DF fará busca ativa pelos grupos da vacina contra a mpox
A Secretaria de Saúde vai iniciar uma busca ativa pelo grupo de 177 pessoas residentes no Distrito Federal com indicação para receber a vacina contra a mpox, doença antes chamada de varíola dos macacos e monkeypox. De acordo com os critérios do Ministério da Saúde, o imunizante não é indicado para toda a população, sendo restrita a homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com mais de 18 anos, vivendo com HIV/Aids, com contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses, e a profissionais de laboratório que lidem diretamente com o orthopoxvírus. A aplicação da vacina contra a mpox é específica para homens cisgêneros, travestis, mulheres transexuais com mais de 18 anos e profissionais de laboratório que lidem diretamente com o Orthopoxvírus | Foto: Divulgação/SES-DF De acordo com a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde, Tereza Luiza Pereira, o imunizante não será disponibilizado amplamente nas unidades básicas de saúde (UBSs), como acontece com outras campanhas de vacinação. “A ideia é fazer a busca ativa dessas pessoas”, explica. A aplicação poderá ocorrer nos locais onde os pacientes fazem seu tratamento de saúde. Servidores serão treinados especificamente para a aplicação do imunizante contra a mpox, com foco em usar as doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde sem perdas técnicas. [Olho texto=”“Observamos uma queda bastante expressiva da transmissão a partir de outubro. De modo geral, o cenário do DF é similar ao que observamos na Europa e nas Américas, onde temos uma desaceleração importante da transmissão”” assinatura=”Priscilleyne Reis, gerente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Saiba mais sobre a mpox: https://www.saude.df.gov.br/monkeypox A gerente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), Priscilleyne Reis, lembra que apesar de uma alta taxa de transmissão da mpox no ano passado, quando chegaram a ser registrados 168 casos em um único mês, setembro, hoje é possível dizer que a doença está controlada. “Observamos uma queda bastante expressiva da transmissão a partir de outubro. De modo geral, o cenário do DF é similar ao que observamos na Europa e nas Américas, onde temos uma desaceleração importante da transmissão”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O primeiro caso no Distrito Federal foi confirmado em maio de 2022. Até agora, são 381, sendo 327 somente entre julho e setembro. O último caso registrado foi em janeiro, quando foram confirmadas quatro contaminações. Em fevereiro e em março o Distrito Federal não registrou pessoas com mpox. Apesar da redução, Priscilleyne Reis destaca a importância de profissionais de saúde e a população em geral manterem a atenção para os sinais e sintomas da doença. “A vacinação está direcionada apenas para um grupo bastante restrito de pessoas, principalmente como estratégia de proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença”, completa. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Mais de 1.100 diagnósticos de monkeypox foram feitos por laboratório do DF
Brasília, 13 de setembro de 2022 – O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) já realizou 1.124 análises de amostras coletadas de pacientes com suspeita de varíola dos macacos, também conhecida por monkeypox. Desse total, mais da metade foram exames solicitados pelos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins. A unidade da Secretaria de Saúde foi uma das primeiras no país a fazer esse tipo de teste e hoje também é responsável por apoiar a população do Acre e de Roraima na identificação de casos confirmados da doença. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 93,2% dos casos confirmados são entre pessoas do sexo masculino | Foto: Sandro Araújo/Secretaria de Saúde “A nossa capacidade vai bem além do que estamos fazendo hoje”, garante a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. Até 300 análises podem ser feitas a cada semana, e o número pode aumentar em caso de necessidade. Hoje, há laboratórios em seis estados com esse serviço. A unidade do Distrito Federal foi escolhida como referência para a região pelo Ministério da Saúde por conta da sua capacidade técnica e para racionalizar o uso dos reagentes, aproveitando para testar pelo menos dez amostras simultaneamente. “A Secretaria de Saúde tem investido fortemente na vigilância epidemiológica para oferecer um serviço de qualidade para a população em consonância com os princípios do SUS”, afirma o epidemiologista Jadher Percio, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP). A idade mediana dos infectados é de 31 anos. Praticamente a metade, 49,7%, é de homens que declararam ter relação sexual com outros homens| Foto: Sandro Araújo/Secretaria de Saúde Perfil dos casos De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 98,5% dos casos estão entre pessoas do sexo masculino. Desse percentual, 76,5% são de homens entre 18 e 44 anos; 0,5% de 0 a 17 anos e 0,1% de 0 a 4 anos. A idade mediana dos infectados é 36 anos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 93,2% dos casos confirmados são entre pessoas do sexo masculino. Desse percentual, 93,9% são em homens entre 18 e 49 anos; 3,5% de 0 a 17 anos e 0,6% de 0 a 4 anos. A idade mediana é de 31 anos. Praticamente a metade, 49,7%, é de homens que declararam ter relação sexual com outros homens. “Grupo de risco não existe, mas comportamentos de risco, sim. O contato íntimo, incluindo o sexual, com pessoas infectadas é o maior fator de risco para a disseminação da doença”, explica Jadher Percio. Contudo, há o alerta, de acordo com o Ministério da Saúde, de que a monkeypox pode contaminar qualquer pessoa, independentemente de orientação ou prática sexual. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Laboratório do DF para diagnóstico de monkeypox atende mais cinco estados
Brasília, 25 de agosto de 2022 – O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) é uma das oito unidades de referência para diagnóstico da Monkeypox no país. Além dele, estão credenciados o da Universidade Federal do Rio de Janeiro; da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro; do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; da Fundação Ezequiel Dias, de Minas Gerais (Funed); do Instituto Evandro Chagas, no Pará; o Lacen de Amazonas e o Lacen do Rio Grande do Sul. Como unidade de referência, o laboratório de Brasília hoje é o responsável pela análise de todas as amostras coletadas na região e ainda nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Acre e Roraima. Há menos de um mês trabalhando nessa atividade, o Lacen-DF realizou mais de 450 exames, sendo aproximadamente 250 do DF e 210 de outras unidades da Federação. O Lacen-DF realizou mais de 450 exames para diagnóstico de Monkeypox, sendo aproximadamente 250 do DF e 210 de outras unidades da Federação | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília O diretor substituto do Lacen, Fabiano Queiroz Costa, explica que o local faz o diagnóstico molecular da monkeypox (PCR). Segundo ele, o método é o mais eficiente na análise das amostras, por detectar o DNA do vírus causador da doença. “O Lacen-DF foi o primeiro Lacen do Brasil a fazer o diagnóstico molecular da Monkeypox”, explicou Fabiano. “No primeiro momento, mandamos as amostras para o Rio de Janeiro, depois passamos a fazer os exames em paralelo com eles. Em agosto, nos tornamos laboratório de referência”, lembra o diretor. O diagnóstico é oferecido em até três dias. O Lacen do Distrito Federal conta atualmente com cinco servidores – biomédicos, farmacêuticos e técnicos de laboratório – na análise da monkeypox. O reagente utilizado para o diagnóstico é praticamente o mesmo dos exames de covid. Grande parte do material utilizado no laboratório é distribuído pelo Ministério da Saúde, portanto, não há gasto extra do Lacen com os exames.
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Monkeypox: mitos e verdades no enfrentamento ao vírus da varíola
Brasília, 15 de agosto de 2022 – A monkeypox é uma infecção sexualmente transmissível (IST)? Errado. O vírus que fez com o que o Ministério da Saúde determinasse nível máximo de alerta emergencial é transmitido pela saliva, pelo contato com as feridas causadas pela doença ou pelo compartilhamento de objetos, como roupas de cama ou toalhas. A monkeypox tem como grupo de risco homens adultos? Errado. Tanto no Brasil quanto em outros países do mundo, há registros também de mulheres e crianças com a varíola e não há grupos populacionais mais ou menos propensos a se contaminar pelo vírus. Material coletado de pessoas suspeitas de infecção é encaminhado para análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Brasília | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília Mitos e verdades sobre a doença têm confundido a população quanto às formas de contágio, tratamento e prevenções. Com o objetivo de concentrar esforços no enfrentamento ao vírus que, em 12 de agosto, já chegava a 106 casos em Brasília, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde, criou o Comitê Operacional de Emergência Monkeypox. O grupo tem estabelecido um plano de ação com atendimento em todos os níveis de atenção, desde a primária, nas unidades básicas de saúde (UBSs) e até nas unidades de pronto atendimento (UPAs), ou em casos de internação, nos três hospitais referências para esse tipo de tratamento: Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e Hospital de Base. Pessoas com suspeita de infecção devem procurar atendimento com as lesões cobertas, se for o caso, e usando máscara. Elas são encaminhadas para exame e o material de coleta, enviado para análise no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), aqui mesmo em Brasília. O GDF comprou insumos e sondas para que as análises não precisassem mais ir para o Rio de Janeiro. O tempo médio para o resultado é de até 48 horas após a entrada do material para análise. “Isso facilita o manejo clínico, dá mais agilidade no diagnóstico e no controle da doença”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano Martins. De acordo com ele, não há chance de falso positivo. “Se o resultado deu positivo, não tem possibilidade de estar errado.” Arte: Agência Brasília Nada a ver com macacos A Fiocruz recomenda o uso do termo monkeypox para diminuir o estigma que pode causar e a associação com o contágio por contato com macacos. Primatologistas se referem à doença como nova varíola, para deixar claro que nada tem a ver com animais. Embora a contaminação seja pelo contato físico, por meio de objetos contaminados ou por meio de gotículas da saliva, a monkeypox tem um curso de evolução clínica considerado benigno. Isso significa que o potencial de transmissão e, consequentemente, de letalidade, é menor do que o da covid-19. [Olho texto=”“Os sintomas variam em cada organismo”” assinatura=”Fábio Martins, médico infectologista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Gestantes, menores de 8 anos de idade e imunocomprometidos – transplantados, soropositivos e portadores de doenças autoimunes como lúpus – devem ter cuidado com a contaminação. Fazer autoanálise do corpo para ver se existe alguma lesão é um dos cuidados importantes para o diagnóstico precoce da doença. Febre, dor de cabeça, fraqueza generalizada e o surgimento de lesões pelo corpo a partir do quarto ou quinto dia de contágio e ínguas no pescoço são alguns dos sintomas. O tratamento é sintomático, variando de acordo com o que cada paciente estiver sentindo, e o número de lesões pode ir de apenas uma a 300, começando pela face. “Os sintomas variam em cada organismo”, garante o médico infectologista Fábio Martins. De acordo com a literatura médica, o período de isolamento para que o paciente não infecte ninguém é de no mínimo 16 dias e no máximo 24, segundo cada tratamento.
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DF tem comitê para enfrentamento da monkeypox
Brasília, 3 de agosto de 2022 – O Distrito Federal deu mais um passo no enfrentamento ao monkeypox, doença viral de origem animal transmitida para humanos em circulação no país e no mundo. Como forma de concentrar as informações sobre o vírus e facilitar a tomada de decisões, a Secretaria de Saúde (SES) criou, por meio da Portaria nº 509, o Centro de Operacionalização da Emergência (COE) Monkeypox. De caráter consultivo e temporário, o COE tem como atribuições analisar os padrões de ocorrência, distribuição e confirmação dos casos suspeitos; elaborar os fluxos e protocolos de vigilância, assistência e laboratório para o enfrentamento no âmbito do SUS-DF e subsidiar os gestores com informações e recomendações técnicas visando à adoção de medidas oportunas e tomada de decisões. A testagem no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) teve início há três semanas como forma de agilizar o diagnóstico dos casos locais | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “O principal objetivo é concentrar todas as ações relativas ao enfrentamento dessa emergência aqui no Distrito Federal e conseguir ações oportunas e efetivas para cada problema identificado; assim, agir preventivamente, se antecipando a futuros problemas”, explica o presidente do COE Monkeypox, Fabiano dos Anjos. O comitê é coordenado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica, subordinada à Subsecretaria de Vigilância à Saúde (Divep/SVS), com gestão executiva da Gerência de Epidemiologia de Campo (Gecamp) e participação de representantes de 18 áreas vinculadas à Secretaria de Saúde. [Olho texto=”“A literatura tem demonstrado que os casos de maior gravidade e que necessitam de hospitalização são, principalmente, no público de pessoas imunossuprimidas, crianças e gestantes. Esses são hospitais especializados para atender esse tipo de perfil de paciente”” assinatura=”Fabiano dos Anjos, presidente do COE Monkeypox” esquerda_direita_centro=”direita”] Rede preparada Mesmo antes da criação formal, havia sido formado um grupo que ficou responsável pela construção de documentos e ações, como a elaboração de uma nota técnica para orientar a rede assistencial e plano estratégico definindo leitos de retaguarda e os hospitais de referência. Com a publicação da portaria no Diário Oficial do DF (DODF) no último dia 2, o grupo se formalizou como Centro de Operacionalização da Emergência. “A Secretaria de Saúde foi muito proativa no sentido de preparar a rede assistencial para receber os casos. Sabíamos que a doença ia chegar, só não dava para prever quando. Definimos quais os hospitais seriam referência, reservamos os leitos para um tratamento mais adequado. Além de ter a retaguarda hospitalar, a SES foi pioneira em oferecer o acesso ao diagnóstico”, comenta Fabiano dos Anjos. O DF conta com três hospitais referências para o tratamento de monkeypox: Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e Hospital de Base (HB). “A literatura tem demonstrado que os casos de maior gravidade e que necessitam de hospitalização são, principalmente, no público de pessoas imunossuprimidas, crianças e gestantes. Esses são hospitais especializados para atender esse tipo de perfil de paciente”, acrescenta. Para o presidente do comitê, esse é um momento de precaução em relação à doença: “Estamos lidando com uma doença nova” A testagem no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) teve início há três semanas como forma de agilizar o diagnóstico dos casos locais. Até então, o Brasil tinha apenas quatro laboratórios referenciados para o exame. No caso do DF, as amostras eram encaminhadas para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e levavam até 15 dias para se obter o resultado. Com o procedimento no Lacen, o diagnóstico é feito em 48 horas. Para o presidente do comitê, esse é um momento de precaução em relação à doença. “Estamos lidando com uma doença nova, e ainda não se tem todo o conhecimento científico necessário. Existe tratamento, mas o medicamento ainda não está disponível no Brasil. A vacina ainda não chegou. É um momento de precaução. A única maneira que se tem de prevenir e controlar a doença é por medidas não farmacológicas e que estão relacionadas tanto à higienização de ambientes e das mãos quanto à isolação do paciente”, explica. A chegada da vacina no DF depende do processo de aquisição que está sendo feito pelo Ministério da Saúde junto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Há uma previsão de cerca de 21 mil doses até o final de setembro. “Aguardamos as orientações e todas as normativas relacionados ao público que o Ministério da Saúde vai estabelecer. O ministério é responsável por adquirir esses insumos estratégicos, que ainda não têm produção em escala global. Dependemos desse protagonismo do ministério que é quem precisa prover os estados”, afirma Fabiano dos Anjos.
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Laboratório público do DF inicia testagem da monkeypox
Brasília, 1º de agosto de 2022 – O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) desenvolveu uma metodologia de teste para o diagnóstico local de monkeypox, doença zoonótica viral com sintomas semelhantes aos da varíola, mais conhecida como varíola dos macacos. O objetivo é se tornar um ponto de testagem referenciado, acelerando o reconhecimento dos casos suspeitos na capital. Até então, as amostras dos pacientes precisavam ser enviadas para o reconhecimento na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com a metodologia de teste para o diagnóstico local de monkeypox, o Lacen-DF tem o objetivo de se tornar um ponto de testagem referenciado, acelerando o reconhecimento dos casos suspeitos no Distrito Federal | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Os ensaios no Lacen-DF tiveram início há três semanas com o surto dos casos no Brasil – até a última sexta-feira (29), o Distrito Federal contava com 21 casos confirmados e 70 suspeitos. “Nós estamos fazendo os primeiros ensaios para poder oferecer o diagnóstico à população do Distrito Federal e aos gestores e apresentar as ações de vigilância”, afirma a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. A metodologia foi criada a partir dos estudos, publicações e artigos científicos mais recentes sobre a doença para garantir segurança. A testagem é feita por um teste PCR que detecta a partícula viral da monkeypox nas lesões na pele do paciente. Para aumentar a confiabilidade, o laboratório também faz a sequência do DNA dos casos positivos. A diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo, diz: “Estamos fazendo os primeiros ensaios para poder oferecer o diagnóstico à população do Distrito Federal e aos gestores e apresentar as ações de vigilância” Os kits para os testes são fornecidos pelo Lacen às unidades de saúde, que encaminham as amostras para diagnóstico. “Tentamos suprir informações e dar apoio quanto à coleta, ao armazenamento e ao envio dessas amostras. O procedimento de coleta tem que seguir um rito para que a gente consiga uma qualidade de material boa”, revela a chefe do Núcleo de Virologia do Lacen-DF, Fernanda Yamada. Agilidade no combate Agenor de Castro, farmacêutico do Lacen-DF, diz: “Se a gente faz por aqui, consegue minimizar esse tempo e logo ajudar nas políticas de vigilância epidemiológica” O principal benefício da testagem local é o tempo de resposta para as ações de bloqueio e tratamento da doença. A expectativa é de que com o processo os resultados sejam entregues em até 48 horas. Atualmente, entre coleta, transporte e diagnóstico, o tempo é de 10 a 15 dias. “Quando a gente envia uma amostra para fora, temos que contar com o tempo de envio e o recebimento no outro centro. Essa amostra ainda concorre com outros locais do Brasil. Se a gente faz por aqui, consegue minimizar esse tempo e logo ajudar nas políticas de vigilância epidemiológica. Consegue informar o paciente sobre a necessidade dele ficar isolado e manter as normas sanitárias, que são recomendadas nesses casos”, explica Agenor de Castro, farmacêutico do Lacen-DF. Mesmo em pouco tempo, o Laboratório Central de Saúde Pública do DF já está sendo procurado por outros estados que desejam replicar a metodologia. “Desde o momento que nós publicizamos que estamos preparados para fazer esse diagnóstico, outros Lacens entraram em contato para obter informações e caminhos necessários para adquirir os reagentes e poder fazer a mesma metodologia”, conta a diretora do Lacen-DF. Doença A monkeypox é uma doença de origem animal transmitida para humanos. A transmissão ocorre por contato com animal ou humano infectado (lesões, fluidos corporais e gotículas respiratórias), ou ainda com materiais contaminados contendo o vírus. Os sintomas duram de duas a quatro semanas. Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5º Celsius. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de cinco dias. Conforme a febre reduz, as lesões na pele começam a aparecer. A lesão é avermelhada, se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que com o passar dos dias passa a ter o tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta e depois se rompe da pele. Em caso de suspeita, as unidades básicas de saúde (UBSs) e as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes. O diagnóstico deve ser laboratorial.
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Mais dois casos de monkeypox são notificados no DF
A Secretaria de Saúde informa que até as 17h desta segunda-feira (18) recebeu a notificação de um laboratório da rede particular do Distrito Federal de mais dois pacientes que tiveram resultado positivo para monkeypox. As amostras serão encaminhadas para validação junto ao laboratório de referência nacional do Ministério da Saúde. Além desses dois casos, a secretaria registrou mais um caso provável de monkeypox, de um paciente identificado por meio de busca de contatos, que não possui mais lesões viáveis para confirmação laboratorial. Desta forma, somando os casos confirmados pelo laboratório de referência nacional (5), os casos confirmados pelo laboratório privado (6) e o caso identificado por meio de busca de contatos (1), o DF possui 12 casos de monkeypox e 14 casos suspeitos em investigação. A investigação epidemiológica confirmou que já há transmissão comunitária no DF. Os pacientes são de Águas Claras, Ceilândia, Itapoã, Plano Piloto, Park Way, São Sebastião, Vicente Pires e Riacho Fundo II. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Mais cinco pacientes têm resultado positivo para monkeypox
A Secretaria de Saúde informa que, até as 18h desta sexta-feira (15), recebeu a confirmação de mais cinco pacientes que tiveram resultado positivo para monkeypox, sendo quatro de um laboratório da rede particular do Distrito Federal e um do laboratório de referência nacional. As amostras do laboratório particular serão encaminhadas para validação junto ao laboratório de referência nacional do Ministério da Saúde. Desta forma, somando os casos confirmados pelo laboratório de referência nacional (5) e os resultados do laboratório privado (4), o DF tem nove casos diagnosticados de monkeypox. Outros nove casos suspeitos seguem em investigação. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Esclarecimento e prevenção é o melhor caminho contra a monkeypox
A Secretaria de Saúde comunicou nesta terça-feira (12) mais três casos confirmados de monkeypox. Já são quatro registros da doença em todo o Distrito Federal. Todos importados, já que a vigilância epidemiológica não constatou transmissão comunitária. Os pacientes são do sexo masculino, na faixa etária de 20 a 39 anos, estão em isolamento domiciliar, e estão sendo monitorados pela Secretaria de Saúde. Outros três casos de monkeypox estão sendo investigados. A doença não tem, na maioria das vezes, consequências graves. No entanto, o melhor caminho é o esclarecimento e a prevenção. Para orientar, tire as dúvidas sobre a doença a seguir: O que é a monkeypox? É uma zoonose, isto é uma doença de origem animal transmitida para humanos. Trata-se de um vírus infectocontagioso. Por que a doença é chamada de varíola dos macacos? O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958, quando pesquisadores investigavam surto infeccioso em macacos africanos que estavam sendo estudados na Dinamarca, segundo informações da Instituto Oswaldo Cruz. Como é transmitida? A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de pessoa para pessoa está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos. A infecção ainda se dá a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. O vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies. Por quanto tempo uma pessoa pode transmitir a doença? O período de incubação do vírus é em média de cinco a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele. Como se prevenir? É recomendado que evite contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos. Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, estes itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum. Quais são os sintomas? Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5º Celsius. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de cinco dias. Conforme a febre reduz, as lesões na pele começam a aparecer. Inicialmente, é uma lesão avermelhada, que se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que com o passar dos dias, passa a ter o tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta e depois se rompe da pele. Qual é o tempo dos sintomas? As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e natureza das complicações. Qual a aparência das lesões? As lesões na pele são bem características, podem parecer com as manchas de catapora e a de sífilis. O diagnóstico deve ser laboratorial. O diretor da Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, destaca que apenas a presença da lesão não permite um diagnóstico definitivo, tanto para descarte quanto para confirmação do caso. As lesões ficam para sempre? Cicatrizes ou áreas de hipocromia ou hipercromia podem permanecer após a queda das crostas. Uma vez que todas as crostas caíram, a pessoa com monkeypox não é mais contagiosa. As lesões provocam dor? As erupções são inflamações na pele, sendo possível sentir dores localizadas nas lesões. Além disso, a doença pode apresentar inicialmente dor muscular, de cabeça e de garganta. Quais são os locais mais comuns de aparecimento das lesões? É uma doença de lesões com característica centrífuga. Isso significa que as erupções não se localizam no centro no corpo, mas nas extremidades. É comum que apareçam na face, nos membros inferiores e superiores e nas regiões genitais. Também é possível tê-las dentro da boca e até mesmo serem confundidas com aftas. Como é feito o tratamento? Não há tratamento específico para a monkeypox. O manejo clínico deve incluir o tratamento sintomático e de suporte, manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e devem ser orientados a manter as lesões cutâneas limpas e secas. É importante que a pessoa não tente furar nem cutucar a bolha. Qual é o grau de letalidade da doença? Os óbitos são eventos raros nessa doença. De acordo com o epidemiologista Fabiano dos Anjos, os estudos hoje disponíveis são casos registrados em países africanos. Como é feita a comprovação de infecção por monkeypox? Atualmente, há apenas um laboratório em todo o Brasil habilitado para fazer o diagnóstico da doença. Até o momento, não há teste específico nem na rede pública nem na rede privada. Quando uma pessoa apresenta os sintomas, os serviços de saúde precisam comunicar imediatamente a vigilância epidemiológica. Amostras de material biológico das lesões são coletadas para encaminhamento ao laboratório de referência. Há algum perfil de maior risco? Segundo a Organização Mundial da Saúde, a monkeypox não tem associação a nenhum grupo específico e pode atingir qualquer pessoa. Porém o público principal que apresenta maior risco a contaminação é formado por profissionais de saúde. Pessoas que em viagem internacional tiveram algum tipo de contato íntimo com habitantes de países que registraram surto também podem estar mais suscetíveis à contaminação. Caso uma pessoa apresente os sintomas, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação de um profissional da área. Onde procurar atendimento em caso de suspeita? Além das unidades básicas de saúde (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. A rede está uniformizada quanto ao alerta para novos casos. Antes mesmo da confirmação da doença, a Secretaria de Saúde preparou nota técnica orientado os profissionais a como prosseguir em possível caso de monkeypox. O documento pode ser lido na íntegra neste link. A secretaria também monitora os casos suspeitos. Saiba como é feito esse acompanhamento neste link. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Tire suas dúvidas sobre a monkeypox
A monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, ganhou ainda mais destaque na saúde pública do DF após a confirmação de uma pessoa infectada com o vírus. A equipe da Vigilância Epidemiológica monitora o caso e outros quatro suspeitos. Todos em isolamento domiciliar. A doença não tem, na maioria dos casos, consequências graves. No entanto, o melhor caminho é o esclarecimento e a prevenção. Para tirar dúvidas, a Agência Brasília preparou uma série de perguntas e respostas, confira: O que é a monkeypox? É uma zoonose, isto é, uma doença de origem animal transmitida para humanos. Trata-se de um vírus infectocontagioso. [Olho texto=”O período de incubação do vírus é em média de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Por que a doença é chamada de varíola dos macacos? O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958, quando pesquisadores investigavam surto infeccioso em macacos africanos que estavam sendo estudados na Dinamarca, segundo informações do Instituto Oswaldo Cruz. Como é transmitida? A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de pessoa para pessoa está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos. A infecção ainda se dá a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. O vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies. Para se prevenir, é fundamental evitar o contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Por quanto tempo uma pessoa pode transmitir a doença? O período de incubação do vírus é em média de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele. Como se prevenir? É recomendado evitar contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos. Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, esses itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum. [Olho texto=”As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e à natureza das complicações” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quais são os sintomas? Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5º Celsius. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de cinco dias. Conforme a febre reduz, as lesões na pele começam a aparecer. Inicialmente, é uma lesão avermelhada, que se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que com o passar dos dias fica com o tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta, que depois se rompe da pele. Qual é o tempo dos sintomas? As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e à natureza das complicações. Qual a aparências das lesões? As lesões na pele são bem características, podem parecer com as manchas de catapora e de sífilis. O diagnóstico deve ser laboratorial. O diretor da Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, destaca que apenas a presença da lesão não permite um diagnóstico definitivo, tanto para descarte quanto para confirmação do caso. As lesões ficam para sempre? Cicatrizes ou áreas de hipocromia ou hipercromia podem permanecer após a queda das crostas. Uma vez que todas as crostas caíram, a pessoa com monkeypox não é mais contagiosa. [Olho texto=”Os óbitos são eventos raros nessa doença. De acordo com o epidemiologista Fabiano dos Anjos, os estudos hoje disponíveis apontam casos registrados em países africanos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] As lesões provocam dor? As erupções são inflamações na pele, sendo possível sentir dores localizadas nas lesões. Além disso, a doença pode provocar inicialmente dor muscular, de cabeça e de garganta. Quais são os locais mais comuns de aparecimento das lesões? É uma doença de lesões com característica centrífuga. Isso significa que as erupções não se localizam no centro no corpo, mas nas extremidades. É comum que apareçam na face, nos membros inferiores e superiores e nas regiões genitais. Também é possível tê-las dentro da boca e até mesmo serem confundidas com aftas. Como é feito o tratamento? Não há tratamento específico para a monkeypox. O manejo clínico deve incluir o tratamento sintomático e de suporte, manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e devem ser orientados a manter as lesões cutâneas limpas e secas. É importante que a pessoa não tente furar nem cutucar a bolha. Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Qual é o grau de letalidade da doença? Os óbitos são eventos raros nessa doença. De acordo com o epidemiologista Fabiano dos Anjos, os estudos hoje disponíveis apontam casos registrados em países africanos. Como é feita a comprovação de infecção por monkeypox? Atualmente, há apenas um laboratório em todo o Brasil habilitado para fazer o diagnóstico da doença. Até o momento, não há teste específico nem na rede pública nem privada. Quando uma pessoa apresenta os sintomas, os serviços de saúde precisam comunicar imediatamente a Vigilância Epidemiológica. Amostras de material biológico das lesões são coletadas para encaminhamento ao laboratório de referência. [Olho texto=”Até o momento, a Secretaria de Saúde notificou o Ministério da Saúde sobre quatro casos suspeitos e um confirmado de infecção por monkeypox no Distrito Federal” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Há algum perfil de maior risco? Segundo a Organização Mundial da Saúde, a monkeypox não tem associação a nenhum grupo específico e pode atingir qualquer pessoa. Porém o público principal que apresenta maior risco de contaminação é formado por profissionais de saúde. Pessoas que, em viagem internacional, tiveram algum tipo de contato íntimo com habitantes de países que registraram surto também podem estar mais suscetíveis à contaminação. Caso uma pessoa apresente os sintomas, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação de um profissional da área. Qual a situação do monkeypox no DF? Até o momento, a Secretaria de Saúde notificou o Ministério da Saúde sobre quatro casos suspeitos e um confirmado de infecção por monkeypox no Distrito Federal. Todos são do sexo masculino, três têm idade entre 20 e 39 anos e um é adolescente. Eles permanecem isolados e aguardam resultados laboratoriais para confirmação ou descarte do caso. Onde ir em caso de suspeita? Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. A rede está uniformizada quanto ao alerta para novos casos. Antes mesmo da confirmação da doença, a Secretaria de Saúde preparou nota técnica orientado os profissionais a como prosseguir em possível caso de monkeypox. O documento pode ser lido na íntegra neste link. A secretaria também monitora os casos suspeitos. Saiba como é feito esse acompanhamento neste link. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saiba como são monitorados os casos suspeitos de monkeypox no DF
Toda a rede de saúde do Distrito Federal está em alerta com a monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos. O primeiro caso da doença foi confirmado no DF no sábado (2). Para chegar a esse diagnóstico, vários servidores foram envolvidos, desde a notificação dos casos possíveis ao envio para o sequenciamento genético e o tratamento. As amostras colhidas pela Vigilância Epidemiológica são encaminhadas ao Lacen | Foto: Arquivo Agencia Saúde Quando uma pessoa procura as unidades da rede pública com febre e erupções cutâneas, um questionamento é coletado por um profissional de saúde. Após a coleta de dados e o exame clínico, a Vigilância Epidemiológica é comunicada sobre a suspeita de infecção por monkeypox. Segundo Nota Técnica Conjunta nº 3 de 2022, da Secretaria de Saúde, esse comunicado deve ser feito em até 24 horas, além de se informar imediatamente o paciente de que se trata de um caso suspeito. “Orientações para prevenção e controle da monkeypox nos serviços de saúde do DF abrangem profissionais do setor público e privado, civil e militar e em todos os níveis de atenção (primária, ambulatórios, consultórios, clínicas, hospitais, laboratórios, entre outros)”, diz o documento, que pode ser lido na íntegra no site da Secretaria de Saúde. [Olho texto=”“A Vigilância Epidemiológica detecta, notifica e investiga os casos suspeitos e de seus contatos para o risco de disseminação viral e para interrupção das cadeias de transmissão na ocorrência de surtos”” assinatura=”Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Notificação A partir da identificação de um caso suspeito de monkeypox no serviço de saúde, a Secretaria de Saúde inicia a identificação e o rastreamento de possíveis contatos. O objetivo é estabelecer as medidas necessárias de prevenção da disseminação do vírus para outras pessoas. “A Vigilância Epidemiológica detecta, notifica e investiga os casos suspeitos e de seus contatos para o risco de disseminação viral e para interrupção das cadeias de transmissão na ocorrência de surtos”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins. “Desta forma, vamos compreender melhor a epidemiologia da doença para subsidiar a implementação das ações de saúde pública no Distrito Federal”, completa. O epidemiologista reforça que os possíveis contatos também são monitorados com o objetivo de identificar de forma precoce e oportuna os sinais e os sintomas para que se interrompa rapidamente as cadeias de transmissão. Investigação Com as informações de casos suspeitos, o trabalho da Vigilância Epidemiológica envolve a investigação da situação, com levantamento de dados, como entrevista telefônica, visita domiciliar, revisão de prontuários, exames, laudos e outros documentos. Além das UBSs, as UPAs estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Um dos objetivos principais da investigação é identificar a provável fonte de infecção e a detecção de novos casos. Para isso, também é necessário levantar informações sobre viagens, exposições e contatos que o paciente apresentou no período provável de exposição ao vírus. Esse intervalo é de até 21 dias antes do início dos sinais e sintomas, considerando o período de incubação da doença. A investigação epidemiológica vai ser feita pelas equipes de saúde da família com supervisão dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NVEPI) das regiões, segundo o local de residência do caso suspeito. “A partir de uma relação próxima da Vigilância Epidemiológica, a Atenção Primária consegue atuar o mais precoce possível”, acrescenta o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno. O DF conta com 611 equipes de saúde da família, sendo 6.992 profissionais lotados em 675 unidades básicas de saúde (UBS). Atendimentos O diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, ressalta que os pacientes suspeitos são orientados a manter o isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões. Caso haja piora do quadro geral, devem procurar atendimento após contato prévio com sua unidade de saúde de referência. [Olho texto=”Os pacientes suspeitos são orientados a manter o isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões. Caso haja piora do quadro geral, devem procurar atendimento após contato prévio com sua unidade de saúde de referência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Pode ser UPA ou UBS, o importante é evitar se deslocar muito para não correr o risco de disseminar a doença”, afirma Martins. Ele também destaca que, até o momento, o DF não tem casos de transmissão comunitária da doença. Segundo o diretor, estando em bom estado geral, sem indicação de internação hospitalar, o paciente deverá aguardar o resultado do exame em isolamento domiciliar. As amostras colhidas pela epidemiologia são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A confirmação diagnóstica se dá por testes moleculares (RT-PCR – como os de covid-19), que detectam sequências específicas do vírus em amostras do paciente. “Como nosso Lacen não tem o sequenciamento genético, esse exame é encaminhado ao Ministério da Saúde, que envia as amostras para exames no Rio de Janeiro”, explica Martins. Quanto aos cuidados com o paciente, ele esclarece que a orientação clínica é voltada ao alívio dos sintomas, gerenciamento de possíveis complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber hidratação e alimentos para manter o estado nutricional adequado. [Olho texto=” “Temos os EPIs necessários e plena capacidade de receber e conduzir os casos identificados e suspeitos de varíola dos macacos”” assinatura=”Nestor Miranda Júnior, diretor de Atenção à Saúde do Iges-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] UPAS Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. A rede está uniformizada quanto ao alerta para novos casos. “A Nota Técnica da Secretaria de Saúde é muito completa, já foi distribuída e encontra-se em prática nas emergências das unidades”, explica o diretor de Atenção à Saúde do Iges-DF, Nestor Miranda Júnior. Segundo ele, as UPAs 24 horas e os hospitais de Base de Brasília e Regional de Santa Maria estão prontos. “Temos os EPIs necessários e plena capacidade de receber e conduzir os casos identificados e suspeitos de varíola dos macacos”, destaca. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Conheça a monkeypox e previna-se
O primeiro caso de monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, foi confirmado no Distrito Federal. Trata-se de uma doença viral em que a transmissão pode ocorrer por meio do contato com o animal ou com o humano infectado. [Olho texto=”“O vírus entra no organismo por meio principalmente do contato com as lesões. Independentemente do tipo de lesão, pois todas as formas são potencialmente transmissíveis”” assinatura=”Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica” esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar do nome, é importante destacar que os macacos não são reservatórios do vírus da varíola. Isto é, os animais são tão contaminados quanto os humanos, não sendo os responsáveis pelo vírus. Conheça os cuidados necessários para se proteger da monkeypox. A transmissão entre humanos pode ocorrer com o contato direto com secreções respiratória, lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A infecção também se dá a partir do contato com superfície e/ou objetos recentemente contaminados. “O vírus entra no organismo por meio principalmente do contato com as lesões. Independentemente do tipo de lesão, pois todas as formas são potencialmente transmissíveis”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins. Ele reforça que a transmissão também pode ser por fluidos corporais. “Por exemplo, secreção respiratória de uma pessoa infectada, transmissão respiratória, no caso por gotículas. Pode acontecer a partir de contato próximo e prolongado ou mucosas, como dos olhos, nariz ou boca”, detalha. A higienização frequente das mãos é uma importante aliada na prevenção: vírus sobrevive por até 90 horas em superfícies | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Segundo o epidemiologista, o vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies. Portanto, é recomendado que as pessoas tomem alguns cuidados, como evitar contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar as mãos. Fabiano Martins destaca que a rede pública de saúde do DF está preparada para cuidar da doença e segue acompanhando casos suspeitos. “A Secretaria de Saúde faz o monitoramento de possíveis contatos para acompanhar a situação epidemiológica”, alerta. [Olho texto=”“As unidades estão preparadas para receber e conduzir todos os casos clínicos e suspeitos inicialmente. Então, todos os serviços vão receber as pessoas”” assinatura=”Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sintomas Os principais sintomas são febre e erupção cutânea, mas as pessoas também podem apresentar calafrios e linfadenopatia – inchaço em pequenas glândulas, especialmente em regiões perto do pescoço. No caso desses sintomas, a pessoa deve procurar unidades ambulatoriais e de pronto atendimento. “As unidades estão preparadas para receber e conduzir todos os casos clínicos e suspeitos inicialmente. Então, todos os serviços vão receber as pessoas”, afirma Martins. O epidemiologista indica que a retaguarda hospitalar será apenas para os casos que efetivamente evoluírem para maior gravidade. Segundo Martins, o período de incubação da monkeypox varia de seis a 13 dias. “Esse é o tempo que leva para aparecerem os primeiros sintomas”. Ele ressalta que os sintomas do vírus podem durar de duas a quatro semanas. Isolamento A pessoa suspeita deve ficar em isolamento com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso circule na casa com outros moradores, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz. É importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, usar toalhas de papel descartável para secá-las. Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, estes itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum. No DF No último sábado (2), o Ministério da Saúde confirmou a infecção por monkeypox no DF. Trata-se de um homem, de 30 a 39 anos, com histórico de viagem internacional recente. Ele está em isolamento domiciliar e segue sendo monitorado pelas equipes de vigilância epidemiológica. O Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) também monitora um segundo caso ainda suspeito da doença. Essa pessoa está em isolamento domiciliar esperando o resultado do exame que vai confirmar ou descartar a contaminação pela doença. O serviço de vigilância faz o acompanhamento diário do estado de saúde dos pacientes. Ambos passam bem e estão em isolamento domiciliar. No Brasil O Ministério da Saúde confirmou, em 9 de junho de 2022, o primeiro caso de monkeypox no Brasil, em um morador de São Paulo. Ainda assim, a orientação é que pessoas de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, tenham apresentado início de erupção cutânea, única ou múltipla, de monkeypox, em qualquer parte do corpo ou febre sejam avaliadas como casos suspeitos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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