SQS 106 recebe placas que destacam marcos históricos de Brasília e aproximam moradores da memória da capital
Há mais de seis décadas, quando Brasília ainda era poeira vermelha, concreto fresco e sonhos em construção, os primeiros moradores chegaram carregando esperança e coragem. Foram os pioneiros que deram vida aos prédios recém-erguidos, e é justamente essa memória que o Projeto Passos Pioneiros busca homenagear com a inauguração de cinco placas históricas na SQS 106, neste sábado (30), às 9h, próximo ao bloco D da quadra. “Essa região é onde Brasília começou a ser construída, onde os primeiros blocos residenciais foram construídos e os três primeiros blocos que tiveram pessoas habitando são esses aqui na SQS 106”, explica Giordano Bazzo, vice-prefeito da quadra, referindo-se aos blocos C, D e I. Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Os primeiros oito blocos foram projetados por Oscar Niemeyer em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o único projeto de blocos residenciais do arquiteto em Brasília. Os três blocos restantes da quadra foram criados por Wagner Urubatan Neves, responsável por 11 blocos nas quadras 106 e 306 sul. Memória preservada Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília: os primeiros prédios entregues em 1959; a transformação do conjunto residencial IAPC na SQS 106; a inauguração do Centro de Ensino Fundamental 01, a quarta escola do Plano Piloto; curiosidades sobre o Cine Brasília, onde é sediado o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais tradicional do país, e a entrequadra 106/107, tombados em 2007. Além de fatos marcantes da área comercial, como os primeiros semáforos e as tesourinhas construídas. A pesquisa dessas informações foi feita com o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). “Nós cedemos todas as fotos desde o início da quadra 106. Também o projeto de organização dos blocos e outros documentos” afirma Elias Manoel, historiador do Arquivo Público. Para ele, a importância de resgatar essa história é vincular o passado ao presente. “Aquilo que você não lê, você não retoma, você esquece. A história quando não é revisitada, é esquecida. Revisitar a história é olhar uma placa como essa”, complementa o historiador. Novos olhares Letícia Nunes tem 21 anos, nasceu em Brasília e mora no Guará com a família. Ela trabalha como operadora de caixa em um mercado da quadra e confessa que nunca tinha parado para perceber sua importância histórica. “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou passar por aqui e sempre lembrar disso”, diz Letícia. Já o servidor público Fábio Lacerda mora na quadra 106 há 5 anos. Ele conta que, embora soubesse que a quadra existia há décadas, nunca tinha se dado conta da relevância histórica do local que mora. “Eu sabia que era uma quadra antiga, mas não sabia que tinha toda essa história. Recentemente, passando por aqui, vi essas placas e consegui conhecer um pouco mais e achei bastante interessante”, afirma Fábio. Letícia Nunes tem 21 anos: “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou sempre lembrar disso”, diz Letícia Recuperação histórica Além da inauguração das placas, a quadra também recebe reformas. Servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) trabalham na manutenção do espaço e da infraestrutura local. “A instalação das placas e a recuperação da quadra aproxima os moradores e visitantes porque elementos históricos não estão em qualquer lugar por aí. E ao defrontar-se com uma placa dessa, aproxima a comunidade porque a comunidade se irmana com um diálogo histórico. Porque, se a gente não tiver lugares que se possa ler conteúdos de história, como é que você vai saber que aquele lugar é histórico?”, questiona o historiador do Arquivo Público.
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Endereçamento urbano do DF é reforçado com investimento de R$ 32,3 milhões
As placas de endereçamento, que indicam ruas, avenidas e bairros, são essenciais para a mobilidade de pedestres e motoristas. Ciente disso, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe cerca de R$ 32,3 milhões na substituição e manutenção das sinalizações em todas as 35 regiões administrativas (RAs). A ação é coordenada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), por meio de contrato com a empresa Sinales, responsável pelo mapeamento, fabricação e fixação das placas. O contrato teve início neste ano e, até o momento, resultou na instalação de mais de 9 mil placas. Foram gerados cerca de 140 empregos diretos e indiretos. Quatro cidades já estão com a sinalização totalmente renovada: Guará, que ganhou 2.100 novas placas, Núcleo Bandeirante, onde foram renovadas 1.500 sinalizações, e Candangolândia e Água Quente, com substituição de 450 e 100 placas, respectivamente. A ação é coordenada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O serviço segue em andamento em Sobradinho II, São Sebastião, Gama, Paranoá, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Samambaia, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Estrutural. E em dezembro será iniciada a ação em mais cinco cidades: Sobradinho, Planaltina, Brazlândia, Itapoã e Riacho Fundo II. A expectativa é que, até o final do ano, tenham sido fixadas aproximadamente 20 mil novas sinalizações. As demais RAs serão contempladas em 2025. “Esse contrato não é simplesmente uma execução de placas de endereçamento, mas um sistema que controla onde há necessidade de instalação e reposição”, salientou o presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur. “Além de modernizar a sinalização da cidade, estamos promovendo dignidade para o cidadão, que precisa ter o seu endereço conhecido para facilidade de todos, incluindo o serviço público, como ambulâncias e viaturas policiais.” O serviço segue em andamento em Sobradinho II, São Sebastião, Gama, Paranoá, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Samambaia, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Estrutural Impulso O diretor de Produção Industrial e Sinalização do DER-DF, Jefferson Oliveira, explica que o contrato permite que a renovação das placas seja feita em larga escala e de modo mais ágil. “Antes do contrato, quem fazia a instalação e fabricação das placas era o DER, como obra direta, desde a parte de serralheria, pintura e montagem, em uma fábrica própria. No entanto, não conseguíamos atender a todo o DF da maneira ideal, diferentemente do contrato com a empresa terceirizada, que tem maior poder de alcance e consegue avançar em diversas cidades ao mesmo tempo”, esclarece. Exemplo disto é que de 2019 até o primeiro semestre de 2024, as equipes do DER-DF instalaram 14.450 novas placas em diversas regiões. No primeiro ano da gestão Ibaneis Rocha, foram fixadas 1.650 sinalizações, enquanto no ano passado o número quase triplicou, passando para 4.066 novos aparatos. Por outro lado, desde que iniciaram as operações, no segundo semestre deste ano, as equipes da Sinales superaram 9 mil placas fixadas. Por meio do contrato, a empresa faz o levantamento dos pontos que requerem nova sinalização e, após aprovação do DER-DF, fabrica as sinalizações conforme as especificações do órgão. No Guará, por exemplo, as sinalizações próximas às áreas residenciais têm layout azul e maior dimensão em relação às placas antigas, e indicam a quadra, o conjunto e se o lote é par ou ímpar. A fábrica do DER-DF segue em funcionamento, atendendo demandas registradas na Ouvidoria por moradores e administrações regionais. “Estudamos a legibilidade da placa, acessibilidade e estrutura, principalmente em relação ao sistema viário, para não colocar a placa em local que possa causar um acidente ou não seja útil à população”, salienta o diretor. “Começamos por cidades que tinham pouca ou nenhuma sinalização e, em breve, estaremos nas cidades com maior número de placas, em que será feita também manutenção e limpeza das sinalizações, além da substituição daquelas com placas ilegíveis ou danificadas.” Participe O serviço de instalação de placas de endereçamento pode ser solicitado pela população via Ouvidoria, no site do Participa DF. É possível ainda requerer outros serviços, como poda de árvores, recapeamento, recolhimento de inservíveis e também registrar elogios, reclamações e questionamentos.
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Mais de 930 placas reforçam o endereçamento nas regiões do DF
Essenciais para guiar a população pelas ruas do Distrito Federal, as placas com endereçamento passaram por manutenção. Responsável por esse procedimento, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) investiu aproximadamente R$ 1,4 milhão para instalar mais de 930 placas entre janeiro e abril deste ano. O serviço abrange uma série de procedimentos, desde a simples troca do adesivo, colocação no prumo e aplicação de novas camadas de pintura até a instalação de sinalizações novas. Ano passado, foram 4,5 mil novas placas que demandaram um investimento de R$ 3,9 milhões. Em 2024, os técnicos do departamento já estiveram em São Sebastião, Sol Nascente/Pôr do Sol, Água Quente, Guará, Gama, Riacho Fundo e Candangolândia. O superintendente de Operações do DER, Murilo de Melo Santos, explica que o órgão atua em várias frentes para garantir a eficiência da sinalização de endereçamento das ruas que cortam as 35 regiões administrativas do Distrito Federal. Este ano, as equipes do DER trocaram as placas de São Sebastião, Sol Nascente/Pôr do Sol, Água Quente, Guará, Gama, Riacho Fundo e Candangolândia | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília “A instalação dessas placas ocorre por vários meios: temos demandas recebidas da Ouvidoria, em que o próprio cidadão solicita o reparo ou substituição da placa danificada, e por meio das administrações regionais; também procuramos instalar as primeiras placas de cidades novas como Água Quente, Arapoanga e Sol Nascente/Pôr do Sol”, disse Murilo. Além de instalar novas placas, as que estão em más condições de visualização são trocadas ou reformadas. “Fazemos um trabalho preventivo de manutenção. Em algumas cidades, é natural que a ação do tempo provoque o desbotamento das placas. Então, na medida que as demandas chegam, buscamos atendê-las e, em paralelo, vamos mantendo as já existentes”, acrescenta o superintendente. A aposentada Madalena Callai costuma se orientar pelas placas e elogia a sinalização em Águas Claras Na quarta-feira (24), foi a vez de Águas Claras receber novas placas de endereçamento. Por lá, foram instaladas nove, que se somaram às outras quatro que já haviam sido colocadas no início do ano. O serviço foi elogiado pelos moradores que passavam e notavam a nova sinalização. “Não moro em Brasília, estou aqui para visitar minha filha. E eu, particularmente, gosto muito de me situar por meio das placas. Aqui em Águas Claras tem bastante, mas é importante que estejam trabalhando para melhorar ainda mais. É um serviço que serve também para promover a educação no trânsito”, avalia a aposentada Madalena Callai, 69 anos. Papel social “As placas têm uma função social muito importante, garantindo que as pessoas se desloquem e tenham acesso a inúmeros serviços” Murilo de Melo Santos, superintendente de Operações O superintendente do DER destaca a função social das placas de endereçamento. Segundo ele, a manutenção contínua das sinalizações contribui significativamente para a organização e a fluidez do tráfego, promovendo a segurança e a comodidade dos usuários das vias urbanas. “Sem sinalização, a mobilidade fica prejudicada”, enfatiza. “Elas têm uma função social muito importante, garantindo que as pessoas se desloquem e tenham acesso a inúmeros serviços – polícia, bombeiros, Samu e até coisas mais simples como entregas dos Correios”, prossegue Murilo. Para o motorista de aplicativo Jonas Póvoa Coelho, 39, uma rua bem sinalizada facilita no dia a dia, quando precisa levar um passageiro a um local desconhecido. “Eu sempre olho a rota no app, mas gosto de conferir nas placas das ruas se o local é realmente aquele. Em Águas Claras tem muita placa, mas quanto mais, melhor”, pontua. O serviço de instalar placas de endereçamento segue pelos próximos dias em Santa Maria, Sobradinho e Paranoá. A população pode participar ativamente fazendo a solicitação via Ouvidoria, no site do Participa DF.
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Mais de 100 novas placas de endereço serão instaladas no Guará
Teve início nesta segunda-feira (5) a instalação de mais de 100 placas de endereçamento na QE 38, no Guará II. Todos os conjuntos da quadra receberão novas sinalizações e cerca de 2.500 moradores serão beneficiados. Há mais de 15 anos a QE 38 não recebia uma substituição tão expressiva de placas. A expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos até o fim deste mês. A instalação de placas contemplou ainda as quadras mais recentes da região administrativa | Foto: João Rodrigues/Administração do Guará Os serviços, executados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), só foram possíveis graças ao investimento de R$ 600 mil do caixa da própria Administração do Guará para essa antiga demanda dos moradores da cidade. Até agora, mais de 600 placas já foram substituídas no Guará. Além de avenidas e áreas comerciais, a QI 18, QE 48, QE 17, QE 28 e a QE 40 também ganharam novas sinalizações. A instalação de placas contemplou ainda as quadras mais recentes da região administrativa: QEs 50, 52, 54, 56 e 58. “Outras novas áreas do Guará também ganharão novas placas ao longo deste ano, pois já planejamos uma nova descentralização de recursos ao DER-DF para a produção de novas placas. Esse cuidado diário com a nossa cidade é uma determinação do governador Ibaneis Rocha. Seguimos trabalhando para um Guará cada vez melhor”, destaca o administrador regional, Artur Nogueira. *Com informações da Administração Regional do Guará
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Guará vai instalar 800 placas de endereço até o fim de 2023
O Guará terá mais R$ 300 mil para investimento em novas placas de sinalização em 2023. A Portaria Conjunta nº 2, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (26), descentraliza os recursos da Administração Regional do Guará para o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). O montante será utilizado para a confecção de placas de endereçamento na QE 36, QE 38, QE 40 e no Polo de Moda. Desde o início deste ano, cerca de 500 placas já foram instaladas no Guará. Além de avenidas e áreas comerciais, a QI 18, QE 17, QE 28 e a QE 40 também ganharam novas sinalizações. A instalação de placas contemplou ainda as novas quadras da região administrativa, QEs 50, 52, 54, 56 e 58. As demandas sobre placas ilegíveis estão entre as principais solicitações da população guaraense na Ouvidoria do Governo do Distrito Federal | Foto: Divulgação/ Administração do Guará Na próxima etapa, está prevista a substituição de placas que foram instaladas há mais de 20 anos. As vias próximas à Avenida Contorno, no Guará II, também terão novas sinalizações de trânsito. As demandas sobre placas ilegíveis estão entre as principais solicitações da população guaraense na ouvidoria do Governo do Distrito Federal. O administrador do Guará, Artur Nogueira, destaca que esta nova etapa de sinalização contemplará também as ciclofaixas da cidade. “Esse cuidado diário com a cidade é determinação do governador Ibaneis Rocha. Temos andando bastante pelo Guará e a substituição e instalação de placas são demandas recorrentes”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Vamos dar prosseguimento ao trabalho de instalação de placas de endereçamento no Guará. Os moradores da cidade estão bem próximos de poderem usufruir de placas novas em toda a região”, ressalta o superintendente de operações do DER, Murilo de Melo Santos. *Com informações da Administração Regional do Guará
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Paredes do Túnel de Taguatinga recebem últimos retoques
A parte central das paredes do Túnel de Taguatinga já está completamente revestida por placas cimentícias. Faltam menos de 300 m², de um total de 20 mil m², para que a instalação do acabamento seja concluída. Os trabalhos estão concentrados no lado norte da passagem subterrânea, por onde os veículos vão trafegar no sentido Estrada Parque Taguatinga (EPTG) – Avenida Elmo Serejo. Serviço começa a ser feito no meio da parede, para permitir a colocação de placas inteiras | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O revestimento começa a ser instalado no meio da parede, onde conseguimos usar as placas inteiras”, explica o engenheiro civil Everaldo Barros. “Quando chegamos perto das extremidades, ou seja, do piso e do teto, as peças precisam ser recortadas para que possam se encaixar no espaço que restou. Estamos nessa fase do serviço”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As quatro paredes internas do Túnel de Taguatinga receberão 7 mil peças de placas cimentícias, cada uma medindo 1,2 m por 2,4 m. Fabricado em São Paulo (SP), o revestimento melhora a acústica da passagem e é resistente a condições climáticas adversas. Além disso, o material não pega fogo. O fim do trabalho com as placas vai permitir que as 322 luminárias de emergência do túnel sejam instaladas. Esses equipamentos serão fixados por cima do revestimento, a uma altura de 1,5 m do piso acabado. “São peças feitas de alumínio e vidro, resistentes à explosão”, ressalta o engenheiro eletricista Renato Sales. “Cada uma delas é equipada com lâmpada de bulbo tipo LED de 18W de potência”.
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Sinalização da SQS 308 agora é obra do MAB
A placa de metal, tinta e plotagem foi criada pelo arquiteto Danilo Barbosa e é produzida pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER)| Foto: Divulgação/MAB Ela sinaliza as direções das quadras residenciais 107, 307, 108 e 308 da Asa Sul. Em 2012 foi escolhida por um comitê do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, nos Estados Unidos, para fazer parte do acervo permanente das obras em exposição. A placa de metal, tinta e plotagem foi criada pelo arquiteto Danilo Barbosa é e produzida pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Agora, ganha mais um ponto de visitação além da superquadra: o Museu de Arte de Brasília (MAB). Na entrega do espaço, feita na quarta-feira (21) passada, a peça foi instalada pelos técnicos do órgão do Governo do Distrito Federal – e poderá ser vista por quem passar por lá. Com 2,5 metros de altura e 45 centímetros de largura, o totem que costuma ser fixado no chão, ganhou uma base de metal de 200 quilos e está no primeiro pavimento, que é onde funcionará a galeria de exposições do museu. Com obras de arte colocadas do lado de fora do prédio, a escolha de levar o totem para a área interna tem uma razão: dar destaque a um dos principais símbolos urbanos da capital. Por enquanto, a peça é a única instalada de um acervo de 150 que vai compor a exposição inaugural que contará a história da arte e do design de Brasília. “E para inseri-la na narrativa como símbolo dos anos 70, o ideal fosse que ela já estivesse na galeria”, explica o gerente e um dos curadores do MAB, Marcelo Gonczarowska. Arte no tombamento À frente do departamento responsável pela fabricação das placas de sinalização urbana, o superintendente de Operações do DER, Murilo de Melo Santos, lembra que a sinalização de uma cidade é fundamental para orientar o cidadão e dar mobilidade a um espaço. “Em Brasília, as placas têm uma singularidade pois são únicas, preservando as características do projetista Danilo Barbosa dentro do tombamento histórico da cidade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] E a escolha da peça entre tantos modelos projetados por Danilo não foi em vão. Além de ser também uma réplica semelhante à do MoMA, o totem de sinalização indica as quatro quadras-modelos de Brasília com as definições projetadas por Lucio Costa com unidades de saúde, espaços culturais, templos religiosos e áreas de lazer. “Agora quem não puder ir a Nova York apreciar nossa placa, vai conseguir fazê-lo indo ao MAB”, comemora Barbosa.
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Novas placas em todas as trilhas do Jardim Botânico
Para os visitantes, caminhadas se tornam mais seguras com as orientações das placas | Foto: Divulgação/JBB Quem visita o Jardim Botânico de Brasília (JBB) vai encontrar 63 novas placas de orientação para pedestres em mais de seis quilômetros em três trilhas. Executada pela Superintendência Técnico-Científica (Sutec) do JBB, a sinalização facilita a localização de quem aproveita a beleza do bioma. A distância curta entre as placas de identificação indicará a direção correta, evitando que as pessoas se percam. “Manter os visitantes informados sobre sua localização nas trilhas estimula a visitação e garante mais segurança aos usuários”, ressalta a diretora-executiva do JBB, Aline De Pieri. Desde setembro do ano passado, o JBB oferece material referente aos percursos que somam mais de 25 quilômetros, com informações sobre a distância, uso da vegetação, atividade a que se destina (caminhada ou ciclismo), grau de dificuldade e acessibilidade. Os mapas podem ser acessados pelo QR Code disponível no local. O JBB segue aberto à visitação do público, que deve seguir as medidas para evitar a propagação da Covid-19. O parque funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. O ingresso custa R$ 5 por pessoa, mas o acesso é gratuito para pedestres e ciclistas entre as 7h30 e as 8h50, mediante o uso de máscara de proteção facial. Dentro do local, é preciso estar atento e manter o distanciamento social. * Com informações do JBB
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Totens começam a ser recuperados
Neste mês, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), iniciou a limpeza dos totens de sinalização das vias W3 Sul e Norte | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Elas fazem parte do Plano Diretor de Sinalização de Brasília. Criadas pelo arquiteto Danilo Barbosa, em 2010, têm dezenas de modelos e quatro padrões de cores – um deles como peça permanente no Museu de Arte Moderna de Nova York. Apesar de integrarem as obras de arte a céu aberto da cidade, são constantemente vandalizadas, amassadas, sujas e pichadas. Neste mês, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), iniciou a limpeza dos totens de sinalização das vias W3 Sul e Norte. São 310 totens ao longo de toda a W3, sendo que 60 já foram recuperados até esta segunda-feira (11). Em até 30 dias o DER conclui o mapeamento dos pontos onde a recuperação não é possível e inicia a produção de novas placas para substituição. A fabricação do material é toda feita pelo órgão, assim como a mão de obra direta utilizada na recuperação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] “Aos 60 anos de Brasília, está na hora de pensar em cada detalhe de manutenção da cidade. E não poderia ser diferente com a sinalização, esse meio tão importante de informação para quem mora e circula pela cidade”, afirma o diretor-geral do DER, Fauzi Nacfur. O trabalho está sendo feito inicialmente na Asa Sul e segue depois para a Asa Norte. Oito técnicos do órgão lavam as placas para retirar o acúmulo de poeira e de pó de asfalto, fazem a raspagem dos papéis de propaganda afixados irregularmente, pintam e recolocam os adesivos de endereçamento, quando necessário. Tudo sem precisar remover a placa. Há dez anos no setor, o superintendente de Operações do DER-DF, Murilo de Melo, conta que acompanha pela primeira vez um trabalho de limpeza de placas como esse. Ainda segundo ele, o índice de depredação e descuido das placas pelo cidadão é muito grande. “Utilizam os totens como quadro de propaganda, colando anúncios e papéis, o que é ilegal”, afirma.
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“Enxergue melhor”: Lago Sul entra no combate à poluição visual
Levantamento realizado pelo governo mapeou 152 pontos com letreiros irregulares I Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Uma blitz da Secretaria DF Legal com a Administração do Lago Sul está colocando fim na poluição visual da região. Placas de publicidade irregulares espalhadas pelos canteiros, conjuntos e muros estão na mira dos fiscais. Levantamento realizado pelo governo mapeou 152 pontos com letreiros irregulares. As equipes de fiscalização foram a campo retirar o material, que polui a paisagem, atrapalha a visão de motoristas e rende multas severas. Começam em R$ 592 e vão até R$ 16 mil, de acordo com o tamanho e gravidade. Nesta terça-feira (20), o DF Legal removeu 25 placas em cinco quadras do Lago Sul: QIs 19, 21, 23, 27 e no Setor de Mansões Dom Bosco. Com uma lixadeira em punho, um servidor precisou serrar três as placas. As outras foram arrancadas ou desaparafusadas dos muros. “Vistoriamos 100% do bairro e fizemos um relatório com georreferenciamento. São placas diversificadas, mas principalmente trazem anúncios de venda de imóveis e empresas de segurança”, explica o administrador Rubens Santoro. “Estava ficando muito feio”, lamenta. A operação foi comemorada pelos moradores. A engenheira Helena Maduro, 49 anos, reside no Setor de Mansões Dom Bosco e passou para fazer comprar no comércio local do conjunto 12, quando decidiu parar por alguns minutos para observar a retirada de pelo menos três placas. “É preciso mais disciplina. Se a empresa quer fazer publicidade, que seja em lugar adequado e não em via pública. Fica muito feio e é irregular”, opina Helena. “Tudo que for poluição visual, tem que arrancar. Não tem autorização então não pode pôr. A gente vê aqui, no Plano Piloto e em algumas cidades do DF a proliferação dessas propagandas que sujam a cidade”, critica o publicitário Marcelo Palhares, 52 anos. Para o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, a ação ajuda no ordenamento das cidades. “A publicidade irregular é cada vez mais prejudicial à cidade. Dentre outros aspectos, ainda atrapalha a segurança no trânsito e o mercado de propaganda que atua dentro da legalidade”, explica. Empresas notificadas As placas retiradas são levadas para o depósito da Secretaria DF Legal I Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília O DF Legal já removeu 80% do material irregular catalogado e a previsão é completar todo o serviço no Lago Sul até domingo (25). Segundo o órgão, as placas retiradas são levadas para o depósito da secretaria. “Esse tipo de publicidade não tem autorização e vinha sendo feito de forma desordenada, em qualquer lugar do Lago Sul. As empresas foram notificadas e tiveram três dias para retirar. Como a maioria não retirou, nossas equipes fizeram o serviço”, explica o subsecretário de atividades econômicas do DF Legal, Francinaldo Oliveira. Oliveira explica que, nesta primeira fase, não estão sendo aplicadas multas às empresas. Mas, caso insistam na propaganda irregular, serão penalizadas. A operação foi demandada pela Administração Regional, no âmbito de um programa da secretaria que se chama Pronto Emprego, projeto que se coloca a atender às principais necessidades das regiões administrativas.
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Melhorias nos estacionamentos do Noroeste
Setor ganhará mais serviços a partir da contratação de empresa responsável, conforme edital de licitação já publicado | Foto: Divulgação Ao percorrer o Noroeste, as pessoas têm se deparado com canteiros de obras distribuídos em diversos pontos da região. São benefícios obtidos por meio de recursos investidos pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) destinados à implantação de infraestrutura no setor habitacional. E a lista só aumenta. Agora, mais um item fará parte desse conjunto: a execução de pavimentação, sinalização e drenagem de estacionamentos públicos. Nas projeções G e H da SQNW 102, serão executados os três serviços, enquanto a Projeção I da SQNW 104 receberá pavimentação. Os projetos serão colocados em prática a partir da contratação de uma empresa responsável pelos serviços, de acordo com edital de licitação publicado pela Terracap no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) da última quinta-feira (8). Estacionamento e pisos No caso dos novos estacionamentos, o piso será composto por pavimento intertravado – tipo de piso feito com blocos de concreto pré-fabricados, assentados sobre camada de areia e travados por contenção lateral e atrito entre as peças; o formato final lembra um quebra-cabeças. “A vantagem da utilização desse material é a segurança que ele fornece, visto que não desloca, rotaciona ou translaciona com facilidade”, explica o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. Para proporcionar maior durabilidade ao calçamento, é necessário aderir ao método de drenagem. A ação evita a umidificação do solo ao efetuar escoamento de água utilizando canos, valas, túneis e fossos. Quanto à sinalização, foram dimensionadas 28 vagas aos estacionamentos. Desse total, oito serão atribuídas ao uso exclusivo – quatro para idosos e a outra metade para portadores de necessidades especiais. Demarcação horizontal e vertical Outra demanda para o projeto são as demarcações horizontal e vertical. A primeira visa informar melhor as pessoas e organizar o fluxo da via. Para dar mais eficiência e clareza à mensagem, são utilizadas quatro cores na pintura. Cada uma delas possui uma finalidade. A cor amarela demarca obstáculos e fluxos de sentidos opostos e espaços proibidos. Já a branca é utilizada para fluxos de mesmo sentido e faixas de pedestres. A vermelha, por sua vez, demarca ciclovias, ciclofaixas e símbolos de farmácias e hospitais. A azul é usada para pontuar locais de embarque e desembarque de pessoas com deficiência física (PcDs). Já a demarcação vertical é composta pela fixação de placas com símbolos e legendas, que transmitem avisos com objetivos específicos – caso das placas que alertam para o motorista parar e das que indicam a velocidade da via.? * Com informações da Terracap
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Placas do Parque da Cidade serão revitalizadas
A pedido da Administração do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) deu início, na manhã de hoje (28), a uma revisão de todas as placas da área de 420 hectares. A análise deve durar aproximadamente 15 dias. O levantamento vai quantificar as placas de todo o parque e classificar as que necessitam de reforma, troca ou apenas limpeza. “Após o mapeamento, vamos revitalizar as placas que estão deterioradas devido à ação do tempo, as que ficaram amassadas depois de acidentes ou até mesmo as que estão sujas devido a atos de vandalismo”, esclareceu o superintendente de operações do DER, Murilo de Melo Santos. Além da troca dos dispositivos já existentes, o levantamento feito pelo departamento vai definir novos pontos para a instalação de novas placas informativas. As 4.500 vagas de estacionamento existentes no parque também passarão por revitalização. Este serviço será realizado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF). Após a conclusão do serviço de reforma e substituição das placas, que deve durar aproximadamente 60 dias a partir do início dos trabalhos, cerca de 140 mil pessoas que frequentam o parque de segunda a sexta-feira, aos finais de semana e durante eventos especiais serão beneficiados. *Com informações do DER
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Rodrigo Nardotto, o pintor cuja musa é a capital
[Numeralha titulo_grande=”6″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”] Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade. Rodrigo pensa em Brasília o tempo todo quando pratica a arte da pintura. “É uma abdução, você é abduzido por Brasília”, confessa. Foto: Arquivo pessoal “Tinha um amigo meu, muito chato, que sempre me criticava. ‘Você só pinta Brasília’, ele dizia. Mas tem uma frase do escritor russo Liev Tolstói que sedimentou meu amor pela capital. ‘Quem pinta sua aldeia torna-se universal’. Depois de ouvir isso, perdi o receio de pintar Brasília. É a minha cidade e eu a amo. Estou começando a rodar o mundo com minha arte, mas quando eu volto é sempre aquele impacto: poxa, Brasília é incrível. É impossível não pintar Brasília. Todos os pintores da cidade têm quadros maravilhosos sobre ela. O cara que não pinta Brasília não é artista de Brasília. Se você morasse em Londres ia pintar o Big Ben, o rio Tâmisa. E Brasília é tão distoante, com todo esse modernismo, que não tem como. É uma influência, me falta um termo melhor, quase parasitária, que se infiltra em você, te domina, é quase uma abdução. Você é abduzido por Brasília, não tem jeito. [Olho texto=”Perdi o receio de pintar Brasília. É a minha cidade e eu a amo. Estou começando a rodar o mundo com minha arte, mas quando eu volto é sempre aquele impacto: poxa, Brasília é incrível.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando eu comecei a pintar, há uns 10 anos, fiz muitos estudos em ikebana, que é uma arte floral, e que me deu vários conceitos que eu precisava, como equilíbrio, forma, contraste, cor. Quando aprendi esses conceitos, comecei a pintar o óbvio de Brasília, os monumentos, os ipês, o céu. Tanto que fiz uma série chamada ‘Óbvia Brasília’, a minha primeira, entre 2011 e 2012. Depois dela eu fiz a série ‘Placas’. Eu vi, pela cidade, placas batidas, pichadas, fazendo parte da paisagem. Achei muita poesia no fato de nós interferirmos na paisagem (fazendo as placas) e depois interferir na interferência, seja com acidente de trânsito, com a pichação. Aí eu pintei as placas de Brasília com Brasília de fundo, ficou bem legal. Tanto que o embaixador da Bélgica na época, o Josef Smets, comprou uma tela e disse que nunca tinha visto, em lugar nenhum do mundo, uma placa avisando que as pessoas não buzinam, como tem aqui. Depois dessa eu pintei uma série sobre como teria sido se o Van Gogh tivesse pintado Brasília. Eu comecei pintando Brasília, pintei 24 telas aqui, fiz ‘A Noite Estrelada’ no Palácio da Alvorada. Mas achei pouco e nós (o Van Gogh e eu) viajamos para o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Agreste e Sertão. Pintei mais de 90 telas com esse tema. Eu não tenho tempo nem muita paciência pra fazer o plein air, aquela pintura ao ar livre. Como bom brasiliense, ando muito de carro. Quando eu vejo um cenário que acho que vai dar um bom quadro, eu paro, fotografo com a câmera do celular mesmo e depois pinto. Como a minha escola de arte é o expressionismo, eu pinto mais o que eu sinto do que vejo. Tenho a referência guardada e, quando vou para o ateliê, olho aquela foto, lembro do sentimento que tive quando vi aquela paisagem e faço a pintura. O que mais me impressiona em Brasília é a cor. E a luz, também, que é fantástica. Você mistura os sentimentos que você tem com as linhas de Brasília. Aí, tem os ipês que são maravilhosos, o céu que é uma abstração diferente todos os dias, mesmo na época da seca que a gente fica monotemático com o céu. Ainda assim você consegue capturar nuances diferentes. Eu tenho uma série que se chama ‘Céus’, que traz estudos sobre a dinâmica do céu de Brasília, ao mesmo tempo não desprezando os ipês, a escala monumental, mas sempre associados ao céu. Em primeiro plano, em 95% da imagem é o céu. Brasília é céu, natureza e modernismo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Quando eu era criança eu passava horas vendo o céu. Eu adorava, sabia todas as nuances dos tons do pôr-do-sol, dos dias de chuva. Quando chovia ficava cinza de um lado e sol no outro, um contraste maravilhoso, quando chovia muito longe, o céu ficava azul escuro, mas o pôr-do-sol, nas minhas costas, lançava uma luz amarela nesse azul. Um dia consegui pintar esse cenário que via na infância. Desde criança sempre tive a cabeça nas nuvens. Sou nascido e criado em Brasília, meus pais vieram pra cá em 1968 para fazer a vida. Eles se formaram em um dia, casaram-se no outro e no seguinte já estavam em Brasília. Minha mãe é assistente social e meu pai, engenheiro. Ele chegou de manhã e de tarde tinha dois empregos. Eu nasci em 1973, sou o filho do meio de três irmãos. Fui criado na Asa Norte, numa época em que você andava de dia ou à noite sem nenhum problema. Hoje até anda, mas não pode dar mole. Eu morava em apartamento, mas meu quintal era a quadra. Era uma delícia. Fiz UnB e Ceub e sou servidor público nas minhas 40 horas vagas semanais, quando não estou pensando em arte.” Rodrigo Nardotto, 47 anos, artista plástico, morador do Lago Norte Depoimento concedido à jornalista Gizella Rodrigues
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Nas placas de prédios da Asa Sul, o arcabouço do tempo
Placas e bustos remontam tempos longínquos e são indícios de homenagens, reconhecimentos de feitos heróicos. Enfim, documentam fatos históricos. Era uma obsessão dos imperadores romanos, dos gregos antigos. Diga-se de passagem, também dos políticos. E não apenas. Em 1961, num jogo contra o Fluminense, Pelé, no Santos, fez um gol tão formidável, tão espetacular, que foi reverenciado com uma condecoração – uma simples placa. Mas nascia, assim, o “gol de placa”, sinônimo para algo extraordinário. O autor da expressão foi o jornalista Joelmir Beting. Em Brasília, esses arcabouços do tempo estão nos lugares mais curiosos e inusitados. Às vezes, fazem tão parte do cotidiano dos brasilienses que muitos nem se dão contam da história que eles carregam. A aposentada mineira Iná Moreira Miranda, talvez até por ser mineira, se dá conta. “Juscelino foi um homem importante para o país e, claro, para Brasília. Por isso aquela estátua bem ali dele”, diz, referindo-se à estrutura de bronze localizada abaixo do bloco E da quadra 206 Sul. “Muita gente fala que ele passava muito por aqui, gostava de tomar cafezinho com os porteiros e bebia no copo deles. Era um homem muito simples”, conta. Erguido em 21 de março de 1960, junto com uma grande placa, o busto foi uma “homenagem ao construtor de Brasília” concedida pelo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (Ipase) que, naquela data, terminara o conjunto residencial de 11 prédios – um dos primeiros da cidade. Era ali que iriam morar os funcionários da instituição criada por Getúlio Vargas, em 1938. Placa em prédio construído pelo Ipase e inaugurado em 21 de março de 1960 | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília JK era chegado dos porteiros e dos moradores da quadra 206 Sul porque, dizem, ele morou ali, como também na quadra 208 Sul, na época em que era senador da República por Goiás, nos anos 1960. Uma curiosidade inerente somente aos simbolismos que cercam a nova capital. Todos as quadras da Asa Sul terminam nos blocos “J” e “K” – claro, mais uma homenagem ao homem que fez de Brasília uma realidade. Nascido na cidade e também morador da quadra 206 Sul, o especialista em licenciamento ambiental Ricardo Zoghbi, 45 anos, foi um dos que cresceu em Brasília familiarizado com a imagem plúmbea do presidente Juscelino Kubistchek. “Eu amo essa cidade. Cresci junto com ela, lembro quando não tinha nada aqui”, recorda. “Eu cresci no Lago Sul, mas vinha muito na Asa Sul. Costumava ficar sozinho debaixo do prédio, brincava muito por aqui”, conta. Ricardo e a filha Gabriela: JK como “vizinho” | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Neto e filho de pioneiros da cidade, Ricardo Zoghbi, de origem libanesa, lembra com carinho de uma relíquia de família todas as vezes que depara com estátua de JK próximo a sua residência. Trata-se de uma carta-convite para a inauguração de Brasília, assinada de próprio punho pelo presidente e endereçada ao seu avô, na época diretor geral do Tribunal Superior do Trabalho (TST). “É uma pena, mas de tanto mudar de endereço, essa carta se perdeu. Vários servidores que tinham um cargo importante na época receberam uma igual”, lamenta. A vida dos outros Porteiro há 28 anos do bloco I da 107 Sul, quadra ladeada pelo mítico Cine Brasília, o piauiense da região da Serra da Capivara Eron Soares da Silva tem muitas histórias para contar sobre o local em que trabalha, por quase três décadas, e seus personagens. Sobretudo porque ele tem o privilégio de ser os olhos e os ouvidos de dezenas dos moradores dos 48 apartamentos do prédio inaugurado em março de 1960 – um mês antes da inauguração da nova capital do país. Isso é o que revela a placa de bronze prensada na parede de cada um dos edifícios de seis andares construídos pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (Iapetc). Por meio da vida dos outros, de suas lembranças e experiências de toda uma vida, fabulações do dia a dia, Eron reconstitui a memória do espaço que foi palco das primeiras edificações da cidade. Também um dos primeiros conjuntos residenciais inaugurados em Brasília, em fevereiro de 1960, os 11 prédios da quadra 108 Sul também tiveram recursos oficiais, digamos assim, do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB). Prédio da 108 Sul, erguido com recursos das pensões dos bancários | Foto: Arquivo Público do DF Todos trazem raras placas de inauguração de bronze, com dizeres pomposo do Marechal projetista José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (1885 – 1959). “…Um dos maiores acontecimentos da história brasileira porque encerra a oportunidade de uma ressurreição político, econômico-administrativa e abre as portas da imortalidade àquele que concretizar a ciclópica e consagrada obra”, diz a inscrição. Morador da quadra desde que nasceu, em 1972, o advogado Ronaldo de Albuquerque recorda com carinho dos tempos de guri, quando brincava livre, leve e solto embaixo dos blocos ou por entre as árvores. “Aqui era bem tranquilo, não tinha quase nada, as coisas estavam surgindo, esses figos gigantes ainda estavam crescendo”, volta no tempo. “É verdade, meus filhos ficavam solto por aqui, não tinha perigo nenhum, era uma maravilha”, concorda dona Iná Moreira Miranda, a moradora da 206 Sul.
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Novas placas de identificação veicular: prazo de implantação vai até dia 31
A Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 780, de 26 de junho de 2019, dispõe sobre o novo sistema de Placas de Identificação de Veículos (PIV) registrados no território nacional e as medidas de transição entre o atual e o novo sistema. A lei prevê que os estados e o Distrito Federal têm até o próximo dia 31 para se adequarem e atender todas as regras. O modelo de placas PIV traz novos elementos de segurança como o código de barras bidimensionais dinâmico (Quick Response Code – QR Code), emblema oficial do Mercosul e a bandeira do Brasil impressos em película refletiva, distintivo internacional do Brasil, ID único, ISO 7591, além de modificações no processo de produção e comercialização das placas e dispensa do uso do lacre. A instalação ou substituição da placa será obrigatória somente para os casos de primeiro emplacamento, mudança de categoria de veículo, roubo, furto, extravio ou dano da placa, mudança de Unidade federativa e instalação de segunda placa traseira. Nesta sexta-feira (10), às 10h, o diretor-geral adjunto do Detran, Valmir Lemos, concederá entrevista coletiva sobre o credenciamento de estampadores e fabricantes de placas semiacabadas (blanks) para implantação da nova placa de identificação veicular (PIV).
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