Com R$ 200 milhões investidos, GDF inaugura novo sistema que levará água tratada para mais de 500 mil brasilienses
O governador Ibaneis Rocha inaugurou, nesta quarta-feira (27), um conjunto de obras hídricas que vão reforçar o abastecimento de água tratada e beneficiar mais de 500 mil moradores da região Norte do Distrito Federal. O investimento total é de R$ 200 milhões e os serviços foram executados pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb). Entre as ações que entram em funcionamento estão a interligação do Setor Habitacional Nova Colina, em Sobradinho, à rede principal de abastecimento; a nova Adutora Corumbá–Jardim Botânico; e o conjunto formado pela Elevatória Lago Norte e a Adutora Taquari. O governador Ibaneis Rocha lembrou que as obras começaram há alguns anos, quando foi feita a ligação do sistema Corumbá em parceria com o Governo de Goiás — um trabalho necessário para dar andamento à integração de todos os sistemas de água do Distrito Federal. As obras hídricas que vão reforçar o abastecimento de água tratada beneficiarão mais de 500 mil moradores da região Norte do Distrito Federal | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília “As três obras somam R$ 200 milhões, mas o investimento total que estamos realizando em água e saneamento é de R$ 4 bilhões, beneficiando toda a população. Por isso, o DF se tornou referência nacional em saneamento e água de qualidade, algo que nos enche de orgulho. Não podemos esquecer que Brasília é diversa, com áreas como São Sebastião e Sol Nascente, e temos que cuidar de toda a população. Muitas dessas obras têm impacto social direto, embora nem sempre sejam visíveis”, destacou Ibaneis Rocha. “Confiamos que este trabalho mereça continuidade, garantindo que Brasília não viva mais os períodos de miséria hídrica como nos governos anteriores. Isso depende de todos nós e do reconhecimento da população”, concluiu o chefe do Executivo. Ainda de acordo com Ibaneis Rocha, os projetos da Caesb são de longo prazo. "Com mais essas entregas, garantimos que, pelo menos pelos próximos 50 anos, não teremos problemas de água no DF. São obras que levam de 4 a 5 anos para serem concluídas, e fazem parte de um projeto de governo para o futuro, não apenas para um mandato", finalizou. Já o presidente da Caesb, Luis Antônio Reis, detalhou o percurso e como a água chegará nas regiões atendidas pelas obras. “O sistema inaugurado conta com uma elevatória que leva água a 200 metros de altura, chegando ao Balão do Colorado com 700 litros por segundo, beneficiando cerca de 350 mil pessoas na região norte do DF. A estrutura está em operação, garantindo água na torneira da população atendida. O sistema Corumbá/Jardim Botânico também entrega 700 litros por segundo, substituindo o abastecimento anterior feito por Santa Maria e poços em São Sebastião. Além disso, a conexão do reservatório do Mangueiral ao reservatório de São Sebastião ajuda a mitigar problemas de seca, cumprindo a determinação do governador de atender 100% da população com água de qualidade”, detalhou o presidente da Caesb. O investimento total é de R$ 200 milhões e os serviços foram executados pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) Esses investimentos chancelam os bons índices da capital quando o assunto é segurança hídrica. Isso porque o DF alcançou quase a universalização do saneamento básico, com 99% de atendimento de água e 95% de esgoto, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD). Desde 2019, a Caesb investiu R$ 1 bilhão em expansão e modernização dos sistemas de água e esgoto, eficiência energética e projetos tecnológicos, e projeta destinar mais R$ 3,7 bilhões até 2029 para acompanhar o crescimento populacional e a expansão urbana do DF. Presente no evento, a vice-governadora Celina Leão reforçou que a segurança hídrica é um pilar fundamental para o desenvolvimento e a qualidade de vida da população. “A água é mais do que um recurso, é vida. Essas entregas celebram um avanço histórico, protegendo nossas famílias no presente e garantindo que as próximas gerações tenham acesso a um direito básico. É um investimento no nosso futuro, na nossa saúde e na sustentabilidade da nossa cidade”, disse Celina Leão. Lago Norte e Adutora Taquari As estruturas integram o Sistema de Abastecimento de Água Norte e receberam cerca de R$ 97 milhões, com recursos do GDF e do Banco do Brasil. Juntas, vão garantir fornecimento estável e de qualidade para 355 mil moradores de Sobradinho I e II, Grande Colorado, Lago Norte, Boa Vista, Taquari e Itapoã. A elevatória possui dois reservatórios metálicos de 2 mil metros cúbicos, quatro bombas de alta potência e subestação elétrica própria. A Adutora Taquari, com 10,6 quilômetros de extensão, utiliza tubulações de grande diâmetro e conta com torre de equilíbrio de 40 metros, que protege contra variações de pressão. O sistema capta água no Lago Paranoá, trata na ETA Lago Norte e distribui para os reservatórios da região. "As três obras somam R$ 200 milhões, mas o investimento total que estamos realizando em água e saneamento é de R$ 4 bilhões, beneficiando toda a população. Por isso, o DF se tornou referência nacional em saneamento e água de qualidade, algo que nos enche de orgulho" Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal Nova Colina A interligação do Setor Habitacional Nova Colina à rede principal de água vai beneficiar 28 mil pessoas em 17 condomínios, incluindo o assentamento Dorothy Stang, Nova Petrópolis e áreas de Planaltina. A obra teve investimento de R$ 10,6 milhões, com recursos próprios da companhia, e envolveu a implantação de 44 quilômetros de redes. Sistema Corumbá e Adutora Jardim Botânico A nova Adutora Corumbá–Jardim Botânico teve investimento de R$ 100 milhões, financiado com recursos próprios da Caesb, e vai atender cerca de 150 mil moradores de São Sebastião, Jardim Botânico, Jardins Mangueiral, Tororó e regiões próximas. Com 25,5 quilômetros de extensão, a adutora integra o Sistema Corumbá — responsável pela captação no reservatório Corumbá IV — e amplia a distribuição de água tratada em áreas de alta demanda. A estrutura percorre as rodovias BR-251 e DF-001, conectando o reservatório do Gama aos sistemas de distribuição do Lago Sul e Jardins Mangueiral. Além de reforçar o abastecimento atual, a obra contribui para desafogar o Sistema Torto/Santa Maria, responsável por 11% do fornecimento do DF, e atender os futuros moradores do loteamento Aldeias do Cerrado. Mais investimentos O GDF, por meio da Caesb, têm ampliado programas estratégicos para garantir abastecimento de qualidade. A tarifa social atende 270 mil pessoas com desconto de 50% na conta de água e esgoto, beneficiando famílias de baixa renda, com deficiência ou idosos. O Programa Água Legal, por sua vez, regularizou quase 10 mil unidades e vai atender mais de 14 mil pessoas em novas localidades. Entre as demais obras em andamento está a adutora da EPTG, que conecta os sistemas de Santa Maria e Torto/Descoberto e assegura até mil litros por segundo. Além disso, um financiamento de R$ 100 milhões permitirá a modernização da medição de consumo e a substituição de mais de 550 mil hidrômetros, promovendo economia de água e maior eficiência no serviço. De investimentos previstos, o bairro Santa Luzia, na Estrutural, é o próximo a receber as obras de infraestrutura da Caesb. Para atender a demanda histórica da região, o investimento será de R$ 80 milhões. A expectativa é que seja lançada nos próximos dias a licitação para contratar a empresa responsável pelas obras. “O Santa Luzia, ali na região da Estrutural, era um lugar em que se falava em remover as pessoas e derrubar. Mas com a gente é diferente. Vamos fazer uma requalificação total e, até o final do ano, todas aquelas famílias terão água encanada na porta. Todo o bairro do Santa Luzia será remodelado para que essas pessoas tenham qualidade de vida na sua rotina diária”, defendeu Ibaneis Rocha.
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Por trás das torneiras: Como o tratamento de esgoto no DF é referência nacional e garante segurança ambiental
Na etapa final da série especial da Agência Brasília sobre saneamento básico, o foco se volta para um trabalho invisível, mas essencial: o esgotamento sanitário no Distrito Federal. Por trás das torneiras que abastecem quase 100% da população com água potável, existe um sistema robusto que coleta e trata cerca de 376 milhões de litros de esgoto todos os dias. Com 7 mil quilômetros de redes coletoras e 15 estações de tratamento de esgoto (ETEs), o DF se destaca no cenário nacional pela eficiência e qualidade do serviço — 94% da população é atendida pela rede, e 100% do esgoto coletado recebe tratamento antes de ser devolvido à natureza. Referência no país na oferta de água e no tratamento de esgoto, o Distrito Federal é um exemplo de encerramento do ciclo do saneamento: a água é captada nos reservatórios, tratada em unidades específicas e distribuída à população | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo o Instituto Trata Brasil, o DF tem a maior taxa de esgoto tratado entre todas as unidades da Federação, sendo o único com índice acima de 80%, à frente de estados como Roraima, Paraná, São Paulo e Goiás. Entre as cidades, Brasília ocupa a 20ª posição no ranking nacional, com 91,77% da população atendida por rede de esgoto e 86,65% do esgoto coletado passando por tratamento. No abastecimento de água, a cobertura chega a 99% da população, o que coloca a capital entre as nove cidades mais bem avaliadas do país nesse quesito. “Isso significa que Brasília já universalizou o acesso à água e ao esgoto, enquanto outros estados ainda precisam investir muito para alcançar essa meta. Todo o esgoto coletado é tratado, e o nível de tratamento é de ponta — nível três, mais sofisticado do que o praticado em outras regiões”, explica o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis. Para ele, essa iniciativa é necessária porque os córregos da região são pequenos, então o efluente precisa ser muito bem tratado. Por isso, as estações de tratamento são de ponta, monitoradas e visitadas por comitivas da China, Europa e de outros estados brasileiros. A etapa inicial do tratamento de esgoto é responsável pela remoção dos sólidos mais grosseiros, como lixo e areia. Em seguida, o esgoto passa por decantadores primários, onde os sólidos mais pesados são separados O presidente mencionou a Fitabes, uma das maiores feiras de tecnologia em saneamento ambiental da América Latina, que reúne as principais empresas do setor para apresentar inovações em tecnologias, produtos, serviços e equipamentos a um público especializado. Neste ano, a décima terceira edição será realizada na capital federal em maio. "Achamos muito importante este encontro ser em Brasília por ser uma cidade referência em saneamento", complementou Reis. Até 2029, a Caesb prevê investir cerca de R$ 3,2 bilhões na ampliação e aprimoramento dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Distrito Federal. Esses investimentos contribuem diretamente para a qualidade de vida da população, pois garante o fornecimento de água sem a necessidade de racionamento, além de assegurar o tratamento adequado do esgoto, com benefícios para o meio ambiente e a saúde pública. Etapas do tratamento A etapa inicial do tratamento de esgoto é responsável pela remoção dos sólidos mais grosseiros, como lixo e areia. Esse tipo de resíduo é resultado do uso indevido do sistema de esgotamento sanitário, já que a população ainda descarta lixo na rede coletora. Em seguida, o esgoto passa por decantadores primários, onde os sólidos mais pesados são separados. Depois, entra na etapa biológica, em que microrganismos removem os contaminantes por meio de processos metabólicos. Na fase seguinte, chamada de tratamento químico ou polimento final, um coagulante é adicionado para agrupar as partículas restantes, que são removidas nas câmaras de flotação. O efluente, agora tratado dentro dos padrões ambientais, é então lançado de volta para a natureza. Nas estações de tratamento de esgoto, todo o processo é monitorado com rigor. São realizadas coletas em diferentes etapas do tratamento, e essas amostras são analisadas nos laboratórios da Caesb Segundo a gerente de Operação da Bacia Paranoá, Camila Gonçalves, cada etapa do tratamento tem um tempo de detenção, ou seja, um período em que o esgoto permanece em determinada fase do processo. “Aqui na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Norte, esse tempo varia conforme a vazão, mas, em média, cada reator opera com um tempo de detenção de cerca de 6 horas. Isso significa que o esgoto que entra agora na estação passará por todas as etapas principais do tratamento e, em poucas horas, já será encaminhado para o tratamento final. Em um mesmo dia, conseguimos observar que o esgoto que entrou já saiu tratado”, explica. A vazão média da ETE Norte é de aproximadamente 600 litros por segundo. Entre as unidades da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), a maior em termos de capacidade é a ETE Melchior, com vazão média de 1.500 litros por segundo, seguida pela ETE Sul, com 1.200 litros por segundo. “É comum a população enxergar as estações de tratamento de esgoto como poluidoras dos corpos d’água, mas, na verdade, elas exercem um papel mitigador da poluição. O esgoto bruto, carregado de contaminantes, resíduos e lixo, é tratado nas estações e devolvido à natureza com excelente qualidade”, diz Camila Gonçalves “Aqui na ETE Norte, como o lançamento do efluente é feito diretamente no Lago Paranoá, há uma exigência muito rígida em relação aos parâmetros de qualidade. Um dos mais críticos é o controle de nutrientes, que, se lançados em excesso, podem causar a eutrofização, um desequilíbrio que afeta as condições ecológicas do lago. Por isso, na década de 1990, a estação passou por uma reforma e ampliação, e hoje opera com um sistema de tratamento terciário avançado, que inclui tratamento químico”, destaca a gerente. Camila explica que esse processo promove a remoção eficiente dos nutrientes e atende aos padrões exigidos pelos órgãos ambientais e pela legislação vigente. Atualmente, essa é uma das tecnologias mais modernas e completas disponíveis. Camila ressalta que a tecnologia utilizada nas estações também é considerada referência. A maioria das unidades opera com tratamento secundário e terciário avançado, o que garante elevada qualidade ao efluente que é devolvido à natureza. Ela explica que o Distrito Federal é um exemplo de encerramento do ciclo do saneamento: a água é captada nos reservatórios, tratada em unidades específicas e distribuída à população. “É comum a população enxergar as estações de tratamento de esgoto como poluidoras dos corpos d’água, mas, na verdade, elas exercem um papel mitigador da poluição. O esgoto bruto, carregado de contaminantes, resíduos e lixo, é tratado nas estações e devolvido à natureza com excelente qualidade”, reforça a gerente de Operação da Bacia Paranoá. [LEIA_TAMBEM]Nas estações de tratamento de esgoto, todo o processo é monitorado com rigor. São realizadas coletas em diferentes etapas do tratamento, e essas amostras são analisadas nos laboratórios da Caesb. Esse monitoramento contínuo permite acompanhar a operação do sistema e garante a qualidade do efluente que será lançado no corpo receptor. Além disso, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) também monitora o impacto dos efluentes tratados lançados nos corpos hídricos. “Mesmo após tratamento, esses efluentes ainda podem carregar matéria orgânica e nutrientes que afetam a qualidade da água dos rios e reservatórios. Monitoramos esses impactos por meio de parâmetros como a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e níveis de fósforo e nitrogênio”, afirma o superintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Gustavo Carneiro. “Com esse sistema de controle e regulação, podemos afirmar que a água distribuída no Distrito Federal é uma referência em qualidade. Mas esse trabalho precisa do compromisso de todos para o uso consciente desse recurso tão precioso”, finaliza Gustavo. Resíduos sólidos retidos Quanto aos resíduos sólidos que ficam retidos durante o processo, eles são recolhidos diariamente. Esses detritos são colocados em baias para secagem e, posteriormente, todo o material é encaminhado para o Aterro Sanitário de Brasília, onde é feita a disposição final adequada. Além disso, há a produção de lodo, que é um resíduo resultante de várias etapas do tratamento. Esse lodo é formado basicamente pela remoção de sólidos e pela massa de bactérias, junto com os nutrientes que precisam ser eliminados do esgoto. Esse material passa por um processo específico de tratamento, incluindo a desidratação, e depois é enviado para a unidade de gerenciamento de lodo da Caesb. Nessa unidade, o lodo desidratado é preparado para ser utilizado futuramente como adubo, em um processo complementar que dá uma destinação sustentável ao resíduo gerado durante o tratamento do esgoto.
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Água para todos: Como o saneamento transforma vidas no Distrito Federal
A terceira reportagem da série especial da Agência Brasília sobre saneamento básico revela os esforços do Governo do Distrito Federal (GDF) para levar água tratada a todos os cantos da capital. Com foco nas áreas mais vulneráveis, o programa Água Legal, conduzido pela Caesb, tem transformado a realidade de comunidades que antes dependiam de sistemas precários ou ligações irregulares. Desde 2019, o programa já beneficiou cerca de 28 mil pessoas, com mais de 8,4 mil unidades regularizadas em 88 comunidades, graças a um investimento de R$ 9,5 milhões. "Agora está maravilhoso. A água é boa, dá gosto de beber, a comida fica gostosa", comemora Marizete da Silva, moradora da Estrutural | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para garantir que o DF continue avançando no saneamento, a Caesb destinará R$ 3,2 bilhões, entre 2025 e 2029, a trabalhos de modernização e expansão do sistema para levar água e esgoto a mais moradores. O projeto, que constrói redes de abastecimento em comunidades carentes e atendeu locais como a Fazendinha, no Sol Nascente, e o Dorothy Stang, em Planaltina, já recebeu, até o momento, R$ 8,5 milhões, beneficiando mais de 24 mil pessoas. Segundo o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, com a orientação do governador Ibaneis Rocha, a companhia avançou na regularização de diversas comunidades. “Desde o início do governo, já beneficiamos 88 locais, e o nosso compromisso é garantir que mais famílias possam viver com dignidade e acesso a serviços essenciais”, afirma. O líder comunitário Rafael Braz diz que os moradores da região comemoraram quando os maquinários chegaram para resolver o abastecimento de água: "As pessoas ficaram muito felizes, porque nunca imaginaram que essa realidade chegaria" Recentemente, a Estrutural teve acesso à água potável da rede da Caesb. Moradora da região, Marizete da Silva trabalha com reciclagem e mora sozinha. Antes do programa Água Legal, a água que chegava à casa dela era de má qualidade. “A água vinha suja, com gosto de ferrugem, parecia barrenta. Meus netos, que sempre vinham aqui, passavam mal, sentiam dor de barriga, e eu também. Era ruim até para cozinhar. A gente tinha que ferver tudo, era muito triste”, relatou. Hoje, com a chegada da água potável, a realidade mudou: “Graças a Deus, agora está maravilhoso. A água é boa, dá gosto de beber, a comida fica gostosa. Melhorou muito, não tenho o que reclamar”. Ela contou que começou a receber água tratada há cerca de oito meses e que a qualidade de vida melhorou significativamente desde então. "A chegada da água tratada e da rede de esgoto foi essencial para a comunidade", destaca o eletricista Renato Magalhães, morador da Estrutural Segundo o administrador regional da Estrutural, Alceu Mattos, a Quadra 12 da cidade, por exemplo, estava há 27 anos sem fornecimento regular de água. “Até então, o que existia eram os chamados 'gatos', ligações clandestinas, muitas vezes com água de procedência duvidosa. Agora, essas pessoas estão recebendo a mesma água que chega no Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Taguatinga, etc.”, enumerou. “Foi quando os maquinários começaram a aparecer aqui no centro. As pessoas ficaram muito felizes, porque nunca imaginaram que essa realidade chegaria. A água era de péssima qualidade, muita gente adoecia”, lembrou o líder comunitário da região, Rafael Braz. Para ele, essa transformação foi muito rápida, pois em poucos meses as quadras já estavam sendo atendidas com água potável. Para o eletricista Renato Magalhães, morador da Estrutural há dez anos, a chegada da rede de esgoto transformou a qualidade de vida na região. “Antes, usávamos fossas, e muitas vezes o esgoto transbordava. Não tínhamos como pagar caminhões para fazer a limpeza, então ele acabava correndo a céu aberto, o que era um risco para a saúde, principalmente das crianças”, explica. Segundo ele, a regulamentação da água também trouxe melhorias importantes: “Tínhamos muitos problemas com queda de pressão nas torneiras, principalmente nos horários de pico. Às seis da tarde, por exemplo, era difícil tomar banho. Agora isso foi resolvido, e a população tem a quem recorrer em caso de problemas. A chegada da água tratada e da rede de esgoto foi essencial para a comunidade”. Atualmente, a Caesb está com obras em andamento em diversas regiões do Distrito Federal. No Gama, os serviços estão sendo executados no Residencial Paraíso. No Sol Nascente, as intervenções ocorrem na Horta Comunitária da CH 21, Condomínio Buritis CH 02, Casa Branca CH 141, CH 123C, CH 75 e CH 51A. No Paranoá, a obra está na Capoeira do Bálsamo. No Recanto das Emas, a atuação ocorre no Núcleo Rural Monjolo, e em Sobradinho, nos condomínios Petrópolis e Novo Setor de Mansões. Com a conclusão dessas obras, mais 5 mil unidades estarão regularizadas. As próximas comunidades que serão atendidas pelo programa Água Legal até junho deste anosão: no Sol Nascente, o Condomínio Gênesis, Quadra 300, Quadra 601, CH 07A e CH 84; no Pôr do Sol, CH 76, CH 83, Q 201 CH 102 e Quadra 109; e, em Sobradinho, o Condomínio Lara e o Condomínio Bela Vista Serrana. Bairro Santa Luzia O administrador regional da Estrutural, Alceu Mattos, diz que a Quadra 12 estava há 27 anos sem fornecimento regular de água pela Caesb. “Agora, essas pessoas estão recebendo a mesma água que chega no Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Taguatinga etc.” A Caesb está à frente também do projeto de saneamento integrado do Bairro Santa Luzia, na Estrutural, que terá infraestrutura de rede de água, esgoto e energia elétrica e sistemas de drenagem e de coleta de lixo. Serão investidos R$ 85 milhões, com a aprovação no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Seleção), para beneficiar cerca de 20 mil pessoas. A licitação das obras será no primeiro semestre deste ano. O administrador regional da Estrutural, Alceu Mattos, pontuou que Santa Luzia é um bairro com quase 20 anos de existência e, até hoje, sem infraestrutura básica: não tem água encanada, esgoto, rede pluvial, pavimentação ou iluminação pública. “Dentro do projeto do governador Ibaneis Rocha, que busca levar saneamento para todo o Distrito Federal, Santa Luzia foi contemplada. A Caesb vai implementar rede de água, esgoto, drenagem, calçamento e iluminação. A expectativa é que as obras sejam licitadas agora em abril ou maio, e a população finalmente terá acesso a esses serviços essenciais”, ressaltou. [LEIA_TAMBEM]Além disso, este GDF vai investir R$ 274 milhões para levar saneamento ao bairro Santa Luzia e ampliar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Recanto das Emas. Somente em Santa Luzia serão aplicados R$ 80 milhões, beneficiando cerca de 20 mil pessoas. Para o projeto de modernização e ampliação da ETE do Recanto das Emas, que atende também ao Riacho Fundo II, serão investidos R$ 194 milhões, sendo R$ 184 milhões provenientes do financiamento do Novo PAC, e R$ 10 milhões de recursos próprios da Caesb. A expectativa é de que a medida beneficie diretamente os 280 mil moradores que residem nas regiões administrativas. O projeto vai duplicar a capacidade operacional da ETE, com a reforma na estrutura da estação e novas instalações e equipamentos, como tanques, decantadores secundários e sistema de beneficiamento de lodo. Além disso, vai melhorar a qualidade da água do Ribeirão Monjolo. Adesão ao Programa Para aderir ao programa, os moradores devem apresentar documentos pessoais (RG e CPF) e preencher o Termo de Solicitação de Serviços (TSS), que funciona como contrato com a Caesb. O morador pode financiar a taxa de primeira de ligação em oito parcelas sem juros, na conta de água. Quem participa do programa paga pela água que consome, mas a tarifa é reduzida para os que estão inscritos nos programas sociais do GDF.
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Da nascente ao copo: Como o DF garante água de qualidade desde a captação até as casas
A segunda parte do especial da Agência Brasília que explora como é feito o saneamento básico no Distrito Federal detalha o processo rigoroso de monitoramento e controle da qualidade da água realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), tudo para que o abastecimento potável chegue às casas dos brasilienses. Com o processo de tratamento, a água chega ao consumidor com baixíssima turbidez, sem cor, sem gosto e sem cheiro, dentro de todos os parâmetros de potabilidade | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Distrito Federal é referência em saneamento básico do país, com 99% das residências abastecidas com água de boa qualidade para consumo. Esse índice é o mais próximo da meta do novo Marco Legal do Saneamento Básico, lei federal que prevê que 99% da população deve ser coberta com abastecimento de água até 2033. Antes de a água chegar à sua torneira, a Caesb monitora a qualidade em todas as etapas: desde a captação da água bruta, passando pelo tratamento, até a distribuição, quando ela chega às casas das pessoas. Esses procedimentos asseguram que a água distribuída atenda aos mais altos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A gerente do Laboratório Central da Caesb, Alessandra Momesso, explica que o laboratório monitora a água bruta, antes de ser tratada, para verificar se está em condições de ser tratada com eficiência; a água tratada na rede de distribuição, para garantir que chegue com qualidade até o cliente final; e os efluentes, tanto na entrada das estações de tratamento de esgoto (ETE) quanto na saída, quando são devolvidos aos corpos-d’água. “A gente monitora desde parâmetros básicos, como pH, cor, turbidez e cloro residual, os mais visíveis e perceptíveis pela população, mas também fazemos análises microbiológicas, para garantir que a água esteja livre de microrganismos patogênicos”, explica Alessandra. Além disso, também é feita análise mais complexa, como cromatografia, para detectar agrotóxicos e o monitoramento de metais pesados, como alumínio, chumbo, zinco e cobre. “Essas análises são feitas tanto na água bruta quanto na tratada, seguindo o que determina a portaria do Ministério da Saúde, que exige esse tipo de monitoramento semestralmente”. Por conta do cuidado e do processo de tratamento, a água chega ao consumidor com baixíssima turbidez, sem cor, sem gosto e sem cheiro. Além disso, essa água tratada não contém contaminantes como agrotóxicos ou metais pesados e está dentro de todos os parâmetros de potabilidade. O biólogo Bruno Batista, que coordena o Laboratório de Análises Biológicas e Limnológicas da Caesb, ressalta que o local possui reconhecimento em nível internacional e que os processos de análise são avaliados periodicamente pela Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (CGCRE-Inmetro). Além disso, os resultados das análises são submetidos aos órgãos de controle e fiscalização, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) e o Instituto Brasília Ambiental. A água do Lago Paranoá é monitorada semanalmente por meio da coleta de amostras em 10 pontos | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Ao todo, o Distrito Federal possui 12 estações de tratamento de água (ETAs), com capacidades variadas. “O tempo que leva da captação até a distribuição depende muito da distância entre o manancial e a ETA. Por exemplo, se a captação fica a 400 metros da estação, o processo é mais rápido. Mas há casos, como Santa Maria ou Ribeirão Pipiripau, onde a distância entre a captação e a ETA é mais longa. Nesses casos, o transporte da água até o início do tratamento leva mais tempo”, explica a coordenadora do Sistema de Produção de Água da Caesb, Cláudia Simões. [LEIA_TAMBEM]Segundo ela, esse controle é feito com base na população atendida. Por exemplo, na ETA de Brazlândia, que atende 62 mil pessoas, há um número específico de pontos de coleta que precisam ser monitorados regularmente. Para isso, o Laboratório Central verifica parâmetros como orgânicos, agrotóxicos e outros que não são detectados na estação, para garantir que a qualidade da água continue adequada até a casa do consumidor. O laboratório também atua como auditor das ETAs: faz análises na saída do tratamento e na rede com o intuito de conferir se tudo está de acordo. No último ano, 99,47% dos resultados atenderam aos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A Caesb realizou 35.429 ensaios de água distribuída em 2024. Entre eles, foram coletadas, em média, 590 amostras por mês em 400 pontos dos sistemas de distribuição, com cerca de 3 mil análises por mês no total. De 2019 a 2024, a Caesb investiu R$ 1 bilhão na ampliação e modernização dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Para 2025, a companhia pretende intensificar ainda mais esses aportes, dentro de um plano que prevê investimentos de R$ 3,2 bilhões em obras até 2029. As melhorias se concentram em três frentes principais: redução de perdas de água, setorização do fornecimento de água e conversão de gás metano em energia. Programa de balneabilidade do Lago Paranoá “Além do monitoramento semanal, uma vez por mês, fazemos uma coleta completa de barco, passando por 30 pontos diferentes do lago”, diz a gerente do Laboratório Central da Caesb, Alessandra Momesso | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A água do Lago Paranoá é monitorada o ano todo. Esse trabalho é feito pelos técnicos do Laboratório Central da Caesb, que, toda semana, coletam amostras de água recolhidas em dez pontos de pesquisa, distribuídos em torno dos 48 quilômetros quadrados abrangidos pelo lago. Dois tipos de testes são feitos: um para medir o pH (grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água) e outro para aferir a quantidade de coliformes fecais (bactéria Escherichia coli) e de algas. O controle segue os critérios definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece as condições para que uma água seja considerada própria para banho. Os resultados são divulgados em mapas no site da Caesb, indicando os pontos balneáveis da semana. A população pode consultar antes de usar o lago para atividades recreativas. “Além do monitoramento semanal, uma vez por mês, fazemos uma coleta completa de barco, passando por 30 pontos diferentes do lago. Esse estudo é parte do monitoramento limnológico, que avalia o nível de trofia do lago, ou seja, a tendência a desenvolver vegetações aquáticas como algas e macrófitas”, explica Alessandra Momesso. Segundo ela, é importante monitorar a entrada de nutrientes, especialmente o fósforo, pois o excesso pode causar proliferação de plantas e prejudicar o ecossistema, e quando é identificado o aumento desses níveis, adotam ações de controle, como remoção de macrófitas com embarcações especiais. Alerta à população Se for detectado algum problema grave de contaminação, a Caesb age imediatamente junto à área de comunicação, para informar a população por meio de avisos públicos. Há também atenção redobrada com áreas próximas às estações de esgoto, onde ainda pode haver zonas de mistura. Por isso, não é recomendado o banho próximo a essas áreas, mesmo que o esgoto tratado esteja dentro dos padrões legais.
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Governador Ibaneis Rocha exalta investimentos em saneamento no DF: ‘Temos resultados à prova’
Vicente Pires em um passado recente, Sol Nascente no presente e o bairro Santa Luzia num futuro próximo são exemplos de como o investimento em saneamento básico é capaz de transformar a realidade de cidades e pessoas e garantir qualidade de vida para a população. O governador Ibaneis Rocha citou as duas regiões administrativas e o bairro localizado na Estrutural para apresentar resultados e projeções de investimentos no Distrito Federal, na ordem de R$ 3,2 bilhões, durante a abertura do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) e da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), no Ulysses Centro de Convenções, nesta segunda-feira (26). O governador Ibaneis Rocha destacou os investimentos que fazem do DF uma referência no país em saneamento, durante a abertura do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) e da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes) | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Os dois eventos, que ocorrem simultaneamente a cada dois anos, são considerados os maiores e mais importantes do setor no Brasil e na América do Sul. Na ocasião, o chefe do Executivo destacou os avanços no Distrito Federal com relação ao saneamento na capital. “Vamos investir, tanto na captação de água quanto na questão de saneamento, em torno de R$ 3,2 bilhões até 2029, isso vai nos permitir garantir água de qualidade pelos próximos 50 anos. Hoje, temos um sistema onde 99% da população é atendida com água potável e 96% conta com coleta de resíduos, o que coloca o DF em um ponto de grande vantagem em relação às outras unidades da federação. Esse é um dos exemplos que temos e que deve motivar os governos federal, estadual e municipal a seguirem também”, afirmou Ibaneis Rocha. Com o tema “Saneamento para quem não tem - inovar para Universalizar!”, a programação do evento vai até a próxima quarta-feira (28), com previsão de reunir aproximadamente 15 mil pessoas. Está prevista a presença de autoridades, profissionais do ramo, representantes do poder público, pesquisadores e acadêmicos, além da indústria e setor privado. Destaque nacional O DF é referência no país em saneamento básico, com uma das melhores redes de abastecimento, tratamento e distribuição de água do Brasil, segundo avaliações de institutos especializados. Desde o início da gestão do governador Ibaneis Rocha, em 2019, já foram feitos investimentos de R$ 1,5 bilhão em obras de ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A meta da Caesb é ampliar a capacidade de atendimento diante do crescimento populacional e da expansão urbana, com previsão de investir mais de R$ 3,2 bilhões até 2029. “Brasília é referência no saneamento ambiental", destacou o presidente da Abes, Marcel Costa Sanches De acordo com o governador Ibaneis Rocha, o acesso ao saneamento básico reflete também na promoção à saúde pública e à qualidade de vida. “A gente vê que na maioria dos locais onde não há uma condição adequada, a população, principalmente a de baixa renda, tem doenças totalmente evitáveis. Essa consciência precisa ser levada a todos os cantos e é necessário que se cobrem das autoridades investimentos sérios nesta área”, acrescentou o chefe do Executivo. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), conta com patrocínio do GDF, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF), de aproximadamente R$ 3 milhões. O objetivo é discutir sobre os desafios e soluções para o saneamento e a sustentabilidade ambiental no Brasil, abordando temas fundamentais como manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana, eficiência energética e mudanças climáticas. Marco Legal A Caesb se destaca no contexto nacional em relação ao Marco Legal do Saneamento, pois o Distrito Federal pode ser considerado um ente da federação que já universalizou os serviços de água e esgoto ao atender 99% da população com água potável e 95% de esgoto coletado, sendo que 100% do esgoto coletado é tratado, conforme dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios. As metas legais do Marco Legal preveem 99% de cobertura de água potável até 2033 e 90% de cobertura de esgoto tratado no mesmo prazo. De acordo com o presidente da Abes, Marcel Costa Sanches, o Distrito Federal é um exemplo a ser seguido por outras unidades da federação: “Brasília é referência no saneamento ambiental. Existe já praticamente toda a população atendida por abastecimento de água de qualidade, esgotamento coletado e tratado e há uma condição envolvendo a drenagem urbana e no campo dos resíduos sólidos. Então, esses quatro componentes é que trazem esse selo de excelência para a capital federal.” Santa Luzia O trabalho que o Governo do Distrito Federal vai executar no bairro Santa Luzia, na Estrutural, já foi concluído em regiões como Vicente Pires e está em andamento, com previsão de finalizar até final deste ano, no Sol Nascente/Pôr do Sol. A demanda histórica no bairro Santa Luzia, na Estrutural, será atendida com aporte da ordem de R$ 80 milhões por parte do GDF. O valor foi financiado junto a um banco privado, por meio do programa PAC Financiamentos, do governo federal, e será pago pela Caesb. [LEIA_TAMBEM]“Todos os governantes que me antecederam só tinham como como solução tirar as pessoas de lá e levar para outros locais por ser uma área de bastante dificuldade, mas nós assumimos o compromisso de melhorar a vida daquela população, juntamos os órgãos do Distrito Federal com a competência do Ministério da Cidades e conseguimos a autorização para esse financiamento“, complementou Ibaneis Rocha. O projeto de saneamento para a comunidade prevê a instalação de uma rede de abastecimento de água com 46,5 mil metros, abrangendo os 89 hectares de extensão da área ocupada pelo assentamento. A rede de esgoto terá 35 mil metros e duas estações elevatórias, que vão encaminhar os resíduos para a Estação de Tratamento de Esgoto Norte, em Brasília. Serão implantados 5 mil metros de galerias de águas pluviais, além de bacias de absorção, pavimentação asfáltica e intertravada nas vias do bairro. Todas as etapas de execução do projeto serão acompanhadas por ações sociais e de educação sanitária e ambiental, com a participação de diversos órgãos do Governo do DF (GDF). “Eu acredito nesse projeto e será muito bem tocado. No momento estamos preparando a licitação para que as obras comecem o mais rápido possível. E fica o convite para outros estados interessados a irem até a nossa empresa para conhecer todas as nossas soluções integradas para a melhoria da vida das populações mais carentes”, concluiu o governador. De acordo com o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, o projeto será executado em parceria com a população. “Seguiremos o conceito de saneamento integrado, vamos fazer tudo isso junto da comunidade. Ao mesmo tempo em que vamos nos aproximar da população, ela também vai participar e fazer junto de nós. Para isso, vamos trazer uma série de cursos para ambientar as famílias para receber essa nova realidade”, defendeu.
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GDF amplia instalação de fossas sépticas biodigestoras em áreas rurais
O Governo do Distrito Federal, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), instalará mais 67 fossas sépticas biodigestoras em propriedades rurais de Sobradinho. A ação integra o programa de saneamento básico da Emater-DF voltado para áreas rurais onde não há rede pública de esgoto, e será executada com investimento de R$ 650 mil, provenientes de convênio firmado entre Emater-DF e Adasa. A contratação da empresa responsável pela instalação foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (30). “A instalação dessas fossas biodigestoras representa muito mais do que uma obra de infraestrutura. É um investimento direto na saúde das famílias rurais e na qualidade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor. Garantir saneamento no campo é promover dignidade, cidadania e desenvolvimento sustentável para o Distrito Federal”, ressaltou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. A instalação das fossas biodigestoras atua diretamente na saúde da população | Foto: Divulgação/Emater-DF Essa é a terceira contratação dentro da ata geral que permite aquisições escalonadas, conforme a liberação de recursos. A ação está alinhada ao Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020), que determina a universalização dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário no Brasil até 2033, com atendimento de, no mínimo, 99% da população. “Esse trabalho conjunto com a Emater-DF é uma demonstração concreta de como a união de esforços entre instituições públicas pode gerar impactos reais na vida das pessoas. Com essa parceria, investimos em saneamento básico na área rural, o que se reverte em qualidade de vida, saúde e na preservação dos recursos hídricos”, afirmou o presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro. Saneamento e saúde Para a extensionista rural da Emater-DF e responsável pela empresa na execução do programa de saneamento, Luciana da Silva, os impactos da iniciativa são profundos e vão muito além da estrutura instalada. “A instalação dos sistemas representa saúde pública e segurança alimentar. Hoje, com o marco do saneamento e o esforço de várias instituições, estamos conseguindo avançar neste desafio que é levar saneamento rural para as famílias do campo”, afirma. Como funciona a tecnologia O sistema biodigestor trata os resíduos orgânicos de forma segura e sustentável [LEIA_TAMBEM]O sistema biodigestor é uma solução ecológica e eficiente para o tratamento de esgoto em locais sem acesso à rede pública. O sistema trata os resíduos orgânicos de forma segura, contribuindo para a proteção do meio ambiente e a melhoria das condições sanitárias no campo. Para receber o equipamento, os interessados devem residir em área rural, estar cadastrados na Emater-DF e exercer alguma atividade produtiva. Atualmente, produtores que entregam para os programas de compras governamentais estão entre os prioritários. *Com informações da Emater-DF
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Sol Nascente/Pôr do Sol: água tratada e rede de esgoto levam dignidade aos moradores
A chegada de água tratada e rede de esgoto ao Sol Nascente/Pôr do Sol mudou a realidade da população nos últimos anos, garantindo mais dignidade e qualidade de vida para os mais de 95 mil habitantes da região. Com a destinação de R$ 80 milhões ao saneamento básico, o Governo do Distrito Federal (GDF) já implantou 177 km de rede de água e 259 km de esgoto, beneficiando 27.945 imóveis com água encanada e 21.404 com coleta e tratamento de esgoto. Os investimentos de infraestrutura na cidade somam R$ 630 milhões. Desde a primeira gestão deste GDF, o Sol Nascente/Pôr do Sol tem recebido diversas obras de infraestrutura, além de equipamentos públicos | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília As obras integram os principais objetivos do Plano Distrital de Saneamento Básico (PDSB) e refletem o compromisso do governo em assegurar direitos básicos à população. Desde 2019, quando foi reconhecido como região administrativa, o Sol Nascente/Pôr do Sol tem recebido uma série de melhorias, que vão desde infraestrutura até equipamentos públicos. Símbolo desse progresso, as obras de saneamento básico são destaque da série de reportagens Esta é a Nossa História, da Agência Brasília, que leva os cidadãos a conhecer os projetos do governo que têm transformado comunidades e vidas no Distrito Federal nos últimos seis anos. Mais infraestrutura O comerciante Aldemir Pereira acompanhou a transformação na região: “Além do fim do mau cheiro, houve asfaltamento das ruas, o que facilitou a mobilidade. Isso também ajudou meu negócio, aumentando as vendas na loja de conveniência” “Quando eu cheguei aqui, o esgoto corria a céu aberto, 24 horas por dia, pelas ruas”, lembra o comerciante Aldemir Pereira, 56 anos, que testemunhou a transformação da cidade nos últimos anos. Segundo ele, a instalação da rede de esgoto trouxe mudanças significativas. “Além do fim do mau cheiro, houve asfaltamento das ruas, o que facilitou a mobilidade. Isso também ajudou meu negócio, aumentando as vendas na loja de conveniência. Só tivemos ganhos”. “Além de garantir água de qualidade e rede de esgoto, reforçamos nosso compromisso de promover cidadania e dignidade para a população” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb A água encanada e de qualidade é fruto do esforço da Caesb, que priorizou levar esse serviço essencial para a região. Para o presidente da companhia, Luís Antônio Reis, as obras representam um marco na política social e habitacional do GDF. “Investimos R$ 80 milhões para atender o Sol Nascente/Pôr do Sol, uma região que era historicamente carente de saneamento”, relata. “Além de garantir água de qualidade e rede de esgoto, reforçamos nosso compromisso de promover cidadania e dignidade para a população”. Saúde e qualidade de vida O sistema de esgotamento sanitário do Sol Nascente/Pôr do Sol eliminou as antigas fossas sépticas, substituindo-as por uma rede moderna e integrada. O esgoto doméstico agora é coletado e transportado por sete estações elevatórias, que bombeiam 100 litros por segundo para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Melchior, em Samambaia. Ao todo, a extensão da rede equivale à distância entre Brasília e Goiânia – aproximadamente 200 km. A moradora Maria Cristina do Nascimento elogia o trabalho: “Essas obras trouxeram dignidade e qualidade de vida para todos nós” Essas estações funcionam 24 horas por dia e foram projetadas para superar a topografia desafiadora da região, garantindo que todos os moradores tenham acesso a água limpa e saudável em casa. “Hoje, podemos beber água de qualidade e não precisamos mais lidar com fossas sépticas ou esgoto nas ruas. Isso transformou completamente a cidade”, comenta Maria Cristina do Nascimento, 50, moradora do Sol Nascente há mais de 12 anos. “Essas obras trouxeram dignidade e qualidade de vida para todos nós. A cidade hoje está mais bonita, mais organizada e é motivo de orgulho para quem vive aqui.” O administrador regional de Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, reforça a importância do saneamento básico para a saúde e bem-estar da comunidade: “Além de evitar a contaminação do solo e prevenir doenças, as obras também impactam a autoestima dos moradores. Não é só infraestrutura, é humanização”.
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Pdad aponta que 99% das residências do DF têm acesso a água e 95% a serviços de esgoto
Dados recentes da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) mostram que o Distrito Federal já universalizou os serviços de saneamento básico, com atendimento de água em 99% e o de esgoto em 95%. Mesmo com os excelentes números, a Caesb segue avançando na ampliação do acesso ao saneamento. Caesb tem se destacado em serviços de excelência no Distrito Federal | Foto: Divulgação/Caesb Elaborada a cada dois anos pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a Pdad apura dados de atendimento por rede, além de soluções alternativas, como poços e fossas. A pesquisa usou amostra de 24.845 domicílios, com a coleta de dados realizada entre 1º de novembro de 2023 e 4 de outubro de 2024. De 2019 (início do governo Ibaneis Rocha) a 2023, a Caesb construiu 45.205 novas ligações de água. Em 2024, a empresa chegou a 791.404 — 12.038 a mais do que no ano anterior. Também de 2019 a 2023, foram 75.276 ligações de esgoto. Em 2024, o total chegou a 702.782 — 11.154 a mais do que no ano anterior. Modernização R$ 85 milhões Investimento a ser feito no projeto de Saneamento Integrado do Bairro Santa Luzia Para garantir que o Distrito Federal continue avançando no saneamento, a Caesb destinará R$ 3,2 bilhões, entre 2025 e 2029, a trabalhos de modernização e expansão do sistema, levando água e esgoto a mais moradores. O projeto Água Legal — que constrói redes de abastecimento em comunidades carentes e atendeu locais como a Fazendinha, no Sol Nascente, e o Dorothy Stang, em Planaltina — já recebeu, até o momento, R$ 8,5 milhões, beneficiando mais de 24 mil pessoas. A companhia está à frente também do projeto de Saneamento Integrado do Bairro Santa Luzia, na Estrutural, que terá infraestrutura de rede de água, esgoto e energia elétrica e sistemas de drenagem e de coleta de lixo. Serão investidos R$ 85 milhões, com a aprovação no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Seleção). A licitação das obras será no primeiro semestre deste ano. No fim de 2024, a Caesb também ampliou a tarifa social para a população mais vulnerável do DF, que contempla, atualmente, 270 mil pessoas. Noventa mil já eram atendidas desde 2020, com critérios definidos pela Adasa. Agora, com a lei federal, o desconto de 50% beneficia 180 mil a mais. Mudança de metodologia O Ministério das Cidades definiu outros parâmetros e também vai disponibilizar novos índices de cobertura e atendimento de água e de esgoto no Brasil. A mudança foi feita para atender às novas definições do Marco Legal do Saneamento. No novo indicador definido pelo ministério, o parâmetro usado será o número de domicílios no lugar da população total, mas com base em 2023. Esses indicadores refletem o atendimento pelas redes da companhia. Neles, não estão contempladas as soluções alternativas adequadas (poços e fossas sépticas). Outra diferença é que os novos dados consideram, no mesmo índice, o atendimento a áreas rurais. Na nova fórmula do ministério, o Distrito Federal, em 2023, tinha 94,01% para água e 86,11% para esgoto. Antes, o índice de atendimento de água e esgoto era calculado com base na população atendida, enquanto agora o critério adotado é o número de domicílios. Essa mudança ajusta a forma como os dados são apresentados, mas não significa alteração na cobertura. Investimentos A Caesb segue ampliando o acesso ao saneamento, com investimentos contínuos para garantir serviços cada vez melhores à população. Prova disso é o aumento das ligações de água e de esgoto e os programas para ampliar o acesso da população do DF e atender à expansão urbana da capital. Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) substituirá o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) Como os critérios foram alterados significativamente, os novos números refletem uma forma diferente de avaliar o serviço prestado. É como medir a audiência de um programa de TV: antes, calculava-se por uma estimativa do número total de pessoas assistindo; agora, medem-se quantas casas têm a TV ligada. O resultado final pode parecer diferente, mas o alcance do programa continua o mesmo. A nova plataforma do ministério será o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), que substitui o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). A Caesb também manterá a apuração do índice baseado na fórmula anterior, do SNIS, para que não se perca a série histórica. Nesse caso, com o cálculo baseado na população atendida, os dados, já referentes a 2024, são 99% para água e 94,07% para esgoto. * Com informações da Caesb
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Caesb se fortalece como patrimônio público com nova legislação sancionada pelo governador Ibaneis Rocha
A preservação da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) como uma empresa pública ganhou um marco nesta sexta-feira (20) com a sanção do governador Ibaneis Rocha do projeto de lei que reestrutura e amplia o objeto social da empresa. A medida visa a garantir a prestação de serviços públicos de qualidade e sua modernização. “Com o apoio dos nossos deputados que entenderam e votaram o projeto, transformamos a empresa e perpetuamos a sua existência”, disse o governador Ibaneis Rocha, ao sancionar projeto de lei que reestrutura e amplia o objeto social da Caesb | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Com a assinatura, o Executivo reforça o compromisso da empresa como patrimônio do DF e assegura a prestação direta dos serviços, além de permitir parcerias para modernizar as operações, entre elas de geração e a comercialização de energia elétrica e gás. “A empresa de saneamento vive de gastar energia elétrica, especialmente porque todos os nossos sistemas são bombeados e usam fortemente a energia elétrica. A ampliação visa permitir que a companhia busque a geração de energia própria, o que ajudaria a reduzir as despesas” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb De acordo com o governador Ibaneis Rocha, a reestruturação traz mais segurança jurídica: “A Caesb agora é eterna. Com essa reestruturação, resolvemos um problema que a empresa poderia vir a ter. O Marco Legal do Saneamento Básico determina que toda renovação de concessão seja feita por licitação pública, o que poderia ser preocupante, por isso criamos a lei para que ela preste serviços de forma direta e não mais na modalidade de concessão pública. Com o apoio dos nossos deputados que entenderam e votaram o projeto, transformamos a empresa e perpetuamos a sua existência”. Uma das principais alterações é justamente essa mudança do formato de concessão para o de prestação de serviços direta. Ela garante a permanência da Caesb como a empresa responsável pelos serviços de saneamento básico e fornecimento de água. No formato anterior, a concessão aprovada em 2002 se encerraria em 2032. Com a nova lei, a companhia também poderá estabelecer parcerias com o setor público e privado, permitindo a adoção de tecnologias modernas e melhorias no atendimento à população. Outra mudança é a alteração do objeto social da Caesb para incluir a geração e comercialização de gás e energia elétrica entre as atividades econômicas que pode exercer. “A empresa de saneamento vive de gastar energia elétrica, especialmente porque todos os nossos sistemas são bombeados e usam fortemente a energia elétrica. A ampliação visa a permitir que a companhia busque a geração de energia própria, o que ajudaria a reduzir as despesas”, detalha o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. “A comercialização de energia e a geração de gás fazem parte desse contexto, pois a empresa precisa ir ao mercado para gerar gás. O gás é de pequeno porte, mas estamos pensando nele por conta da questão ambiental. Inclusive, o financiamento que obtivemos na Alemanha prevê a geração de energia a partir do gás. Nas estações de tratamento, esse gás é produzido, mas atualmente é lançado na atmosfera ou queimado, e a gente quer aproveitar essa energia do gás para gerar energia para a companhia”, acrescentou o presidente, que visitou uma estação de tratamento na Alemanha, onde a energia é gerada e enviada à rede. A ideia da Caesb é aplicar esse mesmo conceito quando estiver estruturada para isso.
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Senado aprova crédito de US$ 100 milhões para investimento em saneamento no DF
A Caesb obteve nesta terça-feira (10) autorização do Senado Federal para contratar um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 100 milhões (equivalente a R$ 604 milhões em valores de hoje). Os recursos serão destinados a investimentos em saneamento básico. O Governo do Distrito Federal (GDF) será o garantidor do empréstimo da operação financeira. O programa tem como objetivo modernizar as estações de tratamento de água e de esgoto, reduzir perdas de água e melhorar a infraestrutura do sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. “O programa vai contribuir para a qualidade de vida da população do Distrito Federal” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb “O programa vai contribuir para a qualidade de vida da população do Distrito Federal e vai nos permitir, com o apoio do governador Ibaneis Rocha, fazer investimentos fundamentais para melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados à população”, afirma o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. Depois da aprovação do Senado, será dado os andamento necessário para assinatura do contrato e início das obras | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb Entre as obras que vão ser executadas nos próximos cinco anos, as principais melhorias incluem a reforma e a modernização das estações de tratamento de água (ETEs) do sistema produtor Descoberto, da elevatória de água bruta do sistema Torto/Santa Maria e da adequação da captação do córrego Mestre d´Armas. Também estão incluídas obras de ampliação da ETE Melchior, implantação do sistema de esgoto no Setor Primavera em Taguatinga e implantação e recuperação de interceptores, emissários e redes de coletas de esgoto em diversos pontos do Distrito Federal. A senadora do Distrito Federal Damares Alves foi a relatora do tema e se empenhou em garantir que a tramitação tivesse agilidade. O parecer produzido por ela foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos nesta manhã, e o Plenário deu andamento à votação ainda na noite desta terça. Depois da aprovação do Senado, será dado o andamentos necessário para assinatura do contrato e o início das obras. *Com informações da Caesb
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Sistema de saneamento básico em áreas rurais do DF garante segurança alimentar e ambiental
Um alimento orgânico percorre um longo caminho antes de chegar ao mercado e à mesa da população. Pensando no cuidado que é preciso ter em todo o processo de produção no campo, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), está investindo na instalação de sistemas autônomos de saneamento básico em propriedades rurais da capital. O sistema de saneamento básico em áreas rurais é crucial para garantir a segurança ambiental e alimentar, tanto para os produtores quanto para a população. O saneamento adequado ajuda a proteger rios, lagos e lençóis freáticos de poluentes. Também garante que o produto seja comercializado sem contaminação. O sistema de saneamento básico em áreas rurais é crucial para garantir a segurança ambiental e alimentar, tanto para os produtores quanto para a população | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Técnica da Emater-DF, Luciana Silva explica que o sistema é um biodigestor, com um equipamento fechado em que se introduz matéria orgânica para ser decomposta. “Os dejetos saem do banheiro e passam para uma caixa gradeada, onde o material será filtrado antes de ir para a caixa biodigestora. Nessa etapa, as bactérias anaeróbicas que se formam lá dentro digerem as bactérias ruins e a grande massa, formando o lodo. O lodo pode ser escoado e coletado dentro de outra caixa”, afirma. “É um sistema que tem um custo-benefício muito grande para o produtor e que garante mais autonomia para a produção na área rural.” Em 2024, foram instalados 734 sistemas biodigestores em propriedades rurais do DF, com um investimento de R$ 3,8 milhões. O equipamento já beneficiou 2.900 produtores rurais desde 2019. Um deles é Claudionor da Silva Pereira, de 48 anos, que produz mandioca e plantas frutíferas no Assentamento Pôr do Sol, em Sobradinho. Primeiro produtor rural da região a receber o sistema de saneamento básico, Claudionor conta que a realidade mudou significativamente após a instalação do equipamento em sua propriedade. Primeiro produtor rural da região a receber o sistema de saneamento básico, Claudionor conta que a realidade mudou significativamente após a instalação do equipamento em sua propriedade “Nós moramos em uma área muito complexa por estar próxima a nascentes. Então, hoje, se um produtor não tiver um saneamento básico adequado, a produção fica inviável. Depois da instalação desse sistema, a diferença é visível. Melhorou 100%. Sinto que há segurança ambiental e alimentar, que o que produzo não está contaminado. Agrega muito em qualidade de vida”, ressalta. Em novembro, dois novos contratos serão iniciados, com a previsão de instalação de 26 sistemas na região de Sobradinho e outros 47 no Núcleo Rural Vargem Bonita, no Park Way, dando continuidade à expansão do programa. O investimento será de R$ 5,4 milhões. De acordo com Gerlan Teixeira, técnico da Emater-DF, a iniciativa é apenas uma das várias frentes do GDF com o objetivo de garantir a segurança ambiental e alimentar da população da capital. “É um programa amplo, no qual trabalhamos questões de higienização de hortaliças, saneamento básico rural, qualidade e tratamento de água. São várias vertentes para garantir um alimento seguro. O objetivo é que quando o produto chegue no mercado, seja possível garantir que houve um controle de qualidade tanto na parte de produção, como na parte pós-colheita e processamento”, detalha.
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Mundo do saneamento é atração da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Uma viagem ao mundo do saneamento básico e dos recursos hídricos. É o que propõe o estande de tecnologia interativa da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que começa nesta terça-feira (5) e segue até domingo (10), das 8h30 às 17h, na área externa do Museu Nacional da República. A Caesb vai levar os visitantes da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia a uma viagem pelo mundo do saneamento básico e dos recursos hídricos | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb A jornada dos visitantes poderá começar pela Miniestação de Tratamento de Água, uma réplica em miniatura das gigantescas estações de tratamento de agua (ETAs) da Caesb. Nela, o visitante desvendará como essas unidades operaram para tratar e levar água a 99% dos imóveis regularizados do Distrito Federal. Outra atração será o Módulo da Membrana de Ultrafiltração, um instrumento tecnológico essencial ao funcionamento da Estação Lago Norte. Essa inovadora tecnologia é usada para purificar a água tratada, removendo partículas e microrganismos. Com esse recurso, a Caesb pode oferecer água da melhor qualidade à população. Tour virtual O visitante ainda poderá aprender brincando com o jogo Trilhas do Saneamento, um desafio interativo que testa o conhecimento dos jogadores sobre recursos hídricos Os visitantes também poderão embarcar em um tour 360°, que oferece uma jornada virtual pelas unidades operacionais e mananciais da Caesb. Essa experiência imersiva permitirá ao visitante compreender, de forma mais profunda, o funcionamento das estações de tratamento, o valor dos recursos hídricos e a importância da preservação ambiental. Tudo isso com os recursos tecnológicos da realidade virtual. Na exposição, também será apresentada outra ferramenta utilizada pela companhia: os drones. Esses dispositivos voadores estão sendo usados para monitorar as bacias hidrográficas que abastecem o Distrito Federal, captando imagens em tempo real sobre a situação dos mananciais e fornecendo subsídios para ações emergenciais ou para políticas públicas de proteção ao meio ambiente. O visitante ainda poderá aprender brincando com o jogo Trilhas do Saneamento, um desafio interativo que testa o conhecimento dos jogadores sobre recursos hídricos, preservação ambiental, tratamento de água e esgoto. A viagem continua com a exibição de vídeos sobre o projeto Produtor de Água do Descoberto, que mostram todo o potencial do Rio Descoberto e das bacias hidrográficas do Centro-Oeste. Para completar, a Caesb vai oferecer aos visitantes mudas de espécies nativas do Cerrado e lápis-sementes para incentivá-los a plantar e, assim, ajudar a recuperar áreas degradadas. Sorteios de brindes e distribuição de cartilhas educativas completam a participação da companhia na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. *Com informações da Caesb
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Brasília será sede do maior evento de saneamento ambiental do Brasil
Brasília será sede do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (Cbesa) e da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), entre os dias 25 e 28 de maio de 2025, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Os dois eventos, que ocorrem simultaneamente a cada dois anos, são considerados os maiores e mais importantes do setor de saneamento do Brasil e da América do Sul. Eles foram lançados na terça-feira (17) no Centro de Convenções. O congresso e a feira em Brasília marcam um novo momento frente aos desafios do Marco Legal do Saneamento. A expectativa é que sete mil congressistas e 15 mil visitantes participem de reuniões para discutir políticas públicas, questões sociais e econômicas, além de conhecer as boas práticas de saneamento por meio de 1.500 mil trabalhos técnicos a serem apresentados ao longo dos três dias de seminário. A Fitabes-2025 deverá reunir 120 empresas que demonstrarão as novas tecnologias e os equipamentos mais avançados disponíveis no mercado. A expectativa é que sete mil congressistas e 15 mil visitantes participem de reuniões para discutir políticas públicas e questões sociais e econômicas | Foto: Marco Peixoto/ Caesb O congresso é promovido a cada dois anos pela Associação de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), com alternância em cada uma das regiões do país. O congresso de 2025 conta com o apoio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) Luís Antônio Reis, presidente da companhia, ressaltou que a contribuição das universidades, das empresas do setor e da Associação de Engenharia Sanitária traz respostas tecnológicas aos problemas de saneamento do país. “Novas tecnologias são fundamentais para a universalização das metas de saneamento”, afirmou. “Novas tecnologias são fundamentais para a universalização das metas de saneamento” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb Reis complementou: “O governador Ibaneis Rocha já demonstrou total apoio aos eventos. Estamos abertos e ansiosos para que esse evento tenha todo o brilho como foi nos últimos anos. Será uma oportunidade ímpar de trazer para o debate tanto o Congresso Nacional quanto o Poder Executivo Federal, afinal são os entes que definem as políticas públicas de saneamento.” O presidente da Abes-DF, Fuad Moura Braga, assessor para projetos especiais de novos negócios da Caesb, enfatizou a importância do evento. “O 33º Congresso marca o mais importante evento de saneamento do país, que se tornou uma referência ao reunir todos os atores que atuam no setor de saneamento ambiental comprometidos com o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, declarou. “Mais do que nunca, para atingir os objetivos do setor, será necessário inovar para universalizar o saneamento para quem não tem”. *Com informações da Caesb
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Qualidade de vida: Cerca de 99% das casas no DF são abastecidas com água limpa
O Distrito Federal é a unidade da Federação com os melhores índices de saneamento básico do país, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, divulgado neste mês. Por aqui, 98,99% das residências são abastecidas com água de boa qualidade para consumo – o maior índice registrado em todo o país e o mais próximo da meta do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, lei federal que prevê que 99% da população deve ser coberta com abastecimento de água até 2033. No Distrito Federal, 98,99% das residências são abastecidas com água de boa qualidade para consumo, maior índice registrado em todo o país | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília Além disso, o DF se destaca nacionalmente em relação à cobertura da rede de esgoto e o tratamento do volume coletado: 92,3% dos lares estão ligados à rede, cumprindo a norma que estipula que 90% dos cidadãos devem ter acesso ao serviço. O objetivo também foi alcançado por São Paulo, que obteve 90,54% de cobertura. Do total coletado no DF, 81,96% passam por tratamento – índice que também respeita a meta nacional, junto a Roraima, com tratamento de 81,26% do esgoto gerado. Os números positivos no setor ajudaram a colocar Brasília como a segunda cidade e a melhor capital em qualidade de vida do país, segundo o Índice de Progresso Social (IPS). No quesito Água e Saneamento, a capital obteve nota 88,36, acima da média nacional, que ficou em 77,79. Os dados avaliados foram abastecimento de água via rede de distribuição, esgotamento sanitário adequado, índice de abastecimento de água e índice de perdas de água na distribuição. A avaliação do IPS Brasil partia da pergunta: “As pessoas podem beber água e se manter limpas sem ficarem doentes?” No Distrito Federal, a resposta é sim. O acesso à água potável é um dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal e uma das prioridades desta gestão do Governo do Distrito Federal (GDF). Por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), foram investidos quase R$ 1,5 bilhão nos últimos cinco anos em manutenção, expansão e melhorias do atual sistema de captação de esgoto e água da capital federal. Para este ano, serão mais R$ 250 milhões revertidos em obras de saneamento e distribuição de água. O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, salienta que a meta é investir mais de R$ 2,8 bilhões até 2027, acompanhando a expansão urbana e o crescimento populacional do DF, que já chega a 2,8 milhões de habitantes, conforme o Censo de 2022. Segundo ele, o GDF busca levar água para todos os lares e preservar o meio ambiente, pensando no futuro das próximas gerações, por meio do tratamento avançado do esgoto coletado. “Seguimos a diretriz de atender integralmente toda a população, principalmente as áreas de maior vulnerabilidade social. Fizemos a ligação do Assentamento Dorothy Stang e estamos trabalhando na rede do Nova Colina, em Sobradinho. Também há investimentos no Sol Nascente, que hoje tem praticamente 95% das casas com abastecimento de água e 95% com coleta e tratamento de esgoto”, aponta o presidente da Caesb. “Todo o nosso esgoto coletado é tratado, enquanto em alguns lugares do Brasil o esgoto é coletado, mas não é tratado. Tratamos em níveis bastante avançados, em que o efluente do esgoto é lançado nos córregos e rapidamente o córrego está limpo, recuperado.” Por meio da Caesb, foram investidos quase R$ 1,5 bilhão nos últimos cinco anos em manutenção, expansão e melhorias do atual sistema de captação de esgoto e água; a meta é investir mais de R$ 2,8 bilhões até 2027 O empenho em expandir as áreas de atendimento, sobretudo as de vulnerabilidade social, tem mudado muitas vidas. É o caso da dona de casa Marinês Silva, 57 anos, que viveu por quase duas décadas sem água e esgoto tratado. Ela e outros moradores da Estrutural foram atendidos pelo programa Água Legal da Caesb, que regulariza e amplia os serviços de saneamento em locais abastecidos por sistemas precários ou por ligações irregulares. Desde 2019, cerca de R$ 6 milhões foram investidos na regularização de mais de 4,8 mil ligações de água, beneficiando mais de 14 mil pessoas. “Era muito difícil. Às vezes, eu não tinha como comprar e os vizinhos também não podiam dar, então não tinha água nem para beber”, lamenta. Apesar da espera e da dificuldade em viver sem o recurso básico, Marinês ainda tinha esperanças. “Tinha certeza de que a água ia chegar aqui um dia. Agora está tudo mais fácil, a gente pode abrir a torneira e pegar água para lavar roupas, lavar louça, tomar banho, limpar a casa, fazer comida.” A dona de casa Marinês Silva viveu por quase duas décadas sem água e esgoto tratado: “Agora está tudo mais fácil, a gente pode abrir a torneira e pegar água para lavar roupas, lavar louça, tomar banho” Vizinho de Marinês, o vigilante Rafael Braz, 37, recorda como eram difíceis os tempos sem o abastecimento de água potável. Ele, que atua como líder comunitário, conhece a realidade da cidade em que mora há quase 30 anos. “Tem mais de 27 anos que moro na Estrutural, e nossa situação era bastante difícil. Antigamente não tínhamos dignidade e hoje temos. Dá para ver a alegria no sorriso das pessoas”, comenta. “O GDF tem olhado para a cidade com um olhar diferenciado, tem trabalhado por nós e mudado muitas vidas”. Criada em 8 de abril de 1969, a Caesb está presente em todas as 35 regiões administrativas do DF. As redes de água e esgoto têm cerca de 18 mil km de extensão, o equivalente à distância entre Brasília e Tóquio (Japão) em linha reta. Apenas com as redes de água, que somam quase 10 mil km de extensão, seria possível ir da capital brasileira até Berlim, na Alemanha. Já com a extensão das redes de esgoto, que chegam a 8 mil km, é possível ir até Barcelona, na Espanha.
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Brasília: Capital de todos tem a melhor qualidade de vida do país
A capital do Brasil é também a de maior qualidade de vida do país. Brasília é considerada única pela sua arquitetura, mas tem atributos na saúde, segurança, bem-estar e outros que a colocam nesse patamar especial. É o que revelou o Índice de Progresso Social Brasil 2024 (IPS Brasil), que colocou o Distrito Federal em primeiro lugar entre as capitais e em segundo entre os municípios com a melhor pontuação em desenvolvimento social, econômico e ambiental. Infraestrutura, desenvolvimento social, programação cultural e opções de lazer são alguns dos critérios que destacam Brasília entre todas as capitais do país em relação à qualidade de vida da população | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Todos os 5.570 municípios do país foram avaliados, o que torna o escrutínio ainda mais especial. O IPS Brasil possui três dimensões – Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades – e 12 componentes. No resultado das avaliações, Brasília alcançou a pontuação 71,25 de um total de 100. Missão essa cumprida em parceria entre o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Fundação Avina, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia, a iniciativa Amazônia 2030, a Anattá – Pesquisa e Desenvolvimento e o Social Progress Imperative. “Isso tudo nos alegra porque nós estamos na capital da República, e quem administra o Distrito Federal tem que administrar com esse olhar não só para a cidade, mas esse olhar para o Brasil e para o mundo, nos colocando sempre como referência da melhor qualidade de vida” Governador Ibaneis Rocha Com seus 2,8 milhões de habitantes, Brasília é a maior cidade entre as 20 mais bem-posicionadas no ranking e uma das duas capitais – a outra é Goiânia. Dos 12 indicadores secundários do IPS Brasil, a capital da República registrou números acima da média nacional em dez. Tais índices tratam sobre questões que vão desde a segurança alimentar e acesso à saúde até liberdades individuais e qualidade do ensino, um panorama complexo dos desafios enfrentados pela gestão pública de uma grande metrópole para alcançar a posição conquistada por Brasília no levantamento. A consolidação de Brasília como referência nacional no desenvolvimento social foi comentada pelo governador Ibaneis Rocha. Segundo ele, administrar a capital de todos os brasileiros requer um cuidado maior da gestão pública. “Nós temos indicadores que nos colocam nessa posição, como é a questão do saneamento básico, a entrega de água tratada, melhorias na educação, na saúde e no transporte público. Isso tudo nos alegra porque nós estamos na capital da República, e quem administra o Distrito Federal tem que administrar com esse olhar não só para a cidade, mas esse olhar para o Brasil e para o mundo, nos colocando sempre como referência da melhor qualidade de vida”, afirmou o governador ao analisar a pesquisa. Quem vive, vê e sente “Vivo a cidade e aproveito tudo o que posso aqui. Sou apaixonado por Brasília”, diz o servidor público Bosco Lobo, que mora no Jardins Mangueiral | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Os fatores que colocam o DF no topo do ranking nacional são sentidos diariamente por quem vive no Quadradinho, e serão apresentados nesta série especial da Agência Brasília. O servidor público brasiliense Bosco Lobo, de 46 anos, é uma dessas pessoas. No início da vida adulta, ele chegou a morar seis anos em Florianópolis (SC). Depois, casou-se com a faturista Ana Clara, 44, na capital catarinense, mas não teve jeito: a vontade de voltar foi maior, e ele convenceu a esposa que o melhor lugar para viver é aqui. Bosco e Ana Clara moram há dez anos no Jardins Mangueiral com os dois filhos, Isadora, 13, e Lorenzo, 5, e todos os dias desfrutam do visual deslumbrante que o caminho para o trabalho proporciona: o Lago Paranoá e a Ponte JK. “Eu sou suspeito para falar. Meu nome é por causa de Dom Bosco”, conta. “Sempre desço [do Jardins Mangueiral para o Plano Piloto] observando tudo. Na volta, desacelero para ver o pôr do sol. Vivo a cidade e aproveito tudo o que posso aqui. Sou apaixonado por Brasília”, declara o servidor. Há 23 anos em Brasília, o baiano Elder Galvão valoriza as opções culturais disponíveis: “Aqui as pessoas têm esse olhar para a cultura”| Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Já o baiano de Campo Formoso, Elder Galvão, 42, morador da Asa Sul, veio para o DF há 23 anos por influência de um tio que já morava no Quadradinho. Elder passou no vestibular da Universidade de Brasília (UnB) para publicidade e se apaixonou perdidamente pela cidade. Ilustrador e um dos donos da editora Sibita, Elder é pai de Manoela, uma brasiliense de 9 anos que é a protagonista de sua mais recente publicação, O Incrível Livro de Poucas Respostas sobre o Universo. “Hoje a cidade se transformou. Levo muito a minha filha ao Eixão do Lazer. Também gosto muito de ir ao cinema e de lugares como o Espaço Cultural Renato Russo. Aqui as pessoas têm esse olhar para a cultura”, disse. Saúde e lazer Brincadeiras, música, esporte, natureza: o Eixão do Lazer, aos domingos, é um dos programas mais queridos dos moradores da cidade | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Se Brasília está entre as capitais com melhor desempenho em qualidade de vida, muito se deve aos seus espaços públicos democráticos, inclusivos e destinados aos mais diversos públicos e atividades. Entre eles, um dos queridinhos de todo brasiliense, natural daqui ou não, é o Eixão do Lazer – tradição que já dura 33 anos e faz parte da memória afetiva daqueles que escolheram a capital federal para criar raízes. Aos domingos e feriados, das 6h às 18h, a maior avenida do Distrito Federal, com 14 km de extensão, ganha vida e cor. Os carros acostumados a cortar Brasília de Norte a Sul nos dias úteis são substituídos pelas bicicletas, patins, corredores, animais de estimação e vendedores, em um verdadeiro palco urbano dinâmico repleto de atividades. “A rua é o espaço mais democrático e ela deve ser para as pessoas, assim como observamos no Eixão”, diz a artista Juliana Padula | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Não tem como ficar trancado em casa morando em um lugar com um céu bonito desses, com ruas bem-arborizadas, shows ao ar livre, espaço para se alimentar, praticar esportes e passear com a família”, afirma o analista Carlos Ricardo, 46. “Em relação às capitais que conheço, Brasília é onde escolhi viver.” É essa diversidade de atrações e de público que atrai semanalmente Roberto Pereira Lima, 46, a ocupar os espaços públicos da capital federal. O enfermeiro não nasceu em Brasília, mas adotou a cidade como sua, abraçando com entusiasmo a cultura, o estilo de vida e a comunidade brasiliense. Fabrício Vilela tem orgulho de ter nascido na capital do país: “Quem vem para cá não volta nunca mais, porque Brasília supre todas as expectativas”| Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Eu amo Brasília e estou aqui desde 1992, e não pretendo sair daqui por nada nesse mundo; Brasília tem tudo em seu devido lugar – organização, estrutura e lazer”, afirma o enfermeiro, que faz questão de fazer propaganda do Quadradinho para os amigos e familiares residentes de outras unidades da Federação. “Sempre falo bem de Brasília. Digo para todo mundo, para os meus amigos de fora, o quão bom é morar aqui.” A paixão de Roberto encontra eco entre os milhares de brasilienses. É o caso do protético Fabrício Vilela, 27, por que gosta de desfrutar de uma boa caminhada durante os dias de folga com o filho de apenas 10 meses de idade: “Brasília tem esse diferencial de oferecer programações agradáveis para todas as idades e gostos. Sou natural daqui e digo com orgulho que essa cidade está no meu coração. Quem vem para cá não volta nunca mais, porque Brasília supre todas as expectativas”. Acostumada a viajar Brasil afora levando sua arte e entretenimento, a artista de rua Juliana Padula, 39, é categórica ao afirmar que o Quadradinho é diferente de todas as capitais. “A diversidade está presente aqui”, resume. “Promover espaços como o Eixão é algo muito importante, para desestressar, encontrar as pessoas, socializar. A rua é o espaço mais democrático e ela deve ser para as pessoas, assim como observamos no Eixão”.
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Melhorias Habitacionais já levou segurança e dignidade a mais de 180 famílias do DF
Para muitos, acordar e pisar com os pés descalços em um piso de cerâmica é corriqueiro, uma sensação à qual a maioria de nós está acostumada a não dar importância. Porém, para Nelismar Lima, de 46 anos, esse simples gesto representa a realização de um sonho que levou mais de 20 anos para ser concretizado. Desde que se mudou para a Estrutural, há duas décadas, ela sonhava em ter uma “casinha feita” para chamar de sua. No entanto, as dificuldades a obrigaram a adiar esse desejo, que só teve fim com a ajuda do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio do programa Melhorias Habitacionais. Com um investimento de R$ 92 mil, a reforma da residência incluiu a demolição de todo madeirite, execução de nova fundação e construção de uma nova planta, com três quartos, sala integrada, cozinha e banheiro. A casa também ganhou modernas e seguras redes elétrica, hidráulica e hidrossanitária | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Era em uma casa precária e de madeirite onde ela e o cônjuge, Luis José da Silva, 49, viviam e criavam os seus quatro filhos, enfrentando diariamente a falta de segurança estrutural e condições insalubres, incluindo a ausência de um saneamento básico adequado. “Quando a gente chegou aqui na Estrutural montamos esse barraquinho de madeira e ficamos muito tempo convivendo com algumas dificuldades: quando chovia, molhava tudo, muito mesmo; molhava mais dentro do que fora”, lembra. Era em uma casa precária e de madeirite onde ela e o cônjuge, Luis José da Silva, 49, viviam e criavam os seus quatro filhos, enfrentando diariamente a falta de segurança estrutural e condições insalubres, incluindo a ausência de um saneamento básico adequado | Foto: Divulgação/Codhab Hoje, a realidade é outra, graças ao programa da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF). Com um investimento de R$ 92 mil, a reforma da residência incluiu a demolição de todo madeirite, execução de nova fundação e construção de uma nova planta, com três quartos, sala integrada, cozinha e banheiro. A casa também ganhou modernas e seguras redes elétrica, hidráulica e hidrossanitária. “É uma coisa que a gente ainda não acredita, não caiu a ficha até agora. Acordar e pisar em um chãozinho com cerâmica é algo indescritível. Eu não esperava por isso”, conta a beneficiária com lágrimas nos olhos. “O chão do nosso barraco era de terra e, se um dia eu fosse fazer uma reforma aqui, faria um piso de cimento mesmo. Meu sonho era ter uma casinha feita para arrumar e limpar”, prossegue emocionada. Nelismar Lima Sousa: “É uma coisa que a gente ainda não acredita, não caiu a ficha até agora. Acordar e pisar em um chãozinho com cerâmica é algo indescritível. Eu não esperava por isso” Como toda mãe, Nelismar batalha para garantir melhores condições de vida aos filhos, que também se emocionam com a conquista da matriarca. “Minha mãe tinha esse sonho há mais de 20 anos e ela sempre falava desse sonho, em ter uma casinha feita”, conta. “A vida é completamente outra hoje em dia. Antes, o chão era de barro, não tinha parede, eu não tinha meu quarto, minha mãe mesmo não tinha o quarto dela – todo mundo vivia junto. Se minha irmã quisesse trocar de roupa, tinha que sair do barraco”, detalha o jovem. Vidas transformadas Assim como Nelismar, o marido e os filhos, outras 181 famílias também tiveram suas vidas transformadas através do programa Melhorias Habitacionais desde 2019. De lá para cá, foram investidos mais de R$ 5,5 milhões para devolver a dignidade dos beneficiados, dando a eles um lugar mais aconchegante e seguro para viver. O Melhorias Habitacionais possibilita aos beneficiários acesso a projetos e obras de reforma ou reconstrução residenciais. Com a atuação de assistentes sociais, arquitetos e engenheiros da Codhab, são promovidas melhorias estruturais nas residências contempladas para garantir qualidade de vida e segurança aos moradores. “Todo o projeto é discutido e conversado com o morador. Antes de tudo, é feita uma visita para entender as necessidades da casa, bem como sua condição e a dinâmica da residência. No caso da Nelismar, fizemos duas propostas para o imóvel e ela escolheu a que julgou ser melhor para a realidade dela e da família”, explica o arquiteto da Codhab responsável pela reforma, Artur Côrtes. Para participar do programa, é preciso comprovar que o local a ser reformado ou reconstruído apresenta sinais de insalubridade e/ou insegurança. Estão aptas a serem contempladas com o benefício as famílias com renda mensal de até três salários mínimos, moradoras do DF há pelo menos cinco anos em áreas de interesse social regularizadas ou passíveis de regularização e que não possuam outro imóvel.
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GDF investe na universalização da rede de água do Sol Nascente
O Governo do Distrito Federal (GDF) está levando rede de água para quase 100% da população do Sol Nascente. A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) começou a construir 4.100 metros de rede de água na comunidade Fazendinha, contemplando 1.600 pessoas em 400 residências. Com essas obras, que devem ser concluídas em outubro, praticamente todas as 32 mil residências cadastradas no Sol Nascente terão um bem que é essencial à qualidade de vida: água potável. “A Caesb já investiu no Sol Nascente mais de R$ 58 milhões na implantação de rede de água”, afirma o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis | Foto: Marco Peixoto/Caesb A Fazendinha é uma Área de Interesse Social (Aris), atendida pelo Programa Água Legal, implantado em março de 2019 pelo governador Ibaneis Rocha. Por meio dele, foram disponibilizados cerca de R$ 6 milhões, que possibilitaram à Caesb regularizar mais de 4 mil ligações de água, beneficiando cerca de 17 mil pessoas em todo o DF. O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, informou que a companhia está investindo nessa obra R$ 370 mil. “A Caesb já investiu no Sol Nascente mais de R$ 58 milhões na implantação de rede de água e esgoto para atender uma população que, até então, era carente em saneamento”, ressaltou Reis. Foram implantados 177 km de rede de água e 259 km de esgoto. “Estamos atendendo 70 mil moradores com 23.185 ligações de água encanada e 17.763 ligações de esgoto”. A expansão dos serviços no Sol Nascente integra a política de saneamento básico do GDF e da Caesb, que já conseguiu levar água potável para 99% da população e ligar à rede de esgoto 92,31% dos imóveis do DF. Esses números foram apontados por duas renomadas instituições: o Instituto Trata Brasil e o Projeto Acertar. Ambos, ao divulgar os números, afirmaram que Brasília é a capital com a melhor qualidade de vida do Brasil por causa, também, da qualidade do saneamento do DF. *Com informações da Caesb
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Investimento de R$ 1 milhão levará água e esgoto a 300 lotes na Estrutural
[Olho texto=”A obra faz parte do programa Água Legal, que tem como objetivo regularizar e ampliar os serviços de saneamento para as populações vulneráveis” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Os moradores da Quadra 2, antiga Quadra 12 da Estrutural, terão acesso a água e esgoto. Estão sendo construídos 2,8 mil metros de rede com 371 ligações para atender cerca de 300 lotes no local. O investimento é de R$ 1 milhão com recursos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). “Essa é uma quadra que durante a regularização da Estrutural teria uma realocação da população, mas como o urbanismo é dinâmico, isso mudou. E as redes de abastecimento que foram contempladas na ocasião não atenderam essa comunidade. Hoje estamos trabalhando na execução da água e dos ramais de esgoto”, destaca o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. O investimento é de R$ 1 milhão com recursos da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) | Foto: Divulgação/Administração Regional da Estrutural A obra faz parte do programa Água Legal, que tem como objetivo regularizar e ampliar os serviços de saneamento para as populações vulneráveis abastecidas por sistemas precários ou por ligações irregulares de água. “Os moradores da Quadra 2 que estiverem inscritos no Cadastro Único também serão atendidos pelo programa de tarifa social”, completa. Segundo o administrador regional da Estrutural, Alceu Prestes, a população aguardava água potável e rede de esgoto há muito tempo. Ao todo, oito conjuntos da Quadra 2 estão sendo beneficiados. “Quando as redes estiverem prontas toda aquela comunidade será atendida dignamente com esses serviços básicos e de extrema necessidade”, comenta.
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Comissão do DF participa de evento na Holanda
O Instituto Brasília Ambiental integrou a comissão brasileira composta por 15 membros que participou do evento Brazil Water Innovation, realizado em Amsterdã, na Holanda. O objetivo do encontro, encerrado na sexta-feira (10), foi discutir inovações tecnológicas que levam em conta a questão ambiental na área de saneamento básico e água. A autarquia ambiental foi representada pelos servidores Marcos João da Cunha, da Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), e Janaína Soares e Silva, da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam). O encontro foi organizado pela NHL Stenden University of Applied Sciences, pela Associação Brasileira das Empresas de Água (Aesbe) e pelo Consulado Geral dos Países Baixos em São Paulo. Marcos João da Cunha e Janaína Soares e Silva representaram o Brasília Ambiental em encontro na Holanda | Foto: Divulgação/ Brasília Ambiental Segundo Marcos Cunha, o Brazil Water Innovation promoveu uma conexão estratégica de brasileiros com tecnologias novas na área de saneamento e água. Além da parte do saneamento, o evento apresentou conhecimento de várias técnicas novas de recuperação de materiais como lodo de esgoto, além de abordar a tecnologia que recupera nutrientes desse lodo e o torna rentável. “Tem empresa transformando isso em bioplástico. Para nós, que trabalhamos com a área ambiental, são soluções muito interessantes e que, em um futuro próximo, devem estar implementadas em algumas empresas no Brasil. Então, termos o conhecimento dessas novas tecnologias e suas relações com o meio ambiente é muito importante, visto que o Brasília Ambiental é o executor da política ambiental do Distrito Federal”, explicou. [Olho texto=”“Quando essa tecnologia chegar ao DF, teremos uma noção dos benefícios, dos impactos ambientais e de como tratar esses impactos em termos de licenciamento ambiental”” assinatura=”Janaína Soares e Silva, do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”] Cunha também destacou que a visão em evidência no cenário internacional, em termos de saneamento e água, é a de diminuir o uso de produtos químicos, investir em tecnologias mais amigáveis ao meio ambiente e o adotar tratamentos mais biológicos. “Conhecemos muitas empresas, inclusive algumas pequenas, que estão com ideias muito criativas e antenadas com o cuidado ao meio ambiente. Foi uma experiência muito importante”, ressaltou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com Janaína Silva, já existem algumas estações de tratamento do Brasil que aderiram a essa tecnologia. “Quando [essa tecnologia] chegar ao DF, teremos uma noção dos benefícios, dos impactos ambientais e de como tratar esses impactos em termos de licenciamento ambiental. Durante o encontro, fizemos várias visitas técnicas em estações de tratamento, experiência que nos acrescentou muito”, compartilhou. A maior parte do público do Brazil Water Innovation foi de representantes de órgãos estaduais das áreas de saneamento básico e ambiental dos estados e municípios brasileiros. Eles foram expor e ouvir experiências. A organização acredita que, a partir dessa troca, haverá avanços nas práticas de gestão dessas áreas. *Com informações do Brasília Ambiental
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Saneamento do DF terá investimentos de mais de R$ 330 milhões
[Olho texto=”“Essa aprovação foi resultado de um projeto de lei encaminhado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. É preciso agradecer também aos deputados pela compreensão e pelo voto favorável”” assinatura=”Luís Antônio Reis, presidente da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A população do Distrito Federal será beneficiada com importantes investimentos em saneamento básico para os próximos cinco anos. O Projeto de Lei nº 696/2023, que autoriza a Caesb a contrair uma operação de crédito externo junto do KfW – Entwicklungsbank – Banco de Desenvolvimento Alemão, foi aprovado, em dois turnos na tarde desta terça-feira (24), pelo Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Com o investimento aprovado de R$ 331,25 milhões, a Caesb poderá realizar melhorias nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) Melchior, Paranoá, Recanto da Emas, Brazlândia, Gama, Norte e Sul, a um valor de R$ 273,25 milhões. Nos próximos cinco anos, também serão investidos R$ 49,5 milhões para ações de redução do índice de perdas de água e mais R$ 8,5 milhões para investimentos na companhia. Tais iniciativas irão permitir a Caesb atender ao Plano Distrital de Saneamento Básico do DF (PDSB), ao Plano de Exploração, às Metas Regulatórias, assim como aos objetivos do Planejamento Estratégico e do Plano de Negócios da Empresa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, essa conquista na CLDF é de suma importância para a população do Distrito Federal e para a Companhia. “Essa aprovação foi resultado de um projeto de lei encaminhado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. É preciso agradecer também aos deputados pela compreensão e pelo voto favorável. Esses recursos irão permitir a implementação de um conjunto de ações que vão aumentar a capacidade da companhia em tratar os esgotos, melhorar a eficiência energética nas Estações de Tratamento de Esgotos, reduzir as perdas no Sistema de Abastecimento de Água e diminuir os custos com energia elétrica na companhia. Tudo isso será feito atendendo aos critérios de proteção do meio ambiente e combate às mudanças climáticas”, comemora o presidente. *Com informações da Caesb
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DF tem maior taxa de esgoto tratado do país, aponta levantamento
Mais uma vez o Distrito Federal aparece em destaque no ranking que analisa os indicadores de saneamento básico determinados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Segundo o Instituto Trata Brasil, o DF tem a maior taxa de esgoto tratado entre os entes federativos, sendo a única acima de 80% e superando estados como Roraima, Paraná, São Paulo e Goiás. A Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Sobradinho integra o trabalho de saneamento básico que torna o DF uma referência no país | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb Na comparação entre municípios, Brasília ocupa a 20ª posição dos mais bem-colocados, com uma taxa total de atendimento de esgoto em 91,77% e de tratamento em 86,65%. Em relação ao abastecimento total de água, o serviço é fornecido para 99% dos habitantes, colocando a cidade entre as nove mais bem-posicionadas. Os dados são do Ranking Saneamento Básico 2023 do Trata Brasil. [Olho texto=”“O tratamento e fornecimento de água de qualidade e a coleta e o tratamento de esgoto estão diretamente relacionados à qualidade de vida. Esse serviço básico atendido gera um meio ambiente mais saudável, menos doenças para a população, menor número de internações e valorização imobiliária da região”” assinatura=”Carlos Eduardo Borges, diretor de Operação e Manutenção da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O crescimento dos índices de atendimento e abastecimento de água e esgoto ocorrem desde 2005. Desde 2019 para cá, o Governo do Distrito Federal investiu mais de R$ 1 bilhão em melhorias no sistema de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, além da modernização das estruturas e dos processos. Deste valor, R$ 404 milhões foram destinados aos Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES), um conjunto de instalações para coletar, transportar, tratar e destinar o esgoto da cidade. Investimento que dá resultado As construções do Sistema Corumbá IV, das estações de tratamento de água (ETAs) do Lago Norte e do Gama e dos sistemas de esgoto em praticamente todas as regiões administrativas são apontadas como algumas das ações que impactam diretamente a melhoria do tratamento de esgoto e água. Arte: Agência Brasília “Estamos em uma região do Planalto Central em que há muitas nascentes, mas pouco volume de água por conta dos meses de seca. Isso nos faz ter que armazenar e construir reservatórios, e, por consequência, implantar sistemas de tratamentos em todas as cidades para que não haja contaminação no lago e nos rios”, explica o diretor de Operação e Manutenção da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Carlos Eduardo Borges. Além disso, de acordo com o diretor, o Distrito Federal conta com três níveis de tratamento, o que é incomum em muitas cidades brasileiras. “O tratamento do esgoto é dividido em algumas etapas. Nas etapas primária e secundária são removidas as matérias orgânicas e os resíduos sólidos, o que a maioria das cidades faz. Mas o nosso nível de tratamento vai até o terciário, que envolve a remoção do nitrogênio e do fósforo, nutrientes que precisam ser retirados por conta dos diversos lagos que abastecem a cidade”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A aplicação de recursos para a garantia de saneamento básico garante dignidade, saúde e desenvolvimento para o DF. “O tratamento e fornecimento de água de qualidade e a coleta e o tratamento de esgoto estão diretamente relacionados à qualidade de vida. Esse serviço básico atendido gera um meio ambiente mais saudável, menos doenças para a população, menor número de internações e valorização imobiliária da região. Tem uma série de vantagens para a cidade”, ressalta o diretor de Operação e Manutenção da Caesb. Mesmo com tantos investimentos, o governo atua para melhorar ainda mais o abastecimento da população. “Manter esses números e avançar é uma missão do Distrito Federal para cumprir o marco do saneamento básico que estabeleceu metas para o Brasil até 2033. O nosso nível ainda não é maior porque temos áreas em que a infraestrutura de saneamento básico só pode entrar conforme a regularização. É o caso do Morro da Cruz e Capão Comprido, em São Sebastião, Chácara Santa Luzia e 26 de Setembro”, revela Borges. *Colaborou Ian Ferraz
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Rede de esgoto substitui fossa e leva dignidade à população do Sol Nascente
Até a última edição da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), coletada entre maio e dezembro de 2021, 30,4% da população do Sol Nascente/Pôr do Sol contava com fossa séptica em casa. Dezoito meses depois, a realidade é completamente diferente. A rede de esgotamento chegou a 90 mil moradores da cidade, que, atualmente, tem 93.217 habitantes, de acordo com o mesmo estudo. No Sol Nascente, GDF investe alto nas obras de saneamento, que contemplarão os trechos 1, 2 e 3 da cidade | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para garantir saneamento básico à população da cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu R$ 67.689.396,90 desde a institucionalização da região administrativa em agosto de 2019. As obras foram divididas em sete contratos para atender os trechos 1, 2 e 3. Atualmente, os trabalhos se concentram no Trecho 3. [Olho texto=”“Tínhamos um planejamento inicial da obra. Só que, com o acelerado crescimento da cidade, tínhamos que compatibilizar o projeto ao mesmo tempo que a obra estava em execução”” assinatura=”Mauro Coelho, gerente de Implantação de Obras Oeste-Sul da Caesb” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O vigilante Merci Alves da Paz tem 20 anos de Sol Nascente e diz que já percebeu as melhorias na cidade nos últimos anos. “Era tudo fossa, não tinha esgoto. Agora tem e melhorou demais. O governo realmente resolveu esse problema. Estamos falando de esgoto, mas percebo uma benfeitoria geral”, destaca. Para tanto, foram construídos 192 mil metros de rede e seis estações elevatórias de esgoto bruto (EEBs) da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), além de ter sido recuperado o interceptor que conduz todo o material para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior, em Samambaia. Além disso, foi feita a rede de abastecimento de água. “Era tudo fossa, não tinha esgoto. Agora tem e melhorou demais”, afirma o vigilante Merci Alves da Paz A rede de esgoto substituiu as fossas, enquanto as estações elevatórias têm o objetivo de transportar todo o esgotamento coletado que está abaixo do interceptor, bombeando-o para um ponto mais elevado até ser transportado ao tratamento. O dispositivo foi utilizado devido à topografia desfavorável da cidade, com um relevo que precisou ser substituído por conta da concentração de água. A característica geográfica do Sol Nascente/Pôr do Sol foi apenas um dos desafios da implantação do saneamento básico. “Tínhamos um planejamento inicial da obra. Só que, com o acelerado crescimento da cidade, tínhamos que compatibilizar o projeto ao mesmo tempo que a obra estava em execução. Isso dificultou bastante”, explica o gerente de Implantação de Obras Oeste-Sul da Caesb, Mauro Coelho. “Algumas passagens por onde a gente podia passar a rede estavam ocupadas por casas ou estavam em áreas de preservação ambiental”. O educador social Mauro Ferreira dos Santos celebra o investimento no saneamento na cidade O educador social Mauro Ferreira dos Santos é morador do Trecho 2 há 15 anos e lembra que, até pouco tempo, ninguém tinha esgoto encanado na cidade, situação que causava alguns transtornos. “A gente usava fossa. Quando passava um tempo, ela enchia e tínhamos que chamar o caminhão para esgotar. Hoje em dia está bom, chegou o esgoto, temos a água e acabou a fossa”, comemora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Benefícios As adaptações no projeto foram feitas para atingir o marco do saneamento, que é a universalização do atendimento de esgoto e de água. “A chegada desse serviço juntamente com a infraestrutura da cidade, com pavimentação e drenagem, traz para o local uma melhoria na qualidade de vida das pessoas”, classifica o gerente da Caesb. “Além disso, aumenta a possibilidade do comércio se desenvolver e melhora a locomoção dentro da cidade. Era muito ruim os moradores terem que passar pelo meio do esgoto e das fossas que estavam extravasando”, emenda. Para o administrador de Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, o saneamento básico é de suma importância, uma vez que evita a contaminação do solo e previne doenças. “Quando temos uma cidade com esgoto a céu aberto, além de deixar uma imagem mais feia, acaba causando doenças para a comunidade. Esse trabalho da Caesb traz dignidade, humanização e acima de tudo autoestima para os moradores de cada setor que está recebendo a infraestrutura”, define.
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Com R$ 4 milhões em obras, Setor Primavera recebe esgotamento sanitário
Em Taguatinga, foram concluídas as obras de construção do sistema de esgotamento da Área de Regularização de Interesse Social (Aris) Primavera, o que torna possível a ligação das residências à rede de esgoto da Caesb. Com investimento de aproximadamente R$ 4 milhões, o trabalho abrange 17 km de rede, beneficiando cerca de 4,5 mil moradores que, a partir de agora, não mais precisarão usar fossas sépticas. Equipes da Caesb visitam residências para explicar aos moradores os novos procedimentos necessários | Foto: Divulgação/Caesb O sistema de esgotamento do Setor Primavera é composto por redes coletoras públicas e ramais condominiais interligados à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Moradores das quadras 27 e 28 já receberam visitas informando sobre os procedimentos necessários para ligar a rede de suas casas adequadamente ao sistema de esgoto implantado. É de 30 dias o prazo para a desativação da fossa e interligação das instalações de sua residência à caixa de conexão construída dentro do lote. Conforme orienta a Caesb, somente podem se interligar à rede os moradores que receberam o comunicado de liberação para a utilização do sistema. Alguns lotes ainda requerem adequações, assim como alguns trechos de redes podem precisar ser complementados. Esse procedimento evita que ligações possam causar extravasamentos e transtornos para a comunidade local. * Com informações da Caesb
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Evento aborda desafios do novo marco do saneamento
Mais de 200 representantes de 50 empresas de saneamento e de órgãos públicos locais e federais puderam discutir e conhecer casos práticos da utilização da solução tecnológica ArcGIS, no evento Gis Day Caesb, promovido pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) na quinta-feira (13), no Espaço Cultural Águas Claras. O Gis Day Caesb foi realizado em parceria com a empresa Imagem Esri, distribuidora oficial no Brasil da plataforma ArcGIS, com o objetivo de reunir usuários do sistema e compartilhar as inovações no contexto da indústria do saneamento básico, dentro do novo Marco Legal que regula o segmento no país. A companhia utiliza diversas soluções ArcGIS para a elaboração de mapas das redes de abastecimento e esgotamento sanitário; coleta e tratamento de dados em campo; apoio às equipes de manutenção de redes; apoio ao projeto de expansão dos sistemas de abastecimento e esgotamento; fiscalização comercial e de obras; apoio ao planejamento e tomada de decisão das diversas superintendências da companhia; integração com sistemas GIS de outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF); e no compartilhamento e disponibilização de geoinformações. Técnicos da Caesb, de outras companhias de saneamento e de empresas de geoprocessamento apresentaram boas práticas | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb Em palestras concorridas, técnicos da Caesb, de outras companhias de saneamento e de empresas de geoprocessamento apresentaram as experiências de sucesso em temas como soluções para recuperação de receitas; acompanhamento de obras e estratégias de reabilitação de redes; integração entre sistemas GIS e BIM para gerenciamento de ativos; inteligência artificial e inteligência geográfica. O gerente de Geoprocessamento da Caesb, Carlos Eduardo Machado Pires, apresentou o Case Caesb: Evolução e aplicações do GIS Corporativo. “Eventos como esse são excelentes ferramentas de benchmarking que nos possibilitam conhecer aplicações e soluções que são tendências e geram excelentes resultados para a companhia. Além disso, nos permite mostrar como a Caesb utiliza as geotecnologias em seus processos. Tivemos a oportunidade de ver cases interessantes de outras empresas de saneamento que nos permitem planejar novas ações e projetos e, assim, melhorar os processos internos refletindo em melhor qualidade dos serviços prestados aos cidadãos”, explicou Carlos Eduardo. [Olho texto=”“Eventos como esse são excelentes ferramentas de benchmarking que nos possibilitam conhecer aplicações e soluções que são tendências e geram excelentes resultados para a companhia. Além disso, nos permite mostrar como a Caesb utiliza as geotecnologias em seus processos”” assinatura=”Carlos Eduardo Pires, gerente de Geoprocessamento da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] Participaram do evento profissionais de companhias de saneamento básico de várias regiões do país como as empresas parceiras Aegea; Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema); Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern); Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar); Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa); Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul); Saneamento de Goiás S.A. (Saneago); Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan); BRK Ambiental e Iguá Saneamento S.A. Também estiveram presentes representantes de órgãos públicos como Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa); Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Ministério da Defesa (MD); Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT); Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF); Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema); Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh); Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap); Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap); Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal); Instituto Brasília Ambiental e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). *Com informações da Caesb
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Quadras de Santa Maria recebem ampliação da rede de esgoto
A rede de esgoto das quadras 312/313 de Santa Maria vem recebendo obras de ampliação por parte do Governo do Distrito Federal (GDF). Para melhorar as condições de saneamento básico na região, equipes trabalham nos remanejamentos das tubulações principais para melhorar o escoamento dos esgotos nesses trechos e reduzir a probabilidade de entupimentos e extravasamentos – quantidade de esgoto bruto que escapa do sistema de tratamento, retornando para o meio ambiente sem o devido tratamento. As obras são executadas pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), com investimento da ordem de R$ 130 mil. As obras da rede de esgoto das quadras 312/313 de Santa Maria contam com investimento de R$ 130 mil | Foto: Divulgação/Adm. Santa Maria “O entupimento de esgoto era uma coisa que incomodava bastante os moradores, causava mau cheiro. Além disso, a população ficava mais exposta à contaminação por causa do vazamento de esgoto que tinha nas ruas. Isso tudo não vai existir mais depois que a obra for concluída”, destacou o administrador de Santa Maria, Josiel França Estrutural Após mais de 20 anos de espera, os moradores da Quadra 2 (antiga Quadra 12) da Estrutural vão ganhar rede de água e esgoto. As obras de complementação da rede de abastecimento contam com investimentos do GDF de R$ 211,3 milhões. A Quadra 2 encontra-se em Área de Regularização de Interesse Social (Aris) e, por isso, é prioritária para receber infraestrutura de abastecimento de água. Com a nova rede de água e esgoto, é possível promover até 257 ligações residenciais nessa localidade.
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Saneamento básico tem novas regras para atrair investimentos
O governador Ibaneis Rocha participou da assinatura de dois decretos editados pelo governo federal para destravar investimentos públicos e privados no setor de saneamento básico. O ato ocorreu no Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira (5), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, de ministros de Estado e governadores. Com a medida, o governo federal quer alcançar a universalização dos serviços de saneamento até 2033. As mudanças assinadas devem representar um investimento de R$ 120 bilhões em uma década e beneficiar mais de 29,8 milhões de pessoas. Uma das medidas é o fim do limite de 25% para a realização de parcerias público-privadas (PPPs) pelos estados. Segundo o governo federal, isso fará com que mais de 1,1 mil municípios voltem a acessar recursos de saneamento básico e atinjam a meta de universalização dos serviços. “O Marco Legal favorece o planejamento a longo prazo para que os estados e municípios atinjam a universalização. Aqui no DF, nós trabalhamos para atingir esse índice. Temos 99% da população atendida com água tratada e 92,31% com acesso à coleta de esgoto. Estamos atentos ao crescimento populacional e das cidades e teremos o investimento de R$ 2,8 bilhões da Caesb no setor”, destacou o governador Ibaneis Rocha. O governador Ibaneis Rocha em encontro com o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministros de Estado e governadores, nesta quarta (5) | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Os textos assinados pelo presidente Lula regulamentam a Lei nº 11.445/2007, alterada pela Lei nº 14.026/2020, que define as regras para o saneamento no país, entre elas a garantia de abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e o manejo de águas pluviais. “O que estamos fazendo é chamar o Brasil à responsabilidade para que se resolva um problema crônico do país. Não temos o hábito de fazer saneamento básico no país, de se fazer tratamento de esgoto. Essa política é colocar credibilidade na relação entre o governo federal, estados e municípios”, afirmou o presidente Lula. Segundo o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Pedro Cardoso, o órgão está alinhado junto às demais empresas de saneamento para viabilizar investimentos estruturais ao setor. “Além dos esforços em prol da universalização dos serviços, a companhia também possui atuação expressiva em outros processos, entre eles a gestão ambiental de recursos hídricos, projetos sociais e exportação de conhecimento e tecnologias do setor. No último ano, inauguramos o Sistema Produtor de Água de Corumbá, que garantirá a segurança hídrica do DF para as próximas décadas, a partir do incremento de 12,49% na capacidade de produção de água do DF”, detalhou. Ainda de acordo com a Caesb, há investimentos previstos na expansão dos Sistemas Produtores de Água Paranoá Norte, Corumbá e Brazlândia, do sistema de esgotamento sanitário e na ampliação e melhoria das estações de tratamento de esgoto. Situação do DF No Distrito Federal, a Caesb trata 100% do esgoto coletado. Com relação à coleta de esgoto, o índice chega a 92,31% e o de perdas – desperdício, ligações clandestinas e outras situações – caiu para 33,81%. Em relação a municípios com mais de 1,4 milhão de habitantes, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF ocupa o 7º lugar no atendimento de água e o 6º no índice de atendimento de esgoto, mesmo ocupando o 3º lugar em termos populacionais do país. Os dados são do Ranking do Saneamento 2023 elaborado pelo Instituto Trata Brasil. Quando comparado a municípios de diferentes portes, a companhia figura na 20ª posição, mas levando em conta municípios com populações que variam de 285 mil a 12 milhões de habitantes. Segundo a Caesb, a avaliação do porte dos municípios é de extrema importância dadas as dificuldades inerentes às grandes metrópoles, no que diz respeito ao crescimento populacional e à ocupação desordenada. A Caesb mantém um compromisso com o plano de investimentos firmados no Plano Distrital de Saneamento do Distrito Federal (PDSB). Para tanto, ao longo de 2021 e 2022, a companhia trabalhou no novo modelo dos contratos para captação de recursos externos com bancos internacionais, que passa a vigorar já no próximo ano. Ao todo, a Caesb pretende investir R$ 2,8 bilhões até 2027.
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Governador e deputado Baleia Rossi discutem moradia e mobilidade
O governador do DF, Ibaneis Rocha, recebeu o presidente nacional do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), deputado federal Baleia Rossi, em seu gabinete, nesta quarta-feira (22), para tratar de projetos de moradia, saneamento básico e mobilidade urbana. O parlamentar fez a visita de cortesia e prometeu atuar como uma ponte entre os governos local e federal em ações que beneficiam diretamente a população. [Olho texto=”“Nossa meta é atender as famílias de baixa renda que recebem até um salário mínimo e meio. Com recursos e financiamentos do governo federal, nós poderemos avançar com os projetos de moradia para esse público, atendendo também as outras faixas, como já temos feito”” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador” esquerda_direita_centro=”direita”] A população de baixa renda é o foco do GDF no âmbito da construção de moradias nos próximos anos. A atual gestão pretende entregar 43 mil unidades habitacionais e deixar outras 37 mil projetadas, atendendo 80 mil famílias e 320 mil pessoas com essas obras. “Nossa meta é atender as famílias de baixa renda que recebem até um salário mínimo e meio. Com recursos e financiamentos do governo federal, nós poderemos avançar com os projetos de moradia para esse público, atendendo também as outras faixas, como já temos feito”, afirma o governador Ibaneis Rocha. O governador Ibaneis Rocha e o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (D), conversaram sobre a articulação entre os governos local e federal em ações que beneficiam diretamente a população do DF | Foto: Renato Alves/Agência Brasília [Olho texto=”“Temos todo o empenho em contribuir para esse governo, que já é muito bem-avaliado”” assinatura=”Baleia Rossi, deputado federal” esquerda_direita_centro=”direita”] No encontro, Baleia Rossi colocou-se à disposição para buscar recursos junto ao governo federal e aos colegas do Congresso Nacional. “O intuito da visita é fazer essa aproximação das ações do governo e do partido com o Ministério das Cidades, com o governo federal e com nossos parlamentares, deputados e senadores. É tratar de ideias que possam contribuir para o desenvolvimento aqui no DF”, destaca o deputado federal. Ainda segundo o parlamentar, projetos de mobilidade urbana e saneamento do DF também vão entrar no radar junto ao governo federal e ao Congresso. “Temos todo o empenho em contribuir para esse governo, que já é muito bem-avaliado e, com essas ações, vai melhorar a vida dos moradores daqui”, avalia. Também esteve presente na reunião o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.
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Produtores rurais de São Sebastião recebem fossas ecológicas
O Programa de Saneamento Rural da Emater-DF vai beneficiar 21 famílias de produtores rurais do Assentamento 1º de Julho, em São Sebastião, com a instalação de sistemas autônomos individuais de esgotamento doméstico. A previsão é de que as obras, iniciadas na terça-feira (20), sejam finalizadas até meados de janeiro, impactando cerca de 100 agricultores e moradores da área rural. As obras em São Sebastião serão finalizadas até meados de janeiro, impactando cerca de 100 agricultores e moradores da área rural | Fotos: Divulgação/ Emater-DF O extrato para contratação da empresa executora das obras foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) no início desta semana, no valor de R$ 197.515,50, recurso que veio de emenda parlamentar do deputado distrital Jorge Vianna. O programa já instalou, desde 2020 até hoje, 306 sistemas autônomos individuais de esgotamento doméstico em propriedades de várias regiões do Distrito Federal. Esse montante beneficiou diretamente cerca de 1,5 mil agricultores e moradores do campo, fora o atendimento indireto da população, que são os consumidores dos alimentos produzidos pelos produtores. [Olho texto=”“Tudo que fazemos no campo também beneficia a cidade. O projeto das fossas sépticas dá condições dignas aos moradores do campo, garantindo sustentabilidade e alimentos saudáveis”” assinatura=”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao todo, foram investidos cerca de R$ 3 milhões, recursos provenientes de emendas dos deputados distritais Leandro Grass, Reginaldo Sardinha e Jorge Vianna. Em janeiro, os números subirão para 327 fossas ecológicas instaladas no DF, com investimento de R$ 3,2 milhões. O programa surgiu da necessidade de melhoria da qualidade sanitária dos alimentos produzidos, bem como para a proteção ambiental e para a promoção da saúde coletiva no campo. Os critérios de acesso ao Programa de Saneamento Rural da Emater-DF priorizam os produtores de folhagens e os agricultores de baixa renda, fornecedores do Programa Alimenta Brasil (PAB), além dos agricultores que estão em processo de certificação no Programa de Boas Práticas Agropecuárias. A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, destaca que o alcance dos benefícios que a instalação dos sistemas individuais de esgotamento doméstico não se limita à propriedade rural. “Tudo que fazemos no campo também beneficia a cidade. O projeto das fossas sépticas dá condições dignas aos moradores do campo, garantindo sustentabilidade e alimentos saudáveis”, afirmou. As fossas ecológicas fazem um tipo de tratamento dos dejetos da cozinha e do banheiro, com eficácia de até 95% em alguns modelos Saúde e segurança alimentar Eliana Fontenele mora do Assentamento 1º de Julho, localizado em São Sebastião, desde 2011, com o esposo e duas filhas. Beneficiada com a instalação de um sistema de esgotamento doméstico, a propriedade só tinha uma fossa negra aberta, que exalava mau cheiro e juntava moscas. “Vai ser muito proveitoso, além de diminuir o odor e acabar com os insetos, pois essa fossa é fechada, a gente vai poder usar o resíduo tratado para adubar a plantação. Além disso, vai evitar que o solo contamine a plantação”. Eliana produz frutíferas, além de mandioca, feijão, abóbora, e cultiva uma horta doméstica para consumo familiar. Cristina Costa dos Santos Alves também foi beneficiada com uma fossa ecológica. A família, composta pelo casal e três filhos, cria galinhas e cultiva frutíferas, batata, mandioca. Cristina conta que antes a água da pia e do chuveiro ia para o solo e a água negra (urina e fezes) era despejada numa fossa aberta na propriedade. “Com esse novo sistema a gente acredita que vai trazer mais higiene e segurança para a gente e para o nosso cultivo. Além disso, vai diminuir as muriçocas que são atraídas pela fossa aberta”, prevê Cristina Costa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As 21 famílias beneficiadas com o sistema de esgotamento sanitário individual receberão uma capacitação dos extensionistas da Emater-DF sobre o uso adequado e cuidados com o sistema de esgotamento doméstico. As fossas ecológicas fazem um tipo de tratamento dos dejetos da cozinha e do banheiro. Nelas, a água suja passa por mais de um processo de filtragem e chega ao final com mais de 80% do resíduo tratado, em alguns modelos, a eficácia do tratamento chega a 95%. *Com informações da Emater-DF
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GDF investe R$ 3 milhões para instalar sistemas de saneamento na zona rural
O Governo do Distrito Federal investiu, nos dois últimos anos, R$ 3 milhões na instalação de 306 fossas sépticas e biodigestores em pequenas propriedades rurais. Esses equipamentos, além de melhorar a qualidade de vida dos agricultores, reduzem os riscos de contaminação da água usada para produzir os alimentos. Os sistemas de tratamento instalados pelo programa são fossa séptica e biodigestores, que não contaminam o lençol freático | Fotos: Divulgação/Emater-DF A informação foi dada nesta sexta-feira (23) pelo engenheiro agrônomo Antônio Dantas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), responsável pelo Programa de Saneamento Básico Rural (Saneater), por meio do qual são instalados sistemas individuais de tratamento de esgoto nos núcleos rurais. [Olho texto=”“Os produtores percebem claramente a melhoria para a qualidade de vida. A água que escorria a céu aberto não escorre mais, é um transtorno que chega ao fim”” assinatura=”Antonio Dantas, engenheiro agrônomo da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Ele explicou que são atendidos prioritariamente produtores inscritos em programas do GDF que possibilitam a compra de alimentos produzidos nos núcleos rurais. Já foram contempladas produtores de Ceilândia, Planaltina e Brazlândia, cidade que em breve ganhará mais 21 equipamentos. Para 2023, está prevista a entrega de mais 150 equipamentos nessas e em outras cidades. Qualidade no campo Antonio Dantas explicou que o objetivo é estimular o cumprimento das metas instituídas pelo programa Brasília Qualidade no Campo, o qual estipula as boas práticas a serem adotadas pelos agricultores na produção dos alimentos. A plantação, após passar por avaliação, recebe selo de qualidade, Com eles, o produtor consegue conquistar mercados e ampliar as vendas. A maior dificuldade dos pequenos produtores, segundo Dantas, tem sido na parte do tratamento de esgoto. “A maioria ainda usa a fossa negra, um buraco cavado no solo que não trata o esgoto, contaminando o lençol freático e a água captada para consumo da família e para a irrigação dos alimentos”, relatou. O programa da Emater-DF atende agricultores familiares que, prioritariamente, entregam os alimentos para compras governamentais e precisam do sistema de tratamento A instalação dos equipamentos acontece após os técnicos da Emater visitarem a propriedade rural. Depois da instalação, eles orientam os produtores sobre a forma de usar os equipamentos e quais cuidados a serem tomados, como não jogar entulho ou lixo nos aparelhos e limpar a caixa de gordura com frequência. A instalação é feita em um único dia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Fim do mau cheiro Na avalição de Dantas, os produtores estão aprovando o programa. “Eles percebem claramente a melhoria na qualidade de vida”, garante. “A água que escorria a céu aberto não escorre mais, é um transtorno que chega ao fim. Tratar o esgoto é um problema e o governo tem que interferir e ajudar, porque, afinal, são eles que produzem os nossos alimentos”, ressalta o agrônomo. Um dos primeiros agricultores beneficiados foi o agricultor Joaquim Máximo, 40 anos, que mora no Núcleo Rural Betinho, em Brazlândia, onde produz morangos, tomates e outros alimentos. Em 2020, foi instalado na chácara dele um sistema biodigestor. “Melhorou muita coisa”, contou Joaquim. “Antes o mau cheiro da fossa infestava tudo. Dava pra sentir o odor de qualquer lugar. Hoje, as pessoas vêm aqui comer e não reclamam mais do cheiro. Para mim, esse é um dos melhores programas da Emater-DF”, elogiou Joaquim.
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Com investimento de R$ 4,3 milhões, rede de esgoto chega ao Setor Primavera
Construção da rede de esgoto do Setor Primavera, com redes coletoras e ramais condominiais, vai atender a 1.266 lotes das quadras 25 a 28, em uma extensão total de 17 km | Fotos: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Brasília, 23 de setembro de 2022 – O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), iniciou nesta segunda-feira (26) a primeira etapa de construção da rede de esgoto da Área de Regularização de Interesse Social (Aris) Primavera, em Taguatinga. Com investimento de R$ 4.292.422,09, a obra vai levar saneamento básico a cerca de 4,5 mil moradores de 1.266 lotes das quadras 25 a 28, dando fim à necessidade de uso das fossas sépticas. O sistema de esgotamento do Setor Primavera será composto por redes coletoras públicas e ramais condominiais futuramente interligados à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior. Ao todo, são 17 km de rede de esgoto com previsão de entrega em abril de 2023. De acordo com o administrador regional Ezequias Pereira, a área é a única de Taguatinga em fase de regularização que ainda não conta com rede de esgoto Além de levar comodidade e conforto a quem mora na região, o saneamento é necessário para a proteção do meio ambiente e da saúde pública, evitando o risco de contaminação das águas superficiais ou subterrâneas que poderiam impactar a qualidade da água. Diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges Pereira informa que quase 100% das residências na área já contam com abastecimento de água e que a segunda etapa vai atender mais 5 mil pessoas. “São loteamentos que ainda aguardam licenciamento ambiental para receber infraestrutura e que ficarão para a etapa seguinte”, prevê. De acordo com o administrador regional de Taguatinga, Ezequias Pereira, a área é a única da cidade em fase de regularização que ainda não conta com rede de esgoto. “Atualmente, as residências têm fossas que, quando transbordam, causam danos e um grande mal-estar a quem reside por perto”, ressalta ele. A psicóloga Núbia Lima reclama do desconforto e dos custos que o problema causa: “São multas e penalizações, gerando mais prejuízo. Tem prédios aqui em que a fossa não suporta o volume de dejetos e transborda direto” Além do desconforto, o problema gera custo para o morador responsável pela fossa que excede o volume. “São multas e penalizações, gerando mais prejuízo. Tem prédios aqui em que a fossa não suporta o volume de dejetos e transborda direto”, conta a psicóloga Núbia Lima, 49 anos, moradora da região. Desenvolvido pela Terracap e pela Codhab, a regularização do Setor Primavera está se processando por etapas, sendo esse empreendimento correspondente à primeira fase. Com uma mercearia e uma distribuidora de bebidas no setor, o empresário Juscelino Fernandes mora na área há 25 anos e está ansioso pela implantação da rede de esgoto. “Vai atrair mais moradores para os lotes que estão vagos, aumentar a circulação de pessoas e, consequentemente, das nossas vendas”, espera ele.
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Brasília sobe cinco posições no ranking nacional do saneamento básico
No dia em que se comemora o Dia Mundial da Água, Brasília ganhou mais um motivo para celebrar: a capital passou da 20ª para a 15ª posição no Ranking do Saneamento 2022, divulgado nesta terça-feira (22) pelo Instituto Trata Brasil. A 14ª edição do ranking tem como foco os 100 maiores municípios brasileiros, e o relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em 2020. Estação de tratamento de esgoto: Brasília alcança 90,03% de esgoto tratado por água consumida | Foto: Arquivo/Agência Brasília Brasília ocupa posição de destaque, com nota máxima em indicadores de atendimento, cumprindo as metas do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. No indicador de atendimento total de água, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) alcançou a marca de 99%. Já o indicador de atendimento total de esgoto mostra que 91,77% dos habitantes do DF têm coleta de esgoto. Quando o índice analisado é a porcentagem do esgoto tratado por água consumida, Brasília alcança 90,03%. A assessora de Planejamento e Modernização Empresarial da Caesb, Luiza Brasil, explica que o SNIS considera uma metodologia diferente ao calcular o tratamento de esgotos e que o índice utilizado pelo Trata Brasil compara o volume de água consumido, subtraído do volume de água tratado exportado, com o volume total de esgotos tratados. “Quando comparamos o volume de esgoto coletado e tratado, o índice atingido pela Caesb chega a 100%, sendo que 87% destes recebem tratamento a nível terciário. Esse nível de tratamento garante que o efluente retorne à natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana”, comemora Luiza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Ranking do Saneamento é uma publicação feita desde 2007 e considera informações fornecidas pelas operadoras de saneamento presentes nos municípios brasileiros. Os dados são retirados do SNIS, que é a fonte mais completa sobre o setor de saneamento no Brasil. O sistema reúne informações de prestadores estaduais, regionais e municipais de serviços de acesso a água, coleta e tratamento de esgoto, além de resíduos sólidos. As informações compiladas pelo SNIS têm cerca de um ano de defasagem, de modo que os dados utilizados no ranking deste ano são referentes a 2020. São analisadas diferentes dimensões do setor de saneamento, entre elas: população atendida, fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, investimentos em saneamento e perdas de água no sistema. O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) formada por empresas com interesse em saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país. Confira o relatório completo aqui. *Com informações da Caesb
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Mais R$ 1,5 milhão investidos em sistemas de esgoto
Os equipamentos instalados pelo programa da Emater em parceria com a Seagri fazem o tratamento de dejetos de cozinha e de banheiro, permitindo a eficácia de até 95%. O restante dos resíduos é absorvido pelo meio ambiente, sem riscos de contaminação | Fotos: Divulgação/Emater Para levar saneamento básico às comunidades do campo do Distrito Federal, a Emater criou o Programa de Saneamento Rural. Entre 2020 e 2021, foi investido R$ 1,57 milhão na implantação de 284 sistemas individuais de tratamento de esgoto do tipo fossa ecológica ou biodigestor instalados em propriedades, que ampliou o acesso de produtores e moradores de áreas rurais ao saneamento básico. Para este ano, a previsão é que outros 200 sistemas sejam instalados, mais um investimento de R$ 1,5 milhão. O programa surgiu da necessidade de melhoria da qualidade sanitária dos alimentos produzidos, bem como para garantir a proteção ambiental e a promoção da saúde. Pelo projeto, a instalação dos sistemas de tratamento é feita em propriedades de agricultores de baixa renda, fornecedores dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) e agricultores que estão em processo de certificação no Programa de Boas Práticas Agropecuárias. [Olho texto=”Mais de 1,3 mil agricultores e moradores do campo foram beneficiados pelo programa nos últimos dois anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a presidente da Emater, Denise Fonseca, o alcance dos benefícios que a instalação dos sistemas traz não se limita à propriedade rural. “Nos últimos dois anos foram mais de 1,3 mil agricultores e moradores do campo beneficiados. Fora o atendimento indireto da população do Distrito Federal, que são os consumidores dos alimentos produzidos. Tudo que a gente faz no campo também beneficia a cidade”, destaca. Para a coordenadora do programa, Ana Paula Rosado, o projeto dá condições dignas aos moradores do campo, garantindo sustentabilidade e alimentos saudáveis. “O esgoto liberado diretamente no meio ambiente pode contaminar o solo, a água e os alimentos produzidos, sendo prejudicial à saúde dos moradores do campo e da população de maneira geral. Muitos produtores não têm condição financeira para essa implantação”, explica. Até o momento, os sistemas instalados em 2020 e 2021 contaram com o recurso de emendas parlamentares dos deputados Leandro Grass e Reginaldo Sardinha. Em 2022, pelo menos 200 instalações serão feitas por meio de recursos destinados também por Leandro Grass e pelo deputado Jorge Vianna. Segundo o extensionista Antônio Dantas, executor do contrato pela Emater, caso haja recurso, a expectativa é que o número de sistemas de tratamento de esgoto instalados possa chegar a 350. Histórico Iniciado ainda em 2017, o trabalho partiu de uma parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). A pasta doava os equipamentos, a Emater ajudava na seleção das famílias e os produtores e moradores arcavam com os custos de instalação. Nos dois primeiros anos, chegaram a ser instalados 105 kits nesta modalidade. [Numeralha titulo_grande=”412″ texto=”sistemas de saneamento foram instalados desde 2017 no projeto de parceria com a Seagri” esquerda_direita_centro=”direita”] Em 2020, a Emater retomou o projeto, que passou por remodelação com a entrega do kit completo e já instalado. Os custos de mão de obra, muitas vezes, dificultavam e até inviabilizavam sua instalação. Nesta nova modalidade, foram colocados 165 kits em 2020 e outros 119 em 2021. “Calculamos que, incluindo material e instalação, cada kit sairia em torno de R$ 7 mil. E há propriedades que necessitam de mais de um, pois cada kit atende uma casa com até cinco pessoas”, enumera Ana Rosado. Se somados, os kits de tratamento instalados desde 2017, no projeto de parceria com a Seagri, aos que foram colocados até dezembro de 2021, 412 sistemas de saneamento foram instalados graças às iniciativas da Seagri e da Emater. Como funciona As fossas ecológicas que estão sendo instaladas no meio rural pela Emater fazem um tipo de tratamento dos dejetos da cozinha e do banheiro. A água suja passa por mais de um processo de filtragem e chega ao final com pelo menos 80% do resíduo tratado. Em alguns modelos, a eficácia do tratamento chega a 95%. O restante, o próprio meio ambiente consegue absorver sem risco de contaminação. Um dos beneficiados pelo Programa de Saneamento Rural da Emater, o trabalhador rural Ênio Tomas de Aquino, de 62 anos, comemora a instalação. Ele estava preocupado com a água que, em Vargem Bonita, é muito rasa, o que a deixa vulnerável a contaminações. “Vai melhorar nossa saúde e também do meio ambiente, porque nosso planeta está precisando que a gente cuide dele”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Critérios para programa Como a Emater atua de maneira supletiva atendendo as propriedades rurais que necessitam, é feita uma seleção prévia das famílias. Cada escritório analisa individualmente os casos antes de definir quais terão os equipamentos instalados. Entre os critérios, estão enquadrar-se como família de baixa renda e comercializar alimentos em programas de compra institucional. Também são levados em conta os produtos cultivados. Hortaliças, por exemplo, são mais suscetíveis à contaminação do solo, por isso acabam sendo priorizadas. *Com informações da Emater
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DF recebe reconhecimento nacional pela redução da mortalidade infantil
[Olho texto=”“Conseguir fazer um trabalho e isso ter retorno para a população é o que almeja todo servidor público”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno” esquerda_direita_centro=”direita”] O esforço integrado dos servidores da Secretaria de Saúde para a redução da mortalidade infantil rendeu homenagem do Ministério da Saúde. O certificado de reconhecimento foi entregue à Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da rede pública de saúde do Distrito Federal desde 2008. “Conseguir fazer um trabalho e isso ter retorno para a população é o que almeja todo servidor público”, diz a médica e completa que o reconhecimento valoriza o trabalho de todos. “Essa homenagem foi feita aos funcionários da Secretaria de Saúde, da Atenção Primária, da Atenção Secundária, da Atenção Terciária e da Administração Central”, detalha. O resultado registrado no DF reflete o investimento que vem sendo feito, com novas equipes, unidades e qualificação dos processos no modelo de Estratégia Saúde da Família | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF [Olho texto=”“O DF está no caminho certo. Esse aporte que a gente vem fazendo na Atenção Primária, com novas equipes, novas unidades, qualificação dos processos no modelo de Estratégia Saúde da Família, encontra nesse índice de mortalidade infantil a sua razão de ser, a sua justificativa, o seu verdadeiro valor”” assinatura=”Fernando Erick Damasceno, secretário-adjunto de Assistência” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A iniciativa do Ministério da Saúde vem após o último Boletim Epidemiológico apontar que o Distrito Federal tem o menor índice de mortalidade infantil do Brasil. Enquanto a média de todas as unidades da Federação é de 13,3 mortes por mil crianças nascidas com vida, o DF registrou 8,5. Os dados são de 2019 e, pela primeira vez, o índice ficou abaixo de 10, seguindo trajetória de queda desde 1990, quando foram 28,9 mortes para cada mil crianças nascidas vivas naquele ano. Miriam Santos explica que a redução da mortalidade infantil é associada a várias ações de saúde, como planejamento familiar, pré-natal, parto-nascimento, acompanhamento da criança, vacinação e amamentação. “Também tem as ações de saneamento básico, segurança, educação, transporte. Tudo isso contribuiu com a redução da mortalidade infantil”, enumera. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário-adjunto de Assistência, Fernando Erick Damasceno, ressalta a relevância do trabalho da Atenção Primária de Saúde, sobretudo para proporcionar atendimento pré-natal de qualidade. “O DF está no caminho certo. Esse aporte que a gente vem fazendo na Atenção Primária, com novas equipes, unidades, qualificação dos processos no modelo de Estratégia Saúde da Família, encontra nesse índice de mortalidade infantil a sua razão de ser, a sua justificativa, o seu verdadeiro valor”. Saiba mais sobre a queda da mortalidade infantil no DF aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Brasília sobe sete posições no ranking nacional do saneamento básico
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é responsável pelo abastecimento de água e pela coleta e tratamento de esgoto no DF|Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água, Brasília ganhou mais um motivo para celebrar: a capital passou da 27ª para a 20ª posição no Ranking do Saneamento, divulgado pelo Instituto Trata Brasil esta semana. O Ranking 2021 considera os 100 maiores municípios brasileiros, utilizando a estimativa populacional do IBGE de 2019. Foram analisados 12 indicadores e a nota final é o resultado da média aritmética ponderada deles. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) é responsável pelo abastecimento de água e pela coleta e tratamento de esgoto no DF. Brasília ocupa posição de destaque nos principais indicadores de saneamento das capitais. No indicador de atendimento total de água, o índice obtido foi de 99%. Já o indicador de atendimento total de esgoto mostra que 89,48% dos habitantes do DF têm coleta de esgoto. Quando o índice analisado é a porcentagem do esgoto tratado por água consumida, Brasília alcança 82,28%. A superintendente de Planejamento e Modernização Empresarial da Caesb, Luiza Brasil, explica que o SNIS considera uma metodologia diferente ao calcular o tratamento de esgotos e que o índice utilizado pelo Trata Brasil compara o volume de água consumido, subtraído do volume de água tratado exportado, com o volume total de esgotos tratados. “Quando comparamos o volume de esgoto coletado e tratado, o índice atingido pela Caesb chega a 100%”, comemora Luiza. Com relação ao índice de perdas, houve uma redução de 34,49%, em 2018, para 32,10%, em 2019. O gerente de Gestão de Perdas da Caesb, Elton Gonçalves, explica que houve adequação no cálculo desse indicador, seguindo o que já vem sendo praticado por outras companhias de saneamento. “Em linha com os indicadores de perdas do SNIS e da International Water Association (IWA), que consideram que volumes fornecidos para áreas carentes devem ser contabilizados como autorizados não faturados, a Caesb adequou a contabilização do ‘Consumo Autorizado Não Faturado’. Neste sentido, a empresa deixou de atuar na realização de cortes em áreas que estão em processo de regularização, passando a considerar esses consumos como autorizados não-faturados e não mais como perdas”, esclarece Elton. [Olho texto=”Segundo a Caesb, os investimentos foram na ordem de R$ 1,26 bilhão e nos últimos cinco anos tiveram como foco o aumento da disponibilidade de água para o atendimento à população” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””] O diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges, explica que a universalização dos serviços de água e de esgotos é meta prioritária para a Caesb. Segundo ele, os investimentos na ordem de R$ 1,26 bilhão nos últimos cinco anos tiveram como foco o aumento da disponibilidade de água para o atendimento à população. “Construímos as Estações de Tratamento de Água (ETAs) do Lago Norte e do Gama, com tecnologias de ultrafiltração. Juntas, elas proporcionaram 1.020 L/s de acréscimo na produção. O sistema Corumbá, prestes a ser inaugurado, permitirá o aumento de mais 1.400 L/s”, afirma o diretor. Ele cita, ainda, que, com relação ao esgotamento sanitário, a Companhia está investindo em áreas que não possuíam sistemas coletores de esgotos, como Sobradinho II, Sol Nascente, Park Way, entre outras áreas. “O planejamento e a consequente execução dos projetos acima citados colocam a Caesb em uma posição de destaque no cenário nacional”, comemora Carlos Eduardo. Ranking do Saneamento O Ranking do Saneamento é uma publicação feita desde 2007 e considera informações fornecidas pelas operadoras de saneamento presentes nos municípios brasileiros. Os dados são retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), que é a fonte mais completa sobre o setor de saneamento no Brasil. O sistema reúne informações de prestadores estaduais, regionais e municipais de serviços de acesso à água, coleta e tratamento de esgoto, além de resíduos sólidos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As informações compiladas pelo SNIS possuem cerca de um ano de defasagem, de modo que os dados utilizados no Ranking deste ano são referentes a 2019. São analisadas diferentes dimensões do setor de saneamento, entre elas: população atendida, fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, investimentos em saneamento e perdas de água no sistema. O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) formado por empresas com interesse em saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país. Confira o relatório completo: http://www.tratabrasil.com.br/estudos/estudos-itb/itb/novo-ranking-do-saneamento-2021 *Com informações da Caesb
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GDF investe R$ 230 milhões em obras de água e saneamento
Nos últimos 20 meses, o GDF vem atuando na melhoria de diversas infraestruturas públicas, e um dos focos dos trabalhos é a manutenção e ampliação da rede de distribuição de água e saneamento básico. Ao todo, R$ 230 milhões foram investidos em 19 obras de ampliação da disponibilidade hídrica, esgotamento sanitário e setorização de redes, levando dignidade e conforto para os moradores do DF (veja ilustração ao final da matéria). Até o momento, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) já concluiu quatro serviços e está executando outros 15, previstos para serem concluídos entre o fim do ano e os primeiros meses de 2021. Os canteiros de obras, espalhados por 15 regiões administrativas, também fomentam a geração de empregos: somados, todos os empreendimentos geraram 820 empregos diretos e cerca de 2.460 indiretos. À beira da BR-020, próximo aos condomínios do Grande Colorado, as máquinas da Caesb levantam poeira nos canteiros, cavando buracos e abrindo uma grande veia na terra para a instalação, interligação e reforço de adutoras para toda a região norte do DF. A obra, que recebeu um investimento de R$ 3,2 milhões, tem como objetivo diminuir a pressão na rede e o risco de rompimento das adutoras, aumentando a disponibilidade de água da região e elevando o nível de vazão de água. Ora reforçando, ora substituindo a antiga rede de adutoras, o trecho recebeu 1.700 metros lineares de uma tubulação nova, feita de tubos de polietileno (PEAD) de 630 milímetros de diâmetro, que operam com capacidade para dar vazão a 140 litros de água por segundo. A obra vai beneficiar cerca de 350 mil pessoas que moram no Grande Colorado, Sobradinho, Sobradinho II e Planaltina. [Numeralha titulo_grande=”R$ 230 milhões” texto=”Investimento do GDF em obras de manutenção e ampliação da rede de distribuição de água e saneamento básico” esquerda_direita_centro=”centro”] Para Guilherme Gobbi, engenheiro da Caesb, os trabalhos que estão sendo executados vão trazer estabilidade para os moradores do DF durante um bom tempo: “Terminamos há duas semanas a ligação de uma adutora no Jardim Botânico, bem grande, que vai atender também a região de São Sebastião. São obras importantes, que terão uma durabilidade longa, de pelo menos uns 30 anos de tranquilidade”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Empenho coletivo Para o presidente da Caesb, Daniel Rossiter, os números positivos refletem o esforço realizado diariamente pela empresa. “A Caesb trabalha 24 horas por dia para garantir à população uma água de qualidade e um bom tratamento do esgoto. O investimento de mais de R$ 200 milhões que a Caesb vem fazendo vai garantir ainda mais segurança e conforto aos nossos usuários. Seguimos empenhados, com todo o apoio do governador Ibaneis Rocha, para oferecer serviços melhores e atendimento de excelência à população”, ressalta. A Caesb atende 99% da população do DF com rede de água, além de coletar 89,4% do esgoto e tratá-lo totalmente. Em junho deste ano, Brasília conquistou o prêmio de 2º lugar, entre as capitais brasileiras, no ranking Abes da universalização do saneamento. * Com informações da Caesb
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