, pintei; fazer grafite foi um sonho”, conta o alagoano de Maceió, desde os seis anos morador do DF. “Em 2015 fui selecionado para um evento de grafite e foi um fracasso, tive que me aperfeiçoar, melhorar, porque grafite é prática”, lembra. Cinco anos e muitas latas de tintas depois, o resultado de sua dedicação e esforço o levou a ser selecionado para o projeto de Planaltina da Secec. “Sou novato na galera do grafite, então participar de eventos como esse é importante, porque me faz conhecer a galera do meio, trocar experiência traz crescimento pessoal”, acredita o artista, que escolheu fazer o busto de Luís Cruls. “Escolhi desenhar o Luís Cruls porque era uma figura da história de Brasília que eu não conhecia, e fiquei fascinado”, conta. “Creio que a minha contribuição para esse projeto ajude outras pessoas a saber quem foi esse homem e sua importância para o nascimento da capital”, torce. Inclusão cultural [Numeralha titulo_grande=”R$ 277,5 mil” texto=”Total investido, de 2019 até agora, na arte dos grafiteiros do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Surgido na década de 1970, em Nova York, como manifestação genuinamente urbana, o grafite, associado ao movimento musical hip hop, remonta aos tempos do Império Romano. Hoje, no DF, por meio da Secec, a arte celebra parceria com o governo no combate às pichações e em prol do embelezamento de muros de escolas, fachadas de prédios e até parada de ônibus de algumas regiões administrativas. De 2019 até agora, a pasta já investiu R$ 277,5 mil para que artistas do segmento desenvolvam seu talento e imaginação nos equipamentos públicos da cidade. Nascida em São Paulo e vivendo há quase 20 anos no DF, a grafiteira Sabrina Falcão, 37 anos, a Nabrisa, é uma das cinco mulheres selecionadas no projeto do Complexo Cultural Planaltina. Assim como dezenas de milhares de artistas de Brasília e do Entorno, ela sofreu com as limitações impostas pela pandemia. Participar do edital da Secec a ajudou a retomar as atividades no setor. “Só de grafiteiras no DF, são cerca de 60 mulheres”, enumera Nabrisa, comemorando o fato de terem sido selecionadas cinco artistas do sexo feminino para esse projeto. “A gente fica muito feliz de ver esse avanço porque, antes, só eram convidados homens para eventos assim”. Ela escolheu como tema de seu tralho o Vale do Amanhecer, comunidade de espiritualistas próxima a Planaltina. “Busquei como tema do meu trabalho a representatividade feminina na história de Planaltina e assim cheguei a Tia Neiva”. Para o serralheiro Antônio dos Santos Pereira, 45 anos, iniciativas de embelezamento de espaços e locais públicos devem ser sempre incentivadas. “Passo por aqui várias vezes por dia e estava admirando o trabalho do pessoal”, diz. “É muito bonito, alegra o lugar, as pessoas, é uma coisa que o governo deve sempre apoiar”, elogia. * Com informações da Secec

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Arte do grafite põe DF na rota do turismo criativo

A Agência Brasília começou nessa terça-feira (15) uma série de reportagens sobre os investimentos do Governo do Distrito Federal para embelezar a capital, valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo. Nesta última reportagem, saiba como o grafite transformou o Setor Comercial Sul (SCS) na primeira rota de turismo criativo do DF. Artistas de diversas regiões administrativas do DF convergem para o Setor Comercial Sul para deixá-lo mais bonito e colorido | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Conhecida por ser um museu a céu aberto, Brasília tem ganhado destaque nacional não só pela arquitetura de Oscar Niemeyer e os traços de Lúcio Costa, mas também pela arte de grafiteiros de várias regiões administrativas do Distrito Federal. Em 2020, por exemplo, o projeto SCS Tour – parceria entre o Instituto No Setor e a Universidade de Brasília (UnB) – transformou o Setor Comercial Sul (SCS) em rota turística. O SCS Tour – em resumo, um passeio a pé pelo setor – foi realizado no final ano passado durante o Encontro de Grafite 2019, parceria com o Governo do Distrito Federal. Foram 60 artistas selecionados pelo edital da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para pintar o Beco do Rato e as quadras 5 e 6 do SCS. O projeto foi escolhido para integrar a Rede Nacional de Turismo Criativo (Recria) por proporcionar experiências diferentes, além das convencionais. [Olho texto=”“Temos um fluxo de turistas muito grande e, por meio do grafite, é possível contar histórias. A pessoas estão buscando cada vez mais esse tipo de experiência, que é uma tendência no mundo inteiro”” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”centro”] O grafiteiro Paulo Sérgio Saraiva, 30 anos, mais conhecido como Corujito, é membro do Comitê Permanente do Graffite, que reúne representantes do governo local e da sociedade civil para construir políticas públicas voltadas para a classe artística. Ele ressalta que a capital tem grande potencial para atrair frequentadores devido ao turismo criativo, o que também inclui as cidades do DF. “É preciso explorar as outras regiões administrativas também, e não só o Plano Piloto. Lá, a cultura acontece na sua mais pura essência”, defende. Espaços antes relegados às pichações e à sujeira hoje são preenchidos com talento e bom gosto | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Ainda segundo Corujito, esse tipo de iniciativa é uma forma de reunir pessoas de diversas regiões com o intuito de lançar novo olhar para um espaço que, historicamente, é berço de cultura. “Incentivando o grafite, o Estado faz uma reparação histórica de reconhecimento aos artistas anônimos – que, na grande maioria das vezes, são invisibilizados por instituições artísticas tradicionais como museus, galerias e amostras”, lamenta. A avaliação da secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, não é diferente. “Temos um fluxo de turistas muito grande e, por meio do grafite, é possível contar histórias. A pessoas estão buscando cada vez mais esse tipo de experiência, que é uma tendência no mundo inteiro. A história da cidade precisa ser lembrada e ressignificada e os artistas são capazes de relembrar os acontecimentos”, destaca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, os projetos de requalificação por meio da arte têm o poder de transformar toda a dinâmica do espaço. “O grafite é uma ferramenta usada para criar instalações e performances em variados cenários urbanos do mundo inteiro. São manifestações culturais com potencial de atrair turismo e desenvolvimento econômico para a região”, comenta. Subsecretária de Cultura e Economia Criativa, Érica Lewis também lembra que o DF tem um decreto de valorização do grafite com o objetivo de criar políticas públicas para a área. “Esse instrumento fomenta a possibilidade concreta de termos um mapa da arte urbana, como se nos tornássemos uma galeria a céu aberto. Isso é fantástico porque o grafite expõe nos muros a alma de suas cidades, valoriza a identidade e democratiza ainda mais o acesso aos bens culturais e à produção artística”, avalia. Intervenções artísticas reúnem, democraticamente, todos os estilos de grafite | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Palco urbano O GDF tem trabalhado para retomar a importância do SCS, considerado um grande centro comercial na década de 1980, para além de apenas palco do turismo criativo e das atividades culturais de massa – por exemplo, o Carnaval, o projeto Samba Urgente e a venda de artesanato. O governo local pretende autorizar o uso residencial em 30% dos imóveis no local. O objetivo, segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Seduh), Mateus Oliveira, é atender à boa parte ociosa do setor, que sofre degradação do tempo e tem salas e lojas vazias ou subaproveitadas. Entre agosto e setembro deste ano, o Executivo local também fez uma ação integrada para atender pessoas em situação de rua. Em iniciativa conjunta, equipes do GDF fizeram mais de 1,5 mil atendimentos para quem vive na região, uma forma de dar dignidade a cidadãos a partir de serviços de assistência social.

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Para combater vandalismo, GDF gasta 95% a mais com tinta especial

Pichações já foram apagadas diversas vezes, em algumas vezes no dia seguinte à contravenção | Foto: Divulgação A Agência Brasília começou nessa terça-feira (15) uma série de reportagens sobre os investimentos do Governo do Distrito Federal para embelezar a capital, valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo. Nesta terceira reportagem, saiba quais foram as medidas do GDF para evitar pichações e como é feita a fiscalização desta contravenção penal. A tinta antipichação está sendo cada vez mais usada pelo GDF para combater vandalismos em espaços públicos da capital, como é o caso das tesourinhas do Plano Piloto e da Galeria dos Estados. Apesar de ser uma alternativa para evitar a depredação, o produto é 95% a mais caro para os cofres públicos. O material convencional custa R$ 20 por metro quadrado. Já a tinta especial é R$ 39. No caso da Ponte Costa e Silva – que vai receber reforma pela primeira vez – , o valor chega a ser três vezes maior por causa da estrutura mais moderna. [Numeralha titulo_grande=”114 casos de pichação” texto=”registrados entre janeiro e agosto de 2020″ esquerda_direita_centro=”centro”] De acordo com o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, apesar de a tinta ser amplamente utilizada nas reformas de equipamentos públicos da cidade, ela é cara e implica outros custos. “Precisa mobilizar uma equipe que poderia ser utilizada em outras atividades para limpar. No caso da tinta comum, teria que pintar de novo também”, explica Fernando. [Numeralha titulo_grande=”R$ 39″ texto=” custa a aplicação da tinta antipichação por metro quadrado” esquerda_direita_centro=”centro”] Para Fernando, as ações do poder Executivo local para incentivar o grafite é uma das formas de evitar o vandalismo nas cidades. “É uma solução genial. Inibimos os vândalos e democratizamos essa arte, que estará disponível para a população a qualquer momento. Além disso, geramos emprego e renda para os artistas daqui”, ressalta. Paredes de tesourinha foram pichadas no mesmo dia em que foi finalizada a reforma | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Vandalismo Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), em 2019 foram registrados 79 casos de pichação na capital. Já entre janeiro e agosto deste ano, 114 episódios desse tipo de vandalismo foram computados pelo órgão. Esse foi o caso dos três viadutos das tesourinhas das entrequadras 15/16 Norte. Foram pelo menos cem dias de trânsito interditado, 40 operários trabalhando, seis técnicos em fiscalizando e R$ 495 mil investidos na recuperação de um dos equipamentos públicos mais práticos e simbólicos de Brasília. Ação integrada apagou pichações das paredes do Buraco do Tatu em julho | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília A Novacap fez a limpeza no dia seguinte. Um servidor da companhia e três reeducandos da Fundação Nacional de Apoio ao Trabalhador Preso (Funap), entidade vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), retiraram a tinta spray. Na ação foram utilizados jatos de pressão de água e um produto químico biodegradável. Em julho desde ano, uma ação integrada entre a Novacap, a Administração Regional do Plano Piloto e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também limpou os paredões do Buraco do Tatu. Os funcionários aplicaram produto químico, esfregaram as paredes e finalizaram o serviço com jato de água quente. Fiscalização [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A pichação é considerada uma contravenção penal prevista na Lei dos Crimes Ambientais n° 9.605/98. Na prática, o infrator está sujeito à pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. No caso de monumentos tombados como patrimônio artístico ou histórico, a punição mínima é de detenção de seis meses e máxima de um ano com multa. O porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), major Michello Bueno, lembra que apesar da fiscalização diária da corporação, a infração ocorre constantemente, principalmente à noite ou de madrugada. “É um horário em que as pessoas, geralmente, estão em casa. Então eles aproveitam para fazer a pichação de forma rápida e escondida”, explica. Arma colorida contra os vândalos, arte do grafite é incentivada pelo GDF | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Para denunciar casos de vandalismo basta telefonar, gratuitamente, para o número 190 (Polícia Militar). Em caso de flagrante, o infrator será detido e encaminhado à delegacia da região. Colaborou Flávio Botelho   * Confira na reportagem desta sexta-feira (18): o grafite como instrumento do turismo criativo na capital.

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Moderno e antigo juntos: RAs aderem ao grafite

Planaltina respira cultura por meio de suas paradas de ônibus | Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília A Agência Brasília começou nessa terça-feira (15) uma série de reportagens sobre os investimentos do Governo do Distrito Federal para valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo a monumentos, fachadas, viadutos. Nesta segunda reportagem, conheça as ações das administrações regionais, entre 2019 e 2020, para transformar as cidades. A pichação deu lugar às cores, ilustrações e temáticas sociais em praças, muros, parques e paradas de ônibus em várias regiões administrativas do Distrito Federal. Desde o ano passado, as cidades da capital têm recebido cada vez mais a arte do grafite em diversos equipamentos públicos. Em outubro, o Complexo Cultural de Planaltina vai ser grafitado por 15 artistas. [Olho texto=”“A ideia é usar a arte para combater o vandalismo, como pichações. A população gosta e acha bonito esse tipo de expressão. Além de embelezar a cidade, também é uma forma de expor o trabalho desses artistas”” assinatura=”José Humberto Pires, secretário de Governo” esquerda_direita_centro=”centro”] Doutor em Cultura pela Universidade de Brasília (UnB), Saulo Nepomuceno explica que a arte de pintar paredes vem desde o período ancestral da humanidade. No Brasil e no DF, o grafite começou a se desenvolver na década de 1970, por influência de filmes. “É uma manifestação cultural pública e democrática, disponível para qualquer pessoa a todo momento. Nunca vimos a cidade tão colorida”, ressalta. “Por isso, o apoio da esfera pública é fundamental”, reforça. Especialista em arte urbana e cultura periférica, Nepomuceno salienta que incentivar o grafite pelas cidades da capital é uma forma de unir o moderno ao antigo, como é o caso de Planaltina – primeiro Núcleo Urbano do DF. “É uma mistura do antigo com o moderno, causando um efeito estético fabuloso. Mesmo com as mudanças do presente, é possível enxergar as referências artísticas do passado”, informa. [Olho texto=”“É uma manifestação cultural pública e democrática, disponível para qualquer pessoa a todo momento. Nunca vimos a cidade tão colorida”” assinatura=”Saulo Nepomuceno, doutor em Cultura pela UnB” esquerda_direita_centro=”centro”] Célio Rodrigues, administrador de Planaltina, concorda com a mistura. “Além da necessidade de reconhecer e fortalecer essa arte embelezando e enchendo a cidade de cores, é uma forma de valorizar os espaços que existem em cada região. É um complemento que ajuda e fortalece a identidade cultural de Planaltina”, comenta. Além do complexo cultural, as paradas da cidade também passaram por transformação. Ilustrações que remetem ao centenário da cidade mais antiga da capital estão pintadas em 50 paradas de ônibus. A ação foi uma parceria entre a administração regional e empresários da cidade. A meta é que cada setor da cidade tenha um abrigo de transporte público pintado. Parada em frente à igreja no centro de Planaltina agora enfeita um dos pontos de celebração da Festa do Divino Espírito Santo | Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, afirma que o grafite é uma arte espontânea do movimento urbano das periferias e uma das linhas artísticas do hip hop, gênero musical tão forte nas RAs. “A Secretaria de Cultura dialoga naturalmente com essa força, propondo editais que não só fortaleçam o grafite, mas também gerem renda aos grafiteiros”, destaca o titular da pasta. Outras regiões O secretário de Governo, José Humberto Pires, lembra que o governo local tem incentivado cada vez mais a arte do grafite pelas ruas da capital. A prova disso são as diversas ações realizadas pelas regiões administrativas. Em Taguatinga, 40 paradas de ônibus receberam pinturas feitas por Fernando Cordeiro, servidor da administração regional e mais conhecido como Elom. O objetivo é que todas ganhem ilustrações. Em São Sebastião não foi diferente. Os locais por onde milhares de pessoas passam diariamente mudaram completamente. Sujeira, pichação e colagens irregulares não fazem mais parte da realidade dos usuários de transporte público. Desde o ano passado, 20 abrigos de ônibus passaram pela intervenção. Enquanto dois artistas voluntários doaram talento, comerciantes locais forneceram o material e a administração fez a limpeza dos pontos. Arte impulsionada: comerciantes doam material necessário para as pinturas | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Em novembro do ano passado, 60 artistas da capital e Entorno foram selecionados para pintar o Beco do Rato, localizado no Setor Comercial Sul (SCS). A Secec desembolsou R$ 90 mil para pagar o cachê dos grafiteiros. Durante dois dias, cada participante fez uma intervenção artística de tema livre com até 10 metros quadrados. A programação ainda contou com debates, painéis artísticos e apresentações de música e de dança. Praças, muros e paradas da Candangolândia também receberam pinturas, assim como a Administração Regional do Recanto das Emas, que é repleta de grafites. No Parque do Bosque, localizado no Sudoeste, áreas comuns como a administração e os banheiros ganharam ilustrações. “A ideia é usar a arte para combater o vandalismo, como pichações. A população gosta e acha bonito este tipo de expressão. Além de embelezar a cidade, também é uma forma de expor o trabalho destes artistas”, comenta o secretário de Governo, José Humberto Pires. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Investimento O grafite se tornou um aliado do governo para embelezar a cidade e evitar pichações em monumentos, prédios e fachadas da capital. Entre 2019 e 2020 foram investidos R$ 277,5 mil para que grafiteiros façam suas pinturas em espaços públicos da cidade. Do total investido, R$ 195 mil serão destinados à arte urbana da nova Galeria dos Estados, recentemente reinaugurada após obra de reconstrução decorrente da queda de um viaduto. Nas próximas semanas, a Secec também vai lançar um edital para que mais de 100 artistas façam intervenções urbanas em um local histórico de Brasília. * Confira na reportagem desta quinta-feira (17): os investimentos do GDF para evitar pichações e como é feita a fiscalização desta contravenção penal, prevista na Lei dos Crimes Ambientais.

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Grafite conquista as ruas do Distrito Federal

Grafite dá aspecto especial à parada de ônibus, com direito a igreja ao fundo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Agência Brasília inicia, nesta quarta-feira (16), uma série de reportagens sobre as ações do Governo do Distrito Federal para cuidar da capital, valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo como pichações. Nesta primeira matéria, saiba sobre como foram feitos os investimentos do Executivo local, entre 2019 e 2020, para transformar os espaços públicos. [Numeralha titulo_grande=”Mais de 100 artistas” texto=”serão selecionados para intervenções em pontos históricos do DF” esquerda_direita_centro=”centro”] A arte do grafite se tornou uma aliada do governo para embelezar a cidade e evitar pichações em monumentos, prédios e fachadas da capital. Entre 2019 e 2020 foram investidos R$ 277,5 mil para que grafiteiros façam suas pinturas em espaços públicos da cidade. Galeria dos Estados nova em folha terá olhar especial para arte urbana | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Do total investido, R$ 195 mil serão destinados à arte urbana da nova Galeria dos Estados, recentemente reinaugurada (foto acima) após obra de reconstrução decorrente da queda de um viaduto. Nas próximas semanas, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) também vai lançar um edital para que mais de 100 artistas façam intervenções urbanas em um local histórico de Brasília. [Olho texto=”“Há grandes grafiteiros no DF, inclusive internacionais. É uma forma valorizá-los, de ocupar espaços públicos na capital e democratizar o acesso à arte e a cultura”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”centro”] Em novembro do ano passado, 60 artistas da capital e Entorno foram selecionados para pintar o Beco do Rato, localizado no Setor Comercial Sul (SCS). A secretaria desembolsou R$ 90 mil para pagar o cachê dos grafiteiros. Durante dois dias, cada participante fez uma intervenção artística de tema livre com até 10 metros quadrados. A programação ainda contou com debates, painéis e apresentações de música e de dança. A pasta também vai financiar um projeto de grafite em Planaltina. O resultado preliminar da etapa de admissibilidade foi divulgado nesta semana. Administração do Plano Piloto cederá tintas para grafiteiros selecionados | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Quinze artistas vão grafitar, entre 1º e 4 de outubro, na parede externa do complexo cultural da cidade, localizado em frente à Avenida Uberdan Cardoso. Ao custo de R$ 22,5 mil, cada selecionado fará sua manifestação artística em uma área de até 18,4 metros quadrados e 8 metros de altura por 2,3 metros de largura. Valorização, democratização, conscientização O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, explica que o objetivo dos chamamentos públicos também é expor o trabalho dos grafiteiros, prestigiar a cultura urbana, proporcionar intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo na cidade. “Há grandes grafiteiros no DF, inclusive internacionais. É uma forma de valorizá-los, de ocupar espaços públicos na capital e democratizar o acesso à arte e à cultura”, ressalta. Segundo o titular da pasta, os interessados deverão apresentar temas de acordo com as regras do certame. A previsão é de que a grafitagem pelos oito vãos e 16 paredes da Galeria dos Estados comece no próximo mês. Serão cinco dias no total – às sextas, sábados e domingos, das 10h às 18h. Em respeito ao protocolo de segurança no combate ao coronavírus, um revezamento de distanciamento será feito entre os artistas, para evitar aglomerações. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Administração Regional do Plano Piloto descentralizou recursos para contribuir com a ação do GDF. O órgão cederá as tintas que serão usadas pelos artistas. A administradora do Plano, llka Teodoro, reforça a importância de conscientizar a população no combate ao vandalismo. “Como gestores públicos temos que estar abertos ao diálogo e ouvi-los, pois a pichação tem um viés de reivindicação. Os artistas clamavam por um espaço para que pudessem manifestar sua arte e há um respeito entre eles. Ou seja, onde há grafite dificilmente haverá pichações”, salienta. O que a população pensa das pichações Josino Evangelista, 65 anos, barbeiro “Sou revoltado com pichações. Não tem sentido, pois é o nosso dinheiro é investido na pintura dos espaços públicos. O governo acaba de reformar e eles [pichadores] vandalizam.” Edmilton Miranda, 56 anos, chaveiro “Se os grafiteiros não fizerem sua arte aqui, os pichadores vão tomar conta. Acredito que é preciso ter uma penalidade maior para eles, pois é um desrespeito total com as pessoas e a cidade.” Márcia Alves, 50 anos, comerciante “Para evitar pichações, eu acho a ideia do grafite excelente. É uma arte muito bonita. Além de ter lojas aqui, também é uma passagem para os pedestres, então o ambiente fica mais colorido.” Abner de Almeida, 28 anos, estudante “Diferentemente da pichação, o grafite é uma arte que valoriza e torna o ambiente mais agradável. O governo acabou de pintar as estruturas e já há pichações.” Antônio de Carvalho, 52 anos, vigilante “Aqui melhorou muito. Mas, se não for grafitado, os pichadores continuarão vandalizando os espaços. É um absurdo o que eles fazem com os espaços públicos.”     * Confira na reportagem desta quarta-feira (16) o que as administrações regionais têm feito para estimular o grafite nas cidades.

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Grafiteiros mostrarão seu talento no projeto “Planaltina Arte Urbana”

Fundadora do grupo de Graffiti Trupe S.A, Iasmim Kali confessa que ter um contato íntimo com locais tão antigos, como Planaltina, sempre “traz uma sensação de grandiosidade, de pertencimento”. Foto: Divulgação / Secretaria de Cultura A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) lançou edital de chamamento público que vai selecionar 15 grafiteiros para trabalhar no “Planaltina Arte Urbana”. Com intervenção artística marcada para os dias 1 a 4 de outubro, no Complexo Cultural de Planaltina (CCP), o certame é fruto da celebração de 161 anos da Região Administrativa mais antiga do Distrito Federal, completados nessa quinta-feira (19). O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, considera que o projeto é uma grande oportunidade de impulsionar o interesse e dar visibilidade à arte urbana. “Planaltina é um dos territórios culturais mais criativos do Distrito Federal. A ação no Complexo Cultural de Planaltina contribuirá para o fomento à cultura, além de valorizar o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip hop presente na cidade”, completou. Com o tema “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”, a ação consiste em desenvolver um painel de gra?te na parede externa do Complexo Cultural de Planaltina, localizada na entrada principal, em frente à Avenida Uberdan Cardoso. As inscrições estão abertas até o próximo dia 31. Poderão participar do edital os grafiteiros em pessoa jurídica ou física, que moram no Distrito Federal ou Entorno, que comprovarem, mediante portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis, tapumes, entre outros.  Com o investimento total de R$ 22.500,00, cada grafiteiro selecionado fará uma intervenção artística em uma área de até 18,4 m² (8m de altura X 2,3m de largura) e receberá um cachê no valor de R$ 1.500. Protocolos de segurança Diante do período de pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Os artistas receberão os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual e de segurança para os presentes, bem como deverão efetuar revezamento entre o grupo de grafiteiros, de modo a garantir o distanciamento social. A iniciativa da Secec compõe uma série de ações para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de proporcionar o intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo para o segmento de arte urbana. O evento também contribui para o fortalecimento da Política de Valorização do Grafite no Distrito Federal e Entorno. O painel grafitado no CCP deverá obedecer ao contexto histórico de Planaltina, aos pontos turísticos e às festividades locais. Além disso, os artistas urbanos deverão expressar, por meio da arte, a valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade centenária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Um dos elementos da cultura hip-hop, o grafite é expressão forte em muros e fachadas de Planaltina, tornando-se grandes painéis de arte e contestação ao ar livre. Fundadora do grupo de Graffiti Trupe S.A, Iasmim Kali, confessa que ter um contato íntimo com locais tão antigos, como Planaltina, sempre “traz uma sensação de grandiosidade, de pertencimento, saber que somos uma parte desse legado histórico é muito inspirador”. A designer, artista plástica, tatuadora e grafiteira lidera o segundo maior grupo de arte urbana na cidade, além de apreciar e praticar outras expressões artísticas, como música, dança, cultura popular e artes cênicas. Iasmin tem uma relação de afeto com o Complexo Cultural de Planaltina. Emocionou-se com a Mostra de Cinema de Brasília, que contou com vários filmes feitos por mulheres, realizada em 2019. “Espero que o acesso ao Complexo pelos artistas da cidade seja cada vez mais fácil, e aguardo ansiosa a possibilidade de, quem sabe, colorir a fachada com nossos grafites”, disse. Por meio do grafite, Kali conta que uma das propostas de seu trabalho é promover a representação feminina na arte e na mídia. “Grafito a mulher fora do padrão de beleza, a mulher cansada, a mulher não sensualizada, visando à desconstrução da ideia de que ela deva seguir um padrão e incentivando meninas e mulheres a seguirem sua verdadeira vocação e interesses”, enfatizou a artista. Cultura hip-hop O grafiteiro Luiz Fábio de Andrade, conhecido como Pena Pride, conta que o  envolvimento com a cultura começou ainda na infância, quando conheceu o gênero musical “black music”, por meio dos discos. A paixão pelo grafite começou em 1994, com as ilustrações das capas dos LPs, que ouvia. Ali, começou a pintar roupas e exercer a criatividade. Influenciado e representado pela cultura hip-hop e toda sua filosofia, em 1999, junto com alguns amigos, o artista fundou o coletivo “Spray Atômico Crew”, com o qual realiza intercâmbios com outros artistas do Brasil. “O grafite me trouxe grandes oportunidades, fiz faculdade de Artes Plásticas, criei minha grife, cujo trabalho com arte-educação e empreendedorismo criativo, que proporcionou a oportunidade de conhecer quase todos os estados do Brasil”. Um dos artistas premiados no FAC Prêmios Brasília 60, promovido pela Secec, Pena conta que sua história se mistura com a vida cultural de sua cidade. “Acredito que contribuo e vou contribuir muito mais para cultura de Planaltina-DF e de Brasília”, celebra. Serviço: Edital de Chamamento Público – Planaltina Arte Urbana – Complexo Cultural Planaltina Inscrições: até 31 de agosto Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec) E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br   *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Mikael Omik e a arte do grafite brasiliense

[Numeralha titulo_grande=”18″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”] Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade. Omik considera Brasília uma “galeria de inspirações”. Segundo ele, há vários artistas em atividade, o que mostra que existe vida na cidade. “Existem vários trabalhos de qualidade, tanto na questão técnica quanto em relação à personalidade”, avalia. Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Eu sou o Mikael Guedes de Oliveira. Nas ruas, sou mais conhecido como Mikael Omik. Nasci em Brasília, em Ceilândia. Vivi lá quase minha vida inteira. Me mudei há seis anos por conta do grafite, que comecei há oito anos. Hoje moro no Guará, em um ateliê que divido com cinco amigos. Eu desenho desde os 6 anos, mas quando terminei o ensino médio passei a ter contato maior com a arte e me deu vontade de expor o que eu fazia. Tudo começou quando eu tinha uns 18 anos e estava passando de ônibus por um lugar quando vi um artista que eu admirava muito na rua – o Snoopy –, e ele estava pintando. Eu desci do ônibus e fiquei observando ele pintar do início ao fim. No caminho para casa, decidi que era isso que queria fazer. Chequei em casa, peguei umas tintas de parede, uns pincéis, e fui fazer meu primeiro grafite, em Ceilândia mesmo. Fiquei o dia todo na rua. [Olho texto=”Existe em Brasília um trabalho com estética autoral, o que é muito importante. Brasília é uma cidade moderna e daqui a 30 anos vai continuar sendo. Essa característica meio atemporal me chama muito a atenção.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No começo, quando eu comecei a pintar, eu fazia meus painéis em locais mais escondidos porque eu não sentia confiança no meu trabalho. Pintava mais perto de casa. Acabei conhecendo outras pessoas que pintavam e acabamos fazendo com que essa atmosfera do grafite mudasse nossa cidade. A gente usava o grafite como se fosse um refúgio. As pessoas conheciam somente a pichação, algumas tinham até problemas com a polícia, e mostramos que é possível fazer arte com o grafite, que usa a mesma ferramenta, até para as crianças. Após o alto índice de trabalhos urbanos nas ruas, o grafite foi ganhando espaço na sociedade. O grafite mudou a cara de Ceilândia. Tanto é que grandes nomes do grafite brasiliense são da cidade. Esse movimento era muito forte lá. As pessoas queriam entender o que era, aprender e acabamos convertendo muitas crianças que iam para o caminho errado. Demos uma atividade para elas e elas fizeram boas escolhas.     Brasília é uma galeria de inspirações porque existem vários artistas em atividade, o que mostra que existe vida na cidade, o que é bem legal. Atualmente têm surgido vários trabalhos de qualidade, tanto na questão técnica quanto em relação à personalidade. Existe em Brasília um trabalho com estética autoral, o que é muito importante. Brasília é uma cidade moderna e daqui a 30 anos vai continuar sendo. Essa característica meio atemporal me chama muito a atenção. Você conseguir fazer uma coisa hoje que continue sendo atual lá na frente… [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Todo lugar que a gente vai, São Paulo, por exemplo, tem muito da arte europeia inserida na cidade, Brasília, não. Tem uma originalidade que é só dela. Tanto que todo mundo que vem aqui fala isso. ‘Ah, é uma cidade futurista’. É bom ouvir as pessoas elogiando a cidade. E esse céu… Essa coisa de você olhar 360 graus e conseguir olhar o horizonte. A arquitetura não interfere, mas ela compõe com a questão natural. Brasília tem me construído como artista. Eu desejo não ter que sair daqui, mas, também, que eu possa levar as coisas boas para fora. Mostrar pro mundo todo o valor que a gente tem.” Mikael Omik, 26 anos, artista plástico, mora no Guará Depoimento concedido à jornalista Gizella Rodrigues

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Dia 27 de março: Dia Mundial do Grafite

Foto: Arquivo / Agência Brasília Na próxima sexta-feira (27) é celebrado o Dia Mundial do Grafite. A expressão cultural que colore ruas de todo o mundo ganha cada vez mais voz no Distrito Federal. Inicialmente ligados à cultura Hip Hop, os desenhos e ilustrações também são uma forma de expressão pessoal e abordam temáticas diversas como cidadania e respeito, sendo uma importante ferramenta de inclusão social. Com intervenções silenciosas que transformam muros, fachadas e espaços públicos em grandes painéis de arte e contestação ao ar livre, os “tags”, “bombs”, “crews” conquistaram notoriedade entre o poder público e a sociedade. Atentos a temas de relevância social, a expressão cultural cativa seu público com uma linguagem totalmente interpretativa do que se espera de um mundo melhor pela ótica do artista. Usado para definir inscrições feitas em paredes, existentes desde o Império Romano, o termo grafite, de origem italiana “graffito” (plural “graffite”) significa a “escrita feita com carvão”. Popularizado mundialmente na década de 70, nos Estados Unidos, as inscrições caligrafadas e os desenhos coloridos ganharam movimento organizado dentro das artes plásticas, proporcionando a criação de uma linguagem universal entre os artistas em defesa de causas sociais nas ruas. No Brasil, esta modalidade de arte urbana apareceu no fim da mesma década, em São Paulo. Para os artistas do ramo, o grafite tem a missão de transformar vidas, tanto para quem cria, quanto pela ressignificação dos espaços. Por trás da criatividade e vontade de colorir a cidade, grafiteiros carregam o dever de discutir problemas sociais em forma de arte. O Distrito Federal é pioneiro no reconhecimento da importância do grafite para a sociedade. Em 2018, em gesto inédito no país, foi instituída a Política de Valorização do Grafite, que prevê uma série de ações de incentivo e difusão da arte urbana por toda a capital. Com isso, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) elabora, junto a representantes do movimento, políticas públicas para o setor, que é essencial para o desenvolvimento social, a recuperação de espaços públicos e a geração de oportunidades para artistas locais. Dentro das ações já desenvolvidas está a criação do Comitê Permanente do Grafite, grupo formado por membros do governo e da sociedade civil que tem o papel de discutir e executar melhorias para os profissionais, aprofundar e pesquisar as vertentes da arte urbana, além de implementar a cultura do grafite no contexto social do Distrito Federal. Um dos principais resultados desta articulação é a realização anual do Encontro do Grafite, mecanismo que socializa, valoriza e remunera os artistas, além de proporcionar a transformação social em áreas degradadas. A celebração do dia do grafite marca a trajetória de vida dos artistas do DF e exalta o reconhecimento da aceitação da prática como arte. Com 38 anos de idade e 28 de carreira, o grafiteiro Douglas Fonseca, o Kordyal como é conhecido no meio, teve sua vida transformada pelo grafite. Membro do comitê permanente e um dos grandes nomes da arte urbana da cidade, ele conta que seu talento – antes visto com o olhar de discriminação – foi aprimorado por meio de capacitação, tornando-se sua fonte de renda atualmente. “O grafite me lançou no mundo das artes plásticas de um modo geral, gerando várias possibilidades de trabalho”, explica. Douglas relembra que, nas décadas de 90 e 2000, o movimento era marginalizado, considerado pela sociedade como apenas mais um ato de vandalismo. O artista, que nasceu do “Pixo”, diz que sua evolução como grafiteiro também é resultado da democratização do acesso à arte no país. Ele relata que o reconhecimento mundial do grafite traz versatilidade a essa expressão artística, que funciona como trabalho e como meio de capacitação para estes artistas. “O grafite ganhou espaço no DF não só como arte, mas como decoração, moda e até terapia”, revela. Para a grafiteira da Região Administrativa de Samambaia, Sabrina Falcão, conhecida como Nabrisa, o grafite é, acima de tudo, uma expressão. Ela destaca o grande reconhecimento da arte dentro das regiões mais carentes no DF.  “Na ‘quebrada’ as pessoas ficam felizes em me ver pintar, agradecem, oferecem um cafezinho e querem conversar sobre o que estou fazendo. Mas pintar no centro também tem sua importância, porque é ali que pessoas de todos os lugares passam”, descreve. Outro ponto destacado por Nabrisa é a participação feminina no grafite. A artista reconhece que a arte urbana ainda é praticada majoritariamente pelos homens, mas percebe que as mulheres vêm garantindo cada vez mais espaço. “Quando uma mulher se expressa através do grafite ela traz a sua perspectiva sobre a vida e passa a ser protagonista da sua própria história”, completa. Frases de amor, resistência e desabafo acompanham os desenhos durante a trajetória destes artistas. Nesta sexta-feira, as ruas serão as principais testemunhas dos traços de um exército de grafiteiros. Eles seguirão de forma independente com sprays, pincéis e tintas reproduzindo ideias e formas, alimentando uma arte que cresce e surpreende o público não somente pela maneira autêntica como complementa a arquitetura urbana, mas também pela forma como ressignifica as áreas de vulnerabilidade social da cidade

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Toys, um grafiteiro que enche a capital de cor

[Numeralha titulo_grande=”33″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”] Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.   Toys conheceu dez países graças ao seu trabalho. Segundo conta, Brasília é diferente de tudo o que conheceu. “É peculiar na forma arquitetônica e na forma de se espalhar. O que eu mais gosto daqui é que Brasília é uma geometria e meu trabalho é muito geométrico”, fala. Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília   “Eu sou o Daniel, mais conhecido como Toys, sou nascido e criado em Brasília, sempre morei no Guará e faço grafite há 15 anos. Nessa caminhada, eu tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e de viver minha cidade, porque estou sempre nas ruas de Brasília. Meu caráter e meus valores foram moldados aqui. Também pude conhecer dez países graças ao meu trabalho. Brasília é diferente de tudo o que conheci. É peculiar na forma arquitetônica e na forma de se espalhar. O que eu mais gosto daqui é que Brasília é uma geometria e meu trabalho é muito geométrico. Apesar de ter os bonecos, os personagens, tudo parte do princípio da geometria, dos ângulos curvos, retos. Então, querendo ou não, tem tudo a ver essa conversa entre a minha geometria e a geometria da cidade. A própria planta da cidade ser um avião, eu acho muito legal. Eu enxergo Brasília como módulos de informação geométricos, tanto o Plano Piloto que é mais bem desenhado, quanto as satélites, que é algo mais orgânico. [Olho texto=”Se eu pudesse grafitar algum monumento de Brasília, escolheria o Museu da República, aquele círculo de concreto, até pelo formato dele. Ele é muito branco, daria pra fazer um trabalho bem legal.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esteticamente, Brasília me chama a atenção porque ela é muito padronizada nas cores. Tem o azul do céu, o branco do concreto das construções, que na seca vira aquele vermelho, aquele barro que gosto muito. Esse contraste de ser seis meses vivo e seis meses no deserto é bem legal pra mim. Daí eu inseri muita cor, meu trabalho é coloridaço e cheio de informação. Nada melhor que jogar muita cor nesse concreto e nesse azul pra dar uma quebrada. Meu trabalho chama muita atenção por isso, foge do padrão da cidade.   Brasília é muito nova, são só 60 anos, é uma tela em branco. As gerações que estão vindo, nascendo em Brasília, é que estão começando a dar a cara da cidade. Eu, por exemplo, tenho 28 anos, peguei a cidade já formada, mas agora ela está crescendo e eu estou crescendo junto com ela. É como se meu trabalho, que está em vários lugares, já fizesse parte da cidade. E é o que eu desejo, que meu traço vire identidade visual de Brasília. Já perdi as contas de quantos painéis pintei nesses 15 anos. Mais de mil, acho. Quando comecei a pintar, até alguns anos atrás, focava muito no Plano Piloto porque eu acreditava que era o ponto de encontro de todas as cidades satélites. Mas agora quero fazer o caminho inverso, quero sair do Plano e pintar mais nas regiões administrativas, até em lugares que ninguém vai ver, como uma tampa de esgoto ou embaixo de uma ponte que ninguém passa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Se eu pudesse grafitar algum monumento de Brasília, escolheria o Museu da República, aquele círculo de concreto, até pelo formato dele. Ele é muito branco, daria pra fazer um trabalho bem legal. A Catedral é linda, mas acho que ela é perfeita. Não precisaria pintar ela, até por causa daquela geometria. Eu espero que Brasília dê cada vez mais oportunidades, tanto pra mim quanto para essa nova geração de brasilienses. E desejo que as pessoas daqui comecem, cada vez mais, a criar a cara de Brasília. A gente é muito novo, tem muito para crescer.” Toys Daniel, 28 anos, artista plástico, mora no Guará

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Projeto Grafite homenageia mulheres em paradas de ônibus

Grupos de mulheres grafiteiras voluntárias vão produzir arte mural em vários pontos de ônibus do DF | Foto: Divulgação / SSP Durante todo este mês, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) trabalha em uma série de ações alusivas ao Dia Internacional da Mulher. Como parte iniciativas, a partir desta sexta-feira (6), será dado início ao projeto Grafite nas Paradas de Ônibus. Sempre às sextas-feiras, as mulheres serão homenageadas por meio da arte gráfica urbana do grafite. Forças de segurança e outros órgãos governamentais terão divulgadas as atividades voltadas à atenção e proteção das mulheres e meninas, em especial aquelas em situação de violência. Voluntárias de todo o DF vão produzir as artes em quatro paradas de ônibus, num trabalho que inicialmente contemplará Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Sobradinho. Os locais específicos dessas intervenções urbanas foram definidos em conjunto com as administrações regionais de cada cidade, levando em consideração a proximidade com as escolas que adotaram o modelo de gestão compartilhada de ensino. Atuação ampliada Segundo a diretora de Resolução Pacífica de Conflitos de Conflitos, Marina Fernandes, a ação que homenageia as mulheres por meio das grafiteiras surgiu em razão de a atividade ser principalmente desempenhada por homens. “Queremos mostrar que cada vez mais as mulheres atuam na arte urbana, inclusive a professora de grafite da Secretaria de Segurança Pública é uma mulher”, ressalta. “Nossa ideia é demonstrar que hoje as meninas e mulheres podem e devem ser o que elas quiserem”. O trabalho terá início sempre às 14h. Enquanto são feitas as pinturas, serão disponibilizados, nas proximidades das paradas de ônibus, haverá oferta de serviços às mulheres e divulgação de informações sobre a rede de atenção e proteção desse público. As ações em destaque incluem a unidade móvel da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e representantes do programa Pró-Vítima, da Secretaria de Justiça (Sejus), além de atendimentos dos núcleos jurídico e psicossocial da Defensoria Pública e o Ônibus da Mulher, da Secretaria de da Mulher. Integração Com inauguração prevista para o fim deste mês, a Clínica da Mulher, na Asa Sul, desponta como mais uma realização de relevo programada pela SSP para março. Nas proximidades da clínica, uma parada de ônibus receberá a visita das voluntárias, que imprimirão, no local, sua arte com o grafite. Atualização de dados Ainda nesta semana, a secretaria vai relançar a campanha de prevenção ao feminicídio #MetaaColher, que apresentará dados atualizados sobre esse tipo de crime no DF. Com o slogan “A melhor arma contra o Feminicídio é a colher”, o movimento se fundamenta em estatísticas levantadas pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF) da SSP. Um desses levantamentos constatou que mais de 70% dos crimes no DF acontecem dentro de casa, em contexto de violência no ambiente familiar, longe da intervenção do Estado. * Com informações da SSP

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Paradas de ônibus em Taguatinga ganham vida com grafite

Temática social, muitas cores e grafite. Essa trinca é responsável pela frente de transformação das paradas de ônibus em Taguatinga. Trata-se de uma alteração da paisagem para melhor, uma iniciativa da administração local, que resolveu colocar a mão na massa, literalmente, e pintar os abrigos onde os usuários aguardam a chegada do transporte todos os dias. Ao todo, 36 espaços foram revitalizados nos últimos seis meses. Eles chamam a atenção de quem cruza as ruas da cidade. É o que pode ser visto nas avenidas QNJ e QNL, Hélio Prates e Pistão Sul. Antes marcadas por sujeira, cartazes colados e poluição visual, as paradas de ônibus se transformaram em locais em que, por meio da arte, se desperta a reflexão para assuntos pontuais. “Ouço a população cada vez que pinto uma parada e vou pegando os temas de que eles mais falam”, resume o responsável pela renovação dos abrigos, Fernando Cordeiro, conhecido como Elom. Antes, cartazes colados de qualquer jeito compunham a desordem visual| Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Após as intervenções artísticas, paradas ficaram mais atraentes| Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília Memória e temas pontuais “O Mercado Norte tem toda uma história, assim com a SAB, que era um mercado público bem tradicional”, comenta Elom. “Esse trabalho é para resgatar a memória da cidade e ficar registrado nas paradas de ônibus, além de falar sobre temas importantes, como o combate à violência contra a mulher.” Servidor da Administração de Taguatinga, Elom dá vida ao projeto Arte nas Paradas, destinado à melhoria desses ambientes. O material para a pintura dos abrigos é dividido entre os próprios funcionários da administração ou em parceria com a comunidade, que faz doações. No fim, ganham todos, com paradas de ônibus mais atraentes. Até o momento, já foram revitalizados 40 espaços. Em média, o trabalho em um abrigo leva um dia para ser concluído. A meta, porém, é ambiciosa. “Queremos reformar todas elas”, informa o administrador de Taguatinga, Geraldo Cesar de Araújo, que reforça a meta de Elom: “Nesses espaços, aproveitamos para tratar de temas compatíveis com a comunidade e o ambiente em que vivem”. Dia a dia, essa arte a céu aberto tem conquistado moradores e o público em geral. É o caso do vigilante Daniel Castro, que, ao apreciar as pinturas, aproveitou para observar: “Falta educação por parte da população. Assim fica um ambiente mais legal. Melhor assim do que com os cartazes”.  

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Parceria ajuda a humanizar o Caps AD de Samambaia

Equipe comemora: revitalizado, espaço da Caps AD de  Samambaia ficou mais aconchegante, o que reflete no atendimento | Foto: Divulgação Há pouco mais de um ano, Ângelo (nome fictício) chegava ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Samambaia em busca de ajuda para se livrar da dependência. “Aqueles que se diziam amigos viraram as costas, os familiares também”, conta. “Eu perdi meu emprego de vigilante por causa do alcoolismo. E fui acolhido aqui”. Nesses últimos dias, ele percebeu que o ambiente ficou mais alegre e receptivo. “Eu vi que o local precisava passar por uma revitalização. Então, houve pintura e várias outras mudanças. Isso é importante e ajuda muito também a nós, que fazemos tratamento aqui. Espero que melhore cada dia mais, porque o Caps é muito importante para a gente”, reafirma o usuário. Além da pintura das paredes, o Caps AD de Samambaia recebeu grafite nos consultórios de atendimento individual e na recepção. “A revitalização torna o espaço mais humanizado, deixa o ambiente mais adequado às terapêuticas em saúde mental”, pontua a gerente do centro, Fabiana Angélica Costa Faria. “O ambiente ficou mais acolhedor para os pacientes, para os servidores, para a comunidade em geral”. Tudo em parceria  Com apoio dos servidores, residentes e professores do centro, as modificações foram feitas em parceria com o grupo de grafiteiros Dois Irmãos. “Esse grupo não tem fins lucrativos e apoia instituições nas quais eles acreditam”, destaca a gerente. “E eles acreditam bastante no Caps, na reforma psiquiátrica”. Outro projeto focado na humanização do centro promoveu a transformação do refeitório, um espaço de convivência para os pacientes, principalmente para os internados.  A exemplo de Ângelo, os usuários aprovam mais essa mudança “Eu me sinto em casa aqui”, relata Pedro (nome fictício), paciente do Caps há três anos. “Fico aqui das 8h às 18h, no espaço da oficina de geração de renda, principalmente na parte da oficina de costura. Acho excelente esse processo de tratamento, porque, quando cheguei aqui, eu era um zé ninguém. Eu não estava na rua, mas estava muito debilitado.”  Atendimento O Caps AD de Samambaia possui 12 leitos para internação, onde os pacientes podem pernoitar e recebem acompanhamento 24 horas.  Em média, são atendidas diariamente 70 pessoas. O atendimento é feito pela equipe multidisciplinar do centro, tanto individualmente quanto nas oficinas e práticas em grupo. * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)

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Arte do grafite invade paradas de ônibus em Taguatinga

Mensagens escritas e desenhos mudam panorama das paradas para melhor | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília A arte está tomando conta das paradas de ônibus de Taguatinga. Onde antes havia pichações e sujeira, desenhos brotam em forma de cultura e alegram quem espera pelo transporte coletivo. A iniciativa é da Administração Regional de Taguatinga. Os desenhos coloridos saem das mãos do grafiteiro Fernando Cordeiro, popularmente conhecido como Elom, que também é servidor da administração. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em alguns locais, ele desenvolveu projeto próprio; em outros, os temas foram sugestões da comunidade. As ideias vieram por meio da página QNL, QNJ News e os assuntos abordaram feminicídio, suicídio, maus tratos aos animais, violência e drogas, entre outros. A administradora da página é a fotógrafa Fernanda Rios, 40 anos. “As paradas de ônibus estavam sujas. Com a pintura, as pessoas não colam cartazes, evitando a poluição visual”, observa Fernanda. Além dos desenhos, mensagens também estampam as paredes. “Leve sua mulher à parada de ônibus” ou “Feminicídio: não seja a próxima vítima” são alguns exemplos do que é grafitado por lá. “Sinto-me muito feliz porque estou dando minha contribuição para a cidade”, diz o grafiteiro Fernando | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Já foram revitalizados pontos de ônibus na M Norte, na QNG, na QNH, no Pistão Norte, na Nova QNL e na Avenida Hélio Prates. Uma média de 20 neste ano. A ideia é que outros 30 sejam reformados até o final do ano. O material é doado pela comunidade. Uma média de 15 latas de spray é utilizada, além de uma de tinta acrílica, nos trabalhos  em cada ponto. As pinturas levam, em média, de 6 a 8 horas para ficarem prontas. Para o administrador regional de Taguatinga, Geraldo César de Araújo, o trabalho foi necessário porque as paradas de ônibus estavam sujas e cheias de cartazes. “A intenção é torná-las mais humanas e confortáveis. Também estamos revitalizando a parte superior das paradas, tirando entulhos e eliminando goteiras”, frisou Geraldo. Repercussão positiva Para Fernando Cordeiro, o reconhecimento é o maior prêmio pelos trabalhos. “Uma vez estava dentro do ônibus e vi uma pessoa comentando: ‘Pô, o cara arrebentou naquele grafite’. E era uma obra minha!” “Sinto-me muito feliz porque estou dando minha contribuição para a cidade. Além disso, a repercussão é positiva”, acrescenta o grafiteiro. Roselita: “É muito bom ver que o local está sendo cuidado” | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Em algumas ocasiões Fernando ganha reforço para realizar os trabalhos. Já colaboraram os grafiteiros Scooby, Drop, Ataques, Aqez, Nativo e Paulo Órfão. Os trabalhos normalmente são executados de madrugada. Mas, quando são realizados durante o dia, chamam a atenção de quem passa pelo local ou aguarda chegada de ônibus. Um exemplo é a moradora Roselita Souza Brasileiro. “Quando cheguei e vi o trabalho, amei. Está muito bonito. Inclusive tirei fotos para mostrar para meus amigos nas redes sociais. É muito bom ver que o local está sendo cuidado. A cidade fica mais bonita e alegre”, comemora. Fernando é grafiteiro há 20 anos. Morador da Ceilândia Norte, ele conta que a arte lhe ofereceu um caminho melhor, longe da criminalidade. “O grafite e o rap foram as oportunidades que tiver de conhecer mensagens positivas. Via DF Zulu, que era a inspiração do grafite no DF. Eu quis seguir os passos dele.”

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Sai resultado parcial do Encontro de Grafite 2019

Os vencedores, que serão conhecidos na sexta-feira (25), farão intervenções artísticas em uma área do Setor Comercial Sul | Foto: Arquivo / Agência Brasília Já foi publicado o resultado parcial da etapa de seleção para o Edital nº 7/2019, referente ao Encontro de Grafite 2019. São 60 profissionais de arte urbana que vão fazer pinturas em áreas estratégicas do Setor Comercial Sul, como parte do processo de ressignificação do local. Ao todo, 123 propostas foram habilitadas na etapa de admissibilidade e analisadas por comissão de seleção da sociedade civil e pelo corpo técnico da Subsecretaria de Economia Criativa (Suec), que coordena, junto à Administração do Plano Piloto e ao coletivo No Setor, as ações de revitalização da área por meio de intercâmbio artístico-cultural e incentivo ao empreendedorismo. Para a seleção, foram observados critérios como experiências comprovadas por meio de portfólio, currículo e desenvolvimento de intervenções artísticas em muros, paredes, painéis e tapumes, entre outros itens. Recurso Os concorrentes terão até o dia 23 (quarta-feira) para apresentação de recursos. Após este período, será divulgado o resultado final do certame, que vai remunerar cada grafiteiro com um cachê no valor de R$ 1,5 mil. Os artistas farão suas intervenções artísticas em uma área de até 10 m², com tema livre, na região conhecida como Buraco do Rato. A ação será realizada durante o Encontro de Grafite, em 2 e 3 de novembro. O evento terá, além da ação dos grafiteiros, apresentações musicais, dança e atividades esportivas. Confira o resultado parcial da seleção. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)  

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Um incentivo à arte da intervenção urbana

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) lança, nesta sexta-feira (4), um edital de chamamento público que vai selecionar 60 grafiteiros para trabalhar no Encontro de Grafite 2019, a se realizar entre os dias 19 e 27 deste mês, no Setor Comercial Sul. Com recursos de R$ 90 mil, o evento faz parte do projeto de revitalização do local por meio da arte urbana. Coordenado pela Subsecretaria de Economia Criativa da Secec, o encontro é o início de uma série de ações para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de incentivar o empreendedorismo para o movimento.  “O Encontro de Grafite vai democratizar o acesso à cultura, além de valorizar o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip-hop presente na cidade”, resume a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis. Como participar As inscrições vão até o dia 14 (segunda-feira). Podem participar pessoas físicas ou jurídicas, moradoras do DF ou do entorno. É preciso comprovar, por meio de portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis e tapumes, entre outros espaços urbanos. Cada grafiteiro selecionado receberá um cachê de R$ 1,5 mil e poderá criar um trabalho de tema livre em uma área de até 10 metros quadrados. O Encontro de Grafite 2019 também contará com um cronograma de ações paralelas para a valorização da arte no Distrito Federal. Em parceria com a Administração do Plano Piloto, o Comitê Permanente do Grafite e o coletivo No Setor, a programação terá outras atividades, a serem divulgadas em breve. Mais informações do edital, publicado no Diário Oficial do DF, podem ser vistas na página da Secec. Encontro de Grafite 2019 Inscrições: 4 a 14 de outubro Informações: (61) 3325-6267   * Com informações da Secec

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