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Horto agroflorestal é inaugurado na UBS 5 de Ceilândia

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 de Ceilândia inaugurou, na sexta-feira (3), seu próprio Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), espaço dedicado ao cultivo de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais (Pancs). O projeto envolve a recuperação de áreas ambientais degradadas por meio do plantio de diversos tipos de hortaliças, assegurando a promoção integral da saúde de pacientes e da comunidade. O horto da UBS 5 foi batizado de Canto das Corujas, em homenagem a uma família de corujas-buraqueiras que vive no local. Os Hambs são uma iniciativa da Secretaria de Saúde (SES-DF) e o programa de expansão é fruto de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. Lidiane Marciano: “Esse projeto vai agregar muitos valores aos nossos pacientes” | Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde DF A gerente da UBS 5 de Ceilândia, Lidiane Marciano, avalia que esse novo Hamb trará enormes benefícios para a população local, em especial aos pacientes da melhor idade. “Temos muitos idosos na comunidade que veem o horto como um atrativo para se distrair. Eles acabam tendo aquela carência de estarem sós em casa e costumam vir à UBS nem tanto em busca de acompanhamento, mas para ter uma fala, um cuidado. Então, nós contamos com o envolvimento deles, e esse projeto vai agregar muitos valores aos nossos pacientes”, conta. Os hortos possibilitam um incremento nutricional aliado ao uso de fármacos naturais, além de desempenharem papel importante na saúde mental de pacientes e servidores. Responsável técnico da UBS 5, o enfermeiro Caio César Lu aponta: “A integração entre ser humano, plantas e solo acrescenta em muito para o bem-estar tanto dos trabalhadores da UBS quanto da comunidade. Há um estreitamento de vínculos aqui”. Os Hambs promovem a integração entre os homens e a natureza e usam isso como elemento de cura [LEIA_TAMBEM]O diretor regional de Atenção Primária à Saúde da Região Oeste, Vanderson Moreira, ressalta o estreitamento das relações entre os servidores da unidade básica e a comunidade. “O Hamb tem possibilitado a formação de parcerias, a abertura das portas da UBS para que a população esteja mais presente, ajudando no crescimento e na manutenção do horto. Percebemos que isso não é só o lançar de uma semente, mas o florescer de um novo tempo”, reflete. O horto da UBS 5 de Ceilândia é o 38º implementado no Distrito Federal, sendo o 35º integrado a serviços públicos. Desses últimos, 30 funcionam em unidades da SES-DF. Os restantes foram implantados em espaços do Ministério da Saúde, da Fiocruz Brasília, da Escola Classe Beija-Flor, do Centro de Referência de Assistência Social (Creas) de Ceilândia e do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Iniciado pela SES-DF em 2018, o projeto utiliza preceitos da agroecologia, da agrofloresta e agricultura biodinâmica na implantação da Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb) no Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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GDF inaugura horto agroflorestal no Ministério da Saúde

A sede do Ministério da Saúde (MS), na Esplanada dos Ministérios, passou a abrigar uma nova unidade de Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. O processo de implantação foi concluído na última semana, após vários dias de atividades teóricas e práticas. A sede do Ministério da Saúde ganhou um Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), uma iniciativa de SES-DF em parceria com a Fiocruz Brasília | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF No DF, desde 2018, os hortos agroflorestais têm sido implantados como estratégia de descentralização do cultivo de plantas medicinais e de promoção da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Essas unidades diferenciam-se das demais por serem construídas com a comunidade, usando princípios da agroecologia, da agrofloresta e da agricultura biodinâmica. Com quase 47 anos de serviços prestados à Fiocruz, Clodoaldo Pinheiro, 77, compôs o grupo de profissionais das três entidades envolvidas nesta implantação. Em seu currículo e em sua memória, carrega a participação na 8ª Conferência Nacional de Saúde, a primeira a contar com presença popular e cujo relatório final apresentou as bases do SUS. “A gente enxerga com os hortos o desenvolvimento de uma coisa que é aparentemente tão simples, mas é tão significativa para o ser humano… Porque promove o resgate às origens, àqueles conhecimentos tradicionais”, avalia. A cooperação foi outro elemento que chamou a atenção durante o processo. “É maravilhoso você estar enturmado com as pessoas, aprender e ensinar ao mesmo tempo. A união é que faz a força”, completa. Os hortos agroflorestais têm sido implantados no Distrito Federal como estratégia de descentralização do cultivo de plantas medicinais e de promoção da saúde Ações intersetoriais A solicitação para o compartilhamento da tecnologia partiu da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor (Coass) do Ministério da Saúde. A intenção é fomentar, dentro do próprio órgão federal, ações intersetoriais relacionadas à promoção da saúde, às plantas medicinais e fitoterápicas e à saúde do trabalhador. “A ideia é trazer o colaborador para esse espaço, onde ele poderá entender um pouco sobre o processo de cultivo, de onde sai o alimento que ele consome. Aqui a gente está cuidando de quem cuida, de quem faz política pública”, explica a integrante da Coass e responsável pelo Hamb no MS, Gisely Coité. Práticas Integrativas em Saúde A rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos conta agora com 31 unidades. Em 2024, foram construídos 13 novos espaços e, neste ano, outros três. Os cursos de aperfeiçoamento, realizados anualmente desde 2023, capacitam 50 servidores a cada nova edição. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Oficina sobre o uso de plantas medicinais chega à segunda edição

Estão abertas a partir desta segunda-feira (7), seguindo até o dia 14, as inscrições para a oficina sobre uso tradicional de plantas medicinais. A iniciativa é do Instituto Brasília Ambiental, executada pela comissão do projeto Reconexão Cerrado. A formação é gratuita, viabilizada com recursos de compensação ambiental, concede certificado e oferece 20 vagas. O formulário para as incrições será divulgado em breve. A atividade será realizada no período de 29 deste mês a 1º/11 e 8/11, no horário das 13h às 17h, no Parque Ecológico Riacho Fundo, e será conduzida pela facilitadora e pesquisadora dos saberes ancestrais Josefa Ataídes. Esta será a segunda turma do ano. A primeira foi realizada em agosto, no Parque Ecológico Olhos d’Água, na Asa Norte, e formou 40 pessoas. Durante as aulas serão ensinados o conhecimento e a prática da cultura do chá como ferramenta para a promoção da saúde e do bem-estar | Foto: Divulgação/ Brasília Ambiental Durante as aulas serão ensinados o conhecimento e a prática da cultura do chá como ferramenta para a promoção da saúde e do bem-estar. Serão abordados desde a história e a tradição do chá até a escolha e o preparo para diferentes fins terapêuticos, utilizando métodos ancestrais e que valorizam a biodiversidade local. Formação O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destaca que a formação é voltada aos servidores do instituto, em especial os que desempenham a função de agentes de unidades de conservação, contudo é aberta, também, para a comunidade. “Nós sabemos da importância de os nossos agentes dominarem o uso dos recursos naturais, mas entendemos que essa importância se estende à comunidade, afinal o parque é dela. Isso lhes dá ferramentas para nos ajudar a preservá-lo”, ressalta. Membro da comissão do Reconexão Cerrado, o analista em políticas públicas do instituto, Webert Ferreira, reforça que a capacitação é aberta a todas as pessoas interessadas na fitoterapia e em métodos de promoção da saúde que buscam ampliar conhecimentos. Segundo ele, durante a oficina, será abordado o preparo de chás com finalidades terapêuticas distintas, tendo o uso das seguintes modalidades e finalidades: desenvolver habilidades práticas para o preparo de chás, escalda-pés e banhos; promover a valorização do conhecimento ancestral e da conexão com a natureza e incentivar a adoção de hábitos saudáveis e a promoção do bem-estar individual e coletivo. *Com informações do Brasília Ambiental

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Servidores são capacitados sobre espécies nativas do Cerrado para restauração ecológica

O Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Rede de Sementes do Cerrado (RSC), promoveu, esta semana, capacitação para agentes, técnicos e analistas ambientais sobre identificação, coleta e beneficiamento de espécies nativas do Cerrado para restauração ecológica. A formação faz parte do ciclo de capacitação interna do projeto Reconexão Cerrado, cujo planejamento prevê a realização de quatro cursos este ano. “A abertura do projeto de capacitação foi a oficina gratuita sobre uso tradicional de plantas medicinais, realizada no mês de agosto, e aberta à comunidade”, diz o membro da comissão do Reconexão e analista em políticas públicas do Instituto, Webert Oliveira Ferreira. A ideia da formação é capacitar agentes, técnicos e analistas ambientais para incentivar a proteção e a regeneração das áreas degradadas das UCs e parques | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressalta que as capacitações são fundamentais para a formação de servidores, que lidam no dia a dia dentro das unidades de conservação (UCs), e para a comunidade, que tem interesse em obter e compartilhar conhecimentos sobre essa riqueza, para entender a importância da manutenção desses espaços e valorizar a biodiversidade. “Temos muitas áreas degradadas nas nossas unidades de conservação e é necessária a implementação dos programas de manejo para sua recuperação, com ações assertivas” Marcela Versiani, superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental A atual formação começou no dia 23 e foi concluída nesta quinta-feira (26). No primeiro dia, o curso foi online e a transmissão do conteúdo ficou por conta dos professores da Embrapa. Em dois dias aconteceram saídas de campo, no Monumento Natural Dom Bosco. No último dia, o curso foi realizado no laboratório de Termobiologia da Universidade de Brasília (UnB), onde é feito todo o tratamento de sementes. “Fomos estudar essa parte mais técnica do armazenamento e beneficiamento de sementes”, explica Webert Ferreira. Segundo ele, a ideia dessa formação é capacitar os servidores para incentivar a proteção e a regeneração das áreas degradadas das UCs e parques. “Um dos focos do curso foi identificar as plantas e sementes do Cerrado. Nessa identificação temos também o propósito de começar a construir as trilhas ecológicas nas UCs. Esse aprendizado da identificação é para fazermos o mapeamento das árvores ao longo das trilhas, colocar as placas de identificação para quando o usuário da UC chegar lá, já ter uma trilha montada, as plantas mapeadas e identificadas”, detalha Ferreira. Sobre a identificação de sementes, a ideia é que os participantes da formação integrem um grupo de trabalho para fazer um estudo mais aprofundado a médio e longo prazos de regeneração de área degradada por meio da semeadura direta. Para a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água, Marcela Versiani, por meio dessa capacitação com a Rede de Sementes do Cerrado, os servidores puderam adquirir muito conhecimento sobre as técnicas de recuperação do Cerrado, o que incentiva a produtividade e abre discussões com a academia e outros setores para ajudar a regeneração do Cerrado. “Temos muitas áreas degradadas nas nossas unidades de conservação e é necessária a implementação dos programas de manejo para sua recuperação, com ações assertivas”, afirma. O Reconexão Cerrado conta com uma comissão coordenadora, que realiza ações e práticas para promover a conexão entre saúde e meio ambiente, por meio das UCs, geridas pelo Brasília Ambiental. A iniciativa tem ainda a finalidade de incentivar e promover a regeneração do Cerrado, por meio de outras ações também realizadas pela comissão, como a de melhorias estruturais nas unidades e a valorização das atividades voluntárias nestes espaços, potencializando o uso, o pertencimento e o empoderamento da população junto com o incentivo à realização de práticas integrativas de saúde. Em outubro ocorrerá uma nova edição do curso de plantas medicinais. A capacitação será divulgada no site do Brasília Ambiental e contará com vagas para comunidade. *Com informações do Brasília Ambiental  

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Horto Agroflorestal Medicinal é inaugurado na UBS 1 do Jardins Mangueiral

A população do Jardins Mangueiral ganhou, neste mês, o primeiro Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), implantado na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1. O trabalho envolve a recuperação de áreas ambientais degradadas por meio do cultivo de alimentos e plantas medicinais, assegurando a promoção ampla e integral da saúde do paciente. O Hamb do Jardins Mangueiral é o 18º de toda a rede da SES-DF | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O gerente de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis) da SES-DF, Marcos Trajano, explica que os hortos possibilitam uma interação profunda entre o indivíduo e o meio ambiente, gerando efeitos benéficos na saúde física e mental dos pacientes. “Precisamos cada vez mais de espaços em que as pessoas possam construir soluções de autonomia e participação, reconhecendo e nutrindo um vínculo saudável com a UBS. Isso é fundamental para o fortalecimento dos ideais do Sistema Único de Saúde (SUS)”, aponta. A farmacêutica Larissa Ranny, supervisora da Gerência de Serviços da Atenção Primária (Gsap) 3 de São Sebastião, ressalta que a implantação do horto no Jardins Mangueiral foi um pedido da comunidade e convida a população a ser parte ativa no manejo das hortaliças. “Teremos diversos grupos, a ideia é que possamos usar as plantas por suas propriedades medicinais e nutritivas, mas o cuidado com os vegetais já é em si uma atividade de promoção à saúde”. Até o final deste ano, serão implantados mais sete hortos agroflorestais nas UBSs Essa unidade do Jardins Mangueiral é o 18º Hamb em operação no DF, fruto da parceria entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. Iniciada pela SES-DF em 2018, a iniciativa utiliza preceitos da agricultura biodinâmica e da antroposofia e integra a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb). Até dezembro, devem ser implantados mais sete Hambs nas unidades da pasta. O especialista em saúde da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) da SES-DF, Nelson Frick, acrescenta que os hortos, dentro das UBSs, são promotores de saúde, porque a comunidade e as pessoas estão envolvidas não só com o plantio. “As pessoas também vêm fazer amizades, construir vínculos, aumentar o pertencimento delas a essa estrutura, além de levar para casa o resultado do plantio, claro”. A pesquisadora e coordenadora dos Hambs na Fiocruz Brasília, Ximena Soledad, enfatiza a importância da Rhamb em meio a um contexto de crises climáticas cada vez mais severas no Brasil e no mundo. “Os Hambs também se apresentam como uma estratégia de adaptação, para ensinar as comunidades a conseguirem enfrentar essas mudanças climáticas extremas que a gente vê no dia a dia. A concepção da ‘esperança ativa’ prevê que temos que agir para mudar, mas tendo esperança que a gente, como comunidade, vai conseguir enfrentar essa mudança”, destaca. *Com informações da SES-DF  

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Jardim Botânico recebe oficina de aquarela com plantas do cerrado

Uma aula de alquimia com cores ocupou o Salão de Exposição do Centro de Visitantes do Jardim Botânico neste domingo (15). Durante a comemoração da Semana do Cerrado, uma oficina prática aplicada pela artista e pesquisadora Maibe Maroccolo introduziu o uso de plantas do Cerrado para produção de corantes naturais, demonstrando a versatilidade das espécies nativas ao se transformar em pigmentação para aquarela. O workshop foi baseado no livro de Maibe lançado na última quarta-feira (11), A natureza das cores brasileiras. A obra contou com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), e leva o conhecimento, a riqueza e a diversidade de 100 espécies tintoriais do Brasil. Além disso, a publicação destaca a importância cultural e medicinal destas plantas, resgatando saberes tradicionais e promovendo a sustentabilidade. Na oficina, Maibe Maroccolo utilizou materiais como casca de romã e urucum para extrair corantes naturais | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília De acordo com a artista, a maioria das plantas utilizadas são popularmente conhecidas, como as cascas de romã, urucum, catuaba, jatobá e o barbatimão – espécies também utilizadas na medicina popular. “A oficina traz um olhar da natureza sob uma outra perspectiva, que vai além da característica do paisagismo do Cerrado e propriedades medicinais, mas também com a beleza das cores”, pontuou. “A ideia é poder deixar esse conhecimento também para as próximas gerações. Nesse momento a gente está precisando cada vez mais se conectar com a natureza, então desenvolver uma habilidade manual já é uma grande coisa. Com as plantas a gente aprende e aprofunda o potencial da biodiversidade brasileira”, acrescentou a pesquisadora. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte” Allan Freire Barbosa da Silva, diretor do Jardim Botânico de Brasília Para o diretor do Jardim Botânico de Brasília, Allan Freire Barbosa da Silva, o curso prático agrega tanto no conhecimento artístico quanto na educação ambiental. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte. A ideia dessa oficina foi justamente ensinar a população a nossa biodiversidade e tudo que pode ser produzido a partir dela, trazendo o cerrado de uma forma mais artística”. Universo de cores Com a modificação das cores por meio do uso de reagentes, é possível extrair até dez tonalidades da mesma planta. Uma pitada de sulfato de ferro em uma solução com casca de romã, por exemplo, pode gerar uma cor mais fechada – enquanto outras substâncias como o bicarbonato de sódio podem abrir a coloração. Sarah Dorneles adorou participar da oficina: “As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo” Interessada nos nuances das cores naturais, a educadora Sarah Dorneles, 32 anos, participou atenta da oficina e descreveu a beleza das colorações como um processo maravilhoso. Com uma filha pequena em casa que adora colorir, ela já pensa em aplicar os elementos naturais para o desenho. “É uma pesquisa muito profunda para poder conhecer tantas plantas e descobrir tantas formas de criação. Ver uma possibilidade de criação que eu possa replicar na minha casa e no meu processo criativo é incrível. As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo. Tenho muita admiração pelo trabalho dessa artista brasiliense, ainda mais nesse momento que vivemos com tanta degradação do meio ambiente”. Para Tiago Ferreira, atividades como essa chamam a atenção “sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui” Apesar de trabalhar em uma área mais digital, o designer Tiago Ferreira, 37, ressalta que os trabalhos artesanais são um hobby em família. Ele participou da oficina com a esposa e o enteado, conheceu a extração dos pigmentos naturais e reforçou o impacto positivo da oficina na preservação do cerrado. “Traz para a pauta a atenção sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui. E também o entendimento de que as plantas nativas têm um valor comercial com a tintura, então isso tudo acaba vindo junto da discussão, não morre só na aquarela e vai além”, observou.

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Farmácias Vivas já produziram mais 9 mil frascos de xarope de guaco em 2024

Neste ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) completa 30 anos de produção ininterrupta do guaco com finalidades medicinais. Originária da Mata Atlântica brasileira, a planta é utilizada para tratamento de doenças respiratórias devido à sua ação expectorante. O guaco do xarope produzido pela rede pública de saúde é sete vezes superior à espécie utilizada na indústria | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF O guaco cultivado na rede pública de saúde do DF se destaca pela qualidade, uma vez que a espécie plantada pela SES é superior à comumente utilizada na indústria. “O guaco com que trabalhamos na Farmácia Viva é a [da espécie] Mikania laevigata, que estudos demonstram ser sete vezes superior à Mikania glomerata, muito usada na indústria”, explica a chefe da Farmácia Viva de Planaltina, Isabele de Aguiar. A produção do medicamento atende a 20 unidades básicas de saúde (UBSs) da região, com alta demanda Lá, o cultivo da planta é realizado em parceria com pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que auxiliam nos cuidados diários ou na triagem das plantas medicinais. Além disso, parte do cultivo também é realizado por alunos do Instituto Federal de Brasília (IFB) no campus de Planaltina. Neste ano, o centro já produziu 3.737 frascos de xaropes e entregou 307 pacotes da planta in natura para uso na forma de preparações caseiras. A produção do medicamento atende a 20 unidades básicas de saúde (UBSs) da região, com alta demanda. Produção Com boa adaptação ao clima do Cerrado, tanto em dias de muito calor quanto de chuva, as folhas são cultivadas com facilidade no DF. São necessários dez dias, em média, para a produção do xarope, sendo a maior parte do período destinada para a colheita e secagem das folhas, processo que leva de seis a sete dias. A produção do xarope em si demanda três dias. De acordo com dados do Núcleo de Farmácia Viva, de 2000 a 2023, foram produzidas 211.738 unidades do xarope de guaco | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF “Quanto menor o tempo entre a colheita e o produto final, maior a qualidade e a eficácia do produto, porque você tem um menor tempo de acondicionamento do insumo farmacêutico ativo”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva (localizado no Riacho Fundo), Nilton Luz. Na região, o guaco é cultivado na área reservada para plantas medicinais, anexa ao Núcleo de Farmácia Viva e, principalmente, na fazenda-modelo do Complexo Penitenciário da Papuda, pertencente à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). Por meio do convênio com a Funap, mais de 325 quilos de guaco foram colhidos na fazenda, cuidada pelos próprios sentenciados. No Riacho Fundo, o plantio do guaco ocorre na área de cultivo de plantas medicinais anexa ao Núcleo de Farmácia Viva. “Quanto menor o tempo entre a colheita e o produto final, maior a qualidade e a eficácia do produto”, afirma o farmacêutico Nilton Luz | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Para o farmacêutico da SES-DF, a produção do fitoterápico pelos reeducandos demonstra a importância da matéria prima, não somente para a saúde, mas para o aspecto socioambiental e educativo. “A maioria da nossa área de produção é na Funap. Os sentenciados, além de participarem do início do processo de plantio, aprendem sobre o uso da planta e diminuem o tempo de pena”, explica. De acordo com dados do Núcleo de Farmácia Viva da região, de 2000 a 2023, foram produzidas 211.738 unidades do xarope de guaco, e o ano passado registrou a maior produção dos últimos três anos, com 16.807 frascos. Em 2024, já foram produzidos 13 lotes do xarope, com a última safra colhida no início deste mês. Enquanto isso, de 1º de janeiro de 1994 até 1º de janeiro deste ano, foram produzidas e distribuídas mais de 40 mil unidades do chá medicinal. Antes de usar o xarope, deve-se agitar o frasco e observar a medida correta, conforme descrito no rótulo | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Orientações Para ter acesso ao guaco, é necessária a apresentação do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e de uma receita em duas vias nas farmácias das unidades básicas de saúde (UBSs) cadastradas (confira a lista aqui). Atualmente, médicos, odontólogos, farmacêuticos e enfermeiros têm prescrito o uso do guaco com fins medicinais. Antes de usar o xarope, deve-se agitar o frasco e observar a medida correta, conforme descrito no rótulo, utilizando e lavando o dosador após o uso. O xarope de guaco deve ser armazenado em um local protegido da luz e da umidade. Além disso, após o tratamento, o líquido restante deve ser descartado. Por ser um produto natural, após aberto, pode perder a eficácia se armazenado por muito tempo. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Abertas inscrições para bolsas de pesquisa sobre produtos florestais não madeireiros do Cerrado

O projeto Caminhos da Restauração: Valoração de Produtos Florestais não Madeireiros do Cerrado, realizado em parceria pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) e o Fundo Único do Meio Ambiente (Funam), está com inscrições abertas para contratação de pesquisadores bolsistas. São quatro vagas com duração de 14 meses para mestres e doutores nas áreas ambientais e ciências econômicas, com bolsa remunerada de R$ 4 mil a R$ 6 mil. O estudo busca valorizar os recursos naturais presentes no Cerrado, contribuindo para o desenvolvimento da bioeconomia da região e promovendo a conservação do bioma | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As inscrições devem ser feitas desta terça (14) ao dia 23 no site do IPEDF. Basta preencher o formulário de apresentação de candidatura disponível no Edital nº 02/2024 e encaminhar a documentação exigida. O objetivo é compreender o potencial econômico dos produtos florestais não madeireiros das espécies do Cerrado, como plantas medicinais, óleos essenciais, frutos, sementes e outras matérias-primas valiosas para as indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêuticas. É incentivada a candidatura de mulheres, pessoas que se identifiquem como LGBTQIA+, negras, indígenas, pessoas com deficiência e de todas as origens e idades. A iniciativa representa um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável e consciente, onde o uso dos recursos naturais se dá de forma equilibrada e em harmonia com o meio ambiente. Para isso, o projeto atuará na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Ride-DF), que está totalmente inserida no bioma Cerrado. A localidade enfrenta desafios relacionados ao avanço da produção agropecuária, o que impacta negativamente a provisão de serviços ecossistêmicos responsáveis pela manutenção da água, biodiversidade de fauna, flora e pela sobrevivência humana. Nesse contexto, o estudo busca valorizar os recursos naturais presentes no Cerrado, contribuindo para o desenvolvimento da bioeconomia da região e promovendo a conservação do bioma. *Com informações do IPEDF  

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Brasília Ambiental inaugura poços artesianos em parques ecológicos

O Brasília Ambiental fez nesta sexta-feira (8) a entrega oficial dos poços artesianos dos parques ecológicos do Areal e Olhos d’Água. A ação é fruto do projeto ReConexão Cerrado, de execução de compensação ambiental com foco na recuperação ambiental, no fortalecimento dos usos da flora do Bioma Cerrado e na disseminação do conhecimento dos saberes tradicionais em plantas medicinais e práticas integrativas de saúde em unidades de conservação (UCs) do Distrito Federal com atendimentos à comunidade. “Inaugurar esses reservatórios, que serão tão úteis para as atividades de proteção do Cerrado desenvolvidas pelo instituto, não poderia ter sido em uma data melhor, como no Dia Internacional da Mulher, que realiza o seu admirável papel na sociedade e deve ser valorizado e reconhecido todos os dias” Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental O evento, realizado no Parque Olhos d’Água, foi aberto com a cotação de história da educadora ambiental Aline Barreto e teve as presenças do presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer; da superintendente de Unidades de Conservação, Marcela Versiani; do representante da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Leonel Generoso; da representante do departamento de meio ambiente da Cimento Planalto (Ciplan), Amanda Vieira; e do representante da empresa H2O, Samuel Morais. Nemer destacou a relevância do lançamento coincidindo com o Dia Internacional da Mulher. “Inaugurar esses reservatórios, que serão tão úteis para as atividades de proteção do Cerrado desenvolvidas pelo instituto, não poderia ter sido em uma data melhor, como no Dia Internacional da Mulher, que realiza o seu admirável papel na sociedade e deve ser valorizado e reconhecido todos os dias”, pontuou o presidente do instituto. O projeto ReConexão Cerrado tem foco na recuperação ambiental, no fortalecimento dos usos da flora do Bioma Cerrado e na disseminação do conhecimento dos saberes tradicionais em plantas medicinais e práticas integrativas de saúde em unidades de conservação (UCs) do DF | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O analista em Políticas Públicas Webert Ferreira, que faz parte da equipe da Diretoria de Conservação e Recursos Hídricos (Dicon) e desenvolve o ReConexão Cerrado, explicou que a água extraída por meio dos depósitos irá atender à produção de mudas de plantas nativas, o aperfeiçoamento dos viveiros existentes nos parques ecológicos e a criação de jardins terapêuticos. A superintendente Marcela Versiani agradeceu pela iniciativa do projeto que está levando melhorias para os dois parques administrados pelo Brasília Ambiental. “Ter dentro das áreas protegidas espaços de integração entre saúde e meio ambiente aumenta o nível de consciência e conhecimento popular sobre a vida e como preservar o bioma”, comentou a gestora. As águas serão drenadas dentro dos parques. As obras de implantação dos poços artesianos foram realizadas por meio de compensação ambiental custeadas pela Ciplan e executadas pela empresa H2O. Além das UCs localizadas na Asa Norte e no Areal, a expectativa é que mais três sejam agraciadas pelo projeto, com investimentos de aproximadamente R$ 735 mil. ReConexão Promovido pelo Brasília Ambiental, e com a colaboração de instituições parceiras, o programa tem o objetivo de implantar e revitalizar viveiros, fazer a identificação de espécies, a inserção de placas, a implantação de jardins medicinais, recomposição da vegetação nativa e o apoio às atividades voluntárias e atendimentos de práticas integrativas de saúde no interior das unidades de conservação, como o Reiki e benzimento. O programa é desenvolvido nos parques ecológicos Olhos d´Água, Riacho Fundo, Sucupira, Asa Sul, Veredinhas, Paranoá, Águas Claras e Areal e é voltado para toda a população do DF. *Com informações do Brasília Ambiental

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Terraterapia é selecionada entre melhores experiências exitosas do Brasil

O projeto Terraterapia, desenvolvido por profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Águas Claras, foi uma das dez experiências exitosas selecionadas para compor publicação do Laboratório de Inovação em Alimentação e Nutrição na Atenção Primária à Saúde (LIS A&N na APS). Além do cuidado com as plantas – onde se incluem hortaliças e espécies medicinais –, o projeto oferece práticas integrativas em saúde aos pacientes, como automassagem, auriculoterapia e orientações sobre fitoterapia. Encontros na horta comunitária da UBS 1 de Águas Claras ocorrem todas as quintas-feiras, das 9h às 11h, e incluem práticas como auriculoterapia e automassagem | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Intitulada “Terraterapia: uma experiência do cultivo orgânico promovendo consumo alimentar saudável e bem-estar mental”, a iniciativa da UBS 1 se insere no eixo de Educação Permanente em Alimentação e Nutrição na APS. O Laboratório de Inovação é uma iniciativa que visa fornecer conhecimento de forma sistematizada a profissionais de saúde e gestores. [Olho texto=”“Nós sempre tentamos colocar o paciente como protagonista do grupo”” assinatura=”Jesuana Lemos, nutricionista” esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das mantenedoras da horta, a nutricionista Jesuana Lemos explica que são realizadas atividades de educação e nutrição, como degustação de sucos verdes e de diferentes tipos de chá. Os encontros ocorrem todas as quintas-feiras, das 9h às 11h, e são abertos a todos os interessados, estejam ou não em atendimento na unidade. Lemos destaca que a terraterapia serve tanto como incentivo a que os pacientes mantenham uma alimentação saudável quanto como uma oportunidade de socialização e integração social. “Nós sempre tentamos colocar o paciente como protagonista do grupo”, diz. Divulgação de experiências exitosas visa produzir conhecimento de forma sistematizada para profissionais de saúde e gestores. O projeto Terraterapia, realizado na UBS1 de Águas Claras, foi destaque | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Foi justamente essa a motivação para o aposentado Celso Jesus de Andrade procurar a unidade. Há alguns anos, ele enfrentou uma crise profunda de depressão. Ao iniciar o tratamento na UBS 1, logo descobriu a terraterapia. “Trabalhar com as plantas transformou completamente minha vida”, conta. Em pouco tempo, o aposentado se tornaria presença cativa na horta comunitária. O interesse o levaria a realizar diversos cursos na área e a criar hortas por conta própria, fora da unidade. “Aprendi muito rápido, agora sei do que a planta precisa. Já visitei umas 50 casas. As pessoas me chamam sempre que precisam de ajuda para cuidar do seu jardim”, conta. Para viabilizar o projeto da horta comunitária, criado em 2019, a UBS firmou parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) para o fornecimento de insumos e equipamentos. A ação também tem a participação de residentes do Programa de Saúde Mental do Adulto Idoso da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Parceria O Laboratório de Inovação em Alimentação e Nutrição na Atenção Primária à Saúde é fruto de parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/MS). Ao todo, foram enviados 176 projetos ao LIS A&N na APS, dos quais 101 experiências receberão certificados de reconhecimento e serão divulgadas por meio de um mapa interativo no portal APS Redes. As dez experiências selecionadas integrarão e-book e serão apresentadas no 28º Congresso Brasileiro de Nutrição (Conbran), a ser realizado entre 21 e 24 de maio. No dia 28 deste mês, às 15h, os organizadores do laboratório realizarão evento online para apresentação e discussão dos resultados do LIS A&N na APS. A transmissão ao vivo poderá ser acompanhada pelo canal do DataSUS no YouTube. *Com informações da SES-DF

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Itapoã ganha horto agroflorestal medicinal nesta quarta (6)

O horto agroflorestal medicinal biodinâmico da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Itapoã será inaugurado nesta quarta-feira (6), com programação das 8h às 18h. O espaço faz parte de iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que já possui quatro desses pontos e entregará uma rede de 11 hortos até dezembro. Nesses espaços, o cultivo de plantas medicinais e de outros tipos ocorre de forma comunitária e com base na agricultura biodinâmica, que vê a saúde de forma integrada.  O horto agroflorestal da Asa Sul é uma das unidades distribuídas pelo DF; nesta quarta-feira será inaugurado o espaço da UBS 1 do Itapoã | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde [Olho texto=”Colheitas são distribuídas entre as comunidades que se encontram em situação de insegurança alimentar ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o médico da família Marcos Trajano, referência técnica distrital (RTD) em plantas medicinais/fitoterapia, o objetivo é que as equipes de saúde promovam com a comunidade atividades coletivas, de educação em saúde, de educação alimentar e nutricional e de educação ambiental. As colheitas – de plantas medicinais, alimentos e plantas alimentícias não convencionais (Pancs) – devem ser distribuídas para a comunidade mais vulnerável e sob insegurança alimentar. “Considerando a situação de vulnerabilidade nos nossos territórios, as equipes podem compor os esforços para o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional”, explica Trajano. A criação de hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos nas UBSs do DF é uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a SES-DF. As espécies cultivadas são selecionadas de acordo com o perfil de cada comunidade, levando em consideração a cultura, as necessidades e o espaço disponível. “Há territórios com mais vulnerabilidade social e insegurança alimentar, em que podem ser cultivadas mais plantas alimentícias; já alguns hortos terão como foco plantas medicinais para produção de fitoterápicos”, pontua a pesquisadora da Fiocruz Fabiana Peneireiro. [Olho texto=”“O manejo no horto também promove saúde mental para os envolvidos, conhecimento, melhora da alimentação e participação democrática dentro da UBS entre as equipes e a população assistida” ” assinatura=”Ximena Moreno, coordenadora do projeto de hortos da Fiocruz” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Novos locais Os 11 hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos serão implementados nas UBSs 1 do Itapoã, 1 da Asa Sul, 3 e 10 de Santa Maria, 6 de Samambaia, 8 de Ceilândia e 1 de Brazlândia, e ainda na Escola Classe Beija-Flor (316 Norte), na Subsecretaria de Vigilância à Saúde (712 Sul), na Diretoria de Vigilância Ambiental (Noroeste) e no Caps Candango (Setor Comercial Sul). Os hortos têm a finalidade de envolver a comunidade com os profissionais que ali atuam. A biodinâmica visa aproximar as pessoas da natureza, tendo ligação direta com as práticas integrativas.  “A promoção da saúde é uma forma de trabalhar a prevenção com educação, prática integrativa que reúne toda a comunidade”, afirma a coordenadora do projeto de hortos pela Fiocruz, Ximena Moreno. “O manejo no horto também promove saúde mental para os envolvidos, conhecimento, melhora da alimentação e participação democrática dentro da UBS entre as equipes e a população assistida.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Hortos no DF Com mais de 100 espécies de plantas, a maioria com potencial medicinal, o horto da UBS 1 do Lago Norte é exemplo para todo o Brasil. O local reúne plantas com potencial medicinal, plantas alimentícias não convencionais e nativas. Atualmente, a SES-DF possui quatro hortos medicinais em toda a rede. Além da unidade do Lago Norte, a iniciativa já existe na Casa de Parto, em São Sebastião, nas farmácias vivas do Riacho Fundo e no Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina. Em três dos quatro hortos é feita a entrega da planta fresca, mediante prescrição. A Farmácia Viva do Riacho Fundo produz medicamentos fitoterápicos, que são distribuídos para 25 UBSs e para o Cerpis de Planaltina. A partir desses locais, o material é repassado dentro da Região Norte. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Produtores rurais recebem kits de irrigação por gotejamento

Para fomentar o cultivo de plantas medicinais no DF, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) entregou, nesta terça-feira (27), 39 kits de irrigação por gotejamento, exclusivos para produtores membros da Associação de Produtores de Plantas Medicinais do PAD-DF. Os kits de irrigação que estão sendo entregues são compostos por uma caixa d’água, filtro, mangueiras de gotejo e as conexões necessárias para irrigar cerca de 2 hectares de área plantada | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Segundo o representante da Emater, Maurício de Almeida Gonçalves, o grupo ainda está na fase de formação e seus integrantes participando de cursos, como o de bioeconomia em plantas medicinais, em parceria com a Fiocruz e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), além de estarem recebendo acompanhamento técnico da Emater. Joana de Oliveira, aluna do curso de bioeconomia, conta que tem o sonho de plantar em grande escala e que o kit vai facilitar o seu trabalho No total, serão entregues 50 kits de irrigação, um para cada produtor, contendo uma caixa d’água, filtro, mangueiras de gotejo e as conexões necessárias para irrigar cerca de 2 hectares de área plantada. Os 11 kits restantes serão entregues na próxima semana. “A Emater vem incentivando a produção de plantas medicinais e fitoterápicos de forma sustentável, trabalhando com agrofloresta e utilizando as boas práticas agrícolas. O kit de irrigação por gotejamento é uma forma sustentável de produzir porque otimiza o recurso hídrico. Esse é um primeiro passo, como política pública para esses produtores, e que vai gerar muito resultado para esse grupo”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. De acordo com o representante da Emater, Maurício Gonçalves, o grupo ainda está na fase de formação e seus integrantes participando de cursos e recebendo acompanhamento técnico da empresa Joana Pires Domingos de Oliveira, de 57 anos, é uma das alunas no curso de bioeconomia em plantas medicinais, com módulos de legislação e trabalhos já desenvolvidos na área. “Tenho o sonho de plantar em grande escala, porque meu pai era curandeiro. Acredito muito nas variedades medicinais”, afirmou Joana. A produtora rural acrescentou que o kit trará uma facilidade maior na rega, pois normalmente fica cerca de duas horas no sol regando a plantação com mangueiras. Plantas medicinais no DF Para Marco Antônio Genova de Matos, de 63 anos, o kit é um “facilitador para a produção”. O engenheiro químico cultiva espécies medicinais na região, como a lavanda, e está entrando na área de óleos essenciais, buscando destacar plantas nativas do Cerrado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esse incentivo na área de plantas medicinais é importante para atender a população de uma forma mais natural”, ressaltou o aposentado. A Secretaria de Saúde possui quatro hortos (pequenas hortas) medicinais em toda a rede, criados com o objetivo de cultivar plantas que serão utilizadas em tratamentos de saúde, visando agregar fitoterápicos para complementar o tratamento de usuários do SUS. São mais de 70 espécies de plantas com potencial medicinal, além das alimentícias não convencionais. Os quatro hortos com essas plantas funcionam na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte, na Casa de Parto, em São Sebastião, na Farmácia Viva do Riacho Fundo e na Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina.

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Circuito de palestras aborda uso de plantas medicinais

Utilizadas desde a pré-história para cuidar de ferimentos e doenças, as plantas medicinais são grandes aliadas na vida dos pacientes. A Secretaria de Saúde (SES) oferece alguns recursos terapêuticos nas unidades das farmácias vivas, que manipulam e ofertam medicamentos fitoterápicos. Cultivo de plantas medicinais para distribuição nas “farmácias vivas” | Foto: Arquivo/Agência Saúde [Olho texto=”“Os hortos não apenas produzem plantas medicinais ou insumos farmacêuticos ativos, mas promovem uma relação de vínculo, convívio e cultura de paz dentro do contexto da agroecologia, da mudança climática e da epidemia de violência”” assinatura=”Marcos Antônio Trajano Ferreira, referência técnica distrital de plantas medicinais” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para debater a importância do tema e o cuidado com a saúde da população negra, a SES promove, no próximo dia 31, o 2º Circuito de Palestras sobre Atenção Integral à Saúde da População Negra no DF, destinado a trabalhadores, gestores e estudantes da área de saúde. O tema faz uma referência ao Dia Nacional da Planta Medicinal, comemorado em 21 de maio, e ao Dia da África, celebrado nesta quinta (25).  O médico e referência técnica distrital (RTD) de plantas medicinais da SES, Marcos Antônio Trajano Ferreira, ressalta a importância da ancestralidade no uso das ervas: “O ser humano se relaciona com as plantas medicinais desde os primórdios da humanidade. Quando falamos da formação do povo brasileiro, temos a chegada de etnias. Entre elas estão jeje, bantu e iorubá, que atracaram no Brasil trazendo, entre outras coisas, as plantas medicinais”, explica. Hortos medicinais no DF Os primeiros cultivos das plantas medicinais no sistema de saúde no DF começaram há 40 anos nos canteiros do Centro de Referência de Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina. Hoje, com mais de 100 espécies sendo cultivadas, a SES oferece quatro hortos agroflorestais medicinais biodinâmicos, localizados na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Lago Norte, na Casa de Parto, em São Sebastião, e nas “farmácias vivas” do Riacho Fundo e de Planaltina. “Os hortos não apenas produzem plantas medicinais ou insumos farmacêuticos ativos, mas promovem uma relação de vínculo, convívio e cultura de paz dentro do contexto da agroecologia, da mudança climática e da epidemia de violência – são espaços seguros e sustentáveis para que as relações humanas possam existir”, pontua Marcos Trajano. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diversos profissionais, como médicos da família, nutricionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, agentes comunitários, psicólogos e técnicos administrativos, trabalham nesses locais. De acordo com o médico, o cultivo de plantas medicinais não é restrito a nenhuma categoria, mas os profissionais da área farmacêutica são essenciais. “É importante esclarecer o papel do farmacêutico tanto no contexto da garantia da qualidade dos fitoterápicos e das boas práticas de manipulação quanto dos profissionais que prescrevem e dão acesso de modo seguro a essas plantas”, enfatiza Trajano. Produção de fitoterápicos Além do cultivo de plantas com propriedades medicinais, há a produção de medicamentos fitoterápicos. A “farmácia viva” de Planaltina distribui os medicamentos para as UBSs da Região Norte, e a do Riacho Fundo envia para cerca de 25 UBSs em todo o DF. O objetivo não é substituir os medicamentos convencionais, mas complementar o tratamento de forma racional, ou seja, com segurança e eficácia. Os pacientes da rede pública podem retirar os fitoterápicos nas farmácias das UBSs, mediante apresentação da prescrição, em duas vias e documento pessoal. Confira a lista de unidades que oferecem o serviço. Serviço 2º Circuito de Palestras sobre Atenção Integral à Saúde da População Negra no Distrito Federal ? Data: dia 31, das 8h às 17h. ? Local: Auditório do CRM-DF | Centro Empresarial Parque Brasília S- IG, Quadra 1 , 2425, Sala 202. ?Inscrições: gratuitas, até sexta (26), neste link. ? Capacidade máxima: 95 pessoas. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Produtores rurais participam de curso sobre criação de abelhas sem ferrão

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), está realizando o curso Meliponicultura: incremento de renda e conservação ambiental. A atividade é voltada para produtores rurais que desejam iniciar a criação de abelhas sem ferrão, especialmente as espécies jataí e mandaguari, que estão entre as mais comuns no Cerrado. Produtores rurais são capacitados para criação de abelhas sem ferrão, especialmente as espécies jataí e mandaguari, as mais comuns no Cerrado | Foto: Emater-DF Com a participação de cerca de 30 produtores, o curso ocorre em dois dias, nesta terça-feira (28) e quarta-feira (1º), com aulas teóricas e práticas. A produtora rural Josefa Francisca Gomes Ataídes cultiva plantas medicinais e há mais de um ano vem desejando trabalhar com as abelhas. “O convite para fazer esse curso veio na hora certa. Pois é um desejo que está enraizado e já se tornou um projeto. Quero começar imediatamente a colocar essas lindonas no meu jardim para agregar valor potencializando ainda mais as propriedades do mel, que já é um produto maravilhoso, pelas plantas medicinais”, afirma Josefa. No módulo ministrado pela Secretaria de Meio Ambiente, os produtores foram incentivados a adotarem práticas que levem à produção sustentável com o foco na preservação ambiental. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A meliponicultura precisa muito da preservação do meio ambiente, pois as abelhas são muito sensíveis. Tem que haver flores, árvores, áreas para elas poderem polinizar. Assim, nossa contribuição neste curso é fazer com que o produtor rural se conscientize dessa importância por meio da adoção de práticas sustentáveis, como o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta, o plantio direto e a conservação das áreas de Reserva Legal e de Proteção Permanente”, explica Patrícia Michele Feliciano, assessora especial da Sema. A médica-veterinária Soliene Partata, do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF, explica que criar esses insetos em propriedades rurais traz inúmeras vantagens. “Além do incremento da renda, que pode vir por meio da comercialização de mel, própolis, pólen, cera e cerume, entre outros, o produtor contribui com o equilíbrio ambiental”, observa. *Com informações da Emater-DF

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UBSs disponibilizam fitoterápicos manipulados pela própria rede pública

O Distrito Federal é pioneiro no uso de fitoterápicos manipulados pela própria rede pública de saúde. Na capital federal, as duas farmácias vivas – importante programa na área de plantas medicinais, que visa resgatar o uso e o potencial das plantas medicinais –, uma localizada no Riacho Fundo e outra em Planaltina, fornecem 11 medicamentos diferentes para 25 unidades básicas de saúde (UBSs). São dois chás, quatro tinturas, um xarope e quatro géis – uma produção que atingiu a marca de 16.919 exemplares de janeiro a novembro deste ano. A fitoterapia é usada no sistema público de saúde do DF desde 1989. Durante dez anos, apenas chás medicinais eram produzidos pelas farmácias vivas. O cenário mudou em 1999 com o xarope de guaco. O broncodilatador e expectorante, indicado para tosse e afecções respiratória, é o campeão de prescrição entre os fitoterápicos. Só neste ano, foram manipulados 11.192 frascos do medicamento. As duas farmácias vivas do DF estão localizadas no Riacho Fundo e em Planaltina | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O criador da receita do xarope usado na rede de saúde do DF é Nilson Netto. Chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo e entusiasta da fitoterapia, o farmacêutico observa que a prática é uma exaltação à tradicionalidade. “As plantas medicinais são usadas há várias gerações. Muitos pacientes têm um vínculo forte com essa opção terapêutica”, comenta. O chefe do Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo, Nilson Netto, diz: “Muitos pacientes têm um vínculo forte com essa opção terapêutica” As farmácias vivas do DF comandam a produção dos fitoterápicos do início ao fim do processo. Nas duas unidades, as plantas medicinais são cultivadas, colhidas, preparadas, embaladas e distribuídas. Existem 14 espécies diferentes plantadas nos centros. Dessas, oito são usadas na produção dos fitoterápicos utilizados pela rede da Secretaria de Saúde (SES). “Só dá para dizer que uma planta é medicinal quando há estudos que comprovem sua eficácia e segurança”, explica Nilton. “Os fitoterápicos precisam ser encarados como os medicamentos que são. Eles têm dosagem certa e período definido para serem consumidos. E o uso inadequado é perigoso.” O mais novo medicamento disponibilizado pela SES é a tintura de alecrim-pimenta. A planta nativa do Nordeste tem ação antisséptica e é muito eficaz para dores de garganta. Foram nove meses de estudo até o seu uso ser aprovado. “O primeiro lote do medicamento, com 304 unidades, foi distribuído em outubro”, informa Nilton. “Inicialmente, oito UBSs receberam a tintura”. O mais novo medicamento fitoterápico disponibilizado pela SES é a tintura de alecrim-pimenta, que tem ação antisséptica para dores de garganta Adepta às práticas integrativas, a médica de família e comunidade Carmem De Simoni celebra a disponibilidade dos fitoterápicos na rede pública de saúde. “É mais uma garantia de acesso a recursos terapêuticos diversificados”, avalia. “Por que vou lançar mão de um xarope expectorante sintético, muitas vezes com açúcar em sua composição, se posso usar o guaco?” A médica ressalta que os fitoterápicos costumam sobrecarregar menos o organismo. “Medicamentos à base de plantas medicinais tendem a ser menos agressivos ao corpo”, afirma. “Mas é claro que o paciente precisa estar confortável em fazer uso da fitoterapia. É o que chamamos de manejo conjunto: médico e paciente tomam as decisões juntos”. Confira as unidades de saúde distribuidoras de fitoterápicos ?UBS 1 da Candangolândia ?UBS 1 da Estrutural ?UBS 1 do Guará I ?UBS 3 do Guará II ?UBS 1 do Núcleo Bandeirante ?Farmácia do Instituto de Saúde Mental do Riacho Fundo ?UBS 1 do Riacho Fundo ?UBS 1 do Riacho Fundo II ?UBS 3 do Riacho Fundo II ?UBS 1 do Lago Norte ?UBS 1 do Cruzeiro ?UBS 2 do Cruzeiro ?UBS 2 do Gama ?UBS 5 do Gama ?UBS 2 do Recanto das Emas ?UBS 4 do Recanto das Emas ?UBS 2 de Samambaia ?UBS 3 de Samambaia ?UBS 4 de Samambaia ?UBS 5 de Taguatinga ?UBS 8 de Taguatinga ?UBS 1 de Santa Maria ?UBS 1 de São Sebastião ?UBS 1 de Sobradinho II ?Centro de Práticas Integrativas de Planaltina.

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Hortos medicinais do DF são referência para o país

Com mais de 70 espécies de plantas com potencial medicinal, o horto na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte é exemplo para todo Brasil. O trabalho feito no local deverá ser usado como referência, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com produtores rurais do Brasil, para instruir as técnicas, o conhecimento e o manejo dessas produções. Representantes de 26 estados associados à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) já visitaram o espaço da UBS para conhecer e iniciar esse trabalho. A Secretaria de Saúde possui quatro hortos medicinais em toda a rede: eles foram criados com o objetivo de cultivar plantas medicinais que serão utilizadas em tratamentos de saúde | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde “O que nós estamos tentando, a partir da experiência da Secretaria de Saúde, é fazer um processo de integração para que possamos avançar na implementação da política nacional de plantas medicinais. Queremos estimular esse conhecimento em todo o país”, explica a pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do projeto sobre plantas medicinais e bioeconomia, Maria do Socorro Souza. “O horto do Lago Norte é uma unidade que integrou as técnicas de cultivo, de manejo, de processamento e também do uso dessas plantas medicinais.” RTD em fitoterapia, o médico Marcos Trajano destaca que “a nossa obrigação, como profissionais de saúde, é garantir o acesso à informação para o uso seguro e racional também das plantas medicinais em preparações que possam ser feitas pela própria comunidade” “A nossa obrigação, como profissionais de saúde, é garantir o acesso à informação para o uso seguro e racional também das plantas medicinais em preparações que possam ser feitas pela própria comunidade”, afirma a referência técnica distrital (RTD) em fitoterapia, o médico Marcos Trajano. Para ele, o trabalho desenvolvido na UBS estabelece a qualidade no contexto do uso dessas plantas. Secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues aponta a importância da capacitação de agricultores: “Com o conhecimento, podem cultivar e até processar essas plantas para produzirem, por exemplo, óleos essenciais” Segundo a secretária de Políticas Sociais da Contag, Edjane Rodrigues, capacitar os agricultores com conhecimento e técnica sobre plantas medicinais é importante também para que esse plantio possa ser comercializado. “A gente percebe que muitos agricultores e agriculturas familiares têm as plantas medicinais em suas unidades produtivas, mas muitas vezes não as conhecem. Com o conhecimento, podem cultivar e até processar essas plantas para produzirem, por exemplo, óleos essenciais”, acrescenta. A agricultora Maria Alves trabalha com o cultivo de mandioca, abóbora, milho e feijão em Roraima, mas se interessou em conhecer mais sobre as plantas medicinais A agricultora rural Maria Alves da Silva tem uma propriedade em um assentamento em Roraima. Ela conta que trabalha com o cultivo de mandioca, abóbora, milho, feijão, mas que se interessou em conhecer mais sobre essa possibilidade. “É uma nova porta que se abre e aqui na UBS a gente percebe que há uma importância na comunidade.” Hortos Além das 70 espécies de plantas com potencial medicinal, há plantas alimentícias não convencionais. A Secretaria de Saúde possui quatro hortos medicinais em toda a rede. Eles foram criados com o objetivo de cultivar plantas medicinais que serão utilizadas em tratamentos de saúde, visando agregar fitoterápicos para complementar o tratamento de usuários do SUS. Além das 70 espécies de plantas com potencial medicinal, o horto na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte tem plantas alimentícias não convencionais. Os quatro hortos medicinais funcionam na Unidade Básica de Saúde 1 do Lago Norte, na Casa de Parto, em São Sebastião, na Farmácia Viva do Riacho Fundo I e na Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina. Em três dos quatro hortos, é feita a entrega da planta fresca, mediante prescrição. Já a produção de medicamentos fitoterápicos é feita somente nas Farmácias Vivas do Riacho Fundo I, que distribui para 25 unidades básicas de saúde, e do Cerpis de Planaltina, que distribui dentro da região norte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Farmácia Viva do Cerpis, além de cultivar, colher, manipular e distribuir os fitoterápicos, entrega plantas frescas, secas e promove atividades educativas abertas à população. Até 31 de outubro deste ano, a produção do local foi de 13.127 medicamentos do tipo. Espécies no horto da UBS do Lago Norte De acordo com o RTD em fitoterapia, Marcos Trajano, os hortos têm função de socializar as pessoas da comunidade, estimulando uma cultura de paz. “As colheitas são algo a mais promovido, mas o grande benefício mesmo é o exercício em prol à comunidade”, afirma. Nessa perspectiva, Trajano explica que as ofertas de colheita são pequenas, mas que as plantas mais procuradas no local são: Açafrão Azedinha Babosa Bertalha Boldo (falso-boldo), sete-dores Camomila Capim santo Capuchinha Carqueja Chaya Erva baleeira Erva cidreira Melissa Espinheira-santa Folha-da-fortuna Funcho Gengibre Goiabeira Guaco Melaleuca Manjericão Mulungu Ora-Pro-Nobis Sabugueiro Tanchagem Vinagreira *Com informações da Secretaria de Saúde

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Curso gratuito ensina sobre o cultivo de plantas medicinais

Começou nesta terça-feira (18) o curso Quintais Agromedicinais, realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O objetivo é fazer com que, no campo, além de alimentos, os produtores possam ter espaços para o cultivo dessas plantas e, assim, resgatem a cultura e o conhecimento popular sobre as ervas. [Olho texto=”Os cursos da Emater-DF são gratuitos e produtores interessados em participar devem procurar o escritório mais próximo de sua propriedade” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Queremos que as pessoas possam resgatar essa sabedoria para que cuidem de si, da família e da vizinhança. Além disso, estamos fazendo um mapeamento de mercado e queremos que seja mais uma alternativa de renda para a família”, diz a extensionista da Emater-DF Maria Bezerra. No curso, a produtora rural Josefa Ataídes e as extensionistas da Emater Maria Bezerra, Renata Cabús, Yokohama Cabral e Maria do Carmo Barbosa apresentam algumas espécies e destacam como elas podem contribuir para o bem-estar das famílias e ser uma alternativa de renda. No curso, são apresentadas algumas espécies de plantas medicinais e como elas podem contribuir para o bem-estar das famílias e ser uma alternativa de renda | Foto: Divulgação/Emater-DF Também falam sobre os cuidados no plantio, manejo e quanto ao uso, já que possuem princípios ativos com efeitos farmacológicos. Por isso, a Emater destaca a importância de os produtores saberem reconhecer as plantas, sua procedência e como utilizá-las de forma segura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A segunda etapa do curso ocorrerá no dia 25 de outubro, na propriedade de Josefa Ataídes, em São Sebastião. Lá, será possível ver mais espécies, aprender a identificá-las e manipulá-las. A produtora também falará da sua experiência de comercialização. Os cursos da Emater-DF são gratuitos e produtores interessados em participar devem procurar o escritório mais próximo de sua propriedade. Veja a lista aqui. *Com informações da Emater-DF

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Projeto distribuirá cinco mil mudas de plantas medicinais para a comunidade

A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) e o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB) assinaram neste sábado o Termo de Fomento que permitirá a distribuição de cinco mil mudas de plantas medicinais para a comunidade da região. O evento ocorreu no Centro de Práticas Sustentáveis – CPS, no Jardim Botânico. Voluntários da comunidade e profissionais ajudam e orientam na realização dos cursos, que serão oferecidos por etapas | Foto: Divulgação / Sema “Desde os tempos medievos, nossos sábios ancestrais, quando surgia um problema, de doenças corporais, seu médico e sua farmácia estavam na eficácia, das plantas medicinais”. Este foi o trecho do cordel de Manuel Monteiro que marcou a abertura do projeto comunitário. “O projeto tem o objetivo de trazer o conhecimento do uso das ervas medicinais mais comuns, que muitas pessoas não conhecem e os benefícios que elas trazem para a saúde. Muitas vezes as pessoas compram ervas medicinais, mas não sabem usar e elas se perdem”, ressaltou a técnica em meio ambiente, Luciana Sousa Barros, que faz parte da iniciativa. [Olho texto=”“Fico muito feliz de ver a comunidade do Jardim Botânico e do Jardim Mangueiral se apoderando do Centro de Práticas Sustentáveis com ações tão importantes como esse projeto do viveiro de plantas medicinais, que além de conscientização ambiental para jovens e adultos, beneficiará toda a comunidade”” assinatura=”João Carlos Couto Lóssio Filho, subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Fico muito feliz de ver a comunidade do Jardim Botânico e do Jardim Mangueiral se apoderando do Centro de Práticas Sustentáveis com ações tão importantes como esse projeto do viveiro de plantas medicinais, que além de conscientização ambiental para jovens e adultos, beneficiará toda a comunidade”, afirmou subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, João Carlos Couto Lóssio Filho, que representou o secretário Sarney Filho. Voluntariado A atividade conta com o apoio e participação de voluntários da comunidade e de profissionais para orientação e realização dos cursos que serão oferecidos por etapas. Plantas como erva-doce e alecrim estão entre as que serão cultivadas. Na ocasião, também foram realizadas atividades como oficina de orégano, identificação das mudas do mosaico existente no local e ação voluntária de revitalização do viveiro com a participação da comunidade e entrega de certificados. A reativação do viveiro foi comemorada pelo voluntário, o geógrafo José Carlos Maciel Santos, que recitou o cordel durante a inauguração. “Teremos remédio na porta de casa. A reativação desse viveiro será muito útil para a comunidade, pois poderemos levar as plantas e, com o conhecimento adquirido aqui, vamos cultivar, saber usar e ainda seremos beneficiados com o cheiro que elas têm. Eu apoio muito”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o chefe da Assessoria de Biodiversidade da Secretaria Executiva da Sema, Leonel Generoso “a iniciativa trará mais consciência para a população no cuidado da própria saúde e o Centro de Práticas Sustentáveis é o espaço ideal para a comunidade se sentir acolhida e aprender uma séria de coisas boas para melhorar sua qualidade de vida”. Integrante do movimento comunitário, Licínio Neto destacou a importância da iniciativa. “Queremos que esse espaço seja ocupado por atividades que permitam a todos trabalhar conjuntamente”, disse. Construído com projeto arquitetônico sustentável, o CPS é um espaço do Instituto Brasília Ambiental que funciona como centro de educação e sensibilização social sobre meio ambiente. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF

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Parceria entre Saúde e Funap garante produção de guaco

Neste período do ano, em que aumenta o número de pessoas com gripes e resfriados, o xarope de guaco produzido pelo Núcleo de Farmácia Viva da Secretaria de Saúde é um dos fitoterápicos com maior demanda na rede. No entanto, a planta medicinal é utilizada para produzir não só o xarope – mas, também, o chá medicinal e a tintura de guaco. Um dos locais que produzem o guaco é a fazenda da Papuda, localizada dentro do complexo penitenciário. Há dez anos, a Secretaria de Saúde fez uma parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), que cedeu o espaço para o cultivo de plantas medicinais. Em contrapartida, os sentenciados trabalham na fazenda e cultivam as plantas. “A importância desta parceria com a Funap é termos matéria-prima suficiente não só para conseguir manter a produção do xarope de guaco, chá medicinal e da tintura. Também podemos integrar o sistema penitenciário a uma proposta de inclusão do preso em uma prática em que ele possa conseguir aprender a ação de tratos culturais com plantas, principalmente as plantas medicinais”, explica Nilton Netto Junior, farmacêutico chefe do Núcleo de Farmácia Viva. De acordo com ele, a matéria-prima fornecida pela área prisional é fundamental à continuidade e expansão de produção de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva. “Não é só o guaco. Na Papuda, tem a erva baleeira e o alecrim pimenta. E as três plantas são utilizadas na produção de fitoterápicos pelo Núcleo de Farmácia Viva”, destaca Nilton. A Funap entra com a mão de obra dos reeducandos que são remunerados pela própria Funap e com os insumos para o plantio. Produção A colheita sempre é realizada por servidores do Núcleo de Farmácia Viva, que se deslocam, de acordo com a demanda, até a fazenda da Papuda. Isso é feito com acompanhamento e supervisão da equipe na própria área agrícola de cultivo de plantas medicinais. “Toda terça-feira colhemos talos e folhas de guaco. Ao chegar ao Núcleo de Farmácia Viva, no Riacho Fundo I, é feita a triagem das folhas ideais, a higienização com enxágue e secagem em estufa apropriada. Após esse processo as folhas vão para a moagem e só depois para a produção do fitoterápico. Após o xarope pronto, fazemos a rotulagem e o fitoterápico passa pela inspeção de qualidade, finalmente vai para distribuição”, explica Felipe Tironi, farmacêutico da Farmácia Viva. Todo o processo, desde a colheita até a entrega do xarope nas Unidades Básicas de Saúde, dura cerca de duas semanas. Só neste ano já foram colhidos 235 quilos de guaco – e isso é porque a demanda estava reprimida. Anualmente, o consumo de guaco chega a meia tonelada. “A partir da colheita do guaco nós produzimos o xarope de guaco, a tintura de guaco e, também, o chá medicinal de guaco, que são distribuídos nas Unidades Básicas de Saúde cadastradas ao Núcleo de Farmácia Viva”, informa Tironi. * Com informações da Secretaria de Saúde/DF

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Produção de fitoterápicos é retomada no Cerpis de Planaltina

Estufa com as plantas medicinais coletadas pelo Cerpis de Planaltina | Foto: Secretaria de Saúde A produção de fitoterápicos na Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina, foi retomada e os medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais começam a ser entregues na próxima segunda-feira (27), no próprio Cerpis. Além disso, a partir da segunda quinzena de agosto os fitoterápicos serão distribuídos para as unidades básicas de saúde* (UBSs) da Região de Saúde Norte. A expectativa é alcançar, até o dia 24 de julho, a produção de 1.746 fitoterápicos no mês. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A produção foi retomada após dois anos. Com ampla reforma que a estrutura recebeu, foi possível retomar as atividades. A ação foi possível graças ao prêmio recebido na competição 1º Prêmio Saúde Cidadã, promovida pela Secretaria de Saúde em parceria com a Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), com o objetivo de auxiliar o fortalecimento e a difusão da Estratégia Saúde da Família (ESF). Esta será a primeira farmácia fitoterápica do Distrito Federal que dispensará medicamentos, uma vez que a unidade conta com farmacêutico especializado. Também serão dispensados a planta in natura e mudas, serviços ativos. Embora essa prática tenha sido retomada, ainda continua suspenso o Conversa em Saúde sobre Fitoterapia e Plantas Medicinais, um dos principais trabalhos realizados no Cerpis e que já deu o prêmio ao local. Farmacêutica e chefe na da Farmácia Viva da Cerpis, Isabele Aguiar ressalta que é perceptível o potencial e a aceitação das ações e serviços com fitoterápicos pela comunidade e pelos profissionais de saúde, tornando-se uma estratégia, especialmente na Atenção Primária em Saúde. Para a servidora, a reforma representa valorização e acolhimento a quem precisa e trabalha no local. “Estamos vivendo em um momento marcado pela busca das terapêuticas naturais e Planaltina se destaca nessa busca e valorização do uso de plantas medicinais com o objetivo de recuperar ou manter a saúde. É uma prática muito forte e difundida entre a comunidade, repassada por meio da tradição. Conquistar esse prêmio trouxe mais qualidade de vida e atendimento para profissionais e a comunidade”, ressaltou Isabele. Produção foi retomada após dois anos sem atividades | Foto: Secretaria de Saúde A opinião de Isabele é ratificada pelo médico e gerente do Cerpis, Marcos Freire, para quem a reforma e continuidade dos trabalhos é uma conquista da população e servidores dedicados. “A população de fato busca a fitoterapia de forma proativa. Com isso, conquistamos esse espaço de sermos o único centro de referência no Distrito Federal e até no Ministério da Saúde, Brasília tem a sua representatividade no assunto. Percebemos que mesmo durante o período em que ficou sem os fitoterápicos, a procura continuou com a distribuição das plantas e mudas”, destacou Freire. Produção Com a retomada da produção, os 1.746 fitoterápicos serão dispensados nas unidades de saúde cadastradas a partir da segunda quinzena de agosto e no Cerpis já a partir da próxima semana. São 1.246 frascos de 100 mililitros do xarope de Guaco (Mikania laevigata) que auxilia no tratamento sintomático de afecções respiratórias com tosse produtiva e 500 frascos de 30 mililitros da tintura de Boldo Nacional (Plectranthus barbatus), que auxilia no alívio dos sintomas dispépticos, a má digestão. Farmácia Viva É um modelo de farmácia que realiza todas as etapas, desde o cultivo: coleta, processamento, armazenamento de plantas medicinais, manipulação e dispensação de preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos (Portaria MS de Consolidação nº 5/2017). Tem como missão produzir fitoterápicos de qualidade com garantia de segurança e eficácia, a partir de plantas medicinais validadas, buscando oferecer opção terapêutica aos profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como desenvolver trabalhos educativos sobre o uso correto das plantas medicinais. A ideia é promover o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da cadeia produtiva. Os fitoterápicos são entregues mediante prescrição. *Relação das UBSs que distribuirão os medicamentos a partir da segunda quinzena de agosto: Planaltina UBS – PIS: Cerpis – Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Farmácia Viva do Cerpis) GSAP 03 – UBS 18 e 20 GSAP 04 – UBS 16, 17 e 10 GSAP 08 – UBS 4 GSAP 09 – UBS 5 e 6 Sobradinho I GSAP 01 – UBS 1, 5 e 6 GSAP 02 – UBS 2 GSAP 04 – UBS 3 e 4 Sobradinho II GSAP 05 – UBS 2 Fercal GSAP 07 – UBS 1 e 2 * Com informações da Secretaria de Saúde

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