GDF lança 4ª edição do projeto “Mulher, Não se Cale!” para conscientizar sobre violência contra mulheres
Raimunda da Silva, moradora de Samambaia Sul, pegou o metrô para ir à Asa Sul e se deparou com uma movimentação diferente na Estação Galeria. Curiosa, quis saber o que estava acontecendo e acabou participando do lançamento da 4ª edição do projeto “Mulher, Não se Cale!”. “A partir do momento em que uma mulher me entregou o panfleto, eu percebi que era sobre violência contra mulheres. Eu sou analfabeta, mas consegui entender a mensagem pelo símbolo. Essa ação é maravilhosa, porque muitas mulheres vivem situações difíceis e se calam. Temos que nos valorizar e falar, e aqui temos um ponto de apoio com informações, banners e até massagem”, disse Raimunda. Raimunda da Silva, moradora de Samambaia Sul, participou da 4ª edição do projeto | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O lançamento desta 4ª edição do projeto foi realizado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher do DF, em parceria com o Instituto Inside e com apoio do Metrô-DF, na Estação Galeria."O projeto reforça que o enfrentamento à violência de gênero não é uma responsabilidade isolada, mas uma causa coletiva que exige o engajamento de toda a sociedade. O poder público tem o dever de acolher as vítimas, promover a conscientização da população e trabalhar por um futuro com dignidade e segurança para todas as mulheres", afirmou a vice-governadora Celina Leão. "O projeto reforça que o enfrentamento à violência de gênero não é uma responsabilidade isolada, mas uma causa coletiva que exige o engajamento de toda a sociedade. O poder público tem o dever de acolher as vítimas, promover a conscientização da população e trabalhar por um futuro com dignidade e segurança para todas as mulheres" Vice-governadora Celina Leão Direitos garantidos O “Mulher, Não se Cale!” é uma campanha de conscientização sobre o combate às diversas formas de violência praticadas contra as mulheres. O objetivo é orientar, apoiar e ampliar o debate sobre a importância desse tema junto à sociedade, alcançando o público no dia a dia. A 4ª edição tem previsão de alcançar mais de 590 mil pessoas até o dia 8 de janeiro de 2026. “Nós estamos chegando até as mulheres, e nada melhor que esse espaço democrático, que é o metrô, onde circulam milhares de pessoas. Nesta edição, estamos inovando: além de levar a informação, também oferecemos serviços. Aqui, as mulheres terão alguns instantes para cuidar da beleza para que possam recuperar a autoestima”, disse a secretária da Mulher, Gisele Ferreira. As ações são divididas em três frentes: a primeira é a campanha educativa, que circula por oito estações estratégicas do metrô, como Taguatinga Sul, Shopping e Samambaia Sul, com cartazes, banners e adesivos, incluindo os trens. A segunda frente é o estande itinerante, que percorrerá dez estações até 18 de outubro, distribuindo materiais informativos e promovendo a mobilização social. A terceira frente é o estande da beleza, que é fixo e oferecerá serviços gratuitos de maquiagem, massagem e orientações sobre canais de denúncia, passando pelas estações Galeria, Praça do Relógio e Ceilândia Centro. “A gente recebe mais de 130 mil pessoas por dia nas estações do metrô. Por isso, a campanha estar presente no dia a dia é fundamental. Nós estamos levando para as mulheres essa possibilidade de ajuda. Pode ser que uma mulher que foi vítima de violência não pare aqui hoje. Mas ela vai passar de novo por aqui e vai parar outro dia”, afirmou Letícia Divina, gerente de projetos especiais do Metrô-DF. Giselle Ferreira, secretária da Mulher: “Nós estamos chegando até as mulheres, e nada melhor que esse espaço democrático, que é o metrô, onde circulam milhares de pessoas. Nesta edição, estamos inovando: além de levar a informação, também oferecemos serviços. Aqui, as mulheres terão alguns instantes para cuidar da beleza para que possam recuperar a autoestima” O presidente do Metrô, Handerson Cabral Ribeiro, destacou ainda que o primeiro carro é exclusivo para mulheres desde 2013 e que todas as estações têm salas de supervisão operacional, onde mulheres são atendidas em casos de importunação, com encaminhamento legal quando necessário. “Quem já utilizou o metrô e esse carro exclusivo sabe como ele oferece mais conforto e segurança. Quem já precisou acionar o corpo de segurança do metrô, que está sempre presente nas estações, ou enviar uma denúncia pelo WhatsApp, sabe que agimos rapidamente. Além disso, todas as campanhas do metrô sobre assédio nos vagões buscam combater esse tipo de violência”, ressaltou o presidente. Sinais de alerta Segundo a Lei nº 11.340/2006, a violência doméstica contra a mulher pode se manifestar de várias formas. A violência sexual acontece quando a vítima é forçada ou pressionada a ter relação sexual sem querer. A violência física inclui bater, empurrar, cortar, puxar o cabelo ou atirar objetos. A violência patrimonial ocorre quando bens da vítima são retidos, destruídos ou roubados. A violência psicológica envolve intimidar, constranger, manipular ou explorar. Já a violência moral se dá quando a mulher é caluniada, difamada ou vítima de injúria. Se você está passando por uma situação de violência, denuncie por meio do 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar), 156 opção 6 (Central 156 do GDF), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e Maria da Penha Online. Confira, abaixo, os espaços especializados em atendimento psicológico à mulher disponíveis no DF: ⇒ Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher, da PCDF; ⇒ Programa Direito Delas, da Secretaria de Justiça e Cidadania; ⇒ Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia; ⇒ Centro de Referência da Mulher Brasileira; ⇒ Centro Especializado de Atendimento à Mulher; ⇒ Espaços Acolher, vinculados à Secretaria da Mulher.
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Primeiro Encontro Conexão destaca ações do GDF para fortalecer a empregabilidade feminina
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) promoveu o 1º Encontro Conexão com Empregabilidade Feminina – 2025, com representantes de diversos órgãos públicos, para dialogar sobre as parcerias que ampliem as oportunidades de emprego para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. O evento ocorreu no auditório do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), na tarde de quinta-feira (21). A iniciativa está baseada no Decreto nº 11.430/23 que determina que, nas contratações feitas por órgãos públicos, deve ser reservado um percentual mínimo de vagas para mulheres. Além disso, empresas que adotam ações de igualdade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho ganham pontos extras em casos de empate em processos de licitação. Evento ocorreu no auditório do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) | Fotos: Henrique Araújo/SMDF Essa política tem sido colocada em prática por meio de Acordos de Cooperação Técnica firmados entre a SMDF e instituições dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com o objetivo de promover a inclusão social e econômica dessas mulheres. A Secretaria da Mulher tem atuado com instrumentos inovadores de inclusão produtiva, ampliando oportunidades para mulheres em situação de vulnerabilidade. Até o momento, 11 Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) já foram firmados com diversas instituições, como o Senado Federal, a Câmara Legislativa, o Ministério da Gestão e da Inovação e o Supremo Tribunal Federal. Por meio dessas parcerias, 250 mulheres são atendidas neste momento e inseridas em programas de empregabilidade. O evento contou com a presença de representantes de órgãos como a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Justiça, o Ministério das Comunicações, a Procuradoria-Geral do Trabalho, além de inúmeros outros parceiros estratégicos. Encontro contou com a presença de representantes de órgãos como a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Justiça, o Ministério das Comunicações, a Procuradoria-Geral do Trabalho, além de inúmeros outros parceiros estratégicos A secretária da Mulher do Distrito Federal, Giselle Ferreira, foi a responsável pela abertura do encontro, destacando a importância do fortalecimento das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres e da promoção da equidade de gênero no mercado de trabalho. Giselle enfatizou que os ACTs celebrados com os diversos órgãos são instrumentos fundamentais para garantir o acesso de mulheres vítimas de violência ao emprego formal. [LEIA_TAMBEM]Durante sua fala, a secretária apresentou as principais ações da SMDF, como a manutenção de equipamentos públicos essenciais ao acolhimento e proteção das mulheres, entre eles: Casa Abrigo, Casa da Mulher Brasileira, Espaço Acolher e Empreende Mais Mulheres. O evento também contou com palestras técnicas de colaboradoras da secretaria. Paloma Fernandes, psicóloga da SMDF, abordou o tema do enfrentamento à violência contra as mulheres, enquanto Lídia Alcantara, da Assessoria Especial para a Empregabilidade da Mulher, da SMDF, apresentou o fluxo de empregabilidade estruturado pela SMDF para garantir a inserção qualificada das mulheres atendidas. O encontro promoveu um rico diálogo entre os participantes e reforçou o compromisso coletivo com a transformação da realidade de centenas de mulheres do Distrito Federal. “Vocês estão fazendo parte da virada de chave na vida de várias mulheres”, destacou Giselle, agradecendo o empenho dos parceiros que já firmaram acordos de cooperação técnica. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Mulheres que transformam o campo: A força feminina do agronegócio do Distrito Federal
O Distrito Federal tem 70% do território classificado como área rural. Desse percentual, 178,5 mil hectares são destinados exclusivamente à produção agrícola, que encontra, na capital do país, um cenário rentável e de constante expansão. Prova disso é que, no ano passado, o agronegócio movimentou expressivos R$ 6 bilhões em valor bruto. Neste contexto, uma parte fundamental do sucesso da atividade em solo brasiliense decorre do empenho e da força de trabalho das produtoras rurais. À medida que o agronegócio cresce no DF, aumenta também a participação de mulheres no cotidiano das atividades rurais em cooperativas, parcerias familiares ou até mesmo à frente das propriedades, redefinindo o cenário da produção agrícola. Elas têm até data comemorativa: nesta terça-feira (15), celebra-se 0 Dia Internacional da Mulher Rural. Contam também com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), que fomenta a qualificação e capacitação dessas produtoras. No Distrito Federal, das cerca de 18 mil propriedades rurais atendidas pela Emater-DF, 5.384 estão cadastradas em nome de mulheres, como proprietárias ou coproprietárias. Por meio de consultorias técnicas, cursos de empreendedorismo ou orientações sobre boas práticas agrícolas, a Emater tem sido uma parceira essencial no fortalecimento da atuação feminina no agronegócio. Graças a esse suporte, as mulheres rurais têm ampliado seu conhecimento, aprimorado as técnicas de produção e impulsionado o crescimento econômico da atividade. Hoje, dos quase 30 mil produtores rurais cadastrados na Emater, 9.399 são mulheres, representando 31,6% do total. “As mulheres estão assumindo funções de liderança no processo decisório das propriedades. É impressionante como a atuação delas têm crescido, evoluído e como elas se empoderam ao participar dos eventos que nós organizamos”, destaca o extensionista rural da Emater Carlos Antônio Banci, lotado no Núcleo Rural Taquara. Independência “As mulheres vêm se destacando e trabalhando em parceria com os maridos. É um ganho muito grande para as produções; não é concorrência, mas uma oportunidade de melhorar a renda”, diz a líder comunitária Jane Batista Na comunidade rural de Taquara, a força delas é ainda mais evidente. Jane Batista é uma liderança comunitária local e trabalha na ampliação de políticas públicas. “Aqui, mais de 90% da população é formada por mulheres, e metade delas está na linha de frente da produção. Antigamente, o homem tomava as decisões, mas agora as mulheres têm o próprio espaço e estão fazendo a diferença”, explica. “As mulheres vêm se destacando e trabalhando em parceria com os maridos. É um ganho muito grande para as produções; não é concorrência, mas uma oportunidade de melhorar a renda. Elas também conseguem administrar melhor o dinheiro e os gastos, tirando um pouco esse peso do marido – esse era outro grande dilema, essa história de o homem ser o provedor. Isso está mudando na nossa região”, prossegue Jane. A produtora rural Ana Paula Santos Cruz: “Trabalho com isso desde pequena” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Foi dessa parceria que surgiu o interesse da produtora rural Ana Paula Santos Cruz pelo agronegócio. “Trabalho com isso desde pequena, mas, quando casei, queria algo que fosse só meu, sem deixar de lado o trabalho com meu marido”, conta. “Mais do que isso, é uma forma de estar todos os dias próximo dos meus filhos e em contato com a natureza. Aqui, trabalho em casa, junto da minha família e para mim é uma das maiores vantagens dessa profissão”. Ana Paula, que começou cultivando minirrosas e suculentas, agora foca culturas de maior demanda, como tomate e maracujá, além de contribuir nas atividades de ordenha e fabricação de queijos. “A Emater nos ajuda em tudo, desde a escolha do melhor agrotóxico para usarmos na produção e no planejamento até o cultivo e o manejo de doenças nas plantas”, relata.
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GDF de Ponto a Ponto: ‘Precisamos democratizar os espaços públicos de apoio a elas’, diz secretária da Mulher
As principais ações do Governo do Distrito Federal (GDF) para as mulheres foram o tema da edição desta quinta-feira (18) do podcast GDF de Ponto a Ponto, que contou com a presença da secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Durante a entrevista, a titular da pasta destacou o trabalho do governo para apoiar as vítimas de violência doméstica, com a implantação de novos equipamentos públicos de acolhimento, criação de auxílios financeiros, investimento em capacitação profissional e mudança de protocolos para prevenir e coibir casos de feminicídio. “O mal do feminicídio não acaba com a morte da mulher, ele permanece e destroça as famílias; por isso fizemos um programa para acolher os órfãos”, afirma Giselle Ferreira | Foto: Agência Brasília Ofertar espaços seguros para as mulheres tem sido uma das prioridades do governo. Estão em construção quatro novas sedes da Casa da Mulher Brasileira (CMB) – local destinado atendimento, alojamento e capacitação de mulheres vítimas de violência – em Sobradinho II, Recanto das Emas, Sol Nascente/Pôr do Sol e São Sebastião, com investimento de R$ 8,8 milhões, e foram inaugurados os dois primeiros comitês de proteção à mulher, em Ceilândia e no Itapoã, de um total de sete unidades a serem lançadas nas administrações regionais do DF. Atendimento ampliado “Precisamos democratizar os espaços públicos de apoio à mulher”, afirmou Giselle Ferreira. “A Casa da Mulher Brasileira é um exemplo disso. É um espaço em que oferecemos serviços e capacitação. Hoje temos uma unidade em Ceilândia e estávamos sentindo falta de atender as regiões Norte e Sul. Também criamos um novo espaço e uma nova política com o Comitê de Proteção às Mulheres. É um espaço por meio do qual estamos dentro das administrações regionais nos aproximando mais da comunidade, porque a administração é o ponto-chave do governo nas cidades.” A secretária lembrou ainda que, nesta gestão, implantou o Espaço Acolher em substituição aos antigos núcleos de atendimento à família e ao autor de violência doméstica (NAFAVDs). São unidades disponíveis no Plano Piloto, Brazlândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Santa Maria, Sobradinho, Samambaia e Ceilândia com atendimento multidisciplinar para homens e mulheres envolvidos em situações de violência doméstica tipificadas pela Lei Maria da Penha. Além disso, equipes da Secretaria da Mulher (SMDF) têm ido até as regiões administrativas com o programa Mulher nas Cidades, que disponibiliza serviços básicos e gratuitos nas áreas de promoção de saúde, desenvolvimento social, econômico e trabalho, justiça, educação, cultura e economia criativa, qualidade de vida, bem-estar e cidadania. Treze cidades já foram beneficiadas. Benefício social e autonomia econômica “O GDF tem investido e se comprometido com a empregabilidade e autonomia econômica das mulheres para que elas possam empreender ou entrar no mercado de trabalho” Essas ações são resultado da força-tarefa do GDF contra o feminicídio, que, lançada no ano passado, tem norteado as principais medidas do governo em relação à pauta feminina. Pioneiro, o DF criou os programas Acolher Eles e Elas, que concede um salário mínimo aos órfãos do feminicídio, e Aluguel Social, uma assistência financeira temporária e complementar para vítimas de violência doméstica em situação de extrema vulnerabilidade. “O mal do feminicídio não acaba com a morte da mulher, ele permanece e destroça as famílias; por isso fizemos um programa para acolher os órfãos”, detalhou Giselle. “O DF é a única unidade da Federação que preconiza o auxílio por criança. Concedemos um salário mínimo para cada criança da família.” A titular da SMDF contou também que o programa tem atuado para acolher as crianças oferecendo apoio psicológico, social e lazer: “Estamos fazendo diversas ações, como passeios com as crianças. Temos acolhido essas crianças para que elas possam virar essa página e ter uma dignidade”. Os benefícios podem ser solicitados por meio dos telefones 3330-3105 e 3330-3118. Apoio do governo Segundo a secretária, esses benefícios são uma forma de o governo apoiar as famílias e as vítimas para que elas, de fato, possam sair do ciclo de violência no qual foram inseridas. “A gente quer muito que essas mulheres não precisem do auxílio, mas vamos dar o apoio”, reforçou a secretária. “Se existe o problema, nós vamos ajudar, e queremos ajudá-las também na porta de saída”. A autonomia econômica é um dos fatores primordiais para essa mudança. A pasta tem firmado acordos de cooperação técnica para a reserva de 3% a 8% das vagas em empresas terceirizadas para mulheres vítimas de violência e ofertado cursos de capacitação profissional nos equipamentos públicos do GDF, como a Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia. Giselle Ferreira reforçou: “O conhecimento transforma e faz com que a mulher tenha autoestima. O GDF tem investido e se comprometido com a empregabilidade e autonomia econômica das mulheres para que elas possam empreender ou entrar no mercado de trabalho”. Combate à violência “Só vamos mudar a sociedade quando criarmos meninas e meninas do mesmo jeito” Após uma alta dos crimes de feminicídio no ano passado, neste ano o DF apresentou redução de 63% nos casos. A queda nas ocorrências é fruto de um esforço conjunto do governo por meio da força-tarefa, como a mudança do protocolo de proteção às mulheres. Agora, sem necessidade de decisão judicial, as vítimas conseguem solicitar, nas delegacias especiais de Atendimento à Mulher (Deam I e II), na Asa Sul e em Ceilândia, os mecanismos de acionamento remoto de socorro e monitoramento dos agressores: Viva Flor e o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP). “Temos feito de tudo para zerar e incentivar cada vez mais a denúncia”, disse a secretária. “Nós diminuímos o número de feminicídio, mas não diminuímos as tentativas, só que elas não estão se concretizando porque estamos envolvendo toda a sociedade na luta.” O DF conta com diversos mecanismos de denúncia de casos de violência doméstica, pelos telefone 180 e 9610-0180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar), 197 opção 0 e 98626-1197 (Polícia Civil), 129, opção 2 (Defensoria Pública). “A minha missão é fazer a prevenção em parceria com várias secretarias” A mobilização da população ocorre por meio das campanhas de identificação de violência promovidas pela Secretaria da Mulher e em parceria com o terceiro setor, como o banco vermelho – uma estrutura que, após ser instalada na Praça do Buriti, circulará pela cidade conscientizando sobre a mudança de cultura e informando sobre os canais de ajuda para as vítimas de violência. “A Secretaria da Mulher surgiu justamente para trabalhar a prevenção, porque, quando acontece a violência, a Secretaria de Segurança Pública e as polícias têm feito o seu papel de repressão”, ressaltou Giselle. “Todos os que cometeram feminicídio no DF estão presos ou mortos. A repressão acontece. A minha missão é fazer a prevenção em parceria com várias secretarias. Só vamos mudar a sociedade quando criarmos meninas e meninas do mesmo jeito.”
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Mulheres do GDF são destaque em evento promovido pela Casa Militar
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Iniciativa voltada para mulheres leva cidadania e acolhimento ao Paranoá
Na manhã desta segunda-feira (18), a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) realizou a ação Empodere-se, Mulher, na Administração Regional do Paranoá, como parte da programação do calendário Março Mais Mulher. Contando com a participação de cerca de 250 pessoas, o evento levou informação e acolhimento para o público feminino. O objetivo central foi promover a troca de ideias entre os temas abordados nas palestras, incentivando a interação entre as mulheres | Fotos: Vinicius de Melo/SMDF O encontro proporcionou café da manhã, palestras enriquecedoras, espaço cultural, beleza e distribuição de kits para as participantes. O objetivo central foi promover a troca de ideias entre os temas abordados nas palestras, incentivando a interação entre as mulheres. Para a subsecretária de Proteção à Mulher, Luana Maia, essa ação traz esperança e empoderamento para as mulheres da comunidade, além de fornecer um acolhimento importante. “Nossa maior vontade é apresentar para essas mulheres os diversos novos caminhos que elas podem seguir. Entender o contexto em que vivem e mostrar que há, sim, esperança, oportunidades novas e a quem recorrer quando precisarem”, afirmou. A região norte será a primeira a receber um Comitê de Proteção à Mulher Ponto de proteção A região norte será a primeira a receber um Comitê de Proteção à Mulher. O local, que será inaugurado na próxima sexta-feira (22), na Administração Regional do Itapoã, vai criar uma ponte entre as mulheres em situação de vulnerabilidade e os programas e projetos realizados pela Secretaria da Mulher e incentivar as denúncias. Maria Francisca, moradora do Paranoá, expressou felicidade com a inauguração da primeira unidade no Itapoã. “Vai ser muito importante para nós ficarmos informadas de todos os nossos direitos sobre o feminicídio, para acabar com a violência e o machismo. Somos mulheres vencedoras, capazes de tudo e empoderadas, e eu só tenho a agradecer”, concluiu Maria. Serviço Inauguração do Comitê de Proteção à Mulher Data: 22 de março (sexta-feira) Horário: 10h Local: Administração Regional do Itapoã, localizada na Quadra 378 A/E 04 Conj A – Itapoã, Brasília *Com informações da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF)
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Projeto trabalha autoestima de mulheres em Planaltina
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Casa Flor amplia capacidade de acolhimento a mulheres em vulnerabilidade
Consolidada como serviço de acolhimento institucional para mulheres, a Casa Flor, em Taguatinga Sul, ampliou de 35 para 41 a quantidade de vagas na unidade. Para poder receber mais moradoras e melhorar o atendimento às que já se encontram lá, o local passou por uma profunda manutenção de quase nove meses. O objetivo foi levar mais conforto, comodidade e bem-estar às assistidas. Atendimento às mulheres está mantido durante os trabalhos de reforma executados na unidade de assistência | Foto: Divulgação/Sedes “A Casa Flor é uma referência no acolhimento a mulheres e idosas”, ressalta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Além disso, há o atendimento de pessoas trans, respeitando todas as suas particularidades. A unidade está localizada próxima a um Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] e inserida na comunidade da região, como tem que ser.” Fases da obra [Olho texto=”Segunda etapa dos trabalhos abrange manutenção da lavanderia e da cozinha, além da troca do quadro de energia e da readequação da área administrativa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] As intervenções foram divididas em duas etapas para que não houvesse a necessidade de retirar as moradoras do espaço. Já foram concluídos, entre outros trabalhos, a correção de toda parte elétrica interna e dos quadros de distribuição e das tubulações de esgoto dos banheiros, além da substituição de todas as luminárias internas, portas de acesso aos dormitórios e cerâmicas dos banheiros. Também foram finalizadas a pintura geral da área dos quartos, a reforma do jardim e a colocação do pergolado para atividades de convivência. Na segunda etapa, já iniciada, as equipes vão cuidar da readequação da área administrativa, da manutenção da lavanderia e da cozinha e da troca do quadro geral de energia. “Parece uma casa nova”, comentou uma das mulheres assistidas. “Eu estou aqui há alguns meses e, a cada dia, mais me sinto em um lar de verdade”. Manutenção predial Em outubro de 2022, a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) contratou três empresas para a prestação de serviços de manutenção predial nos mais de 100 imóveis da pasta, entre unidades do Creas e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), restaurantes comunitários, centros de convivência e centros Pop. [Numeralha titulo_grande=”R$ 25,7 milhões ” texto=”Soma do valor dos contratos de manutenção predial dos mais de 100 imóveis da Sedes destinados a serviços sociais” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O valor dos contratos, com vigência de 12 meses, soma R$ 25.725.918,98 – cerca de R$ 2,1 milhões a menos em relação à estimativa inicial de preço. De acordo com o estabelecido na licitação, as empresas contratadas vão oferecer peças, equipamentos, materiais e mão de obra para conserto, instalação, conservação, reparação, demolição e adaptação nos imóveis. Lançado em 2020, o edital, após procedimentos internos, esteve sob análise do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). A liberação apenas foi possível devido à articulação da atual gestão da Sedes, que ressaltou a urgência dos serviços prediais nas unidades socioassistenciais com o objetivo de oferecer um ambiente melhor para os servidores e as famílias assistidas. Reformas Em junho deste ano, foi entregue o primeiro trabalho, no Cras Paranoá. A estrutura do prédio ganhou pintura nova, modernização da parte elétrica, instalação de lâmpadas LED, troca do forro do teto e da caixa-d’água, mobiliário novo e adaptação para acessibilidade. Para permitir a passagem de cadeirantes, uma rampa com corrimão foi construída na entrada da unidade, e as portas aumentaram de largura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em agosto, foi a vez do Centro Pop Brasília. O local passou por intervenções nos banheiros feminino e masculino, lavanderia e área dos varais, além de repintura das paredes externas, alteração de layout e adequação das salas de atendimento, entre outros. A terceira unidade entregue é a casa de passagem Saim (Serviço de Acolhimento Institucional para Mulheres), popularmente conhecida como Casa Flor. Fundada em 2008, o local acolhe mulheres adultas e idosas em situação de rua, violência ou extrema vulnerabilidade, que são acompanhadas por assistentes sociais, psicólogos, agentes sociais e cuidadores. Elas podem ficar na unidade por até três meses, renováveis por igual período, e, em determinados casos, enquanto perdurar a necessidade de acolhimento. Pessoas trans, que em situação de vulnerabilidade também são atendidas na Casa Flor, contam com quartos exclusivos. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF
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Webinário sobre saúde mental da mulher está disponível para visualização
Realizado nessa terça-feira (28), o webinário Saúde mental da mulher – comportamentos e atitudes saudáveis encontra-se disponível no canal da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad) no YouTube. A live compõe ações da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SubSaúde), voltadas à valorização das servidoras do Governo do Distrito Federal (GDF). Além do conteúdo referente ao encontro virtual de terça, mais um webinário será realizado na quinta (30), dentro do mesmo tema | Arte: Seplad A importância de celebrar a mulher e de discutir as questões de saúde no universo feminino foi destacada logo no início do seminário, pela subsecretária de Segurança e Saúde no Trabalho, Ana Paula Delgado: “Nosso dia é todo dia. Estamos cada vez mais representadas no ambiente de trabalho, inclusive em cargos de alta gestão, porém nossa jornada é dupla, é tripla, e isso acarreta acometimentos na saúde, sendo importante tratarmos dessa temática”. [Olho texto=”“Precisamos compreender que esse excesso de carga colocada sobre os ombros das mulheres prejudica a saúde delas” ” assinatura=”Jacqueline Ferraz, psicóloga ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Responsável pela apresentação, a psicóloga da Gerência de Saúde Mental Jacqueline Ferraz levantou temáticas como o preconceito contra a mulher, respeito à saúde mental e importância das lutas pelos direitos das mulheres. “É preciso refletir acerca disso tudo de maneira mais aprofundada para que possamos, de fato, implementar comportamentos que favoreçam uma vivência saudável para todas nós mulheres”, afirmou. Sobrecarga Ela também trouxe debates acerca dos fatores de risco à saúde devido à sobrecarga diária de atribuições que as mulheres carregam. “Precisamos compreender que esse excesso de carga colocada sobre os ombros das mulheres prejudica a saúde delas”, ressaltou. “É um relevantíssimo fator de risco, que vai gerar maior probabilidade de adoecimentos no campo mental e comportamental, especialmente depressão e ansiedade”. O coordenador de Promoção à Saúde e Segurança no Trabalho do Servidor, Tiago Neiva, também participou do webinário e ponderou sobre as disparidades entre homens e mulheres. “No aspecto da saúde mental, as mulheres são acometidas [por problemas] numa proporção muito maior do que os homens – a proporção é de um homem para oito mulheres”, enumerou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Próximo webinário Dividida em dois encontros, a ação sobre qualidade de vida promoverá nesta quinta-feira (30), um último webinário sobre a saúde física, com a ginecologista e obstetra Natalee Sereno Tomé. Serão abordados os cuidados preventivos essenciais, com o objetivo de orientar, acolher e auxiliar na prevenção de doenças. Para assistir, basta acessar o canal da Seplad no YouTube e acompanhar a transmissão ao vivo, a partir das 14h. *Com informações da Seplad
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Comitê de combate ao feminicídio define primeiras ações
Expandir para outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) o programa Maria da Penha vai à escola, fazer campanhas publicitárias para o combate à violência contra a mulher e dar prioridade aos cursos de capacitação àquelas que sofrem violência foram algumas das ações definidas na primeira reunião do Comitê de Combate ao Feminicídio, realizada nesta quinta-feira (9), no Palácio do Buriti. “Essa política deve ser por meio de um enfrentamento contínuo. Nós sabemos que o resultado não será da noite para o dia, porque será preciso mudar a cultura, todo um sistema, mas acho que vamos conseguir com a união de todos esses órgãos e entidades que estão aqui”, afirmou a secretária da Mulher, Gisele Ferreira. A secretária enfatizou a necessidade de uma rápida resposta à sociedade, uma vez que, desde o início deste ano, já ocorreu no DF um crime de feminicídio a cada semana. A governadora em exercício Celina Leão externou sua preocupação com os filhos das mulheres assassinadas, sobretudo os menores, que de uma hora para outra ficam sem pai e sem mãe e, muitas vezes, vão parar em abrigos. “A igualdade estabelecida pela Constituição não há na sociedade”, frisou. A governadora ressaltou, ainda, a importância do projeto Todas por Elas, lançado em 2022 pelo Governo Federal. A iniciativa é destinada a empresas e seus funcionários, e reúne vídeos e conteúdos interativos para capacitar e combater a violência contra a mulher no país. Governadora em exercício Celina Leão coordenou a primeira reunião do Comitê de Combate ao Feminicídio, nesta quinta (9) | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Uma das iniciativas mais exitosas no combate ao feminicídio na cidade é o programa Maria da Penha vai à escola, criado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que consiste em educar para prevenir e coibir a violência contra as mulheres. A iniciativa consiste em levar a legislação às unidades de ensino para que o corpo docente e os alunos aprendam a importância do respeito entre gêneros. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, garantiu que o programa não só terá continuidade como também será reforçado. A representante da Secretaria da Saúde na reunião, a psicóloga Fernanda Falcomer, garantiu que o programa vai ser instituído na rede pública de saúde. Representante do TJDFT na reunião e coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher, a juíza Gislaine Campos destacou a importância de uma mudança na cultura de desrespeito à mulher. “A Justiça pode punir, mas a violência contra a mulher deve ser tratada desde a infância”, disse ela, ao explicar a importância do programa Maria da Penha vai à escola. O MPDFT também faz parte do comitê. Na reunião desta quinta, a coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos, a procuradora Polyana Moraes, afirmou: “Sou otimista. Acredito que juntos podemos desenvolver muitas ações”. A representante da Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF), Fernanda Tubino, disse que para mudar o quadro terá que se mudar uma cultura, mas que a união de órgãos e entidades surtirá efeitos positivos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A família se sente protegida pelo fato de a escola ser acolhedora. No último feminicídio que aconteceu na cidade, em Ceilândia, uma criança, filho de homem que assassinou a mulher, procurou ajuda na escola. Temos o cuidado de acolher a família, além de a escola ser o lugar onde a criança aprende a respeitar o próximo”, ressaltou a secretária Hélvia Paranaguá. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, afirmou que a pasta está à disposição para atuar junto ao comitê. Avelar destacou o fato de que 70% das mulheres assassinadas não procuraram ajuda dos órgãos oficiais e ainda que, nesses casos, 63% dos familiares sabiam do que estava ocorrendo. “A grande maioria das mortes acontece dentro das residências, no ambiente familiar, por isso acredito que uma campanha publicitária seja elementar”, defendeu. O presidente da CEB Iluminação Pública, Edison Garcia, disse que a contribuição da empresa será dando prioridade ao programa Luz que Protege às regiões que, por falta de iluminação adequada, são propícias a atos de violência. “O ponto de ônibus e o caminho das mulheres até suas residências precisam ser iluminados para que haja segurança. A CEB participa dessa força-tarefa fazendo com que a luz LED seja instrumento de proteção para as mulheres”, disse. O secretário de Comunicação do GDF, Wellington Moraes, destacou que a campanha de publicidade a ser produzida deve ser eficiente e efetiva. Para que esse objetivo seja atingido, ele vai se reunir com os demais órgãos e entidades membros do comitê para definir os eixos a serem tratados. O secretário de Trabalho, Thales Mendes, falou que a capacitação de mulheres para o mercado de trabalho é importante para quebrar o ciclo de violência. Ele prometeu dar prioridade às vítimas de violência nos cursos de capacitação promovidos pela pasta. Na ocasião, o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, apresentou uma proposta de projeto de lei que cria a Força-Tarefa de Enfrentamento ao Feminicídio. O documento deve ser apreciado pelo grupo e, se acolhido, encaminhado à Câmara Legislativa como projeto de lei.
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Órgãos do GDF farão força-tarefa para prevenir o feminicídio
[Olho texto=”“Vamos criar uma força-tarefa com a Secretaria da Mulher e outras secretarias, inclusive a Secretaria de Saúde, para que a gente tenha esse trabalho de prevenção”” assinatura=”Celina Leão, governadora em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”] Uma força-tarefa com integrantes de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) será montada para prevenir o feminicídio. O grupo atuará com medidas e campanhas de combate à violência contra a mulher. O anúncio foi feito pela governadora em exercício, Celina Leão, nesta segunda-feira (6), durante a solenidade de assinatura de posse de novos servidores da Secretaria de Saúde. “O feminicídio é um crime que acontece às vezes de forma silenciosa. E é por isso que nós vamos criar uma força-tarefa com a Secretaria da Mulher e outras secretarias, inclusive a Secretaria de Saúde, para que a gente tenha esse trabalho de prevenção”, afirmou a governadora. Além das secretarias de Estado, estarão envolvidos no grupo instituições como o Ministério Público do Distrito Federal, a Defensoria Pública do Distrito Federal e “todas as áreas que têm interface com o crime de feminicídio”, conforme explicou Celina Leão. Aos novos servidores da Secretaria de Saúde, Celina Leão afirmou: “Vocês também, na área de saúde, sabem que recebem muitas vítimas da violência doméstica. Incentivem que essas mulheres façam boletim de ocorrência” | Foto: João Cardoso/Agência Brasília A intenção do governo é fazer com que a população entenda que a violência doméstica é um problema de toda a sociedade. “Vamos fazer campanhas para que a gente possa trazer essa consciência de que é dever, não só do GDF, mas de todos nós, do vizinho, do amigo, da amiga. É um crime que tem uma repercussão social enorme, e as pessoas precisam entender que elas têm que denunciar e nos ajudar”, ressaltou a governadora. O apelo de Celina Leão também foi dirigido aos mais de 1,2 mil novos servidores da Saúde. “Vocês também, na área de saúde, sabem que recebem muitas vítimas da violência doméstica. Incentivem que essas mulheres façam boletim de ocorrência. Essa questão não é só da Secretaria da Mulher. É da sociedade”, acrescentou, enquanto mostrava a camisa que usava com a frase “Na violência contra a mulher, a gente mete a colher”. Crime contra a mulher [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O crime de feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero). A qualificação do crime ocorreu em 2015 com a promulgação da Lei nº 13.104. De acordo com o Relatório de Monitoramento dos Feminicídios no Distrito Federal, publicado em janeiro deste ano pela Secretaria de Segurança Pública, de 2015 até 2022, o DF registrou 151 casos tipificados na capital federal.
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Folhetos sobre violência de gênero serão distribuídos na Rodoviária
O Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, comemorado em 25 de novembro, marca também a abertura do peri?odo dedicado a outra campanha – 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Viole?ncia Contra as Mulheres. Este ano, a Secretaria da Mulher (SMDF) preparou um material informativo para apresentar, de maneira didática, os canais de denúncia e os serviços de atendimento do Governo do Distrito Federal (GDF), voltados para o acolhimento e proteção das mulheres em situação de violência doméstica. O material informa de maneira didática os canais de denúncia e serviços do GDF de acolhimento e proteção a mulheres em situação de violência | Foto: Reprodução Os panfletos serão entregues em uma ação, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, nesta sexta-feira (25), das 8h às 12h. O objetivo é informar a população sobre os diversos serviços que o GDF oferece para acolher as vítimas. Outra proposta é conscientizar a sociedade sobre a importância de denunciar os casos de violência contra a mulher, além de saber como fazê-lo, seja pela delegacia online, pelo Código Sinal Vermelho ou por meio do aplicativo Proteja-se. A unidade móvel da Secretaria da Mulher estará no local e uma equipe, disponível para orientar e apresentar os equipamentos da pasta voltados aos atendimento das mulheres em situação de violência, como a Casa da Mulher Brasileira (CMB), a Casa Abrigo, os centros especializados de atendimento à mulher (Ceams) e os núcleos de atendimento à família e aos autores de violência doméstica (Nafavds). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Pelo fim da violência de gênero Campanha anual e internacional, 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Viole?ncia Contra as Mulheres surgiu em 1991, quando as ativistas do Instituto de Lideranc?a Global das Mulheres se organizaram para chamar a atenc?a?o e mobilizar as comunidades e as organizac?o?es de todo o mundo sobre a importa?ncia do engajamento na prevenc?a?o e na eliminac?a?o da viole?ncia contra as mulheres e meninas do planeta. A luta ganhou forc?a ao longo dos anos e persiste até hoje. O GDF e a Secretaria da Mulher abrac?am essa campanha rumo a? igualdade de ge?nero, pelo empoderamento feminino e pelo fim da viole?ncia de gênero. A ação é realizada mundialmente ate? 10 de dezembro, quando será comemorado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para saber mais sobre os serviços de proteção às vítimas e combate à violência doméstica e familiar oferecidos pelo GDF, acesse o site da Secretaria da Mulher. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Evento celebra produção audiovisual de mulheres negras
Brasília recebe, a partir deste domingo (7), a V Mostra Competitiva de Cinema Negro Adelia Sampaio, promovida com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O evento segue até 12 de novembro com filmes de curta, média e longa-metragem, oficinas, debates e apresentações musicais. Participantes da segunda edição da mostra, realizada em 2018, a última presencial antes da pandemia de covid-19 | Foto: Divulgação As obras serão apresentadas presencialmente no Sesc Presidente Dutra e no Anfiteatro 10 do ICC Sul, no Campus Universitário Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). Também é possível acompanhar a mostra online, pelo site oficial da mostra. Entre 94 inscrições, foram selecionadas 22 obras que representam todas as regiões brasileiras e os países República Dominicana, no Caribe, e Cabo Verde, na África. As produções trazem questões que afetam a vida das mulheres negras em forma de documentário, ficção, animação e videoclipe. [Olho texto=”“A mostra é necessária para dar visibilidade aos filmes de mulheres negras, que têm muito pouco espaço”” assinatura=”Edileuza Penha de Souza, idealizadora do evento” esquerda_direita_centro=”direita”] Os filmes concorrem ao Troféu Adelia Sampaio em nove categorias: melhor longa-metragem, média-metragem ou telefilme, curta-metragem, júri popular, direção, direção de arte, fotografia, trilha sonora, montagem, roteiro e atriz. Pelo Distrito Federal, participam as películas Eu Era o Lobisomem da Cei, de Suéllen Batista, de Ceilândia, e Me Farei Ouvir, de Bianca Novais e Flora Egécia, do Plano Piloto. Há ainda participações de obras do Mato Grosso, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Amapá. A idealizadora do evento, doutora em educação pela UnB e cineasta Edileuza Penha de Souza, afirma que o evento é o primeiro do gênero no Brasil, com o objetivo de reconhecer a atuação de diretoras e produtoras negras para o cinema. “A mostra é necessária para dar visibilidade aos filmes de mulheres negras, que têm muito pouco espaço”, pontua. Nome da mostra é homenagem a Adelia Sampaio, primeira cineasta negra do Brasil e da América Latina | Foto: Reprodução “A ideia, sobretudo, é fazer com que o Brasil conheça a primeira cineasta negra que trabalhou com quase todos os diretores do Cinema Novo, que produziu coisas importantíssimas. Adélia foi a primeira mulher a realizar um filme lésbico, primeira na América Latina a fazer um filme desse tipo, e ficou no esquecimento por anos. Então, homenagear essa mulher em vida é reconhecer o legado que tem deixado para as novas gerações”, avalia Souza. [Olho texto=”“Se levou cem anos para surgir uma cineasta negra, daqui para frente, serão milhões. A gente vai falar de nós de uma forma objetiva e, por certo, orgulhosa”” assinatura=”Adélia Sampaio, cineasta” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Adelia Sampaio O nome da mostra competitiva é uma homenagem, em vida, à primeira cineasta negra do Brasil e da América Latina. Adelia Sampaio estreou em 1978, com o curta-metragem Denúncia Vazia, e em 1984 lançou o primeiro longa, Amor Maldito. A obra, do qual também foi roteirista e produtora, inaugura a temática lésbica no cinema nacional. Em 1987, ela dirigiu o documentário Fugindo do Passado: Um Drink para Tetéia e História Banal, sobre a ditadura militar no Brasil. Em 2001, dirigiu o longa AI-5 – O Dia que não Existiu, em parceria com o jornalista Paulo Markun; e em 2018, O Mundo de Dentro, que estreou no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. “Eu sou a contestação da visão de que negro não dá certo. Escolhi uma arte elitista e me tornei uma cineasta, sendo negra e filha de uma empregada doméstica”, afirma Adelia. “Se levou cem anos para surgir uma cineasta negra, daqui para frente, serão milhões. A gente vai falar de nós de uma forma objetiva e, por certo, orgulhosa.” O documentário ‘AI-5 – O Dia que Nunca Existiu’, de Adelia Sampaio, abre a mostra A mostra não ocorreu em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus e, no ano seguinte, foi realizada de forma online. Agora, ocorre com apoio do edital FAC Periférico. “Quando não se investe em cultura, não temos a chance de levar os filmes até as pessoas. É essencial que tenhamos recursos, porque estamos gerando empregos, construindo cultura”, avalia a idealizadora. A abertura do evento está marcada para as 18h, no Sesc Presidente Dutra, com a exibição do filme AI-5 – O Dia que Nunca Existiu, de Adelia Sampaio. Entre os dias 7 e 11, ocorre a exibição dos filmes selecionados e debates, das 14h às 22h. O encerramento ocorre no mesmo local e horário, no dia 12, com premiação da mostra competitiva e apresentação musical de Martinha do Coco. A diretora homenageada também estará presente. A partir do dia 14, ocorre a Sessão Erê, com a exibição de quatro filmes infantis em cinco escolas públicas do DF, em parceria com o Festival Internacional de Cinema Kilombinho – Audiovisual negro com crianças, crias e comunidades. Trata-se de uma novidade no evento, que visa incitar o reconhecimento da população negra em obras cinematográficas desde a infância. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Confira a programação 6/11, às 18h – Abertura, no Sesc Presidente Dutra (Setor Comercial Sul) 7 a 11/11 – Exibição dos filmes selecionados e debates, das 14h às 22h, no Anfi 10 (ICC Sul UnB) 8 a 10/11, das 10h às 12h – Oficinas no Sesc Presidente Dutra – Oficinas: O Corpo Dança Sua Mente! Arte e a vida na criação de personagens, por Glau Soares, e Produção Executiva, por Bethânia Maia 12/11, às 18h – Encerramento, no Sesc Presidente Dutra Veja a programação detalhada e mais informações no site www.mostraadeliasampaio.com.br.
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Abertas inscrições de cursos para mulheres na área de construção civil
A Secretaria da Mulher, por meio da Rede Sou Mais Mulher e em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), está com inscrições abertas para cursos na área da construção civil, de pintura residencial e de aplicação de revestimento cerâmico, voltados a mulheres de todo o DF. As inscrições são gratuitas e as aulas, ministradas pelo Serviço de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), começam no dia 25 de julho. Para participar, basta preencher o formulário disponível neste link. Cada curso tem 30 vagas. As aulas serão presenciais, de segunda a sexta, no Senai de Taguatinga (Área Especial nº 2, Setor C Norte – Taguatinga Norte). Os cursos têm carga horária de 200 horas cada um, e as alunas receberão certificado do Senai-DF ao fim da formação. A inscritas deverão fazer a matrícula presencial no Senai Taguatinga, apresentando RG, CPF, comprovante de residência e declaração de escolaridade com no mínimo ensino fundamental completo. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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Abertas 420 vagas em cursos de beleza e informática para mulheres
A Secretaria do Trabalho abriu chamamento público para preencher 420 vagas nos cursos de qualificação profissional do projeto Jornada da Mulher Trabalhadora, desta vez em São Sebastião. As inscrições vão até esta sexta-feira (27) e podem ser feitas pelo site da Secretaria de Trabalho ou, presencialmente, na administração regional ou na agência do trabalhador da cidade. [Olho texto=”Serão oferecidos cursos de qualificação profissional nas seguintes áreas: maquiagem profissional, secretariado administrativo, design de sobrancelha, alongamento de unhas, cabeleireiro profissional e informática básica” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Podem participar mulheres maiores de 16 anos com, no mínimo, ensino fundamental e que morem na região. Elas passarão por processo de classificação e ranqueamento baseado nas condições de vulnerabilidade socioeconômica. Serão oferecidos cursos de qualificação profissional nas seguintes áreas: maquiagem profissional, secretariado administrativo, design de sobrancelha, alongamento de unhas, cabeleireiro profissional e informática básica, com 35 vagas em cada um, nos turnos matutino e vespertino. Todas que fizerem o curso receberão certificado. As candidatas convocadas deverão comparecer à Administração Regional de São Sebastião até o dia 30, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h, e apresentar Carteira de Identidade ou documento equivalente com foto, CPF, comprovante de residência e comprovante de escolaridade. A data de início dos cursos de qualificação profissional será informada após o período de matrículas. As atividades serão desenvolvidas no Caic Unesco de São Sebastião. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Jornada da Mulher Trabalhadora O projeto Jornada da Mulher Trabalhadora já passou por quatro cidades – Sobradinho, Itapoã, Riacho Fundo e Núcleo Bandeirante –, totalizando 1.440 beneficiadas. O secretário do Trabalho, Thales Mendes, destaca que é feito um mapeamento tendo como base a Pesquisa de Emprego e Desemprego, da Codeplan, para definir as estratégias e levar os cursos de qualificação profissional na área da beleza a determinada região do DF. “Para começar, observamos os locais em que há um maior nível de desempregados, que, na grande maioria, são jovens sem qualificação profissional e mulheres. A partir disso, verificamos se existe uma demanda de contratação e pessoas com interesse em fazer cursos. Existindo, levamos os cursos até essa região para que o público seja capacitado e consiga se recolocar no mercado de trabalho”, afirma. Outras três regiões devem receber o projeto em breve: Sobradinho II, Paranoá e Riacho Fundo II. A duração das atividades em cada uma delas é de um mês.
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Casa da Mulher Brasileira comemora um ano com 3,6 mil atendimentos
A Casa da Mulher Brasileira (CMB) comemora, nesta quarta-feira (20), um ano de sucesso como ponto de apoio no enfrentamento à violência doméstica. Desde o lançamento, em abril do ano passado, 3.600 mulheres receberam suporte humanizado, atendimento psicossocial, capacitações profissionais, apoio jurídico e policial. Os serviços são oferecidos de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na CNM 1, em Ceilândia. [Olho texto=”“Essa Casa é a oportunidade que a mulher tem, de qualquer nível, de qualquer situação econômica ou escolaridade, de mudar de vida”” assinatura=”Vandercy Camargos, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] Para a secretária da Mulher, Vandercy Camargos, o programa é um dos mais importantes do Distrito Federal e tem como objetivo principal promover o bem-estar da população. “Essa Casa é a oportunidade que a mulher tem, de qualquer nível, de qualquer situação econômica ou escolaridade, de mudar de vida. Elas podem buscar uma mudança, romper qualquer ciclo de violência, porque aqui a mulher é assistida, apoiada e capacitada”, afirma. Os dois principais pilares da CMB são o núcleo psicossocial, com uma equipe multidisciplinar, e o programa Empreende Mais Mulher, que oferece qualificações técnicas, de autonomia e autoconhecimento. Assim, a Casa centraliza o suporte às vítimas, agilizando a resolução da ocorrência e define uma porta de saída para a crise. Atividades promovem a interação entre as mulheres, que participam de encontros nos quais o autoconhecimento é estimulado | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Muitas mulheres vêm para cá interessadas nos nossos cursos de capacitação e só depois descobrem que estão sofrendo algum tipo de violência. É um acolhimento com segurança e autonomia, então elas percebem que algo está errado e, com autonomia e o nosso apoio, conseguem pôr um fim no ciclo”, afirma a secretária. As mulheres chegam ao local de forma espontânea, após tomarem conhecimento das funcionalidades, ou são encaminhadas pelos órgãos especializados, como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Genelice Vieira [Olho texto=”No núcleo psicossocial, as mulheres vítimas de violência doméstica são atendidas por agentes sociais, assistentes sociais, pedagogos e psicólogos da Secretaria da Mulher” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Serviços No núcleo psicossocial, as mulheres vítimas de violência doméstica são atendidas por agentes sociais, assistentes sociais, pedagogos e psicólogos da Secretaria da Mulher. São analisadas as demandas das vítimas e traçada uma rota de resolução do problema, com o apoio dos órgão parceiros. “As mulheres recebem um apoio jurídico com servidores especializados para entender os problemas e, dependendo da complexidade, recebem um acompanhamento continuado, de forma quinzenal ou uma vez por mês”, conta a coordenadora do Casa da Mulher Brasileira, Andrezza Ferreira Barbosa. Já o programa Empreende Mais Mulher é focado em desenvolver a autonomia das participantes, com o Realize, que estimula o autoconhecimento, e o Mão na Massa, que promove cursos técnicos de temas como gastronomia e estética. Dênis Reis, responsável pelo Realize, afirma que a ideia é unir o conhecimento prático com competências comportamentais. “As mulheres entendem que, quanto mais elas se conhecem, mais têm força para fazer as próprias escolhas e para sustentar ações para alcançar objetivos. A gente olha para a realidade dessa mulher, vê que ela precisa de autonomia econômica, e mostra para ela o caminho de empreender. Mas, junto com isso, a mulher vê quem ela precisa ser para chegar onde ela quer, reconhece os pontos fortes e os fracos, para conseguir se reerguer e cessa o ciclo de violência”, explica Dênis. O prédio da CMB dispõe de salas para a realização de oficinas e cursos, laboratório de informática com computadores e acesso à internet, auditório e uma cozinha equipada para a realização de oficinas. Há também uma brinquedoteca para as crianças e adolescentes que acompanham as mulheres atendidas pela Casa. “Quando estávamos com problema, rapidinho tudo deu certo. Agora a gente vem encontrar os nossos amigos” Para a dona de casa Jucemar Penha, de 58 anos, a Casa da Mulher Brasileira é, realmente, a casa dela. Ela chegou ao local em fevereiro, após indicação de amigos, com problemas no casamento. “Consegui resolver, me separei e agora sou feliz. Venho pra cá quase todo dia, pra fazer as aulas de informática. Aqui é o meu lugar e de todo mundo, as pessoas são muito boas e somos todos amigos. Sempre que dá, estou aqui com minha neta, que fica na brinquedoteca”, conta Jucemar. A amiga de Jucemar, a dona de casa Genelice Vieira, de 62 anos, também frequenta a CMB diariamente. “A gente é muito bem-recebida, os funcionários trabalham muito bem. Quando estávamos com problema, rapidinho tudo deu certo. Agora a gente vem encontrar os nossos amigos”, comenta ela. Ações do GDF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) também realiza ações de enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica. Em março de 2021, foi lançado o programa Mulher Mais Segura, com medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero. Uma das ferramentas é o Dispositivo Móvel de Proteção à Pessoa (DMPP), que monitora, simultaneamente, vítima e agressor, em tempo real, estabelecendo distância segura entre eles e impedindo que o agressor se aproxime por meio de um dispositivo, que pode ser acionado também quando a vítima se sentir em perigo. Até abril deste ano, foram 69 monitoramentos e, atualmente, são 23 monitorados (13 vítimas e 10 agressores). Denúncias sobre casos de violência doméstica podem ser realizadas online ou pelo telefone 197, opção 0 (zero), o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 98626-1197. A Polícia Militar do Distrito Federal também atende a população pelo 190.
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Recanto das Emas realiza a 2ª Caminhada Contra o Feminicídio e Pela Paz
A Administração Regional do Recanto das Emas entra na luta com as mulheres no combate à violência de gênero. Para isso fará, no próximo sábado (26) a 2ª Caminhada Contra o Feminicídio e Pela Paz. O passeio está programado para começar às 9h na Quadra 101, em frente ao estacionamento da Caixa Econômica Federal e próximo do balão de acesso ao Recanto das Emas e Riacho Fundo II. A concentração terá início às 8h. O trajeto se estenderá pela avenida principal até a sede da administração regional, localizada ao lado do Batalhão do Corpo de Bombeiros. Toda a população do Distrito Federal está convidada a participar. Organizada pela Administração Regional do Recanto das Emas, a 2ª Caminhada Contra o Feminicídio e Pela Paz conta com o apoio de instituições parceiras e empresários da cidade e marca o mês de mobilização e de ações relacionadas ao universo feminino, além do combate a violência doméstica. *Com informações da Administração Regional do Recanto das Emas
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Mulheres chefes de família estão entre prioridades na assistência social
A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destacou, nesta quinta-feira (17), as ações da área social para as mulheres do Distrito Federal. Em entrevista ao jornal SBT Brasília, a gestora ressaltou a prioridade de atendimento para as mulheres em situação de vulnerabilidade social e chefes de família nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Durante a entrevista, a secretária Mayara Noronha Rocha reforçou a importância da mulher dentro da política de Assistência Social: “Na Sedes, quase 70% dos servidores são mulheres” | Fotos: Renato Raphael/Sedes-DF “A equipe técnica da Sedes vem trabalhando para reduzir a fila de espera por atendimento nos 29 Cras. Mas é importante mostrar um ponto positivo nesse cenário”, pontuou. “Antes de incluir o serviço de agendamento no 156 ocorriam grandes filas com mães, mães de crianças com deficiência, mulheres que não tinham com quem deixar os filhos e tinham que sair no meio da madrugada para tentar a sorte de conseguir uma senha, muitas perdiam um dia de trabalho na tentativa de retirar essa senha e, ainda assim, não conseguiam.” Com o agendamento online e pelo 156, é possível garantir que essas mulheres estejam na fila, diz a secretária. “Garantimos prioridade a chefes de família, idosas, que têm filhos com deficiência e isso não ocorria no passado”, destacou. [Olho texto=”O número de atendimentos socioassistenciais em toda a rede de proteção social do DF dobrou em um ano. Em 2020, foram 229.797 atendimentos. Em 2021, foram 456.962″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), o número de atendimentos socioassistenciais em toda a rede de proteção social dobrou em um ano. Em 2020, foram 229.797 atendimentos. Em 2021, foram 456.962. Só nos 29 Cras, foram 284.090 atendimentos realizados no ano passado. As mães chefes de família, segundo Mayara Noronha Rocha, também têm prioridade na concessão de benefícios sociais, como o Cartão Prato Cheio. O crédito mensal de R$ 250, por seis meses, é concedido, prioritariamente, às famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até 6 anos, com pessoas com deficiência ou idosas; pessoas com renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa da família, que se encontrem em situação de insegurança alimentar e sejam moradoras do DF, inscritas no Cadastro Único ou no Sistema Integrado de Desenvolvimento da Sedes; e pessoas em situação de rua, acompanhadas por equipes da assistência social e em processo de saída de rua. “Cerca de 90% de beneficiários do Prato Cheio, hoje, são mulheres. O diferencial desse programa é o poder de escolha. É ela ter a dignidade de ir ao mercado e escolher o que o filho deseja comer, os produtos que ele gosta, uma carne moída, um frango. Para uma mãe, ter esse poder de escolha é muito impactante”, explicou a secretária ao SBT Brasília. [Olho texto=”A rede de proteção social do GDF atende majoritariamente a população feminina. São 323.186 mulheres inscritas no Cadastro Único no DF, de um total de 546.929 pessoas, segundo dados de fevereiro de 2022″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Balanço Ainda durante a entrevista, a secretária reforçou a importância da mulher dentro da política de Assistência Social. “Aqui no DF, na Sedes, quase 70% dos servidores são mulheres. Temos uma média de 90% de mulheres recebendo programas sociais. São mães solos, chefes de família que têm que se dividir e assumir a responsabilidade pela rede familiar”. A responsável pela pasta do Desenvolvimento Social destacou ainda a importância do programa Criança Feliz Brasiliense para as gestantes e o crescimento das crianças na primeira infância. O programa viabiliza o acompanhamento das famílias que têm filhos de até seis anos de idade, por meio de visitadores, garantindo a elas acesso a políticas públicas de educação e saúde, por exemplo. “Hoje, temos 3.200 famílias impactadas pelo Criança Feliz Brasiliense. A mulher, por meio desse programa, consegue ter toda a capacidade para criar com dignidade os filhos, ensinar o mínimo para desenvolver a potencialidade dessas crianças e orientar suas famílias. Algumas estão passando por situação de violência, por exemplo, e o visitador consegue passar para essa mulher os caminhos que ela pode seguir. É um programa que vem impactando, consideravelmente, as mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade”. Mayara Noronha Rocha destacou ainda a importância do programa Criança Feliz Brasiliense para as gestantes e o crescimento das crianças na primeira infância Rede de proteção A rede de proteção social do GDF atende majoritariamente a população feminina. São 323.186 mulheres inscritas no Cadastro Único no Distrito Federal, de um total de 546.929 pessoas, segundo dados de fevereiro de 2022. Dessas, 170.362 são mulheres inscritas como responsável familiar, número bem superior ao de homens chefes de família, que hoje são 38.080. O Cadastro Único que, no DF, é gerido pela Sedes é a porta de entrada para as famílias terem acesso a benefícios sociais federais e distritais, como o Auxílio Brasil e o DF Social. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre as famílias beneficiárias do programa Auxílio Brasil, do governo federal, no DF, 87% tem mulheres como responsável familiar, o equivalente a 102.738 famílias. Para se ter uma ideia, são apenas 15.351 chefiadas por um homem. No DF Social, das mais de 50 mil famílias beneficiárias que recebem um auxílio adicional de R$ 150 por mês, 31.379 são chefiadas por elas. No Cartão Gás, dentre as 70 mil famílias beneficiárias que recebem recurso para comprar gás de cozinha, 52.917 tem uma mulher como chefe de família. “Temos demonstrado o papel da mulher nesse cenário. Uma característica predominante da mulher é a sensibilidade. Eu sou esposa do governador, mas eu também sou mãe, sou uma mulher que sai de casa todos os dias para enfrentar os meus obstáculos, eu também tenho meus traumas, as minhas dores, que, muitas vezes, ficam para trás em benefício da minha família, da população. Quando eu me coloco a serviço da população em vulnerabilidade social, eu estou colocando para o meu filho qual é o papel que a mãe dele exerce, que contribuição podemos deixar para a sociedade”, concluiu Mayara Noronha Rocha na entrevista ao SBT Brasília.
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Mais de 20 mil mulheres empoderadas com o apoio do GDF
Em 2021, 17.961 mulheres sofreram violência doméstica no Distrito Federal, de acordo com relatório da Polícia Civil. O governo acredita que o empoderamento é fundamental para mudar essa situação. Para isso, a Secretaria da Mulher dispõe de quatro programas, todos voltados à capacitação de mulheres que querem voltar ao mercado de trabalho ou ingressar nele. Em 2021, 20.545 mulheres fizeram os cursos oferecidos pela SMDF e deram o primeiro passo para a independência financeira. O Empreende Mais Mulher já capacitou 1.858 mulheres e é uma parceria da SMDF com a Secretaria de Trabalho | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília A oportunidade do aprendizado global – aprender a fazer um produto de qualidade e o que é ser empreendedor – foi fundamental para Gislaine Cruz, de 33 anos, que ao fazer o curso de confeitaria pôde quadruplicar a quantidade de bolos de festas que vendia mensalmente e se tornar a principal fonte de renda de sua casa. “Eu não esperava que o curso tivesse tanta qualidade. Além de aperfeiçoar a técnica de confeitaria, aprendi coisas como o valor dos insumos no produto final, margem de lucro, o que é pró-labore e, na parte psicossocial, fiz treinamento com psicólogos para saber me controlar emocionalmente e enfrentar as dificuldades diárias do empreendedorismo”, explicou. [Olho texto=”“A mulher também tem a possibilidade de ser acolhida por nossos especialistas e de receber orientação e atendimento psicossocial. Essa mulher sai capacitada, não só para o mercado de trabalho, mas preparada emocionalmente, conhecendo seus valores, seus princípios e sua força para começar uma nova história” – Ericka Filippelli, secretária da Mulher” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “A Secretaria da Mulher tem investido bastante em projetos de capacitação e no empreendedorismo feminino porque a gente sabe que, muito mais do que preparar a mulher para o mercado de trabalho, a gente está oferecendo a ela ferramentas para ser autônoma, para decidir, para escolher”, explicou a secretária Ericka Filippelli. A titular da pasta também destacou que é de extrema importância a autonomia da mulher, uma vez que há um alto índice de mulheres que não saem de relacionamentos abusivos porque são dependentes economicamente dos parceiros. “A mulher também tem a possibilidade de ser acolhida por nossos especialistas e de receber orientação e atendimento psicossocial. Essa mulher sai capacitada, não só para o mercado de trabalho, mas preparada emocionalmente, conhecendo seus valores, seus princípios e sua força para começar uma nova história”, conclui a secretária. O programa Ação Mulher no Campo, uma das alternativas oferecidas, prestou 9.353 atendimentos em 2021. O objetivo é facilitar o acesso de mulheres que vivem na área rural a serviços públicos, como saúde, trabalho e direitos sociais. O projeto também busca oferecer condições para que a mulher do campo gere renda sem sair de casa por meio da exploração de talentos, como capacidade para a confecção de artesanato e gastronomia. [Olho texto=”Uma novidade da Secretaria da Mulher é o Todas Elas, programa gratuito, no qual as mulheres recebem formação empreendedora, apoio psicossocial, mentorias, premiação pelo desempenho e acesso a microcrédito” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos programas de maior sucesso da Secretaria da Mulher é o Empreende Mais Mulher, que busca, por meio da qualificação profissional das mulheres, diminuir a desigualdade em relação aos homens no mundo do trabalho. O Empreende, que já capacitou 1.858 mulheres, é uma parceria da SMDF com a Secretaria de Trabalho. O programa oferece acolhimento e acompanhamento psicossocial, elaboração de plano personalizado de trabalho e encaminhamento para cursos de capacitação nas modalidades presencial e online, além de oferecer mentoria para o empreendedorismo e para alcançar mais espaço no mercado de trabalho. Ação Mulher no Campo, uma das alternativas oferecidas, prestou 9.353 atendimentos em 2021 | Foto: Divulgação/Secretaria da Mulher A secretaria dispõe, ainda, do Oportunidade Mulher, que surgiu devido à pandemia de covid, buscando, no momento de isolamento social, ampliar e dar autonomia econômica por meio do crescimento profissional. Os cursos ofertados são à distância (EaD) e as oficinas de trabalho, online. Profissionais e empreendedoras voluntárias ministram os cursos. O projeto capacitou 9.334 mulheres em 2021. Todos os programas são realizados com apoio de voluntários. Uma novidade da Secretaria da Mulher é o Todas Elas, programa gratuito, no qual as mulheres recebem formação empreendedora, apoio psicossocial, mentorias, premiação pelo desempenho e acesso a microcrédito. No momento, as inscrições estão abertas e há 2,8 mil vagas. O programa conta com R$ 1 milhão de emenda do deputado Rodrigo Delmasso. Como conhecer e se inscrever nos programas da Secretaria da Mulher: Empreende Mais Mulher As inscrições para o programa podem ser feitas pelo link ou no Espaço Taguatinga – Avenida as Palmeiras, Conjunto 4, Lote 3 – Agência do Trabalhador, 2º andar; Espaço Ceilândia – CNM 01, Bloco I, Lote 03, C, Centro – Casa da Mulher Brasileira, 3º andar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Oportunidade Mulher As inscrições para o programa podem ser realizadas acessando o link. Todas Elas As inscrições estão abertas e 2,8 mil mulheres de baixa renda de todo Distrito Federal podem se inscrever pelo site do projeto. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Protocolo unificado para identificar casos de violência doméstica
A proteção à segurança das mulheres será reforçada no Distrito Federal. No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o governo lançará um protocolo unificado das forças de segurança pública para auxiliar na identificação de casos de violência doméstica durante abordagens gerais de emergência e urgência. [Olho texto=”“Temos alguns protocolos separados. Agora estamos fazendo um protocolo conjunto, o que vai dar mais segurança e trazer integração realmente em torno da questão da proteção da mulher”, afirma o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Atualmente, cada instituição tem uma regulamentação própria. O objetivo é definir um padrão de atuação para que Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Detran possam agir de forma integrada e mais proativa na segurança da mulher. “É uma ação inovadora em nível de Brasil. Temos alguns protocolos separados. Cada instituição tem o seu. Agora estamos fazendo um protocolo conjunto, o que vai dar mais segurança e trazer integração realmente em torno da questão da proteção da mulher. Pretendemos lançar ainda em março”, afirma o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. Com um protocolo único, as forças poderão verificar os indícios de casos de violência contra a mulher mesmo durante atendimentos de ocorrências que não estejam ligados ao crime no primeiro momento. Pioneiro no país, o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) é uma das ações de segurança previstas no combate à violência contra a mulher no DF | Fotos: Divulgação/SSP-DF “Vamos supor que o Corpo de Bombeiros chegou para atender uma mulher que aparentemente foi vítima de acidente doméstico. Com o protocolo, dependendo como for, podemos verificar se o que aconteceu não é bem aquilo que está sendo narrado ali. A vítima pode estar sendo persuadida pelo agressor a dizer aquilo. Definindo um protocolo de proteção, vamos agir de forma proativa para tentar realmente aprofundar desde o primeiro momento da abordagem”, exemplifica o secretário. [Olho texto=” “Atuamos por meio da prevenção, da presença do policial ostensivo e fardado”, explica a chefe do Centro de Políticas de Segurança Pública da PMDF, major Isabella” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mais ações Outra ação de segurança prevista no combate à violência contra a mulher é a ampliação da oferta do Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP). Pioneiro no país, o método acompanha e monitora o agressor, que usa uma tornozeleira, e a vítima, em casos com medida protetiva e determinados pela justiça, com consentimento da mulher. “Agora a intenção é colocar mais mulheres com o dispositivo, para que a gente possa realmente ampliar esse projeto do DMPP. Queremos sensibilizar os magistrados para que eles coloquem o dispositivo em avaliação”, explica o secretário de Segurança Pública. Até março deste ano, a Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas já acompanhou 46 pessoas, sendo vítimas de violência doméstica e agressores. O DMPP integra as ações do programa Mulher Mais Segura, lançado pela SSP no ano passado como medida de enfrentamento aos crimes de gênero. Com protocolo único, as forças poderão verificar indícios de casos de violência contra a mulher mesmo durante atendimentos de ocorrências não ligados ao crime no primeiro momento “A gente vê que, infelizmente, temos vários casos de violência doméstica, principalmente, contra a mulher. A gente vem avançando na discussão e ampliando também a participação das mulheres nas forças de segurança”, afirma Júlio Danilo. “Mas infelizmente é algo ainda arraigado na cultura. É necessário, lógico, tempo, para que a gente possa fazer esse trabalho não só de repressão, mas de prevenção. Que vem pela capacitação, educação e sensibilização. E pela criação dessa rede de atendimento à mulher”, completa o gestor. [Olho texto=”O Provid, da Polícia Militar, atua no pós-atendimento, com o objetivo de inibir e interromper ciclos de violência doméstica” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] No final de março, o programa Cidade da Segurança Pública terá uma edição voltada à pauta das mulheres em Ceilândia. Estão previstas oficinas, visita da Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) móvel e ações da Aliança Distrital (capacitação de líderes comunitários e religiosos para combater a violência) e do Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica (Provid). Provid Da Polícia Militar, o Provid atua no pós-atendimento, com o objetivo de inibir e interromper ciclos de violência doméstica. “As equipes fazem o atendimento emergencial na hora de crise e o Provid atua no segundo momento. Vai naquele ambiente familiar posteriormente para tentar entender o processo de violência que a família está inserida, para que seja interrompido e não avance. Atuamos por meio da prevenção, da presença do policial ostensivo e fardado”, explica a chefe do Centro de Políticas de Segurança Pública da PMDF, major Isabella. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os casos normalmente são encaminhados pelo Tribunal de Justiça, quando há medida protetiva deferida, mas também há atendimento vindo do Conselho Tutelar, Ministério Público, Secretaria da Mulher e das próprias forças de segurança. Só no ano passado o Provid acompanhou 3.389 pessoas, sendo 2.109 vítimas. Dessas, 1.798 eram mulheres que sofreram violência. O público feminino representa 85,25% dos atendimentos de vítimas. Cada batalhão da PM tem uma equipe Provid direcionada para os atendimentos que ocorrem na casa dos acompanhados e que varia de acordo com a situação. Vítimas e agressores são orientados sobre o crime e as penalidades e em relação à rede de apoio, que pode ser social, jurídica, médica, entre outros. Todos os profissionais são capacitados com cursos de formação. Apesar do atendimento do Provid ser demandado, na maioria, em casos em que as mulheres são vítimas, o programa também atende crianças, adolescentes, idosos e até homens vítimas de violência.
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DF registra queda nos crimes contra mulheres
[Olho texto=”“Esse trabalho, em parceria com outros órgãos de governo, tem garantido cada vez mais segurança e acolhimento às vítimas de violência doméstica” ” assinatura=” – Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”] As ações de enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica da Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP) pelo programa DF Mais Seguro garantiram reduções expressivas nos crimes contra a mulher. É o que mostram os dados do primeiro bimestre de 2022. Nos crimes de violência sexual, a redução foi de 38,4%, no comparativo com o primeiro bimestre de 2021. Foram 125 registros dessa natureza criminal em 2021 contra 77 este ano. Além dos procedimentos adotados pela SSP, o incentivo à denúncia contribuiu para uma redução de 14% nos dados de violência doméstica registrados no primeiro bimestre deste ano, em comparação ao mesmo período em 2021. Com base na Lei de Feminicídio (Lei nº 13.104, de 9 de março de 2015), houve uma vítima a menos desse crime no primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Durante todo o ano passado, as delegacias especiais de atendimento à mulher (Deam 1 e 2) registraram 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha | Fotos: Divulgação/SSP-DF O secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, ressalta que a proteção e a garantia dos direitos da mulher são prioridade nas políticas de segurança pública e devem ser amplamente discutidas em todos os segmentos de governo e da sociedade civil. “Em março do ano passado, iniciamos um programa com uma série de projetos e ações para o enfrentamento qualificado aos crimes de gênero”, afirma. “Esse trabalho, em parceria com outros órgãos de governo, tem garantido cada vez mais segurança e acolhimento às vítimas de violência doméstica”. [Olho texto=”Lançado pela Secretaria de Segurança Pública, o Painel Interativo de Feminicídios permite o acesso interativo aos dados apresentados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Iniciativas Prioridade na atual gestão, as estratégias de prevenção pelo programa Mulher Mais Segura reúnem medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero e fortalecimento de mecanismos de proteção. Entre as ações propostas, está o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas, método pioneiro de acompanhamento por meio do qual dispositivos monitoram, simultaneamente, vítima e agressor, estabelecendo uma distância de segurança entre eles, impedindo que o agressor se aproxime. Até o momento, a Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) já acompanhou 46 vítimas de violência doméstica encaminhadas pelo Judiciário. Em parceria com a Secretaria da Mulher, foi inaugurada uma sala de acolhimento no Centro de Integrado de Operações de Brasília (Ciob), o Centro Especializado de Atendimento à Mulher IV (Ceam IV). Houve, ainda, a ampliação dos canais de denúncia e do atendimento às vítimas de violência doméstica com a inauguração de uma nova delegacia da mulher (Delegacia de Atendimento Especial à Mulher, Deam 2), além da possibilidade de a vítima registrar o boletim de ocorrência por meio da Maria da Penha Online, da Polícia Civil. Em mais de 70% dos casos de feminicídio não havia registro de violência anterior – ou seja, a denúncia permite a atuação dos órgãos responsáveis antes que crimes mais graves aconteçam. A denúncia ou o registro policial é muito importante para que as medidas de proteção possam ser ofertadas e implementadas, ressalta a delegada-chefe da Deam 2, Adriana Romana “Temos a missão e o dever de realizar um atendimento especializado e eficiente para todas as mulheres e destacamos a importância das denúncias para o sucesso desse trabalho”, esclarece a delegada-chefe da Deam 2, Adriana Romana. “Muitas vezes a mulher está sendo vítima de crimes no âmbito da Lei Maria da Penha e não procura a delegacia para o registro policial. Essa situação pode representar um risco extremo. Por isso, é muito importante a denúncia e/ou registro policial para que as medidas de proteção possam ser ofertadas e implementadas.” [Olho texto=”“A atuação integrada das instituições que compõem a rede de enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres contribui para que as mulheres conheçam os canais de denúncia, além do trabalho preventivo voltado a essa temática que vem sendo desenvolvido”” assinatura=” – Major Regiane Borges, subchefe do CPSP” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante todo o ano passado, as delegacias especiais de atendimento à mulher (Deam 1 e 2) registraram 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha. A Polícia Militar do DF tem aumentado a frequência das visitas do programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), que, com policiamento especializado para casos de violência doméstica, efetuou quase 23 mil visitas familiares em 2021. “A atuação integrada das instituições que compõem a rede de enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres contribui para que as mulheres conheçam os canais de denúncia, além do trabalho preventivo voltado a essa temática que vem sendo desenvolvido mediante, por exemplo, a realização de palestras”, pontua a major Regiane Borges, subchefe do Centro de Políticas de Segurança Pública (CPSP) da PMDF. “As equipes do Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid) da PMDF acabam criando e estreitando ainda mais os laços de confiança com as vítimas e famílias que estão sendo acompanhadas por esse policiamento, auxiliando na prevenção e interrupção do ciclo de violência.” A SSP lançou o Painel Interativo de Feminicídios, que norteia gestores públicos, sistema de justiça, acadêmicos, imprensa e população no debate sobre o tema Para mais transparência e aumento da interação com os diversos segmentos da sociedade e do governo no enfrentamento à violência contra a mulher, a SSP também lançou o Painel Interativo de Feminicídios, com dados apresentados de forma dinâmica e interativa. O material norteia gestores públicos, sistema de justiça, acadêmicos, imprensa e população no debate sobre o tema. As informações são atualizadas periodicamente e podem ser acessadas por meio do site da SSP, inclusive pelo celular. Viva Flor Também faz parte do programa DF Mais Seguro o dispositivo Viva Flor, direcionado para mulheres vítimas de violência doméstica e família e componente do Programa de Segurança para Ofendidas em Medida Protetiva de Urgência. A iniciativa tem como principal função o acionamento prioritário de emergência e funciona por meio de aparelho similar a um smartphone, disponibilizado de acordo com critérios estabelecidos pela Justiça. Uma vez acionado, o aparelho emite um chamado de forma prioritária na tela do computador do despachante do Ciob, que encaminha, imediatamente, uma viatura da Polícia Militar ao local. Estratégias de prevenção Em busca de conscientizar cada cidadão sobre o seu papel no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher, a SSP lançou, em maio de 2019, a campanha #MetaaColher. Com o slogan “A melhor arma contra o feminicídio é a colher”, o movimento busca incentivar a denúncia como ferramenta de prevenção a esse crime. A campanha convida a sociedade a repensar a máxima de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. O projeto busca expor o papel de responsabilidade de cada cidadão como engrenagem importante na cruzada contra o feminicídio. O entendimento é que é necessário desconstruir o padrão de comportamento omisso que muitas vezes uma testemunha assume diante de uma cena de violência doméstica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A SSP ainda conta com o projeto Aliança Distrital – Instituições Religiosas e Sociais no enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar. A partir de acordo com instituições religiosas de diferentes segmentos, os participantes recebem orientações diversas, como oficinas de mediação de conflitos, divulgação dos serviços de acesso a direito familiar e conhecimentos sobre proteção às vítimas de violência sexual, práticas restaurativas e de responsabilização dos homens autores de violência doméstica e familiar, entre outras. Canais de denúncia Para denunciar, a SSP disponibiliza quatro canais: a denúncia online, o telefone 197 (Opção zero), o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 98626-1197. A Polícia Militar do DF também se coloca à disposição a todas as vítimas de violência doméstica, que podem entrar em contato por meio do telefone 190. A viatura será deslocada de forma imediata à residência da vítima a fim de que sejam tomadas todas as providências cabíveis. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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Catadoras de materiais recicláveis: a força está com elas
O Complexo Integrado de Reciclagem do Distrito Federal (CIR-DF), inaugurado em dezembro de 2020, representa uma mudança na qualidade de vida das catadoras e catadores de materiais recicláveis e dá ao DF posição de vanguarda na América Latina quando se fala da gestão de resíduos. [Olho texto=”“Elas merecem destaque especial pelos resultados alcançados à frente dos empreendimentos e das conquistas”, diz o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O empreendimento ocupa uma área de 80 mil m², incluindo duas centrais de Triagem e Reciclagem (CTRs) e uma Central de Comercialização (CC), com investimentos de R$ 21 milhões. A iniciativa tem capacidade de gerar mais de 750 postos de trabalho. A grandiosidade dos números não é a única característica que torna o CIR muito significativo, especialmente neste 8 de março, dia de luta pela igualdade de gênero. Do total de vagas, 450 estão ocupadas, sendo que 320 – ou 70% do total -, por mulheres. Organizadas em cooperativas e associações, elas atuam na gestão compartilhada do espaço, junto à Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU). De 450 vagas no CIR, 70% são ocupadas por mulheres. Organizadas em cooperativas e associações, elas atuam na gestão compartilhada do espaço, junto à Sema e ao SLU | Foto: Divulgação/SLU Para o titular da Sema, Sarney Filho, a presença das mulheres no processo de gestão é um diferencial importante na cadeia da reciclagem. “É um número muito expressivo, tanto nas mulheres que atuam na linha de produção, quanto no processo gerencial do CIR. Elas merecem destaque especial pelos resultados alcançados à frente dos empreendimentos e das conquistas”, diz. No âmbito das organizações, elas também ocupam posição de liderança. Das 11 cooperativas atuantes no CIR, sete são presididas por mulheres, bem como a Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop). À frente da entidade, Aline Sousa da Silva, considera a construção do complexo uma grande vitória, depois de muita luta, na época em que o trabalho era realizado no maior lixão a céu aberto da América Latina, conhecido como Lixão da Estrutural. [Olho texto=”“Sempre lutei por nossa dignidade e o CIR oferece essa condição, de mais renda e um trabalho em melhores condições. Era meu sonho vê-lo construído”, afirma Aline Sousa, presidente da Centcoop” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Mãe de sete filhos, Aline começou na catação ainda na infância, junto com o pai. Morava no entorno, onde passava necessidades, e em 2002 veio participar de uma ocupação em Taguatinga Sul. Mas queria ficar perto da avó e do pai e, por isso, seguiu como eles, catando papeis e outros materiais, em carroças. Aos 14, ela passou a ser beneficiária de projetos sociais voltados a combater o trabalho infantil, o que acabou formando uma mulher com consciência política e muita força de trabalho. Além do sonho de mudar a sua realidade e das demais pessoas com a vida parecida com a sua. Entre o relacionamento que tem até hoje, o nascimento de um filho e outro, formações oferecidas por organismos internacionais, a ocupação de cargos em organizações sociais e no próprio Movimento Nacional de Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis, Aline foi se transformando na líder que é hoje, referência em todo o Brasil na gestão da cadeia da reciclagem. “Sempre lutei por nossa dignidade e o CIR oferece essa condição, de mais renda e um trabalho em melhores condições. Era meu sonho vê-lo construído. E ainda sonho em ver mais trabalhadores e trabalhadoras organizados. Não queremos deixar ninguém de fora”, diz Aline. Lúcia Fernandes: de catadora a presidente da Corace e da Associação Vencendo os Obstáculos Poder público Na própria Sema, uma nova servidora tem muito a contar sobre a história do lixão. Rita Pereira Borges de Jesus, 28, foi nomeada para o cargo de gerente de Resíduos Sólidos menos de duas semanas atrás. Ela acredita que há muitos desafios a serem superados na nova tarefa e espera estar à sua altura, já que começa com a missão de tocar processos licitatórios que garantirão melhorias ao complexo. Apesar da nova experiência, Rita tem uma vida inteira de relação com o que antes era chamado simplesmente de lixo e, por força de muita gente, inclusive ela, ganhou a importância que merece a partir da instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a Lei nº 12.305/10. [Olho texto=”“Toda a família se envolve. Junta, separa, vigia o trabalho já realizado, guarda coisas em casa”, conta Rita Pereira, gerente de Resíduos Sólidos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Filha dos piauienses Francisco Edilberto Laurindo de Jesus e Edite Pereira do Monte de Jesus, casados há 30 anos, ela nasceu no DF e se lembra de ter percorrido, junto aos pais e à irmã, quatro anos mais nova, praticamente todas as regiões administrativas, na tentativa de conseguir um lugar para morar e uma fonte de sobrevivência. “Éramos nômades, íamos de invasão em invasão, de barraco em barraco. Muitas vezes, o aluguel era fechado e, quando o locatário via que havia crianças pequenas, desmanchava o combinado na hora”, relembra. Por volta dos anos 2000, um lugar, finalmente, deu régua e compasso à família inteira, a Vila Estrutural. Naquela época, o lugar era violento, regido por uma espécie de lei da sobrevivência, onde chegavam poucas políticas públicas e tudo era arranjado – desde a água, que chegava em caminhões-pipa, até a energia, puxada por gambiarras chamadas de “gatos”. Da infância em que ia em comboio para a escola, junto a outros moradores e brincava perto do posto policial, para aumentar a sensação de segurança, ela viu acontecer as mudanças na região e em sua própria vida e maneira de pensar. “Na infância, não percebi muita coisa. Mas, a partir da adolescência, comecei a entender o olhar diferente, a distância, o nojo, o tratamento que a gente recebia, sendo pessoas negras, catadores de material reciclável”, relembra. Inaugurado em 2020, o Complexo Integrado de Reciclagem representou uma mudança na qualidade de vida das catadoras e catadores de materiais recicláveis do DF | Foto: Divulgação Sema Filha da catação A rotina de uma família que trabalha com a separação de resíduos não exclui as crianças. “Toda a família se envolve. Junta, separa, vigia o trabalho já realizado, guarda coisas em casa”. Por isso, de acordo com Rita, existe uma identidade comum a filhos e filhas de catadores, que terminam trabalhando no mesmo oficio, correndo os mesmos riscos de ter seus responsáveis acometidos por doenças e até mesmo de serem atropelados e mortos pelos caminhões. Elas também dividem pequenas alegrias. “Na Estrutural, a gente se alimentou igualmente de uma área chamada por nós de ‘Carrefas’, onde os supermercados depositavam produtos avariados ou em vias de perder a validade. No Natal, comíamos os panetones quase vencidos. Na Páscoa, ovos quebrados. E, vez em quando, iogurtes, ovos, sardinha”, conta. Rita conta que o trabalho dos pais na catação do Lixão, desativado em 2018, sustentou a família inteira e possibilitou que se formasse em Gestão de Recursos Humanos, como bolsista de uma universidade particular e fizesse uma pós-graduação em Gestão Pública. No meio tempo, recebeu formações voltadas a filhos de catadores, voltados à organização da categoria, como o Plano de Negócio Sustentável (PNS), do projeto Cataforte e o Pró-Catador, programa de ações de estímulo à inclusão produtiva dos catadores. Já a irmã graduou-se em enfermagem. Ao lado do marido, Fernando Aleixo Borges de Jesus, com quem está há sete anos, a gestora continua morando na Vila Estrutural, em uma casa pertinho dos pais. “Dizer que sou filha de catadores e fruto da catação me representa muito, é uma expressão nata da minha vida e da qual sinto muito orgulho”. [Olho texto=”“Não tenho vergonha da categoria que represento. Nela ganhei dignidade de sustentar os meus filhos, de construir uma casa apenas vivendo da catação”, afirma a catadora Lúcia Fernandes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Liderança Lúcia Fernandes do Nascimento, 46, é catadora de material reciclável há quase 20 anos. Ela passou de uma catadora no Lixão da Estrutural para presidente da cooperativa Corace e da Associação Vencendo os Obstáculos. “Hoje faço parte de uma cooperativa representada praticamente por mulheres. No CIR a gente trabalha de forma mais fácil, em um galpão organizado, mas já enfrentou muitas lutas e dificuldades pra chegar até aqui e ser liderança de uma cooperativa, sendo mulher, mãe de família que carrega a casa, que sustenta os filhos”. Ela diz que se sente muito honrada e orgulhosa por ser catadora. “Não tenho vergonha da categoria que represento. Nela ganhei dignidade de sustentar os meus filhos, de construir uma casa apenas vivendo da catação. Então, hoje me sinto guerreira, me sinto orgulhosa e, como mulher, sei que a minha força não vem só de mim, vem de Deus, mas sei que através da minha força muitas mulheres seguem em frente”, afirma. Zilda Fernandes de Souza veio de Minas Gerais para o DF e lembra que ser catadora no Lixão da Estrutural, na época, foi o único meio de sobrevivência que encontrou. Mas a sua história de vida foi se transformando. “De lá pra cá eu entrei em uma cooperativa, na qual fui tesoureira, secretária e hoje estou de presidente já no segundo mandato”. Antigamente, relembra, muita gente perguntava se não tinha vergonha de dizer que trabalhava com lixo. “E eu respondia pra eles que eu não tinha vergonha, tenho orgulho de trabalhar com a reciclagem. Até hoje tiro o meu sustento é da reciclagem”, conclui. Zilda Fernandes veio de Minas Gerais para o DF e hoje é presidente de cooperativa CIR O Governo do Distrito Federal (GDF) vai executar este ano três projetos para a compra de equipamentos para o CIR. De acordo com o coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Sema, Glauco Amorim da Cruz, os novos equipamentos vão garantir, além de melhores condições de trabalho, maior agregação de valor aos materiais recicláveis, proporcionando valorização técnica e econômica aos materiais, e, principalmente, o aumento da renda dos cerca de 500 trabalhadores que já atuam no local. Para Sarney Filho, o CIR representa o começo de uma nova era, em que o GDF consolida uma nova maneira de tratar os resíduos sólidos, cuidando ao mesmo tempo do meio ambiente e do social. “Os novos investimentos vão agregar mais valor e proporcionar elevação da renda dos catadores”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] As centrais de triagem, de 2,8 mil m² cada uma, recebem os resíduos da coleta seletiva. Nelas, o material é separado, classificado, pesado, prensado e transportado para a central de comercialização, onde ocorrem o beneficiamento, estocagem e comercialização. Já a Central de Comercialização de Materiais Recicláveis recebe o material pré-selecionado para beneficiamento dos materiais advindos tanto das centrais de triagem quanto das demais cooperativas de catadores do DF pertencentes à rede Centcoop-DF. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF
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Vinte e nove mulheres no primeiro escalão do GDF
Administrar um orçamento de mais de R$ 666,9 milhões – de acordo com a Lei Orçamentária –, como é caso da secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, ou cuidar de um contingente de 27 mil professores, como faz a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ou ainda ter responsabilidade de mudar a dura realidade das mulheres do Distrito Federal, missão da secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Em secretarias, administrações regionais, Procuradoria do DF e Defensoria Pública, o governador Ibaneis Rocha conta com o apoio feminino: “Trabalhamos com a sensibilidade das mulheres em atenção à população do DF”, afirma ele | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Esses são apenas alguns exemplos da confiança que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, deposita nas mulheres que fazem parte do seu governo. No dia a dia, o governador conta com a competência de uma mulher, sua chefe de gabinete, Juliana Monici, peça-chave na organização e planejamento das atividades do governo. [Olho texto=”“Estamos imbuídos, até o último dia do nosso governo, trabalhando pelo direito das mulheres e pela valorização do trabalho feminino”, diz o governador Ibaneis Rocha” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ibaneis também valorizou as mulheres nas empresas públicas da cidade. Em 40 anos, a primeira vez que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) tem uma mulher como presidente é justamente na atual gestão, com Denise Fonseca. “Estamos aqui para mostrar que este governo respeita o direito das mulheres e que, graças a Deus, dá certo exatamente pela força dessas companheiras que temos aqui, nas mais diversas secretarias, administrações regionais, Procuradoria do DF, Defensoria Pública. Trabalhamos com a sensibilidade das mulheres em atenção à população do DF”, afirma Ibaneis Rocha. “Estou aqui para agradecer esse companheirismo, essa força de trabalho e dizer à população que estamos imbuídos, até o último dia do nosso governo, trabalhando pelo direito das mulheres e pela valorização do trabalho feminino”, disse o governador, em uma homenagem às mulheres que compõem o seu governo e de toda a cidade. Da assistência social à defesa da cidadania e o acompanhamento de grandes obras, as gestoras lideram cargos estratégicos, como em dez secretarias, nove empresas públicas e órgãos vinculados e dez administrações regionais. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) tem à frente Mayara Noronha Rocha. Cabe a ela e à sua equipe administrar programas sociais como o DF Social, Prato Cheio e Cartão Gás, que beneficiam milhares de pessoas. Na Secretaria da Mulher, criada nesta gestão, Ericka Filippelli lidera iniciativas de combate à violência contra as mulheres e programas de empoderamento e autonomia econômica desse público. As mulheres também estão à frente da Educação, da Saúde, do Turismo e da Defesa do DF em questões judiciais e extrajudiciais, como é o caso da Procuradoria-Geral do DF. A chefia de gabinete do governador Ibaneis Rocha é confiada a Juliana Monici. Mayara Noronha Rocha | Foto: Glênio Dettmar • Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social A Sedes é responsável por executar políticas de assistência social, transferência de renda e de segurança alimentar e nutricional. É a secretaria que administra os restaurantes comunitários, as unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e programas de governo como o DF Social, Prato Cheio e Cartão Gás. A pasta tem programa de acolhimento a mulheres em situação de rua e desabrigo e também atende mães, com o Bolsa Maternidade, destinado às mulheres com renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo. “A mulher tem sim essa característica de ser mais atenciosa no que se refere às dores do seres humanos. Quando se fala da assistência social, é preciso mencionar que em todos os programas assistenciais é sempre a mulher que predomina, seja como chefe de família – como no programa Prato Cheio, em que quase 90% das famílias assistidas são chefiadas por mulheres – , seja no programa Criança Feliz Brasiliense, em que quase 100% das mães aparecem como chefes das famílias. Na secretaria, temos cinco subsecretárias mulheres. A minha responsabilidade é aumentar o empoderamento feminino em qualquer ambiente que envolva o mercado de trabalho, seja ele público, seja privado”, diz a secretária Mayara Rocha. Giselle Ferreira | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Giselle Ferreira, secretária de Esporte e Lazer A pasta dedicada ao esporte e ao lazer também é comandada por uma mulher. Giselle Ferreira está à frente de programas como o Bolsa Atleta, Compete Brasília e Jovem Candango, todos com o objetivo de fomentar o esporte. Uma das iniciativas mais recentes da Secretaria de Esporte e lazer (SEL) é a construção de dez campos de grama sintética em diferentes cidades do DF. Os programas da pasta atendem mais de 65 mil pessoas. “Sinto-me muito orgulhosa em fazer parte de um time que acredita nas políticas públicas efetivas para as mulheres. Não fazemos políticas só em discurso, mas principalmente em ações. O tema mulher é trabalhado em todas as secretarias. Chegamos à frente da Secretaria de Esportes para uma ação simples. Temos 12 centros olímpicos por meio dos quais levamos esporte para todas as cidades do DF. Não existia nesses centros o futebol feminino, e essa modalidade foi criada. Também inserimos a queimada, que tem grande participação feminina. Existe ainda uma legislação específica que permite que não haja diferença nos valores das premiações pagas para mulheres e homens. Tivemos uma judoca daqui de Brasília, que foi porta-bandeiras em Tóquio [Japão], a Ketleyn Quadros. Estamos fazendo a diferença”, destacou a secretária de Esportes. Marcela Passamani | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Tendo como premissa básica o exercício da cidadania e da defesa dos direitos inalienáveis da pessoa humana, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), comandada por Marcela Passamani, tem alcançado resultados importantes nos mais diferentes campos. A ampliação do Na Hora e de seus serviços, além da redução do tempo de atendimento, são marcas da atual gestão. O Casamento Comunitário, que já uniu mais de 200 casais, também é um programa consolidado. A pasta tem, ainda, ações voltadas para as mulheres, tanto de empoderamento quanto de acolhimento. O programa Sejus Mais Perto do Cidadão também realiza constantemente ações voltadas para esse público. “Estar aqui é oportunidade. Mulheres precisam de oportunidades para estar em espaços de decisão e de poder. Digo e afirmo que mulher no poder não faz política pública ou trabalho só para outras mulheres: trabalha para todos, com o olhar de mulher. Esse olhar diferenciado deve ser prestigiado. Quando estamos aqui, representamos tantas outras mulheres que não têm voz e não tiveram oportunidades. A luta é de todas as mulheres”, garante Marcela Passamani. Ericka Filippelli | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Ericka Filippelli, secretária da Mulher Recriada nesta gestão, a Secretaria da Mulher tem Ericka Filippelli à frente das políticas voltadas para as mulheres. A pasta tem uma série de programas para o enfrentamento à violência, a autonomia econômica e o empoderamento feminino. Dispõe também de Casa Abrigo, unidades do Núcleo de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) e um Ônibus da Mulher. “Ser secretária da Mulher é extremamente desafiador neste tempo em que ainda vivemos. Estamos falando de uma pauta que diz respeito diretamente à transformação da sociedade, é ter cuidado com a maior parcela da população, que são as mulheres, ainda com tantas necessidades, com tantas carências, com tantas vulnerabilidades. Ser secretária da Mulher é motivo de felicidade e realização, por ver tantas entregas, superação de desafios e poder modificar vidas. Estamos com a Casa da Mulher Brasileira, com a Clínica da Mulher e conseguimos aumentar o orçamento desta pauta em mais de 15 vezes desde o início da gestão. Também vemos as políticas para as mulheres do DF serem reconhecidas por todos os estados. Quando chegamos, precisamos trabalhar de forma muito rápida e estratégica para arrumar esta casa. Para mim, é uma honra ser a primeira secretária da Mulher do DF”, comemora. Hélvia Paranaguá | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Uma das secretarias mais importantes do DF é comandada por uma mulher. Hélvia Paranaguá está à frente da rede pública de ensino, que tem mais de 430 mil alunos no DF. Nas escolas, o debate sobre coibir a violência e de valorização das mulheres é constante. Lives, campanhas, saraus e outros tipos de eventos também são desenvolvidos pela pasta. “O governador Ibaneis trouxe uma proposta diferente de gestão para o DF. Eu, enquanto mulher, sinto-me muito honrada em fazer parte deste time. Na Educação, a maior força de trabalho é das mulheres. Hoje contamos com 24 mil profissionais, dos quais 17 mil são mulheres. Das oito subsecretarias, cinco são ocupadas por mulheres. E não é só pelo fato de serem mulheres, mas mulheres competentes, comprometidas. São mulheres que querem fazer a diferença no Governo do Distrito Federal”, frisa a secretária Hélvia. Vanessa Mendonça | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Vanessa Mendonça, secretária de Turismo O fortalecimento do artesanato, do turismo cívico e do olhar para o segmento no DF passa pelas mãos da secretária Vanessa Mendonça. Em um dos trabalhos da pasta, o número de guias de turismo em Brasília cresceu 269% entre 2019 e 2022, passando de 92 para 340. Para se ter uma noção da importância desse trabalho, hoje Brasília é o quarto destino mais procurado entre os brasileiros, ficando atrás apenas de Londres (Inglaterra), Rio de Janeiro e São Paulo. “Estou desde o início da gestão do governo Ibaneis e tenho contado com o apoio integral a todas as ações e projetos, o que é muito importante. Ao olhar para uma cidade que até no nome é feminina, temos a possibilidade de cuidar e acolher e o turismo é muito isso. É a hospitalidade, é a forma como a gente recebe, com muito carinho. Ser secretária em Brasília é uma honra, primeiro por ter um governador que cuida da população, cuida da mulher, respeita, apoia e não abre mão no seu governo de ter lideranças femininas”, pontua Vanessa. Luana Machado | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Luana Machado, secretária da Juventude A Secretaria da Juventude (Sejuv) tem em sua marca a promoção de cursos, oficinas e capacitações voltadas para o público jovem. Destaque também para as unidades do Centro de Juventude, espaços criados para o desenvolvimento integral dos jovens por meio de ações em áreas como educação, cultura, saúde, cidadania e inclusão social. “Sinto-me honrada em ocupar o cargo de secretária da Juventude pela primeira vez no Distrito Federal. Isso demonstra o cuidado e o olhar cuidadoso de nosso governador, que dá vez e voz às mulheres. Acredito que uma mulher na pasta beneficiará a população como um todo, e, por ser conhecedora da realidade das jovens do DF, dedicará a elas um olhar carinhoso”, analisou a secretária. Ludmila Galvão | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Ludmila Lavocat Galvão, procuradora-geral do DF Responsável pela defesa do DF em questões judiciais e extrajudiciais, a Procuradoria-Geral do DF tem à frente Ludmila Galvão. O trabalho da PGDF é notadamente reconhecido, tendo sido reforçado na pandemia, com as ações que levaram à suspensão da reabertura escalonada do comércio, à redução do ICMS para álcool gel, a derrubada de liminares que pretendiam adiar o pagamento de tributos essenciais, entre outros. Vitórias do governo passaram pelo trabalho da PGDF. “A preocupação com os direitos humanos das mulheres se insere em todas as áreas da vida em sociedade. As mulheres devem estar presentes em todos os espaços formais de poder, participando com os homens das tomadas de decisões. A sensibilidade das mulheres corrobora para uma decisão mais justa. Durante os 60 anos de existência da PGDF, dos 20 procuradores-gerais, houve somente duas mulheres: eu e minha antecessora. A mulher advogada, seja no âmbito público ou privado, deve lutar para o incremento de sua representatividade nos espaços de poder.” Eleutéria Mendes | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Eleutéria Guerra Pacheco Mendes, diretora-presidente do Jardim Zoológico A Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) é comandada por Eleutéria Mendes. Neste ano, o Zoológico de Brasília foi um dos vencedores no prêmio internacional de enriquecimento ambiental para animais sob cuidados humanos, oferecido anualmente pela ONG Hose2Habitat. No fim do ano passado, o local ampliou a capacidade de visitantes de 1,5 mil para 5 mil pessoas. Denise Fonseca | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Denise Fonseca, presidente da Emater-DF A Emater-DF promove o desenvolvimento rural sustentável e a segurança alimentar, no DF e no Entorno, atendendo a mais de 15 mil produtores rurais. A empresa pública promove anualmente encontros destinados às mulheres do campo, quando são discutidos o empoderamento, a qualidade de vida, a violência doméstica, entre outros assuntos. “O governador Ibaneis quebrou uma história de machismo na presidência da Emater. Em 40 anos, sou a primeira mulher a presidir o órgão, embora mais de 50% do quadro seja composto por mulheres. Nunca tínhamos ocupado esse cargo, até que em 2019 passei a presidir a empresa. Vejo isso como um ponto de partida para que a mulher do agro também possa aparecer e ter a sua vez. Com relação às produtoras, a Emater tem mais produtoras que produtores e atua na renda dessas mulheres. Juntamente com a renda, vem o empoderamento. A mulher produtora deve estar onde ela quiser”, frisa a presidente da Emater. Juliana Monici | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Juliana Monici, chefe de gabinete do governador A coordenação, organização, planejamento e supervisão de atividades do governador Ibaneis Rocha é feita por Juliana Monici. Ela assumiu o posto em janeiro de 2020 e acompanha o dia a dia do governador, no Palácio do Buriti ou nas agendas externas. “Ser, hoje, chefe de gabinete do governador mostra que o governo não só enxerga potencial nas vozes e representações femininas, como apoia o envolvimento delas com a política. Essa oportunidade que me foi dada abre portas para que meninas e mulheres sonhem em alcançar posições de destaque no âmbito profissional. Tenho certeza de que esse tipo de representatividade pode ajudar a transformar a próxima geração, para que a presença da mulher em todos os níveis da sociedade se torne não apenas um destaque a ser admirado, mas algo comum”, analisa Juliana. Maria José de Nápolis | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Maria José de Nápolis, defensora pública do Distrito Federal A Defensoria Pública do Distrito Federal promove assistência jurídica integral e gratuita para as pessoas em situação vulnerável. Em 2021, foram mais de 600 mil atendimentos à população. A Defensoria dispõe do Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem). Aline De Pieri | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Aline De Pieri, diretora-executiva do Jardim Botânico Museu vivo que reúne jardins temáticos, plantas, desenvolvimento de pesquisas e educação ambiental, o Jardim Botânico de Brasília é chefiado por Aline De Pieri. Nos últimos anos, o local passou por reformas importantes, como a instalação de quiosques, a ampliação do laboratório de reprodução in vitro e inauguração de um novo restaurante, praça de alimentação e loja de souvenir. Mariela Souza | Foto: Divulgação • Mariela Souza, diretora-presidente substituta do Iges-DF O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) cuida de milhares de vidas, e quem está à frente desse time é Mariela Souza, diretora-presidente substituta do instituto. O Iges-DF cuida de dois hospitais – Base e Santa Maria – e 13 unidades de pronto atendimento (UPAs). São milhares de atendimentos diários e atenção à saúde da população. Regina Dias | Foto: Divulgação • Regina Dias, diretora-presidente do DF Previcom A Fundação de Previdência Complementar dos Servidores do DF (DF Previcom) administra e executa planos patrocinados, destinados aos servidores públicos efetivos do Distrito Federal. No ano passado, a fundação atingiu a marca de 1.000 participantes ativos em menos de três anos desde a implementação do Plano de Benefícios DF-Previdência. Inocência Rocha | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Inocência Rocha, diretora-executiva da Fepecs A Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) é mantenedora de três escolas: Escola de Aperfeiçoamento do SUS (EapSUS), Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) e Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb). Na Fepecs são ofertados cursos na área de saúde e também ações educativas para profissionais da Secretaria de Saúde (SES). Elaine Ferretti Starling | Foto: Divulgação • Elaine Ferretti Costa, liquidante Proflora Elaine Ferretti Costa é a responsável pela liquidação da empresa de sociedade de economia mista Florestamento e Reflorestamento (Proflora). Deuselita Martins | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Deuselita Pereira Martins, diretora executiva da Funap Deuselita Pereira Martins é delegada de polícia e exerceu o cargo de diretora da Penitenciária Feminina por quase dez anos. Na Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), desenvolve oficinas de trabalho junto às detentas, com o objetivo de remição de pena e ressocialização. Simone Benck | Foto: Paulo H. Carvalho • Simone Benck, reitora da UnDF Simone Benck atua como reitora pro tempore da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF), que nasceu nesta gestão e se tornou a primeira universidade distrital da história do DF. “Acredito que o protagonismo feminino é muito importante em uma unidade da Federação como o DF, em que temos uma gestão e uma política fortemente representadas por um histórico patriarcal. E esse sentido feminino que a mulher traz aos postos de poder pode reverberar para toda a cidade como uma prestação de serviço mais eficiente, mais crítica e também mais sensível”. Telma Rufino | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Telma Rufino, administradora de Arniqueira A reforma de praças e quadras poliesportivas e a regularização fundiária na cidade contam com o apoio da administradora Telma Rufino. Primeira administradora regional de Arniqueira, ela atua nos projetos de implantação dos equipamentos públicos na região juntamente com os órgãos do GDF. Articulou a instalação de papa-lixos em vários pontos da RA, encaminhou o pedido dos moradores de recapeamento da Avenida Vereda da Cruz e acompanha diariamente ações de manutenção e obras na cidade. Joseane Monteiro | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Joseane Monteiro, administradora do Gama O Gama ganhou uma UPA, terá a UBS 7 reconstruída e a rodoviária reformada. A cidade, administrada por Joseane Feitosa Monteiro, recebeu a Avenida dos Pioneiros reformada e também melhorias em sua Área de Desenvolvimento Econômico (ADE), conhecida como AMA do Gama. Estacionamentos foram feitos no campus da Universidade de Brasília (UnB) e no Hospital Regional do Gama, assim como ciclovias, entre essas a da DF-483, que liga o Gama a Santa Maria. A Feira do Galpão do Gama também ficou de cara nova. Luciane Quintana| Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Luciane Quintana, administradora do Guará O Guará contou com melhorias no Setor Bernardo Sayão, no Polo de Modas, eficientização de iluminação pública em diferentes quadras, reforma de pista de cooper, construção de calçadas e de ciclovias. Um trabalho que teve o apoio da administradora Luciane Quintana. Ilka Teodoro | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto A reforma das tesourinhas, dos setores Hospitalar Sul e Rádio e TV Sul, da Praça do Povo no Setor Comercial Sul e da W3 Sul e Eixão tiveram a participação da administração comandada por Ilka Teodoro. Ana Lúcia Melo | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Ana Lúcia Melo, administradora do Riacho Fundo A Praça Japonesa e a Feira Permanente do Riacho Fundo, bem como as novas calçadas, a construção de um Centro Interescolar de Línguas (CIL) e a recuperação asfáltica em diversos pontos da cidade foram executadas por diferentes órgãos e com apoio da administradora Ana Lúcia Melo. Ana Maria da Silva | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Ana Maria da Silva, administradora do Riacho Fundo II Uma UPA, uma UBS, unidades de papa-lixos e a reforma da feira são algumas das realizações no Riacho Fundo II, que tem como administradora Ana Maria da Silva. Marileide Romão | Foto: Renato Alves/ Agência Brasília • Marileide Romão, administradora de Santa Maria Administrada por Marileide Romão, Santa Maria se transformou em um canteiro de obras após muitos anos de abandono. A cidade ganhou sua primeira rodoviária, a reforma do parque ecológico, a pavimentação e iluminação da Vicinal 371, a reconstrução da Escola Classe 1 Porto Rico e a construção de ciclovia na DF-483, entre outras benfeitorias. Vânia Gurgel | Foto: Renato Alves/Agência Brasília • Vânia Gurgel, administradora do SCIA/Estrutural Vânia Gurgel assumiu a administração do SCIA/Estrutural e ajudou a região administrativa a ganhar uma unidade do Na Hora e uma delegacia de polícia, bem como a reforma da Agência do Trabalhador. Marcela Oliveira | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília • Marcela Oliveira, administradora do SIA O SIA ganhou uma rota de segurança no Setor de Inflamáveis, uma nova subestação de energia e melhorias na Ceasa-DF. Parte desse trabalho foi realizado com a influência da administradora Marcela Oliveira. Walkiria Garcia de Freitas | Foto: Divulgação • Walkiria Garcia de Freitas, administradora do Sudoeste/Octogonal Iluminação em LED, construção de calçadas, instalação de papa-lixos e a reforma da Epig são obras que o Sudoeste ganhou nos últimos anos. A região administrativa vai receber um viaduto, já em construção, e tem em seu comando Walkiria Garcia de Freitas.
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Live da Segurança Pública debate o enfrentamento da violência de gênero
Nesta sexta-feira (10), a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) faz uma live com temática voltada ao enfrentamento da violência de gênero. Desta vez, o debate on-line será sobre os avanços no Programa de Segurança Preventiva para Ofendidas em Medidas Protetivas de Urgência – o Viva Flor. A transmissão, ao vivo, será feita por meio do perfil da SSP no Instagram, a partir das 16h. O objetivo é explicar a nova versão do Viva Flor, que deixa de ser um aplicativo e passa a ser um dispositivo, que consiste em aparelho similar a um smartphone, disponibilizado de acordo com critérios estabelecidos pela Justiça. Com funções restritas para o uso como instrumento de proteção, o aparelho inova em relação ao aplicativo anterior por permitir o acompanhamento do deslocamento da vítima em tempo real, indicando a localização de forma dinâmica em caso de acionamento emergencial por risco iminente de violência ou grave ameaça. “É imprescindível abordar esta temática sempre que pudermos, pois esta é uma das formas que incentivamos a denúncia. Continuamos avançando em nossas políticas de enfrentamento à violência doméstica e família e este é um canal em que podemos tirar as dúvidas e nos aproximarmos do público em geral”, ressalta o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. A entrevistada será a coordenadora de Suporte Operacional da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec), Rosineide Sá. “O novo dispositivo amplia a proteção e democratiza o acesso a mulheres vulneráveis economicamente, pois muitas não podem não ter acesso a smartphones com pacote de dados, o que anteriormente dificultaria a entrada ao programa. Vamos explicar as principais mudanças”, enfatiza Viva Flor Avanço no Programa de proteção às mulheres vítimas de violência 16h Instagram da @ssp.df * Com informações da SSP/DF
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Termo de cooperação garante avanço ao Projeto Maria da Penha Vai à Escola
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) assinou termo de cooperação técnica para a realização do Projeto Maria da Penha Vai à Escola (MPVE), que prevê políticas e ações de conscientização sobre temas ligados à prevenção da violência contra mulheres do DF. A parceria com o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) tem o objetivo de fortalecer e ampliar o alcance do tema. “É de fundamental importância que a conscientização sobre a violência contra a mulher se inicie logo na fase da infância. O principal objetivo é coibir a violência contra a mulher, além de promover e divulgar a Lei Maria da Penha, tão importante para o Distrito Federal”, ressalta a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O termo foi publicado nesta semana no DODF e prevê que haja nas escolas do DF espaços de reflexão, com informações sobre a rede de proteção às mulheres do DF, contemplando atividades de prevenção à violência doméstica e familiar, tendo como público-alvo a comunidade escolar da rede pública de ensino do Distrito Federal e profissionais que atuam nas instituições partícipes. (Acesse aqui a publicação) A Sejus tem participado ativamente das atividades desenvolvidas no âmbito do Projeto MPVE, por meio da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), fomentando palestras, dinâmicas e atividades em escolas da rede pública de ensino do DF, além de promover atividades dentro do Programa Pró-Vítima, de apoio a vítimas de violência. O Programa O Pró-Vítima é um Programa de atendimento de psicologia e de assistência social, ofertado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), por meio da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), voltado a pessoas em situação de violência, bem como familiares, parentes e amigos de vítimas de crimes violentos. Ao buscar o programa, as vítimas são atendidas e orientadas sobre seus direitos socioassistenciais, além de participarem de sessões de terapia de apoio que possibilitam o espaço de escuta empática, fala e acolhimento, objetivando a reflexão e a ressignificação da violência sofrida; o acesso a rede de garantia de direitos; o fortalecimento, empoderamento e autonomia das vítimas. Maria da Penha vai à escola [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto “Maria da Penha vai à escola” foi criado em 2015 e de lá pra cá a secretaria proporciona conhecimento sobre as leis Maria da Penha e a do Feminicídio. Atualmente, fazem parte da parceria entre a Sejus, o TJDFT, o MPDFT, secretarias de Educação, Segurança Pública, do Trabalho, da Mulher, do Desenvolvimento Social, polícias Civil e Militar do Distrito Federal, Defensoria Pública do Distrito Federal, OAB/DF, UnB, UniCeub e Câmara Legislativa do DF.
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Hospital oferece suporte a mulheres vítimas de agressão
A violência contra a mulher afeta a todos e precisa do engajamento da sociedade para ser superada. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), as mulheres vítimas de violência recebem, desde maio deste ano, assistência por meio de um serviço especializado. No centro, os profissionais de enfermagem fazem o primeiro contato com as vítimas, que contam também com médicos, psicólogos e assistentes sociais | Fotos: Divulgação/HRSM Ele é feito por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais no Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado, que também dá apoio a crianças e adolescentes. Desde a inauguração, cerca de 300 atendimentos foram realizados. Nesta quinta-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a chefe do Cepav, Lara Borges, comemora a data com a conclusão do primeiro Grupo Multiprofissional de Mulheres, criado para apoiar as vítimas de agressão: “De outubro a novembro, foram realizados oito encontros semanais com dinâmicas e reflexões, trabalhando temas como os tipos de violência, ciclo da violência, direitos da mulher, autoestima e sentimentos”. [Numeralha titulo_grande=”300″ texto=”atendimentos, aproximadamente, foram realizados no centro desde a inauguração, em maio” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em todos os casos, são os profissionais de enfermagem que fazem o primeiro contato com as vítimas. “Nesse momento, eles recolhem as informações necessárias para iniciar o atendimento da vítima e avaliam quais os primeiros encaminhamentos relacionados à saúde e de proteção devem ser feitos”, ela explica. Em seguida, os pacientes passam a receber, de forma individual ou em grupo, o atendimento psicossocial. Para ter acesso ao serviço, basta a vítima buscá-lo de forma espontânea (quando a vítima procura a instituição) ou por meio de encaminhamento realizado por outras instituições, como conselho tutelar, escolas, órgãos judiciais e unidades básicas de saúde (UBSs). Data internacional O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999 e é celebrado anualmente no dia 25 de novembro. A data faz homenagem às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas por se oporem à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A comemoração tem como objetivo alertar e erradicar os casos de violência contra as mulheres no mundo todo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a definição de violência contra a mulher é todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado o dano físico, sexual e psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública ou na vida privada. Serviço Flor do Cerrado/HRSM Local: Prédio anexo à entrada principal do Hospital Regional de Santa Maria Telefone: 4042-7770 – ramal 5525 Email: cepavflordocerrado@gmail.com
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Campanha vai doar absorventes para 5 mil alunas da rede pública
[Olho texto=”“Essa campanha é muito importante para a vida de tantas adolescentes no Distrito Federal que não têm acesso a um absorvente”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em apenas um mês, a campanha “Dignidade Feminina – Da transformação de meninas a mulheres: mais cidadania e menos tabu”, sob coordenação da Secretaria de Justiça e Cidadania em parceria com setes outras secretarias do GDF, conseguiu arrecadar 150 mil unidades de absorventes para serem disponibilizadas para estudantes em situação de vulnerabilidade que integram a rede pública do Distrito Federal. “Essa campanha é muito importante para a vida de tantas adolescentes no Distrito Federal que não têm acesso a um absorvente”, revelou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. De acordo com a chefe da pasta, o número possibilita que a campanha atenda 5 mil meninas das escolas públicas em período menstrual. Cada uma deve receber 3 pacotes com 10 unidades. A quantidade foi atingida após a doação de 100 mil unidades pela empresa Sustentare Saneamento. A solenidade para receber a doação de absorventes contou com a participação das secretárias das pastas que apoiam a campanha | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília A contribuição foi entregue em solenidade nesta quinta-feira (18), no Salão Israel Pinheiro, no Palácio do Buriti. Estiveram presentes as secretárias Marcela Passamani (Justiça e Cidadania), Hélvia Paranaguá (Educação), Gisele Ferreira (Esporte e Lazer), Vanessa Mendonça (Turismo) e Luana Machado (Juventude), que assinaram o termo de doação junto a Rejane Costa, superintendente regional da empresa Sustentare Saneamento. “É tão bom ver que o sonho se tornou realidade. Já imagino como será levar (os absorventes) nas escolas para as meninas. Olho para esses pacotes e já vejo os sorrisos delas”, destacou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Ela lembrou que uma em cada quatro meninas falta às aulas durante a menstruação, uma grande porcentagem delas pela ausência do item higiênico. A carência de absorventes faz com que muitas meninas e mulheres tenham que buscar alternativas perigosas, como o uso de papelão, jornal, miolo de pão e retalhos no local do item. Descobrir essa triste realidade foi o que incentivou Rejane Costa, da Sustentare, a se engajar na campanha do GDF. “Essa informação foi predominante para fazermos essa doação. Esse é um passo importante para levar conforto e autoestima para essas meninas que acabam recorrendo a alternativas arriscadas”, definiu. Os 150 mil absorventes arrecadados serão distribuídos para 5 mil estudantes: três pacotes com 10 unidades por aluna em período menstrual Palestras A campanha Dignidade Feminina é encabeçada pela Sejus, mas conta com apoio da Secretaria de Saúde e de todas as secretarias chefiadas por mulheres, como Educação, Esporte e Lazer, Juventude, Turismo, Mulher e Desenvolvimento Social. O trabalho ocorre em rede. “Esse é um programa de união de todas as mulheres [do GDF], num tema que une a todos nós. Estamos conseguindo vencer essa barreira justamente para dar dignidade para essas meninas”, comentou Gisele Ferreira, secretária de Esporte e Lazer. Além das doações de absorventes, a ação conta com palestras e bate-papo em escolas para levar informação aos estudantes. Já receberam a programação unidades do Recanto das Emas e de Planaltina. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Quando a gente leva o absorvente e a informação a essas meninas, que muitas das vezes não têm na estrutura familiar com quem possam falar sobre o assunto, estamos trazendo pertencimento e igualdade de gênero, que todas nós, mulheres que estamos em espaço de poder, queremos”, lembrou a secretária Marcela. Ela citou que, ao perder as aulas no período menstrual, as meninas já sentem a desigualdade de gênero desde cedo. O objetivo agora é arrecadar mais doações. A expectativa é intensificar as ações e atender ainda mais adolescentes. Para doar, basta acessar o site http://dignidadefeminina.sejus.df.gov.br e conferir os pontos de coleta.
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Projeto incentivará a formação de lideranças femininas
[Olho texto=”“A gente fala muito sobre empoderamento e sobre mulheres exercerem posições de liderança, mas precisamos disponibilizar os caminhos necessários”” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] Mulheres do Distrito Federal terão oportunidade de receber capacitação gratuita para atuarem como lideranças em suas comunidades. Esse é o objetivo do programa Empodera — Formação de Mulheres Líderes, iniciativa da Secretaria da Mulher (SMDF). Para isso, a secretaria vai selecionar e remunerar uma organização da sociedade civil – sem fins lucrativos e com experiência em execução de projetos sociais e de qualificação social – para elaborar e aplicar propostas pedagógicas e metodológicas para incentivar a formação de 1,2 mil mulheres em todo DF. “A gente fala muito sobre empoderamento e sobre mulheres exercerem posições de liderança, mas precisamos disponibilizar os caminhos necessários. É isso que o Empodera vai oferecer. Vamos apresentar os instrumentos, as estratégias e a capacitação necessários para que elas possam ser articuladoras, mobilizadoras e atuar nas suas comunidades”, explica a secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli. [Olho texto=”Ideia é formar mulheres que atuarão como multiplicadoras de conhecimento, impactando não só as próprias vidas, mas também a de outras mulheres de suas comunidades” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A parceria com a instituição selecionada tem duração de 12 meses e visa a implantação do programa que tem como objetivo o desenvolvimento de habilidades e de atitudes das alunas necessárias para a tomada de decisão. A formação busca instrumentalizar as mulheres para a atuação junto às instituições governamentais e não governamentais em prol de sua comunidade, além de despertar a competência da liderança feminina para, assim, fortalecer a atuação comunitária na garantia dos direitos femininos e formar uma rede de promoção e de proteção de mulheres. A ideia é formar mulheres que atuarão como multiplicadoras de conhecimento, impactando não somente as próprias vidas, mas também a de outras mulheres de suas comunidades. A organização selecionada terá a missão de capacitar as alunas e despertar o protagonismo para uma atuação como líderes. Na prática, elas irão aprender, entre outras coisas, a coletar informações, fazer ouvidorias, apresentar projetos, a ser articuladoras e mobilizadoras nas regiões em que vivem, dando voz às demais mulheres. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Processo de seleção Por meio de edital, publicado nesta quarta-feira (10) no Diário Oficial do DF, será selecionada uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que deverá desenvolver e executar os conteúdos programáticos de caráter teórico e prático, realizar o acompanhamento pedagógico e monitorar as alunas. Os interessados devem fazer o envio da ficha de inscrição e apresentar uma proposta de programa. As inscrições podem ser encaminhadas até as 17h, do dia 13 de dezembro de 2021, de forma eletrônica, pelo e-mail: comissaodeselecao@mulher.df.gov.br, ou presencialmente, com entrega de envelope fechado e lacrado no Anexo do Palácio de Buriti, 8º andar, sala 808. A escolha da entidade será realizada por uma comissão de seleção formada por três membros, designados pela Secretaria da Mulher. A divulgação do resultado provisório de classificação das propostas será publicada no Diário Oficial do DF e no site da secretaria em até cinco dias corridos, contados após o término do prazo para entrega das propostas. Mais informações podem ser obtidas acessando o edital, no site da Secretaria da Mulher.
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Às vésperas do Dia do Servidor, 122 são nomeados para reforçar área social
Às vésperas do Dia do Servidor, comemorado em 28 de outubro, 122 profissionais foram nomeados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para atuar na área social. Aprovados em concursos públicos, os profissionais vão atuar nas secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes), de Justiça e Cidadania (Sejus) e da Mulher. Foram nomeados 121 técnicos em assistência social, sendo 119 na especialidade agente social, um em contabilidade e um em economia. A outra nomeação foi de especialista em assistência social para o cargo de educador social. Segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico), 95 mil famílias vivem em situação de extrema pobreza no DF e quase cinco mil pessoas estão em situação de rua. Os dados reforçam a necessidade de mais servidores na área social que atuam na linha de frente do cuidado com a população. Foram nomeados 121 técnicos em assistência social, sendo 119 na especialidade agente social; um em contabilidade; e um em economia. A outra nomeação foi de especialista em assistência social para o cargo de educador social | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Durante a cerimônia, no Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha disse que o Distrito Federal hoje caminha bem graças à atuação “firme e comprometida” dos servidores públicos. “Adoro obras, acho que a gente precisa dessa vitalidade”, declarou, ao parabenizar o funcionalismo público pelos serviços prestados. “Já são 1.400 obras realizadas no DF, mas nada disso serviria se a gente não tivesse o olhar para o social. Nós temos o Prato Cheio, criamos o Cartão Creche e o Cartão Gás para 70 mil famílias. Nada disso teria sido possível se não fossem os servidores.” O agente social Ricardo Fogaça, de 37 anos, comemora ter sido chamado pelo governo. “Fui agraciado com essa nomeação na véspera do Dia do Servidor, o que fará muita diferença na minha vida e da minha família. Amanhã, eu vou poder dizer que é o meu dia, que sou servidor no Dia do Servidor. É um presentão”, afirma. Assistência social Os servidores da Sedes nomeados nesta quarta (27) vão executar políticas de assistência social, segurança alimentar e nutricional. Eles vão atuar nas unidades do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e nos centros de convivência (Cecons), além das unidades de acolhimento e gestão. Titular da Sedes, Mayara Noronha Rocha reforçou a necessidade de prestar assistência social à população, com ou sem pandemia, e lembrou que o Distrito Federal passou quase dez anos sem abrir espaços de acolhimento à população. Em seguida, desejou boa sorte aos novos servidores. “Parabenizo os novos servidores, vocês estão chegando para servir a população do Distrito Federal e lutar contra a desigualdade social”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, afirmou que os novos servidores vão cuidar e transformar o Distrito Federal. “Cada vez que a gente chama servidores, a gente mostra mais o compromisso com todas as pessoas”, declarou. Já a titular da secretaria da Mulher, Ericka Filippelli, destacou que a luta por um DF melhor é de todos e que os servidores têm um papel fundamental nesse sentido. “O que queremos é fazer políticas públicas e ver as coisas acontecerem, e isso só acontece com a ajuda dos servidores”, arrematou.
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Chance de trabalho para mulheres em vulnerabilidade social
[Olho texto=”“O acesso dessas mulheres ao mercado de trabalho é um passo importante para a garantia da independência econômica”” assinatura=”Eliana Torelly, secretária-geral do MPF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As mulheres em situação de vulnerabilidade econômica em decorrência de violência doméstica e familiar, atendidas pelos equipamentos de acolhimento da Secretaria da Mulher, terão oportunidade de serem contratadas para prestação de serviços terceirizados na Procuradoria-Geral da República (PGR). Por considerar que a dependência financeira é um dos dos principais motivos da permanência da mulher em situações de violência, e que a autonomia econômica oferece a oportunidade de escolha, a Secretaria da Mulher assinou acordo de cooperação técnica com a Secretaria-Geral do MPF, assegurando a inclusão dessas mulheres nas contratações da PGR, com vigência de cinco anos. “Esse é um passo importante, porque garante que as mulheres que são atendidas pelos equipamentos da secretaria, além de receber todo o acolhimento psicossocial, tenham oportunidade de reconstruir suas histórias sendo autônomas economicamente. É um recomeço”, destaca a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. [Numeralha titulo_grande=”60 meses” texto=”é o período de validade do acordo entre secretaria e PGR” esquerda_direita_centro=”direita”] A secretária-geral do MPF, subprocuradora-geral Eliana Torelly, reforça que o acordo de cooperação revela o compromisso da instituição com o combate à violência de gênero e a proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade. “O acesso dessas mulheres ao mercado de trabalho é um passo importante para a garantia da independência econômica, o que é bastante facilitado pela reserva de vagas levada a efeito.” Segundo o documento, nos contratos com quantitativo de 50 ou mais trabalhadores, no mínimo 2% das vagas deverão ser reservadas para mulheres indicadas pela Secretaria da Mulher. O processo seletivo para a contratação será realizado pelas empresas prestadoras de serviço. O acordo com a PGR tem validade de 60 meses. De acordo com as qualificações profissionais necessárias para o exercício da atividade, a secretaria será responsável por elaborar uma relação de candidatas, a partir dos cadastros de mulheres atendidas pelos equipamentos de apoio a vítimas de violência doméstica e familiar, como Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), Casa da Mulher Brasileira e Casa Abrigo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o objetivo de intensificar a participação feminina no mercado de trabalho, incentivar o engajamento delas em atividades empreendedoras e sua ascensão nas respectivas carreiras, a Secretaria da Mulher do DF oferece cursos, oficinas e palestras gratuitas, por meio dos programas Oportunidade Mulher, Empreende Mais Mulher e Mão na Massa. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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Vítimas de violência recebem curso de educação financeira
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), realizará, na próxima terça-feira (3/8), às 14h, a terceira edição da Oficina de Educação Financeira “O Caminho das Contas”. A atividade visa estimular a consciência e a independência financeira de mulheres, especialmente as atendidas pelo programa Pró-Vítima e pelo projeto Banco de Talentos, ambos da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O nosso objetivo é contribuir para a autonomia financeira dessas mulheres, possibilitando o afastamento da situação de vulnerabilidade social e de violência doméstica”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. A oficina faz parte do programa Caixa Mulheres, que oferece novas linhas de crédito, taxas diferenciadas, anuidade gratuita e apoio à capacitação para fortalecer ainda mais a atuação desse público no mercado de negócios. A cooperação entre a Sejus e Caixa busca capacitar e orientar as participantes a reconhecerem sua situação financeira, planejarem e transformarem alguns hábitos financeiros. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Cursos do ‘Mão na Massa’ impactam a vida de mulheres
Resultado de um acordo de cooperação entre a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SM-DF) e o Instituto BRB, o projeto Mão na Massa vai oferecer cursos na área de gastronomia para mulheres em situação de vulnerabilidade. A vida de 336 mulheres deverá ser impactada pelo programa. A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, e presidente do BRB, Paulo Henrique Costa: parceria deve impactar a vida de 336 mulheres | Fotos: Divulgação/SM-DF A iniciativa é parte do projeto Rede Sou + Mulher, que visa promover o empreendedorismo e a autonomia econômica das mulheres. Para subsidiar as ações voltadas ao público feminino, o programa contou com o apoio da BRBCard, que doou parte dos recursos gerados pela distribuição do cartão Mulher. Inclusive, a utilização desse cartão continuará a gerar renda para futuros programas como esse. Os interessados em solicitar o cartão podem acessar o site do BRB. Quanto mais o cliente usar o cartão, mais valores serão aportados no programa. [Olho texto=”“Com os cursos oferecidos, queremos abrir as portas no mercado de trabalho para que elas sejam inseridas de forma rápida”” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sobre o projeto, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, diz que acredita na importância de ações que reduzam a dependência econômica das mulheres. “Com foco nas áreas de gastronomia, artesanato, costura e empreendedorismo, o Mão na Massa viabiliza a qualificação e a reintegração de mulheres em estado de vulnerabilidade social ao mercado de trabalho”, afirma. “Assim, o BRB cumpre a missão de ajudar a população de Brasília em todas as dimensões, apoiando ações de equidade de gênero que auxiliem no combate à violência doméstica, como é o caso desse projeto. E, acreditando nisso, reafirmamos o nosso compromisso, onde para cada R$ 1 gerado para os próximos programas, o BRB aportará mais R$ 1”, explica Paulo Henrique Costa. Para a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, o projeto nasce com o objetivo de promover a autonomia financeira das mulheres. “Muitas delas, que chegam até nós, vivem alguma situação de violência. Na maioria dos casos, identificamos falta de estudo, falta de capacitação e falta de experiência profissional. Com os cursos oferecidos, queremos abrir as portas no mercado de trabalho para que elas sejam inseridas de forma rápida”, afirma. [Olho texto=”Todos os cursos são gratuitos e a carga horária varia de 12 a 120 horas. As primeiras turmas iniciam no próximo dia 2 de agosto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Como funciona o programa? Cynthia Vieira de Freitas, presidente do Instituto BRB, explica como o programa funcionará. “Inicialmente, ofereceremos 336 vagas para os cursos Bombons e Trufas, Bolos Caseiros, Pizzas e Esfirras, Cozinheiro Básico e Técnicas de Confeitaria”, anuncia. Todos são gratuitos e a carga horária varia de 12 a 120 horas. As primeiras turmas iniciam no próximo dia 2 de agosto. “Com opções nos períodos matutino e vespertino, as aulas serão realizadas pelo Senai, que tem sido um grande parceiro nesse programa”, afirma a presidente do Instituto. Além de oficinas práticas, as integrantes do projeto participarão de encontros no espaço Empreende Mais Mulher, em Taguatinga, ou na Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia. “Serão realizadas palestras e eventos motivacionais para as alunas, voltados a temas como a violência contra a mulher e igualdade de gênero. E, ainda, o desenvolvimento de competências socioemocionais e de gestão”, diz Fernanda Falcomer, subsecretária de Promoção das Mulheres da SM-DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todos os cursos de capacitação profissional serão promovidos pelo Senai-DF de forma online e presencial. Além dos treinamentos, o órgão oferecerá oportunidades extras de conhecimento para as participantes, com palestras de empreendedorismo, inovação, atuação profissional etc. Apesar de priorizar mulheres acolhidas pela SM-DF, o projeto é aberto a todas que queiram receber a formação completa para empreender nas áreas de gastronomia, moda e beleza. Para fazer a inscrição, as interessadas deverão realizar o cadastro por meio do formulário geral de capacitação da SM-DF. Ali, elas definirão as áreas de capacitação de preferência, bem como o interesse em participar, especificamente, do Mão na Massa. Após o envio dos dados, a SM-DF realizará entrevista com as interessadas, com o objetivo de encontrar afinidades e vocação empreendedora entre as participantes. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF e do BRB
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Aumenta o número de brigadistas mulheres na prevenção e combate ao fogo
[Olho texto=”Nos três cargos previstos, brigadistas, chefes e coordenadores de brigadas, os salários vão de R$ 2,2 mil a R$ 3,3 mil” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Atenção! Formar!” Era a primeira vez que sete das oito mulheres que fazem parte do grupo de 150 brigadistas florestais contratados pelo Brasília Ambiental no âmbito do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), ouviam o comando. Reunidas na base fixa do Parque Ecológico de Águas Claras para um dia de instrução, elas se viraram de um lado, de outro, abriram os braços, aprenderam a distância correta entre si e a maneira de se posicionar. Viveram o encanto da primeira formação. Para cada uma dessas mulheres, o motivo de fazer parte da brigada é diferente. Em comum, o amor à natureza e o desejo de contribuir com a preservação do meio ambiente. Com idades que variam entre 25 e 42 anos, elas também veem no posto uma chance de incrementar a renda ou mesmo de recuperá-la em virtude dos impactos negativos da pandemia de covid-19, quando algumas perderam o emprego ou tiveram que fechar pequenos negócios, como o salão de beleza que Rosângela Pereira mantinha na Ceilândia. Nos três cargos previstos, brigadistas, chefes e coordenadores de brigadas, os salários vão de R$ 2,2 mil a R$ 3,3 mil. A atuação das mulheres nas unidades de conservação começou com a recuperação de equipamentos, reconhecimento e limpeza de áreas | Fotos: Divulgação/Secretaria do Meio Ambiente A jornada de trabalho é em regime de plantão de 12h x 36h. Katiúscia Santana Oliveira César não compareceu ao encontro com as colegas de trabalho em virtude de ter outra ocupação. Outras três delas são o que se costuma chamar de mães-solo, ou seja, têm a responsabilidade de manter casa e o cuidado com os filhos sem a participação dos genitores deles. Aliás, ver os olhos das crianças brilhando diante do uniforme de padrão internacional, nas cores amarela e verde, dá uma ponta de orgulho nas mulheres do fogo do DF, bem como a certeza de que tomaram a decisão correta ao encarar o objetivo de contribuir com as políticas públicas de prevenção e combate em um trabalho de risco. A atuação delas nas unidades de conservação já teve início com a recuperação de equipamentos, reconhecimento e limpeza de áreas. Mas ainda não entraram em ações de combate ao fogo, o que deve ocorrer quando o período de seca se intensificar e forem identificados focos de incêndios florestais nas áreas protegidas pela legislação ambiental. Prevenção O secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, explica que a prevenção é uma das prioridades do Governo do Distrito Federal para diminuir as ocorrências de incêndios florestais no território. “Nos últimos três anos, nós temos aprimorado a contratação dos brigadistas, construído aceiros e queimas prescritas em áreas de risco, além de melhorar a estrutura de equipamentos de segurança, de transporte e táticas de combate aos focos”, afirma. A estratégia do Brasília Ambiental é manter brigadas em bases fixas, que servem de apoio às cidades onde estão instaladas e à região subjacente, da Diretoria de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Dpcif), em unidades de conservação do DF. Atualmente são três bases, localizadas em Águas Claras, na sede do órgão; na Asa Norte e na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), em Planaltina. De lá, brigadistas são acionados, debelando focos menores e atuando junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) em casos de ocorrências mais graves. Mulheres do fogo Fernanda Alves sonhava desde a infância com a profissão de bombeira. Como sempre morou em áreas rurais, brincava de apagar chamas com palha de coqueiro, simulando os abafadores que finalmente vai utilizar na vida adulta. Se as sete mulheres estão com medo de enfrentar as chamas? Não. “É só não correr riscos, usar os equipamentos de forma correta, seguir os comandos e portar equipamentos de proteção individual [EPIs], como roupas de tecido adequado ao fogo, botinas, óculos”, responde Elisângela Carlos. Se as sete mulheres estão com medo de enfrentar as chamas? Não. “É só não correr riscos. Usar os equipamentos de forma correta, seguir os comandos e portar equipamentos de proteção individual”, responde Elisângela Carlos Veterana entre as demais colegas de profissão, aos 42 anos e com três filhos, ela desponta como alguém que pode ensinar muito, baseada no que aprendeu como brigadista voluntária em outras ocasiões e exercendo diversas funções na construção civil, como as de rejuntadeira e eletricista. Hoje ela atua em uma escola como auxiliar de serviços gerais. Vencendo preconceitos Minoria a ocupar uma função tida como masculina, elas não se intimidam. “As pessoas pensam que é só força e físico, mas é também trabalho mental; e estamos prontas, inclusive, para incentivar outras mulheres a ocupar esses e todos os espaços”, diz Fernanda Keller. Em casa, Isabella Ferreira dos Santos teve a inspiração do companheiro, também brigadista. No início, ele se assustou porque ela escolheu se candidatar para chefe da brigada. Mas, contando com uma rede de apoio composta por sua tia e sua mãe, Isabella encarou o desafio. Agora, a gestora ambiental formada pela Universidade de Brasília (UnB) está feliz e confiante. “Já tive oportunidade de cursar disciplinas sobre a ecologia do fogo, por exemplo, e o tema sempre me interessou”, conta. Liderança Por ter conhecimentos de diversas áreas, Isabella ocupa o posto de chefe de brigada. Junto às amigas Fernanda Keller, Michelle Duarte e Heloísa de Souza Freire, também formadas ou graduandas em Gestão Ambiental, ela vai atuar como brigadista pela primeira vez. As quatro garantem que não deixam a desejar a nenhum homem e que se sentem até mais preparadas como mulheres. O curso de formação foi feito em Corumbá de Goiás. Elas já estavam de olho na oportunidade e a agarraram, quando souberam do treinamento um dia antes do encerramento das inscrições. Na turma, a maioria era de mulheres. “Na avaliação final, eram três quilômetros de corrida, três de caminhada com bomba costal de 20 litros e dezenas de abdominais e exercícios de barra; foi um momento de superação pessoal mesmo”, conta Fernanda. No ano passado, Brasília conseguiu diminuir a área queimada nas unidades de conservação em 50% “A gente se conhece há muito tempo, estudou junta. Temos amigos brigadistas que nos incentivaram e estávamos esperando o curso de formação” diz. Ela, Heloísa, Michelle e Isabelle não tiveram despesa com inscrição, deslocamento e hospedagem. O curso foi ministrado com recursos de compensação ambiental e foi aceito no DF por ser de responsabilidade de um órgão público. Instrução O diretor do Dpcif do Brasília Ambiental, Pedro Cardoso, foi um dos instrutores da turma. Ele explicou que a criação de uma área específica para atuar na prevenção e combate aos incêndios florestais foi um marco nas políticas públicas da área no DF. “Ainda temos muito a melhorar, mas estamos com uma estrutura muito melhor, inclusive em termos de equipamentos, sua padronização e qualidade”, diz. O analista ambiental Airton Mauro de Lara, que trabalha no departamento, disse que no senso comum é normal encarar o cerrado como propício e resiliente ao fogo. “Mas não podemos pensar assim. O fogo não é normal. Há estudos apontando que corremos o risco de extinção de muitas espécies devido ao fogo, e não podemos encarar este fato com normalidade”, alerta. Coordenadora do Ppcif na Sema e responsável por detalhar o plano às brigadistas, Carolina Schubart comemorou o aumento no número de mulheres na brigada. “No ano passado foram quatro. Esse ano, estamos com oito, e mais seis podem entrar na segunda chamada. Termos mais mulheres é um avanço e ser uma mulher e estar à frente desta missão também. Mas não é fácil. O que nos motiva é o amor ao que fazemos e estar de braços abertos para o que acreditamos”, diz. Emergência Ambiental [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Distrito Federal entrou em estado de emergência ambiental em março por determinação do Decreto nº 41.783, assinado pelo governador Ibaneis Rocha. A medida é válida até novembro e possibilita, entre outras ações, a contratação de brigadistas florestais a tempo de atuar na prevenção e não apenas no combate aos focos de incêndios. No ano passado, Brasília conseguiu diminuir a área queimada nas unidades de conservação em 50%. * Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Homenagem ao protagonismo das mulheres negras
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) elaborou uma programação em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha e da Diáspora, comemorado neste domingo (25), por meio da Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir). O evento ocorre nesta segunda-feira (26) e tem o objetivo de conscientizar a população do Distrito Federal sobre as dificuldades e conquistas da mulher negra. [Olho texto=”“O reconhecimento desta data é fundamental para marcar o protagonismo das mulheres negras na formação social, cultural e política do Brasil”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na própria segunda (26), haverá uma webconferência, às 10h, com o tema Racismo Estrutural e Saúde da Mulher Negra em alusão ao Dia 25 de Julho – Dia da Mulher Negra Afro-Latino-Americana, Caribenha e da Diáspora e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A atividade será promovida com apoio da Escola de Aperfeiçoamento do SUS (Eapsus), Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), em parceria com a Gerência de Populações Vulneráveis e Programas Especiais (GASPVP/SES/DF), Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir), além do Núcleo de Estudos da Diversidade Sexual e de Gênero (Nedig/UnB) e Ilê Axé Oyá Bagan. O encontro será no canal da Eapsus no Youtube. Sobre o Dia 25 de Julho A data do dia 25 de julho foi instituída em 1992 quando, em Santo Domingo, na República Dominicana, foi criada a Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas. “O reconhecimento desta data é fundamental para marcar o protagonismo das mulheres negras na formação social, cultural e política do Brasil”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. [Olho texto=”A Sejus reforça a importância do Dia 25 de Julho como forma de celebrar conquistas, denunciar violência e seguir na busca por acesso a direitos fundamentais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Para o subsecretário de Políticas de Diretos Humanos e de Igualdade Racial, Diego Moreno de Assis e Santos, esta data contribui para a visibilidade da luta das mulheres negras que vivem na América Latina e Caribe, muitas destas marcadas por violências e as mais cruéis formas de discriminação. A Sejus reforça a importância do Dia 25 de Julho como forma de celebrar conquistas, denunciar violência e seguir na busca por acesso a direitos fundamentais. Sendo, também, um momento de reflexão não só das mulheres negras no Brasil, mas voltando o olhar aos países que foram colonizados e tem efeitos tão presentes destes indicadores. Rainha Tereza Em âmbito nacional, a data faz alusão ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituída por meio da Lei nº 12.987/2014. Rainha Tereza viveu no século 18 no Vale do Guaporé- MT e liderou o Quilombo de Quariterê, após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados, comandando a estrutura política, econômica e administrativa da comunidade. Registros históricos apontam que ela comandou uma comunidade de três mil pessoas, unindo negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam, resistindo bravamente à escravidão por mais de 20 anos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dados De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Brasil, mulheres negras estão mais suscetíveis ao desemprego. Quando verificados os marcadores de gênero e raça na violência, houve redução de 8,4% entre 2017 e 2018. No entanto, a situação melhorou apenas para mulheres não negras. Assim, verificou-se que no período enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras caiu 11,7%, a taxa entre as mulheres negras aumentou 12,4%. Em 2018, 68% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras. Enquanto entre as mulheres não negras a taxa de mortalidade por homicídios no último ano foi de 2,8 por 100 mil, entre as negras a taxa chegou a 5,2 por 100 mil, praticamente o dobro. Segundo as estatísticas, as mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais apresentam percentuais maiores do que mulheres não negras com a falta de acesso ao pré-natal, seguido dos alarmantes casos de violências obstétricas. Programação: Data: 26/7 Horário: 10h Expositoras: – Jaqueline Fernandes: Importância do dia 25.7: Desafios e Conquistas da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha; – Damiana Neto: Saúde da Mulher Negra; – Maria Eduarda (Madu): A luta das mulheres negras trans por igualdade, direitos e voz na política de saúde – Adna Santos (Mãe Baiana): A importância dos Saberes Tracionais e o Sagrado para Mulher Negra. O encontro será no canal da Eapsus no Youtube. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Catálogo valoriza o feminino e diz não à violência
O fato de conviver desde a infância em uma família majoritariamente composta por mulheres negras impactou o futuro da professora Rayssa Carnaúba. “Sempre questionei os papéis que me eram impostos e passei a reagir”, explica. A indagação se aprofundou ao lidar com diversas adolescentes grávidas em Santa Maria, onde lecionou. “Percebia que a gestação comprometia o futuro dessas meninas e que havia muita indiferença quanto a isso”, lembra. Tal preocupação resultou em um mestrado que abordou a gravidez na adolescência e fez com que a profissional se apaixonasse de vez pela luta em prol dos direitos femininos. Segundo Andressa Marques, a educação constrói percepções nos estudantes como a de que a vida em sociedade requer o respeito às diferenças | Fotos: Robson Dantas/Secretaria de Educação Acreditando que a educação pode contribuir para a equidade de direitos e prevenção à violência contra meninas e mulheres, Rayssa articulou-se com outros professores e elaborou o Catálogo com referências e materiais pedagógicos: valorização das meninas e mulheres e enfrentamento às violências 2021. O podcast EducaDF desta semana apresenta o catálogo, que oferece um conjunto de referências e materiais pedagógicos para os professores. O objetivo é possibilitar que eles tratem de temas como a valorização da mulher e o combate à violência em sala de aula. Confira o episódio nas plataformas de áudio. Plantando novas práticas O catálogo faz parte da Política de Valorização das Meninas e Mulheres e Enfrentamento às Violências da Secretaria de Educação. Reúne a legislação e normas que orientam o tema nas escolas públicas. Traz também um apanhado com as principais ações já desenvolvidas pela pasta, além de um compilado de filmes, músicas, documentários e obras sobre o tema. Assim como Rayssa, a professora Isadora Oliveira, também uma das autoras do catálogo, acredita que o material pode ajudar os profissionais da educação a trabalhar com essa temática ao longo de todo ano. Desde 2017, Isadora desenvolve o projeto Entre Elas, que funciona como uma ferramenta na rede de proteção às estudantes. Publicação estimula a valorização de meninas e o combate à violência contra a mulher A iniciativa ganhou dois prêmios: Conectando Boas Práticas, da Fundação Lemann, e o Prêmio Maria da Penha vai à Escola, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). No momento, o projeto se encontra em fase de expansão e transformação em política pública e durante a pandemia foi realizado de maneira híbrida. Direitos femininos na escola Para a professora Andressa Marques, que pesquisa autoras negras na literatura, o catálogo possibilita “a construção de uma sociedade mais igualitária, na qual o ser humano consiga respeitar o outro e compreender de maneira ética e crítica qual é seu papel na interação social”, destaca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Nascida em uma família modesta, a mãe sempre incentivava Andressa a estudar e ser dona de suas próprias escolhas. “Ter liberdade econômica, por exemplo, não fazia parte da realidade de outras gerações de mulheres. Muitas ficaram restritas ao espaço doméstico e não conseguiam alçar novos voos por conta das limitações. A educação possibilita novas perspectivas às mulheres”, finaliza. * Com informações da Secretaria de Educação
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GDF leva serviços e ações às mulheres do Assentamento Chapadinha
[Olho texto=”“O governo passou a ver a gente, então, alavancamos o nosso próprio negócio. Isso é uma conquista para todos nós”” assinatura=”Maria do Carmo de Souza, moradora do Assentamento Chapadinha” esquerda_direita_centro=”direita”] Maria do Carmo de Souza tem 65 anos e há 16 tira seu sustento da terra. Ela aprendeu a plantar mandioca, pimentão e batata. Depois, passou a fazer virar dinheiro os produtos que nascia no seu terreno. Hoje, vende banana, repolho, tomate e outros hortifrutis em feiras pela cidade. “O governo passou a ver a gente, então, alavancamos o nosso próprio negócio. Isso é uma conquista para todos nós”, comemora. A produtora rural foi uma das moradoras do Assentamento Chapadinha, localizado no Lago Oeste, em Sobradinho, que recebeu a ação de lançamento do programa Secretaria da Mulher no Campo. O evento contou com a participação das Secretarias de Turismo (Setur); Saúde (SES); Educação (SEEDF); Justiça (Sejus); Segurança Pública (SSP); Desenvolvimento Social (Sedes); Mobilidade (Semob) e do Trabalho (Setrab); além da Emater, Defesa Civil, Conselho Tutelar, Caesb, Administração de Sobradinho e Sobradinho II e parceiros não governamentais. A Emater-DF levou ao assentamento oficinas técnicas de cultivo de suculentas e outras culturas, além de promover inclusão das mulheres em projetos e ações da empresa | Fotos: Divulgação/ Secretaria da Mulher “A gente reconhece a importância de trazer as iniciativas para a área rural. Estamos aqui lançando este projeto para dar visibilidade e reunir as pastas do governo para trazer políticas, ações, serviços, oportunidades e cuidados para as comunidades rurais”, reforçou a secretária da mulher, Ericka Filippelli. “O Fórum Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado existe desde 2015 e foi criado, justamente, porque, se as políticas públicas, muitas vezes, não alcançam as mulheres da cidade, imagina a dificuldade que é para chegar às mulheres do campo”, acrescentou a secretária. [Olho texto=”“É muito importante que essas ações venham até nós, até a área rural. Um evento como esse, com tantas secretarias reunidas para apoiar a comunidade, pode mudar a vida dessas mulheres”” assinatura=”Janaína Romualdo, coordenadora do acampamento Marielle Franco, em São Sebastião, e diretora de reforma agrária da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Distrito Federal e Entorno (Fetraf-DFE) ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Janaína Romualdo, de 38 anos, é coordenadora do acampamento Marielle Franco, localizado em São Sebastião, além de diretora de reforma agrária da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Distrito Federal e Entorno (Fetraf-DFE). Ela luta para que a população rural do DF alcance mais oportunidades e destaca a importância da presença governamental para auxiliar as mulheres do campo. “É muito importante que essas ações venham até nós, até a área rural. Porque são mulheres que, muitas vezes, ficam esquecidas, têm dificuldade de locomoção, pouco acesso à informação e não têm acolhimento ou auxílio para saúde tão próximo. Um evento como esse, com tantas secretarias reunidas para apoiar a comunidade, pode mudar a vida dessas mulheres”, afirma. Atendimento Ao todo, 550 pessoas foram atendidas durante a primeira ação do Secretaria da Mulher no Campo. Elas tiveram acesso a abordagem psicossocial, conversas educativas sobre direitos, legislação e formas de combate à violência de gênero; além de receber orientações sobre como participar das oficinas de capacitação, gratuitas e virtuais, voltadas à autonomia financeira e econômica da mulher, oferecidas pela SMDF. As mulheres também puderam fazer inscrições no Cadastro Único, da Sedes e no Programa Prospera, da Setrab. Os moradores do assentamento ainda participaram da oficina de pintura oferecida pela SSP. Representantes de oito secretarias do GDF, além de Emater, Defesa Civil, Conselho Tutelar, Caesb, Administração de Sobradinho e Sobradinho II e parceiros não governamentais participaram do evento A Secretaria de Saúde promoveu diversas ações voltadas à prevenção e ao cuidado com a saúde da mulher e ofereceu agendamento de exame citopatológico, vacinação contra influenza e hepatite, além da realização de testes rápidos de hepatite B e C, HIV e sífilis. Ainda teve palestra com sucesso de público: mulheres, homens e crianças foram orientados sobre como manter a saúde bucal e receberam kits de higiene dental ao final das explicações. Incentivo a talentos A Emater-DF esteve presente e levou ao assentamento oficinas técnicas, como a de cultivo de suculentas, mas também ofereceu atendimentos sobre cultivos diversos e inclusão de produtores em projetos e ações da empresa. O Assentamento Chapadinha é referência na produção de orgânicos e recebe assistência da Emater-DF. [Olho texto=”“A vitória da Secretaria da Mulher é a vitória da Emater-DF, é a vitória do governo, que se une para levar oportunidade e dignidade para o campo”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] A presidente da empresa, Denise Fonseca, destacou a importância da união de órgãos do governo para levar serviços essenciais para as mulheres do campo e toda a comunidade. “A vitória da Secretaria da Mulher é a vitória da Emater-DF, é a vitória do governo, que se une para levar oportunidade e dignidade para o campo. Essa ação vai fortalecer a inclusão da mulher em políticas públicas. Temos muito ainda a conquistar, mas juntos ainda vamos fazer muito mais”, ressaltou. Os artistas locais também puderam aproveitar a oportunidade para solicitar a emissão da carteira de artesão. O documento oferece a esses trabalhadores a oportunidade de participar de feiras locais, regionais e nacionais e dar visibilidade a suas produções. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Setur colocou as ações de qualificação do artesanato à disposição das mulheres e homens do Assentamento Chapadinha. “Nossa equipe está aqui para identificar as pessoas que precisam de um olhar mais atencioso e tenham o desejo de se qualificar no ofício de artesão para receber a Carteira Nacional do Artesão. A carteira é um passaporte para a dignidade, autonomia econômica e empoderamento pela profissionalização”, afirmou a secretária Vanessa Mendonça. A iniciativa é realizada de acordo com as demandas apresentadas pelas mulheres participantes do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado. Além do Secretaria da Mulher no Campo, foi lançado no mesmo evento o selo do Fórum, elaborado com a participação de suas integrantes e que será usado para identificar os produtos elaborados por elas. No dia 16 de julho, o Secretaria da Mulher no Campo estará no Assentamento Oziel Alves, em Planaltina. Em agosto, haverá ações no Núcleo Rural Fazenda Larga, Planaltina; no Assentamento 1° de Julho, em São Sebastião, e no Assentamento Renascer Palmares, em Planaltina, com datas a serem confirmadas. *Com informações da Secretaria da Mulher
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GDF lança Programa de Atenção Materno Infantil (Proamis)
Uma das propostas do Proamis é incentivar o aleitamento materno. As mães poderão ir ao berçário para amamentar a criança durante o horário de trabalho | Foto: Divulgação / Secretaria de Economia O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou, nesta quarta-feira (16), o Programa de Atenção Materno Infantil (Proamis) destinado a todas as servidoras da administração pública do DF. O programa foi idealizado pela Secretaria Executiva de Qualidade de Vida (Sequali) da Secretaria de Economia (Seec) e tem como foco a proteção à maternidade e à primeira infância. O Proamis-DF é constituído por três eixos fundamentais: apoio à gestante, incentivo ao aleitamento materno e proteção à infância. Para atender essas necessidades, a Secretaria de Economia promoverá cursos, palestras e atividades físicas. Também serão oferecidas atividades de cuidado e proteção à criança e à família e de fortalecimento do vínculo afetivo mãe-criança. Uma das grandes novidades do programa será a criação de um berçário institucional no Anexo do Palácio do Buriti, com espaço para amamentação. O local será inaugurado no final do segundo semestre de 2021 e poderá atender até 60 crianças. O berçário institucional atenderá aos filhos das servidoras, após a licença-maternidade. No berçário serão atendidas crianças com idade entre seis e 24 meses incompletos. Incentivo Como forma de incentivar o aleitamento materno, as mães poderão ir ao berçário para amamentar a criança durante o horário de trabalho. Para utilizar a estrutura do berçário, as servidoras deverão abrir mão do auxílio-creche e pré-escola, disposto no Decreto nº 16.409, de 05 de abril de 1995. “O lançamento do Proamis marca um novo tempo de valorização e qualidade de vida para as servidoras do GDF”, afirmou a secretária executiva da Sequali, Adriana Faria. “O programa traduz o que existe de mais avançado na promoção do bem-estar associado à melhor produtividade no trabalho, sem perder de vista a colaboração de todos pela atenção à primeira infância”, detalhou a secretária. “É preciso cuidar dos servidores porque assim nós estaremos cuidando da própria sociedade”, destacou Adriana Faria. “Economia normalmente é uma área muito fria, mas estamos mudando essa imagem. Economia tem a ver com fazenda, com orçamento, com planejamento, mas também com obras, com entregas, com gestão de pessoas e com qualidade de vida. A maior riqueza que temos são as pessoas e estamos valorizando nossos servidores”, explicou o secretário de Economia, André Clemente. “Estamos implementando ações que têm mudado a realidade do serviço público, são entregas que ficarão para as futuras gerações”, acrescentou. A primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, também participou da solenidade. “Este lançamento é um gol de placa. É uma ação que vai incentivar ainda mais o aleitamento materno e, assim, o vínculo entre a mãe e filho”, defendeu, ao destacar a importância de ações que valorizem a primeira infância, como o programa Criança Feliz Brasiliense, que realizou, mesmo com a pandemia, 27 mil visitas domiciliares em 2020. A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, também destacou a importância do investimento na qualidade de vida dos servidores do DF. “São ações que impactam na qualidade de vida, na nossa economia, que se reverterão na carreira e na dedicação das nossas servidoras”, afirmou. “Desde a elaboração do nosso plano de governo, valorizar o servidor público é uma determinação do governador Ibaneis Rocha. O Proamis é um programa de qualidade de vida no trabalho, e as mães ficarão mais tranquilas, sabendo que seus filhos estarão assistidos e cuidados”, finalizou o vice-governador Paco Britto. O deputado distrital Jorge Viana falou de várias entregas do governo voltadas aos servidores, como o plano de saúde. “Vamos marcar este governo como um governo que cuida do servidor”, afirmou. Também estiveram presentes na solenidade de lançamento do Proamis as secretárias de Turismo, Vanessa Mendonça, e de Esporte, Giselle Ferreira, além do secretário de Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, e do presidente da Codeplan, Jean Lima. Participaram do evento de forma virtual várias servidoras gestantes. Cursos e palestras [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Proamis abrange o oferecimento de cursos e palestras para as servidoras. As inscrições para o curso A Importância da Primeira Infância, que será ministrado pela Egov, já estão abertas. Assim como as inscrições para a palestras “Alterações fisiológicas na gravidez”, ministrada pela Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde). Para fazer as inscrições e ter informações sobre os próximos cursos e palestras, assim como de todo o programa, basta acessa o site do Proamis: www.proamis.df.gov.br. Outra medida prevista no Proamis, que já é oferecida pela Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, são as atividades de apoio à gestante e à puérpera. O acolhimento também é direcionado a servidoras efetivas e comissionadas e inclui atendimento psiquiátrico individual e atendimento psicológico individual e em grupo. Para se inscrever, a servidora deve enviar e-mail para saudementalmaterna@economia.df.gov.br ou mensagem para (61) 98141-7397. *Com informações da Secretaria de Economia
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Mulheres assistidas pela Secretaria de Segurança ganham cestas básicas
A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) recebeu, nesta semana, 15 cestas básicas para serem entregues às assistidas que estão sob medidas protetivas e inseridas em um dos programas de proteção da pasta, o Viva Flor. A doação dos alimentos foi feita pela Fundação Banco do Brasil, pelo programa Proteja e Salve + Vidas. A necessidade de recebimento dos donativos foi identificada por servidores da Subsecretaria da Prevenção à Criminalidade (Suprec), da SSP, responsável pelo acompanhamento sistemático dessas mulheres. “Mensalmente, os servidores da Suprec fazem contato com todas as assistidas. Além da preocupação com a segurança, os servidores atentam-se às necessidades diárias, principalmente durante a pandemia, em que muitas perderam empregos e, consequentemente, o sustento familiar. A partir da identificação da necessidade, a Suprec realiza a mobilização necessária para atender as demandas que surgem. Os alimentos já começaram a ser distribuídos”, explica o secretário de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo. A necessidade de recebimento dos donativos foi identificada por servidores da Subsecretaria da Prevenção à Criminalidade (Suprec) | Foto: Divulgação/SSP De acordo com o subsecretário de Prevenção à Criminalidade, Sávio Ferreira, o objetivo da ação é mostrar às assistidas que não estão sozinhas neste momento. “Esta é uma ação conjunta para minimizar a situação das assistidas que estão passando por algum problema de ordem econômico-financeira, agravados pelo momento pandêmico. Estamos sempre em busca de parceiros com objetivos comuns, que é melhorar a qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesta ação, contamos com o programa Proteja e Salve + Vidas, que tem atendido o DF e outros estados”. A campanha de ajuda humanitária Proteja e Salve + Vidas, da Fundação BB com parceria do Banco do Brasil e empresas do conglomerado, já distribuiu mais de 10 mil toneladas de alimentos, além de itens de higiene, limpeza e proteção individual em todos os estados brasileiros e DF. “A iniciativa promove a compra da produção do agricultor familiar, que atualmente enfrenta dificuldades de comercialização, para a montagem de cestas de alimentos e entrega às famílias que mais precisam. O projeto Viva Flor, vem ao encontro da Proteja e Salve + Vidas, no âmbito de conectar as pontas da cadeia produtiva, quem planta com quem tem a necessidade básica. A ação no DF conta com a parceira da Astraf, associação dos agricultores, localizada em Sobradinho”, afirma a consultora da Superintendência Comercial Especializada DF do Banco do Brasil, Nathalia Fazollo. Viva Flor Atualmente, o Programa de Segurança Preventiva para Ofendidas em Medida Protetiva de Urgência – Aplicativo Viva Flor, atende 115 mulheres em situação de violência doméstica, sob risco de violência extrema. Elas recebem acompanhamento da equipe técnica responsável e por meio do aplicativo instalado no próprio celular possuem acesso ao atendimento prioritário de emergência das forças policiais em caso de violência ou grave ameaça perpetrada pelo agressor. A ação foi lançada em 2017 pela SSP e atende a todos os juizados de violência contra a mulher e tribunais do júri do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A decisão por esse tipo de medida é tomada, durante audiência, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), bem como comunicada à SSP para cumprimento. Ou seja, quem define o caso e por quanto tempo a ferramenta poderá ser utilizada pela mulher protegida é o poder Judiciário. Por razões de segurança da vítima, as características do dispositivo que, de fato, será instalado no celular são preservadas. Na prática, quando a protegida se sente ameaçada, ela recorre ao aplicativo e, logo na sequência, um alerta é emitido para o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), localizado no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), com serviços disponíveis 24 horas por dia. Informações como nome, endereço e o caso concreto são fornecidas pela Justiça, após audiência, e aparecem na tela do operador, a fim de otimizar a identificação da assistida e garantir maior celeridade no atendimento. No momento em que a situação é repassada aos atendentes, uma viatura é acionada para se deslocar até o endereço onde a mulher estiver. Isso é possível graças à tecnologia de georreferenciamento que dá a localização exata do chamado. Cooperação Além das secretarias de Segurança Pública e da Mulher, as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros, o TJDFT, o Ministério Público do DF e a Defensoria Pública do DF integram a rede de parceiros no Programa de Segurança Preventiva para Ofendidas em Medida Protetiva de Urgência – Aplicativo Viva Flor. * Com informações da SSP/DF
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Mais um ponto de denúncia de casos de violência contra a mulher
O Parque da Cidade será mais um aliado no combate à violência doméstica e familiar no Distrito Federal. Vigilantes e funcionários da limpeza e conservação do maior parque urbano da América Latina, além dos funcionários da própria administração, serão treinados para participar da campanha do Código Sinal Vermelho, que incentiva as vítimas de violência doméstica e familiar a pedirem ajuda de forma silenciosa, por meio de um “X” vermelho pintado na mão. Cerca de 25 mil pessoas frequentam o Parque da Cidade, de segunda a sexta-feira. Nos fins de semana, são aproximadamente 100 mil pessoas por dia, um aumento de 40% ao longo da pandemia | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A ideia é que o parque seja mais um ponto de denúncia para as vítimas de agressão. “Queremos que as mulheres que frequentam o parque, e sofrem algum tipo de violência, se sintam confortáveis e acolhidas se resolverem pedir ajuda para nossos colaboradores”, explica o administrador do parque, Silvestre Rodrigues da Silva. Segundo ele, o Parque da Cidade recebe cerca de 25 mil pessoas em dias úteis e 100 mil por dia nos finais de semana, um aumento de 40% ao longo da pandemia. ”Recebemos por semana milhares de pessoas, então, com certeza, dentro desse número, há vítimas de violência. Precisamos estar preparados para acolher e direcionar quem nos pedir ajuda, bem como identificar possíveis cenários de violência em nossas dependências e poder reagir a isso da forma correta”, afirma. [Olho texto=”“O Parque da Cidade é o coração de Brasília, onde circulam milhares de pessoas todos os dias. É importante que os funcionários desse local passem pela capacitação para que o parque seja mais um ponto de informação e que as pessoas ajudem na luta pelo enfrentamento da violência contra a mulher”” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] De fato, a pandemia de covid-19 aumentou o risco para as vítimas de violência doméstica. Em março e abril de 2020, o índice de feminicídios cresceu 22,2% em todo o Brasil, em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Além disso, conforme dados da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios, da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF), verificou-se que, em 2020, no Distrito Federal, 94% das vítimas de feminicídio não fizeram boletim de ocorrência ou alguma denúncia antes da fatalidade. Calma A capacitação será feita em parceria com a Secretaria da Mulher e acontece nesta quarta-feira (2). No treinamento, os colaboradores assistirão a uma palestra de cerca de uma hora de duração coordenada pela Secretaria da Mulher que vai esclarecer o que é o Código Sinal Vermelho e como participar da campanha. Cerca de dez pessoas, que serão multiplicadoras para as equipes, participarão da capacitação. Para a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, que foi uma das primeiras a aderir à campanha, a iniciativa é fundamental para multiplicar o conhecimento sobre a campanha do sinal vermelho. “É preciso incentivarmos as mulheres a denunciar qualquer tipo de violência e, além disso, é necessário ensinarmos à sociedade como agir diante de uma situação de violência doméstica”, disse. Como será na prática Decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha estabelece que as vítimas de violência doméstica poderão ir a um dos estabelecimentos participantes e apresentar um “X” vermelho na mão, como sinal de que estão vivendo uma situação de vulnerabilidade. A mulher também poderá pedir ajuda verbalmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quem receber a denúncia deve manter a calma para não chamar a atenção das pessoas à volta sobre a condição da mulher e, menos ainda, levantar suspeitas do agressor caso ele esteja por perto. A providência indicada é anotar todo os dados da vítima e, caso ela tenha necessidade de sair do local, ligar, imediatamente, para os números 190 (Emergência – Polícia Militar), 197 (Denúncia – Polícia Civil) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher) para reportar a situação às autoridades competentes. “O Parque da Cidade é o coração de Brasília, onde circulam milhares de pessoas todos os dias. É importante que os funcionários desse local passem pela capacitação para que o parque seja mais um ponto de informação e que as pessoas ajudem na luta pelo enfrentamento da violência contra a mulher”, afirma a secretária da Mulher, Éricka Filippelli. Ela ressalta que cafés, restaurantes e hotéis estão cadastrados na campanha e que, em maio, 350 funcionários do Sistema Social do Comércio (Sesc) foram capacitados para auxiliar mulheres vítimas de violência.
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Secretaria da Mulher cria o ‘Programa Acolher’
A Secretaria da Mulher dá mais um passo para fortalecer e unificar os serviços de acolhimento e atendimento às mulheres vítimas de violência. A meta é criar princípios, diretrizes, atribuições e competências para direcionar o funcionamento dos equipamentos da pasta que oferecem serviços destinados ao enfrentamento das agressões ao gênero. Para tanto, foi instituído, por meio da Portaria n°41, o Programa Acolher. A proposta é determinar objetivos gerais, objetivos específicos e princípios inerentes sobre como deve ser o atendimento prestado em cada um dos equipamentos da secretaria voltados ao atendimento e acolhimento às vítimas de violência, além de definir a forma para que isso seja feito de forma integrada. [Olho texto=”“Isso mostra que nossos serviços precisam ter o olhar do todo, identificar os locais que essa mulher pode percorrer e criar os caminhos para que ela possa chegar até lá”” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Antes, não existia uma diretriz única que interligasse todos os equipamentos, e cada um prestava o atendimento de maneira autônoma. Agora, o Programa Acolher traz a obrigatoriedade da integração dos serviços oferecidos pelas unidades do Centro Especializado de Atendimento às Mulheres (Ceam) e do Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafadv), além do Espaço Empreende Mais Mulher e da Casa da Mulher Brasileira. Para ilustrar, caso alguma mulher chegue ao Ceam e lhe seja identificada que uma dependência financeira, ela poderá ser orientada a participar de um dos projetos de capacitação econômica oferecidos pela Secretaria da Mulher e, assim, integrar os dois serviços. “Isso mostra que nossos serviços precisam ter o olhar do todo, identificar os locais que essa mulher pode percorrer e criar os caminhos para que ela possa chegar até lá”, esclarece a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Integração de serviços O programa também tem o objetivo de criar os protocolos e fluxos necessários para o acolhimento dessa mulher, reforçando a importância da interlocução e articulação com outros órgãos e programas do governo, tendo em vista que as ações da secretaria são baseadas em uma política transversal. Com isso, os equipamentos da pasta estarão aptos a encaminhar essas mulheres a outros serviços destinados ao empoderamento feminino e ao enfrentamento da violência de gênero, como os oferecidos pelas demais secretarias do GDF para inclusão em programas sociais, acesso às instituições competentes e a serviços das demais políticas públicas. “O objetivo é normatizar a prestação de serviços que promovam a equidade de gênero, a cultura de paz, o empoderamento de mulheres e a responsabilização de autores/as de violência doméstica e familiar, considerando as questões raciais, étnicas, geracionais, de orientação sexual, de identidade de gênero, de deficiência e de inserção social, econômica e regional”, afirma a subsecretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Irina Storni. Além disso, uma vez estabelecidos o fluxo geral, protocolos e encaminhamentos oferecidos pelos equipamentos da pasta, o programa vai proteger, acompanhar e abrir possibilidades – serviços, programas, benefícios – para construção da cidadania e para o resgate da autoestima das mulheres. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também são objetivos do programa promover o acesso à rede de qualificação e de requalificação profissional; evitar a revitimização durante o atendimento, acompanhamento e acolhimento, com a finalidade de não promover a naturalização da violência, além de desenvolver intervenções multidisciplinares e reflexivas a partir de perspectivas feministas de gênero e direitos humanos. O Programa Acolher ainda reforça a necessidade de unir esforços para realizar trabalho de responsabilização, reeducação e reflexão com autores/as de violência doméstica e familiar contra as mulheres para favorecer a resolução dos conflitos e a superação da violência de gênero, por meio da articulação com a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres e demais serviços da rede local. * Com informações da Secretaria da Mulher
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Mitos e verdades sobre a violência que atinge a mulher
É fato que a legislação que protege as vítimas de violência doméstica não ampara os homens e os deixa desassistidos quando o abuso é inverso? Ou que as medidas previstas na Lei Maria da Penha só se aplicam a mulheres “cis” e não protegem as “trans” em vulnerabilidade? Respostas a essas e outras questões estão na cartilha Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher: Mitos e Verdades, produzida pela Defensoria Pública do Distrito Federal. Como gestor dessa rede de proteção do cidadão – da qual a Defensoria Pública faz parte –, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher, vem investindo em políticas públicas de suporte às vítimas de violência doméstica. Depois de construir a segunda Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em 2020, este ano, abriu a Casa da Mulher Brasileira, ambas em Ceilândia. A secretaria desenvolve uma série de ações, como o Ônibus da Mulher – que visita as regiões administrativas e aborda a comunidade para falar de violência doméstica –, acolhe as vítimas nas unidades do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceams) e dá suporte para que saiam da situação de vulnerabilidade diante de seus companheiros. “Tudo que tem como objetivo informar e esclarecer as vítimas de violência doméstica sobre seus direitos e da rede que é capaz de assisti-las é muito bem-vindo. A Defensoria Pública é nossa parceria dentro de um sistema integrado de proteção à mulher, tanto na Casa da Mulher Brasileira quanto nos Ceams”, afirma a secretária da Mulher, Éricka Filippelli. Do que trata a cartilha A proposta da cartilha Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher: Mitos e Verdades é desmistificar, conscientizar e esclarecer a sociedade sobre a aplicação da Lei nº 11.340, a Lei Maria da Penha. Com linguagem acessível, o material aborda diversos pontos da legislação, trazendo detalhes sobre medidas protetivas e esclarecimentos sobre atos que tipificam violência de gênero, doméstica e familiar. [Olho texto=”A cartilha traz esclarecimentos sobre os casos em que a Lei Maria da Penha pode ser aplicada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “É um material com linguagem clara, sem o ‘juridiquês’ – que, muitas vezes, mais confunde do que esclarece –, para que mais pessoas tenham conhecimento do que está presente no nosso dia a dia”, esclarece a defensora pública e titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Samambaia, Antonia Carneiro. O conteúdo tem como base o registro das principais dúvidas extraídas em atendimentos e entrevistas com réus de processos de violência doméstica e familiar contra a mulher. Na cartilha, são apresentados esclarecimentos sobre os casos em que a Lei Maria da Penha pode ser aplicada, atos que caracterizam violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial e o prosseguimento do processo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2020, com o agravamento da pandemia, os canais de atendimento, Ligue 180 e Disque 100, registraram mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher. Com as medidas de isolamento social, o confinamento das vítimas com seus agressores – que muitas vezes vivem na mesma casa – levou ao aumento expressivo dos casos e de subnotificações. Diante disso, a atuação massiva e constante da Defensoria tem sido crucial para expandir os mecanismos de proteção qualificada e atendimento humanizado.
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Ponto de Encontro das Mulheres Hipercriativas
O projeto Mulheres Hipercriativas, parceria da Secretaria da Mulher e da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), acaba de ganhar mais aliados no desafio de capacitar 4 mil mulheres de todo Distrito Federal e Região do Entorno. Para expandir essas conexões e oferecer oportunidades ao maior número possível de alunas, as administrações regionais, por meio da Secretaria Executiva das Cidades (Secid), se tornarão pontos de encontro para as mulheres que quiserem fazer um dos cursos, on-line e gratuitos, na área de economia criativa. Até o fim do mês, está prevista a inauguração de pontos de encontro do projeto nas administrações regionais do Cruzeiro, São Sebastião, Paranoá, Estrutural, Setor de Indústria e Abastecimento, Ceilândia, Vicente Pires e Guará | Foto: Divulgação/Secretaria da Mulher Nesta sexta-feira (21), foi implantado o primeiro Ponto de Encontro das Mulheres Hipercriativas na administração de Candangolândia. A biblioteca pública da cidade foi preparada para receber as alunas. “Quando você fala em capacitar pessoas, é dar a oportunidade de aprimorar e trazer novos conhecimentos, de uma forma gratuita e com toda essa infraestrutura à disposição. A gente não tinha como ficar fora deste programa. Tenho certeza de que vai ser um sucesso e uma oportunidade única para muitas mulheres da nossa comunidade e das cidades vizinhas”, disse o administrador José Luiz Gonzalez. [Olho texto=”O Ponto de Encontro das Mulheres Hipercriativas tem uma sala destinada à orientação da gestão empreendedora e contará com computadores com acesso à internet, impressora, aparelhos de TV e mesas de reunião” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Um acordo entre as secretarias da Mulher e de Governo (Segov) reconhece as administrações regionais como um importante ponto de referência para a comunidade e, portanto, local ideal para divulgar o projeto, além de servir como apoio para ajudar as interessadas desde o momento da inscrição no curso até a elaboração do projeto final de seus negócios. “Esperamos que esta ação seja o início de um grande projeto, com grandes conquistas”, diz Felipe Teixeira, da Secretaria Executiva das Cidades. Até o fim do mês, serão inaugurados novos pontos de encontro do projeto nas administrações regionais do Cruzeiro, São Sebastião, Paranoá, Estrutural, Setor de Indústria e Abastecimento, Ceilândia, Vicente Pires e Guará. “É um novo caminho para oferecer a essas mulheres. Durante a pandemia, as mulheres foram muito atingidas, já que muitas trabalham no setor de serviços. Essa parceria com as administrações oferece uma porta aberta e reforça a visão que o governador Ibaneis Rocha tem de abrir espaços públicos que a comunidade use, de trazer a população para perto. Muitas não têm computador ou internet em casa. Então, pensamos em criar esses pontos de encontro e oferecer às mulheres 32 cursos na área de economia criativa”, comemora a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. [Olho texto=”Além das administrações regionais, outros locais serão pontos de encontros do projeto, como organizações da sociedade civil, associações de mulheres, Casa da Mulher Brasileira em Ceilândia, Espaço Empreende Mais Mulher de Taguatinga e os centros especializados de atendimento às mulheres (somente como apoio para divulgação, orientação e inscrição)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Ponto de Encontro das Mulheres Hipercriativas tem uma sala destinada à orientação da gestão empreendedora e contará com computadores com acesso à internet, impressora, aparelhos de TV e mesas de reunião. Tudo para garantir que as alunas possam assistir às aulas virtuais – tanto as que serão ao vivo e com hora marcada –, como ter acesso aos materiais gravados de cada oficina. Ali, elas ainda poderão fazer reuniões e as tarefas demandadas durante o curso. “A ideia é facilitar o acesso ao projeto para as mulheres de todos os lugares do DF, principalmente das regiões com os maiores índices de vulnerabilidade, permitindo a capilarização e territorialização desta estratégia, que tem o potencial de mudar a vida dessas mulheres e suas famílias, levando novas oportunidades”, esclarece a subsecretária de Promoção das Mulheres, da Secretaria da Mulher, Fernanda Falcomer. Além das administrações regionais, outros locais serão pontos de encontros do projeto, como organizações da sociedade civil, associações de mulheres, Casa da Mulher Brasileira em Ceilândia, Espaço Empreende Mais Mulher de Taguatinga e os centros especializados de atendimento às mulheres (somente como apoio para divulgação, orientação e inscrição). Faça parte Interessados em integrar a rede deste projeto de empreendedorismo feminino, com a implantação de um Ponto de Encontro da Mulher Hipercriativa na sua instituição, podem entrar em contato com a Secretaria da Mulher no e-mail. Saiba mais sobre o Projeto Mulheres Hipercriativas O projeto é uma parceria da Secretaria da Mulher com a Organização dos Estados Ibero-Americanos e conta com o apoio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, além da parceria de gestoras públicas, líderes comunitárias e empresárias do DF, que atuam como embaixadoras. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Professoras facilitadoras, selecionadas e remuneradas pelo projeto, irão oferecer 32 cursos em diversas especializações da economia criativa. O objetivo é capacitar, de forma virtual e gratuita, 4 mil mulheres em todo DF e Entorno, fortalecendo uma rede feminina de empreendedorismo feminino e incentivando o desenvolvimento da autonomia econômica das mulheres. Acesse o site aqui. Serviço: O acesso das mulheres ao Pontos de Encontro das Mulheres Hipercriativas é livre e os horários de atendimento deverão ser consultados em cada local. No caso da Biblioteca Pública de Candangolândia, o agendamento deve ser feito com a Gerência de Políticas Sociais da Administração pelo telefone: 98401-0771. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Casa da Mulher Brasileira começa a atender nesta quinta (22)
Durante a pandemia, o atendimento na Casa da Mulher Brasileira será de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30 | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em mais uma ação de suporte às vítimas de violência doméstica, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher, inaugurou, na tarde desta terça-feira (20), a Casa da Mulher Brasileira. O espaço, que fica na CNM 1, em Ceilândia, oferece atendimento psicossocial, cursos de capacitação, suporte jurídico e policial, e já começa a funcionar nesta quinta-feira (22). [Olho texto=”“O ideal é botar a Casa próxima de onde se concentram as maiores ocorrências de violência. Conseguimos agora, nesta obra, trazer, além do atendimento, o acompanhamento judicial necessário, oferecer cursos profissionalizantes e contar com a presença da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Judiciário”” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante a pandemia, o atendimento na Casa da Mulher Brasileira será de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30. A expectativa é de que, futuramente, esse horário seja estendido das 9h às 19h. Região administrativa mais populosa do DF, Ceilândia é também um dos lugares onde mais se registram ocorrências de violência doméstica. Por essa razão, a cidade ganhou em 2020 a segunda Delegacia da Mulher do Distrito Federal. A primeira funciona na Asa Sul. Ao inaugurar a Casa, o governador Ibaneis Rocha lembrou que o espaço onde funcionou a Casa da Mulher Brasileira, na Asa Norte, era de difícil acesso e enfrentou problemas estruturais graves, o que determinou o embargamento do prédio. “O ideal é botar a Casa próxima de onde se concentram as maiores ocorrências de violência. Conseguimos agora, nesta obra, trazer, além do atendimento, o acompanhamento judicial necessário, oferecer cursos profissionalizantes e contar com a presença da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Judiciário”, destacou Ibaneis. Na ocasião, foi assinado o acordo de cooperação técnica do programa Mulher Segura e Protegida – uma parceria entre a Secretaria da Mulher do DF e a Secretaria Nacional de Política para Mulheres, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Também participam da iniciativa o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). Fim da rota crítica Secretária da Mulher, Ericka Filippelli destacou que, ao integrar diversos atendimentos às vítimas de violência em um único lugar, o governo evita a chamada rota crítica, que é quando a mulher precisa percorrer diversos órgãos públicos para dar prosseguimento à denúncia – e, muitas vezes, desiste da ocorrência. “O DF tem uma rede de enfrentamento à violência muito robusta e esse é só mais um passo nesse caminho.” O GDF prepara a construção de mais quatro Casas da Mulher Brasileira no DF: no Sol Nascente, em São Sebastião, no Recanto das Emas e em Sobradinho II. “Esta é a primeira, mas temos certeza que não será a única, o que nos conforta saber que muitas mulheres serão protegidas neste lugar”, afirmou a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que esteve na inauguração. Acostumada a lidar com atendimentos majoritariamente femininos na Secretaria de Desenvolvimento Social, a secretária Mayara Noronha Rocha lembrou que a autonomia econômica é um braço fundamental para ajudar que as vítimas de violência doméstica consigam quebrar a cadeia de dependência com seus agressores. O governador do DF, Ibaneis Rocha, participou da inauguração da sede da Casa Mulher Brasileira ao lado da primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, e da secretária da Mulher, Ericka Filippelli | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia vai contar com um andar onde será montada uma cozinha industrial, além de salas de aula. “Na secretaria, 87% do público é feminino. No DF Sem Miséria, 90% dos atendidos são mulheres e no programa Criança Feliz, lidamos 100% com elas. Dá pra sentir o avanço que o DF dá com a abertura desta Casa”, acredita Mayara. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também estiveram presentes na solenidade a primeira dama da República, Michelle Bolsonaro; a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda; e a coordenadora da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Celina Leão; entre outras autoridades do governo distrital. Também participaram da cerimônia o secretário executivo, Fábio Sousa, e a coordenadora regional do Plano Piloto, Edilene Abreu.
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Live explica o que é o Código do Sinal Vermelho
Conheça o Código do Sinal Vermelho, programa que incentiva as vítimas de violência doméstica e familiar a pedirem ajuda de forma silenciosa, por meio de um “X” vermelho pintado na mão. Farmácias, condomínios, hotéis e supermercados já se engajaram na campanha. Se você quer saber como participar da luta de combate de enfrentamento à violência e reforçar a rede de denúncias, não perca a live de lançamento do projeto nesta segunda-feira (15), às 18h. A Secretária da Mulher, Ericka Filippelli; o Secretário de Segurança Pública, Anderson Torres; a presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, Renata Gil; a Delegada-Chefe da Deam II, Adriana Romana, e o Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Julian Rocha Pontes, irão esclarecer todas as dúvidas sobre a iniciativa, sobre como aderir à campanha e acolher uma mulher que pedir ajuda. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Quando? É segunda-feira, dia 15 de março, às 18h. Transmissão ao vivo: Twitter da Agência Brasília (@AgenciaBrasilia) e na página do Facebook do Governo do Distrito Federal (@govdf) O programa Código Sinal Vermelho foi criado pela Associação dos Magistrados do Brasil, pela Lei nº 6.713, de 10 de novembro de 2020, e regulamentado na Capital Federal pelo decreto Nº 41.695, em 7 janeiro de 2021. * Com informações da Secretaria da Mulher
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Participe da elaboração de políticas públicas para mulheres
A Secretaria da Mulher abriu a consulta pública do II Plano Distrital de Políticas para Mulheres (PDPM), até 10 de abril, oferecendo à população do Distrito Federal a oportunidade de ter voz na elaboração de políticas públicas para mulheres. É a chance de a sociedade civil apontar quais ações voltadas ao público feminino, propostas por todas as secretarias do GDF, são consideradas prioritárias de execução nos próximos anos. A escuta da comunidade é de extrema importância para entender as demandas e as urgências de quem se beneficia das políticas públicas. “Uma política pública eficiente tem que ser estruturada a partir de uma base, que leva em consideração o orçamento disponível, um embasamento de dados que justifique a proposta e o monitoramento da ação. Por isso, criamos o PDPM, e a colaboração da população se torna indispensável para a institucionalização dessas políticas”, reforça a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. O II PDPM é um documento que reúne as políticas públicas pensadas para mulheres e que estão na lista de ações a serem desenvolvidas pelo Governo do Distrito Federal. A ideia de fazer uma consulta pública é a forma de valorizar a participação popular na construção das políticas e de tornar transparente as ações governamentais. O resultado desse diálogo favorece o entendimento de quais ações são consideradas as mais importantes para a sociedade e, então, torná-las realidade, a partir de uma ordem de relevância definida pelo voto popular. Na consulta pública, os moradores e moradoras do DF podem registrar sua opinião e fazer a diferença na luta pela igualdade de gênero e pela valorização das diversidades, ajudando a determinar os temas prioritários e a criar novas propostas de políticas públicas específicas para as mulheres, por meio de um diálogo constante entre a sociedade civil e o governo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No questionário, são abordadas questões como autonomia econômica; educação; igualdade; saúde integral para mulheres direitos sexuais e reprodutivos; além de debater o enfrentamento à violência de gênero; o racismo; o sexismo; a participação das mulheres em espaço de poder e decisão. Tem ainda espaço aberto à reflexão sobre minorias, como as mulheres do campo, deficientes e idosas. As respostas e sugestões – feitas de maneira anônima, por meio de um questionário on-line – serão registradas e estudadas por um grupo de trabalho, composto, entre outros representantes, por servidores da Secretaria da Mulher e da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). O objetivo é que o GDF leve em consideração os resultados obtidos na pesquisa para a tomada de decisões futuras. Como participar? Para contribuir, moradores do DF devem acessar o formulário disponível no site da Secretaria da Mulher e responder às questões referentes aos diferentes eixos e temáticas englobados nas políticas já existentes. Assim, o participante pode ranquear por ordem de importância e de acordo com a avaliação pessoal, as ações que julga prioritárias. Acesse o link abaixo para participar: http://www.mulher.df.gov.br/consulta-publica-do-ii-plano-distrital-de-politicas-para-mulheres-2021/ Vamos falar sobre… O plano é embasado em documentos internacionais, nacionais e distritais, dentre eles, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para serem cumpridos até 2030, priorizando o Objetivo 5° – “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”. No total, o documento é dividido em nove eixos fundamentais de atuação, a partir dos quais serão estudadas as ações: I – Igualdade no Mundo do Trabalho e Autonomia Econômica II– Educação para a Igualdade III – Saúde Integral das Mulheres, direitos sexuais e reprodutivos IV – Enfrentamento a Todas as Formas de Violência contra as Mulheres V – Participação das Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão VI – Igualdade para as Mulheres Rurais VII – Cultura, Esporte, Comunicação e Mídia VIII – Enfrentamento do Racismo, Sexismo, Lesbofobia e Transfobia IX – Igualdade para as Mulheres Jovens, Mulheres Idosas e Mulheres com Deficiência *Com informações da Secretaria da Mulher
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Desigualdades de gênero são tema de estudos
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou, nesta terça-feira (9), três estudos relacionados às desigualdades de gênero no DF. Para compreender a alocação do tempo da população local em trabalhos não remunerados, foi apurado o uso do tempo entre outubro e dezembro de 2020, por meio da aplicação de um questionário suplementar da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), feita pela Codeplan em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nesta primeira fase, os estudos observaram que as mulheres desempenham a maior parte do trabalho de cuidado de pessoas e afazeres domésticos não remunerados. Embora a participação feminina no mercado tenha aumentado significativamente nas últimas décadas, houve pouca mudança na distribuição do trabalho não remunerado. As mulheres ainda são responsáveis por mais de três quartos do trabalho de cuidados e afazeres domésticos não remunerados. Os resultados preliminares da pesquisa permitem observar, entre outros indicativos, a quantidade de horas despendida por mulheres e homens do DF nas atividades de cuidado de crianças, nos afazeres domésticos, com o trabalho voluntário e com a produção para autoconsumo. [Olho texto=”“A desigualdade de gênero existe em nosso país como um problema estrutural, uma realidade muito dura” ” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] Também são avaliados os tipos de atividades de cuidado e de afazeres domésticos a que as mulheres e homens se dedicam no DF. A pesquisa completa permitirá entender como se dá a distribuição do trabalho não remunerado entre os sexos na capital federal e como essa desigualdade é interseccional e se relaciona com as desigualdades de renda e escolaridade, entre outras. Em relação ao mercado de trabalho, a PED-DF apontou que nos últimos cinco anos a condição das mulheres se agravou. A geração de oportunidades ocupacionais (3,2%) foi insuficiente para a incorporação de trabalhadoras na População Economicamente Ativa (9,7%), o que elevou bastante o número de desempregadas (44,1%). Para os homens, os resultados foram similares, porém menos acentuados, o que ampliou desigualdades preexistentes entre os sexos. [Olho texto=”As mulheres ainda são responsáveis por mais de três quartos do trabalho de cuidados e afazeres domésticos não remunerados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O último estudo apresentado investigou a diferença salarial segundo o sexo na área urbana do DF em 2018, levando em conta a probabilidade de a mulher estar empregada segundo características pessoais, como escolaridade, estado civil, idade e presença de filhos no domicílio. Em relação aos salários – embora as situações de ocupação, as características pessoais e de trabalho tenham sido consideradas –, a remuneração feminina era 16,4% menor que a masculina, ou seja, mesmo considerando todas as informações disponíveis, o salário das mulheres permanecia inferior ao dos homens na capital federal. “O debate sobre a desigualdade de gênero de modo geral, sobre violência contra as mulheres, sobre a imersão destas no mercado de trabalho e ainda sobre seu acesso à saúde e educação, é de suma importância para que tenhamos uma melhor percepção e possamos, assim, otimizar políticas públicas voltadas para equidade de gênero”, resume o presidente da Codeplan, Jean Lima. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, reforça que os estudos divulgados são fundamentais para que se possa trabalhar pela redução da desigualdade de gênero no DF. “As mulheres gastam mais tempo com as atividades do lar, o que impacta o seu crescimento no mercado de trabalho, principalmente no momento atual, que estamos vivenciando uma pandemia”, pontua. “A desigualdade de gênero existe em nosso país como um problema estrutural, uma realidade muito dura”. Confira e consulte, abaixo, os estudos da Codeplan. Uso do tempo em trabalhos não remunerados por mulheres e homens no DF: resultados preliminares da pesquisa Veja o sumário executivo do estudo. Mulheres e trabalho remunerado no DF, entre 2015 e 2020 Diferença salarial segundo sexo na área urbana do DF em 2018 *Com informações da Codeplan
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Pesquisa apresenta mulheres no mercado de trabalho
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulga, na Semana da Mulher, três estudos relacionados à população feminina do DF. Confira abaixo. – Uso do tempo em trabalhos não remunerados por mulheres e homens no DF: resultados preliminares da pesquisa Com o objetivo de entender a alocação do tempo da população da capital federal, especialmente feminina em comparação à masculina, em tarefas que compõem o leque das atividades compreendidas como trabalho reprodutivo e não remunerado. – Mulheres e Trabalho Remunerado no DF, entre 2015 e 2020 Realizada em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômidos (Dieese) e utilizando dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o estudo apresenta os números deste ano, além de indicadores semestrais atualizados até o segundo semestre de 2020. Nos últimos cinco anos, ocorreram alterações na legislação trabalhista e previdenciária do país, além de uma crise econômica prolongada, que recentemente foi aprofundada pela pandemia, cujos impactos diferem entre sexos e mercados de trabalho regionais. Com isso, o estudo busca identificar a repercussão desse contexto sobre as condições de participação das mulheres do DF no trabalho remunerado. – Diferença salarial segundo sexo na área urbana do DF em 2018 Será apresentada a análise da diferença salarial segundo sexo na área urbana do Distrito Federal em 2018, levando em conta a probabilidade de se estar empregado segundo características pessoais, como escolaridade, estado civil, presença de filhos no domicílio e idade. Com a participação da secretária da mulher do DF, Ericka Filippelli, e da técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Luana Pinheiro, a divulgação desses estudos será feita por meio de transmissão ao vivo no canal da Codeplan no Youtube, nesta terça-feira (9), a partir das 11h. *Com informações da Codeplan
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As guerreiras da saúde que atuam nas unidades do Iges-DF
As mulheres são a principal força de trabalho do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). As 6.332 colaboradoras atuais representam 71% dos 8.871 profissionais que atuam, ao todo, no Hospital de Base (HB), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e nas seis unidades de pronto atendimento (UPAs), ocupando desde postos de assistência direta ao paciente até cargos de alta gestão. [Numeralha titulo_grande=”71%” texto=”da força de trabalho do Iges-DF é formada por mulheres” esquerda_direita_centro=”direita”] Muitas dessas guerreiras tiveram uma trajetória de renúncias em suas vidas particulares para conseguirem se dedicar a profissões que salvam vidas de pessoas desconhecidas. O ano de 2020, marcado pela pandemia do coronavírus, revelou a coragem dessas mulheres ao escolherem estar no front de batalha, mesmo que isso representasse um perigo de contaminação para si mesmas ou para seus familiares. “Saudamos todas as mulheres que dedicam parte da sua vida à busca por uma sociedade mais justa e igualitária, e, de forma especial, as profissionais de saúde que não medem esforços para atender a população”, afirma a vice-presidente do Iges-DF, Mariela Souza de Jesus. Emanuela Ferraz, que está à frente da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa do instituto, também homenageia as colegas de trabalho: “Reforço a importância das mulheres que atuam fortemente na produção científica do Iges. Nossa equipe é majoritariamente feminina e inclui algumas das melhores pesquisadoras do Hospital de Base”. [Olho texto=”“Saudamos todas as mulheres que dedicam parte da sua vida à busca por uma sociedade mais justa e igualitária, e, de forma especial, as profissionais de saúde que não medem esforços para atender a população”” assinatura=”Mariela Souza de Jesus, vice-presidente do Iges-DF” esquerda_direita_centro=”centro”] Leia abaixo depoimentos de algumas heroínas da saúde que atuam nas unidades do Iges-DF e fazem de seu ofício uma missão de vida. Larissa Michetti Silva, 32 anos, cirurgiã da Unidade de Trauma e preceptora de residência do HB | Foto: Arquivo Pessoal “Ser uma profissional de saúde é lidar com a vida alheia de forma empática e fazer sacrifícios pessoais” “Desde muito nova, já carregava comigo a certeza da vocação para a área da saúde. Mas isso não significa que minha trajetória até aqui tenha sido fácil. Quando decidi que queria ser médica, cheguei a ouvir frases como: ‘Essa área exige muita dedicação. Será que você vai ter tempo para ser mãe ou fazer outras coisas?’. Já depois de formada e trabalhando como cirurgiã de trauma, recebi o convite para ser preceptora de residência da área. Mais questionamentos vieram: ‘Você é mulher! Será que vai dar conta?’. Ouvi diversas perguntas similares a essas durante a minha vida. Mas isso jamais me abalou. Sempre encarei como questionamentos que exigiam de mim uma resposta firme, porque eu tinha convicção de que era capaz. Seguir na área da saúde exige muitos sacrifícios pessoais. Por vezes, precisamos abrir mão de um tempo mais longo com a família e amigos. Mas são renúncias que valem a pena. Para nós, mulheres, atuar na saúde tem um significado ainda maior, já que temos um instinto de cuidado que vai além dos aspectos sociais. Quanto a mim, sinto-me honrada e realizada em poder colaborar com a cura de um paciente ou conseguir, pelo menos, amenizar a dor de uma pessoa.” Jule Rouse de Oliveira Gonçalves Santos, 33 anos, médica emergencista e preceptora da residência em Emergência no HRSM| Foto: Arquivo Pessoal “Ser mulher na área da saúde é buscar ajudar pessoas que estão passando pelos piores momentos de suas vidas” “Nasci em uma cidade pequena do interior da Bahia. Foi muito significativa a minha formação em medicina, já que fui a primeira da família a ingressar em uma faculdade. Onde eu cresci, vi muitas amigas sendo desencorajadas a estudar porque tinham que priorizar o casamento. Mas meu pai era alguém à frente do tempo dele e sempre me incentivou a estudar. Ingressei na faculdade com 17 anos. Dois anos depois de formada, passei em um concurso em Brasília e vim. Sempre trabalhei com emergência e me especializei nessa área. Há três anos, recebi o convite para assumir a chefia da residência no Hospital de Santa Maria e não é uma tarefa simples. Ainda hoje, percebo que as mulheres enfrentam dificuldades em posições de liderança. Ainda que seja de forma sutil. Quando um homem e uma mulher, ocupando o mesmo cargo hierárquico, se dispõem a falar em público, nota-se que a atenção das pessoas é mais voltada para a voz masculina. Eu mesma, se chego em um ambiente novo com muitos médicos homens, levo um tempinho para ganhar a confiança. Graziani Izidoro Ferreira, 37 anos, enfermeira do Centro de Pesquisa do Iges-DF| Foto: Arquivo Pessoal “Ser uma profissional de saúde é ter a oportunidade de transformar e salvar vidas” “O trajeto foi penoso para que eu chegasse até aqui, mas o que eu passei me transformou na mulher que sou hoje. Aprendi a ser forte desde muito cedo. Eu tinha 7 anos de idade quando minha mãe foi diagnosticada com uma doença rara. Lembro-me de acompanhá-la nas internações até a minha vida adulta. Por tanto cuidar dela, fui me interessando cada vez mais pela área de saúde. Eu me encantava com o trabalho dos médicos e enfermeiros no cuidado com os pacientes. Cheguei a passar no vestibular para medicina, mas acabei não concluindo. Tempos depois, comecei enfermagem. Foi um tempo em que eu estudava à noite, trabalhava de dia e ainda cuidava da minha mãe. Eu dei o melhor de mim para conseguir me tornar enfermeira e sou apaixonada pela profissão. Também atuo como voluntária da trupe Doutores da Esperança (grupo de palhaços que percorrem os hospitais). Hoje sou doutoranda em enfermagem pela UnB e colaboradora do Iges-DF no Centro de Pesquisa, vinculado à Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa.” Érika Maurienn Franco, 48 anos, chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM| Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF “Ser uma mulher na saúde é ter um olhar amplo e humanizado na gestão das políticas de saúde” “Moro em Anápolis (GO) e me desloco para Brasília toda semana para exercer minha função na Unidade de Odontologia do Hospital Regional de Santa Maria. A minha trajetória foi repleta de desafios e hoje não é diferente. Mas sempre busquei alcançar meus sonhos com foco, coragem e fé. Minha garra aumentou após o nascimento das minhas filhas: Luiza, de 11 anos, e Laura, 9 anos. Elas crescem vendo a mãe se ausentar por causa dos plantões, mas compreendem e me ajudam a superar as dificuldades. É uma forma de ensiná-las sobre o significado de responsabilidade e o valor do trabalho. Por elas e pelos pacientes que tanto amo, pego a estrada com muita vontade de construir um serviço cada vez mais respeitado dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Sou especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Trabalhei em hospitais de urgência em Goiás e entrei para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal em 2011, já na odontologia do HRSM. Era um pequeno ambulatório que, com muita dedicação da equipe nesses últimos 10 anos, se transformou em cinco serviços de excelência dentro da rede pública do DF.” Irene Ferreira de Lima, 40 anos, chefe da Vigilância Epidemiológica das UPAs| Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF “Ser uma mulher na saúde significa me dedicar de forma integral e incondicional a qualquer pessoa” “Minha trajetória na área da saúde é repleta de alegrias, mas também de momentos difíceis. Acompanhei de perto, no ano passado, a luta contra o câncer detectado no amor da minha vida: minha mãe. Ela foi internada no Hospital de Base (HB) com dois aneurismas no cérebro. Passou 15 dias na unidade de terapia intensiva (UTI), após ser submetida a uma cirurgia, e voltou para casa. Com o meu pai, o final foi diferente. Ele deu entrada na UTI do HB com quadro grave de insuficiência cardíaca e respiratória. Sei que recebeu os melhores cuidados, mas infelizmente não resistiu. Mesmo tendo passado por tudo isso em 2020, foi o meu trabalho que me ajudou a ser forte. Eu sempre sonhei em atuar na área da saúde. Para isso, tive que conciliar a maternidade com os estudos. Fiz os cursos de auxiliar de enfermagem e técnico de enfermagem. Depois, vieram a graduação em enfermagem e a pós-graduação em gestão e auditoria em saúde. Ao terminar a pós, me inscrevi no voluntariado da Secretaria de Saúde (SES). Dediquei-me a entender sobre as unidades de pronto atendimento (UPAs) 24h do DF e, com o tempo, tornei-me gerente de Apoio ao Serviço Fixo de Urgência e Emergência da SES. Hoje, como chefe da Vigilância Epidemiológica das UPAs, exerço essa missão com muito amor, pois consigo agregar conhecimento ao meu sonho de ajudar os usuários de forma humanizada e com muita dedicação. Hoje consigo conciliar trabalho, família e outras atividades que me motivam e dão prazer. E digo com muita certeza que podemos ter uma carreira de sucesso e excelentes momentos em família. Sou feliz e amo o que faço.” Amanda Borges Oliveira, 32 anos, supervisora de Enfermagem da Unidade de Neurocirurgia do HB| Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF “Atuar na saúde é me esforçar diariamente para ser melhor, sabendo que o meu trabalho faz a diferença” “Sou natural de João Pinheiro (MG). Vim para Brasília em 2012, assim que terminei a graduação em enfermagem. Cheguei sem conhecer ninguém e fui em busca de emprego. É duro lembrar que recebi muitos ‘nãos’ no início. Entreguei dezenas de currículos. Com muito esforço, as portas foram se abrindo aos poucos. Mas, mesmo com todas as dificuldades, eu jamais pensei em desistir. Hoje sou supervisora da Neurocirurgia do Hospital de Base, um local em que, quando cheguei a Brasília, sempre passava pela frente e pensava: ‘Será que algum dia vou conseguir trabalhar ali?’. A palavra que define a minha trajetória é ‘desafio’. Eu assumi uma unidade de 50 leitos cirúrgicos de alta complexidade em um hospital terciário que é referência na capital federal e no País. Sou intensivista, especialista em gestão pública e em saúde pública e estou finalizando um mestrado. Hoje eu sou extremamente realizada com o que eu faço. O que marca a minha vida é a minha carreira. Foi uma decisão muito acertada de escolher a área da saúde. Eu acredito que, de tudo de bom que podemos viver, o que realmente vai ficar marcado é o bem que fazemos para o próximo.” Thais Barbosa, 31 anos, coordenadora de Enfermagem da UPA de Ceilândia| Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF “Como mulher da área da saúde, busco ter empatia desde o primeiro contato com cada paciente” “Ao longo da minha vida profissional e pessoal, superei os mais diversos desafios, vivenciando sentimentos de alegria e realização pelas conquistas, mas também de frustrações e impotência. Ser mulher, filha, irmã e trabalhadora da Enfermagem é um desafio e, apesar das dificuldades —ou talvez por causa delas —,sinto orgulho da trajetória até aqui. A escolha pela enfermagem foi motivada pela observação da atuação dessas profissionais. Vi uma oportunidade de assumir uma profissão que é pura devoção e amor ao próximo. Em 2011, meu sonho foi concretizado com a formatura. Em seguida, me especializei em cardiologia e unidade de terapia intensiva (UTI) e comecei a carreira como enfermeira assistencial da UTI Adulto. Outra paixão surgiu em mim: o de liderar equipes. Assim, comecei a minha atuação como gestora e me vi no desafio de estimular os colaboradores, visando à valorização dos profissionais de enfermagem e do ser humano. Acredito que um bom líder e profissional de saúde, independentemente da posição que exerça na instituição, deve compreender as necessidades humanas, aprender a cuidar com sabedoria, com conhecimento e, acima de tudo, com amor.” *Com informações do Iges-DF
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Secretaria de Segurança lança ‘Mulher Mais Segura’
A partir da determinação do judiciário local, mulheres vítimas de violência receberão um dispositivo que poderá ser acionado sempre que se sentir em perigo | Foto: divulgação SSP/DF *Os nomes na foto são fictícios Com objetivo de fortalecer as ações integradas de combate aos crimes de gênero, aperfeiçoar os processos e protocolos e fortalecer mecanismos de proteção às mulheres, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) lança, nesta semana, o programa Mulher Mais Segura. O programa reúne uma série de ações e medidas voltadas para o combate da violência de gênero. Entre as medidas estão o lançamento do Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP), previsto para começar a funcionar ainda em março, e a disponibilização mensal do estudo realizado mensalmente pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídio e Feminicídio (CTMHF). Além disso, o projeto possui uma coordenação central, para garantir maior sincronia entre as medidas e, consequentemente, mais eficiência, como o Viva Flor, Aliança Distrital – Instituições Religiosas no enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar e a reformulação da estratégia de divulgação dos vídeos de combate à violência de gênero da Turma. “O Distrito Federal vem se destacando nacionalmente em relação às ações de combate e redução de dados de feminicídio. Mesmo diante da pandemia, em que o país registrou aumento de 1,9% nesse tipo de crime, conseguimos fechar 2020 com uma redução de quase 50%. Não foi por acaso que alcançamos esses resultados. Reunimos esforços e a partir de ações sistemáticas e coordenadas junto às forças de segurança, conseguimos chegar a esse patamar. Esta é uma luta não apenas da segurança pública local, mas de todo o Governo do Distrito Federal. A partir disso, daremos início ao programa Mulher Mais Segura, que dará espaço a novas estratégias de ação e fortaleceremos as já empregadas”, destaca o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. Monitoramento de vítimas O Mulher Mais Segura compreende o Dispositivo de Monitoramento Pessoal Portátil (DMPP). A partir da determinação do judiciário local, mulheres vítimas de violência receberão um dispositivo que poderá ser acionado sempre que se sentir em perigo. Uma tornozeleira eletrônica será instalada no agressor. Ambos serão monitorados de forma simultânea, diretamente do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), por meio da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas. Mil equipamentos, sendo 500 destinados a vítimas e outros 500 para agressores (tornozeleiras), poderão ser utilizados. Agressores e vítimas serão monitorados diariamente, 24h por dia, sete dias por semana, com localização da vítima por meio da tecnologia de georreferenciamento e abrangência em todo o DF. Servidores foram capacitados para operacionalizar o software e acionar órgãos responsáveis. Cinco mulheres e agressores serão monitorados inicialmente, em fase de teste. “A partir da solicitação do Judiciário, o número pode aumentar”, enfatiza Anderson Torres. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Caso haja emergência, por acionamento do dispositivo ou por conta do agressor infringir alguma das regras de permanência com o dispositivo, como estragar o equipamento ou por adentrar zonas de exclusão, ou proibidas, de acordo com determinação judicial, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), da PMDF, será acionado imediatamente e a ocorrência será priorizada pela viatura mais próxima”, explica o secretário executivo da pasta, Júlio Danilo. De acordo com a diretora de Monitoramento de Pessoas Protegidas, Andrea Boanova, 15 servidores – policiais civis, militares e penais, além de bombeiros – farão o monitoramento de vítimas e agressores. Cada aparelho, seja tornozeleira ou dispositivo de segurança, bem como a estrutura necessária para o monitoramento, como baias, computadores e software que opera o sistema, custa em média R$ 5,99 por dia. “Atualmente contamos com duas estações eletrônicas, com capacidade para fiscalizar até 600 indivíduos. O software nos possibilita ainda verificar se a vítima está em perigo e, assim, alertá-la a buscar um local seguro. Este é o grande diferencial deste dispositivo, pois a vítima não precisará acionar a Segurança Pública, nós iremos avisá-la”, explica. O agressor também será alertado a deixar o espaço, via SMS ou ligação. “Ele pode não ter conhecimento que a vítima se encontra naquele ambiente, num shopping por exemplo. Desta forma, será orientado a sair do local. Caso ele esteja indo ao encontro da vítima de forma proposital, acessando áreas proibidas de acordo com decisão judicial, também receberá a orientação de deixar o espaço. Nas duas situações, a PMDF será acionada, tanto para detê-lo, como para proteger a vítima”, completa Boanova. O pagamento será feito pelo serviço utilizado. Não houve compra de equipamentos. “Pagaremos somente por aqueles por tornozeleiras e dispositivos ativados. Se o dispositivo for utilizado por 20 dias, será pago o correspondente. A manutenção dos equipamentos também será feita pela empresa”, destaca Júlio Danilo. Também no Ciob, haverá uma sala de acolhimento por meio do Centro Especializado de Atendimento à Mulher 4 (Ceam 4), que funcionará no local. Nele, as mulheres encaminhadas para receber o dispositivo de segurança poderão receber acompanhamento interdisciplinar – social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica. “No Ceam 4, as vítimas de violência poderão receber não só proteção, mas todo o cuidado do estado, um olhar psicossocial e articulação da Secretaria da Mulher com demais órgãos do governo de proteção e ainda poderão ser incluídas em nossos programas, como o Mulheres Hipercriativas e o Oportunidade Mulher, por exemplo”, argumenta a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Os Ceams têm como objetivo promover e assegurar o fortalecimento da sua autoestima e da autonomia e o resgate da cidadania, além da prevenção, interrupção e superação das situações de violações aos seus direitos. Estudo qualificado de feminicídios A partir deste mês, a SSP/DF irá disponibilizar uma plataforma para a realização de cursos de forma gratuita para operadores da segurança e população em geral | Foto: divulgação SSP/DF A CTMHF realiza o estudo mensal de todos os feminicídios tentados e consumados no DF, desde que a Lei do Feminicídio foi instituída, em 2015. A partir deste mês, a SSP/DF dará publicidade aos dados estruturados, provenientes da utilização de conceitos e técnicas de Business Intelligence (BI), em que será possível disponibilizar o diagnóstico aprofundado desses crimes. “Desta forma, não apenas os órgãos governamentais, de segurança e judiciários terão acesso às informações, mas a academia e a sociedade em geral”, explica o secretário de Segurança Pública. De acordo com o coordenador da CTMHM, Marcelo Zago, os dados direcionam políticas públicas de prevenção e combate à violência contra as mulheres, mas a divulgação será importante para que a população conheça melhor como este crime ocorre e, principalmente, como evitá-lo. “O estudo é aprofundado”, pontua ele. “Colhemos informações de todo o crime, desde o registro na delegacia até a condenação ou finalização do processo pelo Judiciário. Ou seja, conseguimos disponibilizar informações detalhadas, desde ao convívio prévio com os agressores, pois a maior parte dos crimes são cometidos por companheiros ou ex-companheiros, até a consumação do crime.” O estudo disponibiliza, ainda, a motivação das mortes, o local em que ocorreu e até mesmo a quantidade de órfãos deixados pelas vítimas. “Conseguimos fatiar informações. A ferramenta utilizada proporciona que façamos buscas mais detalhadas. Ano passado, por exemplo, dos 18 feminicídios ocorridos no DF, 21 crianças e adolescentes ficaram órfãos por conta da morte das mães. Em 30% do total eram filhos do autor do crime”, explica Zago. Denúncia Outro dado disponibilizado pela CTMHF é que, na maior parte dos crimes, a vítima não havia registrado nenhum boletim de ocorrência de violência doméstica anterior ao crime, como conclui o secretário de Segurança. “Esse dado é muito importante e, a partir dele, reiteramos nossas campanhas para que, não só as vítimas, mas a população em geral, faça denúncias de violência doméstica, para que possamos interromper o ciclo de violência. Ou seja, conseguimos, com o detalhamento do estudo, direcionar nossas ações e alertar a população com a disponibilização dos dados”. A SSP lançou, em 2019, a campanha contínua #MetaaColher. O objetivo é convidar a população sobre a importância de “meter a colher”, ou seja, denunciar os casos de violência. Neste mês, a campanha será lançada novamente com novos dados e em nova roupagem para chamar atenção sobre a importância de denunciar. “Somos parte do problema a partir do momento em que omitimos e ignoramos as agressões verbais, físicas e psicológicas que testemunhamos. O ditado ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’ propagou um pensamento limitante ao consciente coletivo. Nosso dever é ir contra esse pensamento e alertar que testemunhas próximas podem ser a ponte entre a vítima e a Segurança Pública. Os dados da CTMHF demonstram que sem essa ajuda a vítima fica exposta à iminência de algo grave”, avalia Torres. Turma da Mônica Serão produzidos e disponibilizados a educadores, da rede pública e particular, vídeos orientando a utilização de animações da Turma da Mônica, produzidos com objetivo disseminar valores relacionados ao respeito, tolerância e empatia em relação às mulheres entre estudantes de 7 a 17 anos. Os vídeos foram lançados em 2020 pela SSP, em parceria com a Secretaria de Educação (SEE), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ONU Mulheres e Núcleo Judiciário da Mulher, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A temática das animações é sobre a construção de relações saudáveis entre meninos e meninas, com vistas ao enfrentamento à violência contra a mulher. A ideia é disseminar valores relacionados ao respeito, tolerância e empatia entre estudantes com expectativa de atingir alunos da rede de ensino do Distrito Federal, como explica o secretário da pasta. “Os vídeos foram lançados no ano passado, pouco antes das restrições necessárias por conta da pandemia. Chegamos a realizar uma capacitação de professores, que seriam multiplicadores das informações em suas escolas, mas por conta da pandemia, foi necessário aguardarmos. Neste mês estamos retomando essa atividade, com orientações aos professores realizarem atividade, mesmo que de forma remota”. Grupos reflexivos O acompanhamento terapêutico, reflexivo e processual dos homens autores de violência contra as mulheres, desde o momento do conhecimento do fato, pelo poder público e demais componentes da rede de proteção das mulheres, constitui importante ferramenta de sensibilização, prevenção e enfrentamento da perpetuação e da reincidência da violência contra as mulheres. Em outubro de 2020, a SSP lançou o Manual do Grupo Refletir – grupos reflexivos para profissionais da segurança pública autores de violência doméstica e familiar contra a mulher: ação inovadora no Distrito Federal. O material concentra o histórico, as diretrizes, a metodologia e todo o suporte necessário à realização dos grupos reflexivos, servindo de base inclusive para sensibilização, divulgação e fomento da ação em outras secretarias e forças de segurança interessadas em sua implementação. “Vamos fortalecer a disseminação do Manual neste ano. É algo completamente possível, mesmo que de forma virtual”, explica o secretário executivo de Segurança Pública, Júlio Danilo. Na última semana, a SSPfoi convidada pela Câmara Técnica de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do Conselho Nacional de Comandantes Gerais para apresentar o Manual. Durante o I Webinário Nacional das Polícias Militares em Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, foi possível apresentar o que o DF tem feito sobre a temática. Em 2018, a iniciativa recebeu do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) reconhecimento nacional como prática inovadora de enfrentamento à violência contra as mulheres, desenvolvida por profissionais de segurança pública. A publicação reúne reflexões, estratégias e deslocamentos criados para produzir saídas aos desafios. Outras estratégias de enfrentamento à violência contra a mulher O aplicativo Viva Flor, disponibilizado às mulheres do Programa Sistema de Segurança Preventiva para Mulheres em Medida Protetiva de Urgência, permanecerá em pleno funcionamento. O objetivo é garantir maior celeridade ao atendimento e proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade social. Ele encontra-se disponível para todas as Varas de Violência Doméstica e Familiar e Tribunais do Júri do Distrito Federal para encaminhamento dos casos a critério do juiz competente. O Viva Flor foi lançado pelo Governo do Distrito Federal em 2017, com objetivo de garantir maior celeridade ao atendimento e proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade social. O aplicativo é integrado ao Sistema de Gestão de Ocorrências (SGO) operado pelo Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB), da SSP, e permite a localização da vítima por meio da tecnologia de georreferenciamento com abrangência em todo o Distrito Federal. Atualmente, 96 mulheres são atendidas pelo programa. Desde a implementação, 116 mulheres já foram monitoradas. “Queremos deixar em evidência todos os programas e ações direcionadas ao combate da violência de gênero. É importante que a população saiba que estamos atentos e atuando de forma efetiva e prioritária no combate à violência contra a mulher”, enfatiza Danilo. A Aliança Distrital – Instituições Religiosas no enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar, lançada em fevereiro deste ano, é mais uma estratégia da SSP para prevenção da violência contra mulheres e demais grupos vulneráveis. O objetivo é fazer parcerias com instituições religiosas, que passarão por capacitação para mediação de conflitos, divulgação dos serviços de acesso a direito familiar, proteção às vítimas de violência sexual, Lei Maria da Penha e Lei Feminicídio e da Rede de Proteção à Infância e à Mulher, proteção e apoio social aos filhos das vítimas de feminicídio, práticas restaurativas e de responsabilização dos homens autores de violência doméstica e familiar. “Queremos com essa parceria não apenas reprimir, mas principalmente combater a violência. Sabemos da relevância da participação e contribuição de cada uma dessas instituições e como são fundamentais na identificação de situações antes dos crimes ocorrerem, levando em consideração o trabalho beneficente, a inserção social, a capacidade de mobilização, liderança e visibilidade estratégica em seus territórios”, afirma o secretário executivo. Capacitação A partir deste mês, a SSP vai disponibilizar uma plataforma para a realização de cursos de forma gratuita para operadores da segurança e população em geral. Os cursos realizados por meio da plataforma terão certificação. Os módulos básico e avançado do curso Prevenção da Violência Doméstica estarão disponíveis a partir deste mês de março. Atendimento especializado Para atender as vítimas de violência, o Distrito Federal conta com duas delegacias especializadas no atendimento à mulher: a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), que funciona na Asa Sul, e a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II), da PCDF. As delegacias funcionam 24 horas por dia. Além disso, todas as delegacias circunscricionais contam com seções de atendimento à mulher. Em 2020, o número de ocorrências registradas pelas especializadas chegou a 5.908. A PCDF lançou, neste ano, a ferramenta Maria da Penha On-Line. A nova modalidade, oferecida pela Delegacia Eletrônica, une-se às ações e políticas de proteção à mulher do GDF, por meio da SSP. De forma pioneira no país, a ferramenta possibilita a solicitação virtual de medidas protetivas, preenchimento do Questionário de Avaliação de Risco, representar contra o autor da violência, solicitar o acolhimento da vítima em Casa Abrigo, agilizar a autorização para intimação durante o processo via telefone, e-mail, WhatsApp ou outro meio tecnológico sério e idôneo e, ainda, a possibilidade de anexar arquivos, como vídeos, documentos e imagens. “Vínhamos avançando de forma muito rápida desde o ano passado, quando – por conta do cenário de pandemia – demos início ao atendimento de forma virtual, passando a ser possível a denúncia por meio da Delegacia Eletrônica e canais de denúncia da PCDF. A implementação desse novo formato de denúncia coloca o DF à frente no combate à violência de gênero no país”, finaliza o secretário Anderson Torres. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) oferece policiamento especializado para atendimento às mulheres por meio do programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid). O trabalho ajuda a prevenir, inibir e interromper o ciclo da violência doméstica. Neste ano, o programa realizou 13 mil atendimentos em 2020. Em 2019, o programa foi ampliado para todas as regiões administrativas do DF. DF mais Seguro O programa Mulher mais Segura faz parte do programa DF mais Seguro, da SSP, que pautará a aplicação ainda mais adequada das políticas de segurança nos próximos dois anos, com respostas cada vez mais diretas e objetivas para a sociedade. Entre iniciativas estão a modernização e ampliação do videomonitoramento, a Cidade da Segurança Pública, a melhoria no atendimento dos canais de emergência, a Operação Quinto Mandamento, o sistema de recompensas e a Operação DF Livre de Carcaças. *Com informações da SSP/DF
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Dia da Mulher: GDF anuncia medidas de segurança e acolhimento
No Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8), quem ganha o presente é toda população do Distrito Federal: medidas que reforçam o combate à violência de gênero, além do acolhimento e capacitação das vítimas de violência doméstica e familiar fazem parte do pacote. Nesta segunda-feira (8), o Governo do Distrito Federal e o Governo Federal anunciam assinatura do Programa Mulher Segura e Protegida. O projeto, que é do ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) prevê, entre outas ações, a reabertura da Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Ceilândia, além da construção de quatro novos locais específicos para atender mulheres que vivem em regiões mais vulneráveis, como Sobradinho II, Sol Nascente, Recanto das Emas e São Sebastião. A CMB é um espaço que une serviços de atendimento às mulheres em situação de violência. Quando chegam, elas passam pelo acolhimento e triagem e recebem apoio psicossocial. Em um mesmo espaço, estão reunidos delegacia especializada, Promotoria de Justiça especializada, Núcleo Especializado da Defensoria Pública, Juizado de Violência Doméstica, alojamento de passagem, brinquedoteca, central de transporte e ações de autonomia econômica. “A Casa da Mulher Brasileira, mais do que um equipamento de atendimento à mulher em situação de violência, é uma casa de oportunidade que vai cuidar dessa mulher de forma integrada e abrir portas para que ela tenha uma nova perspectiva de vida. É um presente do Governo Federal e do GDF para as mulheres do DF, que nasce no coração da maior cidade do DF: a Ceilândia”, comemora a secretária Ericka Filippelli. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A casa reabre as portas para atendimento ao público no mês de março, quando será feita a mudança da antiga sede, localizada na Asa Norte. “A Casa tem 1,9 mil m², estrategicamente muito bem localizada. O mais importante de tudo é entender que esse espaço vai oferecer uma escuta especializada às mulheres vítimas de violência, e que esse atendimento, pode, literalmente, salvá-las de um feminicídio”, reforça Cristiane Britto, secretaria nacional de políticas para as mulheres do MMFDH. Além da reabertura dessa casa, será anunciada, durante a cerimônia, a construção de quatro novas unidade da CMB no DF. O valor total dos contratos é de R$ 6,3 milhões, recursos vindos de emendas parlamentares da bancada federal do DF para construção e compra de equipamento dos espaços. O processo licitatório para a escolha das empresas responsáveis pela execução das obras será conduzido pela Novacap, e a concorrência está prevista este ano. Os terrenos já estão demarcados, cercados e prontos para o início das obras. “Temos pressa em mudar a triste realidade de um país que é o quinto colocado no ranking de feminicídios. Já chega de violência, seja física, sexual, moral, patrimonial, psicológica, contra as mulheres. Chega de mortes! Estamos aqui para acolher essas mulheres que precisam de ajuda para sair desse cenário de agressões”, afirma a ministra Damares Alves. Mais denúncias A população do Distrito Federal ainda vai ganhar uma nova ferramenta para denunciar violações de direitos contra mulheres, idosos, crianças, pessoas com deficiências e demais grupos em situação de vulnerabilidade. O aplicativo Proteja-se, do Governo do Distrito Federal, será lançado em parceria com o Disque 100 e o Ligue 180, os canais de denúncias do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A iniciativa é parte de um acordo que será firmado, nesta segunda-feira, entre o MMFDH e GDF. O objetivo é acelerar o encaminhamento e, por consequência, o atendimento de quem vive uma situação de risco e de violação de direitos humanos. “O acordo permite que as denúncias de violações de direitos humanos, de todos os grupos vulneráveis, recebidos por quaisquer canais vinculados à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, Disque 100, Ligue 180, Telegram, Whatsapp e agora o aplicativo Proteja-se, do GDF, sejam encaminhadas diretamente, via sistema informático, aos órgãos de enfrentamento às violações. É uma política que buscar encurtar o caminho para atendimento dessas vítimas”, afirma o ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando Ferreira. Para reforçar ainda mais os canais de denúncia, também será lançada a campanha de adesão Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, instituído no DF pelo decreto Nº 41.695, que regulamenta a Lei nº 6.713, de 10 de novembro de 2020. A proposta é sensibilizar e orientar os estabelecimentos interessados em aderir à missão de se unir ao governo nessa luta, ampliando as ferramentas para denunciar as situações de violência vividas por mulheres. O programa, que será colocado em prática pelas secretarias da Mulher (SMDF), de Segurança Pública (SSP) e pelas unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), estabelece que as vítimas de violência doméstica poderão procurar farmácias, condomínios, hotéis e supermercados em funcionamento em todo o DF e apresentar um sinal vermelho na mão como alerta de que estão vivendo uma situação de vulnerabilidade, ou até mesmo pedirem ajuda verbalmente. O Ceam IV, que funcionará no CIOB, irá iniciar suas atividades nos próximos dias, oferecendo os serviços de acolhimento psicossocial da Secretaria da Mulher para mulheres contempladas pelo programa Mulher Mais Segura, da Secretaria de Segurança Pública. Elas receberão o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP), que permitirá supervisionar as vítimas de violência doméstica, assistidas por medidas protetivas. Elas receberão um dispositivo móvel e os agressores, uma tornozeleira eletrônica. Se ele tentar se aproximar dela, os equipamentos disparam, a central é avisada e fará um contato com o acusado. Muito Mais Mulher A abertura oficial do calendário de ações da Secretaria da Mulher, durante o mês de março, ainda prevê o lançamento de programas voltados à promoção da saúde e para a capacitação da mulher. Um deles é o projeto Cuide-se, em parceria com a Secretaria de Saúde e com o SESC, que irá levar o Ônibus da Mulher para todas as cidades do DF e entorno, e também para a zona rural, com a oferta de atendimentos e ações preventivas de saúde. Em parceria com o Instituto BRB, a Secretaria da Mulher irá presentear o DF com o Mão na Massa, um programa financiado pelo Cartão da Mulher, do BRB, que vai capacitar, na área de gastronomia, mulheres em situação de vulnerabilidade. A ideia é que, por meio da autonomia econômica, elas possam empreender e reescrever a própria história. Uma agenda integrada com as ações especiais de todas as secretarias do GDF, realizadas durante o mês da mulher, como rodas de conversa virtuais; lives; ações presenciais; oficinas de capacitação; exposições; palestras; apresentações musicais, entre outras, será lançada no evento e a programação completa estará disponível em PDF. * Com informações da Secretaria da Mulher
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Projeto incentiva a igualdade de gênero na Ciência
Sentadas no laboratório, as estudantes se debruçam sobre a bancada para criar um sensor. O objeto vai ajudar um estudante com deficiência que contou sobre a dificuldade em se movimentar pela casa com a cadeira de rodas. Semelhante aos sensores existentes nos carros, o aparelho emite um sinal sonoro que avisa sobre a proximidade da cadeira com outros objetos. A cena do laboratório ocorreu no Centro de Ensino Médio Paulo Freire, sob a coordenação do professor Carlos Alberto de Oliveira. Mas há alguns anos, as estudantes não conheciam a linguagem de programação e esse era um universo distante. Tudo mudou com as adversidades vivenciadas por uma graduanda em Ciências da Computação, na Universidade de Brasília (UnB), que inspirou a criação de um projeto que incluísse meninas no campo científico. O podcast EducaDF desta semana aborda a parceria das escolas públicas com o projeto Meninas.comp. Para tanto, conversamos com o professor Carlos Alberto de Oliveira sobre o sucesso do projeto e o avanço das meninas. Confira o podcast nas plataformas de áudio. O projeto Meninas.comp foi criado por professoras do Departamento de Ciência da Computação da UnB, em 2010, com o objetivo de fomentar a inclusão de meninas de escolas públicas do Distrito Federal em cursos ocupados majoritariamente por homens. Em 2014, sob a batuta do professor Carlos Alberto, as estudantes passaram a ter aulas de linguagem de programação, eletrônica, noções de eletricidade, uso de protocolos entre outras e começaram a desenvolver produtos como braços robóticos, sistemas para casa inteligente e alarme para evitar acidentes com gás. “O resultado de todo esse empenho é o ingresso de diversas alunas em universidades. Elas ingressam em engenharia, física e outros cursos, como fruto dos projetos desenvolvidos em escolas públicas”, afirma o professor. [Olho texto=”“O resultado de todo esse empenho é o ingresso de diversas alunas em universidades. Elas ingressam em engenharia, física e outros cursos, como fruto dos projetos desenvolvidos em escolas públicas”, afirma o professor.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A estudante Ana Júlia Briceñoé uma das beneficiadas pelo projeto. Ela ingressou em 2015, quando estava no 1º ano do ensino médio e a escolha foi decisiva para sua vida profissional. “Hoje eu faço Engenharia de Software na UnB, graças ao projeto. Eu nunca havia pensado nesse curso, porque eu nem sabia da existência dele. Aulas de robótica e informática são essenciais, principalmente para meninas, porque expandem nosso horizonte. O projeto Meninas.comp nos mostra que somos capazes de estar nessas áreas, que são dominadas por homens”, explica Ana Júlia. Segundo Guilherme Baroni, da Diretoria de Governança em Projetos e Políticas Públicas, neste ano a meta é criar um contexto favorável para tornar a robótica educacional uma realidade na educação básica. “Também vamos incentivar a participação dos estudantes na Olimpíada de Robótica e na Mostra Nacional de Robótica, etapa distrital”, ressalta. * Com informações da Secretaria de Educação
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Inscrições para cursos gratuitos e on-line na área de economia criativa
O projeto Mulheres Hipercriativas abre, nesta segunda-feira (1º de março), as inscrições para os primeiros 22 cursos na área de economia criativa, que serão oferecidos ao longo deste semestre. As capacitações somam-se às iniciativas do mês que marca o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. São quatro mil vagas, voltadas para mulheres moradoras do Distrito Federal, em prol do empreendedorismo feminino. Os cursos são gratuitos e as inscrições podem ser feitas pelo site do projeto até o dia 14 de março. Uma live, com a presença da Secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, e da Supervisora de Projetos da OEI Brasil, Sandra Sérgio, será realizada hoje, às 17h, para apresentar os cursos abertos e tirar dúvidas sobre como participar. O bate-papo será transmitido pelo YouTube da Secretaria da Mulher DF. “O projeto Mulheres Hipercriativas já nasceu de uma forma extraordinária, pois é resultado do fortalecimento de uma rede de mulheres empreendedoras. Foram selecionadas as melhores propostas de cursos dentro da área da economia criativa, que serão oferecidos gratuitamente. Mesmo durante a pandemia, essas mulheres poderão se capacitar em casa, de forma segura, desenvolverem seus talentos e sua criatividade em um mercado de trabalho extremamente promissor”, avalia a secretária Ericka Filippelli. Serão oferecidos cursos de comunicação (marketing, multimídia, organização de eventos); moda; gastronomia; design gráfico e de produtos; além de gestão empreendedora dentre outras atividades. As oficinas terão 40, 20 ou 10 horas de duração. Podem fazer as aulas tanto quem deseja começar um novo projeto quanto quem busca aperfeiçoar o próprio negócio, com novas técnicas. “A expectativa é proporcionar oportunidade de inserção no mercado de trabalho a mulheres que desejam atuar de forma profissional, obtendo certificações e uma formação adequada, podendo ter também uma fonte de renda para que consigam amenizar o impacto econômico gerado pela pandemia e até mesmo tornarem-se empreendedoras. Esse é o grande legado que o Mulheres Hipercriativas quer deixar”, afirma o diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os cursos serão ministrados por professoras-facilitadoras, em geral, empreendedoras do DF que desenvolvem alguma atividade bem-sucedida e que agora terão oportunidade de compartilhar seus conhecimentos com outras mulheres, interessadas em empreender ou desenvolver uma nova habilidade. As professoras receberam treinamento específico por meio da coordenação pedagógica do projeto Mulheres Hipercriativas para repassar o conteúdo da capacitação na modalidade a distância – EAD. Ana Maria Neves, 56 anos, é uma das professoras selecionadas. Ela vai dar um curso de organização de eventos, o mesmo conteúdo que um dia aprendeu em oficinas oferecidas pela Secretaria da Mulher. Sem trabalho, obrigada a sustentar sozinha a família, foi se capacitar e participou de oficinas gratuitas, em diversas áreas, oferecidas na casa de passagem da SMDF, onde estava abrigada. Hoje dá palestras, dá cursos de oratórias, organiza festas e é massoterapeuta. Agora, ela quer retribuir o que aprendeu e se inscreveu no projeto Hipercriativas. Foi selecionada e não vê a hora de ensinar outras mulheres, pois sabe que, somente por meio da autonomia financeira, elas podem fazer escolhas da própria vida. “Quero mostrar a elas que todas podem ter uma profissão, ter um emprego e ganhar o próprio dinheiro. Além de ensinar o que aprendi, quero ensiná-las que elas não podem ter só de si mesmas e precisam ser fortes”, defende. Esta é a primeira edição do Mulheres Hipercriativas, uma realização da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e da Secretaria de Estado da Mulher do Governo do Distrito Federal e conta com o apoio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo. O projeto também tem a parceria de gestoras públicas, líderes comunitárias e empresárias do DF que atuarão de forma voluntária como embaixadoras. A ideia é que essas mulheres, já consolidadas no meio profissional, sejam exemplos e motivem as alunas hipercriativas ao compartilhar suas histórias, bem como ensinar e trocar experiência no ramo em que são especialistas. * Com informações da Secretaria da Mulher
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Serviços da Secretaria da Mulher mantidos durante lockdown
Os Ceams oferecem acolhimento e acompanhamento interdisciplinar (social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica) às mulheres que vivem casos de violência de gênero | Foto: Divulgação/Ceam Em cumprimento ao Decreto nº 41.841, de 26 de fevereiro de 2021, que garante a prestação dos serviços essenciais como os de assistência social, a Secretaria da Mulher manteve o funcionamento dos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (de segunda a sexta, de 10h às 16h30) e da Casa Abrigo (24 horas, todos os dias da semana), garantindo o compromisso da pasta em acolher mulheres em situação de vulnerabilidade. A Casa Abrigo, equipamento da secretaria que ampara mulheres em situação de risco de morte, está funcionando normalmente. As vítimas de violência familiar e doméstica, no entanto, só podem acessar o serviço por meio de um encaminhamento da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), após denúncia. Já os Ceams oferecem acolhimento e acompanhamento interdisciplinar (social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica) às mulheres que vivem casos de violência de gênero. Atualmente, existem três unidades em funcionamento no DF: 102 Sul, Planaltina e Ceilândia. Para agendar o atendimento, basta ligar ou ir pessoalmente a uma das unidades. No entanto, para evitar deslocamentos, esperas e exposições desnecessárias nesse período de isolamento, também é possível marcar um horário pela internet, por meio da plataforma de agendamento do GDF, o Agenda DF. Basta acessar o site e clicar em “Secretaria de Estado da Mulher”. Em seguida, é preciso preencher um cadastro e selecionar a unidade do Ceam em que a mulher deseja ser atendida. Aí, é só escolher o dia e horário mais conveniente do atendimento. Atendimento remoto Os Núcleos de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) oferecem atendimento remoto, e, em casos de urgência, os servidores podem acessar as dependências das sedes do MPDFT e TJDFT para atendimentos individuais e presenciais das vítimas, familiares e autores da agressão. Em todos os serviços presenciais serão adotadas as medidas de segurança, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate ao coronavírus, como uso de álcool 70%, máscara e distanciamento social. Pela internet Desde o início da pandemia, a Secretaria da Mulher criou canais de atendimento para facilitar o acesso da mulher em situação de vulnerabilidade aos serviços oferecidos pela pasta e também para possibilitar as denúncias de agressão daquelas que não podem sair de casa ou que estão confinadas com seus agressores. É o caso do “Mulher, você não está só”, uma canal de denúncia via WhatsApp: (61) 99145-0635 e pelo e-mail vocenaoestaso@mulher.df.gov.br, disponíveis 24 horas. As mulheres podem pedir ajuda a qualquer momento e serão orientadas por especialistas e encaminhadas a um dos programas de assistência da Secretaria da Mulher. Também criado no início da pandemia, com o objetivo de promover a capacitação profissional das mulheres de forma virtual, gratuita e segura, o programa Oportunidade Mulher mantém sua programação semanal de cursos e oficinas on-line. Para se inscrever, basta acessar as redes sociais da secretaria (@secmulherdf), preencher um formulário para receber os links diretos das oficinas. Todos os cursos são transmitidos pelo canal do Youtube. Serviço: Nafavd do Plano Piloto: (61) 99323-6567 Nafavd de Brazlândia: (61) 99103-0058 Nafavd do Gama: (61) 99120-5114 Nafavd de Taguatinga: (61) 99527-1962 Nafavd do Paranoá: (61) 99206-6281 Nafavd de Planaltina: (61) 99199-4674 / 99128-9921 Nafavd de Samambaia: (61) 99530-9675 Nafavd de Santa Maria: (61) 99516-1772 / 99194-8963 Nafavd de Sobradinho: (61) 99501-6007 Ceam 102 Sul: (61) 3223-7264 / 99183-6454 Ceam Planaltina: (61) 3389-8189 / 999202-6376 / 99202-6376 -99103-2911 Ceam Ceilândia: (61) 3373-6668 / 99117-3406 *Com informações da Secretaria da Mulher
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Políticas públicas e de gênero em debate no Festival de Cinema
Reprodução Como um centro de discussão democrático, o 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) começou nesta terça-feira (15) tocando em temas urgentes para as políticas públicas de audiovisual. Com uma programação diversificada, o festival mais antigo do país reúne atividades que têm como objetivo discutir o momento do audiovisual brasileiro e prospectar os caminhos para o futuro. Uma das primeiras atrações desta edição foi um debate sobre o protagonismo feminino no segmento cinematográfico. Por meio da plataforma Zoom, mulheres que marcaram presença nas realizações cinematográficas deste ano, além de críticas e estudiosas do setor, expuseram seus trabalhos e debateram sobre os desafios atuais da categoria. Mediado pela cineasta brasiliense Cibele Amaral, o encontro virtual apresentou um debate sobre a igualdade de gênero no audiovisual, que vem cada vez mais ganhando destaque mundialmente. Diante de uma reflexão coletiva sobre os desafios e avanços no setor, mulheres do segmento cultural propuseram ações que podem aprimorar o cinema brasileiro, tanto por parte do Estado quanto da sociedade civil. Compuseram a mesa de debate a cineasta e ativista Viviane Ferreira, a crítica e acadêmica Luiza Lusvarghi e as produtoras Letícia Godinho, Minom Pinho e Débora Ivanov. Interação “Este momento proporciona a interação entre essas mulheres interessantes, mostrando seus projetos, expondo força e as reais demandas do audiovisual para elas”, ressaltou Cibele Amaral, na abertura do encontro. Criadora do projeto Mais Mulheres, a produtora Débora Ivanov destacou a importância da diversidade para o cinema nacional e falou sobre as ações desenvolvidas para potencializar a voz feminina no Brasil. “Temos que continuar ocupando o nosso espaço”, disse. “Diversidade não é só justiça social, é também um bom negócio”. [Olho texto=”“Diversidade não é só justiça social, é também um bom negócio”” assinatura=”Débora Ivanov, produtora” esquerda_direita_centro=”centro”] Militante do movimento negro, Viviane Ferreira ressaltou a presença feminina em busca de parcerias em lutas cotidianas. Diretora, roteirista e fundadora da Odun Filmes, ela falou sobre a necessidade de impulsionar o debate e pensar na revolução das mulheres negras no audiovisual, com papéis de destaque. “Ainda mais diante da pandemia, tivemos a necessidade de nos olhar como seres coletivos, exercitando a nossa capacidade colaborativa em sociedade”, apontou. Há 20 anos morando em Paris, Letícia Godinho fez um relato sobre as oportunidades profissionais que a mantêm conectada – como o festival Séries Manias, evento voltado às séries audiovisuais. Ao falar sobre algumas webséries nas quais as mulheres ganharam destaque mundial, ela lembrou que a luta pelo destaque feminino no cinema é mais visível, e na Europa ainda precisa avançar. “Acho muito legal a força da mulher”, afirmou. “Espero criar uma força internacional. Seria meu papel e minha pequena missão para com o cinema brasileiro”. Uma das autoras do livro Mulheres Atrás das Câmeras: As Cineastas Brasileiras de 1930 a 2018, Luiza Lusvarghi falou sobre as pioneiras do cinema no Brasil e o momento em que elas começaram a ganhar espaço para, além de produzir, escrever e opinar sobre o cinema brasileiro. “Vamos conversar mais sobre o audiovisual feminino e ocupar cada vez mais espaços das críticas de cinema”, sugeriu. A mesa foi finalizada com a apresentação de Minom Pinho, fundadora do FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema. Adepta do taoísmo, tradição filosófica e religiosa originária do Leste Asiático que enfatiza a vida em equilíbrio, ela ressaltou que não é só no cinema que há um desequilíbrio, mas em quase todas as outras profissões. Pioneira em eventos on-line dos quais participam mulheres, ela contabilizou o sucesso e a pluralidade do festival. “Nossos filmes chegaram para 400 municípios e contaram com a participação de 45% de mulheres negras”, arrematou. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
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Combate à violência sexual nos ônibus
Os vídeos serão divulgados, durante uma semana, na Rodoviária de Brasília e no Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Sul-BRT Expresso DF | Foto: divulgação Secretaria das Mulheres A caminho do trabalho ou na volta para a casa, nas telas dentro do vagão, é possível ler o importante aviso: Importunação sexual é crime e pode resultar de 1 a 5 anos de prisão. A mensagem é destinada a homens e a mulheres. Para eles, a séria advertência de que comportamentos inadequados, como toques ou “encoxadas” em uma passageira pode levar à cadeia. Para elas, a orientação de que esse tipo de abuso dentro do ônibus deve ser denunciado. A iniciativa de alertar os usuários de transporte coletivos no DF, por meio de uma ação educativa para prevenção à violência sexual nesse ambientes, é resultado da parceria do das Secretarias da Mulher (SMDF) e de Transporte e Mobilidade do DF (Semob) com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Os vídeos serão divulgados, durante uma semana, na Rodoviária de Brasília e no Sistema de Transporte de Passageiros Eixo Sul-BRT Expresso DF. Eles esclarecem o que caracteriza o crime de importunação sexual e qual a pena para quem o pratica, além de abordar o direito de carros exclusivos para mulheres em horários de pico no BRT. Também estão sendo exibidos no totens da rodoviária os números de telefone por meio dos quais as mulheres podem denunciar uma agressão (Polícia Civil e o 197), além do contato do programa Mulher, Você Não Está Só (61- 99415 0635), um canal de teleatendimento criado pela Secretaria da Mulher, durante a pandemia, para que vítimas de violência que não podiam sair da casa por causa do isolamento social pudessem ter um canal para denunciar o agressor. O lançamento dos vídeos coincide com o período dedicado aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma iniciativa da ONU, apoiada pelo Governo do Distrito Federal. A secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, destaca que há registro de inúmeros casos de violência cometidos contra elas dentro do transporte público e que a educação é a maneira mais estratégica de prevenção e combate. “Quando criamos esse ambiente de paz dentro do transporte público, estamos falando sobre o direito constitucional da mulher se locomover. Não é só educar o homem, mas também a mulher, os usuários e quem trabalha no sistema para entenderem os limites de cada um e saber como agir em casos de violência. A educação é sempre a solução mais efetiva quando falamos de enfrentamento à violência de gênero”, afirma. A ação também faz parte das metas do Núcleo de Gênero do MPDFT de garantir o acesso à informação qualificada e, consequentemente, esclarecer a população sobre o que é consentimento e sobre práticas que podem configurar crimes contra a dignidade sexual, protegendo meninas e mulheres da violência sexual baseada no gênero. Daniela Silva Santos, 43 anos trabalha no Hospital de Base e sempre usa ônibus para ir e voltar do trabalho. Ela diz que, quando o transporte está cheio, se sente mais desconfortável porque alguns homens se aproveitam do pouco espaço para cometer assédios de maneira despercebida. “Com um ônibus só para mulheres, a gente se sente mais segura, mais confiante, né?”, considera. Para a promotora de Justiça Mariana Távora, coordenadora do núcleo de gênero, “os vídeos foram pensados para, a partir de uma lógica pedagógica, instruir as pessoas sobre o que é o crime de importunação sexual e quais são as consequências dele advindas, bem como para que saibam que há leis no DF que garantem carros e embarques exclusivos no BRT para meninas e mulheres. Dessa forma, almeja-se prevenir a violência de gênero dentro de transportes coletivos.” Viagem segura O MPDFT tem um procedimento administrativo que acompanha o cumprimento da Lei Distrital 6.282/2019. O texto determina a criação de espaço prioritário para o embarque de mulheres nos terminais e também estabelece que 30% da frota do BRT destacada para atender o fluxo de passageiros nos horários de pico seja destinada exclusivamente para mulheres. O Núcleo de Gênero tem feito diversas tratativas com a Semob, para que seja considerado horário de pico aquele que apresente as maiores estatísticas de violência de gênero. Claudiane Matos da Silva, 26 anos, por exemplo, acha que a segurança da mulher dentro transporte público melhorou muito depois da implantação de ônibus específicos para o público feminino, especialmente nos horários de pico. Ela conta que já passou por situações de assédio pelo menos três vezes e, por isso, sempre que possível, tenta usar o carro destinado somente às passageiras. [Olho texto=”Não é só educar o homem, mas também a mulher, os usuários e quem trabalha no sistema para entenderem os limites de cada um e saber como agir em casos de violência” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, as ações do GDF, por meio da Semob e das secretarias da Mulher e de Segurança Pública, levam em conta todo o cuidado do Governo com a questão da mulher, no sentido de dar segurança e atendimento, não apenas para o uso do transporte público, mas em todas as ações que o governo adota na administração pública do Distrito Federal. O titular da pasta garante que vai incrementar as medidas de apoio e proteção à mulher que fazem uso do transporte público coletivo no DF. “Implantamos as viagens exclusivas para mulheres no BRT e estamos planejando ampliar essa medida para linhas circulares que fazem a alimentação do BRT. Já temos essa medida adotada no Metrô, com vagão exclusivo pra a mulher. A ideia é que a gente possa colocar linhas exclusivas para mulheres também em outras cidades para dar mais segurança a elas dentro transporte coletivo em todo o Distrito Federal”, disse. * Com informações da Secretaria da Mulher, Secretaria de Transporte e Mobilidade e MPDFT
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