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Dia da Consciência Negra: Histórias de resistência, orgulho e pertencimento de profissionais da Saúde

O Dia da Consciência Negra (20) não é apenas uma data no calendário: é um convite para reconhecer histórias, dar visibilidade às lutas e celebrar conquistas que ecoam muito além da experiência individual. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), profissionais transformaram desafios em caminhos possíveis e hoje ocupam espaços essenciais guiados pelo amor ao que fazem. As histórias reunidas na unidade hospitalar mostram que, por trás das rotinas de um grande hospital, há trajetórias que sustentam a qualidade do cuidado oferecido à população. Ao compartilharem seus percursos, esses profissionais reafirmam o valor da presença negra na saúde pública e evidenciam como caminhos individuais ajudam a construir instituições mais fortes, diversas e comprometidas com o serviço ao cidadão. Conheça, abaixo, essas trajetórias.  Uma vida reconstruída com coragem Flávia Miranda de Jesus, assessora técnica da Gerência de Assistência (Gegas) | Fotos: Divulgação/IgesDF A escolha profissional de Flávia Miranda de Jesus não nasceu de um sonho de infância, mas de um momento decisivo. Ela já atuava como representante comercial quando, ao buscar orientação, ouviu de um profissional: “Você não tem competência técnica”. Em vez de desmotivá-la, a frase despertou o desejo de recomeçar. Formada em propaganda e marketing, decidiu iniciar uma nova jornada na área da farmácia. À época, seu companheiro dizia que ela estava “velha para estudar”. Flávia tinha 40 anos, mas, encontrou na família seu maior suporte. “Meus pais e meus filhos sempre me apoiaram”, conta. Hoje, com 52 anos, a colaboradora do IgesDF olha para o próprio percurso com orgulho. Primeira da família a conquistar o ensino superior, leva consigo não apenas um diploma, mas uma história de força, reconstrução e afirmação. “Sou a primeira da minha família a conquistar o ensino superior”, comemora. Da dor ao propósito na enfermagem Ronaldo Lima Coutinho, chefe do Cepav Flor do Cerrado A trajetória de Ronaldo Lima Coutinho é marcada por um acontecimento que transformou sua vida. Na adolescência, após um grave acidente, ele passou mais de um mês internado em Jaciara (MT). Foi ali, entre cuidados e acolhimento da enfermagem, que nasceu a semente de sua vocação. Anos depois, enfrentou uma rotina intensa para pagar a faculdade: dois empregos, estudos e venda de lanches para complementar a renda. Apesar das dificuldades, seguiu firme. “Sempre haverá quem tente te desmotivar, mas fui criado com resiliência, caráter e honestidade, e isso sempre guiou minhas escolhas”, lembra. “Tive inúmeras barreiras, mas nunca permiti que elas fossem motivo para desistir”. Primeiro da família a conquistar o ensino superior, ele experimenta um sentimento de orgulho e gratidão. “Agradeço todos os dias pela oportunidade de ajudar quem precisa”, diz. “Sou feliz, independentemente dos desafios que surgem”. Resiliência, propósito e reencontro  Letícia Moura Marinho de Oliveira, assessora técnica da Diretoria Clínica A caminhada de Letícia Marinho de Oliveira é feita de recomeços. Após anos de estudo para concursos, foi aprovada, mas o certame acabou cancelado. O impacto foi grande e a fez repensar seus passos. Foi então que ela decidiu se reinventar, buscando uma carreira que a reconectasse ao seu propósito. Formada em direito, Letícia enfrentou um dos maiores desafios da vida universitária: viajar 200 km por dia para estudar, saindo de casa às 4h30 da manhã. “Nos dias em que as lágrimas pareciam maiores do que a força, permaneci firme”, relata. Com apoio dos pais e do marido, hoje ela colhe os frutos desse esforço. Sendo a segunda pessoa da família a concluir o ensino superior, depois da mãe, Letícia tem orgulho da mulher que se tornou: “A certeza de que somos capazes é o que me motiva a seguir avançando. Somos capazes de chegar aonde quisermos quando unimos dedicação, propósito e perseverança”. O cuidado como missão e representatividade Dartway Santhiago, enfermeiro rotineiro do Serviço de Enfermagem da Pediatria Sonhar com medicina foi o ponto de partida para Dartway Santhiago, mas a vida o conduziu à enfermagem. Hoje, ele reconhece com plenitude que encontrou o caminho certo. “A essência do meu sonho sempre foi cuidar das pessoas”, resume. [LEIA_TAMBEM]As dificuldades foram inúmeras — sociais, financeiras e emocionais — e, em alguns momentos, quase o fizeram desistir. Mas o propósito sempre falou mais alto. Como homem negro, Dartway carrega a representatividade como missão e orgulho. “Ocupar o espaço que estou hoje é motivo de muita honra”, valoriza. “Essa história não é só minha: ela é de muitos que vieram antes, lutaram para que eu pudesse estar aqui e dos que virão”. Ele integra uma família de quatro irmãos, todos homens negros e com formação superior. Único da área da saúde, assume com responsabilidade o papel de inspirar, abrir portas e fortalecer caminhos para quem ainda sonha trilhar esse percurso. *Com informações do IgesDF  

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Concurso artístico incentiva alunos a resgatar histórias da capital federal

O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF), em parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), lançou, na quarta-feira (23), o Concurso Sócio Acadêmico Mirim, iniciativa que busca aproximar estudantes da rede pública e privada de ensino da história e do patrimônio cultural de Brasília. A ação dará aos estudantes premiados por produções artísticas textuais o título de Sócios Acadêmicos Mirins. A iniciativa integra o acordo de cooperação firmado entre os órgãos envolvidos. Aberto aos alunos de escolas públicas e particulares, o concurso ocorrerá anualmente e selecionará produções que destaquem personagens importantes para a construção da capital federal. A proposta é que, a cada edição, os estudantes se aprofundem na trajetória de quatro patronos do Instituto, com exceção da primeira edição, realizada neste ano, que incluirá três patronos e o Presidente Honorário Perpétuo da instituição, Juscelino Kubitschek. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, participou do lançamento do concurso ao lado do presidente do IHG-DF, Paulo Castelo Branco | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF As produções deverão ser feitas em duas categorias: desenho (para alunos do 1º ao 5º anos do ensino fundamental) e redação (para alunos do 6º ao 9º anos). Além de fomentar o conhecimento histórico, o concurso tem um forte componente de valorização simbólica: os primeiros colocados de cada categoria serão nomeados sócios acadêmicos mirins por um ano, com direito a uma cerimônia oficial de posse no prédio do IHG-DF, projetado pelo arquiteto Milton Ramos. Ponte entre gerações “Nós conseguimos transformar o Instituto e abrir suas portas à população. Ver jovens se interessando por nossa história é o que nos motiva, esse concurso é mais uma ponte entre o passado e o futuro da cidade”, destacou Paulo Castelo Branco, presidente do Instituto. O evento contou também com a presença da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que ressaltou o valor pedagógico da proposta. “Que este concurso seja uma oportunidade para descobrir os heróis e heroínas que caminharam pelas nossas ruas. Que ele seja uma ponte entre gerações, uma semente plantada na alma de cada estudante para que floresça o amor e o respeito pela sua cidade, pela sua história, pela sua gente.” A comissão organizadora do certame será formada pelo diretor de Relações Institucionais do Instituto, Jorge Henrique Cartaxo; pela diretora do Centro de Documentação, Lenora de Castro Barbo; e pelo diretor adjunto de Relações Institucionais, Rubens Cavalcante Júnior. O grupo será responsável pela elaboração do regulamento e pelo planejamento das etapas do concurso, que serão divulgados pelos meios de comunicação oficiais dos órgãos envolvidos. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

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Projeto com incentivo do FAC é finalista de premiação nacional de inovação

E se os livros pudessem ultrapassar as fronteiras do papel e das telas e tomassem conta das ruas, dos muros, da cidade? Pensando nisso e com a intenção de democratizar a literatura, levando as histórias para os caminhos cotidianos das pessoas, o artista Hugo Barros criou o seu projeto Livro de Rua. Realizado com fomento do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC), a ação é agora finalista do 7º Prêmio PublishNews, um dos mais importantes do mercado editorial no país. Entre as três histórias já publicadas pelo projeto está (Des)iguais, pintado no muro da Biblioteca Central da Universidade de Brasília | Foto: Divulgação/Hugo Barros No Livro de Rua, Hugo escreve livros ilustrados e, em vez de levá-los para uma gráfica, como faria com um livro tradicional, outro artista é convidado para grafitar a história nos muros e espaços públicos de Brasília. O resultado são painéis coloridos, com histórias inesquecíveis, que abrem o universo da imaginação para quem passa por ali. [Olho texto=”“A ideia é justamente apresentar os livros em um ambiente e em uma experiência diferentes, publicando nas ruas, pintando livros gigantes e, assim, captar novos leitores, incentivar e democratizar a leitura”” assinatura=”Hugo Barros, escritor” esquerda_direita_centro=”direita”] Até o momento, são três histórias publicadas pelo projeto: O menino invisível, com grafite de Camila Siren, na 413 Sul; (Des)iguais, no muro da Biblioteca Central da Universidade de Brasília; e Cata Tesouro, no hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), sendo esses dois últimos com grafites de Mikael Omik. E ainda há mais um por vir. “Para quem não tem costume de leitura, a biblioteca às vezes é meio intimidadora. As pessoas entram e acham que não deveriam estar ali. Então, a ideia é justamente apresentar os livros em um ambiente e em uma experiência diferentes, publicando nas ruas, pintando livros gigantes e, assim, captar novos leitores, incentivar e democratizar a leitura”, explica o escritor. A ideia de Hugo tomou forma no início de 2018, quando ele buscou o primeiro FAC. Depois veio o segundo fomento, totalizando um apoio de R$ 105.018,00 advindos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O principal retorno, no entanto, é no dia adia, no olhar atento das pessoas que passam, mas se demoram nas histórias narradas em paredes. A professora Amanda Casé apresenta Cata Tesouro a crianças, no hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) | Foto: Divulgação/Hugo Lira Para as crianças, sobretudo, a experiência é ainda mais especial, como explica Amanda Casé, professora de Teoria e História da Arte e contadora de histórias infantis. “O entendimento de que a literatura é algo dinâmico, algo vivo, já é empolgante para qualquer leitor. Mas, quando se trata especificamente da criança, é uma experiência muito mais rica, mais bela. Imagina: você encontrar um livro que é maior que você, que você vai andando e conhecendo ele a partir desse exercício. Somam-se outras formas de aprendizagem, não somente a visão ou a audição, mas, também, o movimento, enriquecendo a experiência.” A contadora de histórias, conhecida carinhosamente como Tia Amanda, fez a leitura de inauguração do livro gigante da BNB e acompanhou turmas de crianças no local em outras ocasiões. “A riqueza do Cata Tesouro, um livro em que você é pego de surpresa em um espaço arquitetônico, é que gera esse estímulo de uma nova compreensão de como a leitura pode ser 3D”, elogia. Inovação O Prêmio PublishNews foi criado pelo portal de mesmo nome, com o objetivo de reconhecer os livros mais vendidos do ano e os profissionais responsáveis pelo sucesso dessas obras dentro do mercado editorial. A edição de 2023 é a sétima da premiação e inclui, pela primeira vez, o Prêmio Inovação do Ano, para reconhecer iniciativas inovadoras do mercado nacional, que estejam em prática há pelo menos três meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre ações de todo o país, um júri especializado selecionou três finalistas, entre os quais está o brasiliense Livro de Rua. A votação foi, então, aberta ao público, que tem até esta terça-feira, 28 de março, para participar, escolhendo seu favorito por meio de formulário online. Os vencedores serão anunciados em cerimônia no dia 4 de abril, em São Paulo (SP). O conceito de inovação é, comumente, associado à tecnologia, ao digital, às novas mídias e, atualmente, até mesmo à inteligência artificial. Mas foi justamente na contramão disso que o Livro de Rua se destacou. “Ao invés de criar novas tecnologias, utilizamos um recurso de comunicação usado desde os tempos das cavernas: as inscrições em paredes. Os livros estão lá, disponíveis para que as pessoas que não têm acesso aos livros, ou não têm hábito de ler, possam fazer isso e descobrir o gosto pela leitura”, defende o criador do projeto. *Com informações da Secec

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Histórias inusitadas nos 15 anos do Samu

| Foto: Divulgação Por mais estranho que pareça à população, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tem apenas 15 anos de existência no Distrito Federal, completados nesta segunda-feira (24). Hoje em dia, é inimaginável pensar em saúde sem esse serviço. E em pouco mais de uma década de atendimentos, alguns servidores da unidade passaram por histórias, no mínimo, inusitadas, enquanto prestavam o apoio à população. É o caso do gerente da Central de Regulação de Urgência do Samu, Victor Arimateia. “A gente brinca aqui que já vimos de tudo, até o próximo plantão. Por isso, nossos protocolos não podem ser muito fechados, porque precisamos de autonomia para autuar nos casos mais complexos”, explicou. Para ele, uma história que ficou marcada na memória foi quando ainda atendia as ligações que chegavam à unidade. Certa vez, em pleno fim de plantão de uma sexta-feira, recebeu a ligação do responsável pela segurança do Aeroporto Internacional de Brasília na época. O motivo: um avião com 107 passageiros estava com sinal de fogo em pleno voo. “Logo pensei: fui sorteado nos últimos 15 minutos do plantão. Mas são ossos do ofício. Depois de passar o choque inicial, começamos o protocolo de atendimento a múltiplas vítimas. Mandamos as viaturas e eu também tive que ir, porque sempre deslocamos alguém da central de regulação em casos assim. Quando cheguei lá, tinha um monte de viaturas ocupando a pista, incluindo as do Corpo de Bombeiros”, lembrou. [Olho texto=”A gente brinca aqui que já vimos de tudo, até o próximo plantão” assinatura=”Victor Arimateia, gerente da Central de Regulação de Urgência do Samu” esquerda_direita_centro=”centro”] Felizmente, o sinal de incêndio relatado foi apenas uma pane elétrica, que não representou nenhum perigo. Para o bem dos passageiros, o avião pousou com segurança. “Ainda assim, foi bom porque percebemos o quanto estávamos preparados para dar uma resposta rápida em caso de múltiplas vítimas”, ponderou. Outra situação inusitada que Victor passou, também em um final de plantão, foi quando recebeu a ligação de um médico boliviano, em uma UTI aérea, relatando que sua mãe estava intubada e ficando sem oxigênio. “Ele disse que não sabia o que fazer na hora. Nem eu”, brincou Victor. Por ele ser estrangeiro e a paciente também, eles não poderiam simplesmente entrar no território nacional para o atendimento. | Foto: Divulgação “Foi uma sinuca de bico. Nessas horas lembro das palavras de um ex-diretor do Samu, que falava: dá seus pulos. O protocolo não prevê todo tipo de situação e quem dá a resposta é o regulador. Então, entrei em contato com a polícia, e os chefes da época resolveram toda a parte burocrática. Só sei que a situação se resolveu de maneira bem rápida e ela conseguiu atendimento. Nessas horas, o que vale é a vida do paciente”, comentou. Já o médico Dante Escórcio conta sobre um momento peculiar que ocorreu durante um atendimento comum na regulação. Apesar de quedas do telhado serem algo corriqueiro, este caso específico teve um diferencial que o profissional nunca tinha visto. “Muitas pessoas têm o hábito de subir no telhado para consertar alguma coisa e cair. Mas desta vez, a pessoa teve a sorte de atravessar o telhado e cair na própria cama. Não sofreu nenhum arranhão”, conta Dante. “O problema na hora foi que uma das telhas acabou atingindo sua filha, que cuidamos. Apesar de histórias como essa nem sempre terem um final feliz, essa além de feliz foi inusitada”, ressaltou. Desrespeito, alegria e superação Infelizmente, o desrespeito do cidadão à vida também faz parte do trabalho dos samuzeiros. Uma história lembrada pelo agora diretor do Samu-DF, Alexandre Garcia, é um exemplo disso. Foi quando precisou atender uma ocorrência relacionada a um afogamento no Lago Paranoá. Essa específica ocorreu em torno das 17 horas, um horário em que costuma acontecer muito esse tipo de chamada, quando pessoas embriagadas se afogam. “Nesse tipo de ocorrência, o tempo conta muito, porque a vítima precisa de intervenção rápida no acesso à via respiratória. Não podemos perder tempo perguntando muito durante este tipo de chamada. Nos deslocamos de helicóptero e quando sobrevoamos a tal área da ocorrência, não vimos ninguém. Era um trote. Isso me marcou muito porque mostra até onde a irresponsabilidade do cidadão pode ir”, contou Alexandre Garcia. Porém, alegrias também marcaram o trabalho do diretor durante os atendimentos. Uma em especial foi em relação a visita que uma ex-paciente fez um ano depois de sofrer um acidente de carro gravíssimo na BR-020. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Fomos acionados para atender uma ocorrência bastante grave. Fiquei impressionado, porque achávamos na época que ela não iria sobreviver, porque estava muito grave, com múltiplas fraturas. Ela estava dentro de um veículo que sofreu uma colisão frontal. O estado dela era preocupante. Mas além de sobreviver, ela ainda nos visitou para mostrar como estava bem. Foi emocionante”, recordou o diretor. [Olho texto=”O estado dela era preocupante. Mas além de sobreviver, ela ainda nos visitou para mostrar como estava bem. Foi emocionante” assinatura=”Alexandre Garcia, diretor do Samu-DF” esquerda_direita_centro=”centro”] 15 anos Para Alexandre Garcia, os 15 anos dos Samu no Distrito Federal significam uma constante evolução dos serviços. “Especialmente neste ano, em que fomos colocados a prova por causa do coronavírus”, ressaltou. Na sua avaliação, a pandemia é um desastre continuado que perpetua essa prova aos servidores de saúde, ao trazer demandas em um nível tremendo. Somente neste ano, já foi  realizado mais de meio milhão de atendimentos até agosto, a maioria relacionada com a Covid-19. “Mas conseguimos dar a melhor resposta mesmo com o alto grau de complexidade”, garantiu o diretor. [Numeralha titulo_grande=”Mais de 500 mil” texto=”atendimentos já foram feitos pelo Samu-DF somente esse ano, a maioria ligados à Covid-19″ esquerda_direita_centro=”centro”] “As pessoas leigas não imaginam como era antes do Samu. Dizem que 15 anos é pouco e perguntam como era antes. Hoje em dia, as pessoas não abrem mão desse serviço, porque sabem que é essencial. Tem servidores dedicados ao atendimento, que colocam a vida do paciente sempre em primeiro lugar”, elogiou o gerente da Central de Regulação de Urgência do Samu, Victor Arimateia. * Com informações da Secretaria de Saúde

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No Dia do Trabalhador Rural, agricultores declaram amor pela profissão

Solange Poppi conta que quando diz que é trabalhadora rural e que cuida de orquídeas, vê encantamento no olhar das pessoas. Foto: Emater-DF/Divulgação   Criado para homenagear todas as pessoas que trabalham nas zonas rurais do Brasil, o Dia Nacional do Trabalhador Rural, celebrado nesta segunda-feira (25), é uma data de orgulho para aqueles que se dedicam ao campo, seja na produção de alimentos, no cuidado de animais, no turismo rural ou na conservação ambiental. Amor ao trabalho rural é a definição que produtores expressam nessa data. Histórias diversas como a de Solange Cristina, que deixou a área de Tecnologia da Informação (TI) há dois anos e passou a cuidar de orquídeas em uma propriedade rural em Planaltina; a de Sirley Rodrigues, do núcleo rural Chapadinha, que cria quatro filhos produzindo em 1 hectare de terra; e a de Lucas Pacheco, que trabalha em prol do povo do campo como extensionista rural da Emater-DF e produtor nas horas vagas, definem bem o orgulho desses trabalhadores. Com território de 851,487 milhões de hectares, o Brasil tem 5.073.324 milhões de estabelecimentos agropecuários, que ocupam área total de 351,289 milhões de hectares. O número revela que 41% da área do país é ocupada pela agropecuária, conforme o Censo Agropecuário 2017, que teve os resultados divulgados em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O DF tem uma área total de 578 mil hectares, dos quais 404 mil (70%) estão na área rural e 345 mil são próprios para a agricultura e pecuária. Na área rural da capital, vivem 87,9 mil pessoas. Da área de TI para o cultivo de orquídeas Em Brasília desde 2012, Solange Cristina Almeida Poppi, 47 anos, trabalhava na área de tecnologia. Veio de São Paulo transferida por uma empresa que prestava serviço de tecnologia para Caixa Econômica Federal (CEF). Com o desligamento da empresa em 2018, resolveu investir toda a rescisão em uma propriedade no campo e há aproximadamente dois anos passou a ser uma trabalhadora rural. “Em 2018, pensei em procurar algo que me desse prazer. Na época, decidi investir pensando na ‘envelhecência’, como eu costumo dizer. Encontrei o anúncio da chácara na internet. Fui lá sozinha, gostei, fechei e levei meu marido em seguida para conhecer. Os produtores da Rajadinha me abraçaram”, comemora. Desde que assumiu a propriedade, onde cuida de orquídeas, ela diz ter conseguido clientes, mesmo sem divulgação. “Vendo para as pessoas só no boca a boca e para as que me conheceram na Feira da Rajadinha, em 2019. Minha ideia não é participar de feira, é desenvolver o circuito, o agronegócio, levar as pessoas para a minha propriedade para que que elas vejam como eu cuido das orquídeas, para tomar um café, deitar na rede em um espaço que criei e comprarem, caso queiram”, conta. Na hora de dizer o que é ser uma trabalhadora rural, Solange se emociona e resume tudo em “admiração e respeito”. “Eu, sinceramente, vejo esse trabalho com muito respeito. Respeito os trabalhadores rurais de uma forma tão amorosa. Eu já gostava e respeitava, mas hoje, fazendo uma analogia de tudo o que eu vivi, sou só admiração e respeito pelo trabalho rural”, afirma. Solange conta que quando diz que é trabalhadora rural e que cuida de orquídeas, consegue ver encantamento no olhar das pessoas. “As pessoas adoram e ficam encantadas, muito mais do que quando eu falava que trabalhava na área de sistemas”, confessa. Extensionista e produtor rural Vindo de Ipameri (GO) para Brasília em 2008, Lucas Pacheco, 35 anos, é produtor rural e extensionista rural na Emater-DF. De acordo com ele, sua família toda é rural. “Vim do interior de Goiás e minha família sempre mexeu com fazenda, com roça. Tomei a decisão de fazer o curso de agronomia porque eu queria trabalhar na área. Na época, meu foco era trabalhar na propriedade da minha família”, conta. Durante o curso de agronomia, após se destacar como aluno, um professor o alertou sobre seu perfil de extensionista e o convidou a conhecer o trabalho de extensão rural da Emater-DF. “Eu descobri que era um trabalho diferente e tomei a decisão de trabalhar na extensão, mas a minha produção eu nunca abandonei”, relata. Em Tabatinga, área rural de Planaltina-DF, Lucas instalou residência, onde mora com a esposa, que também é do campo, e o filho de 9 meses. É também no escritório da Emater-DF em Tabatinga que Lucas atua. “Na Emater a gente atua com foco nas pessoas e o trabalho é bem amplo. A gente ajuda com questões de habitação, saneamento, benefícios sociais, cidadania, produção, comercialização, fiscalização, imposto de renda, cadastro ambiental, licenciamento”, afirma ele, destacando que o trabalho em prol dos pequenos produtores vai muito além da assistência técnica. Já em sua propriedade, ele cultiva plantas suculentas, diversos tipos de frutas, além de milho verde e feno para alimentar os animais. Sobre o trabalho no campo, ele relata ser uma vocação. “É mais que simplesmente um amor, é um dom, uma vocação. É o que a gente sabe e ama fazer. Em qualquer fase da economia mundial o produtor é sempre um apostador, um otimista. Ele sempre acha que a próxima safra vai ser melhor de colheita e sempre com foco em uma alimentação de qualidade para as famílias”, ressalta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Progresso no trabalho rural Em Brazlândia, no núcleo rural Chapadinha, Sirley Rodrigues da Silva, 41 anos, vive com os quatro filhos e a esposa em uma propriedade de pouco mais de 1 hectare. De lá, ele tira o sustento de toda a família. Filho de produtor rural, Sirley diz que veio a Brasília em 1993, quando tinha 13 anos. Chegou aqui com os pais, que também eram trabalhadores rurais. Aos 18 anos conseguiu sua terra, onde vive e trabalha até hoje. Orgulhoso, ele conta que todos os filhos trabalham em sua propriedade. “Participo de cursos da Emater e  procuro cada vez mais melhorar minha produção. Aqui a gente trabalha em família. Estamos vivendo, progredindo, meus filhos estudando. A gente tem o sonho de ver os filhos estudados, mas se eles não conseguirem arrumar um emprego, pelo menos sabem mexer com agricultura e tirar o sustento”, diz. Na propriedade, Sirley conta que costuma produzir variedades. “Faço uma verdadeira salada no cultivo, que vai de chuchu, brócolis americano, pepino e até tomate, no período da chuva”, diz. No entanto, o carro-chefe de produção e vendas é o chuchu. Ele também já produziu morango em sistema hidropônico. “Fiz uns cursos, peguei algumas aulas com a Emater e deu boa produção, mas não sobrava lucro. Já tem 21 anos que eu estou produzindo e fazendo rotação de cultura”, conta. Grande parte das vendas é realizada na Feira do Produtor, em Ceilândia. Quando chegou em Brasília, passou por dificuldades como a falta de água, o que atrapalhava a produção. Além disso, os produtos eram vendidos por ele em uma bicicleta cargueira, batendo de porta em porta. Hoje, com a ajuda de extensionistas da Emater-DF, conseguiu muitas conquistas, diz. “Com incentivo da Emater, mudei o jeito de cultivar, consegui fazer um poço artesiano, trabalhar com sistema de gotejamento, comprei o túnel e a gente foi crescendo. Consegui adquirir um automóvel e também um reboque para levar minha mercadoria para a cidade”, comemora. *Com informações da Emater-DF

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No mundo encantado da contação

Turma reunida em uma sessão de histórias contadas com boa dose de teor interpretativo: atenção total / Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília A arte de contar histórias vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas públicas do Distrito Federal – onde a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (Eape) oferece um curso específico para essa modalidade de ensino. As narrações interpretadas por contadores demonstram, na prática, os amplos caminhos  que a literatura abre, provocando o interesse, despertando a imaginação e fazendo com que as crianças vejam a leitura como um hábito prazeroso e não como uma obrigação. Até o mais desatento dos alunos se encanta com a interpretação, as cores e a encenação. “É muito complicado cativar a criança na história, levando em conta que hoje temos internet, a televisão e outros meios de distração”, analisa o professor de artes cênicas Denilson Silva Araújo, da Escola Classe 116 de Santa Maria. “Então, o curso de contação de histórias nos ajudou muito a envolver os nossos alunos de um jeito mais rico e interessante”. Neste ano, o curso A arte de contar histórias tem 11 turmas matriculadas no Distrito Federal. Desde o início, em 2000, já formou cerca de 3,4 mil contadores e vários grupos de profissionais, como Paepalanthus, Trupe da Carochinha, Grupo Flor de Cacau e Associação Amigos das Histórias, entre outros. Estímulos “Essa formação está pautada em aulas teóricas e vivências práticas, onde o educador aprende, além de técnicas de contação, a produzir recursos para a atividade e atingir público de todas as idades”, explica a coordenadora do Centro de Vivências Lúdicas-Oficinas Pedagógicas da Eape, Luciana Ribeiro. “Esse curso incentiva a leitura literária de forma lúdica e criativa e possibilita que o momento da leitura seja um espaço de criação e recriação da realidade, favorecendo a sensibilização, reflexão e a criticidade”. Na Escola Classe 116, em Santa Maria, o estímulo à leitura é feito de forma sistemática. Semanalmente, os alunos vão à biblioteca, assistem à encenação das histórias e depois fazem uma redação. Nesta semana, foi a vez da fábula A nuvenzinha triste. A professora Rosa Araújo, responsável pelas aulas, usou  ferramentas de cor, colagens e interpretação. “Tem alunos que são mais dispersos e, quando tem uma história que interessa e com meios audiovisuais, eles expandem a curiosidade e acabam lendo e escrevendo melhor”, relata Luciana. Para mais informações, educadores interessados em fazer o curso de contação de histórias podem pesquisar no site da Eape http://www.eape.se.df.gov.br. Em tempo: a Escola Classe 116, de Santa Maria, aceita doações de livros. Para doar, basta entrar em contato pelo telefone (61) 3901-6613.

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