Programa capacita produtores rurais do DF para gestão de negócios
Entre produzir, comercializar e gerar renda, há uma lacuna de conhecimento e organização que faz toda a diferença para que um negócio não apenas seja capaz de sustentar uma família, mas decole e seja lucrativo. Esse é o ponto de partida trabalhado em mais uma edição do curso Gestão do Negócio Rural, coordenado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), que visa a capacitar produtores rurais no aprimoramento da gestão de seus empreendimentos. Curso, que começou nesta terça, tem aulas no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional da Emater-DF | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília As aulas teóricas começaram nesta terça-feira (18) e serão ministradas durante dois dias no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor), na sede da Emater-DF da Asa Norte. De acordo com o presidente da empresa pública, Cleison Duval, a iniciativa funciona por meio do programa Empreender e Inovar e surgiu de uma necessidade de capacitar, assistir, instrumentalizar e fomentar técnicas de gestão aos beneficiários rurais, oferecendo capacitação, acompanhamento e instrumentalização dos participantes em processos de gestão e planejamento. Cleison Duval, presidente da Emater-DF: “Quando o produtor assimila que ele tem essa responsabilidade na gestão do próprio negócio, ele consegue enxergar o lucro” “A gente entendeu que não bastava mais só ensinar a produzir ou a transformar aquele produto em um de valor agregado, como um morango em uma geleia, por exemplo”, explica. “Quando o produtor assimila que ele tem essa responsabilidade na gestão do próprio negócio, ele consegue enxergar o lucro. Temos casos de pessoas que iam fechar o empreendimento e, com esse trabalho do Empreender e Inovar, conseguiram reverter a situação. É transformador na vida das pessoas e famílias da área rural. Gera emprego, renda e negócios para o DF, que cresce nesse setor.” Rota do Queijo Carlos Goulart, coordenador do programa: “Aqui vemos os conceitos fundamentais de gestão, análise de viabilidade econômica, controle financeiro, metas e indicadores, planejamento estratégico e plano de negócio” Neste ano, o curso terá como foco os produtores de queijos artesanais, acompanhando o avanço da Rota do Queijo no DF, mas está aberto a todos os demais interessados. São 50 participantes do curso que tem por objetivo fornecer conhecimentos essenciais sobre gestão, precificação, planejamento estratégico, e-commerce e marketing digital, ajudando os produtores a expandirem seus negócios e valorizarem a produção. O coordenador do programa, Carlos Goulart, lembra que o curso de dois dias é apenas uma etapa do Empreender e Inovar, que oferece um acompanhamento semanal durante dois anos nas propriedades para auxiliar de perto os produtores rurais com demandas específicas que envolvem a produção e comercialização de produtos. “O objetivo desse curso é, na verdade, plantar uma semente”, afirma Goulart. “Aqui vemos os conceitos fundamentais de gestão, análise de viabilidade econômica, controle financeiro, metas e indicadores, planejamento estratégico e plano de negócio. Depois o programa é estendido para os produtores que se interessarem nos acompanhamentos para se apropriarem profundamente e transformarem a produção em um negócio rural de verdade, onde conseguem apreender o resultado de seus esforços na forma de remuneração adequada.” Planejamento para o sonho A produtora rural Mara Rosane Benke, 62, vê no curso um norte para otimizar o trabalho e alcançar os sonhos, como o de fazer uma cozinha individual só para o seu negócio. Com uma propriedade em Tabatinga (Planaltina), ela produz e comercializa desde geleias até biscoitos e cucas – mas conta que nunca planejou ou organizou resultados obtidos. A produtora de mandioca Maria Cândida Botelho participa do curso: “Não basta só produzir. Hoje eu não tenho uma propriedade muito grande, então preciso que a produção seja eficaz e também fazer uma gestão na ponta do lápis” “Eu faço minhas coisas, mas não tenho um planejamento”, relata. “Eu vendo, recebo e já gasto em outras coisas, mas não tenho noção de quanto eu ganho. Com o curso eu vou me organizar melhor, ter um cantinho ajeitado e ver qual produto vai ser o melhor, que vende mais, para de repente focar mais ele e [o trabalho] não ficar tão cansativo, e ter um lucro melhor, porque minha renda vem dessas coisas.” Outra participante das aulas, Maria Cândida Botelho, 30, produtora de mandioca na região rural de Ceilândia, conta que a Emater-DF sempre esteve presente em seu aprendizado: “Não basta só produzir. Hoje eu não tenho uma propriedade muito grande, então preciso que a produção seja eficaz e também fazer uma gestão na ponta do lápis. Qualquer coisa que deixo escapar, eu deixo de trazer à mesa para os meus filhos. Essa é a minha maior motivação”.
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Feiras movimentam mercado rural do DF com a comercialização da produção agrícola
Parte da produção agrícola da capital federal é comercializada nas feiras difundidas pela cidade, garantindo o sustento de muitos produtores da agricultura familiar. Em praticamente todas as regiões administrativas, há pontos criados com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), onde são vendidas hortaliças, verduras, frutas, pescados, aves, suínos e produtos agroindustrializados, como queijos e doces. Feira do Produtor, no Paranoá, é uma das referências da produção orgânica no DF | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A Emater trabalha com comercialização há muitos anos, porque entendemos que precisamos ajudar o produtor, então o projeto das feiras é muito importante para isso”, afirma o presidente da empresa, Cleison Duval. “Nosso trabalho vai desde a produção e o acompanhamento da atividade, lá na chácara do produtor, até a padronização e a melhor forma dele levar esse produtor para a feira.” Feira do Produtor José Maurício Rocha, que começou com cultivo e venda de abacate, hoje expandiu a produção e quer investir na criação de galinhas, orientado pela Emater-DF: “Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio” Há oito anos, o produtor rural José Maurício Rocha começou no segmento cultivando e vendendo abacate. O sucesso da comercialização o levou a ampliar a produção. Hoje, ele cultiva tomate, maracujá-do-cerrado, quiabo, chuchu, pimentão, banana e folhagens em uma propriedade no Núcleo Rural Capão da Onça, no Paranoá. Tudo que produz, ele comercializa em três feiras no Paranoá, na Vila Planalto e no Lago Sul. “Quando comecei, eu levava duas caixas e vendia; depois só foi crescendo”, conta. “Hoje, todo o meu sustento vem das feiras.” E José Maurício quer aumentar ainda mais a comercialização. A ideia agora é investir na criação de galinhas, o que ele vai fazer com o auxílio da Emater-DF. “Já estou até com um curso com eles marcado. A Emater nos ajuda muito. Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio.” Noraci da Costa não perde um domingo de feira no Paranoá: . “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço” No Paranoá, um dos pontos mais conhecidos é a Feira do Produtor, montada todo domingo em um estacionamento no Setor de Oficinas. Por lá, as opções são variadas. “É uma feira livre que tem produtos de hortícolas frescos, in natura, pescado, agroindustrializados, temperos e também outras coisas de alimentação”, resume Rafael Lima, extensionista da Emater-DF no escritório do Paranoá. “É uma feira bem diversificada para atender a demanda dos consumidores da região”. 240 Número de produtores rurais mapeados pela Emater-DF dedicados ao cultivo de orgânicos Todos os domingos, a babá Noraci da Costa vai até a feira garantir frutas e verduras para passar a semana. “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço. Para mim, essa feira é maravilhosa, perfeita, nota 10”, define. Neste domingo (18), ela saiu do local para a sua casa no Itapoã com maçãs, tomates e quiabos. Quem também não abre mão de frequentar a Feira do Produtor do Paranoá é a técnica em enfermagem Selma Cristiane Xavier, 50. A cada 15 dias, ela deixa o Altiplano Leste em direção ao Paranoá só para comprar verduras, legumes, polpas e peixes: “Quase todo domingo eu estou aqui. Acho os produtos excelentes. É mais em conta e tudo fresco”. Venda de orgânicos Maria de Fátima da Conceição produz orgânicos em sua chácara e comercializa na Feira do Produtor: “É onde mais vendo; com certeza, boa parte do meu sustento vem daqui” “Há uma demanda muito grande da população pelos produtos orgânicos, então nós temos um trabalho específico cadastrando as feiras e os pontos de comercialização” Cleison Duval, presidente da Emater-DF Além da expansão das feiras tradicionais, o Distrito Federal tem vivenciado um crescimento de pontos orgânicos. Segundo o mapeamento da Emater-DF, são mais de 30 locais com cerca de 240 produtores rurais envolvidos. A maior parte está localizada no Plano Piloto, mas há pontos no Sudoeste, no Jardim Botânico, no Jardins Mangueiral, em Sobradinho, no Park Way, no Lago Oeste e nos lagos Norte e Sul. “Há uma demanda muito grande da população pelos produtos orgânicos, então nós temos um trabalho específico cadastrando as feiras e os pontos de comercialização”, pontua o presidente da Emater-DF. “Esse é um trabalho que fazemos junto ao produtor, ajudando na produção, na comercialização e no registro.” Maria de Fátima da Conceição é uma das produtoras de orgânicos da cidade. Em sua chácara no Núcleo Rural Capoeira do Bálsamo, no Lago Norte, ela e o marido produzem há 12 anos culturas livres de agrotóxicos, com suporte da Emater-DF. “Começamos há 15 anos, e, na época, ainda não eram orgânicos; mas, com auxílio da Emater conseguimos fazer a transição”, lembra. Os produtos são todos comercializados na região do Paranoá. “A venda é boa, principalmente, na feira aos domingos. É onde mais vendo; com certeza, boa parte do meu sustento vem daqui”, comenta ela. No restante da semana, ela comercializa os produtos em um quiosque no Paranoá. O gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho, explica que os produtores de orgânicos fazem parte de um cadastro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): “O agricultor é obrigado a ter uma certificação que documenta que a produção é orgânica. Por isso, é importante que ele esteja com a cópia do certificado na banca e também que o consumidor exija para saber que de fato está comprando um produto orgânico”.
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GDF impulsiona produção rural com qualificação e linhas de crédito
O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para apoiar e desenvolver a agricultura, que está em pleno crescimento. De hortaliças a grãos, passando por mel e diversas culturas, o fomento à produção é diária e está literalmente dando frutos. Celebrado em 28 de julho, o Dia do Agricultor é uma data a ser comemorada pelos profissionais, incentivados com assistência técnica, cursos e linhas de crédito rural. São inúmeras iniciativas para apoiar esse ofício vital para toda a população, que passam por apoio e qualificação profissional ofertadas por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento de Desenvolvimento Rural do DF (Seagri). Celebrado em 28 de julho, o Dia do Agricultor é uma data a ser comemorada pelos profissionais, incentivados com assistência técnica, cursos e linhas de crédito rural | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Para se ter ideia, o agronegócio movimentou cerca de R$ 6 bilhões de valor bruto no DF no ano passado, em uma área produtiva de 178,5 mil hectares, de acordo com o relatório do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) da Emater. Destaque para a produção de grãos com DNA brasiliense. Entre as variedades que brotam no Quadradinho, o trigo foi um dos produtos que apresentaram um grande salto na produção durante os últimos cinco anos. Entre 2019 e 2023, a safra da triticultura cresceu 272%, e passou de 6 mil toneladas para 22 mil toneladas, ainda de acordo com a Emater. Estão à disposição dos agricultores linhas de crédito rural, cursos, oficinas, incentivos na produção e comercialização de produtos, além da assistência técnica. Atualmente, a Emater possui 22.950 produtores cadastrados na empresa. Desses, 9.386 são produtores familiares – 5.384 homens e 4.002 mulheres. O produtor rural Miguel Simões de Oliveira, do Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama, cultiva hortaliças em sua propriedade desde 1994. São cerca de 6 hectares dedicados ao plantio de alface, cheiro-verde, acelga, cebolinha, pimenta, jiló e quiabo, além da criação de galinhas, porcos, pavões e gansos. Maria José Cassimiro começou produzindo morangos, há três anos, e agora começou a se preparar para plantar mirtilos, em aproximadamente 2,5 hectares Ele relata que conta com o total apoio da Emater para tudo o que precisa para desenvolver o cultivo. A assistência técnica constante resulta em melhorias de processos e aplicações de novas tecnologias, como o cultivo com túneis altos e irrigação por gotejamento. Os túneis altos são estruturas que protegem as plantas da chuva e do sol. O gotejamento permite um controle eficaz da quantidade de água utilizada na irrigação. Ao mesmo tempo que proporciona a quantidade de água ideal para as plantas, evita o desperdício. A combinação das duas técnicas aumenta a produção e reduz os custos. Também por meio da Emater, ele conseguiu financiamento para energia fotovoltaica, que será instalada nos próximos dias. Miguel também aproveita os cursos oferecidos pela empresa pública, entre eles manejo de irrigações e caldas alternativas. “Quando a gente usa a tecnologia, trabalha menos e produz mais. Sem a Emater, a gente não consegue. Tudo o que a gente precisa, falamos com o Kleiton [Rodrigues Aquiles, técnico da Emater do Gama].” O produtor agora se organiza para iniciar o plantio hidropônico que, entre as vantagens propicia redução da mão de obra e maior controle nutricional das plantas. Kleiton Rodrigues Aquiles, técnico da Emater: “A assistência também leva aos produtores tecnologias visando o aumento da produção de alimentos em quantidade e qualidade” Técnico da região, Kleiton explica que auxiliar os produtores é justamente o papel da Emater. “A assistência também leva aos produtores tecnologias visando ao aumento da produção de alimentos em quantidade e qualidade”, ressalta. Ele também atende as produtoras Maria José Cassimiro, de 70 anos, e a filha dela, Juliana Cassimiro, 42. Após viverem nove anos na Inglaterra, decidiram voltar ao Brasil e escolheram o Núcleo Rural Córrego Crispim, no Gama, para se dedicarem à agricultura familiar. Elas começaram produzindo morangos, há três anos, e agora se preparam para plantar mirtilos, em aproximadamente 2,5 hectares. Também se dedicam ao cultivo de ervas medicinais e até açaí. E estão desenvolvendo turismo rural na propriedade. “Como a propriedade é pequena, temos que desenvolver diversas culturas. Tudo o que a gente sabe, aprendemos com a Emater”, afirma Juliana. A mãe dela, Maria, fez diversos cursos por meio da empresa, como o de flores comestíveis, caldas alternativas e orgânicos. E reforça que, embora tenha trabalhado na roça na juventude, elas não teriam conseguido fazer tantas coisas sem a Emater: “A Emater nos ajuda com tudo. Sem isso, não teríamos conseguido”.
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Produtor rural cria projetos de implementos para facilitar o trabalho agrícola
Movido pela vontade de diminuir a penosidade do trabalho agrícola, Lucas da Natividade Ribeiro, 33 anos, começou a criar projetos de implementos há dez anos. Ao longo desse tempo, desenvolveu um pulverizador para ser acoplado num microtrator, uma plantadeira e um colhedor de batata doce, e máquinas lavadoras de cenoura e batata doce. Tudo pensado para atender a própria produção e as propriedades vizinhas. Lucas desenvolveu um pulverizador que funciona acoplado a um microtrator | Foto: Divulgação/ Emater-DF Lucas herdou do pai o amor pela produção rural e, aos 17 anos, adquiriu uma propriedade localizada no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, com extensão de 6,5 hectares. O jovem sabia o que o aguardava – desde criança, ele acompanhava a lida diária do pai no campo. Mas como não tinha a mesma afeição pelas atividades braçais, deu um jeito de facilitar seu trabalho. “Sempre quis tirar essa carga pesada, eu sou um cara mais mole; daí vi uma necessidade de mudança para continuar vivendo da agricultura”, contou o produtor. O trabalho no campo requer o cuidado diário com o manejo da produção agrícola, boa gestão da propriedade e organização. Essa foi a receita encontrada por Lucas para ter uma vida tranquila e confortável ao lado da esposa e dois filhos. “O produtor que não planeja sua rotina e busca melhorar a produtividade não vai para frente. O meu sucesso está na organização, no planejamento para atender as necessidades da propriedade e produzir com mais qualidade e menor custo e dificuldade”, argumentou. Máquinas lavadoras de cenoura e batata doce agilizam o trabalho e geram economia com mão de obra Assistência técnica Da extensão total da propriedade, seis hectares são destinados ao plantio de batata doce, cenoura e milho, entre outras culturas. O trabalho de assistência técnica e extensão rural prestado pelo escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) no Jardim, unido à mecanização do processo agrícola, renderam um aumento de 30% da produção e redução de 20% nos custos com mão de obra. “Indicamos os projetos do Lucas por terem um custo menor, permitindo acesso a outros produtores, e por levarem ao aumento da produtividade e eficiência nas atividades” Aureliano Dantas, extensionista da Emater-DF De acordo com o extensionista da Emater-DF Aureliano Dantas, as máquinas agrícolas criadas por Lucas facilitam as operações do dia a dia em sua propriedade, gerando eficiência na aplicação dos produtos químicos e na economia da quantidade aplicada, uma vez que o pulverizador, bem ajustado, faz a aplicação de maneira uniforme. “Outra diferença no desempenho é a organização na maneira de gerir a propriedade e a aceitação das nossas orientações, que se dão em relação a todo o processo produtivo, desde o manejo da cultura, documentação e declarações até a produção de projetos de crédito rural”, informou o extensionista. O profissional observou ainda que a mecanização das propriedades rurais é uma realidade para poucos em função do alto custo e da dificuldade de crédito rural para o investimento. “Os implementos agrícolas e outros equipamentos, necessários para diminuir a penosidade do trabalho rural, não chegam facilmente ao agricultor familiar; por isso, indicamos os projetos do Lucas por terem um custo menor, permitindo acesso a outros produtores, e por levarem ao aumento da produtividade e eficiência nas atividades”, finalizou Aureliano. Lucas Ribeiro ensina: “O produtor que não planeja sua rotina e busca melhorar a produtividade não vai para frente” Mecanização agrícola O gerente de Agropecuária da Emater-DF, Antonio Dantas, declarou que a mecanização agrícola vem sendo trabalhada há muito tempo pela empresa; no entanto, nos últimos anos, o tema tem recebido mais ações devido às mudanças no ambiente rural, principalmente no perfil e composição das famílias rurais, visando a permanência delas rurais no campo. “A mecanização agrícola está sendo tratada dentro dos Programas de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas com diversas metodologias planejadas para este ano. Nesse projeto destaco os Dias Especiais de Mecanização e Automatização da Agropecuária, que deverão acontecer em julho em Planaltina e Brazlândia. Nesses eventos, e durante as atividades de campo dos nossos extensionistas, os agricultores recebem orientações sobre as possibilidades de mecanização ou automatização de suas atividades e das linhas de crédito rural disponíveis para o financiamento”, afirmou o gestor. O Programa de Crédito Rural da Emater-DF assessora extensionistas da empresa e produtores rurais na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito rural disponíveis para o Distrito Federal. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o pequeno agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda. *Com informações da Emater-DF
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Autonomia financeira e empoderamento das mulheres rurais são prioridades para a Emater-DF
O trabalho da Emater-DF para a mulher rural vai além do atendimento voltado à produção rural. Colocar a mulher num local de autonomia financeira e empoderamento tem norteado as atividades de assistência técnica e extensão rural (Ater) e as parcerias com instituições públicas, como a Secretaria da Mulher (SMDF) e o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDF). O Dia Internacional da Mulher reafirma a importância de empoderar as produtoras rurais que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), são as grandes responsáveis pela preservação da biodiversidade, pela garantia da soberania e da segurança alimentar e pela produção de alimentos saudáveis | Fotos: Divulgação/Emater-DF Do lado da produção agrícola, os dados de cadastro da Emater-DF apontam para o número de 7.341 produtoras rurais em todo o DF. Dessas, em 2023, 5.554 mulheres foram atendidas por meio de Ater, que correspondem a 38,2% de todo o público atendido. Além disso, existem 16.497 propriedades cadastradas, sendo que desse total 5.379 propriedades têm mulheres como proprietárias ou coproprietárias. Dessa forma, a semana do Dia Internacional da Mulher é o momento de reafirmar a importância de empoderar as produtoras rurais que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), são as grandes responsáveis pela preservação da biodiversidade, pela garantia da soberania e da segurança alimentar e pela produção de alimentos saudáveis. A diretora-executiva Loiselene Trindade reforça que a Emater-DF tem feito diversas parcerias com a Secretaria da Mulher do DF e com o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) para levar conhecimento e oportunidade, visando combater definitivamente a violência no campo contra as mulheres e meninas rurais A diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, ressalta o compromisso da empresa junto às produtoras rurais, entre todos os trabalhos realizados, pela busca da igualdade de gênero, em atendimento aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse trabalho passa por inserir a mulher jovem, adulta e idosa em atividades de capacitação para melhoria tanto na produção agrícola como nas produções não agrícolas, para que possam contribuir com a geração e aumento da renda familiar. “Muito tem sido feito para levar autonomia e desenvolvimento às mulheres rurais, como priorizá-las nas políticas públicas de compras governamentais e na concessão dos documentos de posse das terras. Isso reflete diretamente no empoderamento dessas mulheres, que precisam ser qualificadas e capacitadas para que se desenvolvam e se reconheçam diante desse empoderamento. No entanto, ainda existem desafios que precisam ser vencidos. A Emater-DF tem feito diversos trabalhos, como empreendedorismo, sessões de conversa e integração para que as mulheres se reconheçam nesse papel e essa é uma preocupação constante que precisamos ter. Outra questão não menos importante é violência contra a mulher, física, moral, psicológica e patrimonial, que é urgente combater”, declarou Loiselene Trindade. A dirigente informou também que a Emater-DF tem feito diversas parcerias com a SMDF e com o TJDFT para levar conhecimento e oportunidade para essas mulheres, visando combater definitivamente a violência no campo contra as mulheres e meninas rurais. “Diferente das mulheres urbanas, as mulheres do campo têm dificuldades de fazerem as notificações de violência e por essa razão precisam ser ouvidas”, finalizou. A produtora rural Mariazinha Porto dos Santos, moradora há 10 anos do Assentamento 15 de Agosto, em São Sebastião, decidiu deixar o trabalho de diarista para se transformar em produtora rural e viver da terra Sessões de conversa Em 2022, a Emater-DF iniciou o Programa Terapia Comunitária Integrativa (TCI), com o objetivo de levar acolhimento, apoio e escuta às mulheres rurais de São Sebastião, PAD-DF, Rio Preto, Vargem Bonita e Taquara, com idade entre 19 e 59 anos, em sua maioria. A TCI é um espaço terapêutico de fala e escuta com participação horizontal das mulheres que está promovendo uma transformação quanto à autoestima, ao empoderamento individual e do grupo, a ajudas mútuas, fortalecendo laços, promovendo confiança, cooperação e melhorando a organização na produção e comercialização dos produtos agrícolas. Em 2023, foram realizadas 23 sessões de TCI com a participação de 80 mulheres. As conversas são uma prática coletiva que visa a saúde mental, a integração, a coletividade e momentos de partilha das dores e superações. A produtora rural Roselita Urani Camargo produz biscoitos caseiros e é novata nos encontros de TCI. A morte da mãe a deixou sem chão, pois era a pessoa que experimentava e aprovava as fornadas e novas receitas de biscoitos. “Estava sem perspectiva, perdida, e foi a Emater-DF que me deu coragem e confiança no meu trabalho. Participei de apenas uma sessão e saí gratificada por tanta coisa que tenho aprendido”, falou Rosinha, como é conhecida. A condução dos trabalhos é coordenada pela extensionista da Emater-DF, Maria Bezerra, juntamente com terapeutas voluntárias. “As mulheres rurais estão longe do centro urbano e às vezes estão numa condição de invisibilidade, convivendo com dores e sofrimentos que levam à improdutividade, descrença e perda da autoestima. Portanto, é nossa missão buscar meios de resgate e empoderamento da mulher rural. O lema da TCI é “quando a boca fala, os órgãos saram”, assim, durante as sessões de conversa utilizam recursos da cultura local, como a empatia, a escuta amorosa, e as estratégias de superação para ajudarem as mulheres e comunidade superarem os desafios individuais e coletivos”, finalizou. Muitas mulheres em todo o DF são atendidas pela Emater-DF e vivem o desafio de dividirem o trabalho rural, que compreende todas as etapas da cadeia produtiva, como plantar, adubar, irrigar, colher e comercializar, com as atividades domésticas e cuidados com os filhos e família Participação feminina nas cadeias produtivas De olho no desenvolvimento econômico e autonomia das produtoras rurais, os extensionistas da Emater-DF desenvolvem atividades diárias nas diversas cadeias agrícolas e não agrícolas. As primeiras com maior participação feminina são: bovinocultura, floricultura, avicultura, olericultura, agricultura orgânica e agroecologia, totalizando 1.138, 769, 1.388, 2.226, 709 e 720, respectivamente. Já nas atividades não agrícolas, que compreendem agroindústria, artesanato e turismo, a Emater-DF atendeu 3.054 pessoas, sendo 1.300 mulheres, totalizando 43,7% do público geral atendido. A produtora rural Mariazinha Porto dos Santos (38), moradora do Assentamento 15 de Agosto, em São Sebastião, divide os cuidados com a produção de hortaliças, cuidando da casa e dos três filhos, de 11, 6 anos e apenas 11 meses. A família é assentada há 10 anos, quando Mariazinha decidiu deixar o trabalho de diarista para se transformar em produtora rural e viver da terra. Apesar de o marido lhe ajudar com a produção orgânica de alface, cenoura, salsinha, cebolinha, brócolis, couve e batata-doce que vendem para o PAA há cinco anos, não é fácil dar conta de todos os afazeres. “A dificuldade é grande, mas a força que a mulher tem para enfrentar é maior. Eu cuido da terra, planto, colho e vendo, limpo a casa, cuido dos meninos, mando para a escola e faço a comida. Meu marido trabalhava fora e era mais difícil, agora cuidamos juntos da plantação, o que facilita muito. Dois cuidando é mais fácil. Mas a mão da mulher faz a diferença, apesar de que tem coisas que é mais complicado quando se trata de mulher, como comprar insumos, comercializar. Quando eu penso que em 40 dias posso ver a produção do meu trabalho e colocar comida saudável na mesa é prazeroso, apesar de tudo. E, como mãe, transfiro todo dia esse conhecimento pros meus filhos”, disse Mariazinha. Assim como ela, há muitas mulheres na região e em todo o DF que são atendidas pela Emater-DF e vivem o desafio de dividirem o trabalho rural, que compreende todas as etapas da cadeia produtiva, como plantar, adubar, irrigar, colher e comercializar, com as atividades domésticas e cuidados com os filhos e família. Há ainda aquelas produtoras rurais que são as únicas mantenedoras da casa e precisam realizar todas essas atividades sozinhas. A gerente do escritório local da Emater-DF em São Sebastião, Maíra Andrade, que é mãe de um casal de filhos e também divide seu dia com trabalho, casa e família, observa que o governo tem muitas políticas de incentivo às produtoras rurais, como preferência na abertura do calendário dos programas de compras governamentais. “Nosso trabalho de assistência técnica junto a essas mulheres é muito mais que assistência técnica e extensão rural e levar a autonomia financeira e empoderamento. Passa também por dar apoio, pois muitas vezes temos de saber ouvir suas queixas e desabafos, levar políticas públicas e, assim, tentar minimizar as dificuldades de fazerem quase tudo sozinhas. Por isso, implementamos uma vez por semana ou a cada 15 dias os mutirões de plantio, adubação e tratos culturais. São mulheres ajudando outras mulheres, um trabalho de empatia e sororidade”, declarou Maíra Andrade. *Com informações da Emater-DF
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Meliponicultura se destaca como alternativa de geração de renda
Um grupo de 15 produtoras familiares dos núcleos rurais São José e Rio Preto, em Planaltina, participou, nesta quinta-feira (25), de uma aula sobre os benefícios da criação de abelhas sem ferrão. O objetivo do encontro foi introduzir as mulheres no universo da meliponicultura – como a atividade é chamada – e, assim, ampliar as alternativas de geração de renda das famílias. Mulheres que já atuam na agricultura puderam aprender mais sobre a lucrativa atividade de criação de abelhas | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A aula foi ministrada por equipes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Todas as participantes selecionadas trabalham com a produção de hortaliças e flores. O técnico Carlos Morais, da Emater-DF, incentiva a meliponicultura: “Nós temos casos que mostram que a introdução dessas abelhas ao ambiente aumentou a produtividade em 30% a 35%” “São mulheres que já mexem com agricultura em suas propriedades, e o objetivo foi que elas pudessem conhecer um pouco mais sobre essa criação, que é uma verdadeira arte”, detalha a extensionista rural Regina Lima. “Com este primeiro contato, o grande retorno que teremos é o empoderamento dessas mulheres, que passarão a ter, nas suas propriedades, uma alternativa de renda proveniente de uma produção só dela.” Além de ser uma alternativa de renda, a meliponicultura também traz impactos na produtividade das plantações. “Essas abelhas sem ferrão contribuem muito no processo de polinização”, explica o técnico Carlos Morais, da Emater-DF. “Nós temos casos que mostram que a introdução dessas abelhas ao ambiente aumentou a produtividade em 30% a 35%”. Referência O local escolhido para as aulas é uma propriedade meliponicultora referência no DF. Localizada no Núcleo Rural Córrego do Palha, no Lago Norte, a produção, coordenada por Diana Schappo,é conhecida pelo seu “Jardim do Mel” – uma trilha em que os visitantes podem ter contato com várias das espécies de abelhas sem ferrão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Atualmente consolidada na atividade, Diana relata que sua história na meliponicultura se confunde com a de várias produtoras participantes: “No começo, eu também tinha a meliponicultura como um hobby e, hoje, tenho uma renda com a produção que vale muito a pena. Queremos que essas produtoras possam levar para a propriedade delas um pouco do nosso trabalho”. A experiência de Diana serviu como inspiração para Valdete Oliveira, 54, uma das selecionadas para participar do encontro. “Era um sonho meu poder mexer com abelhas, e, devido à minha idade e problemas de saúde, está sendo muito difícil ficar na lavoura”, conta. “A meliponicultura vai se encaixar perfeitamente no que preciso; é uma produção que exige muito cuidado e atenção, mas não tanto esforço físico”.
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Crédito rural destinou R$ 10 milhões para a agricultura familiar no DF
Até o início de dezembro, a Emater-DF intermediou a aprovação de 142 projetos de crédito rural para agricultores familiares do Distrito Federal, que receberam cerca de R$ 10 milhões para custeio e investimento da produção rural. [Olho texto=”“O crédito rural é uma das principais alavancas para o desenvolvimento tecnológico dos produtores agrícolas e promotores, direta e indiretamente, da melhoria de vida das famílias rurais”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”Direita”] Esse valor foi distribuído entre as linhas Prospera, com R$ 1,48 milhão; Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), com R$ 1,4 milhão; Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com R$ 2,1 milhões; e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), com R$ 5 milhões. De acordo com o ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o Plano Safra da Agricultura Familiar neste ano disponibilizou R$ 77,7 bilhões para o agricultor familiar. Sendo que, para quem produz alimentos, a taxa de juros sofreu uma redução de 5% para 4% . Para a agroecologia os juros são de 3%. “O bom crédito precisa ter uma boa assistência técnica e extensão rural. Por isso, a Emater-DF é uma parceira importante nossa para fazer com o que o crédito tenha um bom projeto de produção, uma boa e acompanhada implementação e alcance os resultados previstos naquele projeto. Por isso, parabenizo a Emater-DF. Eu assisto à TV todo domingo e sempre vejo a Emater-DF brilhando nos programas rurais”, declarou o ministro Paulo Teixeira. Proprietário da Fazenda Olhos D’Água, no Núcleo Rural Taquara, Valdeci de Sousa Ataíde passou a ser atendido pela Emater-DF em 1985. Em junho, após a colheita e venda da produção de soja deste ano para a Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp), o produtor vai quitar o empréstimo de R$ 62.700,00 em uma única parcela | Foto: Divulgação/Emater-DF O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, avalia que a agricultura familiar depende de recursos financeiros para financiamento, custeio e investimento na produção rural. Dessa forma, o crédito rural representa uma política pública muito importante para o produtor. “O crédito rural é uma das principais alavancas para o desenvolvimento tecnológico dos produtores agrícolas e promotores, direta e indiretamente, da melhoria de vida das famílias rurais”, afirmou. O produtor Valdeci de Sousa Ataíde é proprietário da Fazenda Olhos D’Água localizada no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. Valdeci mora na região desde 1985, quando passou a ser atendido pelo escritório local da Emater-DF. Em setembro deste ano, o extensionista Paulo Borges elaborou o projeto de crédito rural no valor de R$ 62.700,00 para custeio da plantação de soja. Em junho, após a colheita e venda do grão para a Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp), o produtor vai quitar o empréstimo em uma única parcela. “Desde 85 que a gente está aqui e sempre sendo ajudados pela Emater-DF, a quem só tenho a agradecer. Já fiz 12 financiamentos rurais, incluindo o deste ano para plantar soja e a safrinha de milho e sorgo, que fiz junto ao BRB pelo Pronaf. Sou bom pagador, nunca atrasei um empréstimo meu, eu sei que sem o crédito rural, não ia conseguir investir na plantação. Graças a Deus, a soja já está plantada e logo vamos colher”, disse Valdeci. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Projetos de Crédito Rural O Programa de Crédito Rural da Emater-DF assessora extensionistas da empresa e produtores rurais na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito rural disponíveis para o Distrito Federal. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o pequeno agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda. Para acessar uma linha de crédito do Pronaf, é necessário ter o CAF ou a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar de Aptidão (DAP) ativa, uma vez que elas possuem informações que darão segurança jurídica para as transações de financiamentos. Para acessar o Pronamp, o produtor rural deve ter uma renda anual de R$ 3 milhões, sendo que 80% desse valor seja diretamente proveniente da atividade agrícola. Já as linhas de crédito geridas pelo GDF são o FDR, que tem o objetivo de promover o desenvolvimento rural no DF, para garantir o aumento da produção e da produtividade, da renda, da segurança alimentar e a permanência do homem no espaço rural. Pelo FDF são financiados projetos de investimentos e custeio agropecuários, em todo o DF e na Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (RIDE), desde que obedeçam alguns critérios, como ser assistido pela Emater-DF, que é a responsável pela elaboração de todo o projeto de crédito. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Prospera é um crédito concedido para atender as necessidades financeiras de empreendedores, sejam pessoas físicas ou jurídicas, das áreas urbanas e rurais, que possuem atividades produtivas de pequeno porte. O programa é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal. Para a gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Luciana Tiemann, em 2023, foram feitas diversas parcerias, no sentido de aumentar a oferta de crédito para os produtores rurais, além do trabalho árduo para a diminuição da inadimplência de alguns produtores. “Em 2024 estamos na expectativa de que a oferta de crédito dos fundos do GDF aumente, pois são extremamente importantes para os produtores do DF, além do aumento da oferta de crédito rural por meio dos diversos agentes financeiros parceiros da Emater-DF.” *Com informações da Emater-DF
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Vem aí o VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais
Solteira, semianalfabeta e mãe de nove filhos: essa era a realidade de Noilde Maria de Jesus há cerca de 14 anos. Graças ao apoio do Governo Distrito Federal (GDF), ela ganhou uma profissão: a de produtora rural independente, capaz de sustentar a família com o dinheiro que ganha com a produção de sua propriedade agrícola de cinco hectares em Brazlândia. Noilde de Jesus reconstruiu sua história de vida a partir do trabalho desenvolvido pela Emater: “Os encontros me incentivaram a muitas coisas, como voltar para a escola” | Foto: Ana Nascimento/Emater Noilde é mais uma das cerca de quatro mil mulheres impactadas positivamente pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater). Assim como ela, aproximadamente 400 produtoras agrícolas vão participar do VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais, evento bianual que, este ano, será realizado em 24 de novembro. Como parte da programação, a Emater promoveu três encontros preparatórios. As duas primeiras reuniões abordaram a rotina da agromulher e incluíram uma roda de bate-papo sobre terapia integrativa. A terceira e última ocorreu nesta terça-feira (31), reunindo aproximadamente 50 mulheres rurais que participaram de palestras e práticas sobre empreendedorismo feminino. “O objetivo desses encontros é fazer com que a mulher também vá para o mercado de trabalho, que consiga empreender e conquistar seu próprio dinheiro”, resume o presidente da Emater, Cleison Duval. Autoestima “O nosso foco é resgatar a autoestima dessa trabalhadora”, pontua a coordenadora do projeto Valorização das Mulheres Rurais, da Emater, Selma Tavares. “Nós queremos motivar que elas tenham condições e conhecimentos para isso. Muitas vezes, por meio dessas ações, as mulheres rurais conseguem se encontrar e começar a trabalhar com outras alternativas.” Noilde esteve presente em todas as edições anteriores do Encontro Distrital de Mulheres Rurais. “A Emater mudou muito a minha vida”, comemora. “Durante o primeiro encontro, eu descobri que sofria muita discriminação pelo meu antigo companheiro, e não sabia lidar com essa situação. De lá para cá, fui ganhando conhecimento e convidando outras mulheres. Isso é muito bom”, lembrou. [Olho texto=”“Nós desenvolvemos trabalhos para todos os membros de uma comunidade, como jovens, idosos, mulheres e crianças” ” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Além de ter aprendido uma profissão, Noilde se redescobriu. “Os encontros me incentivaram a muitas coisas, como voltar para a escola”, conta. “Havia equipes de trabalho, e eu me sentia perdida porque não tinha estudos, não entendia o que era para fazer. O que eu sabia não era o suficiente para resolver meus problemas. Hoje é meu último ano na escola. Posso dizer que vou me formar no ensino médio”. Grande família Em mais de 40 anos de existência, a Emater contribui para o desenvolvimento rural do DF em quatro dimensões: social, econômica, ambiental e inovativa. São mais de 15 mil produtores rurais atendidos, tanto no DF quanto no Entorno. A empresa possui 15 escritórios locais distribuídos pelas regiões administrativas, atuando de forma descentralizada no apoio à população rural. “Nós desenvolvemos trabalhos para todos os membros de uma comunidade, como jovens, idosos, mulheres e crianças”, detalha Cleison Duval. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o gestor, as atividades traçadas pela empresa vão além das previstas institucionalmente. “Nós somos o equipamento público mais próximo da população rural”, aponta. “Todas as pendências que a família rural precisar resolver são sanadas no escritório da Emater”, assegura ele. “É uma relação muito próxima, uma grande família, porque eles chegam com problemas que vão além da nossa missão institucional. Essa relação é muito importante, é uma troca de confiança entre as famílias e o GDF.”
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Semana de Integração Rural começa com Dia Especial do Gengibre
Para celebrar e fomentar a produção rural do Gama e de Vargem Bonita, a Emater-DF promove a partir deste sábado (23) a Semana de Integração Rural. Cursos, palestras, reuniões técnicas, oficinas e dois dias de campo, um do gengibre e outro da piscicultura, fazem parte da programação que tem como principal objetivo o de estimular a agropecuária local, levando conhecimento aos produtores. As atividades serão realizadas entre os dias 23 e 29 de setembro. A abertura das atividades começa com o Dia Especial do Gengibre. Atualmente, Vargem Bonita concentra a maior produção da raiz. Dos 29 produtores que cultivam gengibre no DF, 23 estão no Núcleo Hortícola Suburbano Vargem Bonita (Região Administrativa do Park Way). De acordo com os dados de 2022, a capital tem 15 ha de área produzida, o que gerou uma produção de 1.050 toneladas. A Semana de Integração terá a produção de gengibre e a piscicultura como destaques, mas também abordará outros temas de interesse dos agricultores do Gama e Vargem Bonita | Foto: Divulgação/ Emater-DF De olho nesse potencial, a Emater-DF começa a Semana de Integração com essa programação, que inclui quatro estações temáticas dedicadas à raiz, no período da manhã de sábado. Na parte da tarde, a Feira do Produtor local vai abrigar oficinas sobre como fazer biscoito de gengibre, conserva de gengibre e gengibre cristalizado. A feira terá também números musicais, atividades infantis e palestras alusivas ao Setembro Amarelo, sessões de conversa, brinquedos para crianças e outras atrações. Ao longo da semana, temas como manejo sanitário de aves, cultivo protegido em hortaliças, reuniões técnicas sobre apicultura, cooperativismo e outras temáticas de interesse dos produtores e das famílias de várias comunidades atendidas pelos dois escritórios serão abordadas nas atividades. De acordo com a zootecnista Cláudia Coelho, gerente do escritório da Emater-DF em Vargem Bonita, a Semana de Integração faz jus ao nome, já que, pela primeira vez, será realizada em parceria com o escritório do Gama. “Acho importante ressaltar a integração entre as duas unidades, reunindo produtores de várias regiões, pois isso promove a troca de experiências e enriquece o conhecimento e as atividades das famílias”, acredita. [Olho texto=” “Os benefícios dessa junção serão permanentes, com o nosso público ampliando as amizades e as possibilidades de crescimento financeiro, sempre com responsabilidade ambiental”” assinatura=”Kleiton Rodrigues, gerente do escritório da Emater no Gama” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já o gerente do escritório do Gama, Kleiton Rodrigues, avalia que a proximidade entre os beneficiários atendidos pelos dois escritórios estimulará a adoção de novas práticas e tecnologias. “A integração entre as duas unidades vai proporcionar o enriquecimento cultural e tecnológico dos nossos produtores. Os benefícios dessa junção serão permanentes, com o nosso público ampliando as amizades e as possibilidades de crescimento financeiro, sempre com responsabilidade ambiental”, afirma o engenheiro agrônomo. Características das regiões [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As principais produções na Vargem Bonita são alface, brócolis, cebolinha, couve, gengibre e inhame. O núcleo hortícola reúne 67 chácaras, sendo que 43 ainda pertencem aos colonos japoneses trazidos do interior de São Paulo por Juscelino Kubitscheck no início da capital federal. Na ocasião, o ex-presidente proferiu a famosa frase “se as terras fossem boas, eu não traria japoneses” quando os agricultores recém-chegados disseram que o solo do Cerrado era de difícil manejo. O tempo — e o trabalho árduo das famílias que se estabeleceram no local — provaram que JK tinha razão. Já no Gama, o forte da produção são as hortaliças folhosas, frutíferas, bovinos de leite e corte e as culturas de grãos e silagem. O escritório atende a 17 comunidades rurais das regiões administrativas do Gama, Santa Maria e Recanto das Emas. Ao todo, são mais de 2,3 mil produtores beneficiários do trabalho dos extensionistas. Os interessados em participar das atividades devem entrar em contato com os escritórios da Emater-DF no Gama, pelo telefone (61) 3311-9415 ou 99364-2672, ou em Vargem Bonita, pelos números (61) 3311-9420 ou 99678-1550. *Com informações de Emater-DF
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Governador inaugura escritório ampliado da Emater na região do Pipiripau
O governador Ibaneis Rocha entregou nesta quinta-feira (15) a reforma do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) na região do Pipiripau, em Planaltina, onde estão 440 propriedades rurais e cerca de 800 produtores. Durante a inauguração, o governador elogiou o trabalho dos homens e das mulheres do campo. Novo prédio tem várias salas e todas as comodidades para levar mais conforto ao trabalho realizado | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília [Olho texto=”“Nós temos uma área pequena de produção, mas que tem uma elevada produtividade, graças ao trabalho que a Emater e a Secretaria de Agricultura desenvolvem nessa região”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Instalado em 1982 na região, o escritório da empresa passou por uma reforma completa. Agora, conta com seis salas para atendimento privativo aos produtores rurais, sala de reunião, copa, banheiros e recepção. Antes, apenas duas salas abrigavam os seis extensionistas que prestam atendimento aos 432 produtores rurais cadastrados. O recurso de R$ 240,3 mil investido na obra é originário de emenda parlamentar do ex-deputado distrital Cláudio Abrantes. “A Emater presta um grande serviço aos produtores rurais”, afirmou o governador. “Nós temos uma área pequena de produção, mas que tem uma elevada produtividade, graças ao trabalho que a Emater e a Secretaria de Agricultura desenvolvem nessa região.” É mais um espaço dedicado a atender e orientar os produtores rurais do DF | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Produção e financiamento Com 15 escritórios espalhados pelo DF, a Emater orienta mais de 18 mil produtores e presta cerca de 150 mil atendimentos por ano. Nesses locais, entre outros serviços, é possível obter a carteirinha de produtor e outras documentações, além de buscar financiamentos e fazer o cadastro ambiental rural e o plano de utilização das áreas (PU), instrumento também necessário para regularização fundiária. “É mais um escritório que a gente entrega reformado, novinho e ampliado para atender melhor os produtores e os próprios empregados da empresa, que vão ter um lugar mais digno e melhor para trabalhar e atender os seus produtores da região”, declarou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Maior região rural do DF, Planaltina conta com cinco escritórios da empresa, além do que foi reformado. “Nós ainda vamos inaugurar neste ano três unidades: a do PAD-DF, depois Taquara e Tabatinga”, afirmou. “Temos um quarto escritório previsto, no Gama, que deve ficar para o ano que vem”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ceilândia Em abril, o governador Ibaneis Rocha entregou o novo escritório da Feira do Produtor de Ceilândia. O espaço, que não passava por melhorias havia mais de 20 anos, recebeu investimento de R$ 272 mil. Com o apoio de 50 profissionais, essa unidade atende 3 mil produtores rurais de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Vicente Pires, Estrutural, Taguatinga e SIA. A Emater-DF foi criada em abril de 1978 para tornar o DF, com 70% de área rural, um verdadeiro cinturão verde e mostrar toda sua vocação agrícola. Atualmente, a capital produz mais de 1,2 milhão de toneladas de alimentos por ano. Só a produção de hortaliças atingiu 238 mil toneladas em 2022, enquanto a de grãos alcançou 974 mil toneladas no mesmo ano. *Colaborou Adriana Izel
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Produção de café vem crescendo no Distrito Federal
O Distrito Federal ganha cada vez mais reconhecimento pelo cultivo de café de qualidade. Nos últimos anos, a cidade tem visto crescer a cafeicultura, graças às condições geográficas e climáticas e à forma de colheita diferenciada dos agricultores que apostam na produção de variedades especiais, desenvolvidas a partir do chamado grão cereja, o mais nobre do fruto do tipo arábica. No Dia Mundial do Café, comemorado em 14 de abril, esta é uma conquista a ser comemorada. Grãos produzidos no DF têm qualidade aprimorada | Foto: Acervo pessoal No ano passado, o DF registrou 83 agricultores especializados nesse segmento e produziu 1.204,92 toneladas do fruto, segundo os dados do Relatório de Informações Agropecuárias do DF-2022, elaborado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). [Olho texto=”“Como a maioria das pessoas que mexem com café aqui tem pequenas áreas, é possível fazer colheitas muito diferenciadas, pegando só os grãos que estão bem maduros ” ” assinatura=”Marconi Borges, gerente do escritório da Emater no PADF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O gerente do escritório da Emater no PADF, Marconi Borges, avalia: “O café tem crescido no DF. O café do cerrado é de muito boa qualidade, por causa da condição climática. Na época da maturação dos grãos, estaremos na seca, o que é importante”. O inverno seco e a altitude acima de mil metros são os principais atrativos para o cultivo. As áreas em que a produção se destaca são Paranoá (PADF e Núcleo Rural Jardim), Planaltina (Núcleo Rural Tabatinga), Brazlândia e Sobradinho (Lago Oeste). Produto selecionado Borges também aponta a característica da produção local como outro diferencial. “Como a maioria das pessoas que mexem com café aqui tem pequenas áreas, é possível fazer colheitas muito diferenciadas, pegando só os grãos que estão bem maduros – sem falar que algumas propriedades trabalham com café orgânico, que tem um valor agregado muito forte”, define. [Olho texto=”“Acho que o café é mais uma dessas ousadias de um projeto que nasceu de uma decisão extremamente avançada de Juscelino Kubitschek de trazer a capital para o Planalto Central”” assinatura=”José Adorno, proprietário rural ” esquerda_direita_centro=”direita”] Esse é o caso da propriedade de José Adorno, o Café Lote 17B, no Lago Oeste. A família do médico aposentado começou a cultivar café em 2012, inicialmente com 300 pés. Hoje a chácara conta com cerca de 3 mil pés cultivados a 1.250 metros de altitude. “É uma produção pequena, e nós nos direcionamos para uma produção de maior valor agregado, no café especial”, aponta ele. “É um café colhido à mão e só uma vez por ano. É uma colheita bem-selecionada”. Adorno lembra que, quando iniciou o cultivo, havia apenas mais dois outros produtores no DF. Mercado em construção Para o produtor rural, a expansão da cafeicultura demonstra que Brasília vai além dos paradigmas de capital da política e do rock. “A visão que as pessoas têm de Brasília é muito míope, porque é uma cidade espetacular, ainda com muitas características a serem exploradas”, aponta. “Acho que o café é mais uma dessas ousadias de um projeto que nasceu de uma decisão extremamente avançada de Juscelino Kubitschek de trazer a capital para o Planalto Central”. Inicialmente, a família não tinha objetivo comercial, mas ao longo dos anos foi vendo a necessidade de explorar esse segmento, apesar dos desafios – já que a cidade ainda conta com poucos produtores e um mercado ainda em construção. “O objetivo comercial está até hoje sendo construído, primeiro porque não temos uma produção grande; segundo, porque temos que atingir esse público diferenciado de cafés especiais”, define José Adorno. Atualmente, o produto pode ser encontrado no Empório Lago Oeste, que funciona sábado e domingo das 7h às 14h, e também pelo site de assinatura do Club Brasil Café. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Condições especiais Um dos aspectos que podem influenciar positivamente neste cenário seria a conquista da indicação geográfica, denominação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) que reconhece a qualidade sensorial da produção de café de um determinado local. “Nós temos toda a condição de conseguir a indicação geográfica para o café de Brasília”, assegura o produtor. “Já tem estudos na UnB [Universidade de Brasília] demonstrando isso, o que estimula a produção e os recursos. Entidades como Emater, Sebrae e Senai também estão dando mais apoio aos agricultores.” Marconi Borges afirma que a Emater costuma orientar todos os produtores de café da capital. “O café tem muitos segredos, desde a colheita ao processamento para que não perca a qualidade do aroma”, conta. “Também orientamos de acordo com a capacidade sobre o mercado, porque o café se mostra [capaz de gerar] uma renda bem alta e relativamente estável nesse nicho – como Brasília tem uma renda per capita muito alta, as pessoas procuram coisas diferenciadas e estão dispostas a pagar por isso. Então, é um ótimo caminho para se investir”. A pesquisa Indicadores da Indústria de Café 2022, da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), confirma essa constatação. A região Centro-Oeste registrou o maior ticket médio de valores gastos com café no Brasil.
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GDF atendeu mais de 143 mil produtores rurais em 2022
Com o intuito de apresentar os resultados do trabalho do ano e o planejamento para 2023, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), reuniu na manhã desta segunda-feira (5), colaboradores, diretoria, parlamentares e o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto, para o Seminário Institucional 2022. Seminário reuniu colaboradores e diretoria da Emater-DF, parlamentares e o vice-governador Paco Britto no Instituto Serzedello Corrêa | Fotos: Jaqueline Husni/Agência Brasília No evento, que ocorreu no Instituto Serzedello Corrêa, no Setor de Clubes Sul, foram divulgados os números expressivos da atuação da empresa no DF, além de ser comemorado o Dia Nacional do Extensionista Rural (6 de dezembro). “Este é o momento do ano em que estamos todos reunidos e que prestamos contas de nossas ações”, explicou a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca. “A Emater é imprescindível na execução das políticas públicas para os agricultores, nas transformações do campo, assim como os servidores da empresa são importantes neste processo”, completou. [Olho texto=”“Hoje, vemos agricultores elevando seus lucros, produtores de pescados discutindo, de igual para igual, com produtores de outros estados, graças às inovações tecnológicas da Emater”” assinatura=”Vice-governador Paco Britto” esquerda_direita_centro=”direita”] Em um vídeo, o evento homenageou todos os presidentes que fizeram parte da história da empresa desde a sua criação, em 1978, além de apresentar os resultados e planejamento de trabalho: mais de 143 mil atendimentos, cadastramento de produtores e propriedades por meio do Emater-Web, criação da plataforma digital de educação à distância para produtores rurais, compra de equipamentos para melhoria do atendimento, criação de hortas sociais – em escolas e comunidades do DF, além de implantação de creches rurais, que atendem crianças de até 3 anos nessas comunidades. Para o vice-governador, a Emater-DF contribui com o desenvolvimento da economia do DF, garantindo o crescimento da capital. “Hoje, vemos agricultores elevando seus lucros, produtores de pescados discutindo, de igual para igual, com produtores de outros estados, graças às inovações tecnológicas da Emater”, destacou Paco Britto. “O apoio do GDF à agricultura familiar tem crescido por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural, com aporte de quase R$ 8 milhões desde o início deste governo, além da luta do governo Ibaneis Rocha com a regularização fundiária e os investimentos na casa dos milhões em obras e projetos que beneficiam os agricultores”, complementou o vice-governador. “E assim, o campo, que havia deixado de ser pauta prioritária dos governos anteriores, se tornou a ‘menina dos olhos’ da gestão”. Para o vice-governador Paco Britto, a Emater contribui com o desenvolvimento da economia do DF, garantindo o crescimento da capital A Emater-DF é uma empresa pública, vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e foi criada com o objetivo de promover o desenvolvimento rural sustentável e a segurança alimentar em benefício da sociedade do DF e Entorno, atendendo a mais de 15 mil produtores rurais. O secretário-executivo de Agricultura, Luciano Mendes, que no evento representou o secretário de Agricultura, Candido Teles, ressaltou a importância do trabalho da empresa, principalmente para a criação do Plano de Desenvolvimento Rural do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Temos muitas coisas projetadas para os próximos anos e todos os avanços na área passam pela Emater-DF, para que o espaço rural do Distrito Federal continue sendo um espaço diferenciado”, disse. Ele lembrou, ainda, que o plano precisará do apoio da Câmara Legislativa e também dos servidores e extensionistas para que possa se tornar uma realidade. “Agora, o nosso trabalho, é transformá-lo em um ‘plano legal’”, completou. “Fiquei deslumbrado com a capacidade que a Emater-DF tem de chegar nas pessoas. Núcleos rurais, assentamentos e associações, todos respeitam, valorizam e agradecem o trabalho da empresa”, afirmou o deputado distrital Leandro Grass. “A Emater-DF, com seus servidores e extensionistas rurais, realizam um trabalho amplo, muito maior que levar assistência técnica para o campo: são vocês que apoiam o produtor rural em diversas áreas”, complementou o deputado distrital Roosevelt Vilella. *Com informações da Emater-DF
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Produtores participam de curso sobre criação de abelhas em Sobradinho
Produtores rurais que querem desenvolver a meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão) em suas propriedades participaram, nesta sexta-feira (7), de um curso realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A atividade ocorreu na Chácara Recanto Pé da Serra e fez parte da programação da Semana do Produtor Rural de Sobradinho. O curso, voltado a produtores iniciantes na meliponicultura, apresentou aos alunos as espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF | Fotos: Ascom/Emater-DF O curso, voltado para iniciantes, foi ministrado pelos extensionistas Edilson Amaral e Fábio Costa. O conteúdo apresentou as espécies de abelhas nativas que podem ser criadas no DF, as características de cada uma, a importância biológica e econômica das abelhas, como montar e onde instalar iscas, as características das colmeias, entre outros temas. A proprietária da chácara, Silvana Seixas Fernandes, atualmente tem como atividade a bovinocultura e o aluguel do espaço para eventos. “Quero iniciar a atividade pelo ambiente ser propício, com parque e área de preservação próximos. As abelhas contribuiriam para o pomar, flores e até mesmo para a renda na propriedade”, conta Silvana. Já o jovem Júlio César Viana, 15 anos, já desenvolve a atividade há dois anos como hobby, além do futebol. “Conheci a meliponicultura com uma palestra de um produtor na escola, na feira de ciências, e me interessei. Hoje tenho umas 12 caixas que gosto de cuidar quando não estou na escola ou no futebol. Inclusive eu vendo iscas e caixas para ajudar a comprar chuteira ou pagar alguma viagem para jogar”, conta. As abelhas nativas sem ferrão são mais eficientes do que as que têm ferrão na polinização de grande parte das plantas cultivadas Meliponicultura Uma alternativa à abelha melífera são as abelhas nativas sem ferrão, como os meliponíneos. Essas abelhas são mais eficientes polinizadoras do que a exótica Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas. Na região do Lago Norte, um grupo de produtores vem investindo na criação de abelhas indígenas sem ferrão como alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado do que o de abelhas com ferrão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além de a abelha indígena ter maior potencial como agente polinizador das flores que não são polinizadas pelas abelhas com ferrão, a espécie não é agressiva, o que facilita seu manejo. A Jataí (Tetragonisca angustula) produz um mel com maior umidade, menos denso, com sabor e aroma diferentes. A produtividade das abelhas Jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelha por ano, quantidade baixa se comparada à produção da abelha com ferrão. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 45 o quilo, o das abelhas nativas varia de R$ 60 a R$ 120 o quilo. *Com informações da Emater
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Aproveite as feiras rurais no DF durante o mês de outubro
A Feira Rural do Parque, organizada pela Emater-DF, vai incluir uma edição extra para o Dia das Crianças no próximo dia 12, no Jardim Zoológico, que tradicionalmente organiza uma programação especial para as crianças. Produtores rurais atendidos pela empresa levarão, preferencialmente, produtos de agroindústrias rurais que contemplam o paladar infantil, como doces, sorvetes, biscoitos, mel, sucos e outros produtos orgânicos e convencionais da agricultura familiar. Além da Feira Rural do Parque, que acontece quinzenalmente aos domingos, a Emater-DF coordena feiras rurais em diversas regiões do DF | Foto: Divulgação/Emater-DF Ao viabilizar as feiras rurais, a Emater-DF amplia os pontos de venda da produção rural dos agricultores atendidos pela empresa, fortalecendo a produção local e gerando emprego e renda. Com isso, também promove a segurança alimentar e nutricional da população, uma vez que os produtos vendidos nas feiras rurais priorizam o conceito de comida de verdade, que são alimentos naturais, não processados, ou que foram minimamente manipulados. Além da Feira Rural do Parque, que acontece quinzenalmente aos domingos, a Emater-DF coordena feiras rurais em diversas regiões do DF. Nelas, são comercializados alimentos produzidos por meio do cultivo convencional ou orgânico, plantas, itens de panificação, artesanatos, mel, café, pimentas, doces e geleias, dentre outros artigos. Confira abaixo a programação das feiras rurais no mês de outubro: Feira Rural no Parque Quando: 9 e 23 de outubro (domingos) Horário: 8h às 14h Local: Estacionamento 10 do Parque da Cidade (antigo pedalinho) Edição extra: 12 de outubro, no Jardim Zoológico – das 9h às 17h Feira Rural no CABV – Sobradinho Quando: 4, 11, 18 e 25 de outubro (terças-feiras) Horário: 17h às 21h. Local: Área multiuso do Condomínio Alto da Boa Vista Feira Rural do Palácio do Planalto Quando: 6, 13, 20 e 27 de outubro (quintas-feiras) Horário: 10h às 15h Local: Anexo IV da Presidência da República (próximo aos restaurantes) Feira Rural do Produtor da Vargem Bonita Quando: 1º, 8, 15, 22 e 29 de outubro (sábados) Horário: 7h às 18h Local: Em frente ao comércio local, ao lado da quadra de futebol Feira Rural de Multiprodutos do Barreiros Quando: 7, 14, 21 e 28 de outubro (sextas-feiras) Horário: 16h às 21h Local: DF-140, km 11, Núcleo Rural Barreiros (Jardim Botânico) Feira Rural do CPS Quando: 5, 12, 19 e 26 de outubro (quartas-feiras) Horário: 16h às 20h Local: Centro de Práticas Sustentáveis – Jardins Mangueiral *Com informações da Emater-DF
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Exposição Agropecuária de Planaltina começa nesta quinta-feira (18)
Brasília, 17 de agosto de 2022 – A abertura da 12ª Exposição Agropecuária de Planaltina (Expoplan) ocorre às 9h desta quinta-feira (18), no Parque de Exposições da cidade. Organizado pelo Instituto Onmi de Desenvolvimento Social, com apoio da Emater-DF, Embrapa, Ceasa, Administração Regional de Planaltina e das secretarias de Agricultura e de Cultura e Economia Criativa, o evento segue até domingo (21) com uma programação repleta de palestras, oficinas e atrações culturais para o público rural e urbano. Na programação do domingo (21), o público da Expoplan terá a oportunidade de conhecer tudo sobre a produção de suculentas | Foto: Divulgação/Emater-DF Na sexta (19), das 14h às 16h, a Emater-DF vai comandar uma palestra sobre empreendedorismo rural com foco no Programa Filhos deste Solo, destinado à capacitação de jovens da área rural atendidos pela empresa. Entre os temas, serão abordadas questões como gestão, empreendedorismo e colocação profissional. No sábado (20), das 9h às 12h, extensionistas da empresa ministram oficina sobre aproveitamento integral dos alimentos. Já no dia 21, será a vez do público conhecer tudo sobre a produção de suculentas. Além disso, em todos os dias do evento, das 13h às 21h, haverá atendimento técnico no estande institucional. [Olho texto=”Durante a exposição, 16 produtores rurais vão comercializar produtos de artesanato, da agroindústria rural e flores em vasos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A Emater-DF está presente na região rural de Planaltina por meio de cinco escritórios localizados na cidade e nos Núcleos Rurais de Rio Preto, Taquara, Tabatinga e Pipiripau. Para a presidente Denise Fonseca, “apoiar eventos como a Expoplan é uma forma também de promover o desenvolvimento sustentável dessa região, uma vez que divulga a produção rural para o público urbano e fomenta a produção por meio das atividades que são ofertadas ao produtor rural”. Durante a exposição, 16 produtores rurais vão comercializar produtos de artesanato, da agroindústria rural e flores em vasos. Entre as atrações culturais, estão confirmados os shows do Cleber & Cauan, Lucas Reis & Thacio, Gino & Geno, Top 10 e João Bosco & Gabriel. Além disso, dentro do espaço terá uma praça de alimentação, a Fazendinha, que vai expor pôneis, vacas e cabritos, e o Engenho, onde haverá produção de garapa e melado. A região administrativa de Planaltina completa 163 anos de fundação nesta sexta-feira (19) e é a cidade mais antiga do DF. Inicialmente chamada de Distrito de Mestre D’armas, pertencia ao município de Formosa (GO) e apenas em 1917 foi batizada com o nome atual. Tem um território de 1,5 mil km², incluindo as áreas urbana e rural, sendo que a rural ocupa a maior parte. Os cultivos de soja, milho, feijão, sorgo, trigo, café, hortaliças e frutíferas, além dos rebanhos bovino, suíno e aves movimentam a produção rural da região. *Com informações da Emater-DF
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Mais acesso a água para agricultores de 33 propriedades de Planaltina
A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, e o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, assinaram um acordo de cooperação técnica (ACT) nesta quinta-feira (9) para viabilização de projetos que envolvam principalmente questões relacionadas à irrigação e gestão de recursos hídricos. As tratativas sobre a cooperação entre as duas instituições começaram em 2019, a partir de demandas de comunidades rurais do DF| Foto: Emater-DF O acordo prevê a execução de um primeiro plano de trabalho que resultará na construção de um sistema de bombeamento de água e irrigação na comunidade da Barra Alta, em Tabatinga, região de Planaltina, onde serão beneficiada famílias de agricultores de 33 propriedades rurais. “A Codevasf, a partir desse acordo, vai possibilitar que nosso trabalho de assistência técnica e extensão rural impacte ainda mais agricultores e promova o desenvolvimento de outras famílias do campo. Emater-DF e Codevasf estão juntas nessa parceria para levar esperança e dignidade aos que sofrem com a falta de recurso hídrico, além de incentivar ainda mais o desenvolvimento de forma sustentável”, afirma Denise Fonseca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o presidente da Codevasf, esse acordo de cooperação técnica apresenta os passos iniciais e poderá crescer aos poucos de forma sustentável. “Se a Emater-DF tiver projetos-pilotos em desenvolvimento, pode trazer para a Codevasf e vamos analisar a possibilidade de levar recursos para a agricultura familiar. O próximo passo é a apresentação do plano de trabalho para execução do projeto”, declarou Marcelo Moreira. As tratativas sobre a cooperação entre as duas instituições começaram em 2019, a partir de várias demandas das comunidades rurais do DF para projetos com temas voltados para a segurança hídrica dessas regiões. Além desse primeiro plano de trabalho, formalizado no acordo de cooperação técnica, as instituições estão estudando a possibilidade de execução de novos projetos que envolvem a construção de estações agrometeorológicas, de estações fluviométricas e de irrigação em pequenas áreas. *Com informações da Emater-DF
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Desenvolvimento de agroindústria é tema de encontro de produtores rurais
Mais desenvolvimento e oportunidades para o setor rural do Distrito Federal. Este é o objetivo do III Encontro Distrital da Agroindústria, promovido pela Secretaria da Agricultura (Seagri) nesta semana. Desta quarta-feira (8) até sexta (10), mais de 200 pessoas participam de 12 palestras e debates que incentivam a formalização dos produtores, novas parcerias e investimentos, além do aperfeiçoamento profissional do setor. [Olho texto=”“Tudo o que se produz em Brasília se vende. Temos linhas de crédito, planos de desenvolvimento rural para financiar esses empreendimentos. Queremos mais indústrias em Brasília e temos mercado para isso”” assinatura=”Cândido Teles de Araújo, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=””] “É um momento de trocar informações sobre como fazer uma agroindústria. Tudo o que se produz em Brasília se vende. Temos linhas de crédito, planos de desenvolvimento rural para financiar esses empreendimentos. Queremos mais indústrias em Brasília e temos mercado para isso”, alega o secretário de Agricultura, Cândido Teles de Araújo. Atualmente, há cerca de 130 agroindústrias cadastradas no DF: 80 que desenvolvem produtos de origem animal e 50 que criam bebidas. Sede da terceira edição do encontro, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) desenvolve pesquisas que podem inovar o setor rural e alavancar números comerciais e de produção. Palestras e debates incentivam a formalização dos produtores, novas parcerias e aperfeiçoamento profissional do setor | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Para a chefe-geral da Embrapa Cenargen, Maria Cleira Inglis, esse conhecimento precisa ser divulgado. “A inovação chega ao mercado por meio dos produtores, e o DF tem muito espaço para crescer e se desenvolver”, afirma. Por sua vez, a diretora-executiva da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Loiselene Trindade, pontua que o desenvolvimento de agroindústrias é um caminho para geração de renda, ocupação e prosperidade no campo. “Quando caminhamos juntos, criamos um alimento seguro e diferenciado, mas, principalmente, competitivo”, diz. Em 2021, a Emater elaborou 162 rótulos de produtos variados para 34 beneficiários, conforme as legislações vigentes, orientou 1.611 produtores sobre agroindústria e 772 sobre práticas de fabricação, bem como entregou 49 projetos de instalações rurais. Secretário de Agricultura, Cândido Teles: “Momento de trocar informações sobre como fazer uma agroindústria” Apoio O Encontro Distrital da Agroindústria ocorreu em 2018 e 2019, de forma presencial, e foi interrompido nos dois anos seguintes, devido à pandemia do novo coronavírus. Para a presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-DF), Kelly Cristina Nascimento, o retorno do evento é uma forma de contribuir com a retomada econômica local. “Esse movimento busca mobilizar entidades e descobrir em que sentido podemos contribuir mais com a economia do país, descobrir os gargalos da atividade da agroindústria para resolvê-los”, defende. A diretora-técnica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Rose Rainha, acrescenta que as “entidades representantes do setor estão dando as mãos para os agroprodutores, para valorizar os negócios e incentivar melhorias”. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do DF (Fape-DF), Rogério Tokarski, completa que o foco maior é “o fortalecimento da pequena propriedade e do negócio familiar”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o superintendente federal de Agricultura do DF, Ilton Ferreira Mendes, isso se justifica porque há um retorno palpável da população urbana para o meio rural. “Temos visto, com frequência, casos de pessoas que deixam profissões na cidade para se dedicar ao campo. Então, precisamos buscar por melhorias para garantir o trabalho dos novos e antigos produtores e a geração de renda. Faz parte da nossa obrigação”, afirma. Imersão A apicultora Mônica Bagno, 36 anos, é formada em gestão de recursos humanos e especializada em três áreas distintas da construção civil. Mas, foi na produção de cosméticos derivados do mel que encontrou a paixão profissional, em 2014. Desde então, produz 80 kg de mel por safra, que se transformam em sabonetes íntimos, faciais e corporais, géis de massagem e lubrificantes, protetores labiais e cremes. “Tudo que aprendi foi por meio de cursos gratuitos. Minha produção não é alta, mas mesmo assim consigo fazer vários produtos e vender o ano inteiro. Hoje em dia não tenho nenhuma vontade de trocar de ramo, sou apaixonada pelo que faço”, conta Mônica. A apicultora Mônica Bagno produz 80 kg de mel por safra, que se transformam em sabonetes, géis de massagem, protetores labiais e cremes Presidente da Associação Apícola do DF, o apicultor Marco Faria reconhece a importância da formalização para o sucesso das produções. “Junto com a Emater, Senar, Sebrae e Seagri, conseguimos levar mais conhecimento técnico ao produtor, para que ele possa se desenvolver comercialmente e multiplicar o lucro”, diz. “Por exemplo, se eu vender um litro de mel por R$ 50, meu lucro é esse. Mas, consigo usar o mesmo litro para produzir dezenas de sabonetes, vendidos por R$ 20 cada um. Esse conhecimento precisa ser difundido e é facilitado pela formalização”, explana Marco, produtor de mel há nove anos. Atualmente, há mais de 200 apicultores ativos na associação, que produzem quantidade superior a 20 toneladas do insumo por ano.
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Com 45 produtores do DF, AgroBrasília começa dia 17
Alimentos, produtos da agroindústria, artesanato e plantas em vasos são alguns dos itens que serão vendidos por produtores rurais do DF durante a AgroBrasília 2022, entre os dias 17 e 21, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF. Os produtores estarão no espaço da Emater no evento, que tem como objetivo promover e fortalecer a produção rural por meio da oportunidade de comercialização. [Olho texto=”“Nosso objetivo é fortalecer essa produção, dando visibilidade e proporcionando meios de comercialização desses produtos. A AgroBrasília também é uma excelente oportunidade de inclusão dos nossos produtores, que poderão aproveitar para conhecer novas tecnologias que podem ser aplicadas às suas produções”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Neste ano, a Emater estará presente na AgroBrasília com nove circuitos tecnológicos, um estande com plantão sobre crédito rural e um galpão com estandes institucionais, a feira rural e uma praça de alimentação. O visitante encontrará opções de refeições e lanches variados, artigos manuais e de artesanato, produtos da agroindústria, como doces, frutas desidratadas e panificação, plantas e flores em vasos, entre outros. “Nosso objetivo é fortalecer essa produção, dando visibilidade e proporcionando meios de comercialização desses produtos. A AgroBrasília também é uma excelente oportunidade de inclusão dos nossos produtores, que poderão aproveitar para conhecer novas tecnologias que podem ser aplicadas às suas produções”, destaca a presidente da empresa, Denise Fonseca. A AgroBrasília é considerada uma das maiores feiras agropecuárias do Centro-Oeste. Artigos manuais e de artesanato estarão à venda na AgroBrasília 2022 | Foto: Divulgação/Emater-DF Participação social As regiões administrativas do DF serão representadas por 45 produtores rurais de forma individual ou por meio de grupos informais, associações e cooperativas, que vão dividir cerca de 20 miniestandes. No local, será possível adquirir produtos elaborados em núcleos rurais como o Rio Preto, do Assentamento Márcia Cordeiro Leite e do Gama. De acordo com o coordenador da Feira Rural na AgroBrasília, Blaiton Carvalho, extensionista da Emater, a diversidade de culturas que abrange o Distrito Federal será levada para a feira. Os agricultores que vão ocupar os espaços são atendidos pelos escritórios locais da Emater nas regiões administrativas da capital. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esse espaço terá a identidade da agricultura de todo o DF, com a sua diversidade de produção e associação. Queremos fortalecer essa produção e divulgar não só os agricultores individualmente, mas os grupos organizados, sejam já formalizados ou não. Dessa forma é que vamos reproduzir o conceito de feira rural pensado pela Emater, remetendo à diversidade da produção rural”, avaliou. *Com informações da Emater
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Semana do Produtor Rural é retomada em Sobradinho
Após um ano suspensa devido à pandemia de covid-19, a Semana do Produtor Rural de Sobradinho volta a ser realizada entre 23 e 26 de novembro. Com atividades para o público rural e urbano, como oficinas, palestras, feira e ações voltadas à saúde. O destaque deste ano será a Feira Rural do Condomínio Alto da Boa Vista, com participação de produtores convidados. Programação da Semana do Produtor Rural de Sobradinho | Arte: Emater-DF De acordo com a gerente do escritório da Emater-DF em Sobradinho, Clarissa Campos, o objetivo é apresentar o que tem sido produzido no campo do Distrito Federal. “A atividade une as populações em torno de uma alimentação saudável, segura e de qualidade”, conta a engenheira agrônoma. Em anos anteriores, a Semana do Produtor Rural era realizada no Parque Jequitibá, que está passando por reforma. “Por isso, resolvemos fazer algumas atividades no condomínio, onde a Feira Rural já está consolidada, funcionando todas as terças-feiras no final da tarde”, explica Clarissa. A Feira Rural vai oferecer aos visitantes produtos orgânicos, de agroindústrias, sorvetes, cervejas artesanais e diversos outros diretamente da agricultura brasiliense, além de oficinas especiais. Programação da Feira Rural | Arte: Emater-DF No dia da abertura também haverá um Dia Especial de Saúde, com coleta de embalagens vazias de agrotóxicos, exames toxicológicos para os trabalhadores rurais e vacinação contra a gripe. A atividade será realizada em parceria com a Secretaria de Saúde. Já as palestras ocorrerão nos núcleos rurais atendidos pelo escritório de Sobradinho: Núcleo Rural Sobradinho I, Córrego do Ouro, Lago Oeste, além dos assentamentos Chapadinha e Contagem. Serviço Semana do Produtor Rural de Sobradinho Data: 23 a 26 de novembro Local: Condomínio Alto da Boa Vista – Sobradinho Feira Rural: de 17h às 21h *Com informações da Emater-DF
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Curso mostra a produtores potencial da apicultura
Para aprimorar o conhecimento de produtores rurais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) está realizando um curso de apicultura e meliponicultora em São Sebastião. A criação de abelhas com e sem ferrão exige pouco e pode ser uma alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. O curso é oferecido a cada seis meses a produtores rurais de todo o DF, em cinco módulos de oito horas cada, com conteúdo teórico e aulas práticas | Fotos: Divulgação Emater Além do mel, as colmeias oferecem cera, pólen, própolis, geleia real e apitoxina — este último, ainda pouco explorado no Brasil e bastante valorizado no mercado internacional. Todos os produtos são usados na alimentação e também na fabricação de cosméticos e medicamentos. Com o curso, os produtores aprendem sobre a importância biológica e econômica das abelhas, a biologia das abelhas nativas e exóticas, as instalações e equipamentos necessários para o manejo de abelhas e as técnicas de captura de enxame para correta destinação. [Olho texto=”“O mel e seus derivados fazem parte de uma extensa cadeia produtiva. Os produtos são utilizados para alimentação, estética e para fabricação de medicamentos”” assinatura=”Carlos Morais, extensionista da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No total, são cinco módulos de oito horas cada, com conteúdo teórico e aulas práticas. O curso é promovido semestralmente e produtores interessados em participar devem procurar o escritório da Emater mais próximo de sua propriedade. Na última sexta (12), foi realizado o segundo módulo do curso em São Sebastião. A apicultura Antes de começar a criar abelhas, é importante definir toda a estratégia de trabalho, identificar os objetivos da atividade – se será por hobby ou trabalho profissional – e a partir daí fazer um planejamento. Segundo o extensionista Carlos Morais, para criar abelhas é fundamental conhecer o inseto. O produtor não pode ser alérgico ao veneno e precisa montar o local de cultura a uma distância de 300 m a 500 m de residências, de locais com animais domésticos e de estradas. O extensionista Carlos Morais chama a atenção para a importância do contato com outros apicultores antes de iniciar a cultura de abelhas A Emater pode contribuir com a assistência técnica e no contato com demais produtores da região, mas Carlos Morais recomenda: “Buscar toda e qualquer informação é fundamental. Livros, revistas, pesquisas científicas e sites na internet darão uma visão inicial”. “Deve-se procurar outros apicultores, informar-se, saber da atividade, conhecer apiários já instalados, certificar-se de como são apiários já em produção e como os apicultores lidam com seus apiários. Essas visitas vão ajudar a sanar dezenas de dúvidas para o iniciante na atividade”, acrescenta o extensionista. O mel produzido no DF tem como vantagem em relação aos das outras regiões o teor menor de umidade. O preço médio do quilo do produto custa R$ 45 e, neste período de pandemia, o própolis também tem sido muito procurado. Morais explica que as abelhas produzem própolis para sua defesa e proteção de crias, a partir de resinas e seivas das plantas. “Aqui no cerrado, elas utilizam principalmente o alecrim do campo e produzem o melhor própolis do país – o própolis verde. Criadores em outras regiões estão cultivando essa planta especialmente para a produção de própolis”, conta. Além dos produtos provenientes das abelhas, a apicultura gera emprego na fabricação de caixas, vestimentas, utensílios para o manejo na criação, equipamentos industriais para processamento, embalagem, transporte e comercialização dos mais variados produtos. [Numeralha titulo_grande=”R$ 45″ texto=”é o preço médio do quilo de mel de abelha com ferrão” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O mel e seus derivados fazem parte de uma extensa cadeia produtiva. Os produtos são utilizados para alimentação, estética, para fabricação de medicamentos, entre outros”, explica Carlos Morais. Meliponicultura Uma alternativa à abelha melífera são as abelhas nativas sem ferrão, como os meliponíneos. Essas abelhas são mais eficientes polinizadoras do que a exótica Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas. Na região do Lago Norte, um grupo de produtores vem investindo na criação de abelhas indígenas sem ferrão como alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado que o de abelhas com ferrão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além de a abelha indígena ter maior potencial como agente polinizador das flores que não são polinizadas pelas abelhas com ferrão, a espécie não é agressiva, o que facilita seu manejo. A jataí (Tetragonisca angustula) produz um mel com maior umidade, menos denso, com sabor e aroma diferentes. A produtividade das abelhas jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelhas por ano, quantidade baixa se comparada à produção da espécie com ferrão. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 45 o quilo, o das abelhas nativas varia de R$ 60 a R$ 120 o quilo. *Com informações da Emater
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Professora se capacita e investe no meio rural
Michele Alves Evangelista, 40 anos, é um exemplo de persistência e empreendedorismo. Foi há dois anos que ela, que também é professora, decidiu comprar uma propriedade no Lago Oeste e começou a empreender no meio rural. Foi também com muita luta que ela conseguiu dois pontos de comercialização em shoppings da cidade, onde vende seus produtos e de outros produtores do Lago Oeste. Em feirinhas de dois shoppings, Michele vende frutas, hortaliças, geleias, ovos, pães, biscoitos e roscas fabricadas por ela e por mais três produtores | Fotos: Emater No início, quando decidiu comprar uma propriedade rural, a ideia era apenas ter mais espaço. No entanto, a chácara adquirida já tinha entre 50 e 60 pés de goiaba. “A gente pensou: o que fazer com isso? Foi aí que procuramos a Emater e tudo começou”, lembra. [Olho texto=”“Temos atendido muitos casos assim, de pessoas que nunca tiveram ligação com a agricultura e, de repente, se mudaram para uma propriedade rural. Esse também é o público da Emater”” assinatura=”Isabella Belo, extensionista do escritório da Emater em Sobradinho” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Seguindo conselhos recebidos por técnicos da Emater, Michele e o marido decidiram podar as goiabeiras para verificar se elas seriam produtivas. As que não produziram foram retiradas. Em seguida, também sob orientação da Emater, iniciou a fabricação de geleias e o processo para regularizar a agroindústria. Além de goiaba, Michele cultiva figo e amora na chácara. Ela conta que produz de maneira orgânica, mas ainda está em processo de certificação. Somente quando todo o trâmite estiver finalizado ela poderá usar o selo verde “Produto Orgânico Brasil”, que atesta a origem do alimento. O restante das frutas que usa nas geleias – morango, jabuticaba, abacaxi, abacaxi com pimenta, maçã, pimenta, manga com damasco e cupuaçu – compra de outros agricultores. “Exceto o cupuaçu, que vem do Pará, as outras são todas do DF”, conta ela, que procura adquirir apenas produtos orgânicos ou agroecológicos, incluindo o açúcar usado na produção. Michele faz geleias de goiaba, figo e amora com frutas que ela mesma cultiva. O restante das frutas que usa nos doces compra de outros agricultores Comercialização A produtora começou a vender as geleias a pessoas que encomendavam diretamente dela. Mas, depois de muita persistência, conseguiu espaço em duas feiras que ocorrem nos shoppings Liberty Mall e Brasília Shopping, além da Ceasa. “Eu entregava geleia para a dona de uma loja do shopping [Liberty] e um dia ela me falou da feirinha que acontecia no local todas as quartas-feiras. Procurei o marketing do shopping e pedi espaço. Um dia, um produtor que já comercializava verduras no local acabou desistindo e o shopping me ofereceu o espaço dele”, conta Michele, que vende frutas, hortaliças, geleias, ovos, pães, biscoitos e roscas fabricadas por ela e por mais três produtores. A participação na feira do Brasília Shopping também surgiu da persistência de Michelle, que procurou a administração do centro comercial depois de ler uma postagem nas redes sociais. Ela conseguiu o espaço, aos sábados, onde vende os mesmos produtos do Liberty. Para a Ceasa, aos sábados, leva bolos e geleias. [Olho texto=”Ampliar a produção de frutas na chácara será o próximo passo de Michele, para depender cada vez menos de outros produtores” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Assistência técnica Ampliar a produção de frutas na chácara será o próximo passo de Michele, para depender cada vez menos de outros produtores. “Ainda não consegui dinheiro pra fazer tudo que quero, mas já está nos planos”, afirma. E ela conta com o apoio da Emater também para isso, conforme explica a extensionista Isabella Belo, do escritório de Sobradinho. “Ajudamos a Michele desde o início, com manejo, plantio, regularização da agroindústria, do selo de orgânicos com assistência técnica. Fornecemos todas as orientações sobre cada um dos passos que ela deu, porque essa é função da Emater.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Isabella conta que movimentos como o da professora, que levava uma vida urbana e acabou se mudando para uma propriedade rural, têm sido cada vez mais comuns no DF. “Temos atendido muitos casos assim, de pessoas que nunca tiveram ligação com a agricultura e, de repente, se mudaram para uma propriedade rural, geralmente pequena, e começaram a produzir e a gerar renda. Esse também é o público da Emater. Podemos ajudar”, informa. *Com informações da Emater
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Curso ensina como produzir e vender hambúrguer artesanal
Hambúrgueres artesanais vegetariano, de carne, frango, peixe e também suíno foram temas do curso presencial realizado pelo Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF. Produtoras rurais de São Sebastião e de Ceilândia, atendidas pela empresa, participaram da formação nesta quarta-feira (21) e saíram animadas com a possibilidade de comercialização dos produtos. Voltado a produtoras rurais de São Sebastião e de Ceilândia, o curso de hambúrgueres foi o primeiro presencial no Centro de Formação da Emater-DF desde o início da pandemia | Fotos: Divulgação/Emater-DF Além de técnicas sobre o ponto ideal, tipos de carne e temperos, elas aprenderam a fazer molhos especiais, como barbecue e maionese caseira temperada, questões sobre a história da comida e dicas importantes de comercialização. O Cefor oferece cursos diversos para produtores rurais com objetivo de profissionalizar, formar e despertar o empreendedorismo rural, mostrando meios de geração de emprego e renda no campo. [Olho texto=”“Sou produtora de bovinos, suínos e peixes e pretendo dar melhor aproveitamento aos meus produtos, além de arrumar mais uma fonte de renda”” assinatura=” Kellyane Valadares, produtora rural de Ceilândia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Moradoras de áreas rurais de Ceilândia, Antonia Gonçalves, 71 anos, pretende fazer hambúrgueres no quiosque onde trabalha; Débora Inez, 19 anos, diz ter despertado o interesse pela culinária; e Kellyane Valadares, 37 anos, afirmou que vai fazer carne de hambúrguer para comercializar. “Sou produtora de bovinos, suínos e peixes e pretendo dar melhor aproveitamento aos meus produtos, além de arrumar mais uma fonte de renda”, acrescentou. Desde que começou a pandemia, os cursos do Cefor estavam suspensos. Com número reduzido de participantes e atendendo todas as medidas de prevenção à covid-19, essa foi a primeira turma presencial. Instrutor do curso, Flávio Bonesso afirma que estava ansioso pelo retorno dos encontros presenciais. “Gosto desse contato, a gente ensina e aprende. Deu tudo certo, a turma é participativa e o resultado foi perfeito”, destacou. De acordo com ele, os cursos na Emater-DF estão com uma nova roupagem e com a missão de capacitar a mão de obra do campo, não só da agroindústria, mas de áreas como a veterinária e a agrícola. Técnicas sobre o ponto ideal, tipos de carne e temperos, molhos especiais, história do hambúrguer e dicas de comercialização fizeram parte do conteúdo da capacitação “O Cefor está com essa missão de abrir o leque e vai vir bastante coisa interessante por aí, nos próximos dias. A intenção é trazer os produtores para dentro do campo novamente e capacitar também os jovens, para que eles consigam se desenvolver produzindo mais e melhor”, ressaltou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Produtoras rurais de São Sebastião, Raimunda Ribeiro, 46 anos, Alana da Silva, e Dayane de Oliveira, 31 anos, estão empolgadas com a experiência. Dayane, por exemplo, está abrindo um empório e quer oferecer variedades. “Eu aprendi o que eu mais queria, que era o hambúrguer de grão de bico, para fazer para os meus clientes veganos e vegetarianos. Eles relatam muitas dificuldades para encontrar produtos”, disse. Novos cursos já estão agendados. No dia 4 de agosto será realizado o curso de linguiças artesanais. Já nos dias 10 e 12 de agosto, haverá outro sobre hambúrguer artesanal, voltado para produtores no núcleo rural Rio Preto. *Com informações da Emater-DF
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Em dois anos, foram recuperados 2,6 mil km de estradas rurais
Manutenção de estrada rural na região do Rio Preto, em Planaltina (DF) | Foto: Divulgação/Emater-DF A recuperação de 2,6 mil km de estradas rurais nos últimos dois anos tem melhorado as condições de escoamento da produção agropecuária do Distrito Federal. Reduz perdas por dificuldades de transporte e beneficia quem depende de serviços que só chegam ao campo por vias públicas de chão. Essas ações são realizadas pelo Polo Rural, nome de força-tarefa de peso integrada por máquinas e trabalhadores de Emater-DF, Secretaria de Agricultura (Seagri), Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF), Novacap e administrações regionais. [Olho texto=”“Com a patrolagem, os atolamentos e acidentes diminuíram bastante, além de termos custos reduzidos com manutenção dos veículos”” assinatura=”Ivan Engler, presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Copermista)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Motoniveladoras, pás-carregadeiras, rolos compactadores e outros equipamentos são utilizados para nivelar o leito das estradas e preparar o terreno para enfrentar a força da água das chuvas. Para tanto, constroem “bigodes” (uma espécie de escorredeira), baciões (reservatórios ao lado da estrada onde a água se acumula), quebra-molas e outras estruturas adequadas para preservar a ligação entre campo e cidade. Benefícios ao consumidor Todas as 32 regiões administrativas do DF foram beneficiadas pelas obras com a garantia de escoamento de produtos para o consumo. Para Ivan Engler, presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Copermista), a ação do GDF é muito bem-vinda. “Giramos cerca de 80 toneladas de produtos por mês, sempre em carros, caminhonetes e caminhões próprios. Com a patrolagem, os atolamentos e acidentes diminuíram bastante, além de termos custos reduzidos com manutenção dos veículos”, comemora. O produtor acrescenta ainda que, com estradas melhores, os alimentos chegam com mais qualidade às feiras, aos mercados e à mesa do consumidor. De acordo com as categorias, as estradas em melhores condições evitam perdas no transporte e, consequentemente, aumentam a rentabilidade dos negócios. Acesso mais fácil [Olho texto=”“Temos de aplaudir toda ação que resulta em melhorias para o campo, não apenas do ponto de vista econômico, mas principalmente do social”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Mas não é apenas o escoamento da produção que ganha com o trabalho do Polo Rural do GDF Presente. “Dependemos de serviços oferecidos nas áreas urbanas, como atendimento médico, acesso a comércio, bancos e autarquias. Chegar na cidade agora está mais fácil”, avalia Ivan Engler, que mora no núcleo rural Rio Preto, Região Administrativa de Planaltina. Outro aspecto da vida cotidiana que melhorou foi a segurança pública. “Com as estradas melhores, o patrulhamento policial está mais constante”, conclui o produtor. Também há redução de poeira no ar, que diminui a incidência de casos de problemas respiratórios, especialmente em idosos e crianças. “Temos de aplaudir toda ação que resulta em melhorias para o campo, não apenas do ponto de vista econômico, mas principalmente do social”, diz a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca. “Todos os nossos extensionistas têm essa visão. Não adianta melhorar condições de produção, se isso não se reflete em qualidade de vida para quem trabalha a terra. E a união de esforços é o caminho para uma gestão pública mais eficiente e humana”, afirmou. Exemplo de “bacião” que acumula água da chuva ao lado da via, evitando erosões e assoreamento de rios | Foto: Divulgação/Emater-DF Aliança ambiental O gerente da Emater-DF no Rio Preto, Eduardo Damásio, conta que a região foi uma das que recebeu o Polo Rural. “Além de todos os benefícios para a mobilidade, a ação tem vantagens ambientais. Foram construídas bacias e ‘bigode’, que fazem as águas da chuva escorrerem para fora das estradas, evitando erosões e até mesmo o assoreamento dos rios e ribeirões que abastecem as chácaras e levam água para a área urbana”, explica. O engenheiro-agrônomo Rodrigo Marques, também do escritório do Rio Preto, aponta que a recuperação das estradas se alia a técnicas que permitem a conservação do solo e da água de fontes correntes. “Estamos orientando os produtores a adotarem o plantio de braquiaras, o plantio direto e a fazerem o redimensionamento de terraço, o que complementam o trabalho”, diz. Polo rural Para o subsecretário de Desenvolvimento Rural da Seagri, Odilon Vieira Júnior, o objetivo do Polo Rural do GDF Presente é otimizar a utilização de equipamentos dos vários órgãos governamentais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos somando parcerias para obter resultados mais rápidos e eficientes para a população”, explica. O trabalho é coordenado pelo subsecretário, que recebe demandas das comunidades rurais e organiza de acordo com a capacidade das instituições. “O trabalho é feito de forma integrada, onde todos ganham”, acrescenta Odilon. “Basicamente, é um trabalho de manutenção, porém mais organizado e eficaz”, aponta o diretor de Mecanização Agrícola da Seagri, José Voltaire Brito Peixoto. “A DF-100 [no extremo leste do Distrito Federal, entre as RAs de Planaltina e Paranoá, que liga importantes regiões de produção agrícola], por ter um grande fluxo e estar localizada numa região bastante produtiva, foi visitada cinco vezes no ano passado”, exemplifica. Extensão rural Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.
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GDF comprou 1,8 mil toneladas da produção rural do DF
As entregas das cestas verdes começaram em 30 de março e a última leva saiu nesta terça (15) | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A agricultura precisou se reinventar neste ano. Por causa da pandemia, estabelecimentos e entidades fecharam as portas temporariamente e o escoamento de produções ficou prejudicado. Para manter o desenvolvimento de milhares de produtores rurais e enfrentar a insegurança alimentar e nutricional, o GDF implementou o programa Cesta Verde. Como resultado, mais de 132 mil unidades com frutas, verduras e legumes foram distribuídas, com a maior aquisição de alimentos da história. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) executou R$ 4 milhões neste ano ao adquirir 1.836 toneladas de alimentos. Foram R$ 2 milhões de verba federal do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), vinculado ao Ministério da Cidadania, e outros R$ 2 milhões de recurso emergencial do GDF pelo o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA). As entregas começaram em 30 de março e a última leva saiu nesta terça (15). “Tivemos o maior volume comercializado em função da potencialização da política de compra e distribuição, com uma frente para mitigar os efeitos da pandemia entre os produtores rurais, que precisavam escoar alimentos, e entre famílias e entidades que dependem desses itens”, explica o subsecretário de Política Sociais Rurais, Abastecimento e Comercialização da Seagri, João Pires. Os itens foram distribuídos pelo Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa), pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e por instituições parceiras a 167 entidades e 45 mil pessoas. Além do recurso investido em frutas, verduras e legumes, uma emenda parlamentar de R$ 350 mil do deputado Fernando Fernandes permitiu a aquisição de 118 mil litros de leite. Foi feita parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) para fazer escoamento desse material. Lidiane Pires, da Ceasa: “foi preciso criar formas para o alimento ser distribuído para chegar na ponta” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Ainda bem que tínhamos um equipamento público de segurança alimentar bem estruturado”, diz a diretora de Segurança Alimentar da Ceasa, Lidiane Pires. Ela conta que a expectativa era operar com 20 toneladas por semana e atender cerca de 120 instituições. Com a pandemia, que fechou entidades, restaurantes e feiras, a realidade foi de 33 instituições, 2,8 mil pessoas atendidas e 4,8 toneladas por semana. Assim, as produções corriam o risco de se perder, com prejuízos milionários. Por isso foi preciso criar formas para o alimento ser distribuído para chegar na ponta. “Colocamos em ação o projeto, que ainda era embrionário, para escoar a produção que não podia ser distribuída na forma tradicional, de caixarias. Foi assim que as Cestas Verdes surgiram”, explica a diretora. Estudos foram feitos para que fosse eficiente para produtores e com variedade para as famílias. Semanalmente, foram cerca de 1,2 mil cestas com oito itens. “A agricultura não parou este ano”, Candido Teles, secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Balanço positivo Secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Candido Teles valoriza a potencialização da força de trabalho que permitiu garantir mais agilidade e efetividade nas compras e na distribuição das cestas. “A agricultura não parou neste ano. Esses programas de distribuição de renda e alimentos são de todos nós, de um governo que pensa em todos e sabe que é preciso escolher prioridades”, diz. Neste ano, uma portaria conjunta para enfrentamento à insegurança alimentar oriunda da pandemia com a Sedes permitiu que cestas complementassem o programa Prato Cheio. Secretária-executiva da pasta, Ana Paula Marra afirma que a medida acontece por meio de cadeia que beneficia tanto o pequeno produtor rural quanto a parcela da sociedade assistida pela rede de proteção social. “Conjugamos os interesses para o alimento chegar àqueles que mais precisam, garantindo a segurança alimentar”. “O governo estimulou a manutenção da produção, garantindo o abastecimento da cidade e mitigando no campo os efeitos da pandemia. Na outra ponta, fez com que chegassem alimentos de qualidade, saudáveis e nutritivos a quem mais precisa. Nossos produtores continuavam a produzir, mas o problema era a comercialização. Achávamos que era impossível, mas impossível é questão de perspectiva”, observa a presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), Denise Fonseca. “O governo estimulou a manutenção da produção, garantindo o abastecimento da cidade e mitigando no campo os efeitos da pandemia”, destacou Denise Fonseca, da Emater-DF| Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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Emater-DF ganha reconhecimento oficial
Empresa atende aproximadamente 18 mil produtores rurais no DF | Foto: Divulgação/Emater A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) foi reconhecida como importante para o desenvolvimento social e econômico local. O destaque se dá por meio do Projeto de Lei nº 908/2020, que, de autoria do deputado Leandro Grass, foi aprovado pela Câmara Legislativa do DF, sancionado pelo governador Ibaneis Rocha e se transformou na Lei nº 6.700/2020. “Esse projeto de lei surgiu não apenas do nosso desejo de reconhecer o trabalho da Emater e de seus servidores, mas também para dotar a empresa da conotação de utilidade pública e apresentar para a sociedade a Emater como referência na gestão pública”, destaca o deputado. “Essa legislação ampara e dá segurança jurídica para a empresa seguir seu caminho de sucesso e de reconhecimento social, ficando blindada de eventuais ações que possam precarizar seu serviço, seu orçamento e impedir que continue exercendo esse trabalho tão importante para o DF, especialmente para a população rural.” A unidade do DF da Emater foi criada em 1978 como ferramenta de governo para a promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, hídrica e ambiental da capital federal. A empresa segue a orientação do planejamento original de Juscelino Kubitschek de criar um cinturão verde para abastecer a cidade com alimentos frescos e de qualidade. Ao longo desse tempo, a empresa tem atuado em serviço de educação não formal e de caráter continuado no meio rural. Dessa forma, as famílias dos núcleos rurais podem contar com assistência técnica, econômica, social e ambiental, o que contribui para aumentar a produtividade, o nível de renda e a qualidade de vida. [Numeralha titulo_grande=”140 mil ” texto=”teleatendimentos foram registrados pela Emater-DF durante a pandemia” esquerda_direita_centro=”direita”] Anualmente, a Emater atende a aproximadamente 18 mil produtores rurais, dos quais 7,9 mil são agricultores familiares, e atua em cerca de 120 mil atendimentos. “Nesse momento de pandemia, nos reinventamos, passamos a utilizar ferramentas tecnológicas para nos manter próximos dos produtores”, ressalta a diretora-executiva da empresa, Loiselene Trindade. “Tivemos mais de 140 mil teleatendimentos nesse período”. Cinturão verde Composto de aproximadamente 70% de área rural, o Distrito Federal mostra que tem vocação agrícola. São 156,8 mil hectares que produzem grãos, hortaliças, verduras, legumes e frutas. Na pecuária, crescem os investimentos no plantel de aves e na tecnologia para criação de suínos e peixes. [Numeralha titulo_grande=”156,8 mil hectares ” texto=”abrangem a produção rural do DF” esquerda_direita_centro=”centro”] Nos últimos anos, a Emater tem se empenhado em criar alternativas para ampliar o atendimento a pequenos, médios e grandes produtores, além de trabalhar com projetos de inclusão das mulheres no processo produtivo. A empresa mantém o foco na capacitação de seus produtores e empregados por meio de intercâmbios técnicos, com troca de experiências e aprendizados. Em todas as regiões administrativas, os produtores rurais contam com o apoio da Emater. São assistidos por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de ciências agrárias e ambientais, ciências sociais e humanas, tecnologia da informação, engenharia, educação, comunicação e de outras áreas que compartilham as novidades geradas pela pesquisa, inovações e políticas públicas aos agricultores, famílias e organizações. Em nível nacional, esse trabalho tem apresentado excelentes resultados. Estudo da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) estima que os agricultores que recebem serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) apresentam produção 362% superior aos demais. Brasília entre os líderes Brasília ficou em 44º lugar em nota técnica do Ministério da Agricultura que listou os 50 municípios com maior valor da produção agrícola do país, com alta participação no Produto Interno Bruto (PIB) local. Em todo o país, existem quase 6 mil municípios. Esse estudo utilizou dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) e do Produto Interno Bruto (PIB), ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Ministério, os municípios com alta produção agrícola impactam o PIB local. Embora pequeno, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário brasiliense alcançou R$ 828 milhões em 2017, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Já o valor da produção agrícola chega a quase R$ 1 bilhão, segundo dados da PAM. [Numeralha titulo_grande=”R$ 2,907 bilhões ” texto=”Valor Bruto de Produção do DF em 2019″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo levantamento da Emater, o Valor Bruto de Produção (VBP) do DF, em 2019, foi de R$ 2,907 bilhões, levando em conta as propriedades atendidas pela instituição. O VBP retrata a produção agropecuária no ano e estima o faturamento bruto dentro das atividades produtivas, na propriedade (produção x preços médios pagos aos produtores). Diferentemente da PAM, inclui um rol maior de produtos agrícolas, plantas ornamentais e também outros alimentos provenientes da pecuária, como carne, leite, ovos e mel. Nessas aferições, a Emater desponta como importante fator de atuação para que Brasília venha se destacando no segmento de produção agropecuária versátil, tecnificada e sustentável, com oferta de alimentos frescos e saudáveis à população local. * Com informações da Emater-DF
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Sua excelência, o produtor rural das cestas verdes
Nesta terceira e última reportagem da série sobre a rede de solidariedade alimentar em curso no Distrito Federal, a Agência Brasília mostra quem é o produtor rural por trás das cestas verdes e por que é melhor para ele que o caminho do produto até a mesa do consumidor seja acompanhado por instituições como Ceasa-DF e Emater-DF. João Máximo conta com o apoio de órgãos com a Emater-DF: “Somos muito assistidos” | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília No Núcleo Rural Assentamento Betinho, a cerca de 12 quilômetros do centro de Brazlândia, o produtor rural Joaquim Máximo e sua família produzem morangos que vão parar nas mesas de instituições assistenciais e de famílias em situação de vulnerabilidade e de insegurança alimentar e nutricional. Esse caminho até os pratos da família só é possível graças às políticas públicas de acesso à alimentação desenvolvidas pelo Governo do Distrito Federal e coordenadas pelas secretarias de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e Desenvolvimento Social (Sedes). Para entender como se dá essa cadeia de beneficiamento é preciso conhecer o perfil de quem planta, bem como o percurso feito pelo alimento até chegar às mesas mais necessitadas. Joaquim Máximo, produtor rural há décadas, é um bom exemplo. [Olho texto=”“Nosso trabalho continuou e conseguimos colher e comercializar por semana, em média, uma tonelada de alimentos”” assinatura=”Joaquim Máximo, produtor rural” esquerda_direita_centro=”centro”] Aos 38 anos, ele segue os passos de seu pai e produz morango de várias espécies durante todo o ano. Para Joaquim, participar do Programa de Aquisição Alimentar (PAA), que o beneficia desde 2014, é a garantia de vender o fruto de seu trabalho. O PAA compra exclusivamente de pequenos produtores rurais e familiares, por meio da Seagri-DF, para redistribuir esses alimentos para quem não pode comprá-los. Frutas de qualidade são fruto da rede de estímulos agrícolas encabeçada pelo GDF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O agricultor explica como o PAA é importante para produtores familiares como ele – as operações são por meio de venda direta. Sem os atravessadores, que retêm algum dinheiro durante as negociações, ele consegue agregar valor à mercadoria, com ganho de até 30% sobre a venda e garantia de escoamento de sua produção. “É muito diferente ser produtor familiar, muitos não têm um mercado para vender. Acaba dependendo do atravessador e perdendo o valor agregado”, relata Joaquim. [Olho texto=”“Se o governo não tivesse a iniciativa de comprar a mercadoria desses agricultores, não seria possível a eles darem destino para os produtos. Foi um esforço do governo”” assinatura=”Candido Teles, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”centro”] Um fator é indispensável nesta rede de solidariedade alimentar, como a Agência Brasília tem mostrado nesta série. Há quase dez anos o Banco de Alimentos da Central de Abastecimento (Ceasa-DF) funciona como um grande núcleo que gerencia, coordena e distribui produtos de qualidade comprovada para a população carente. Os mantimentos chegam ao banco por meio de doações e de programas de aquisição da produção agrícola (como o PAA), iniciativa do Governo do Distrito Federal junto a pequenos produtores e agricultores familiares. Renitência Devido à pandemia de Covid-19, 2020 virou um ano atípico, com impactos em todas as áreas da sociedade, a despeito dos esforços diários e ininterruptos do GDF no enfrentamento da crise sanitária. Joaquim Máximo lembra que sentiu muito medo no início da onda de incertezas deflagrada pelo novo coronavírus, mas também alívio ao constatar que os efeitos da crise sanitária não foram tão devastadores. “Nosso trabalho continuou e conseguimos colher e comercializar por semana, em média, uma tonelada de alimentos”, destaca. Secretário de Agricultura, Candido Teles reforça a impressão do trabalhador do campo. “Se o governo não tivesse a iniciativa de comprar a mercadoria desses agricultores, não seria possível a eles darem destino para os produtos. Foi um esforço do governo, por meio de todos os órgãos, que liberou um recurso satisfatório em boa hora”, afirmou. Joaquim segue os passos do pai e sustenta a família com sua força de trabalho no campo | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília Ainda de acordo com o secretário, o governo se fez presente e avaliou as possibilidades com a devida antecedência. “Fazemos nossa parte sempre para minimizar os impactos e promover melhorias”, finalizou. Parceria de sucesso O agricultor Joaquim diz ver como fundamental a integração com o poder público e o suporte que recebe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). “Somos muito assistidos. Se eu tiver qualquer dificuldade eles estão prontos para ajudar. Fazem análise da minha terra e me ensinam como melhorar o plantio”, acrescentou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Presidente da Emater-DF, Denise Fonseca enfatiza que os programas de compras institucionais são importantes para manter o equilíbrio econômico das famílias no campo e a oferta de alimentos a pessoas em situação vulnerável. Ela lembra que o Programa de Aquisição da Produção de Agricultura (Papa-DF), mantido com recursos locais, e o PAA, custeado com verba federal, têm cumprido o papel de beneficiar tanto agricultores como pessoas em vulnerabilidade alimentar. “Essa política pública é fundamental. E, neste período de calamidade pública, tem como objetivo reduzir ainda mais os impactos da crise social e econômica no campo e na cidade”, explica a dirigente, para quem esse tipo de ação não só promove segurança alimentar, mas também impulsiona a economia regional.
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Ceasa-DF aprimora gestão e chega renovada aos 48 anos
Três novos pavilhões totalizam uma área de 86.721,28 metros quadrados para comercialização | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Ao completar 48 anos de idade neste domingo, 11 de outubro, a Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) está mais moderna, com pavilhões novos, e mais completa, com a reabertura do Mercado do Peixe. Mesmo em meio à crise mundial de saúde, a instituição continua a todo vapor, trabalhando para além da comercialização de alimentos, pois o abastecimento não pode parar. O funcionamento da Ceasa-DF está normalizado após um período de distanciamento social, das 4h30 às 17h. Desde 2019 a empresa investe em sua revitalização e ampliação, com melhorias que vão desde pintura das faixas de pedestres até a construção de três novos pavilhões, totalizando uma área de 86.721,28 metros quadrados para comercialização. A expectativa é de que esses novos empreendimentos gerem cerca de 200 empregos diretos, sendo que uma das metas é alinhar qualidade, solidariedade e sustentabilidade – slogan da empresa adotado no fim de 2019. [Olho texto=”“Nós temos os mais variados produtos, sempre fresquinhos e de alta qualidade. Recebemos mais de 12 mil pessoas nos dias de maior movimento, com produtos e compradores de todo o Brasil”” assinatura=”Onélio Teles, presidente da Ceasa-DF” esquerda_direita_centro=”centro”] DNA A qualidade é um atributo intrínseco à Ceasa-DF. Essa característica está presente não só nos produtos comercializados na empresa, mas também nas boas práticas de produção e de comercialização que os produtores devem seguir para oferecer seus produtos. Em parceria com a Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), a empresa iniciou o processo para que os produtores se adequem às boas práticas, principalmente no tocante a rastreabilidade, oferecendo cursos e orientações para a certificação das propriedades rurais. Segundo o presidente da Ceasa-DF, Onélio Teles, a empresa se tornou referência entre as Ceasas do país ao longo desses 48 anos de atividades. “Nós temos os mais variados produtos, sempre fresquinhos e de alta qualidade. Recebemos mais de 12 mil pessoas nos dias de maior movimento, com produtos e compradores de todo o Brasil”, destaca. | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília A Ceasa-DF também investe na capacitação de seus servidores, com o objetivo de prestar um atendimento de excelência, tanto aos produtores e permissionários, quanto aos consumidores. A empresa também se destaca pela transparência de sua administração. “Zelamos pela pró-atividade, bom atendimento e transparência na gestão da empresa. Todas as demandas da Ouvidoria são tratadas com prioridade máxima e a nossa transparência rendeu à Ceasa o prêmio do Índice de Transparência Ativa da Controladoria-Geral do DF”, acrescenta o presidente da Ceasa-DF. Solidariedade A Ceasa-DF também desempenha uma importante função social por meio do Banco de Alimentos, braço solidário da empresa. O local atende instituições sem fins lucrativos, previamente cadastradas, que beneficiam milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar por meio de três principais programas: Programa Desperdício Zero, Programa de Doação Solidária e Programa de Aquisição de Alimentos. De janeiro a setembro, mais de um milhão de quilos de alimentos foram distribuídos à população em vulnerabilidade alimentar, um papel de destaque na erradicação da fome no Distrito Federal. Além de repassar as doações de frutas, verduras e legumes, o Banco de Alimentos da Ceasa-DF promove a capacitação das cozinheiras das instituições sobre o aproveitamento integral dos alimentos. Isso evita o desperdício e resulta na preparação de pratos mais nutritivos para as pessoas em vulnerabilidade alimentar. Sustentabilidade A Ceasa-DF trabalha, também, para ser uma empresa mais sustentável. Implementou o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, com o objetivo de dar uma destinação correta aos rejeitos da empresa; construiu uma biblioteca sustentável, com reutilização de restos de podas de árvores, paletes e até um carretel de fio de alta tensão. Além disso, instalou ecopontos para a separação dos resíduos e realiza campanhas de conscientização junto a produtores e consumidores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Mais uma ação voltada para a preservação do Meio Ambiente é a realocação de parte do material descartado, como paletes, que são direcionados para a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), vinculada à Secretaria de Justiça, para reaproveitamento e produção de itens de artesanato, utilidades domésticas e caixas de abelhas. A iniciativa também visa a qualificação profissional dos detentos do DF. “Queremos e podemos fazer muito mais para o Distrito Federal, seja na qualidade do abastecimento de alimentos, nas ações para diminuir a fome de pessoas carentes ou na preservação do meio em que vivemos”, arremata Teles. * Com informações da Ceasa-DF
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Agricultura familiar marca reabertura da Feira do Parque
Iniciativa amplia o espaço de comercialização e leva os produtores para o contato direto com o consumidor do DF | Foto: Emater-DF A marca da retomada da Feira Rural no Parque neste fim de semana foi a diversidade produtiva, com destaque para a agricultura familiar. Alimentos e plantas diversos, produzidos por agricultores do Distrito Federal atendidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), estão sendo comercializados no Estacionamento 13 do Parque da Cidade, ao lado da administração. Neste domingo (11) a feira vai funcionar entre as 9h e as 16h. A iniciativa amplia o espaço de comercialização e leva os produtores para o contato direto com o consumidor do Distrito Federal. [Olho texto=”“A gente precisa oferecer oportunidade e a população da cidade precisa conhecer e valorizar nossos produtos e produtores. São produtos de qualidade e produzidos de forma sustentável”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”centro”] Alimentos orgânicos, biscoitos, geleias, doces, temperos, mudas, plantas ornamentais, artesanato e até uma praça de alimentação com produtos para o café da manhã e almoço são oferecidos na feira. Produtor de alimentos orgânicos no Capão Comprido, núcleo rural de São Sebastião, Elizaldo Ferreira, 46 anos, disse que estava ansioso pela volta do espaço. “Eu já estava pensando nessa feira e na expectativa de recomeçar. É uma oportunidade muito boa para a gente vender nossos produtos”, ressaltou. Em sua propriedade, Elizaldo cultiva alimentos como banana, cenoura, berinjela, beterraba, batata doce, repolho, alho poró, amora e açafrão. [Olho texto=”“Tanta coisa linda. Passei aqui sem pretensões e já estou levando comida, planta e um mimo do pessoal do artesanato”” assinatura=”Marina Ferreira, frequentadora do parque” esquerda_direita_centro=”centro”] Esta edição da feira traz uma novidade: se o cliente preferir não permanecer por muito tempo no espaço, pode fazer a compra antecipadamente por meio do site PõeNaCesta. Basta entrar em contato com o produtor, fazer o pedido e retirá-lo na feira. A ferramenta pode ser usada a qualquer tempo, não só na feira. Por meio dela, o consumidor entra em contato direto com o produtor. “A ideia é ajudar nossos pequenos produtores com a comercialização. A gente precisa oferecer oportunidade e a população da cidade precisa conhecer e valorizar nossos produtos e produtores. Os produtos são de qualidade e produzidos de forma sustentável”, ressaltou a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca. Após seis meses suspenso devido à pandemia de Covid-19, o projeto foi retomado seguindo todas as orientações de segurança sanitária para que expositores e visitantes possam comercializar o melhor da produção local com tranquilidade. Beatriz Viana mora em uma chácara no Núcleo Rural de Sobradinho. Sua propriedade fica em uma rota de turismo rural. Na feira ela oferece ovo caipira, mas também produz frutas e artesanato. Alunos do programa de empreendedorismo Filhos Deste Solo também participaram da feira como produtores | Foto: Emater-DF Para ela, o espaço é uma ótima oportunidade de mostrar seu trabalho. “É muito importante para a gente essa feira. A gente tem que mostrar o que produzimos. Meus pais são pioneiros na região em que eu moro, estão lá desde 1960. A gente mostrar isso pela Emater é muito importante. Traz visibilidade para os nossos produtos”, enfatizou. Alunos do programa de empreendedorismo Filhos Deste Solo, da Emater-DF, também participaram da feira como produtores. Cleiton Neves levou mudas e insumos para plantio, enquanto Vitor Hugo levou bicicletas de bambu para mostrar seu trabalho pela Bamburiti e os irmãos André Ferreira e Luciellen levaram ovos caipiras. O gerente do Escritório de Comercialização da Emater-DF, Blaiton Carvalho da Silva, lembrou que a pandemia dificultou vendas de muitos agricultores que dependiam das feiras. “A pandemia atrapalhou muito. Estamos retomando para que eles tenham oportunidade”, ressaltou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Blaiton afirmou ainda que as feiras são importantes para comercialização de pequenos produtores. O hábito de muitas pessoas que gostam do ambiente favorece o mercado. “Feira é olho no olho, é sabor, é cheiro. A feira tem particularidades de que muitas pessoas gostam. Conversar com o produtor, saber como e onde é produzido. Não é uma cenoura qualquer, é uma cenoura mais saudável. O biscoito é feito com produtos saudáveis, sustentáveis, orgânicos, agroecológicos”, arrematou. Nesta edição, a Secretaria de Turismo entrou como parceira, ajudando em parte das instalações, e também com a participação de artesãos cadastrados na pasta. Várias bancas com artesanato fizeram a composição do espaço, o que agradou os visitantes da feira. A Secretaria de Esporte e Lazer e a Administração do Parque da Cidade também são apoiadores do evento. Marina Ferreira, 28 anos, passou pelo local e disse ter gostado de tudo o que viu. “Tanta coisa linda. Dá vontade de levar uma coisa de cada um. Passei aqui sem pretensões e já estou levando comida, planta e um mimo do pessoal do artesanato”, disse. * Com informações da Emater-DF
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Reconstrução de barragem permite retomada agrícola
Cerca de 12 famílias de produtores rurais da comunidade agrícola Chácara 90, localizada no Núcleo Rural Rio Preto, na região de Planaltina, serão beneficiadas com a recuperação da barragem do Imburuçu (veja mais no vídeo abaixo). A obra, que começou em 10 de setembro, é uma ação integrada envolvendo servidores da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF) e Secretaria de Agricultura (Seagri-DF). Desde 2016, os agricultores da localidade sofrem com a falta d’água, elemento essencial para a produção agrícola. O problema começou com o rompimento do antigo represamento. “Visitamos a antiga obra e constatamos que houve erro de execução”, explica o extensionista rural da Emater-DF, João Colemar. “Fora isso, a vertedora, que é um sistema de garantia de vazão de água, foi negligentemente tampada, fazendo com que o nível subisse no período de chuva forte, rompendo a barragem”, detalha. Assista ao vídeo: O problema afetou diretamente a rotina das pessoas. Com a escassez de água para irrigar as plantações durante todo o ano, a produção caiu, assim como a mão de obra local. Sem trabalho na “roça”, muita gente foi buscar o ganha-pão na cidade, trabalhando como motorista de ônibus ou no mercado informal. “A previsão é recuperar todo o sistema de produção agrícola da região. A finalização dessa obra representa um retorno das pessoas para a área rural”, torce o subsecretário de Desenvolvimento Rural da Seagri-DF, Odilon Vieira Junior. Solução A solução para o problema é a construção de um talude, ou seja, terreno inclinado que garante a estabilidade do aterro, paredões que permitem a concentração de grande volume de água. Com a barragem cheia, uma estrutura de tubulação colocada 500 metros mata adentro, vai levar água para os agricultores. Para tanto, máquinas como pá mecânica, retroescavadeira e caminhões da Novacap trabalham com a assistência de engenheiros da Emater-DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A previsão é de que tudo fique pronto em duas semanas, com custo mínimo para o GDF. Serão geradas despesas apenas com a manutenção das máquinas, já que os profissionais envolvidos na operação são do governo. “É uma ação que vai garantir água para todos, aumentando a eficiência do sistema de irrigação e maior rendimento da produção dos agricultores”, garante Colemar. “Aqui todo mundo ajuda um ao outro, a refeição para o pessoal que trabalha na obra é dada pelos produtores rurais”, acrescenta. O produtor rural Luis Sousa será um dos beneficiados com a nova barragem | Fotos: Acácio Pinheiro Produtor rural e cearense de Uajará, Luís Gonsaga Sousa tem 65 anos e desde 1979 mora na Chácara 90. Ele diz estar radiante com a iniciativa que vai beneficiar mais de 100 trabalhadores agrícolas. Gente como ele, que conhece bem a labuta com a terra, produz alimentos como tomate, pimentão, pepino, pimenta e feijão de corda. “Agora posso ficar tranquilo porque, com essa obra, meus filhos e netos vão ter água por muitos anos”, festeja o agricultor. “Está todo mundo aqui satisfeito com essa obra, vai melhorar a vida de muita gente, vamos poder, inclusive, contratar mais gente para trabalhar na lavoura”, agradece.
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Terracap regulariza escritórios de atendimento à comunidade da Emater
Durante o evento de assinatura do termo, presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, descreveu o sentimento de receber as cessões de uso | Foto: Terracap-DF O atendimento à comunidade rural começa a ser regularizado após uma luta de anos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Nesta sexta-feira (28), uma parceria histórica da empresa com a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) deu pontapé à regularização de cinco escritórios da empresa pública, que ficam localizados em áreas rurais de Planaltina (Pipiripau, Rio Preto, Tabatinga), no Paranoá (Jardim) e no Park Way (Vargem Bonita). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os terrenos têm entre 746 metros quadrados e 2,2 mil metros quadrados. Durante o evento de assinatura do termo, a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, descreveu o sentimento de receber as cessões de uso. “O dia de hoje é muito importante para a Emater. Há anos pleiteamos a regularização das propriedades que ocupamos. Os escritórios locais são a base dos nossos produtores rurais. Ali é núcleo, é o cérebro que os auxilia”, ressaltou. “A Terracap e a Emater são duas empresas públicas com estreito relacionamento com o agricultor. As cessões de uso assinadas hoje têm, portanto, o objetivo de regularizar escritórios de extrema importância para a manutenção e o desenvolvimento da atividade no campo”, explica o presidente da Terracap, Izidio Santos. O diretor de Regularização Social e Desenvolvimento Econômico da Terracap, Leonardo Mundim, lembrou que a conquista se dá durante a gestão da primeira mulher à frente da Emater-DF. Ele também explicou que essa é primeira fase de regularização que vai possibilitar a futura escrituração. “Ficamos muito contentes com esse passo, pois a Emater faz um excelente trabalho junto aos produtores rurais. Essas cinco regularizações são históricas e pioneiras e vão dar mais segurança jurídica e de atuação à Emater”, destaca Leonardo Mundim. Para o extensionista rural da empresa Nelson Marinho de Castro, que vem acompanhando o processo, o termo vai facilitar a captação de recurso para realização melhorias nos escritórios. De acordo com ele, o próximo passo é a individualização de matrícula no cartório de registro de imóveis para posterior doação dos terrenos à Emater. Atendimentos em série No último ano, a Emater-DF realizou cerca de 180 mil atendimentos à comunidade rural por meio de oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas que aproximam os agricultores das inovações levadas pela extensão rural do DF. O secretário-adjunto da Secretaria de Agricultura, Luciano Mendes, e o administrador de Brazlândia, Jesiel Costa Rosa, também participaram do encontro. Atuar em favor da agricultura familiar também tem sido uma das prioridades da Terracap. Recentemente, a agência encaminhou à Casa Civil um anteprojeto de lei que permite a regularização de mais de 5 mil ocupações, além de abrir diversas possibilidades de novos investimentos na área rural. Uma vez encaminhada à Câmara, caso seja aprovada, a lei permitirá a maior regularização da história de terras rurais no DF. Outras inúmeras iniciativas foram realizadas pela estatal. Desde o início do ano passado, a Agência enviou ao cartório de notas mais de 50 escrituras de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) de Terras Rurais – em áreas de todos os tamanhos, do pequeno ao grande produtor rural. Para se ter uma ideia, durante toda a história do Distrito Federal de 1960 a 2018, somente 23 imóveis rurais haviam recebido a CDRU. Em março deste ano, a Terracap entregou à Secretaria de Educação 21 termos de cessão de uso de escolas rurais em terras de propriedade da empresa pública. Outras ações foram realizadas, entre elas a cessão de uso de diversas áreas para projetos de interesse social, como a quadra poliesportiva do Centro Educacional Engenho das Lages, no Gama, e a Horta Comunitária Girassol, em São Sebastião. * Com informações da Terracap
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Cultivo de urucum desperta atenção de produtores do DF
Fruto é utilizado como tempero que dá cor e sabor a alimentos, na indústria de cosméticos, como protetor solar e até para produção de medicamentos fitoterápicos | Foto: Emater-DF O cultivo de urucum, conhecido popularmente como colorau, vem ganhando espaço entre produtores rurais do Distrito Federal, com perspectivas de renda extra. No espaço da Agricultura Familiar da Emater-DF na AgroBrasília, uma plantação de urucum serviu para mostrar o cultivo a pequenos agricultores da região e despertou o interesse também de pesquisadores e coletores de sementes. De acordo com José Roberto Gonçalves, gerente do Parque Ivaldo Cenci, da AgroBrasília, o plantio foi realizado com a finalidade de demonstrar como é o cultivo e mostrar que a espécie pode servir como mais uma fonte de renda. “É uma cultura rápida. Com um ano de plantio já começa a produzir. Na comercialização do urucum tem a parte alimentícia e a de cosmético”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O urucum é um corante natural utilizado como tempero que dá cor e sabor a alimentos, na indústria de cosméticos (com produtos de tintura) e como protetor solar, além do uso na produção de medicamentos fitoterápicos. A possibilidade de venda das mudas ainda aumenta esse leque de variedades na hora de comercializar. A planta, que é de crescimento rápido, também pode ser cultivada para restauração de áreas degradadas. Foi por meio de uma parceria entre a AgroBrasília, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e a empresa Verde Novo Sementes Nativas que o cultivo realizado no espaço da Agricultura Familiar passou a contar com coleta de sementes. Desde então a extensionista da empresa Yoko Odaguiri, que atua na região do PAD-DF, passou a pensar na questão da comercialização de mudas como alternativa de renda para pequenos produtores da região, no cultivo para o processamento na produção de óleo e, também, para as diversas formas de utilização do urucum na alimentação. “Nós queremos incentivar os produtores no cultivo em boa parte para comercializar, como oportunidade de negócio, mas também para utilizar na própria alimentação. São vários os benefícios para a saúde humana”, aponta Yoko. Nos próximos dias haverá uma transmissão ao vivo sobre o processamento do urucum e sua utilização como óleo para alimentação. A Verde Novo, por meio da bióloga e CEO da empresa, Bárbara Pacheco, já começou a coleta de sementes. De acordo com ela, ao visitar a feira no último ano, viu o plantio e se interessou. “Estava cheio de frutas. Na hora, como coletora de sementes, eu pensei que seria legal fazer essa coleta e entrei em contato com a Emater”, conta. A Verde Novo é um negócio de impacto ambiental, que trabalha com geração de renda para coletores de sementes, mostrando que em seus biomas nativos há oportunidade de ganhar dinheiro com a atividade. Produtores vislumbram mercado Eliane Ministério, 74 anos, e o filho Élcio Ministério, 45, cultivam urucum no Núcleo Rural Riacho Frio, na região do PAD-DF. “A gente utiliza a semente bem madura e a ideia é tirar esses pigmentos que ficam nas sementes. É muito bom para tempero, dá uma coloração agradável, um aroma muito bom. Ele tem muitas utilidades”, conta Eliane. A produtora relata que o processamento é mais lento do que o de outras culturas, mas pode ser “prazeroso e vantajoso”. “Para o pequeno produtor, a vantagem é que ele pode ser comercializado em várias épocas tendo em vista os estágios [de desenvolvimento da planta]. É vantajoso e, agora, existe até essa possibilidade de se vender a semente”, comemora. Planta produz uma quantidade de biomassa muito grande por ano, diz produtor | Foto: Emater-DF A colheita é realizada quando o fruto se apresenta maduro, com conteúdo em boa quantidade para ser processado. “Na minha propriedade eu processo, faço o colorau e utilizo no macarrão como tempero, na produção de biscoitos e até no tempero do feijão, que dá um gosto especial. Então, quem tiver dois pés de urucum na propriedade já tem uma riqueza muito grande”, afirma. Já o filho diz que o cultivo ajuda ainda no sistema orgânico. “A gente trabalha com sistema agroflorestal, em que a gente tem algumas plantas de urucum já em produção há alguns anos. É uma planta que se adapta muito bem ao sistema de produção orgânico, é bastante rústica”, observa Élcio Ministério. A comercialização ainda é tímida, acrescenta Élcio, mas a planta produz uma quantidade de biomassa muito grande por ano, o que ajuda no processo dentro do sistema agroflorestal. “A gente vende e também põe na compostagem. Ainda que com processamento artesanal, a gente consegue fazer um trabalho voltado para uma comercialização direta com o consumidor, em feiras, e pela cooperativa de que a gente participa. Ainda que em escala pequena, a gente consegue vender”, informa. Sementes de urucum O ponto forte do urucum, na atividade de coleta de sementes, é o fruto fechado, saudável e sem predadores. “A gente armazena em um saco e faz o beneficiamento de sementes, que é sair do fruto e ter a semente. Dentro do nosso trabalho de comercialização a gente entrega a semente para o consumidor final, não o fruto”, conta Bárbara. Segundo ela, ao retirar o fruto ele é colocado para secar (a secagem pode ser ao sol) e os casulos vão abrindo naturalmente. Nesse processo é preciso colocá-los sobre uma lona, para que eles caiam sobre ela e fique mais fácil para limpar sem perder as mudas. Em seguida vêm as fases de armazenamento e comercialização. “Nesse espaço de plantio da Emater, dentro do Parque Ivaldo Cenci, a gente tem frutos saudáveis, o que indica que vai ter sementes de ótima qualidade. Esses frutos servem para produção comercial de diversos segmentos. É uma planta de muito potencial, de crescimento rápido e que a gente tem que aproveitar tudo, desde a matéria orgânica, o fruto e a semente”, defende a bióloga. * Com informações da Emater-DF
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Investimento no campo: produtores rurais recebem maquinário agrícola
A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) entregou, nesta quarta-feira (3), um trator para a Associação dos Produtores Rurais de Taguatinga (Aprontag). O equipamento, adquirido com recursos do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), vai beneficiar, de imediato, os 28 produtores ligados à Associação.?? O secretário de Agricultura, Luciano Mendes, ressaltou a importância da Lei nº 6.606, de 28 de maio de 2020, que cria o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (FDR), que irá ajudar a impulsionar o desenvolvimento rural no DF. “Com a aprovação da Lei, existe a previsão de entrar cerca de R$ 3 milhões de reais em 2020, por meio do FDR, para a Secretaria de Agricultura. Pode parecer pouco, mas nós vamos conseguir fazer muito com esses recursos”, afirmou. Mendes também ressaltou que o novo Fundo trouxe como novidade o FDR Habitação, que financia a construção e a reforma de habitações nas áreas rurais, e o Fundo de Aval, que serve como garantia para os produtores na hora do financiamento. “O produtor que quiser fazer um financiamento e tiver alguma dificuldade de garantia, pode contratar o Fundo de Aval, que nada mais é que um fundo garantidor de crédito que nós temos na agricultura. Essa modificação na Lei foi assertiva e rápida e eu espero que traga resultados para os produtores”, ressaltou o secretário. O diretor de Fundos da Seagri, Edson Rohden, explicou que a Secretaria compra as máquinas e implementos, com recursos do FDR Social, e disponibiliza para as associações, que são escolhidas através dos Conselhos de Desenvolvimento Rural. “Esse recurso é oriundo do FDR Social. Onde a Seagri compra o bem, os conselhos discutem a necessidade daquela unidade, apresentam um plano de trabalho, e através de um acordo de cooperação, depois da análise dos critérios, ocorre a concessão”, afirmou Rohden. A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, parabenizou a Associação pela conquista. “Nós da Emater, atuamos diretamente no Fundo. Eu sou conselheira do Fundo, votei e sempre vou votar a favor do produtor, porque a Emater existe para isso. O trabalho que vocês fazem na preservação ambiental aqui é só gratidão. A Emater está de portas abertas. Estamos na rua, na linha de frente, porque a produção não pode parar. Contem com a Emater em todas as situações”, disse.?? O presidente da Aprontag e produtor rural, Claudio Pires, falou sobre a importância da concessão desse trator pela Secretaria de Agricultura e que o governo está avançando muito na área rural. “Nós sabemos do trabalho sério e da parceria da Seagri e da Emater, e esse trator será muito importante para todos os associados da Aprontag. Essa máquina não vai ficar parada”, afirmou. A agricultora Maria Abadia, do sítio Geranium, agradeceu a iniciativa e pediu união do setor rural nesse momento de crise. “Que a gente possa mudar essa palavra ‘crise’ para ‘crie’. A oportunidade que essa pandemia está dando é a de reflexão para a ação.”?? Manutenção do espaço rural O secretário executivo da Agricultura, Vilmar Angelo, disse que o espaço rural deve ser mantido e que a Seagri está trabalhando para que aquela área, utilizada pelos produtores, seja mantida. “Estamos buscando mecanismos para fazer acontecer e buscando também a transferência patrimonial dessa área para a Secretaria da Agricultura, para a manutenção desse espaço. Sabemos da importância ambiental dessa região e vocês têm um parceiro muito forte, que é a Secretaria da Agricultura”, afirmou Vilmar. A assessora do deputado distrital Roosevelt Vilela (PSB), Thays Mendes, declarou que o Legislativo do Distrito Federal, por meio da Frente Parlamentar da Agricultura, apoia todas as iniciativas para a melhoria do setor rural do DF.?? * Com informações Seagri
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Mais 15 quilômetros de estradas rurais recuperadas
Via recuperada beneficia produtores agrícolas e facilita deslocamento de alunos de escolas rurais | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília O programa GDF Presente e a Administração Regional de São Sebastião trabalham na manutenção de uma estrada rural na Colônia Agrícola das Cavas. A ação foi retomada após o período de chuvas, pois alguns pontos da via estavam em situação crítica. O percurso de 15 quilômetros recuperado atende à demanda dos moradores e produtores rurais do local. Eles usam o caminho para escoamento da produção agrícola, entre outras finalidades. O programa já revitalizou mais de 575 quilômetros na região na atual gestão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Com o início do período de estiagem no Distrito Federal, o Polo Leste e Polo Rural do programa já começaram as obras de nivelamento e aplicação de cascalho na recuperação dos pontos deteriorados. “Está previsto usar 4,4 mil metros cúbicos de cascalho, o que é corresponder a, aproximadamente, 220 caminhões de material”, informou o coordenador do Polo Regional Leste do GDF Presente, Júnior Carvalho. Ele acrescentou ainda que, devido ao desgaste constante, a conservação da estrada é fundamental para proporcionar mais mobilidade e escoamento da produção na região administrativa. | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília A estrada é sinuosa, estreita e com desníveis em seu trajeto, o que demanda mais cautela ao realizar os reparos. A via também é utilizada para a locomoção de 300 estudantes atendidos por três escolas rurais, além de 700 famílias da localidade. “Aqui temos produção de horticultura, agropecuária, suínos. É preciso manter as condições adequadas para tornar possível a distribuição dos produtos”, apontou o presidente da Associação dos Produtores Rurais das Cavas, Arnaldino José de Souza.
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GDF recupera estrada no Núcleo Rural Alexandre Gusmão
Produtores rurais poderão escoar sua produção com mais segurança pela estrada | Foto: Administração Regional de Ceilândia / Divulgação Em parceria com o Polo Oeste do programa GDF Presente, a Administração Regional de Ceilândia recuperou uma estrada no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, no Incra 7, Gleba 3. A obra vai facilitar o acesso de moradores que transitam pela região diariamente em direção às áreas urbanas, além de dar conforto e segurança para o escoamento da produção de pequenos agricultores locais. O administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí, adianta que a ideia é restaurar outros trechos rurais da cidade. “Estamos cuidando com muito carinho desses lugares, reformando os acessos e garantindo a segurança pública. Vamos dar assistência na área da saúde também, pois essas regiões ficaram esquecidas durante muito tempo.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o coordenador do Polo Oeste do GDF Presente, Elton Walcacer, cerca de 10 quilômetros passaram por processo de limpeza, patrolamento e nivelamento do solo durante uma semana. Foi utilizada uma motoniveladora no serviço. “Por ser uma estrada de terra, é necessário fazer manutenções periódicas”, explica. Manutenção das vias rurais A Administração Regional de Ceilândia está trabalhando pesado na manutenção das vias rurais. Desde o ano passado, com a ajuda das equipes do GDF Presente, o órgão conseguiu recuperar mais de 160 quilômetros de estradas rurais com serviços que vão de nivelamento dos terrenos à construção de bolsões, canaletas e desvios de água pluvial. Relativamente simples, trabalho exigiu apenas a utilização de motoniveladora | Foto: Administração Regional de Ceilândia / Divulgação A ação tem mudado a realidade de mais de 10 mil moradores das localidades. Com mais de 248 quilômetros quadrados de extensão, a área rural de Ceilândia está entre as cinco maiores do Distrito Federal. No local, destaca-se a produção de verduras e hortaliças, além da criação de frango. Só de vicinais, estradas que ligam uma rodovia a outra, de 6 a 17 de janeiro já foram recuperados 49 quilômetros.
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Produtores assistidos pela Emater adotam energia fotovoltaica
Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Com orientação da Emater-DF, dez produtores do Lago Oeste estão em processo de implantação de energia fotovoltaica em suas propriedades. O especialista de políticas públicas em Meio Ambiente da diretoria-executiva da empresa, Tupac Borges Petrillo, indica essa alternativa para produtores que querem diminuir custos ao longo do tempo ou solucionar problemas de falta de energia elétrica em locais mais isolados. Antes da instalação dos módulos fotovoltaicos, o produtor Sérgio Jum, que trabalha com aquaponia – criação de peixes aliada à a produção agrícola em um mesmo espaço –, registrava consumo de aproximadamente 700 kwh por mês. Atualmente, ele produz 2 mil kwh, disponibilizados na rede da CEB. “Minha atividade necessita de muita energia elétrica, porque as bombas utilizadas nos tanques não podem parar, senão perco a produção”, conta. O custo total para implantação do sistema foi de R$ 50 mil. “A estimativa é que em quatro anos e meio o investimento seja pago.” A proposta integra o Plano Estratégico do Governo do Distrito Federal no âmbito da sustentabilidade, usando a luz solar como fonte de energia limpa e renovável. Compra conjunta Para conseguir preços um pouco melhores com os fornecedores, Sérgio Jum e os outros agricultores interessados se reuniram e conseguiram fazer uma compra conjunta dos equipamentos. “O preço saiu um pouco melhor do que se cada um negociasse individualmente”, conta ele. Agricultores interessados no sistema podem procurar a Emater para buscar informações, tirar dúvidas e ainda dimensionar projetos de energia solar fotovoltaica para diminuir custos de produção. “A Emater-DF faz uma modelagem para o produtor e, dependendo da quantidade de energia gasta na propriedade, dizemos se é viável ou não a instalação”, explica Tupac Petrilo. “Normalmente, quando se gasta mais de R$ 500 por mês na fatura, vale a pena pensar na energia fotovoltaica.” Custo variável Petrillo ressalta que o custo de implantação do sistema de energia fotovoltaica pode variar de R$ 18 mil a R$ 60 mil, dependendo de cada modelagem e das necessidades do produtor. “O retorno financeiro chega, em média, com cinco anos de uso do sistema, que tem uma vida útil de aproximadamente 25 anos”, explica. [Numeralha titulo_grande=”25 anos” texto=”Tempo aproximado de vida útil do sistema fotovoltaico” esquerda_direita_centro=”direita”] O sistema para geração de energia elétrica a partir da radiação solar é formado basicamente por placas fotovoltaicas e por um inversor. A partir do momento em que a energia elétrica é produzida nos painéis, é armazenada em baterias (off-grid) ou injetada diretamente na rede elétrica convencional (on-grid). Esta última gera crédito e abatimento na conta junto à CEB. “Caso seja produzida energia excedente, os créditos podem ser utilizados em outro imóvel que o produtor tenha cadastrado na CEB, e o prazo para uso do crédito é de seis meses”, informa Petrillo. Como obter financiamento No DF, o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) é uma boa alternativa de financiamento de projetos. A gerente da Emater-DF no Lago Oeste, Roseli Garcia, conta que dois produtores locais conseguiram financiamento para a compra maquinário por meio do FDR, que oferece taxa anual de juros de 2,25% ao ano, se as parcelas forem pagas em dia. “A Emater auxilia desde a elaboração da modelagem do sistema até na elaboração do projeto de crédito”, explica Roseli. Também é possível encontrar linhas de financiamento na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e BNDES. “Gastamos muita energia com as bombas para puxar água e também para irrigação”, relata a produtora de morango Neli Chist, que acessou o FDR. “Acredito que teremos uma boa economia”. Após elaboração pela Emater-DF, o projeto de crédito para aquisição do FDR é encaminhado à Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri). É possível financiar até R$ 150 mil, que podem ser pagos em dez anos. [Numeralha titulo_grande=”R$ 150 mil” texto=”Teto para o financiamento, que pode ser pago em até dez anos” esquerda_direita_centro=”direita”] Em 2019, foram aprovados oito financiamentos para esse tipo de investimento. “Para o FDR ser liberado, o projeto deve ser aprovado pela Câmara Técnica”, orienta o diretor da Unidade de Gestão de Fundo da Seagri, Edson Rohden. “É importante salientar que o projeto de energia fotovoltaica precisa ser exclusivamente voltado para uso na produção rural, para funcionamento de máquinas e equipamentos ou para irrigação”, diz Rohden. “É preciso que a propriedade seja produtiva e que a renda do agricultor venha majoritariamente da propriedade”. Programa de trabalho Em 2019, a empresa desenvolveu um programa de trabalho para auxiliar na implantação de uma política de incentivo às energias renováveis no DF. A iniciativa faz parte do Plano Estratégico 2019-2060 do GDF, que quer estimular uso da energia fotovoltaica. O DF é caracterizado por um período seco de aproximadamente seis meses, mas recebe energia gerada de hidrelétricas distantes: da Usina Hidrelétrica de Furnas e da Usina de Itaipu. Projetos em andamento Tupac Petrillo também fez a modelagem de implantação de sistema fotovoltaico para o GDF e a apresentação de proposta de política pública de incentivo às energias renováveis junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Também há estudo para implantação de sistemas fotovoltaicos em escolas públicas rurais do DF. Ano passado foram realizadas ações de divulgação de sistema fotovoltaico, na exposição AgroBrasília e em outros quatro eventos promovidos pela empresa, além de reuniões com associações de produtores.
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Cartão garante benefícios a produtores rurais do DF
Registro de produção no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina | Foto: Tony Winston/Agência Brasília A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri/DF) publicou nesta semana no Diário Oficial do Distrito Federal, a Portaria nº 65 de 19 de julho de 2019 (veja a íntegra aqui), que dispõe sobre a emissão do Cartão do Produtor Rural (CPR). Trata-se de mais uma das inúmeras ações do Governo do Distrito Federal no sentido de estimular a produção no campo. A produtora rural Maria das Dores Guimarães Silva, 41 anos, possui o benefício há 15 anos. “Utilizo para fazer compras para chácara, como milho, ração e adubo, e também já utilizei créditos rurais”, resume Maria. “Sou muito feliz por ter esse cartão. É um grande benefício para nós, produtores. Para termos acesso a políticas públicas, temos de comprovar a atividade como produtor rural. Com o cartão consigo fazer isso”, acrescentou. Cerca de 90% da renda da família de Maria, que reúne marido e mais dois filhos, vem da atividade rural. Na sua propriedade em Sobradinho I, Maria das Dores planta banana, mexerica, laranja e limão, além da criar galinha para corte e postura. O secretário-executivo da Seagri/DF, Luciano Mendes, afirma que a portaria anterior existia há mais de 15 anos e já estava desatualizada. “O cartão do produtor é um documento bastante antigo, já utilizado aqui no DF pelos produtores, que identifica o exercício da atividade produtiva rural, classificando os produtores em grupos, para que possam ter acesso ao conjunto das políticas públicas. Ele não é obrigatório, mas facilita o acesso aos serviços oferecidos pelo Sistema da Agricultura do DF”, explicou. “Na legislação anterior, a esposa não tinha direito ao benefício, agora ela tem. O filho que viver na propriedade, trabalhar nas atividades também tem acesso”, arremata Luciano Mendes. O secretário-executivo da Seagri/DF ressalta também que o benefício oferece vantagens como acesso a políticas públicas. “Podemos citar como exemplo a energia elétrica. Indo até a CEB, ele pode solicitar a tarifa rural de energia, que é diferenciada.” “Para receber o cartão, a Emater-DF realizou um processo de verificação da profissão, mostrando a seriedade da ação”, finaliza Luciano. A portaria especifica ainda que, para efeito de fornecimento do cartão, o produtor rural é a pessoa física ou jurídica que desenvolve atividades agropecuárias e serviços associados às atividades rurais que apresentem vínculo comercial habitual ou apresentem índice de ocupação produtiva agropecuária, igual ou superior a 50% da área em que ocupa. A portaria também observa que a data de vencimento do CPR não poderá ser superior à data de validade dos seguintes documentos: contrato de parceria, contrato de arrendamento, contrato de concessão de uso ou contrato de concessão de direito real de uso do solo. O que é o cartão O CPR é o documento que comprova o exercício da atividade produtiva rural no Distrito Federal. Ele poderá ser emitido em meio físico ou eletrônico, com igual valor jurídico. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/DF) é a responsável por emitir o documento. “É importante observarmos que o cartão serve para identificar o exercício da atividade e não a propriedade da terra”, conclui Luciano Mendes. Acesse aqui e veja a Portaria nº 65 na íntegra * Com informações da Secretaria de Agricultura.
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