Baixa qualidade do ar na estação seca aumenta risco de problemas respiratórios e cardiovasculares
O Distrito Federal enfrenta episódios críticos de poluição atmosférica neste período de seca. São mais de 100 dias sem chuva e com temperaturas ultrapassando 35ºC. Monitoramento realizado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), em maio e junho, identificou níveis elevados de material particulado (MP10 e MP2,5) em regiões como Fercal Oeste, Fercal Boa Vista e Jardim Zoológico. Em alguns pontos, como Fercal Boa Vista, as concentrações ultrapassaram 100 µg/m³, valor muito acima dos limites recomendados pela OMS. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 24 e 30 de agosto, a concentração de partículas no ar ficou acima dos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) por mais de dois dias consecutivos. Poluição do ar tem impacto direto no número de internações hospitalares | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Segundo a gerente de Vigilância Ambiental da SES-DF, Andressa do Nascimento, o material particulado é hoje o poluente mais preocupante para a saúde pública. “As partículas mais finas, conhecidas como MP2,5, penetram profundamente nos pulmões e podem atingir a corrente sanguínea, aumentando os riscos de problemas respiratórios, cardiovasculares e até de mortes prematuras”, explica. A especialista ressalta que a poluição do ar tem impacto direto no número de internações hospitalares. Entre idosos com mais de 60 anos, observa-se crescimento nas ocorrências de doenças cardiovasculares durante a estiagem. “Já entre crianças menores de 5 anos, os casos de agravos respiratórios tendem a se intensificar a partir de agosto, coincidindo com o aumento da concentração de material particulado”, conta. A orientação da SES é evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alerta e seguir as recomendações médicas Formado por partículas de combustíveis fósseis, fuligem de veículos, cinzas de queimadas, emissões industriais e metais pesados, o MP2,5 é descrito como um “coquetel tóxico” invisível, cerca de 30 vezes mais fino que um fio de cabelo. Sua presença no ar se intensifica durante a estação seca, quando a falta de chuvas, as altas temperaturas e as queimadas urbanas e rurais favorecem a piora da qualidade do ar. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas estão entre os mais vulneráveis. A orientação da SES é evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alerta e seguir as recomendações médicas. A hidratação constante também é fundamental: beber entre dois e três litros de água por dia ajuda a prevenir sintomas como dor de cabeça, fadiga e irritação nos olhos. Arte: Secretaria de Saúde Com a última chuva registrada em 24 de junho, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a preocupação aumenta. “A integração entre a Vigilância Ambiental e os serviços de saúde é essencial para reduzir os impactos da poluição. Campanhas educativas, alertas em tempo real e medidas estruturais de redução das emissões são fundamentais para proteger a população”, reforça a gerente. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Período de seca no DF exige maior cuidado com a saúde ocular
Durante os meses de estiagem no Distrito Federal, é comum o aumento das queixas relacionadas à saúde dos olhos. O clima seco, somado ao aumento da poeira e dos ventos mais intensos, compromete a lubrificação natural da superfície ocular. O resultado é ardência, coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e até mesmo visão embaçada. Essa condição é conhecida como síndrome do olho seco e exige atenção, especialmente nesta época do ano. Oftalmologista da Secretaria de Saúde não recomenda o uso de soro fisiológico nos olhos; é preferível usar colírios lubrificantes, que são mais seguros e eficazes | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF De acordo com o oftalmologista Frederico Loss, da Secretaria de Saúde (SES-DF), a diminuição da umidade relativa do ar prejudica a formação e a estabilidade do filme lacrimal — uma camada fina de proteção que recobre os olhos. Sem essa proteção, a superfície ocular fica mais vulnerável a irritações, inflamações e infecções. "Um sintoma frequente e que costuma confundir muitas pessoas é o lacrimejamento excessivo. Apesar de parecer um sinal de hidratação, na verdade, é uma resposta do organismo à secura ocular: são lágrimas reflexas que não cumprem a função protetora do filme lacrimal", explica o médico. Público mais suscetível Alguns grupos são mais vulneráveis aos efeitos do clima seco sobre os olhos. Idosos, por exemplo, já produzem menos lágrimas naturalmente. Usuários de lentes de contato estão entre os mais afetados, assim como pessoas que permanecem longos períodos em ambientes com ar-condicionado ou nas telas (como computadores e celulares), além de pacientes com doenças autoimunes. Crianças e pessoas com alergias respiratórias também tendem a apresentar mais sintomas durante o período da seca. Para aliviar os desconfortos, a principal orientação é o uso de produtos com lágrimas artificiais, que podem ser adquiridos em farmácias sem a necessidade de prescrição médica. “Essa é a recomendação mais importante que podemos dar à população. Para a maioria dos pacientes, esse cuidado simples já traz grande alívio e previne complicações”, destaca Loss. Não use soro nos olhos O médico da SES-DF reforça ainda sobre a utilização do soro fisiológico, prática comum, mas inadequada, para lubrificar os olhos. O soro, depois de aberto, é facilmente contaminado por fungos e bactérias e deve ser descartado no mesmo dia. Além disso, não tem a viscosidade ideal para manter a hidratação da superfície ocular. Caso os sintomas persistam mesmo com o uso de colírios lubrificantes, é fundamental procurar um oftalmologista. A negligência no tratamento pode levar a complicações mais sérias, como lesões na córnea, infecções e perda de acuidade visual, comprometendo a qualidade de vida e o desempenho nas atividades diárias. Na rede pública do DF, o primeiro contato e avaliação são feitos na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Para descobrir qual é a sua, basta clicar neste link e colocar o CEP da residência. *Com informações da SES-DF
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Tempo seco acende alerta no DF: população deve redobrar atenção para evitar incêndios e problemas de saúde
No auge da estiagem no Distrito Federal, a região central da capital da República registrou a menor temperatura do ano na madrugada desta sexta-feira (18). Os termômetros marcaram mínima de 10,1 °C no Plano Piloto, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com a chegada do período mais frio e seco do ano, é importante que a população fique alerta com relação à saúde e também com o meio ambiente por conta da baixa umidade e escassez de chuvas. Essa época do ano requer maior hidratação e higienização das vias nasais com soro fisiológico; população também pode adotar ações para minimizar os efeitos do tempo seco, como o uso de umidificadores, roupas leves, hidratantes corporais e colírios | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Já são 78 dias sem precipitação em Águas Emendadas e 56 dias em Brasília, o que favorece queimadas e agrava problemas respiratórios. Diante das condições, o Inmet emitiu alerta amarelo para baixa umidade, que permanece nos próximos dias. Esse cenário aumenta o risco de incêndios florestais devido à vegetação ressecada e ao descarte irregular de resíduos. Por isso, os cuidados devem ser redobrados. O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) orienta a população a não atear fogo em terrenos, evitar queimar lixo e denunciar focos de queimadas ilegais pelos números 190 ou 193. “A gente pede para evitar fogueiras, queimar lixo ou realizar qualquer tipo de queima ao ar livre. A orientação também é para descartar corretamente resíduos que possam servir de combustível para o fogo, como papel, plástico e vegetação seca. Além disso, os brasilienses devem manter uma boa hidratação e evitar atividades físicas intensas nas horas mais secas do dia”, destacou Sandro Gomes, subsecretário do Sistema de Defesa Civil. Prevenir também é combater Brasília registra 56 dias sem chuvas; vegetação ressecada e descarte irregular de resíduos aumentam o risco de incêndios florestais | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Como medida preventiva, o Governo do Distrito Federal (GDF) deu início, em abril, à operação Verde Vivo. Coordenada por diversos órgãos do Executivo local, a iniciativa cria aceiros, mobiliza brigadas especializadas e promove campanhas educativas em escolas e comunidades para reduzir o impacto da seca. Em 2024, o GDF adotou uma série de ações para evitar incêndios florestais, começando com a decretação de estado de emergência ambiental em abril, o que viabilizou a contratação de 150 brigadistas. Foram feitas queimas prescritas e aceiros preventivos em áreas estratégicas, como a Estação Ecológica de Águas Emendadas, além da intensificação da operação Verde Vivo a partir de junho, abordando tanto prevenção quanto combate direto aos focos de incêndio. Ações educativas também marcaram o período, incluindo blitze com estudantes para conscientizar a população sobre os riscos de incêndios ambientais. Cuidados com a saúde A vacinação é uma das formas mais eficazes de se proteger contra doenças respiratórias | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A combinação de clima seco e frio favorece o surgimento de doenças respiratórias. Isso ocorre porque a baixa umidade resseca as vias aéreas e a mucosa nasal, diminuindo a proteção natural do organismo e facilitando a entrada de vírus e bactérias. Além das vias respiratórias, o tempo seco também pode causar ressecamento da pele e irritação nos olhos, agravando quadros de alergias e asma. Entre os sintomas mais comuns nesse período estão coriza nasal, espirros e secreção amarelada ou esverdeada, típicos de doenças como resfriado, rinite alérgica e sinusite bacteriana. Também são frequentes laringites, faringites, traqueítes e bronquites – estas últimas podendo causar tosse, falta de ar e chiado no peito. [LEIA_TAMBEM]Além da hidratação e da higienização das vias nasais com soro fisiológico, a população pode fazer o uso de umidificadores, roupas leves, hidratantes corporais e colírios para ajudar a minimizar os efeitos do tempo seco. No caso de crianças e idosos, o cuidado deve ser redobrado. Nas crianças, recomenda-se evitar a substituição da água por bebidas açucaradas. Já os idosos, por sentirem menos sede com o passar dos anos, são mais vulneráveis à desidratação. Sinais de alerta incluem urina escura, boca seca, tontura, câimbras, fraqueza e, em casos mais graves, confusão mental. A vacinação continua sendo uma das formas mais eficazes de prevenção contra doenças respiratórias. A imunização contra a influenza está disponível em mais de 100 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. Também há a vacina antipneumocócica, recomendada para idosos, pessoas com doenças pulmonares crônicas, asma grave, infecções respiratórias frequentes ou com imunidade comprometida. Os locais de vacinação podem ser consultados neste link. Pacientes com sintomas leves, como febre, coriza e tosse, devem procurar a UBS mais próxima, porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Casos mais graves são encaminhados para atendimento com especialistas, como otorrinos, pneumologistas ou infectologistas. Para o fim de semana, a previsão é de leve aumento da umidade, mas sem chuvas: → Sábado (19): mínima de 13 °C, máxima de 26 °C, umidade entre 35% e 85%; → Domingo (20): mínima de 15 °C, máxima de 27 °C, umidade entre 30% e 95%. Em qualquer situação de emergência (incêndios, mal súbito, acidentes), a população deve ligar imediatamente para o número 193 e informar o endereço com clareza e detalhes do ocorrido. A orientação é de não tentar controlar o incêndio por conta própria.
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Relatório mostra que não houve homogeneidade na qualidade do ar no DF em agosto
Relatório sobre a qualidade do ar do mês de agosto das quatro estações manuais de monitoramento do Instituto Brasília Ambiental mostra que não houve homogeneidade na qualidade do ar nas regiões em que as estações se localizam. O documento ressalta que, mesmo com a estação da seca e o Distrito Federal tendo recebido fumaça de outras regiões, ocorreram registros de qualidade do ar boa. As estações manuais estão localizadas na Rodoviária do Plano Piloto, no Jardim Zoológico, na Estrutural (IFB) e em Samambaia (IFB) e medem o material particular inalável (MP10), que são partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, com diâmetro aerodinâmico menor que 10 micrômetros. O MP10 pode ser encontrado na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros. A inalação do MP10 pode agravar doenças do sistema respiratório e cardiovascular. A proximidade com uma rodovia movimentada influencia a qualidade do ar medida na Estação da Estrutural | Foto: Divulgação/ Brasília Ambiental O meteorologista e analista de planejamento urbano e infraestrutura do Brasília Ambiental, Carlos Henrique Eça D’Almeida Rocha, explica que as informações revelam a qualidade do ar nas estações em diferentes dias do mês de agosto. “Mas é possível observar que, mesmo sendo um mês de seca já forte, as estações de monitoramento do Zoológico e de Samambaia apontaram uma qualidade de ar boa quase todos os dias”, detalha. Para o presidente da autarquia, Rôney Nemer, o sistema fornece alguns parâmetros, mas precisa de mais investimento. “Precisamos de um monitoramento que atinja mais áreas do DF para chegarmos a um resultado mais efetivo, e que traduza de fato a realidade da qualidade que respiramos. A autorização que o governador Ibaneis Rocha nos deu para aquisição de outras duas estações, que serão automáticas, já nos ajuda a melhorar nosso monitoramento e nossa efetividade nas ações”, considerou. Outras duas estações de monitoramento do ar, desta vez automáticas, serão compradas pelo GDF Já nas outras duas estações de monitoramento, localizadas na Estrutural e na Rodoviária, há variação da qualidade de moderada a boa. Houve registro de qualidade ruim nessas duas estações. “O da Estrutural ocorreu no dia 26 de agosto, quando o Distrito Federal foi coberto por fumaça oriunda das queimadas de outras regiões como Sudeste e Amazônia”, esclarece, Sem homogeneidade “O interessante é que no mesmo dia 26 de agosto a estação de monitoramento de Samambaia apontou uma qualidade de ar boa. Isso mostra que, a depender do local que se está no DF, tem-se qualidade do ar bem diferentes”, enfatiza Carlos Rocha. O analista lembra, ainda, que as regiões da Estrutural – que é próxima a rodovia de intenso trânsito – e a da Rodoviária – onde circulam os ônibus – sofrem influências das atividades das suas localizações. Por isso, a qualidade do ar tende a ser pior. Já as estações do Zoológico e de Samambaia estão longe das fontes de poluição e têm uma representatividade espacial maior que as outras. *Com informações do Brasília Ambiental
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Frescor em meio à seca: os cuidados do Zoológico de Brasília com os animais
Em meio a um clima seco com altas temperaturas e quase 150 dias sem chuva no Distrito Federal, um banho frio e alguns picolés caem muito bem. E quem ganha esse tratamento refrescante são os animais do Zoológico de Brasília, como parte do enriquecimento de ambiente promovido nesta terça-feira (17). Com apoio de um caminhão-pipa de 15 mil litros de água, o elefante Chocolate tomou um banho de mangueira e chuva artificial. Em seguida, os micos do zoo receberam picolés de fruta para hidratar e ajudar a refrescar. “Queria estar no lugar dele, com esse calor”, afirmou a estudante Fernanda Ribeiro, 17 anos, ao passear perto do recinto do elefante. Ela comentou a relevância da ação em um dia tão quente. “Assim como a gente, os animais sofrem com esse calor e poluição, então é muito importante. Na hora em que estão jogando água, vem um refresco muito bom”, completa. Comportamento natural dos animais O diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Wallison Couto, destacou que há uma equipe voltada ao bem-estar dos animais que os acompanha no dia a dia, realizando treinamentos e condicionamentos — um trabalho que se intensifica no período de clima mais hostil. “Esse condicionamento serve também para quando precisamos pegar o animal para realizar retirada de sangue ou algum tratamento, de forma que não cause um estresse maior, que pode exigir sedação. Principalmente nessa época seca, temos o banho, os tanques cheios de água ou lama, e eles gostam bastante”, afirma. Os animais herbívoros recebem frutas congeladas para aliviar o calor | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Ele acrescenta ainda que, nos próximos meses, o cronograma dessas ações com os animais poderá ser acompanhado pelo público, com os horários dos banhos marcados e também oportunidades para presenciar os enriquecimentos. Segundo a bióloga do Zoológico de Brasília Andressa Teles, além dos banhos para os animais que gostam, os condicionamentos também levam em consideração a dieta de cada espécie. Para os animais herbívoros, frutas congeladas; para os carnívoros, picolés de carne. “A gente procura simular o que os animais encontrariam na natureza. Então, oferecemos situações ou objetos que vão aliviar um pouco esse calor e também ajudar a diminuir o estresse dos animais. Assim como nós, quando estamos com calor, queremos um local para nos refrescar ou um alimento mais geladinho”, observa.
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Período de seca exige cuidados extras com pets
A baixa umidade provocada pela seca pode afetar de forma significativa a saúde dos animais de estimação, como gatos e cachorros. O tempo seco pode irritar as vias respiratórias dos pets, causando desconforto e, em alguns casos, complicações mais sérias. Por isso, é importante prestar atenção aos sinais e adotar medidas preventivas para garantir o bem-estar dos pets durante esses períodos. Especialmente durante a seca, é preciso redobrar os cuidados com cães, gatos e demais animais domésticos, que podem ser diretamente afetados pela baixa umidade do ar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “É bom manter o ambiente livre de fumaça e produtos de limpeza fortes, além de conservar uma temperatura confortável do ambiente, evitando mudanças bruscas de clima” Mariana Rezende, veterinária da Sema-DF A veterinária Mariana Rezende, da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema-DF), explica que a umidade baixa resseca as mucosas das vias respiratórias dos animais, tornando-os mais vulneráveis a infecções respiratórias. Além disso, o ar mais quente e seco pode agravar condições pré-existentes e contribuir para o desenvolvimento de irritações na pele. Para proteger os pets, o uso de umidificadores é uma recomendação eficaz. Esses equipamentos ajudam a manter um nível de umidade que reduz a secura das vias respiratórias. Umidificadores “É preciso aspirar o ambiente frequentemente e usar um pano úmido para limpar superfícies para reduzir a poeira”, recomenda Mariana. “Também é bom manter o ambiente livre de fumaça e produtos de limpeza fortes, além de conservar uma temperatura confortável do ambiente, evitando mudanças bruscas de clima.” Segundo a veterinária, os sinais de problemas respiratórios incluem tosse persistente, espirros frequentes, dificuldade para respirar e narinas secas ou irritadas. Já distúrbios dermatológicos, como pele seca e escamosa, coceira intensa e lesões, são comuns durante a seca. Para proteger os pets, Mariana recomenda a adoção de diversas estratégias além do uso de umidificadores. “É importante manter a pele do animal bem-hidratada,” orienta. “O uso de xampus hidratantes e a aplicação de produtos específicos para cuidados com a pele podem ajudar a minimizar esses problemas.” Mas atenção: esses cuidados não exigem que você aumente o número de banhos do seu pet. Alimentação e hidratação Na dieta dos pets, frutas com alto teor de água, como melancia e maçã, também são uma boa dica para refrescar os animais. É preciso, porém, evitar frutas tóxicas, como uvas e abacate. O iogurte não é recomendável em caso de intolerância à lactose – nessa situação, vale optar por frutas congeladas ou água como alternativa refrescante. “Outra boa medida a ser adotada é oferecer ração úmida e alimentos ricos em água, além de manter água fresca disponível constantemente”, lembra a veterinária. “Cubos de gelo e caldo sem sal também podem ser úteis para tornar a água mais atraente.” Atendimento gratuito Hvep tem atendimento veterinário gratuito | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A consulta com um veterinário é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos animais domésticos. Para os brasilienses que buscam suporte para a saúde de seus pets, a Sema-DF oferece atendimento veterinário gratuito no Hospital Veterinário Público (Hvep), em Taguatinga, próximo ao Parque Lago do Cortado, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.
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Em meio a seca histórica, bombeiros diversificam estratégias contra incêndios florestais
O Distrito Federal tem convivido nos últimos dias com a baixa umidade — inclusive com o recorde histórico de 7%. A condição traz não só danos à saúde, mas também o risco de incêndios florestais, que costumam disparar nesse período. Por isso, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) tem estratégias para lidar com a alta de ocorrências. A corporação também orienta a população, que pode contribuir para evitar o surgimento das chamas. “Nesse período, é esperado que [o trabalho] se intensifique, devido ao longo período de estiagem. Para colaborar com isso, temos a operação Verde Vivo. Todos os anos, a gente se prepara. Ela é dividida em fases, começa em meados de março com a fase preventiva. [Antes da seca,] a gente consegue fazer trabalhos educativos com chacareiros, a gente vai até as zonas com vegetação mais exuberante — que podem virar combustível — fazer planos de manejo e todas as ações preventivas para que, quando chegar esse período, a gente esteja o mais preparado possível”, explica o tenente Anderson Ventura, do Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM). Tenente Anderson Ventura destaca a importância do diálogo dos bombeiros com a população | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília “Em paralelo, a gente prepara um contingente de militares, viaturas e equipamentos para conseguir atender a essa demanda altíssima, que é normal nesse período do ano. O sintoma claro de que a Operação Verde Vivo dá certo é o fato de a gente conseguir atender todas [as ocorrências], apesar de haver um aumento abrupto de um mês para o outro”, completa o militar. A média nesta época, estima o tenente, é de 100 ocorrências por dia. Ao todo, de janeiro até a última segunda-feira (9), foram 10.442 registros — que resultaram em 16.039,4 hectares queimados. A área atingida é maior que a do ano passado, quando choveu em agosto, mas está dentro da média histórica (de 23.607,76 hectares anuais), levemente acima apenas por causa dos recordes negativos de umidade. Para o combate, o CBMDF tem 180 bombeiros dedicados exclusivamente à função, que usam 43 viaturas equipadas. Nesta época do ano, a média diária de ocorrências de incêndios florestais chega a 100 chamados Esses incêndios, em sua grande maioria, são contidos ainda no início. Fruto do trabalho preventivo e da disposição estratégica dos quase 30 quartéis espalhados pelo DF. “A estratégia de espalhamento é baseada no tempo de resposta: onde eu vou colocar quartéis de forma que as viaturas percorram as vias certas e cheguem em pouco tempo a qualquer lugar? O nosso tempo médio de resposta está próximo de sete, oito minutos, o que faz com que o fogo já no início consiga ser atendido, evitando que ele se torne um fogo enorme”, detalha Ventura. Hoje em dia, os bombeiros também podem contar com o auxílio da tecnologia para identificar locais que estejam em risco. Uma das ações nesse sentido é o SemFogoDF, projeto em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com a Associação GigaCandanga, que usa câmeras posicionadas na Torre de TV Digital para monitorar pontos a até 50 km, e inteligência artificial para identificar se as fumaças observadas podem ser de incêndios. Há ainda o uso de imagens de satélite para identificar pontos quentes. O uso desses recursos, porém, é “casado” com a observação humana de agentes em campo. “A gente está ganhando confiança e essas análises estão, cada vez mais, se confirmando como ferramentas de bom uso. Quando a gente conseguir ter a confiança total, eu vou poder, à distância, saber se está começando um ponto quente e ir até lá verificar. Vai ser mais uma ferramenta proativa, em vez de reativa. Em vez de esperar a ocorrência chegar até mim, eu estou indo até ela”, aponta o tenente. Ação humana A seca dificulta o combate às chamas por meio de fatores que os bombeiros chamam de “triplo 30”: temperatura acima dos 30ºC, umidade relativa do ar abaixo de 30% e velocidade do vento acima de 30 metros por segundo. Cada tipo de vegetação também oferece as próprias dificuldades, como matas densas que dificultam o acesso, ou copas de árvores altas, que impedem que a água lançada de aeronaves atinjam o solo. O maior desafio, contudo, é a ação humana. Citando uma pesquisa da UnB, Ventura conta que só existem duas fontes de fogo naturais: raio e vulcão. “Vulcão não tem no Brasil. Raio não tem nesta época do ano. Então, infelizmente, tenho que dizer que 99,99% dos fogos têm origem humana.” Ele acrescenta que, mesmo que raios solares incidam sobre um recipiente de vidro e iniciem uma chama — como ocorre, por exemplo, com lentes de aumento —, alguém teria deixado o vidro em meio à mata. Ou seja, também nesse caso, o homem é responsável. “Nosso maior desafio hoje é conseguir educar as pessoas para não fazerem o uso do fogo” Anderson Ventura, tenente do Grupamento de Proteção Ambiental É por isso que o militar reforça a necessidade de ter atenção com o fogo neste período. Os principais cuidados são não jogar bitucas de cigarro em áreas de vegetação, evitar fazer fogueiras — em casos imprescindíveis, não abandoná-las com o fogo ainda aceso — e não queimar folhas secas e entulho. “Ao longo do ano, as pessoas podem acabar usando o fogo de forma que ele não se espalhe, porque a vegetação está muito forte, muito robusta em um período de chuvas. Porém, vai se criando esse mau hábito de usar fogo e aí, de repente, a gente chega na estação seca e qualquer foguinho pega. Então, o nosso maior desafio hoje é conseguir educar as pessoas para não fazerem o uso do fogo”, arremata.
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Estudantes com TEA de Taguatinga têm momento de diversão em banho de chuveiro no pátio
Em meio ao calor e a baixa umidade que atingem o Distrito Federal nessa época do ano, as escolas de rede pública de ensino do DF pensam em estratégias para tornar o ambiente escolar mais agradável. Foi pensando nisso que o Centro de Educação Infantil (CEI) 11 de Taguatinga promoveu no início dessa semana uma atividade refrescante e divertida: um banho de chuveiro coletivo no pátio da escola. Além disso, foram distribuídos picolés de fruta para as crianças, proporcionando um momento de interação e lazer. A atividade foi destinada a alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na atividade, quando as crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros colegas, também foram oferecidos picolés de frutas para refrescar e proporcionar um momento saboroso | Foto: Mary Leal/SEEDF A iniciativa não foi apenas uma maneira de combater o calor, mas também uma atividade lúdica pensada para estimular a socialização entre as crianças. Durante o banho, os alunos tiveram a chance de explorar diferentes sensações, se divertir com os colegas e fortalecer os laços afetivos em um ambiente descontraído e acolhedor. Para os professores, momentos como este são essenciais, pois oferecem novas formas de interação e ampliam o repertório de experiências dos alunos, promovendo o bem-estar físico e emocional. “Esses momentos de banho ajudam muito no desenvolvimento das crianças, é uma oportunidade para socializar de maneira leve e divertida”, ressaltou Bárbara Teixeira, professora do CEI 11. A água, que naturalmente traz uma sensação de relaxamento, também contribuiu para o desenvolvimento sensorial, tão importante no processo de aprendizagem de estudantes com TEA. Além disso, o banho de chuveiro se mostrou uma ferramenta valiosa para trabalhar habilidades sociais e motoras. As crianças aprenderam a compartilhar espaços, respeitar o tempo e as necessidades dos outros, enquanto se movimentavam livremente sob a água. *Com informações da SEEDF
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Garis têm horário de trabalho alterado e recebem kit de proteção durante período de seca
No momento em que o Brasil vive a seca mais severa da história e Brasília registra baixos índices de umidade do ar, o Governo do Distrito Federal (GDF) alterou o horário de trabalho dos mais de 4.500 funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) que trabalham nas 35 regiões administrativas da capital. Desde agosto, os garis, que garantem a manutenção da saúde pública e da qualidade de vida nas cidades, passaram a entrar e sair do expediente uma hora mais cedo, cumprindo o horário das 6h às 14h20. Semanalmente, os profissionais de limpeza também recebem protetor solar com ação repelente, protetor labial, soro fisiológico, além de garrafinha de água, toalha de pano e óculos de proteção. Para auxiliar na proteção contra as altas temperaturas, eles ainda receberam uniformes de manga longa, bonés com touca árabe e orientações sobre como se proteger. “Esse esquema de proteção e de carga horária vai seguir até que se inicie o período de chuvas e a temperatura fique mais amena. O SLU já tem um protocolo de medidas de proteção para esses períodos de calor extremo. Então é algo que o SLU se antecipa para beneficiar e cuidar dos trabalhadores. Eles cuidam das cidades e é preciso cuidar deles também”, ressalta Everaldo Araújo, subdiretor de Gestão e Limpeza Urbana do SLU. As mudanças fizeram diferença no dia a dia de Ilza Santos da Silva, 36, e Manoel José Duarte, 54, funcionários do SLU, que fazem as limpezas das cidades há 11 e três anos, respectivamente. Agora, além da vassoura e do carrinho de lixo, eles também ganharam novos itens de trabalho – tão essenciais quanto todo o equipamento de limpeza neste período de seca. Semanalmente, os profissionais de limpeza também recebem protetor solar com ação repelente, protetor labial, soro fisiológico, além de garrafinha de água, toalha de pano e óculos de proteção | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Na época de seca a gente se cansa mais; tem mais dificuldade de respirar. Então a gente usa o soro fisiológico para hidratar as regiões das vias respiratórias, temos garrafinhas para beber água, protetor solar e labial para a pele não ficar ressecada. A gente faz esse trabalho de limpeza das cidades com muito orgulho. Nesse trabalho é essencial ter esse cuidado. E a gente se sente cuidado”, relata Ilza. Já Manoel diz que a mudança no horário tem feito com que ele se sinta mais produtivo no trabalho e fora dele. “Cumprir esse horário faz com que eu me sinta mais disposto, com mais ânimo dentro e fora do trabalho, com vontade de fazer mais coisas relacionadas à minha vida pessoal, como ir na academia, correr, etc. Tem sido muito bom”, pontua. Ilza Santos da Silva: “Na época de seca a gente se cansa mais; tem mais dificuldade de respirar. Então a gente usa o soro fisiológico para hidratar as regiões das vias respiratórias, temos garrafinhas para beber água, protetor solar e labial para a pele não ficar ressecada. A gente faz esse trabalho de limpeza das cidades com muito orgulho. Nesse trabalho é essencial ter esse cuidado. E a gente se sente cuidado” Seca histórica O Distrito Federal enfrenta a pior seca dos últimos anos. Na última semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho por conta da baixa umidade do ar, que chegou a ficar abaixo de 12%. O ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 60%. Brasília está há mais de 130 dias sem chuvas. Ainda não se tem previsão de quando a estiagem vai acabar. A expectativa é de chuva entre a segunda quinzena de setembro e o início de outubro, mas os registros tendem a ser mais isolados. Chuvas mais fortes são esperadas por meteorologistas apenas em outubro.
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Ipês-brancos florescem junto a outras cores e colorem a capital
Florescendo praticamente juntos este ano, os ipês transformam o cenário de seca da capital federal em um cartão postal colorido. Com o calendário de floração alterado pelas mudanças climáticas, o ipê-branco floresceu mais cedo, juntando-se ao rosa e também ao amarelo e ao roxo. Atualmente são cerca de 270 mil ipês, de diversas cores, por toda a cidade. A previsão é de plantar mais 40 mil mudas pelo Distrito Federal ainda neste ano, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Atualmente são cerca de 270 mil ipês, de diversas cores, por toda a cidade | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília O chefe de Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, explica que as flores dos ipês amarelo e roxo perduram mais, enquanto no ipê-branco a flor cai após cerca de cinco dias de florada. De duração efêmera, a espécie é encontrada nas matas ciliares e matas secas do Distrito Federal e das regiões Centro-Oeste e Sudeste. “É o mesmo cultivo para todos, mas procuramos criar grupos com cores iguais no DF. Precisamos ter uma cidade com arborização harmoniosa, até para evitar pragas e doenças”, detalha o gestor. Ele reforça que a florada antecipada das espécies deve-se ao fator climático, que faz com que todas as espécies se antecipem ao sentir a baixa umidade. “A planta sente que aquilo pode propiciar uma possível morte e procura deixar sementes para perpetuar a espécie”, ressalta. Meu ipê favorito Lia dos Santos Sousa passava pelo Eixo Monumental e aproveitou para fotografar as árvores preferidas dela Com tanta cor na capital, é esperado que os brasilienses se encantem com as floradas, mesmo sabendo que elas vêm todos os anos. Quem chega perto de um ipê com cachos densos, não resiste e faz pelo menos um registro. A trabalhadora doméstica Lia dos Santos Sousa, 61 anos, admirava os ipês na parte sul do Eixo Monumental. “Acho muito bacana a época do ipês, sempre eu tiro foto por aqui. Ainda mais esse ano, que estão aparecendo todas as cores juntas. O amarelo é o que eu mais gosto, acho que ele é o que mais se destaca”, acentua. Já para a jornalista Elma Lúcia Rodrigues, 54, o favorito é o ipê-branco. Admirando alguns que floresceram na Esplanada, ela fala da sensação que as árvores trazem em meio à seca e lembra do conhecimento popular de que assim que termina o ipê-branco, começam as chuvas. “Todas as folhas são belíssimas, mas eu acho que o branco traz paz, amor e a gente está precisando dessa harmonia. Além de chuva, é claro”.
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Centros olímpicos e paralímpicos suspendem as aulas por causa da baixa umidade do ar
Em decorrência das condições climáticas que estão afetando o Distrito Federal, as aulas nos 12 centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do DF, nesta segunda-feira (26), serão suspensas. Caso a condição climática persista, a medida poderá ser estendida para os próximos dias. A decisão foi tomada considerando a fumaça proveniente das queimadas de outros estados que têm afetado o Distrito Federal. As condições de umidade estão muito baixas, combinadas com temperaturas elevadas, aumentando os riscos à saúde. A Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) optou por cancelar as aulas, priorizando a segurança e o bem-estar de todos. “Fomos surpreendidos por essa onda de fumaça proveniente das queimadas em outros estados e o período de seca aqui no DF acabou interferindo na qualidade do ar. Nossos alunos não serão prejudicados, mas precisamos ser conscientes e priorizar a segurança e o bem-estar de todos que frequentam os nossos COPs”, afirma o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF)
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Floração simultânea de ipês embeleza as ruas do Distrito Federal
Protagonistas nas ruas do Distrito Federal por embelezar ainda mais o Cerrado, segundo maior bioma do país, os ipês de cores diferentes tiveram as florações praticamente ao mesmo tempo este ano, com flores roxas, amarelas, brancas e rosas em diversos pontos da cidade. Tudo graças às alterações de clima e tempo registradas em 2024. Com cores variantes, espécies se destacam durante a seca e compõem um verdadeiro cartão-postal de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A ordem costuma ser roxo, amarelo, rosa, branco e, por último, verde – mas a floração dessas cores quase que ao mesmo tempo pode se dar por influências climáticas, incidência de chuvas e temperaturas” Maria Cristina de Oliveira, bióloga De acordo com a bióloga Maria Cristina de Oliveira, professora da Universidade de Brasília (UnB), é normal que os ipês fujam do cronograma previsto de floração devido às condições climáticas: “Eles têm um padrão, mas não é uma regra, porque há outras questões que podem estar influenciando isso. A ordem costuma ser roxo, amarelo, rosa, branco e, por último, verde – mas a floração dessas cores quase que ao mesmo tempo pode se dar por influências climáticas, incidência de chuvas e temperaturas”. No DF, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) é a encarregada pela coleta, o beneficiamento – técnicas para realizar a retirada de materiais indesejáveis, como sementes vazias, imaturas e quebradas – e o semeio. Atualmente são cerca de 270 mil ipês, de diversas cores, por toda a cidade. A previsão é de introduzir mais 40 mil mudas pelo Distrito Federal ainda neste ano. Dos 40 mil ipês com plantio previsto para este ano no DF, 20 mil são da cor amarela | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Para garantir a diversidade dos ipês plantados, as equipes da companhia percorrem outros estados em busca de novas sementes. “Cinco vezes por ano nós vamos a Minas Gerais e Goiás fazer expedições de coletas para diversificar o nosso banco e pegar outras matrizes”, explica Janaína Gonzales, chefe da Divisão de Agronomia do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap. “Isso é importante para manter a população de espécies distintas e trazer mais diversidade às plantas daqui”. Estratégia para polinização Durante a seca, as árvores desprendem suas folhas, enquanto a floração toma conta da paisagem | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília 100 mil Número de árvores a serem plantadas pela Novacap no DF até o final deste ano Os ipês são árvores que se destacam pela resistência à seca e flores de cores vibrantes, que desabrocham no período de seca, quando muitas outras plantas estão sem folhas. Para sobreviver aos seis meses de estiagem, essas árvores desprendem suas folhas na estação seca para reduzir a perda de água por meio da evapotranspiração. Cartão-postal do DF, o ipê possui raízes profundas que conseguem acessar fontes de água subterrâneas, permitindo que sobrevivam mesmo em condições de estiagem prolongadas. As cores, variando entre amarelo, roxo, verde, rosa e branco, são importantes para atrair polinizadores como as abelhas. A floração na seca faz com que os ipês se tornem ainda mais chamativos, já que, nesta época do ano, poucas plantas estão florindo. Essa estratégia maximiza as chances de reprodução da planta. “Os frutos formados começam a cair com o início da chuva, dispersando as sementes e favorecendo a germinação para um novo indivíduo”, ilustra Maria Cristina. “No período chuvoso, essa planta vai crescer, e, na próxima seca, ela estará estabelecida no solo, absorvendo água e sais.” Os ipês são tombados como Patrimônio Ecológico do Distrito Federal, e o seu cultivo não para. Das 100 mil árvores que serão plantadas pela Novacap até o final deste ano, 40 mil são ipês – desses, 20 mil amarelos e os demais divididos entre outros tipos da espécie. A meta do Governo do Distrito Federal (GDF) é chegar a um milhão de árvores.
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Nível dos reservatórios garante abastecimento de água durante período de estiagem
O Distrito Federal completa nesta quinta-feira (1º) 100 dias sem chuva, o que aumenta em 10% o consumo de água potável e reduz significativamente o volume dos córregos e rios que abastecem a capital. A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) descarta qualquer risco de desabastecimento, informando que o volume dos reservatórios de Santa Maria e do Descoberto está dentro do nível de normalidade para o período. Mas a companhia recomenda aos moradores que, durante a seca, reforcem o uso consciente para não desperdiçar água potável. Para que a estiagem prolongada não prejudique o abastecimento de água nem provoque nova crise hídrica, como já ocorreu no passado, a Caesb investiu R$ 1,5 bilhão na ampliação do sistema entre 2019 e 2024 e vai investir mais R$ 2,8 bilhões até 2027. A Caesb aumentou a capacidade de produção de água de quatro sistemas de abastecimento: Bananal, Lago Paranoá, Gama e Corumbá (GO) | Fotos: Divulgação/Caesb Com esses recursos, a companhia aumentou a capacidade de produção de água de quatro sistemas de abastecimento: Bananal, Lago Paranoá, Gama e Corumbá (GO). Com isso, o volume de produção passou de 9.630 litros por segundo, em 2016, para 12.612 litros por segundo. Apenas com o Sistema Corumbá, inaugurado em abril de 2022, a Caesb abastece com 1.400 litros/segundo 3 milhões de habitantes de cinco cidades da região Sul do DF: Santa Maria, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Park Way. Outros setores habitacionais da região Sul vão ser atendidos pela Subadutora de Água Tratada do Gama, que começou a ser construída em 2023. Essa obra irá interligar a rede de abastecimento dos três maiores sistemas do DF: Corumbá, Gama e Descoberto, reduzindo o uso do Sistema Santa Maria. Para interligar os sistemas, estão sendo implantados 26 km de rede com tubulação subterrânea ao longo da BR-251 e da DF-001 Para interligar os sistemas, estão sendo implantados 26 km de rede com tubulação subterrânea ao longo da BR-251 e da DF-001, saindo do reservatório do Gama e chegando até os reservatórios do Lago Sul e do Jardins Mangueiral. Serão beneficiados diretamente 340 mil moradores do Setor Habitacional Tororó, Lago Sul, São Sebastião e Jardim Botânico, incluindo o loteamento Aldeias do Cerrado. O investimento é de R$ 96 milhões. Região Norte do DF Outro importante empreendimento para garantir e ampliar o fornecimento é o Sistema de Abastecimento de Água Norte, com investimento de R$ 135 milhões. Esse sistema irá beneficiar 355 mil pessoas que moram em Sobradinho, Sobradinho II, Grande Colorado, Boa Vista, Taquari, Itapoã e Região dos Lagos. O sistema está sendo construído por etapas e de forma simultânea. Quando concluídas, serão interligadas formando o Sistema de Abastecimento Norte. Algumas das obras do complexo começam a ser entregues em janeiro de 2025. Com esses investimentos, a Caesb conseguiu atingir, ainda em 2021, as metas do Marco Legal de Saneamento estabelecidas para 2030. Hoje, no Distrito Federal, 99% dos imóveis recebem água tratada e 92,31% estão ligados à rede de esgoto. E do esgoto coletado, 100% são tratados pelas estações da Caesb. O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, ressaltou que novos empreendimentos estão em andamento para “melhorar ainda mais a qualidade dos nossos serviços”. “Estamos expandindo a rede para melhor atender não apenas a atual população do Distrito Federal, mas também às futuras gerações”, afirmou Reis. “Mas na seca a ordem é a mesma para todo o ano: não desperdice água. É ruim para a natureza, faz mal ao bolso”. *Com informações da Caesb
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GDF faz ação preventiva para reduzir risco de queda de árvores e galhos no período chuvoso
Se antecipando à chegada do período chuvoso, caracterizado por ventos fortes e chuvas de grande duração, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) intensifica suas atividades de manutenção arbórea em todo o Distrito Federal. A operação, realizada anualmente, pretende principalmente prevenir quedas de árvores e galhos que possam causar danos materiais e humanos. A preparação para o período chuvoso inclui supressão e remoção de árvores mortas, previamente identificadas em levantamentos realizados ao longo do ano. Durante a época de seca, equipes da Novacap são relocadas para dar suporte à operação. Essas atividades se concentram de julho a meados de outubro, visando eliminar riscos antes do início das chuvas mais intensas. A operação, realizada anualmente, pretende principalmente prevenir quedas de árvores e galhos | Foto: Divulgação/Novacap A operação preventiva se concentra inicialmente no Plano Piloto, região administrativa com maior cobertura arbórea das cerca de 5,5 milhões de árvores do DF, e onde se registra o maior número de incidentes de quedas de árvores durante o período chuvoso. No entanto, as demais áreas também recebem atendimento normal conforme a identificação de árvores em risco. Os técnicos da Novacap, especificamente do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), realizam diagnósticos e análises visuais das árvores, considerando fatores como biodeterioração por xilófagos e patógenos (cupins, fungos apodrecedores), injúrias (resultado do gradual acúmulo nos tecidos da planta) e inclinação acentuada. Essas avaliações determinam a necessidade de supressão ou remoção das árvores identificadas como irremediáveis e incompatíveis com a permanência no local. “Nosso compromisso é com a segurança e o bem-estar da população, por isso continuaremos a monitorar e realizar as devidas manutenções arbóreas durante todo o ano, especialmente em períodos críticos como o das chuvas intensas”, disse o chefe do Departamento de Parques e Jardins, Raimundo Silva. O principal objetivo da manutenção arbórea para o período chuvoso é minimizar os riscos de quedas de árvores e galhos, garantindo a segurança da população e a proteção das propriedades. Embora a operação preventiva não elimine a possibilidade de incidentes, ela reduz significativamente os riscos de situações previsíveis. *Com informações da Novacap
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Trabalho contínuo de agentes de vigilância ambiental previne casos de dengue na seca
Embora tenha iniciado o período de estiagem no Distrito Federal, os cuidados com o mosquito da dengue seguem independentemente das condições climáticas. Mesmo com a redução nos casos da doença nos últimos meses, o Governo do Distrito Federal (GDF) continua com as estratégias preventivas em todas as regiões administrativas. Residências da Estrutural receberam a visita de agentes de vigilância ambiental, que fizeram vistorias contra criadouros do mosquito Aedes aegypti e orientaram moradores para ações preventivas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Nesta segunda-feira (1º), as equipes da Secretaria de Saúde bateram de porta em porta no Setor Oeste da Estrutural para fazer um trabalho que requer atenção o ano inteiro: o combate à dengue. Cerca de seis agentes de vigilância ambiental percorreram as residências da Quadra 6 para inspeção e conscientização sobre o mosquito Aedes aegypti. “As visitas que fazemos não ocorrem somente em momentos de epidemia. No decorrer de todo o ano a gente realiza as inspeções para combater os focos do mosquito, além de orientar a população. O trabalho continua em todos os meses do ano”, defendeu o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos. Maria Aparecida Jesus destacou a importância do trabalho dos agentes para a prevenção de casos de dengue A catadora Maria Aparecida Jesus, 42, foi uma das primeiras a abrir a porta para os agentes nesta segunda-feira. “É muito importante que eles façam essas visitas para prevenir. Aqui em casa eu nunca tive nenhum caso porque eu tomo todos os cuidados, mas é bom que eles venham para conferir se está tudo certo”, disse. Além das visitas nas residências e comércios, os agentes fortalecem as estratégias de monitoramento nessa época do ano. Por meio de armadilhas, chamadas de ovitrampas, é possível identificar quais locais estão com maior ocorrência do Aedes para que outras iniciativas possam ser traçadas. “Nós orientamos e reforçamos a importância de manter sempre alerta, porque é possível ter dengue também na seca”, diz o agente de vigilância ambiental José Aparecido “Temos, atualmente, 1.900 armadilhas e, até o final do ano, a expectativa é de instalar mais 6 mil ovitrampas em pontos estratégicos do DF. Além disso, o trabalho de mobilização também continua no período de seca. As equipes percorrem escolas, setores internos e externos da SES e administrações regionais”, acrescentou o subsecretário Fabiano dos Anjos. De acordo com o agente de vigilância ambiental, José Aparecido Miranda Oliveira, o trabalho de conscientização é reforçado no período de estiagem: “A vigilância é contínua. Por mais que na residência a gente não encontre nenhum foco, nós orientamos e reforçamos a importância de se manter sempre alerta, porque é possível ter dengue também na seca”, revelou. Consciente da importância do trabalho dos agentes, a catadora Valdete de Jesus, 47, fez questão de recebê-los em sua residência: “Eu sempre abro as portas porque é bom que eles venham para dar uma olhada. A dengue é uma doença muito ruim, então eu faço de tudo para que não tenha focos aqui em casa”, completou.
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GDF investe em ações conjuntas para evitar incêndios na época da seca
A temporada de seca no Distrito Federal está batendo à porta e, durante o período, também começam os alertas para incêndios, risco constante nesta época do ano. Com objetivo de proteger a biodiversidade e evitar os danos causados pelas queimadas, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem implementado uma série de medidas preventivas e de conscientização. Desde o início do ano, a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Ambiental (Sema-DF) investe em prevenção, com a contratação de 150 brigadistas; em educação ambiental, com ações junto à comunidade; e em capacitação para os servidores que atuam no setor. Com objetivo de proteger a biodiversidade e evitar os danos causados pelas queimadas, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem implementado uma série de medidas preventivas e de conscientização | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília De acordo com a pasta, em 2023, a área destruída pelo fogo no DF diminuiu 70% em comparação com o ano anterior. O secretário Gutemberg Gomes destaca as ações do governo e o papel da população nas ações de combate às queimadas como medidas que contribuíram com a redução do índice. “As blitze educativas são fundamentais para aumentar a conscientização ambiental e promover um impacto positivo duradouro na prevenção dos incêndios florestais. É uma oportunidade para ensinar e aprender, fortalecendo a nossa comunidade na luta contra essas queimadas desastrosas”, afirma Gomes. De acordo com o Instituto Brasília Ambiental, no ano passado, 54 das 86 unidades de conservação e parques administrados pelo instituto tiveram registros de incêndio. No entanto, somente 4,5% da área total desses locais foram queimados, um reflexo da agilidade e eficiência das ações da brigada ambiental do órgão. De acordo com o Instituto Brasília Ambiental, no ano passado, 54 das 86 unidades de conservação e parques administrados pelo instituto tiveram registros de incêndio Em 2024, 38 ocorrências de incêndios foram registradas até este mês de maio. Ao todo, 124 hectares foram destruídos. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, defende que um serviço adequado de combate à devastação causada pelo fogo também passa pela valorização dos profissionais na linha de frente. “Os brigadistas florestais são essenciais para nos prepararmos para esse momento crítico. Eles contribuem por meio das práticas de aceiros, coroamento, roçagem, reforço nas práticas de educação ambiental, entre outras atividades. Ano passado conseguimos diminuir em 70% as queimadas devido ao nosso esforço de contratação antecipada. Acredito que neste ano teremos ainda mais sucesso”, destaca Nemer. Papel de todos A população também tem um papel fundamental a partir de cuidados simples, porém decisivos, quando se trata de incêndios florestais. Em meio às condições climáticas desfavoráveis, é importante que cada morador esteja atento aos impactos negativos das queimadas. Arte: Agência Brasília Outra frente de esforços do governo em prol de um objetivo comum, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) realiza, desde o último mês de abril, rondas em áreas de preservação e ações de capacitação para comunidades rurais, para que os próprios moradores contribuam com o combate a pequenos focos de incêndio. Ao todo, a capacitação atingiu 150 pessoas de diversas propriedades no Distrito Federal, em regiões como Planaltina, Sobradinho, Brazlândia, Gama e Jardim Botânico. Nos próximos meses, em junho e julho, 50 novos combatentes florestais passarão por um curso de especialização para atuar nas próximas temporadas. “Existe a possibilidade de aumento do número de queimadas neste ano e assim, consequentemente, o aumento também do número de chamadas ao Corpo de Bombeiros. É de suma importância que a população nos apoie tendo a consciência de não realizar queimadas sem o devido apoio do CBMDF, não colocando em risco nossa fauna e flora, nossas vidas e nossos bens patrimoniais”, reforça o coronel Sandro Gomes, Comandante-Geral do CBMDF.
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Chegada da primavera altera paisagem do DF e é promessa de trégua da seca
Brasilienses aguardavam ansiosamente pela chegada da primavera, iniciada neste sábado (23). Isso porque, além do desabrochar das flores, a chegada da estação costuma marcar o início do período chuvoso no Distrito Federal, dando uma trégua ao calor intenso e baixa umidade do ar característicos da nossa seca. Apesar da chegada da primavera, os próximos dias deverão ser de muito calor e tempo seco | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Especialistas alertam, porém, que, até que as flores desabrochem e o clima se torne mais ameno, a expectativa é de dias ainda mais quentes nesta reta final de seca. “A primavera traz uma incidência maior de radiação solar, que já começa a ficar bastante intensa no Hemisfério Sul”, explica Cleber Souza, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Já estamos sentindo os efeitos dessa movimentação do sol e, nesta semana, não teremos nuvens para bloquear a incidência desses raios, muito menos ventos para aliviar a sensação de calor”, completa. Na última semana, o Inmet emitiu alerta laranja de perigo para baixa umidade e de aumento da temperatura média da capital, que atingiu máxima de 34,5º C, no Gama – a maior temperatura registrada no DF neste ano. “A temperatura, em vários estados, está acima da média climatológica, especialmente em boa parte da região Centro-Oeste”, enfatiza o meteorologista. Atualmente, são mais de 570 jardins públicos administrados pelas equipes da Novacap durante o ano todo Neste período, é comum também receber alertas da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do Distrito Federal. As mensagens que chegam aos celulares dos brasilienses trazem recomendações para enfrentar a seca. “Orientamos sempre que os cidadãos mantenham uma boa hidratação, umedeçam olhos e narinas, utilizem hidratantes, protetor solar e labial e que evitem prática esportiva entre 10h e 16h”, orienta o tenente-coronel Ricardo Costa Ulhoa, coordenador de Planejamento, Monitoramento e Controle da Defesa Civil. Capital mais florida A primavera e as primeiras precipitações também ajudam a transformar a paisagem da capital federal, estimulando o desabrochar das flores, que embelezam ainda mais os jardins públicos de Brasília. Atualmente, são mais de 570 jardins públicos administrados pelas equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) durante o ano todo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os jardins estão espalhados em todas as regiões administrativas. “Durante o ano inteiro, nossas equipes estão empenhadas em executar os mais diferentes serviços, como plantio de muda, irrigação dos canteiros para evitar perda de flores, além das podas preventivas. Atualmente, temos mais de 90 espécies de flores e 30 de árvores espalhadas pelos nossos jardins”, destaca Raimundo Silva, chefe do departamento de parques e jardins da Novacap.
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Garis têm cuidados especiais para proteção contra sol e seca
??Apesar das chuvas recentes, nesse período do ano o calor e a seca marcam os dias no Distrito Federal e acendem alertas para mais cuidados com a saúde. Especialmente quando se trata de trabalhadores que sofrem com a exposição ao sol ao ir para a rua fazer serviços essenciais, como os garis. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) adota várias medidas de proteção aos trabalhadores e atendeu ao pleito do sindicato, autorizando que os serviços fossem iniciados uma hora mais cedo, com o objetivo de reduzir a exposição ao sol dos funcionários das empresas contratadas. Os profissionais de coleta atuam em dois turnos, um que inicia às 7h e vai até as 15h20; e outro que inicia às 16h e segue até 0h. Com a adequação, os trabalhadores que fazem varrição, catação e frisagem poderão entrar às 6h e sair às 14h20. Garis são orientados a usar todos os equipamentos de proteção individual e contam com água e soro fisiológico nas unidades de apoio, para manter a hidratação durante o horário de trabalho | Foto: Divulgação/SLU De acordo com a chefe da Unidade de Mediação e Monitoramento do SLU, Andrea Almeida, o turno de 16h não terá alteração, visto que o pico do calor se dá até as 15h. “Se a empresa reduzisse a carga horária, por exemplo, teria que reduzir o salário. Além de que não dá para suspender a jornada de trabalho, porque é um serviço essencial. Então essa foi a solução que o SLU achou e a gente faz o máximo para evitar essa exposição e problemas na saúde”, ressalta Andrea. Em todos os períodos de seca, o SLU toma medidas para proteção dos profissionais, previstas na circular nº 17/2022 (SLU/PRESI/DILUR), de 14 de setembro de 2022. Entre as orientações, está o reforço ao uso de todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) para proteção contra a radiação solar – como uniformes de manga longa, bonés e touca árabe. [Olho texto=”“Ultimamente o sol estava muito quente, agora deu uma refrescada por causa das chuvas. Sempre foi tranquilo, o alerta que eu deixo é que nunca esqueçam de tomar água e sempre usem o boné”” assinatura=”Valdirene Rosa de Jesus, gari” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o SLU, o uso do protetor solar deve ser oferecido pelas empresas contratadas; água é fornecida aos funcionários em todas as unidades de apoio das empresas contratadas e há também a disponibilização de soro fisiológico para hidratação dos olhos e vias aéreas. O órgão também orienta os trabalhadores para levar garrafas de água e fazer a hidratação durante a execução dos serviços, além de incrementar as refeições com frutas e legumes. Kit Seca A varredora Valdirene Rosa de Jesus, 39, fala do Kit Seca fornecido pela empresa que é contratada, a Sustentare. É fornecida uma bolsa contendo garrafa de água, protetor solar, protetor labial e soro fisiológico. “Não nos falta água nenhum segundo, a garrafinha fica amarrada na bolsinha com o kit que eles nos deram. Ultimamente o sol estava muito quente, agora deu uma refrescada por causa das chuvas. Sempre foi tranquilo, o alerta que eu deixo é que nunca esqueçam de tomar água e sempre usem o boné”, destaca a gari. Em relação ao horário, a empresa já era adepta do início do turno a partir das 6h. Para Ulisses Maciel de Souza, 38, é um bom período pela menor exposição ao sol. “Como a gente entra mais cedo, toma menos sol. Eles cedem esses kits quando o período está quente e estamos usando. A segurança e a empresa nos passaram que temos que nos hidratar bem e até agora não soube de nenhum caso de alguém daqui passando mal pelo calor”, disse o trabalhador. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Contratos Há, aproximadamente, 4.900 funcionários em todos os contratos de empresas da área de limpeza urbana no DF. Os representantes do SLU afirmam que é feito um trabalho junto às empresas, com profissionais que acompanham esses contratos. “Qualquer descumprimento contratual implica a abertura de um processo de apuração. E, se for constatado que houve quebra contratual, a empresa recebe desde advertências até multas milionárias”, pontua a chefe da Unidade de Mediação e Monitoramento do SLU. Denúncias podem ser feitas por meio da ouvidoria do SLU. “Nós temos serviço de atendimento médico primário, caso eles necessitem, além deles terem direito a um horário de almoço, com orientação que seja entre 12h e 13h”, reforça o coordenador de coleta e limpeza, Francílio Ribeiro.
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Animais do Zoo de Brasília recebem cuidados especiais durante a seca
Todo ano a seca castiga os brasilienses. Com a umidade relativa do ar variando entre 10% e 25% em dias de alerta vermelho, os cuidados com a hidratação devem ser redobrados. A recomendação se estende, principalmente, aos animais silvestres acolhidos pelo Zoológico de Brasília. Os babuínos-sagrados e macacos-japoneses receberam, nesta quarta-feira, picolés recheados de melancia, manga e goiaba para se refrescar no calor das 11h | Fotos: Paulo H Carvalho/Agência Brasília Picolé, chuva artificial e enriquecimento ambiental na água são algumas das estratégias traçadas pela equipe técnica para driblar a secura e o tempo quente com conforto e bem-estar aos animais assistidos pela instituição. Alessandro Pereira levou a filha de um aninho para conhecer o Zoológico. Ele estava mais ansioso que Cecília para visitar “cada cantinho” do parque O cronograma da Gerência de Bem-Estar Animal para a última quarta-feira (9) era picolé de frutas para os babuínos-sagrados e macacos-japoneses. O babuíno Pitoco, por exemplo, mal esperou para devorar o picolé recheado de melancia, manga e goiaba e se refrescar no calor das 11h. “A gente espera o pico de calor no dia. Então, entre 11h e 15h a gente prioriza essas atividades dentro da água, com picolés e comidas mais líquidas, como melancia e melão. A gente faz atividades também com mangueiras e banhos para refrescar”, detalhou a bióloga e gerente de Bem-Estar Animal, Marisa Carvalho. A bióloga Marisa Carvalho mantém um cronograma estratégico para manter a qualidade de vida dos animais em época de baixa umidade relativa do ar Os picolés são adaptados para serem incluídos na dieta de cada indivíduo em períodos mais quentes. Mas, para promover bem-estar às espécies que não são nativas do Cerrado, outras intervenções são necessárias, como é o caso da chuva artificial para os animais que vivem em mata fechada e estão habituados com umidade mais elevada. “A nossa preocupação em relação à diferença climática começa bem antes de a situação aparecer. A gente sempre busca trazer a ecologia do habitat natural daquele animal dentro do recinto onde ele vai viver. Em relação à umidade, a gente faz a chuva artificial para melhorar o bem-estar desses animais”, detalhou o biólogo da Diretoria de Mamíferos do Zoo, Mateus Sousa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Alguns animais, como o elefante-africano e o rinoceronte-branco-do-sul, também contam com lameiros, importantes não só para refrescar em dias quentes, como para hidratar e proteger a pele contra os raios solares. O empresário Alessandro Pereira, 47 anos, levou a filha Cecília de um aninho para conhecer o Zoológico. Ele estava ansioso pela visita. “Primeira vez dela aqui, a gente fica até ansioso por ela. As expectativas foram cumpridas, passamos em cada cantinho aqui.“ Já a Liliane Batista da Silva, de 33 anos, elogiou as medidas adotadas pela equipe para amenizar o calor. “Acho que é muito bom para conservar a saúde dos animais. É interessante ver que há esse cuidado, a gente viu o momento que estavam irrigando os recintos“, compartilhou a dona de casa.
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Plano de arborização já plantou, este ano, 60 mil mudas no DF
O Distrito Federal tem, aproximadamente, 5,5 milhões de árvores distribuídas em todas as regiões administrativas (RAs), e esse número não para de aumentar. O plano anual de arborização da Novacap para o biênio 2022/2023 prevê o plantio de 100 mil mudas – das quais 60 mil já foram instaladas no solo. Com a chegada da seca, o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) priorizará a manutenção das áreas verdes já existentes e retomará o plantio nos meses chuvosos de outubro, novembro e dezembro. Funcionário da Novacap insere mudas nos jardins públicos: companhia ajuda a investir na biodiversidade e, consequentemente, na qualidade de vida | Foto: Kiko Peres/Novacap As cinco RAs que mais receberam mudas foram o Park Way (7.937), Sobradinho (6.654), Plano Piloto (4.696), Riacho Fundo II (4.661) e Santa Maria (3.657). A iniciativa é indispensável para o desenvolvimento sustentável e a recomposição das áreas verdes, visando à melhoria da qualidade de vida dos habitantes e à promoção da biodiversidade local. O plantio de mudas ocorre no período chuvoso, sempre de outubro a abril, temporada em que a disponibilidade de água é maior. Durante essa época, as chuvas frequentes e a umidade do solo proporcionaram condições para o crescimento e enraizamento das mudas, aumentando as chances de sobrevivência e estabelecimento das plantas no ambiente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Mapeamento Diretor do DPJ da Novacap, Raimundo Silva conta que as necessidades de arborização e recomposição ambiental são mapeadas por técnicos do órgão: “Após o levantamento, é feita uma análise dos pontos sugeridos. Dessa forma, é elaborado um plano anual com os locais onde as plantas serão cultivadas”. Cuidar das áreas verdes do Distrito Federal, ressalta o gestor, é um desafio. “O inventário florestal não é uma tarefa simples; necessita de muita mão de obra e recursos”, pontua. A arborização de uma cidade não é uma tarefa apenas decorativa. As árvores purificam o ar, oferecem sombra, abrigam a fauna, atenuam a luminosidade excessiva, melhoram a umidade do ar, reduzem a ação dos ventos, diminuem ruídos e impactos sonoros e proporcionam conforto ambiental. *Com informações da Novacap
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Zoo de Brasília distribui picolés para os bichos em dias de calorão
Brasília, 16 de setembro de 2022 – O que você mais gostaria num desses dias de muito calor? Além de sombra e água fresca, se o seu desejo passa por um picolé, ele está de acordo com o que tem sido oferecido aos animais do Zoo de Brasília. Em manhãs de sol forte e umidade do ar na casa dos 10%, elefantes, hipopótamos, rinocerontes, onças e gatos selvagens estão recebendo tratamento diferenciado – tudo para aliviar o calorão. Sem adição de açúcar, os picolés seguem uma orientação nutricional equilibrada com ingredientes atraentes para cada espécie | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A Agência Brasília acompanhou a distribuição dos gelados a alguns desses bichos, uma das diversas ações programadas promovidas pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília que servem de enriquecimento ambiental para espantar o calor que até os humanos têm dificuldade de lidar. Mas não pense que os picolés distribuídos aos bichos são como os consumidos por humanos. Sem adição de açúcar artificial, eles seguem uma orientação nutricional equilibrada com ingredientes atraentes a cada espécie. Aos herbívoros, como os hipopótamos, são congeladas frutas como melancias, bananas e maçãs, seja na água ou em meio a um suco natural de algum desses ingredientes. Para os felinos como as onças pardas e pintadas, o picolé vem misturado ao sangue de carne bovina, ossos e pedaços de carne, como pés de galinha. Para animais herbívoros, como os hipopótamos, são congeladas frutas como melancias, bananas e maçãs O Zoo de Brasília segue um cronograma de atividades para ambientalizar os bichos e deixá-los em condições agradáveis em cativeiro. São quase mil animais criados pela fundação. Além de ações pontuais como os picolés, há aspersores nos recintos das espécies que soltam água em horários mais quentes do dia. Para rinocerontes e elefantes são criados lameiros onde eles se divertem e se refrescam, criando uma tipo de protetor solar natural para suas peles. De acordo com o supervisor de Condicionamento e Bem-Estar Animal do Zoo, Bryam Amorim, todas essas ações têm também caráter preventivo. “Além de aumentar o dinamismo do ambiente, melhora o bem-estar dos animais, cria possibilidades de interação deles com esses elementos, refresca o calor e previne doenças que poderiam surgir nesses períodos de dias muito quentes”, explica. A estudante Léa dos Santos, 22 anos, costuma ir ao Zoológico de Brasília uma vez por ano para levar os sobrinhos. Ao acompanhar os bichinhos sendo alimentados com picolés, ela elogiou a sensibilidade dos tratadores. “Além de refrescá-los de alguma maneira desse calor absurdo de Brasília, acredito que se torna algo divertido para eles”, comenta. A ação está programada para se repetir nas semanas seguintes de setembro.?
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Queima de lixo é uma das principais causas de incêndios florestais no DF
Brasília, 15 de setembro de 2022 – A rotina do Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram) do Corpo de Bombeiros tem sido intensa. O esquadrão é responsável pelo combate a incêndios florestais no Distrito Federal. E, no auge da seca brasiliense, chega a atender até 80 chamados por dia. Queima ilegal de lixo e aceiro feito com fogo estão entre os principais responsáveis pelas chamas. Arte: Agência Brasília Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), 3.353 ocorrências já foram atendidas neste ano pelo Gpram. De 1º de janeiro a 28 de agosto, 9.480,95 hectares de vegetação padeceram diante das chamas. Em 2021, o total de área queimada superou os 32 mil hectares. Para dar conta da demanda, o efetivo do Gpram chegou a seu número máximo – cerca de 200 bombeiros estão espalhados pelos cinco postos avançados do grupamento. Além da central, localizada na Asa Norte, o esquadrão especializado também está presente em Brazlândia, Planaltina, Santa Maria e Sobradinho. O tenente Marcelo de Abreu diz que o trabalho de prevenção inclui visitas a produtores rurais para orientar sobre principais causas das queimadas I Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília “Vários desses militares são devolvidos ao seu quartel de origem quando termina o período crítico de seca”, explica o tenente do Serviço Operacional de Informação Pública (Soinp) do CBMDF, Marcelo Abreu. “Esse planejamento faz parte da Verde Vivo, operação anual que coordena as ações de combate a incêndios florestais”. A Verde Vivo começa seus trabalhos entre abril e maio, período dedicado à prevenção. “Visitamos produtores rurais e associações que tenham interesse em aprender mais sobre queimadas”, conta Abreu. “Falamos sobre as principais causas e ensinamos a controlar o fogo enquanto os bombeiros não chegam”. [Olho texto=”Para solicitar uma palestra do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, basta ligar no número 3901-2930. O serviço é gratuito” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os militares também distribuem abafadores durante as visitas, além de explicarem como usar o equipamento de borracha. “Qualquer incêndio pode evoluir para algo pior. Por isso, é importante controlar as chamas desde o início”, comenta o tenente. Para solicitar uma palestra do Gpram, basta ligar no número 3901-2930. O serviço é gratuito. Muito se fala sobre o potencial que um cigarro mal apagado tem de provocar queimadas. Mas, de acordo com o CBMDF, o principal vilão é o uso irresponsável do fogo. As chamas podem ser utilizadas para queimar o lixo, tratar o solo, fazer uma fogueira e até para proteger uma determinada área de um possível incêndio. Arte: Agência Brasília “Vários produtores rurais fazem o chamado aceiro negro, usando o fogo para criar faixas livres de vegetação ao redor de propriedades ou plantações”, afirma Tasso Valadão, sargento do Soinp. “Não é raro essas chamas saírem do controle, em especial no período da seca. Por isso, o aceiro mecânico, feito com a capinagem do mato, é o mais indicado”. Confira outras maneiras de evitar os incêndios florestais ? Evite colocar fogo em lixo ou restos de vegetação para limpeza de terrenos. Caso seja inevitável, queime pequenas quantidades por vez ? Vai acender uma fogueira? Não se esqueça de capinar bem o mato ao redor dela ?Não abandone a fogueira sem antes apagar o fogo com água ou terra ? Não jogue pontas de cigarro em locais com vegetação seca ? Mantenha os aceiros sempre bem roçados.
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Seca e calor têm escalada no DF. Proteja-se!
Brasília, 8 de agosto de 2022 – O mês de agosto dá as boas-vindas no Distrito Federal e, ao paralelamente, os efeitos da seca já são sentidos pelo brasiliense. Episódio que se repete a cada ano. Umidificadores, protetores labiais e a garrafinha d’água são os acessórios mais usados nesta época de estiagem, que deve permanecer pelo menos até setembro na capital. Beber água o dia inteiro é um cuidado básico contra a desidratação | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o último registro de chuva no DF ocorreu em 17 de maio. Sendo assim, são mais de 85 dias sem pingar uma gota de água por aqui. A temperatura vem avançando na casa dos 30ºC, e a sensação de calor é grande. A umidade relativa do ar despenca. É necessário se proteger, principalmente, em uma época em que as doenças respiratórias aumentam, alerta a Secretaria de Saúde (SES). [Olho texto=”“Os quadros de alergia se agravam com o excesso de poeira no DF. Sinusite, influenza, asma, por exemplo, se tornam bem mais frequentes”” assinatura=”Ana Helena Germoglio, infectologista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] “A produção de muco pelo organismo diminui neste tempo seco, e ele funciona como uma barreira de proteção contra infecções respiratórias”, explica a infectologista da SES Ana Helena Germoglio. “Os quadros de alergia se agravam com o excesso de poeira no DF. Sinusite, influenza [gripe], asma, por exemplo, se tornam bem mais frequentes” , complementa Ana, lembrando de algumas das chamadas infecções das vias aéreas superiores (Ivas.) A médica recomenda a vacinação como uma forma de prevenção a esses males. “Sugerimos sempre as vacinas contra a gripe, que são oferecidas na rede pública e, também, a da pneumonia, quando houver a recomendação”, pontua. “Além do que, beber água o dia inteiro é o básico contra a desidratação, antes mesmo de a sede se manifestar”, alerta. Ana Helena calcula que a pessoa deve beber em torno de 4 litros diários em tempos de ‘seca braba’. Os profissionais de saúde aconselham evitar atividades esportivas ou exercícios de qualquer natureza entre 11h e 16h | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Alertas da Defesa Civil Segundo a Defesa Civil do DF, são utilizadas três classificações padrões de cautela em relação à situação de baixa umidade do ar, criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São elas: situação de atenção (entre 20% e 30% por cinco dias seguidos), de alerta (entre 12% e 20% por três dias consecutivos) e de emergência (abaixo de 12% por dois dias em sequência). Tais alertas já são conhecidos pela população brasiliense, que costuma recebê-los entre os meses de julho e setembro, ano após ano. Outra orientação importante repassada tanto pela Defesa Civil quanto por profissionais da saúde é evitar atividades esportivas ou exercícios de qualquer natureza entre as 11h e as 16h. “Este é considerado o período mais crítico do dia. O esforço físico pode levar a dores de cabeças intensas, sangramentos, etc.”, avalia o coordenador de Gestão de Desastres da Defesa Civil, coronel Ricardo Ulhoa.
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Ao mergulhar para se refrescar, todo cuidado é pouco!
Brasília, 8 de agosto de 2022 – O calor intenso e a baixa umidade do ar que se instalam em Brasília nesta época do ano são convidativos a um mergulho no Lago Paranoá ou um demorado banho de piscina. No entanto, é preciso cuidado. O alerta é do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que registra todo ano uma alta no número de afogamentos entre julho e outubro. Além dos atendimentos de emergência, a corporação realiza um trabalho preventivo aos fins de semana em pontos de lazer aquáticos. Além dos atendimentos de emergência, o CBMDF realiza um trabalho preventivo aos fins de semana em pontos de lazer aquáticos | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília De acordo com números dos bombeiros, em 2020 foram 54 casos de afogamento atendidos pela corporação; já em 2021, ocorreram 53. Somados os anos, foram 33 óbitos em todo o DF. O Lago Paranoá responde por cerca de um terço dos afogamentos, segundo a estatística. “Este espelho d’água tem profundidades diferentes, dependendo da localidade, o que muitos não sabem. Além disso, não possui bordas em que a pessoa possa segurar”, observa o tenente do Corpo de Bombeiros, Ramon Lauton, apontando isso como uma das causas. Ele compõe o Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) da corporação, situado na Vila Planalto. [Olho texto=”“Costumamos dizer que a maioria dos que se afogam são os que sabem nadar. Quem não sabe dificilmente entra na água”” assinatura=”tenente Ramon Lauton” esquerda_direita_centro=”direita”] O uso de bebidas alcoólicas antes de entrar na água também representa um risco alto. “As pessoas perdem a noção do perigo quando estão alcoolizadas, não ficam atentas aos filhos, que também estão ali no momento de lazer, e é quando ocorrem os incidentes”, pontua o sargento André Sousa, que também é guarda-vidas e faz a prevenção na área da Ponte JK. Nas ações, são utilizados apitos e dadas orientações aos banhistas. Excesso de confiança O tenente Lauton reforça que a falta de cuidados no lazer em piscinas atinge principalmente as crianças. Em locais como o lago e riachos do DF, o problema é o excesso de confiança dos banhistas adultos. “A pessoa pode ter um mal súbito ao fazer uma travessia, por exemplo. Outros podem se machucar ao saltar de locais altos”, frisa. “Costumamos dizer que a maioria dos que se afogam são os que sabem nadar. Quem não sabe dificilmente entra na água”, diz o militar de salvamento. Ao presenciar uma situação de afogamento, a orientação é lançar um material flutuante para a pessoa em perigo. E, ainda, acionar imediatamente o socorro que pode ser tanto os bombeiros militares quanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Confira a seguir mais dicas sobre como prevenir afogamentos.
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Início do inverno e tempo seco aumentam doenças respiratórias
Esta terça-feira (21) marca a chegada do inverno no hemisfério sul. Em Brasília, porém, os termômetros não deram muita bola para o início da nova estação. A temperatura mínima segue na casa dos 13° C, enquanto a máxima pode atingir os 28° C ao longo da semana. A umidade do ar, grande vilã da temporada de frio no Distrito Federal, pode chegar a 30% nas horas mais quentes do dia, o que demanda cuidados por parte da população. Temperatura mais baixa acende o alerta: além de se agasalhar, população precisa se precaver contra a seca | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Saúde Medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que a umidade máxima tem alcançado os 85% –percentual bastante confortável para os padrões candangos. A falta de previsão de chuva, no entanto, indica a aproximação do período mais crítico da seca. “Ainda não emitimos nenhum sinal de alerta, mas recomendamos que os exercícios físicos sejam evitados das 12h às 16h”, sinaliza a gerente de Proteção Comunitária da Defesa Civil, Benedita dos Santos. [Olho texto=”“Junto às temperaturas baixas, a seca é uma das grandes responsáveis pelo aumento das doenças respiratórias causadas por vírus e alérgenos”” assinatura=”Ana Helena Germoglio, médica do Centro Especializado em Doenças Infecciosas” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Adepto da prática de atividades físicas na hora do almoço, o representante comercial Leonardo Araújo, 25 anos, precisou mudar a rotina por conta da baixa umidade. “Já comecei a sentir um desconforto nesses horários mais quentes”, conta o morador do Guará. “Passei a correr de manhã cedo, com a temperatura mais baixa. Também aumentei o consumo de água”. Hidratação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Uma boa hidratação é fundamental para encarar o inverno no DF. Segundo a médica Ana Helena Germoglio, do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), um adulto deve ingerir cerca de quatro litros de água por dia. “Junto às temperaturas baixas, a seca é uma das grandes responsáveis pelo aumento das doenças respiratórias causadas por vírus e alérgenos”, informa. A infectologista explica que o corpo humano reduz a produção de secreções nos períodos de baixa umidade. “Além de reter a entrada de agentes agressores em nosso organismo, essa secreção é cheia de anticorpos”, ensina. “Por isso, essa redução costuma trazer consigo um crescimento dos casos de influenza, parainfluenza e infecção por vírus sincicial [VSR], entre outras doenças”. Usar roupas adequadas para as baixas temperaturas também ajuda a manter a imunidade em dia. Ajuda, mas não garante. Apesar de se proteger do frio com casaco, gorro, cachecol e luva, a cobradora Patrícia Silvino, 38 anos, não conseguiu escapar do resfriado. “Saio para trabalhar às 3h40, e não há roupa quentinha que dê conta do vento congelante”, garante. “O jeito agora é tomar muito chá quente. E usar máscara para proteger os outros”.
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Queimadas controladas ajudam a prevenir incêndios no cerrado
Com o objetivo de prevenir a ocorrência e os riscos de incêndios florestais de grandes proporções, o Instituto Brasília Ambiental realiza, todos os anos, as queimas controladas, também chamadas de queimadas prescritas. Trata-se de uma forma de prevenção contra esse inimigo maior da seca, fazendo uso do próprio fogo, só que de forma planejada. Além de ser mais econômica, a técnica, que só consome a superfície das áreas, não prejudicando as raízes, colabora para a conservação ambiental, diminuindo a emissão do dióxido de carbono (CO2). [Olho texto=”“É uma ação que a gente faz em um período certo do ano; cada área do cerrado tem um período específico para você lidar” ” assinatura=”Pedro Paulo Cardoso, diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”] “É uma técnica que faz parte do manejo integrado do fogo, e consiste em lidar com material combustível em excesso dentro de certa área”, esclarece o diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Brasília Ambiental, Pedro Paulo Cardoso. “É uma ação que a gente faz em um período certo do ano; cada área do cerrado tem um período específico para você lidar”. Na prática, utiliza-se o fogo para queimar pequenas faixas do terreno e eliminar a vegetação que é combustível para incêndios. Quando os focos chegam a essa faixa queimada, não há mais combustível, e o incêndio é contido. Sistema de queimadas planejadas usa o próprio fogo para ajudar a proteger o cerrado de incêndios | Foto: Divulgação/Jardim Botânico de Brasília As queimas controladas no DF serão feitas no mês de julho, basicamente, em três localidades do DF. A técnica usada será a do aceiro negro, uma faixa de terra de cerca de 5 m de largura que impede a propagação das chamas em caso de incêndio. O aceiro pode ser feito por meio da queima controlada de uma pequena extensão de cerrado ou por roçagem, tanto manual quanto mecânica. Ao todo, serão 30 km de queima na região da Área de Preservação Ambiental (APA) Gama Cabeça de Veado, que engloba territórios do Jardim Botânico de Brasília e outras unidades federais, além de 16 km no Parque Ecológico de Tororó e 40 km na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. “Antes de manejar o material combustível de certa área, é feito um estudo da área, um monitoramento, para analisar o histórico de fogo daquela região e daí fazer a queima controlada”, informa Pedro Paulo Cardoso. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Medidas de proteção Os estudos e monitoramentos prévios das áreas de manejo do fogo são necessários para proteger a fauna e a flora do local que passará por queimadas controladas. Quando uma área é definida para tal atividade, a queimada não é feita no espaço de uma só vez, mas por partes, dividindo o terreno em mosaicos e queimando o local por etapas. Atualmente, o Brasília Ambiental faz queimadas controladas em 84 unidades de conservação, grande parte delas pequenas e inseridas no meio da comunidade. “Não executamos em todas nem na maioria dessas unidades de conservação”, diz Pedro Paulo. “É muito difícil fazer uma queima controlada dentro de um parque que está do lado de um hospital ou prédios, porque é preciso fazer o manejo da fumaça também.” Os trabalhos de queimas controladas ou prescritas são executados pelas brigadas especializadas de incêndio florestal com equipamentos básicos, como pinga-fogo – espécie de tanque para armazenar combustíveis –, soprador e abafador.
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Começa a temporada de ipês, enchendo de cor e beleza todo o DF
Chegou a época em que os brasilienses andam pelas ruas e os olhos se enchem de muita beleza e cor. Já é possível ver a floração dos ipês – atualmente, os roxos – e, mesmo que essas flores apareçam anualmente, não há como não se animar e fazer uma foto para registrar o momento. Liliane Santos trabalha na Esplanada e todos os dias, na hora de almoço, dá uma volta pela região para contemplar os ipês | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O ipê-roxo é o primeiro que floresce no Distrito Federal, nos meses de junho e julho. De acordo com o diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, em alguns casos, o ipê-roxo pode florir duas vezes no ano na mesma árvore, diferentemente dos demais. [Olho texto=”O ipê-roxo é o primeiro que aparece no DF e pode florir duas vezes no ano na mesma árvore, diferentemente dos demais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Além disso, ele é um dos que mais mantêm a florada, dura de 20 a 30 dias. O branco, por exemplo, dura de três a oito dias. É um período de fácil apreciação, pois existem cerca de 230 mil unidades no DF”, destaca Raimundo Silva. A Novacap pretende plantar, ainda neste ano, mais 40 mil mudas de cores variadas. No ano passado, foram plantadas 30 mil. “As plantações ocorrem no período de chuva, de abril a outubro, de todas as espécies e em todas as regiões administrativas”, explica Raimundo Silva. Depois da floração do ipê roxo, vem a dos ipês-amarelos, em seguida dos brancos, depois verdes e, por fim, do ipê-rosa. Para a professora Cristiane Vaz, os ipês são muito importantes, principalmente o ipê-amarelo, que floresce na época do seu aniversário. “Tenho um ipê tatuado nas minhas costas. Fiz a tatuagem quando eu passava por um momento muito delicado. Estava perdida e precisava descobrir de novo quem eu era”, conta. “Amo ipês, especialmente os amarelos. O que acho mais lindo é que eles ficam lá o ano todo, passam até despercebidos. Mas quando o clima está no auge da seca, da poeira, e tudo fica ressecado e feio, eles explodem com muita cor e beleza”, ressalta Cristiane. Cristiane Vaz gosta tanto de ipês que fez deles tatuagens | Foto: Arquivo pessoal Beleza anual Liliane Santos é servidora pública e trabalha na Esplanada dos Ministérios. De segunda a sexta, em seu horário de almoço, ela dá uma volta pela região para contemplar a chegada dos ipês. “Todos os dias saio para apreciar e, mesmo eles aparecendo todos os anos, fico encantada, como se nunca tivesse visto. O que mais gosto é o amarelo, sempre aparece um lindo perto da Rodoviária”, conta. Detalhe interessante é que a tela do celular de Liliane é uma foto de um ipê que ela tirou no ano passado. O jornalista Sérgio Lopes também passa pela Esplanada dos Ministérios todos os dias e, ainda assim, ele para e tira foto de algum ipê que ache bonito. “No meio da seca nasce uma planta tão bonita. Isso chama muito minha atenção. Todos os anos eu faço o registro deles em meu celular”, comenta. “No meio da seca nasce uma planta tão bonita. Isso chama muito minha atenção. Todos os anos faço o registro em meu celular”, observa o jornalista Sérgio Lopes Um local que os brasilienses estão ansiosos para fotografar é a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e a pista do Jóquei Clube. Segundo o diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, as áreas, quando começarem a florir, serão bem atrativas. “No ano passado plantamos três mil mudas na EPTG, por faixa de cores, e 1,5 mil na pista do Jóquei, que vão ficar áreas lindas. A EPTG, por exemplo, já está sendo chamada de ‘IpeTG’, por causa desse plantio feito lá”, ressalta Raimundo Silva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apesar da beleza das árvores, o diretor faz um alerta e pede para que as pessoas busquem orientação na Novacap antes de fazer um plantio em área pública. “Nesta época, todo mundo quer plantar um ipê. No entanto, o período não é ideal, é muito seco, é jogar muda fora. É necessário esperar o período de chuva”, esclarece. Acredita-se que no próximo ano as árvores da EPTG e do Jóquei já estejam floridas, pois, conforme Raimundo Silva, os ipês demoram, em média, três anos para começar a florescer. Os amarelos, explica ele, são mais rápidos e costumam apresentar flores após dois anos de plantados. “Outro alerta é em relação ao plantio em área pública, que precisa de orientação e autorização da Novacap, pois 90% das árvores que caíram são de plantios feitos sem autorização”, destaca o diretor.
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DF mais preparado para enfrentar a seca
O Distrito Federal está em situação confortável para iniciar o período da seca. Apesar de ter chovido menos em 2022 do que nos últimos três anos, os reservatórios do Descoberto e de Santa Maria estão com 99% de seus volumes totais. O reforço de Corumbá IV, que poderá fornecer até 1,4 mil litros de água por segundo para a região, afasta ainda mais as chances de uma crise. [Olho texto=”“Temos a Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte, com produção de 700 litros de água por segundo; o Sistema Bananal, com 500 litros por segundo, e a ETA Gama, com 320 litros por segundo. O manejo dessas três fontes de abastecimento ajuda a poupar nossos reservatórios mais importantes”” assinatura=”Carlos Eduardo Borges Pereira, diretor de Operação e Manutenção da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] A estratégia para proporcionar mais segurança hídrica está em diminuir a pressão em cima dos três principais reservatórios do DF: Descoberto, Santa Maria e Paranoá. É o que explica o diretor de Operação e Manutenção da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Carlos Eduardo Borges Pereira. “Temos a ETA [Estação de Tratamento de Água] Lago Norte, com produção de 700 litros de água por segundo; o Sistema Bananal, com 500 litros por segundo, e a ETA Gama, com 320 litros por segundo. O manejo dessas três fontes de abastecimento ajuda a poupar nossos reservatórios mais importantes”, detalha o diretor. Além da boa gestão de sistemas e mananciais, a Caesb conta com a água vinda de Corumbá IV para manter o abastecimento em situação adequada. Carlos Eduardo calcula que, na atual fase de pré-operação, a estrutura envie cerca de 500 litros por segundo para o DF. “Vamos usar mais ou menos esse sistema de acordo com a necessidade”, informa. “O objetivo é administrar o estoque de Santa Maria e do Descoberto”. O reforço de Corumbá IV, que poderá fornecer até 1,4 mil litros de água por segundo para o Distrito Federal, afasta ainda mais as chances de uma crise hídrica | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Rede integrada Muita coisa mudou na estrutura de abastecimento do DF. No passado, mais de 60% da água consumida na capital federal vinham do reservatório do Descoberto. Hoje, com a maior parte da rede de fornecimento interligada, fica difícil fazer esse cálculo. Isso porque uma mesma região pode ser abastecida por mais de um sistema. No passado, mais de 60% da água consumida na capital vinham do reservatório do Descoberto | Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília Outra mudança essencial para garantir a atual segurança hídrica diz respeito à otimização do uso dos reservatórios. De acordo com o superintendente de Recursos Hídricos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Gustavo Carneiro, o consumo de cada um dos sistemas é balizado por um estudo anual. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Não se trata mais de captar e estocar a água da chuva para ser usada ao longo do ano”, aponta Carneiro. “O DF faz simulações de como será o comportamento dos três principais reservatórios, com base em previsões de retiradas. Essa resolução, chamada de Curva de Acompanhamento, é publicada pela Adasa sempre ao final da estação chuvosa”. A curva é acompanhada de perto ao longo do ano. Caso haja qualquer não conformidade, a Caesb é acionada para verificar o problema e tentar reverter a situação. “Dessa forma, impedimos que um reservatório chegue ao final da estação com nível muito baixo”, pontua o gestor. “Poucos estados no Brasil têm esse nível de operação”.
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Reservatórios cheios, mas atenção precisa ser redobrada!
[Olho texto=”“Os atuais níveis dos reservatórios nos dão tranquilidade de que temos condições de atender o abastecimento de água ao longo do ano, mas isso não quer dizer que podemos descuidar do uso racional da água”” assinatura=”Luiz Carlos Itonaga, superintendente de Gestão Operacional da Caesb” esquerda_direita_centro=”direita”] O grande volume de chuvas nas últimas semanas impactou diretamente o nível dos reservatórios de água do DF. Os dois principais, Descoberto e Santa Maria, apresentam atualmente uma capacidade elevada, com mais de 95% do volume útil ocupado. Apesar disso, as autoridades alertam para o consumo consciente de água como regra para toda a população, mesmo no período de chuvas. Nesta sexta-feira (21), o reservatório do Descoberto apresentava 100% de volume útil, atingindo o ápice de crescimento de 22,3 pontos percentuais desde o começo de janeiro, quando o índice era de 77,7%. Já o de Santa Maria, no mesmo dia, mostrava um volume útil de 96%, um aumento de 5,3 pontos percentuais desde o dia 1º. Os dois atendem a cerca de 90% do consumo de água do DF. “Os atuais níveis dos reservatórios nos dão tranquilidade de que temos condições de atender o abastecimento de água ao longo do ano, mas isso não quer dizer que podemos descuidar do uso racional da água”, ressalta o superintendente de gestão operacional da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Luiz Carlos Itonaga. “É importante que as chuvas permaneçam com regularidade até o fim de abril”. Apesar dos reservatórios cheios, especialistas reforçam a necessidade das precipitações continuarem ocorrendo até o fim do período de chuvas, para podermos passar bem pelo período de estiagem | Fotos: Cristiano Carvalho/Ascom Caesb De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), já choveu no DF cerca de 60% do esperado para todo o mês de janeiro. Cleber Souza, meteorologista do Inmet, reforça a importância do consumo consciente de água ao longo dos próximos meses: “Os reservatórios de água subiram em boa parte do Brasil, mas as precipitações têm que continuar ocorrendo até o fim do período de chuvas, para podermos passar bem pelo período de estiagem”. No DF, a seca costuma perdurar de maio até meados de outubro, período marcado pela ausência de chuvas e pela baixa umidade. Itonaga lembra de um momento recente como justificativa para o cuidado no consumo de água. “Temos que lembrar da crise hídrica que o DF passou entre 2017 e 2018. Esta lição que tivemos foi muito importante, por isso devemos continuar usando a água de modo racional”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além do consumo consciente de água, a Caesb também tem investido em obras para reforçar as interligações dos reservatórios do Descoberto e de Santa Maria com sistemas mais distantes, como Sobradinho/Planaltina e Jardim Botânico/São Sebastião, principalmente na ampliação do bombeamento. Além disso, está previsto para este ano o início de trabalhos de Corumbá IV, sistema adicional de abastecimento de água feito em parceria com o governo de Goiás. O uso consciente da água começa com pequenas atitudes em casa, como explica o superintendente de Gestão Operacional da Caesb. “Na hora de lavar a louça, escovar os dentes ou se ensaboar no banho, faça essas atividades com a torneira fechada. Priorize também o reúso de água em outras tarefas, como a lavagem de calçadas”, finaliza.
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Incêndio criminoso é identificado no Córrego Jerivá
[Olho texto=”“Mesmo com todo um trabalho de conscientização, as pessoas insistem em fazer prática de fogo”” assinatura=”David do Lago Ferreira, superintendente de fiscalização do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Equipe de auditores fiscais do Instituto Brasília Ambiental flagrou, nesta quinta-feira (23), um cidadão ateando fogo em vegetação nativa do cerrado na região do Núcleo Rural do Córrego Jerivá, no Lago Norte. Além da advertência verbal, foi aplicada multa no valor de R$ 7.500,00. Os fiscais acionaram, imediatamente, o Corpo de Bombeiros e o incêndio foi controlado. O superintendente de fiscalização do instituto, David do Lago Ferreira, lembra que, “além de destruir a vegetação nativa e matar muitos animais selvagens, um incêndio florestal como esse pode causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais domésticos.” Ao avistar focos de incêndios, o cidadão deve informar o Corpo de Bombeiros (193) e ao Brasília Ambiental, se for próximo de uma unidade de conservação | Foto: Instituto Brasília Ambiental O auditor ainda destaca que estamos no auge da seca e o Distrito Federal registrou nesta semana os dias mais quentes de toda a história. “Mesmo com todo um trabalho de conscientização, as pessoas insistem em fazer prática de fogo”, lamenta David Ferreira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Contribuição A recomendação do órgão para a população é de que, ao avistar focos de incêndios, o cidadão informe o Corpo de Bombeiros (193). Em casos próximos a uma unidade de conservação, o Brasília Ambiental também deve ser contatado pelo telefone (61) 9224-7202, através do WhatsApp. A penalidade por destruir vegetação natural, mediante uso de fogo, está prevista no Art. 43, combinado com o inciso I do Art. 60 do Decreto Federal 6514/2008. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Com 10% de umidade do ar, DF entra em alerta vermelho
O Distrito Federal está em estado vermelho com relação à baixa umidade do ar. Isso significa que a região entrou no estado de emergência, depois de apresentar níveis críticos, como o índice de 10º registrado no Gama, neste domingo (19). O alerta é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A situação crítica favorece também a ocorrência de incêndios. A queimada de lixo ou qualquer atividade com fogo merece atenção | Fotos Joel Rodrigues/ Agência Brasília O alerta somente é emitido quando a umidade do ar fica abaixo de 12%. Nessa situação, existe grande risco de ocorrências de incêndios florestais. Também é preciso redobrar os cuidados com a saúde porque aumentam os riscos de doenças respiratórias e das pessoas apresentarem dores de cabeça, sangramento do nariz e secura nos olhos, entre outros problemas. Apesar de parecer pior do que nos anos anteriores, o chefe da Defesa Civil do DF em exercício, tenente coronel do Corpo de Bombeiros Rossano Bohnert, garante que a baixa umidade e o calor são semelhantes e comuns neste período de final da seca. [Olho texto=”Valem as dicas de sempre: hidratação constante, evitando a prática de esportes e a exposição ao sol nos períodos mais críticos do dia – além de uma alimentação mais balanceada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Enquanto isso, valem as dicas de sempre: hidratação constante, evitando a prática de esportes e a exposição ao sol nos períodos mais críticos do dia – além de atenção a uma alimentação mais balanceada, sempre que possível. “Sabemos que o consumo de alimentos leves, como saladas, frutas e legumes, ajuda na digestão e dá mais disposição para suportar o calor e ar mais rarefeito”, explica Bohnert. O Inmet prevê chuvas para a próxima semana, o que ainda não está confirmado. Primavera Nesta quarta-feira (22), começa oficialmente a primavera. As chuvas esperadas na estação trazem o clima mais ameno, que caracteriza o período. “Por enquanto, o clima deve continuar do mesmo jeito até quarta-feira (21). Vai predominar o calorzão e a secura. Só teremos possibilidade de chuvas lá para quinta-feira (23)”, explica a metereologista Naiane Araújo, do Inmet. Com a temperatura máxima passando da casa dos 30º e a baixa umidade do ar, na capital federal, é importante que a população redobre os cuidados. A cartilha que o brasiliense não pode esquecer indica que é preciso beber bastante líquidos, evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, usar hidratante na pele e procurar umidificar o ambiente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A situação crítica favorece também a ocorrência de incêndios. A queimada de lixo ou qualquer atividade com fogo merece atenção. Os fumantes devem ter o cuidado de não jogar no chão as bitucas de cigarro. Esse hábito torna-se muito perigoso, principalmente nas margens de vias e rodovias. Qualquer pessoa que observar um foco de incêndio deve comunicar ao Corpo de Bombeiros, pelo número 193. Mensagens de alerta A Defesa Civil, da Secretaria de Segurança Pública do DF, faz o monitoramento dos alertas emitidos pelo Inmet. O órgão, então, envia mensagens advertindo sobre o tempo e a prevenção de riscos para os moradores cadastrados. Para se cadastrar no serviços de alerta da Defesa Civil, o interessado deve enviar uma mensagem de texto para o número 40199, com o Código de Endereçamento Postal (CEP) da região.
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Estratégia unificada para combater incêndios
Órgãos distritais e federais estão se unindo para combater incêndios tão comuns neste período de seca intensa. Para evitar as queimadas, é necessário planejamento e ações preventivas. É o que propõe o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), ferramenta usada no Distrito Federal para situações de emergência como essas. Trata-se de um manual de procedimentos que deve ser seguido pelas equipes. O Corpo de Bombeiros usa o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) dentro da operação Verde Vivo, voltada para o combate às queimadas em todo o Distrito Federal | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Usamos o SCI como um método para que todos os órgãos consigam se entender e trabalhar da melhor maneira possível”, explica o comandante do sistema de incidentes pelo Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Aníbal Jr. “Conseguimos reduzir os recursos empregados e evitar que o trabalho de um não se sobreponha ao do outro. Com certeza, traz uma efetividade maior à operação”, complementa. No feriado de 7 de Setembro, para se ter ideia, o Corpo de Bombeiros registrou 29 ocorrências de queimadas pelo cerrado. Já a Floresta Nacional de Brasília (Flona) ardeu em fogo na última semana, em um incêndio que atingiu cerca de 806 hectares, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A floresta tem uma área total de 9 mil hectares. [Olho texto=”“É uma ferramenta que organiza a atuação dos vários órgãos; assim, conseguimos diminuir o tempo-resposta ao incidente”” assinatura=”Coronel Pedro Aníbal Jr., comandante do sistema pelo CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No caso da Flona, onde trilhas de bicicletas e pequenos córregos são aproveitados pela população, os bombeiros e o Brasília Ambiental deslocaram seus homens para o combate ao fogo. O ICMBio, responsável por administrar a unidade de conservação, deu as coordenadas da atuação. E a operação acabou bem-sucedida, com o fogo totalmente debelado em 48 horas, seguindo as diretrizes propostas pelo SCI. Operação na Flona Um total de 122 brigadistas participaram da operação na floresta. “Produzimos um documento onde há os procedimentos a serem tomados por cada equipe. O objetivo é reduzir ao máximo os danos ao meio ambiente”, explica a chefe da Flona, a analista ambiental do ICMBio Larissa Diehl. De acordo com ela, outras equipes monitoram também o território do Parque Nacional de Brasília, onde o cerrado também é castigado pelo fogo nesta época do ano. O Brasília Ambiental também esteve presente no “incidente Flona” com um grupo de 20 homens atuando junto aos bombeiros e ambientalistas. “Passamos dois dias lá direto, inclusive fizemos um sobrevoo na área junto aos bombeiros militares. Esse planejamento é essencial, até porque cada instituição opera de forma diferente”, explica o diretor de Prevenção e combate a Incêndios Florestais do órgão, Pedro Paulo Cardoso. O coronel Aníbal Jr. lamenta os incêndios causados pela ação humana: “Só trazem prejuízos ao meio ambiente e também ao homem” Participação do homem A metodologia SCI – da qual a padronização e o comando unificado são os carros-chefes – foi usada primeiramente nos Estados Unidos no início dos anos 2000, segundo relata o coronel Aníbal Jr. Atualmente, já é adotada em vários estados brasileiros. “É um conjunto de normas que pode ser usado em vários incidentes, não só no incêndio florestal”, conta o militar. O protocolo prevê, por exemplo, uma cadeia de comando em que os integrantes da força-tarefa se reportem somente a um líder designado, seja um oficial, supervisor, etc. Os agentes devem também usar a mesma terminologia – o que significa termos de conhecimento comum, sem utilizar novas denominações, conforme orienta o manual. E é recomendada ainda a elaboração rápida de um Plano de Ação do Incidente (PAI), um documento curto onde devem constar estratégias e recursos que serão usados na operação – a exemplo do que foi produzido por Larissa Diehl, no caso da Flona. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É uma ferramenta que organiza a atuação dos vários órgãos; assim, conseguimos diminuir o tempo-resposta ao incidente. A eficácia é maior, todavia não posso estimar o tempo, porque incêndio florestal varia muito no decorrer do tempo”, explica o coronel Aníbal Jr. “No caso da floresta, o Brasília Ambiental e o Instituto Chico Mendes cuidaram de uma área conhecida como ‘geladeira’. Já os militares trabalharam no restante do perímetro”, acrescenta. O Corpo de Bombeiros usa o método dentro da operação Verde Vivo, voltada para o combate às queimadas por todo o DF. Fogo apagado, os órgãos fazem um trabalho de vigilância nas áreas para evitar a chamada reignição, que é a volta dos focos de incêndio. E o cuidado com a natureza segue indispensável, conforme lembram os bombeiros. Cerca de 95% dos incêndios em áreas verdes são causados pelo homem, direta ou indiretamente. “É a ponta de cigarro jogada na mata, é o incêndio intencional, a queima de lixo. Tudo isso deve ser evitado. Só traz prejuízos ao meio ambiente e também ao homem”, finaliza o coronel Aníbal Jr.
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Tempo seco estimula animais silvestres a saírem do seu habitat
Nesta época de seca, é comum ver saruês andando pelas casas em busca de alimento | Foto: Divulgação BPMA Faz parte do dia a dia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) o resgate permanente de animais silvestres por todo o Distrito Federal. Espécies que deixam seus habitats naturais e são encontrados em áreas residenciais e comerciais a todo momento. Entre janeiro e julho deste ano, já foram mais de 1.500 animais ‘salvos’. Cobras, macacos, capivaras, aves variadas e saruês são os mais comuns. (Veja o quadro) A equipe de militares, depois de acionada pela população, vai ao local com equipamentos como gaiolas, pinças de aço e redes. O objetivo é preservar o animal e devolvê-lo à natureza. “Olhamos o animal e avaliamos o estado físico dele. Normalmente, está muito arisco diante da situação”, explica o comandante do BPMA, coronel Fábio Pereira. [Olho texto=”“A expansão urbana no DF gerou a ocupação de áreas que originalmente eram dos bichos. Isso impacta a vegetação nativa e prejudica os animais”” assinatura=”Victor Santos, diretor de Fiscalização de Fauna do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Se não tem qualquer lesão, ele logo é reintroduzido ao habitat natural. Se está lesionado, encaminhamos ao zoológico para recuperação. É um grande parceiro nosso”, complementa. Pereira lembra que no caso de tráfico de animais, os infratores respondem pelo crime e os bichos são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), órgão do Ibama. “Nesta época de seca, é muito comum ver saruês andando pelas casas em busca de alimento. Ou macacos-prego que comem frutas em árvores perto do batalhão, na Candangolândia”, lembra o policial. No mês passado, um ouriço-cacheiro (tipo de porco-espinho) foi visto numa rua de Taguatinga sendo ‘atacado’ por um cão. “Os bichos usualmente vêm até a área urbana atrás de abrigo, alimento ou para a proliferação da espécie”, observa Pereira. No primeiro semestre, 1.581 animais foram resgatados no DF Ao encontrar um animal silvestre, a polícia ambiental recomenda alguns cuidados, como, por exemplo, afastar os bichos domésticos. “Cães e gatos devem ser trancados, pois tendem a brigar com ele”, recomenda o comandante do batalhão. “Além de, é claro, não se aproximar. Não se sabe se o animal é peçonhento e ele pode vir a atacar”, finaliza. Quem encontrar algum animal silvestre fora de seu habitat natural deve acionar o BPMA pelo telefone 190. O serviço funciona durante 24 horas diariamente. Expansão urbana Na avaliação do Brasília Ambiental, esse movimento dos animais silvestres para locais habitados é crescente e explicado, principalmente, pela ocupação desordenada do solo. “A expansão urbana aqui no DF gerou a ocupação de áreas que originalmente eram dos bichos. Isso gera impacto na vegetação nativa e prejudica muito os animais”, pontua o diretor de Fiscalização de Fauna do instituto, Victor Santos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O ambientalista reforça que as “cidades verdes” permitem uma convivência mais harmônica entre o ser humano e o animal. E, segundo Victor, o trabalho é o de preservá-las. “É necessário coordenar melhor esse tipo de ocupação. Monitoramos as áreas de preservação e órgãos de fiscalização, como o DF Legal, têm o papel de retirar ocupações irregulares em locais não permitidos”, lembra.
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Asmáticos sofrem mais no período da seca
A seca chegou para valer. Sem chuvas há mais de 70 dias, o Distrito Federal está em estado de atenção por causa da baixa umidade do ar, com previsão de índices variando entre 20% e 30%. A umidade já chegou a menos de 20%: o recorde este ano foi 13%, registrado em 20 de julho em Brazlândia. [Olho texto=”A asma afeta 300 milhões de pessoas no mundo e estima-se que no Brasil sejam em torno de 3 milhões de asmáticos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O período de seca se caracteriza por manhãs frias e tardes muito quentes. A temperatura tem variado entre 12° e 29°. “A umidade e os índices do termômetro são inversamente proporcionais. Quanto mais seco e menor a umidade, mais alta vai estar a temperatura”, explica a meteorologista Naiane Araújo. No período de 2015 a 2019, mais de metade das internações por asma na rede pública de saúde do DF ocorreu entre os meses de março e julho | Foto: Paulo H Carvalho/ Agência Brasília A baixa umidade do ar traz irritação nos olhos, garganta e nariz, sangramento nasal, pele ressecada e dor de cabeça e, se a seca e a mudança de temperatura trazem desconforto para a população em geral, imagina para quem tem alguma doença respiratória. “A gente até evita sair na rua nessa época de calor e seca. Ela sofre muito. Tem falta de ar, manchas na pele, o olho fica seco, o nariz fica coçando”, conta Irani Alves Soares, 54 anos, mãe de Maria Clara Soares Bernardo, 15 anos, que tem asma desde os 8. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta doença afeta 300 milhões de pessoas no mundo, e estima-se que o Brasil tenha em torno de 3 milhões de asmáticos. No Distrito Federal, a estimativa é que em torno de 10% da população tenha asma, que acomete principalmente crianças e adolescentes. “A asma é uma doença inflamatória crônica das vias áreas inferiores caracterizada por episódios recorrentes de tosse, falta de ar, chiado e/ou aperto no peito”, explica a referência técnica distrital de Alergia do DF, a médica Vanessa Gonzaga Tavares. No período de 2015 a 2019, mais de metade das internações por asma na rede pública de saúde do DF ocorreu entre os meses de março e julho, que corresponde ao final do período de chuvas, queda progressiva da umidade relativa do ar e da temperatura, maior quantidade de poeira em suspensão e aumento na circulação dos vírus respiratórios. “Todos estes fatores atuam sinergicamente no desencadeamento de crises de asma e de infecções respiratórias. A baixa umidade do ar, o frio e a poluição irritam a mucosa respiratória, aumentam a viscosidade do muco dificultando a saída da secreção das vias aéreas levando à inflamação das vias aéreas”, afirma a médica. Atendimento ao paciente asmático Na rede pública de saúde do DF, os asmáticos recebem atenção especial e, desde 1999, são atendidos pelo Programa de Atendimento ao Paciente Asmático. Desde que ele foi criado, houve queda significativa no número de internações por asma no DF. Em 20 anos, a quantidade de pessoas internadas por asma no DF caiu 45%, mesmo com o aumento da população. Ou seja, passou de 2.743 em 2000 para 1.504 em 2020. O paciente que apresenta sintomas recorrentes de tosse, falta de ar, aperto no peito e/ou chiado deve procurar atendimento na unidade básica de saúde da sua região e, de acordo com a gravidade dos sintomas, o médico de saúde da família encaminha o paciente aos ambulatórios de Alergia ou Pneumologia da Secretaria de Saúde, que funcionam nos hospitais regionais da Asa Norte, de Ceilândia, Gama, Paranoá, Sobradinho, Taguatinga, Hospital Materno Infantil (Hmib), além do Hospital de Base e da Criança, e nas policlínicas de Ceilândia, Gama, Taguatinga, São Sebastião, Paranoá e Planaltina. A Secretaria de Saúde também fornece, gratuitamente, medicamentos tanto para crises quanto para controle da doença. “O tratamento vai ser baseado de acordo com a classificação do paciente. A periodicidade dos sintomas, se ele já internou ou precisou de UTI, se tem sintomas quando faz exercício, se faz atividade física. À medida que vai aumentando a gravidade, o paciente precisa fazer uso de medicação de controle”, explica a médica. [Olho texto=”De acordo com a OMS, a umidade relativa do ar adequada ao ser humano é entre 40% e 70%.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Moradora do Núcleo Bandeirante, Maria Clara foi diagnosticada em 2014 depois de sentir falta de ar. O pediatra do hospital em que ela foi atendida a encaminhou para o Hmib, que a encaminhou para fazer testes e exames no Hospital da Criança, que constataram a asma. Desde então ela faz acompanhamento no ambulatório do hospital, se consulta a cada três meses, toma medicamentos, chegou a ficar internada e hoje mantém a asma sob controle. “Nesses últimos três meses, ela teve uma crise que durou um dia só. Antes durava uma semana, ela não podia fazer educação física, usava a bombinha de três em três horas”, conta a mãe. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Pacientes com asma são considerados população de risco e devem se vacinar anualmente contra a gripe. Além disso, asma é considerada uma pneumopatia crônica e, casos graves da doença, são considerados comorbidade e devem ser vacinados contra a covid-19, desde que a asma seja grave, com uso recorrente de corticoides sistêmicos e internação prévia. De acordo com a OMS, a umidade relativa do ar adequada ao ser humano é entre 40% e 70%. No período da seca, principalmente com umidade abaixo de 30%, deve-se tomar os seguintes cuidados: – Aumentar o consumo de líquidos – Fazer atividades físicas em locais abertos, longe de vias de grande circulação de veículos – Evitar fazer exercícios físicos entre 10h da manhã e 16h da tarde. – Umidificar nariz e os olhos – Evitar aglomerações e ambientes fechados – Usar umidificadores (por pouco tempo, principalmente no período da tarde), ou colocar toalhas úmidas ou bacias com água no local – Evitar tabagismo – Manter os ambientes internos bem arejados – Fazer limpeza da casa com pano úmido
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Mais 150 brigadistas para ajudar no combate a incêndios
Um expressivo reforço no combate aos incêndios no DF é o que apresenta uma publicação do Instituto Brasília Ambiental na edição desta terça (13) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), divulgando o resultado definitivo do processo seletivo simplificado para a contratação temporária de brigadistas florestais deste ano. A ação faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Novos contratados vão atuar no combate a incêndios e poderão também integrar ações dos bombeiros | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Estão sendo oferecidas ao todo 150 vagas, das quais 120 são para brigadistas florestais combatentes, 24 para chefes de brigada e seis para supervisores de brigada. As equipes atuarão na prevenção e combate a incêndios nas 82 unidades de conservação (UCs) distribuídas pelo DF. Também poderão trabalhar em outras áreas, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CMBDF). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os próximos dias 20 e 22, os candidatos classificados devem comparecer à sede do Brasília Ambiental – 511 Norte, Bloco C, térreo –, das 9h às 12h ou das 13h30 às 16h30, de acordo com a escolha feita após preenchimento do formulário de contratação, que estará disponível para preenchimento a partir das 14h desta terça-feira (13). A relação de documentos a serem apresentados pelos convocados está disponível no Item 3 do edital do resultado final da seleção. Confira aqui o resultado final dos aprovados. Veja mais informações sobre o edital. *Com informações do Brasília Ambiental
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APA Gama e Cabeça de Veado terá 30 km de aceiros negros
[Olho texto=”“Este trabalho preventivo consiste na retirada do material combustível (vegetação seca), criando faixas de segurança entre os espaços de preservação e seus acessos. Isso impede que o fogo chegue ou se alastre”” assinatura=”Sarney Filho, secretário de Meio Ambiente” esquerda_direita_centro=”direita”] O Governo do Distrito Federal está intensificando as ações de prevenção a incêndios florestais antes que chegue o período crítico da seca. De 12 a 14 a julho, cerca de 30 km de aceiros negros serão abertos na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado, nas proximidades da DF-001, por meio de roçagem e queima de mato seco. A ação integra as medidas previstas no Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). “Este tipo de trabalho preventivo consiste na retirada do material combustível que, no caso, é a vegetação seca, criando faixas de segurança entre esses espaços de preservação e seus acessos. Isso impede que o fogo chegue ou se alastre”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. A APA Gama e Cabeça de Veado envolve Unidades de Conservação (UCs) como o Jardim Botânico de Brasília (JBB), a Fazenda Água Limpa (FAL) da Universidade de Brasília (UnB), a Reserva Ecológica do IBGE, áreas da Marinha e parte do Parque Ecológico do Tororó, englobando aproximadamente 25 mil hectares de área preservada. A coordenadora do Ppcif na Sema, Carolina Schubart, explica que essa ação é realizada todo ano na área devido a sua vulnerabilidade aos incêndios florestais. De acordo com ela, são dois os tipos de aceiros: o mecânico, que utiliza maquinário, e o negro, realizado por meio de roçagem e queima de material. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Ambos são formas de prevenção aos incêndios florestais. A retirada do material combustível coíbe a possibilidade do fogo se alastrar em uma área de grande relevância. O primeiro utiliza tratores e o segundo, a roçagem e a queima do mato seco nas bordas das unidades”, diz. Este ano, o Ppcif já realizou ações de prevenção, como a realização de aceiros negros e mecânicos em outras áreas, cursos e capacitações, doação de abafadores para área rural, campanhas educativas de mídia social e atualmente encontra-se em fase de contratação de 150 brigadistas distritais pelo Instituto Brasília Ambiental. A ação na APA Gama e Cabeça de Veado contará com o apoio de órgãos distritais e federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento de Estradas de Rodagens (DER), JBB, Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), FAL (UnB), Reserva Biológica do IBGE, Centro de Instrução e Adestramento de Brasília (CIAB) da Marinha, Ala 1 da Aeronáutica, além do Brasília Ambiental. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Defesa Civil alerta sobre a baixa umidade do ar no DF
O Distrito Federal está em estado de alerta devido à baixa umidade do ar. O aviso é da Defesa Civil do DF, feito em função do monitoramento realizado pelo órgão. Isso significa que o ar já está mais seco, o sol brilha intensamente e as chuvas não dão as caras, um pacote que favorece o aparecimento de doenças respiratórias. As recomendações da Defesa Civil incluem o aumento da ingestão de líquidos, principalmente pelos jovens e idosos, que são os grupos que mais sofrem com a baixa umidade do ar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Essa é uma condição climática que os brasilienses conhecem bem. E que muitos temem com ardor. Sim, porque, entre o inverno e o início da primavera, a capital do país sofre com este período especialmente delicado e a população sente no corpo o rigor do tempo. “Nesse período, aumenta o risco do aparecimento de doenças respiratórias, como rinite e sinusite, além de crise de asmas. Também aumentam as crises de dermatites, a pele fica mais seca e os olhos, ressecados”, explica o médico Rafael Melo de Deus, pneumologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). [Olho texto=”“As pessoas também não devem fazer nenhum tipo de queimada, pois a fumaça gerada pode piorar as condições do ar e causar mais transtornos para a população”” assinatura=”Coronel Alan Araújo, subsecretário do Sistema de Defesa Civil” esquerda_direita_centro=”direita”] O pneumologista é enfático. As pessoas não devem se medicar por conta própria. Ao sentir as manifestações das doenças, devem procurar um especialista. “O medicamento deve ser prescrito pelo médico”, adverte Rafael Melo de Deus. A economista Vilma Guimarães, 57 anos, empresária no ramo de perícia judicial, vive em Brasília há 32 anos. Quando a umidade do ar baixa, o nariz sangra, o cansaço aumenta e os cuidados redobram. “O que mais sinto é a questão do nariz, que ainda sangra. Tenho que ter cuidado. Essa semana mesmo ele sangrou um pouco. Também sinto mais cansaço”, explica. Residente em Águas Claras com a família, Vilma redobra a atenção neste período do ano, começando pelo aumento no consumo diário de água. A lista de cuidados, no entanto, inclui outras alternativas para minimizar a situação. “Procuramos comer comidas mais leves, como frutas, e evitamos fazer exercícios físicos nos horários de pico. Também usamos o umidificador para ajudar a refrescar e, quando está muito seco, deixamos toalhas molhadas pela casa. Além disso, evitamos tomar banho esfregando o corpo”, relata a empresária. Cartilha Os cuidados de Vilma poderiam ser inseridos em uma cartilha de conselhos úteis para quem não quer sofrer muito com a baixa umidade do ar. Como bem pode ser atestado pela Defesa Civil do DF que, por sua vez, faz algumas recomendações para a população, em função do alerta emitido. As recomendações incluem o aumento da ingestão de líquidos, principalmente pelos mais jovens e os mais idosos, que são os grupos da população que mais sofrem com a baixa umidade do ar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O subsecretário do Sistema de Defesa Civil, coronel Alan Araújo, atenta sobre a necessidade de se evitar a exposição excessiva ao sol, no período compreendido entre 10h e 16h. “Se tiver que sair nesse horário, use protetor solar e roupas leves, que vão poder regular a temperatura interna, com a transpiração”, explica. “As pessoas também não devem fazer nenhum tipo de queimada, pois a fumaça gerada pode piorar as condições do ar e causar mais transtornos para a população”, aconselha o subsecretário do Sistema de Defesa Civil.
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Olha a seca! Cuidado com a queima de lixo e poda de árvores
[Olho texto=”Provocar incêndio é crime ambiental passível de pena de reclusão de dois a quatro anos e multa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante o período de seca, o risco de ocorrer incêndio florestal aumenta. Desde o começo deste ano, o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif) – executado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) – está a todo vapor com diversas ações para evitar queimadas nas áreas verdes da capital. A coordenadora técnica do Ppcif, Carolina Schubart, explica que o primeiro passo é conscientizar a população. “Devido à pandemia, não conseguimos fazer eventos presenciais, mas continuamos produzindo materiais educativos virtuais, como o Almanaque do Fogo – em parceria com a Sema e com o Brasília Ambiental – para que as pessoas entendam que queimar lixo e podas de árvores é crime”, alerta. Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif) atua em operações e campanhas | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Segundo o Artigo 41 da Lei nº 9.605/1998 do governo federal, provocar incêndio em mata ou floresta é uma conduta e atividade lesiva ao meio ambiente. O ato é considerado crime ambiental, passível de pena de reclusão de dois a quatro anos, além da multa. As denúncias sobre incêndios florestais podem ser feitas pelo número 193, gratuitamente. [Olho texto=”Para receber alertas sobre baixa umidade do ar, envie SMS ao número 40199, com o CEP de sua residência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Este ano, também fizemos cursos de capacitação com a equipe e inauguramos a nova base fixa da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais [Dpcif], no Parque Ecológico de Águas Claras”, informa. “A previsão é que no próximo mês sejam contratados 150 brigadistas. É uma forma de otimizar o trabalho. Às vezes não precisamos acionar o Corpo de Bombeiros, porque já conseguimos controlar a situação, principalmente em áreas rurais.” Com esta nova base, a Dpcif vai passar a contar com três pontos fixos. Já existe um na sede do próprio órgão ambiental, na Asa Norte, e outro na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), em Planaltina. Seca Alertas de baixa umidade do ar são emitidos pela Defesa Civil. Para receber, basta enviar um SMS com o CEP ao número 40199. É possível cadastrar mais de um local. “Dessa forma, o usuário vai receber orientações sobre os dias ou períodos mais secos e quais são as orientações para amenizar possíveis sintomas”, comenta o subsecretário do Sistema de Defesa Civil, coronel Alan Araújo. Os alertas são emitidos em situações de emergência, seja no período de estiagem, chuvoso ou ainda perante situações que mereçam algum tipo de mobilização da população – como ocorre quando há abertura de comportas da Barragem do Paranoá. A Defesa Civil classifica os níveis de umidade em três tipos: estado de atenção, quando a umidade fica entre 20% e 30% por cinco dias consecutivos; estado de alerta, com umidade entre 12% e 20% por três dias consecutivos, e o estado de emergência, declarado quando esse índice fica abaixo dos 12% por, no mínimo, dois dias consecutivos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Confira, abaixo, as orientações para dias de baixa umidade do ar: Procure manter o corpo sempre hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e de doentes; Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre as 10h e as 17h; Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de dormir; Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol; Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas; Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir; Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar-condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas; Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis, cortinas e carpetes; Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Dê preferência a aspiradores ou panos úmidos; Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, esses equipamentos levantam a poeira, que se mistura no ar; Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz. Não esqueça de usar máscara de proteção individual, importante neste período para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
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Defesa Civil reforça cadastro para envio de alertas na seca
Um novo alerta de baixa umidade foi emitido pelo Sistema de Defesa Civil nesta terça-feira (1º). Com isso, a pasta, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), orienta a população a fazer o cadastro no Sistema de Alertas, via SMS, para que as mensagens e orientações sobre o período de estiagem cheguem ao maior número de pessoas. A previsão é que volte a chover no Distrito Federal apenas a partir de outubro. Os cuidados devem ser redobrados no período de seca para evitar doenças e idas aos hospitais, que estão com alta demanda de covid-19 | Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília [Olho texto=”“O usuário será alertado sobre os dias ou períodos mais secos e receberá nossas orientações para amenizar os sintomas causados pelas temperaturas elevadas e umidade muito baixa” ” assinatura=”Coronel Alan Araújo, chefe da Defesa Civil” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os alertas são emitidos em situações de emergência, seja no período de estiagem, chuvoso ou ainda situações que mereçam algum tipo de mobilização da população, como ocorre quando há abertura de comportas da Barragem do Paranoá. “É um procedimento muito rápido; basta enviar o CEP para o número 40199. É possível cadastrar mais de um local. O mais importante é que o usuário será alertado sobre os dias ou períodos mais secos e receberá nossas orientações para amenizar os sintomas causados pelas temperaturas elevadas e umidade muito baixa”, explica o subsecretário do Sistema de Defesa Civil, coronel Alan Araújo. Só em outubro A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet) é que volte a chover no Distrito Federal apenas a partir de outubro – já são 24 dias sem chuva. “A previsão é que as temperaturas registradas durante o dia permaneçam elevadas e à noite muito frias. Na última madrugada, chegamos a registrar 9 graus. Mas não temos previsão de chuvas antes de outubro. Em alguns pontos, chegamos a perceber alguma nebulosidade, mas pode ser apenas formação de nuvens”, explica o meteorologista Olívio Bahia. O volume de chuvas foi menor neste ano, e por isso o cuidado com a saúde deve ser redobrado, de acordo com Bahia. “É importante dar muita atenção aos cuidados preventivos para evitar qualquer situação que seja necessário ir ao hospital, pois ainda estamos em uma situação de pandemia. Portanto, bebam bastante água e tomem cuidado com o sol”, alerta. Umidade A Defesa Civil classifica os níveis de umidade em três tipos: estado de atenção, quando a umidade fica entre 20% e 30% por cinco dias consecutivos; estado de alerta, com umidade entre 12% e 20% por três dias consecutivos, e o estado de emergência, declarado quando a umidade fica abaixo dos 12% por, no mínimo, dois dias consecutivos. A Defesa Civil reforça as orientações: [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ? Procure manter o corpo sempre bem-hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes; ? Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; ? Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre as 10h e as 17h; ? Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar; ? Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol; ? Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas; ? Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir; ?Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar-condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas; ? Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis, cortinas e carpetes; ? Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Dê preferência a aspiradores ou panos úmidos; ? Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar; ? Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz. Não esqueça de usar máscara de proteção individual, importante neste período para evitar o contágio pelo novo coronavírus. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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Defesa Civil alerta para cuidados no período de estiagem
Com umidade marcando 30%, como ocorreu nas horas mais quentes no último final de semana, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), chama atenção para os cuidados com a saúde e o meio ambiente neste período. O Distrito Federal ainda não atingiu os níveis mais críticos do período de estiagem, mas a baixa quantidade de chuvas neste mês de maio, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é um alerta para os próximos meses, a partir de junho até meados de outubro, quando a massa de ar seco se estabelece no centro do país. A Defesa Civil classifica os níveis de umidade em três tipos: estado de atenção, quando a umidade fica entre 20% e 30% por cinco dias consecutivos; estado de alerta, com umidade entre 12% e 20% por três dias consecutivos e o estado de emergência, que é declarado quando a umidade fica abaixo dos 12% por, no mínimo, dois dias consecutivos | Foto: Divulgação / Brasília Ambiental “Ainda não estamos registrando temperaturas muito altas, mas os cuidados, principalmente com crianças e idosos, devem ser redobrados”, avalia o subsecretário do Sistema de Defesa Civil, coronel Alan Araújo. De acordo com o subsecretário, é essencial que a população adote medidas para amenizar as sensações causadas pelo período de estiagem. “O mais importante é ingerir bastante água durante todo o dia. Os exercícios físicos também já podem ser evitados no horário entre 10h e 16h. O Distrito Federal não se encontra no período crítico da seca, quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 30% por no mínimo três dias consecutivos, mas que os cuidados já podem entrar na rotina dos brasilienses”. [Olho texto=”Para receber os alertas da Defesa Civil é necessário fazer um cadastro prévio, enviando o CEP para o número 40199″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Defesa Civil classifica os níveis de umidade em três tipos: estado de atenção, quando a umidade fica entre 20% e 30% por cinco dias consecutivos; estado de alerta, com umidade entre 12% e 20% por três dias consecutivos e o estado de emergência, que é declarado quando a umidade fica abaixo dos 12% por, no mínimo, dois dias consecutivos. É indicado utilizar vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água para umidificar os ambientes e ficar atento aos alertas da Defesa Civil. “É importante ter cuidado com as bacias de água e colocá-las em locais adequados, evitando assim um acidente. Pois o morador pode não se atentar. No período da noite é melhor optar pelos umidificadores”, completa o subsecretário. A Defesa Civil envia mensagens, por SMS, à população destacando a importância de tomar os devidos cuidados neste período. Para receber os alertas é necessário fazer um cadastro prévio, enviando o CEP para o número 40199. Orientações importantes ? Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes; ? Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; ? Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h; ? Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar; ? Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol; ? Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas ? Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir; ? Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas; ? Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes; ? Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Dê preferência para aspiradores ou panos úmidos; ? Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar; ? Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz. Não esqueça de usar máscara de proteção individual, importante neste período para evitar o contágio pelo novo coronavírus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os cuidados para evitar incêndios florestais também devem ser lembrados neste período. “Não utilize fogo para limpar terrenos ou pastagens. Caso queira fazer algum aceiro, procure a orientação do CBMDF. Sempre que avistar alguma fumaça ou incêndio na vegetação, ligue 193 e informe o endereço do local e um ponto de referência”, explica o Comandante do Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram), Tenente-Coronel Hugo Aritomo Sette Silva. Outro canal para informar sobre a ocorrência de incêndios florestais é o telefone do Grupamento, o 3901-2930. *Com informações da SSP/DF
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Brasília Ambiental vai contratar brigadistas florestais
[Olho texto=””Já elaboramos a minuta do edital. A contratação está prevista para junho. Pretendemos contratar 145 brigadistas para atuarem durante o período de estiagem neste ano”” assinatura=”Ricardo Roriz, superintendente de Administração Geral do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em atenção ao Decreto nº 41.783, que determina estado de emergência ambiental no âmbito do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha destinou crédito suplementar, no valor de R$ 3 milhões, para ser utilizado pelo Instituto Brasília Ambiental na contratação temporária de brigadistas florestais, aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de ferramentas necessárias para prevenção e o combate a incêndios florestais nas unidades de conservação do DF. O superintendente de Administração Geral do instituto, Ricardo Roriz, avalia que é uma excelente notícia para a preservação do meio ambiente. “Já elaboramos a minuta do edital. A contratação está prevista para o mês de junho. Pretendemos contratar 145 brigadistas para atuarem durante o período de estiagem neste ano”, disse. Interessados em participar do processo seletivo devem ficar atentos à abertura do edital para contratação, no site do instituto | Foto: Arquivo/Agência Brasília O recurso, explica o gestor, também será utilizado para a compra de ferramentas agrícolas utilizadas no combate a incêndios, como roçadeiras, sopradores e abafadores. Estudos demonstram a efetividade da adoção de medidas preventivas. “A gente consegue perceber que é fundamental essa atividade preventiva na redução do número de focos de fogo e a dimensão das áreas queimadas”, destacou. Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os interessados em participar do processo seletivo devem ficar atentos à abertura do edital para contratação, no site do instituto, bem como precisam preencher a qualificação necessária. Exige-se curso de brigadista florestal, ministrado por entidade competente. As medidas adotadas pelo instituto integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal (Ppcif), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que determina a execução de medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos dos incêndios florestais, no período de seca. “As questões ambientais sempre tiverem, por parte do governo, atenção especial na preservação deste rico bioma que é o cerrado de Brasília”, ressaltou o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. O Ppcif funciona como um sistema de parcerias institucionais que visam proteger o cerrado. O plano conta com uma estratégia de ação própria e possui como princípios a integração e a cooperação mútua entre as instituições que o compõem. * Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Calor em excesso faz mal
Tanto o calor quanto a baixa umidade do ar geram diversas consequências para o corpo humano. As pessoas devem ficar hidratadas o tempo todo. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Uma onda de calor atingiu em cheio o Distrito Federal nesta semana e fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir um alerta vermelho chamando a atenção para o risco de morte por hipertermia, condição caracterizada pela perda da capacidade de controle da temperatura corporal em função das altas temperaturas. Nesta quinta-feira (8), o DF registrou o dia mais quente do ano, com registro de 37,3ºC no Gama. Às 15h, os termômetros no Plano Piloto marcaram 36,5ºC, recorde histórico para a região. Juntamente com o calor, os dias também apresentam umidade relativa do ar muito baixa, que registrou 13% na quinta. Tanto o calor quanto a baixa umidade do ar geram diversas consequências para o corpo humano. Em entrevista à Agência Brasília, a médica e especialista em alergia e imunologia do Hospital de Base, Marta Guidacci, explica quais são os principais sintomas da hipertermia e das doenças respiratórias relativas à baixa umidade, como se proteger e o que fazer em casos mais graves. Confira abaixo os principais trechos da entrevista: Quais são os principais sintomas da hipertermia? Olhos bastante avermelhados, as narinas bastante ressecadas, algumas apresentando sangramentos nasais, os lábios extremamente ressecados, a pele muito seca, às vezes com coceira. Tem pessoas que apresentam dermatites (inflamação na pele) que também podem sangrar. Há pacientes com urticária ao calor ou ao suor, também podendo apresentar lesões de pele devido ao aumento de temperatura. Algumas pessoas também podem ter aumento de pressão arterial, tontura, dor de cabeça, até podendo desmaiar. E desidratação, principalmente em crianças e idosos. Existe mesmo risco de morte por hipertermia? Existe, e por isso é necessário fazer toda a prevenção. As pessoas que podem ficar mais em casa, que têm ar-condicionado, é importante ficar nesses ambientes mais climatizados. A hipertermia vem por meio da exposição solar, principalmente entre 10h e 17h. [Olho texto=”A recomendação é hidratar o nosso corpo. Ingestão de líquidos, no mínimo dois litros por dia, além de hidratar os olhos, as narinas e os lábios, evitar banhos quentes, evitar a utilização excessiva de sabonetes, que removem a oleosidade da nossa pele, e também de buchas.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Como conciliar a alta temperatura com a prática de esportes? É recomendado praticá-los ou em ambientes fechados ou ao ar livre até antes das 10h e só depois das 17h, sempre levando uma garrafinha d’água e passando protetor solar, usando bonés ou chapéus. Como podemos nos prevenir dos sintomas da hipertermia? Ingerindo líquidos, tais como água, sucos naturais, água de coco. Não vou incluir as bebidas alcoólicas nem as gasosas. Devemos aliar isso a uma alimentação mais saudável, evitando fast-foods e alimentos muito condimentados. Evitar também ambientes abertos com muita exposição solar, por isso a melhor forma de prevenção à hipertermia é ficar em casa. E quais são as recomendações para dias de calor intenso? A recomendação é hidratar o nosso corpo. Ingestão de líquidos, no mínimo dois litros por dia, além de hidratar os olhos, as narinas e os lábios, evitar banhos quentes, evitar a utilização excessiva de sabonetes, que removem a oleosidade da nossa pele, e também de buchas. Quais são os principais efeitos do calor no organismo humano? Principalmente a desidratação. Se a pessoa está apresentando muita tontura, até desmaiando, a gente tem que prestar atenção, inclusive checando a pressão arterial. Além disso, o calor deixa as pessoas mais prostradas, sentindo mais fraqueza e desânimo. O aumento da temperatura externa diminui a quantidade de líquido no organismo, por isso a importância de nos hidratarmos melhor, principalmente as crianças e idosos. Como diferenciar febre de hipertermia? Toda vez que o paciente achar que ele está com aumento da temperatura corporal, é necessário medir. Se ela estiver acima de 37,7ºC, já é considerado um quadro febril. Agora, muitas pessoas podem estar com outros sintomas e temperatura corporal em 37ºC, isso não é considerado febre. Quais os riscos de uma onda de calor aliada à baixa umidade relativa do ar? Muitas pessoas acham que a baixa umidade é ruim para o paciente que tem asma ou rinite alérgica. Os principais fatores desencadeantes das alergias respiratórias são os fungos e ácaros. Quanto menor a umidade, menos eles se proliferam, mas a gente também tem que pensar também nos fatores irritativos das mucosas do nariz e das vias aéreas. Por isso, temos que redobrar a atenção para as hidratações. Paciente que tenha dermatite atópica ou de contato, que são doenças alérgicas também, têm que redobrar o cuidado com a pele. É importante ingerir líquidos, como sucos naturais e água. E ter alimentação saudável, evitando alimentos muito condimentados. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As queimadas que ocorrem nesta época do ano também podem gerar consequências para o organismo humano? Gostaria de chamar muito a atenção também para a questão das queimadas que estão acontecendo. Pensando nas pessoas que são alérgicas, realmente esses incêndios e suas consequências pioram as vias aéreas superiores e inferiores, podendo piorar condições de rinite, conjuntivite alérgica e até crises de asma. A fuligem proveniente dessas queimadas pode ser prejudicial até para pessoas que não possuem doenças respiratórias. Para aliviar o calor, muitas vezes as pessoas procuram ficar em ambientes climatizados por ar-condicionado. Sair de um ambiente frio e entrar em contato com o calor é prejudicial? Isso não é bom. Inclusive existe um tipo de rinite chamada vasomotora, que ocorre por alteração brusca de temperatura. Às vezes estamos em um ambiente muito gelado, climatizado a 17ºC, e saímos para a rua e lá fora está mais de 30ºC. Então, essa mudança muito brusca de temperatura não é boa. O ideal é parar em algum local e fazer uma climatização rápida, para depois enfrentar o aumento de temperatura com mais segurança. O que fazer caso a pessoa apresente sintomas de alergia ou de hipertermia? Quais unidades de saúde ela deve procurar? Para casos respiratórios, temos no DF centros de referência tanto para pacientes asmáticos quanto alérgicos, adultos ou crianças. No entanto, as pessoas devem passar primeiro por uma unidade básica de saúde (UBS), e de lá ele será encaminhada, dependendo dos sintomas, para os centros de referências de asma ou de alergia. Agora, se o paciente está apresentando tontura, lábios secos, olhos secos ou narinas sangrando, aí é melhor procurar uma unidade de pronto atendimento (UPA). Evitar ao máximo ir a um hospital. Vá para a UPA mais próxima da sua casa e lá a pessoa terá atendimento e, se necessário, o médico poderá encaminhar para um hospital.
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Refresco para os animais do zoológico de Brasília
Chocolate, o elefante-africano, toma banho de mangueira de caminhão-pipa: alívio em dia de umidade baixa | Fotos: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Temperaturas altas e umidade relativa do ar na casa dos 10%. Esse é um cenário típico com que moradores do DF precisam lidar nos períodos de seca. Apesar de os animais do Zoológico de Brasília terem à disposição recintos bem-ambientados para qualquer estação do ano, a equipe técnica da instituição intensifica as atividades de bem-estar da população local durante o período de estiagem no Cerrado. Assista ao vídeo: Banho de caminhão-pipa, picolé, piscina com temperatura ambiente e frutas geladas são alguns dos cuidados extras durante esse período. Na tarde desta quarta-feira (7), foi a vez de um personagem ilustre ganhar um banho amigo: o elefante-africano (Loxodonta africana) Chocolate. Apesar das altas temperaturas, essa espécie é adaptada à temperatura alta e sobrevive bem ao clima seco. “Lá [na África], eles estão acostumados com o calor”, explica o biólogo Thiago Marques. “O que a gente faz aqui é uma atividade diferente da rotina dele, para oferecer algo de novo e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar do animal.” Essa espécie é bem-adaptada a altas temperaturas, mas água extra sempre cai bem Tratamento diferenciado Os cuidados com os animais ocorrem nas épocas de picos de temperatura, mas podem ser intensificados, a depender de cada espécie. De acordo com a bióloga supervisora de condicionamento animal Fernanda Vasconcelos, cada animal do Zoológico tem um cronograma de atividades para manter a saúde. “No calor, a maioria dos animais recebe picolés de frutas, de acordo com a dieta de cada um, justamente para amenizar a temperatura alta”, relata. “Já no frio, cobertores são colocados nos recintos para que os animais possam ter estabilidade na temperatura corporal – mas vale lembrar que os recintos já são projetados tanto para proteger os animais do frio, com casinhas de madeira, quanto do calor, com áreas sombreadas, aspersores de água e piscinas.” * Com informações do Zoológico de Brasília
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Chuvas vão aliviar a seca, mas consumo de água deve se manter consciente
Apesar de o início da primavera marcar a proximidade com as chuvas no Distrito Federal, a capital ainda passa por um longo período de estiagem, de temperaturas elevadas e de baixa umidade do ar. Além dos efeitos sentidos pelos moradores, é importante lembrar que a falta de chuvas reduz a quantidade de água nos córregos e rios. Embora os níveis dos lagos Descoberto e Santa Maria estejam acima da média em 2020, a atenção deve se voltar para os sistemas de abastecimento que atendem as regiões de Sobradinho, Planaltina, São Sebastião, Jardim Botânico e Brazlândia. Esses sistemas dependem de captações a fio d’água (sem reservatório de acumulação) e poços tubulares profundos. As captações de água dessas localidades mais ao Nordeste e ao Leste do DF são conhecidas como “Pequenas Captações” e são mais vulneráveis ao período de estiagem, pois estão localizadas em rios com baixas vazões e, portanto, com reduzida disponibilidade hídrica. Os pontos de captação Capão da Onça e Barrocão ficam na região de Brazlândia. Contagem, Paranoazinho e Corguinho na região de Sobradinho. Já as captações do Fumal, Mestre D’Armas, Quinze, Brejinho e Pipiripau estão localizadas na região de Planaltina. No caso da cidade de São Sebastião, o abastecimento é realizado principalmente por poços tubulares profundos que também ficam submetidos à baixa disponibilidade hídrica nos períodos de seca. Obras As obras realizadas no ramal principal e nos oito canais secundários do Santos Dumont vão contribuir na redução do índice de perdas de água. Foto: Renato Alves / Agência Brasília A Caesb tem atuado para melhorar no abastecimento dos moradores de Planaltina e Sobradinho. Neste mês foram entregues as obras de revitalização do sistema de canais de irrigação Santos Dumont, na região Norte de Planaltina, que utilizam a água do Ribeirão Pipiripau. As obras realizadas no ramal principal e nos oito canais secundários do Santos Dumont vão contribuir na redução do índice de perdas de água e ampliar a disponibilidade hídrica para os produtores rurais e os moradores das cidades de Planaltina e de Sobradinho. As perdas da água do canal agora passam a integrar o sistema de abastecimento de Planaltina e Sobradinho. O projeto de revitalização do Canal Santos Dumont vem sendo desenvolvido há mais de cinco anos. A reestruturação dos canais secundários começou em 2019 utilizando cerca de 7.600 metros de tubulações fornecidas pela Caesb. Já nas obras da tubulação no canal principal, que iniciaram em junho de 2020, foram instalados aproximadamente 9.900 metros de tubos com diâmetros entre 800 e 250 mm. Com 18 km de extensão, o canal foi construído em 1984 e começou a ser operado em 1989. Ele corre paralelo à rua principal do núcleo rural e tem oito ramais. Foi realizado um investimento total de R$ 5 milhões, sendo R$ 3,2 milhões do valor resultante do saldo da Tarifa de Contingência cobrada dos usuários durante a crise hídrica, e mais R$ 1,8 milhão arrecadado pela cobrança do uso dos recursos hídricos, destinado pelo Comitê de Bacia do Paranaíba. Uso racional da água Embora este ano tenha apresentado boa precipitação, os moradores não podem descuidar das medidas que evitam o desperdício de água. Confira algumas dicas simples do site da Caesb para contribuir para uma sociedade mais sustentável. Para se ter ideia, um banho de vinte minutos, por exemplo, desperdiça, em média, 130 litros de água. Mais do que os 110 litros recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para uso diário por pessoa para necessidades de consumo e higiene. Uma torneira aberta continuamente durante três minutos tem um gasto de 18 litros de água. Ao escovar os dentes recomenda-se fechar a torneira e só abrir quando for enxaguar a boca. Na lavagem da louça, a atitude deve ser a mesma. Com a torneira aberta continuamente, o gasto médio é de 240 litros. Abrindo e fechando a torneira, o gasto cai para 70. Uma torneira mal fechada desperdiça 46 litros por dia. Uma correndo em filete gasta 180 a 750 litros. Já uma aberta normalmente pode gastar até 12,5 mil litros de água por dia. Uma descarga comum gasta de sete a 10 litros de água. É necessário sempre observar se a válvula está regulada, se não há furos nos canos e as torneiras da casa estão bem fechadas. Ao limpar calçadas, a melhor opção é varrer a sujeira ao invés de utilizar mangueiras, reduzindo assim o uso inadequado de água potável. Outra opção de economia é utilizar a água da lavagem de roupas para fazer esse tipo de limpeza. Uma medida que pode contribuir para o aspecto ambiental e econômico é a instalação de hidrômetros individualizados. O hidrômetro individual é um grande avanço nas questões condominiais, pois além de reduzir o desperdício de água, faz uma cobrança justa pelo consumo real de cada unidade habitacional. A medição individualizada incentiva o consumo responsável de água e propicia mais atenção aos aspectos de manutenção das instalações hidráulicas, pois em caso de problemas como vazamentos, há um aumento da conta mensal individual induzindo o morador a tomar providências imediatas. Confira mais dicas para uso consciente da água: https://www.caesb.df.gov.br/images/arquivos_pdf/Economizar-Agua5.pdf https://www.caesb.df.gov.br/images/campanhas/campanhaagua/10Dicas.consciencia10.pdf * Com informações da Caesb
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Brigadistas reforçam trabalho contra incêndios florestais
Brigadistas reforçam o aprendizado com cursos extras: todos na linha de frente no combate aos incêndios florestais | Foto: Divulgação Com um mês marcado por altas temperaturas, umidade relativa do ar baixa, aumenta a possibilidade de incêndios florestais no DF – e o Instituto Brasília Ambiental está preparado para enfrentar os desafios da seca. “Estamos com 145 brigadistas, distribuídos em dez bases e seis postos avançados no DF, prontos para atuar em qualquer foco de incêndio que ocorra nos parques e unidades de conservação, sob nossa administração”, informa o diretor de prevenção e combate a incêndios florestais do órgão, Pedro Paulo Cardoso. As bases das brigadas estão localizadas nos parques Veredinha (Brazlândia), Recreativo do Gama (Prainha) e Lago do Cortado (Taguatinga), e ainda em Riacho Fundo, Águas Claras, Ezechias Heringer (Guará), Lago Norte, Paranoá, Sede do Brasília Ambiental e Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae). Já os postos avançados ficam nos parques Três Meninas (Samambaia), Saburo Onoyama (Taguatinga), Jardim Botânico de Brasília, Ermida Dom Bosco (Lago Sul), Olhos d`Água (Asa Norte) e Jequitibás (Sobradinho). As brigadas que se encontram nas bases contam com cinco a seis combatentes por dia. Nos postos avançados, são dois brigadistas por dia, e na Esecae, 14. Trabalho intenso Os brigadistas foram selecionados e contratados pelo Brasília Ambiental no início de julho. Já atuaram na fase de prevenção, construindo aceiros nas unidades ecológicas consideradas mais vulneráveis. Ao todo, foram feitos 25 aceiros mecânicos e apoiados vários aceiros negros. A função do aceiro, de um modo geral, é retirar o material combustível – no caso, o mato seco –, impedindo que o fogo pegue ou se alastre. O diretor ressalta que o trabalho da brigada será mais intenso agora, no período crítico da seca. Por isso, explica, o processo seletivo dos brigadistas é bem rígido. “Para a pessoa ser um brigadista, tem que ter experiência, currículo bem-focado na área”, explica. “Todos os nossos brigadistas têm uma bagagem de combate a incêndios consolidada, e a cada dia estão aperfeiçoando mais esta experiência”. Segundo Pedro Cardoso, muitos brigadistas reforçam a preparação no decorrer do contrato de trabalho com o instituto. Este ano, os supervisores de brigada fizeram o curso básico de Sistema de Comandos de Incidentes (SCI), ferramenta norte-americana que, desde a década de 1970, organiza o atendimento ao incidente, definindo funções. Oferecido em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, que coordena o Programa de Prevenção e Combate a Incêndios (Ppcif) do DF, o curso foi feito junto ao Corpo de Bombeiros. “Sempre contamos com o apoio deles [bombeiros]”, informa o diretor. “Somando forças, conseguimos atingir o objetivo, que é diminuir o máximo possível a área queimada no DF”. [Olho texto=”“Somando forças, conseguimos atingir o objetivo, que é diminuir o máximo possível a área queimada no DF”” assinatura=”Pedro Cardoso, diretor de prevenção e combate a incêndios florestais do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”centro”] Prevenção é importante A superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água, Rejane Pieratti, endossa o alto nível de preparo do Brasília Ambiental para enfrentar a seca, especialmente neste mês, mas ressalta que, se combater o incêndio florestal é fundamental, preveni-lo é de extrema importância. Rejane lembra que a maior parte dos incêndios florestais tem como causa ações humanas negligentes ou até criminosas. “A negligência ocorre quando são feitas limpezas de terrenos vizinhos aos parques, com colocação de fogo no mato seco e lixo, e esse fogo se alastra e atinge áreas dos parques”, exemplifica. Há casos mais graves, pontua ela. “Tem pessoas que, mesmo sabendo que é proibido, fazem churrascos nos parques, o que leva perigo a esses espaços ecológicos”, exemplifica. “Outras jogam guimbas de cigarros nos caminhos que existem dentro dos parques. Há ainda quem utilize os parques para desmanche de carro roubado e queime o veículo para sumir com as provas. De tudo isso temos registros, infelizmente”. Por todas essas situações, a gestora pede consciência à população de que os parques são espaços ecológicos, de uso público, razão pela qual precisam contar com o cuidado de todos que os frequentam. Tanto quanto o diretor do Brasília Ambiental, Rejane lembra que qualquer foco de incêndio deve ser comunicado, em tempo hábil, pelos telefones 193 ou 99114-7202 – este último, apenas quando o fogo ocorrer dentro de um parque ou unidade de conservação. Para comunicar ocorrências em parques ou unidades, também é possível enviar mensagens e/ou fotos via whatsapp, de preferência com a localização do foco.
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Seca e calor agravam até a chegada das chuvas
| Foto: Paulo H. Carvalho O Distrito Federal tem apresentado baixa umidade do ar e temperaturas elevadas. Nesta sexta-feira (11/09), os termômetros registraram o dia mais quente deste ano, com índice de umidade relativa do ar de 10%. Com a situação crítica, a Defesa Civil emitiu sinal de alerta na capital da República. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na Ponte Alta do Gama a temperatura máxima chegou a 33,1°C e, na área central de Brasília, a 31,3°C. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia, neste sábado (12), as temperaturas variam entre 18° e 30º e a umidade entre 40% e 15%. No domingo, 15° e 30º e 70% e 20% de umidade. Conforme o subsecretário da Defesa Civil, coronel Alan Alexandre Araújo, a tendência é de que o índice permaneça baixo até a chegada da chamada “chuva do caju”. “Ao final do inverno para início da primavera, normalmente temos esse período, que é quando temos frutos nos pés, quando chove o suficiente para brotar nos cajueiros as primeiras flores frutos”, explica o coronel. A orientação da Defesa Civil é de que as pessoas se mantenham hidratadas, fazendo bastante ingestão de água e evitando exposição ao sol. Agosto mais quente O mês de agosto há quase dez anos se revela como o mais quente do ano para a população do Distrito Federal. Em 2020, não foi diferente. Estado de alerta declarado, oscilação recorde de temperatura e desconforto para o brasiliense, que sofre com o calor e a baixa umidade. A constatação vem dos números dos boletins de temperatura e umidade do ar do Instituto Brasília Ambiental, divulgados mensalmente para conhecimento da população. Agosto registrou números extremos de temperatura no Gama. No dia 27, os termômetros apontaram 6,5°C na região. Já no dia 19, acusaram 33,2°C. Índices nada comuns para a capital federal. A umidade caiu a 11% em algumas regiões. E além disso, de 2013 em diante, o mês sempre esteve acima da média de temperatura calculada pelos meteorologistas para essa época de seca e final do inverno. E não pára por aí. É possível afirmar que em 2016 tivemos o mês 8 mais quente em quase 40 anos (desde 1981). Naquele ano, a temperatura máxima esteve sempre três graus acima da média. “Já são oito anos que agosto apresenta temperaturas máximas acima da normal climatológica (média do período estudado). Às vezes, nossa memória é fraca mas realmente é uma época crítica”, lembra o analista do Ibram e meterologista, Carlos Rocha. Ele é um dos responsáveis pelos cadernos lançados pelo Instituto. Professor e pesquisador da UnB, o geógrafo Rafael Franca explica que o bioma cerrado favorece a amplitude térmica e em tempos de seca há um aumento na pressão atmosférica. “É natural que isso tudo seja consequência da estiagem no DF. Mas vale lembrar que tivemos um aumento de 1 grau na temperatura do planeta”, informa. “Na região oeste do Estados Unidos, por exemplo, observamos um estado em que um dia a temperatura alcançou quase quarenta graus e no outro nevou”, exalta Franca. Árvores e parques em abundância É sabido que o plantio de árvores, a vegetação em abundância e o não às queimadas são medidas importantes para enfrentar o aquecimento, que é também global. Nesse caso, GDF está no caminho certo e não economiza nas árvores. Segundo a Novacap, de janeiro até o momento foram plantadas 35 mil em todas as regiões administrativas. De acordo com Raimundo Silva, chefe do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, se não fosse essa arborização, Brasília seria um deserto. “Temos aqui um clima de deserto, com temperaturas que variam de 14° a 35º em um mesmo dia. A floresta urbana que temos é benéfica e amplia a sensação de unidade”, afirma o chefe da DPJ. Raimundo afirma que a meta é plantar mais 120 mil mudas até o início de 2021 em todo o DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em Taguatinga, a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) ganhou em janeiro o apelido de IpêTG. A companhia urbanizadora plantou duas mil mudas do vistoso ipê amarelo que logo vão ajudar no controle climático da região. Em todo o DF, são aproximadamente 5 milhões de árvores – recorde em todo o país. “As árvores, dentre tantos outros benefícios, fazem uma regulação climática muito eficiente. Deixam o ar mais úmido, trazem a sombra e são fundamentais nesse controle da temperatura”, aponta o engenheiro agrônomo da Emater, Sumar Magalhães. Os parques também não ficam pra trás. A atual gestão reformou 12 deles de um total de 20 regularizados nos últimos anos. Ontem (11), por sinal, foi entregue a primeira etapa das obras do Parque Ecológico do Tororó. Exatamente, no Dia do Cerrado. Conservação da água A Emater também trabalha com projetos voltados para a compensação ambiental. Um deles é o “Produtor de Água no Pipiripau”. “Orientamos principalmente a população rural a evitar o desmatamento, incentivamos o plantio de árvores e o manejo e conservação da água e do solo. O solo é um grande reservatório de água que temos”, destaca Magalhães. Contribuições importantes para enfrentar altas de temperatura tão comuns em todo o Brasil, os boletins climáticos, para quem gosta de entender o tempo, estão disponíveis no portal do Brasília Ambiental. São três modalidades: de temperatura, de umidade relativa do ar, e o de precipitação (edição somente nos meses chuvosos, no caso a partir de novembro). O endereço é o: www.ibram.df.gov.br
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Bombeiros reforçam ações de prevenção aos incêndios florestais
Bombeiros intensificam as ações por meio de parceria com órgãos ambientais do GDF. População pode ajudar| Foto: Divulgação/CBMDF O número de incêndios florestais aumenta consideravelmente nos meses de agosto e setembro, quando o DF passa pela fase mais crítica do período de estiagem. É nesse período que o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) se mobiliza em vários atendimentos. São 237 militares e 33 viaturas destinados a atendimentos emergenciais. Somente entre os dias 1º e 8 deste mês, a corporação atendeu 270 ocorrências. Já no acumulado de janeiro ao início de setembro, foram registradas 4957 ocorrências relacionadas a fogo, com áreas queimadas equivalentes a 13.326 hectares. Em todo o ano passado, esses registros apontam 10.273 ocorrências e 16.177 de áreas queimadas. [Numeralha titulo_grande=”13.326 hectares” texto=”Total de áreas queimadas de janeiro ao início deste mês ” esquerda_direita_centro=”centro”] “Estamos com a umidade muito baixa e temperaturas muito elevadas”, alerta o comandante do Grupamento Especializado em Proteção Ambiental (Gepram), tenente-coronel José Genilson. “Ano passado, tivemos um número bem inferior de incêndios, o que contribuiu para o aumento da vegetação neste ano. Desta forma, com muita vegetação, consequentemente, o fogo se alastra mais”. Operação Verde Vivo Também é nesse período que o CBMDF deflagra a quarta das cinco fases da operação Verde Vivo. A primeira etapa foi entre abril e maio, quando a corporação, juntamente com representantes da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), atuou na conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais, onde habitualmente há mais focos de incêndios. Na segunda fase, denominada Combate Inicial, os bombeiros são capacitados para atuar no combate a incêndios no Cerrado. Na terceira fase – Combate Intermediário –, entre 1º de julho e 31 de agosto, intensifica-se a atuação. O encerramento da operação, esclarece o comandante do Gepram, pode variar, dependendo do início da temporada de chuvas. “A quinta e última fase, quando ocorre a desmobilização gradual das equipes destacadas para queimadas, está prevista para novembro, mas pode começar mais cedo, caso as chuvas iniciem”, explica o tenente-coronel José Genilson. Porém, ele adverte: “Estamos diante de um cenário bastante crítico”. Treinamento Nesta semana, o CBMDF empreendeu exercício simulado de ocorrência de incêndio florestal de grande proporção. Participaram 109 militares. O objetivo foi condicionar os militares envolvidos na operação Verde Vivo 2020 a atuar de maneira adequada em incêndios que ultrapassam a capacidade de resposta ou atinja mais de 100 hectares. O simulado ocorreu na Floresta Nacional (Flona), com a participação de oito viaturas operacionais e três de apoio. Cento e nove militares participaram do exercício. Estrutura Além das viaturas, o grupamento conta com o apoio do helicóptero e da aeronave da corporação. “Utilizamos o helicóptero para sobrevoar a área queimada e definir a melhor estratégia para atuar no incêndio, e também para levar os combatentes a lugares de difícil acesso com viaturas”, explica Genilson. “Eles descem da aeronave com os equipamentos, como abafadores e sopradores, para atuar na área queimada. O avião, que comporta até 3 mil litros de água, utilizamos em incêndios de grandes proporções”. O comandante do Gepram alerta ainda sobre os cuidados com a fumaça durante o incêndio, mesmo que esteja controlado. “A fumaça tóxica pode prejudicar a saúde, principalmente daqueles que já têm algum problema respiratório, como asma”, frisa. “É importante, caso sinta o cheiro ou aviste um incêndio, fechar as janelas e ventilar a casa, para melhorar o ar interno. Somente se deve permanecer no interior da residência se as chamas não estiverem próximas e não oferecerem riscos”. Prevenção e parcerias As ações de prevenção aos incêndios florestais começaram ainda no primeiro semestre de 2020. Em abril, o governador Ibaneis Rocha publicou decreto declarando estado de emergência ambiental no DF, uma medida importante para a mobilização de pessoal e uso de equipamentos do governo no combate a incêndios. Quem está à frente desse trabalho é a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), por meio da coordenação do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), executado em parceria com 17 instituições e órgãos do DF, entre eles o CBMDF. “Desenvolvemos um amplo trabalho preventivo com abertura de aceiros em torno dos parques e também a queima controlada nos parques e unidades de conservação mais vulneráveis a incêndios”, conta o secretário de Meio Ambiente, José Sarney Filho. “O combate ao fogo conta com a importante parceria dos bombeiros.” O secretário também ressalta a participação fundamental dos brigadistas. “O Ibram [Instituto Brasília Ambiental] contratou 148 brigadistas que foram distribuídos nas áreas”, informa. “Agora entramos no período seco, e os cuidados devem se intensificar”. Em maio, o Ibram lançou o programa Observadores de Fumaça. O objetivo é envolver a comunidade vizinha aos parques para que, diante de qualquer princípio de fogo, seja acionado o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193. Você pode ajudar A participação da população é importante no combate às queimadas, destaca o militar. “Alguns comportamentos ainda permanecem, como fogueiras mal condicionadas ou limpeza de terreno com uso de fogo, mas percebo uma maior conscientização da população nesse sentido”, relata. Abaixo, veja algumas orientações para evitar incêndios. Não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de árvores. Após fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado. Ao identificar um incêndio, procurar um local seguro, distante do fogo e da fumaça. Ligar para o 193 e indicar o local exato do incêndio, se possível, com pontos de referência. * Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP)
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Umidade baixa: DF permanece em estado de alerta
Com temperaturas elevadas, que podem chegar a 33º, a previsão é que o Distrito Federal continue a registrar picos de baixa umidade, inferiores a 20%, nesta semana. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Desta forma, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), reforça a importância da população aumentar os cuidados com a saúde. “De acordo com o INMET, estamos há 114 dias sem chuvas e com as temperaturas elevadas, a população sente ainda mais os impactos deste período de estiagem. Por isso é tão importante dar ainda mais atenção às medidas que minimizem os impactos à saúde, como manter-se hidratado e não descuidar de crianças e idosos, que são mais frágeis”, alerta o subsecretário da Defesa Civil, coronel Alan Araújo. O DF encontra-se em estado de alerta, ou seja, com umidade abaixo de 20% por no mínimo três dias consecutivos. Há ainda dois níveis de classificação com os níveis de umidade relativa do ar: estado de emergência – abaixo de 12% por três dias consecutivos – e o estado de atenção – variação entre 30% e 20% por cinco dias. A Defesa Civil tem enviado mensagens, por SMS, à população destacando a importância de tomar os devidos cuidados neste período. Para receber os alertas é necessário fazer um cadastro prévio, enviando o CEP para o número 4019. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Desconforto respiratório Casos com sintomas respiratórios mais fortes, como dificuldade para respirar, podem ser causados pelo novo coronavírus ou por outros vírus respiratórios. “Neste casos, o paciente deve ser avaliado o mais breve pelo serviço de saúde e iniciar o tratamento necessário”, afirma o médico da Defesa Civil, José Evoide. Orientações importantes ? Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz. Não esqueça de usar máscara de proteção individual, importante neste período para evitar o contágio pelo novo coronavírus; ? Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes; ? Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; ? Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h; ? Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar; ? Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol; ? Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas ? Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir; ? Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas; ? Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes; ? Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Dê preferência para aspiradores ou panos úmidos; ? Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar; ? Não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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Seca põe DF em estado de atenção; saiba o que fazer
Há 87 dias sem chuva, o Distrito Federal permanece em estado de atenção, com umidade relativa do ar variando abaixo de 30%, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que prevê também picos de baixa umidade, a partir de setembro. Por isso, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), reforça a importância da população continuar com medidas que minimizem os impactos à saúde. Foto: Agência Brasília/Arquivo As principais recomendações são evitar a prática de atividades ao ar livre no período de 10h às 17h, banhos prolongados com água quente e muito sabonete e uso excessivo de aparelhos de ar-condicionado. E, o mais importante, aumentar a ingestão de líquidos. Crianças e idosos devem ter atenção especial, pois são os mais afetados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O médico da Defesa Civil José Evoide alerta para este período do ano, em que as condições climáticas contribuem para maior circulação de vírus respiratórios. “É importante estar atento pois os sintomas respiratórios podem não estar associado à baixa umidade e sim à infecção causada por um esses vírus. A população deve buscar orientação médica caso tenham dúvidas. Casos com sintomas respiratórios mais fortes, como dificuldade para respirar, podem ser causados pelo novo coronavírus ou por outros vírus respiratórios e devem ser avaliados o mais breve possível em um serviço de saúde”, ressalta ele. Evoide também reforça a necessidade de a população buscar orientação médica nos casos de dúvidas se a dificuldade de respirar não for causada pelo novo coronavírus ou por outros vírus respiratórios. Orientações importantes ? Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz; ? Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes; ? Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento; ? Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h; ? Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar; ? Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol; ? Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas ? Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir; ? Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas; ? Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes; ? Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Dê preferência para aspiradores ou panos úmidos; ? Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar; ? Não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção * Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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‘Doenças oportunistas’: todo cuidado é pouco em tempo de frio e seca
Clima seco e frio acentua complicações respiratórias nesta época do ano em todo o DF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê muito frio para os próximos dias no Distrito Federal. A temperatura deve oscilar na faixa dos 10 graus – nas áreas rurais, ainda menos do que isso. Apesar dos ventos gelados, a umidade relativa do ar segue ladeira abaixo, chegando à casa dos 25%. Quadro que deve piorar em setembro, quando o frio for embora e apenas a seca tomar conta do pedaço. Tanto em um cenário quanto no outro é que surgem as chamadas “doenças oportunistas”. Como as complicações respiratórias, que se proliferam com maior incidência pela população brasiliense nesta época do ano. [Olho texto=”“Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”” assinatura=”Fátima Guidacci, especialista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”centro”] As mais comuns são infecções virais, tipo gripe (exemplo da H1N1), resfriados e, agora, a Covid-19. Mas, nesta época do ano, ocorrem ainda infecções bacterianas que causam, por exemplo, sinusite, pneumonias, otite e amigdalite. Também são comuns crises de asma e rinite alérgica. O grupo de pessoas mais suscetíveis às doenças respiratórias são as crianças de até cinco anos e quem já passou dos 60, grupos que podem ter as complicações mais greves nesta época do ano. Pacientes que apresentam deficiência no sistema imunológico e doenças crônicas, como asma, também são vulneráveis. O pequeno Aleksander Maximus, de apenas 4 anos, é um exemplo de risco. Segundo a mãe dele, Luziene Moreira, 30 anos, o menino tem dificuldade de respirar normalmente. Mas, nesta época do ano, a crise aumenta. “Vim tratar a garganta dele, que está inchada”, afirmou Luziene à reportagem da Agência Brasília, enquanto esperava atendimento na Policlínica do Gama. Baixa procura À exceção da Covid-19, a maioria das doenças respiratórias tem vacina desenvolvida e já testada. Mas Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci, especialista em Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, expõe um dado preocupante: a procura por essas imunizações diminuiu consideravelmente depois que a pandemia de Covid-19 se instalou no Distrito Federal. Para Fátima Guidacci, a baixa procura de vacinas na rede pública se deve ao medo que as pessoas têm em buscar as doses nos hospitais e centros de saúde do DF, locais mais expostos ao novo coronavírus. “Infelizmente as pessoas estão com medo de sair de casa por causa do risco de contaminação”, lamentou. Mesmo assombrado com a Covid-19, reforça Fátima, o brasiliense não pode tirar os olhos e a atenção dessas outras doenças. O problema acendeu a luz vermelha na Secretaria de Saúde. Se as pessoas não se imunizarem com as vacinas para casos mais simples, como uma gripe, o número de casos de doenças respiratórias pode aumentar. Elas podem resultar em situações extremas caso não sejam cuidadas, adverte a especialista. “A gente tem medo de aumentar o número de pessoas com essas doenças respiratórias, que podem levar o paciente até a óbito”, afirma a médica, que faz um apelo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Gostaria de ressaltar a importância de tomar a vacina, principalmente com relação ao [vírus] influenza. Mas também de outras vacinas, como a de pneumonia e a de meningite. Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”, acrescenta. A especialista aconselha que pacientes alérgicos tenham ainda mais cuidado no controle ambiental. “No inverno há pico da proliferação de ácaros e fungos, que são os principais fatores desencadeantes das alergias. Então, não se deve varrer a casa, só passar pano úmidos nos móveis. Aspirar é melhor. Evitar produtos de limpeza com cheiro forte”, enumera. A aposentada Eliene Maria Oliveira de Almeida, 66 anos, reconhece o perigo e diz se prevenir com a devida frequência. “Tomo vacina todos os anos. A H1N1 eu já tomei. Eu me preocupo com a Covid-19, mas não ignoro as outras doenças”, garante.
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Adasa define curvas de referência dos reservatórios
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) publicou nesta quarta-feira (15/7) Resolução nº 13 que estabelece as curvas de referência para o acompanhamento do volume útil dos reservatórios do Descoberto e do Santa Maria, no período de junho a dezembro de 2020. O estudo serve de parâmetro para o monitoramento e manutenção da segurança hídrica nos meses de seca no DF. No ano passado, o volume útil dos reservatórios manteve-se acima dos respectivos valores de referência estipulados. Para este ano, a meta para o reservatório do Descoberto, é de volume útil de 92%, no fim de julho; 83% no período crítico de estiagem, em agosto; 57% no fim de novembro, quando começa o período chuvoso e 62% no final do ano. O estudo levou em consideração o reforço no abastecimento do sistema, a ampliação da Estação de Tratamento da Água do Gama e a transferência de até 0,5m³/s do Sistema Santa Maria/Torto para o Descoberto. De acordo com a resolução, a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) deverá operar os sistemas de modo a atender os limites estipulados nas outorgas de direito de uso de recursos hídricos. Caso os volumes fiquem abaixo do previsto, a Adasa poderá adotar medidas para a manutenção dos valores referenciados. * Com informações da Adasa
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DF entra em estado de atenção com baixa umidade
A umidade relativa do ar está há cinco dias consecutivos abaixo de 30% no Distrito Federal. Por conta disso, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), declarou nesta sexta-feira (10), estado de atenção. O orientação à população é tomar medidas que minimizem os impactos na saúde. As principais recomendações do órgão são a de evitar a prática de atividades ao ar livre no período de 10h às 17h. Aumentar a ingestão de líquidos, evitar banhos prolongados com água quente e muito sabonete e o uso excessivo de aparelhos de ar-condicionado também fazem parte das orientações do órgão. Crianças e idosos devem ter atenção especial, pois são os mais afetados neste período. Além do estado de atenção, a Defesa Civil Classifica os níveis de umidade em mais dois tipos: o estado de alerta acontece quando a umidade fica abaixo de 20% por três dias e o de emergência, após a umidade ficar abaixo de 12% por mais de dois dias consecutivos. *Com informações SSP-DF
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Não exagere na frente do computador: seus olhos agradecem
Um provérbio árabe diz: “Somos mais parecidos com o nosso tempo do que com nossos próprios pais”. Para entender o nosso tempo agora é preciso, primeiro, compreender as razões para o fato de que as crianças e adolescentes sejam tão reféns do mundo virtual e das telas de aparelhos eletrônicos. E esse vício tem causado pelos menos um efeito colateral: problemas precoce de visão. A oftalmologista Núbia Vanessa Lima, referência técnica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, conta que tem percebido na rede pública clínica-hospitalar uma onda de miopia por conta do uso contínuo desses aparelhos. “Na pandemia, por exemplo, as pessoas estão em casa usando muito computador e celular. E as crianças ainda têm aulas online, o que ocasiona queixa visual, com olhos secos e dor de cabeça”, observa. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Nesta sexta-feira (10), data que em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Ocular, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia divulgou um alerta sobre os riscos que o tempo excessivo em frente de computadores e outros dispositivos tecnológicos. A entidade diz houve um aumento de 39% de diagnósticos de miopia em crianças. Pior. Essa faixa etária de pessoas estão desenvolvendo estrabismo pelo uso de navegações online. A preocupação de especialistas é de que, durante o período de exposição ao universo cibernético, o usuário se esquece de piscar os olhos, ação que lubrifica a córnea. O que causa irritação, vermelhidão e visão lacrimejante, provocando coceira. “O ideal é a gente tentar ponderar atividades que fazem mover os olhos para perto ou longe”, orienta a oftalmologista Núbia Vanessa, que tem doutorado e pós-doutorado no assunto. “O certo é exercitar as retinas, olhar para o movimento da rua, uma árvore, o horizonte. Se ficarmos muito tempo com o olho contraído para perto, vai ocasionar dor de cabeça e miopia”, constata. Outras dicas para incentivar o brasiliense a se prevenir contra problemas visuais, sobretudo em tempos de seca (período propício a alergias) e frio no cerrado, é lavar sempre as mãos, dormir pelo menos oito horas por dia e usar sempre colírios recomendados por médicos. Higiene é fundamental: mãos sujas nos olhos aumenta o risco de contrair, por exemplo, conjuntivite. A combinação entre frio e seca fez os atendimentos no Serviço Oftalmológico da Secretaria de Saúde aumentarem em 2018, 25%. As principais causas são alergias e falta de lubrificação ocular. “Na época da seca o olho fica mais sensível a desenvolver alergias por causa da poeira e partículas”, alerta Núbia Vanessa. “Nos dois casos, tanto da seca quanto do frio, o uso do colírio lubrificante seria recomendado para quem fica com muita coceira e vermelhidão. E é antialérgico”, ensina a médica. Uma observação pertinente: os remédios para esses casos devem ser prescritos por oftalmologista, para que fique evidenciado que é mesmo uma alergia ou apenas a diminuição da lágrima pela umidade baixa por conta da secura. “Não se deve usar colírios de forma indiscriminada. Eles podem causar doenças pelo uso prolongado”, recomenda a oftalmologista do GDF. “Tudo tem que ser prescrito por um médico. Do contrário, podem causar doenças como catarata ou glaucoma”, reforça. [Olho texto=”Não se deve usar colírios de forma indiscriminada. Eles podem causar doenças pelo uso prolongado” assinatura=”Núbia Vanessa Lima, oftalmologista ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As doenças mais comuns dos olhos, segundo a especialista em olhos da Secretaria de Saúde do GDF, são miopia, hipermetropia (dificuldade de ver perto, por conta do uso de equipamentos eletrônicos), catarata, conjuntivite, retinopatia diabética e glaucoma. Doença hereditária, há vários tipos de glaucoma – e esta patologia ocular específica caracterizada pela pressão dentro do olho é a primeira causa de cegueira no mundo. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftamologia, a estimativa é que, em 2020, 3,2 milhões de pessoas devam ficar cegas devido a este problema. A projeção para 2040 é de 111,8 milhões de casos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] No DF, existe a distribuição de colírios para essa doença pela Farmácia de Alto Custo, desde que o paciente esteja devidamente examinado, apresente os laudos e os relatórios. “É uma doença tratada com colírios, tratamento clínico ou mesmo cirurgia”, explica Núbia Vanessa. Quase todas hospitais regionais do DF têm atendimento para essa especialidade. Devido à pandemia do coronavírus, este ano não haverá nenhuma ação preventiva da Secretaria de Saúde, para evitar aglomeração. Sobretudo porque a maioria das pessoas alvo desse tipo de iniciativa fazem parte do grupo de risco, explica a oftalmologista. “São pessoas mais de idade, que sofrem de catarata e glaucoma”.
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Confira a lista dos selecionados para as brigadas florestais
O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (10) traz o resultado definitivo do processo seletivo simplificado para a contratação temporária de brigadistas florestais de 2020 pelo Instituto Brasília Ambiental. Eles ajudarão no combate aos incêndios neste período de seca. Confira resultado final. Para este ano, a seleção conta com um aumento de 48% no número de vagas ofertadas, comparando-se com o ano anterior. A ação faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF) da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).“É gratificante ver que o esforço conjunto de vários órgãos resultou na captação de recursos, possibilitando a contratação de mais profissionais no combate aos incêndios florestais em 2020. Essa ação é necessária para o meio ambiente e a saúde”, comentou o secretário de Meio Ambiente do DF, Sarney Filho. Foto: Brasília Ambiental/Divulgação Foram oferecidas ao todo 148 vagas – sendo que 120 são para brigadistas florestais combatentes, 24 para chefes de brigada e quatro para supervisores. Eles irão atuar até o dia 30 de novembro. Essa contratação é uma das ações do governo para evitar e combater incêndios nas Unidades de Conservação espalhadas pelo DF. Para mitigar os efeitos do período de estiagem sobre as unidades de conservação e parques, o Brasília Ambiental também criou novo setor para concentrar os esforços no combate aos incêndios. “Graças ao empenho da Sema, poderemos minimizar os impactos sobre a fauna e a flora e assim proteger o nosso Cerrado”, enfatizou o presidente interino do Instituto Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão. Os candidatos classificados deverão comparecer, entre os dias 13 a 15 de julho, na Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) do Brasília Ambiental, no horário de 9h às 12h ou de 13h30 às 16h30, de acordo com as escolha do candidato após preenchimento do formulário de contratação disponível aqui. A relação de documentos a ser apresentada pelos convocados está disponível no item 3, do edital nº 6, do resultado final da seleção. O CAC do Instituto está localizado na 511 Norte, bloco C, térreo. Os brigadistas também atuarão, em parceria com o Corpo de Bombeiros do DF e demais órgãos que compõem o PPCIF, na prevenção e combate a incêndios em outras áreas, além das Unidades de Conservação. Veja aqui outras informações sobre o processo seletivo. * Com informações do Brasília Ambiental
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Brasília Ambiental lança publicações sobre tempo e clima
O Instituto Brasília Ambiental acabar de apresentar em seu site as primeiras edições dos boletins Temperatura e Umidade relativa do ar, que mostram uma análise mensal das condições de clima e tempo do mês anterior à publicação. As publicações, preparadas pela Superintendência de Fiscalização, por meio da Diretoria de Emergência, Riscos e Monitoramento, trazem informações das condições climáticas ocorridas no Distrito Federal para dar publicidade a quem tiver interesse e curiosidade em saber como foi o estado médio do tempo no DF. Os dados podem ser utilizados por profissionais interessados em identificar padrões de tempo em diversas áreas de conhecimento. “São pessoas que trabalham com hidrologia, arquitetura (conforto térmico), saúde pública e outros profissionais de diversas áreas. Servem para verificar as influências dos dados climáticos em seus respectivos estudos”, afirmou o meteorologista Carlos Henrique Eça D’Almeida Rocha. Para os exemplares de lançamento, referente ao mês de maio de 2020, foram coletados dados de seis estações meteorológicas espalhadas pelo DF, sendo cinco delas do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (INMET), que possui acordo de cooperação técnica com o Brasília Ambiental. A periodicidade do Boletim Temperatura do Ar será mensal; publicação sobre a Umidade Relativa do ar ocorrerá somente durante os meses de seca. Clique aqui e confira as primeiras edições. Todas as publicações ficarão disponíveis no site do Brasília Ambiental, no menu Informações Ambientais – Tempo e Clima. * Com informações do Brasília Ambiental
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A seca chegou. É tempo de prevenir incêndios
Fotos: Arquivo Agência Brasília A chegada do período de estiagem requer uma série de cuidados com a saúde e também com meio ambiente, pois a possibilidade de incêndios florestais neste período é maior por conta das condições climáticas. Desta forma, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) intensifica ações preventivas. Neste sábado (6), a segunda fase da Operação Verde Vivo entra em vigor, com equipes exclusivas nos grupamentos localizados na Asa Norte, Santa Maria, Brazlândia, Samambaia e Planaltina. Cerca de cinquenta militares estarão destacados diariamente para esta função. A Operação Verde Vivo é executada em quatro fases. A primeira delas ocorre entre abril e maio. Nesta etapa a corporação juntamente de representantes da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) focam na conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas rurais – onde habitualmente há os maiores focos de incêndios. É também o período em que bombeiros são capacitados para atuar no combate a incêndios no Cerrado. Nesta sexta-feira (5), ocorre a última fase da capacitação que está sendo realizada pelo Grupamento Especializado em Proteção Ambiental (Gepram). Os moradores dessas regiões recebem orientações básicas para evitar as ocorrências e também a confeccionar abafadores. Em caso de uma situação real, mas de pequena proporção e sem risco, o próprio morador poderá utilizar o material antes da chegada das viatura de primeiros socorros. A terceira fase – que compreende os meses de agosto a outubro – é a mais crítica, pois compreende o período de estiagem, em que as queimadas tendem a aumentar. A partir deste estágio, as unidades do Corpo de Bombeiros aumenta a mobilização para o atendimento a casos de incêndios florestais. Neste período o número de militares passa para 75 por dia e as bases de atendimentos exclusivos passam a contar com os grupamentos localizados no Núcleo Bandeirante, Gama, São Sebastião, Recanto das Emas e Ceilândia. De acordo com o comandante do Gepram, o tenente-coronel José Genilson, o número de militares pode aumentar, a depender da necessidade. “De acordo com cenário, podemos aumentar a quantidade de militares para esta ação em específico. Eles ficam nos quartéis preparados para atuação em focos de incêndios ambientais”. Em novembro, com o início das chuvas, ocorre a desmobilização gradual das equipes destacadas exclusivamente para as queimadas. Neste ano, foram registradas 52 ocorrências de incêndios florestais de janeiros a maio. No ano passado o total chegou a 320 no mesmo período. Como forma de prevenir os incêndios florestais, a corporação realiza uma série de atividades por meio da Operação Verde Vivo, colocada em prática anualmente. Porém, a participação da população ainda é a primordial no combate às queimadas. “Alguns comportamentos ainda permanecem, como fogueiras mal condicionadas ou limpeza de terreno com uso de fogo. Mas percebo uma maior conscientização da população neste sentido”, relatou o tenente-coronel Genilson. Alguns cuidados necessários para coibir incêndios florestais: – Não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de árvores; – Após fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado; – Ao identificar um incêndio, procurar um local seguro, distante do fogo e da fumaça. Ligar para o 193 e indicar o local exato do incêndio, se possível, com pontos de referência. Prevenção As ações de prevenção aos incêndios florestais começaram ainda no primeiro semestre. Em abril, o governador Ibaneis Rocha publicou o decreto declarando o estado de Emergência Ambiental no DF, uma medida fundamental para a mobilização de pessoal e uso de equipamentos do governo no combate a incêndios. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema), por outro lado, como vem fazendo anualmente, está à frente desse trabalho, por meio da coordenação do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), realizado em parceria com 17 instituições e órgãos do DF, que inclui o CBMDF. Um dos principais objetivos do PPCIF é a redução do tamanho da área queimada no DF. Até o dia 31 de maio, a área queimada totalizava 58 hectares, número bastante inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 180 hectares. Para o secretário de Meio Ambiente, José Sarney Filho, esses resultados reforçam a importância da realização das ações cada vez mais cedo e, ao mesmo tempo, em conjunto com os diversos órgãos. “Com a chegada do período de seca, a nossa preocupação é com as queimadas, que se transformam em incêndios, matando animais e extinguindo plantas importantes para a rica biodiversidade do cerrado. A decretação de Emergência Ambiental fez com que os órgãos públicos que integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais adotassem todas as medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos das queimadas”, analisa o secretário. O Instituto Brasília Ambiental lançou o programa Observadores de Fumaça no final de maio. O objetivo é envolver a comunidade vizinha aos parques para que, ao ver princípio de fogo ou mesmo alguém ateando seja alertado, de imediato, o diretor de prevenção e combate aos incêndios florestais do Brasília Ambiental e o Corpo de Bombeiros Militar pelo 193. Para ser um Observador de Fumaça basta o voluntário preencher o formulário disponível no link a seguir: encurtador.com.br/bcdlu. O canal para tirar dúvidas sobre o projeto é pelo correio eletrônico ibram.educ@gmail.com. Após a formação do cadastro, haverá capacitação para que a comunidade saiba identificar os focos de incêndios e como informar sobre eles, contribuindo na missão de preservar a biodiversidade do Cerrado. O Ibram também lançou o Almanaque do Fogo. A publicação mostra a importância da prevenção e os perigos do fogo, além de dar suporte às ações de educação ambiental. O material pode ser conferido neste link (http://www.ibram.df.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/Almanaque-do-fogo-2020_05-12_3-3.pdf). “Essa publicação é muito importante porque vem reforçar o trabalho desenvolvido pelos parceiros do PPCIF que realizam ações de sensibilização, para prevenção de incêndios florestais.”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. * Com informações da Secretaria de Segurança Pública
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Brasília Ambiental começa combate aos incêndios florestais
A seca inevitavelmente se aproxima e o Instituto Brasília Ambiental já toma providências para que ela cause o menor dano possível para a fauna e a flora do Distrito Federal. A primeira ação preparar edital para a contratação temporária de brigadistas florestais, supervisor de brigada e chefe de esquadrão. Eles vão atuar nas unidades de conservação e parques, administrados pelo órgão. A segunda é criar a Diretoria de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais, dentro da Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto. Essa área será conduzido pelo biólogo Pedro Paulo de Melo Cardoso, que anteriormente atuava no Jardim Botânico de Brasília (JBB). Foto: Agência Brasília/Arquivo Ao todo serão contratados 148 brigadistas florestais combatentes. Eles vão atuar de junho a novembro deste ano, período de emergência ambiental no DF. A previsão é que a publicação do edital ocorra até o início de junho. O superintendente de administração geral do órgão, Ricardo Roriz, explica que a seleção será feita por meio de avaliação curricular. Este ano, excepcionalmente, não terão testes de aptidão física e de utilização de ferramentas agrícolas (thufa), porque causariam aglomeração. “Abrimos mão em virtude da necessidade do distanciamento social, causada pela pandemia que estamos vivendo. Os candidatos a brigadistas assinarão uma declaração de que têm aptidão, que conseguem manusear ferramentas agrícolas, e a partir do currículo faremos a seleção”, esclarece Roriz. Segundo o superintendente, estão correndo também no Instituto, tanto por compensação ambiental como por orçamento próprio do órgão, processos paralelos para aquisição de ferramentas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para uso por esses contratados. Foto: Agência Brasília/Arquivo Com relação aos veículos para deslocamentos, eles utilizarão os do próprio órgão. Entre salários, ferramentas e EPIs serão alocadas recursos em torno de R$ 3 milhões. Roriz ressalta que as duas medidas tomadas são ações para evitar e combater os grandes incêndios possíveis de ocorrer nesta época, e que trazem prejuízo ao meio ambiente local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois que o edital for publicado, a expectativa é que em 15 dias os brigadistas já estejam selecionados, empossados, e sendo encaminhados às dez bases, estrategicamente localizadas, para que eles possam se deslocar a tempo em atendimento aos locais de queimadas. * Com informações do Brasília Ambiental
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Brasília Ambiental lança Almanaque do Fogo
| Reprodução Com a iminente chegada da seca e o início dos incêndios florestais no Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental lança, em formato digital, o Almanaque do Fogo. A publicação – que dialoga com toda a sociedade sobre a importância e os perigos do fogo, além de dar suporte às ações de educação ambiental – está disponível no site do instituto e, em junho, será também disponibilizada em meio impresso. Confira a versão digital do Almanaque do Fogo no site do Brasília Ambiental Nesta nova edição, a publicação traz reflexões sobre a origem do fogo em um mito grego, com o intuito de pensar sobre as ações sociais durante a evolução da humanidade. Traz ainda uma entrevista a respeito da tecnologia de combate a incêndios no Cerrado e moldes para fazer bichos ameaçados de extinção, em dobraduras de papel. Os leitores são convidados também a apreciar receitas simples e saborosas com frutos do nosso bioma. Poderão também conhecer o gavião-fumaça, animal extremamente estratégico na forma de caçar. “O Almanaque do Fogo é uma ação de prevenção aos incêndios florestais. Tratamos o tema de forma mais lúdica, em que passamos informações para a família inteira, em especial às pessoas que moram próximas a unidades de conservação e alunos de escolas, que são nosso principal público nas ações de educação ambiental”, explica o chefe da Unidade de Educação Ambiental do instituto, Marcus Paredes. Para o presidente do Brasília Ambiental, Cláudio José Trinchão, a educação ambiental é fundamental para a prevenção do mau uso do fogo e a diminuição de incêndios florestais no Distrito Federal. “Por meio da educação podemos promover a reflexão, o debate e a mudança de valores e atitudes, reconhecendo que o ser humano, especialmente quando criança, tem criatividade e amorosidade capazes de reverter esse quadro”, defendeu. O almanaque foi realizado com o apoio dos parceiros do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), que colaboram para conscientizar a população sobre a importância de proteger a natureza de incêndios. Coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o plano envolve 17 instituições que trabalham de forma integrada e cooperativa, com o objetivo de aprimorar a aplicação de recursos humanos e materiais disponíveis para a proteção do Cerrado contra os incêndios florestais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa publicação é muito importante porque vem reforçar o trabalho desenvolvido pelos parceiros do Ppcif que realizam ações de sensibilização para prevenção de incêndios florestais”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. Veja aqui mais informações sobre o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. * Com informações do Brasília Ambiental
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Seca: GDF decreta emergência ambiental entre abril e novembro
O Governo do Distrito Federal decretou emergência ambiental no DF entre abril e novembro deste ano. A medida foi publicada no Diário Oficial e é válida para o período de seca. Com a decisão, os 17 órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF (PPCIF) começam a atuar de forma integrada. O Corpo de Bombeiros do DF estará de prontidão, disponibilizando, sempre que necessário, os equipamentos de combate ao fogo. Também fica garantida a contratação direta de brigadistas florestais para atuar na prevenção e combate de ocorrências. A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) é o órgão responsável pela coordenação do plano. De acordo com o titular da pasta, Sarney Filho, o decreto é necessário, ao final do período de chuva, para priorizar a segurança, prevenção e combate aos incêndios nos períodos mais críticos de seca, que têm seu ápice nos meses de agosto e setembro. Segundo ele, a situação de emergência ambiental permite liberar recursos e com mais rapidez. “É um decreto extremamente importante dentro da política de prevenção e combate aos incêndios”, diz. Brigadistas Responsável pelo PPCIF na Sema, Carolina Schubart, afirmou, que até junho, o Instituto Brasília Ambiental deve realizar a contratação de 148 profissionais para atuar nas brigadas florestais. Ela explica que a Sema e o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet) identificaram que 2020 apresenta, até agora, temperaturas mais amenas com relação ao mesmo período do ano passado e um período de chuva mais prolongado. “Com a pandemia da Covid-19 decretada pela Organização Mundial de Saúde, nossa preocupação recai sobre o agravante da fumaça liberada pelas queimadas no período de estiagem. Os problemas respiratórios são mais recorrentes e estamos empenhados em assegurar formas de prevenção ao fogo que diminuam esse risco à saúde da população do DF”, afirma. Este ano, a Sema voltará a alertar para os riscos da queima de lixo e de restos de poda que são as principais causas de incêndios florestais no Distrito Federal. As blitze educativas, já tradicionais no calendário do DF durante a prevenção, por enquanto estão suspensas em função da Covid-19. Uma das principais ações será a abertura de aceiros mecânicos, faixas de cerca de quatro metros de largura, em que a vegetação é eliminada da superfície em torno dos parques para impedir a passagem do fogo. Até junho, serão abertos cerca de 350 Km em locais com mais riscos de queimadas. Uma campanha publicitária nas mídias sociais também está prevista para ocorrer para alertar a população sobre riscos e as formas de prevenção do fogo. Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Com a proximidade da seca, está na hora de ficar atento à bronquiolite
A primeira-dama Mayara Noronha Rocha afirmou que a campanha surgiu pela proximidade do período mais grave da sazonalidade, em que o contágio de doenças respiratórias torna-se frequente | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília O período de estiagem das chuvas e proximidade de seca no Distrito Federal começa em março. Mas o Governo do Distrito Federal (GDF) já reforça os cuidados para prevenir e combater as doenças respiratórias. A principal delas, que afeta bebês de até 2 anos de idade (principalmente os menores de 6 meses), é a inflamação dos brônquios. Atenta a isso, a Secretaria de Saúde, com o apoio da primeira-dama Mayara Noronha Rocha, lançou nesta terça-feira (18), no Centro de Ensino da Primeira Infância (Cepi) Corujinha do Cerrado, em Santa Maria, a Campanha de Prevenção à Bronquiolite (veja como foi no vídeo abaixo). A doença é transmitida por secreções respiratórias de pessoas infectadas ou objetos contaminados por microorganismos. Eles atingem a boca, o nariz e os olhos da criança por meio de tosses e espirros, por exemplo. Nessa época do ano, que se estende até julho, aumenta a circulação de vírus e a incidência de crianças doentes. Assista ao vídeo: A dona de casa Michele Fonseca Silva, 34 anos, sabe bem o aperto que passou quando a filha Eloá, hoje com 9 meses, contraiu bronquiolite do primo. A menina começou a apresentar um cansaço frequente e foi levada ao médico. O contato com outras crianças foi vetado, a limpeza da poeira em casa reforçada e a atenção a cada mal-estar da bebê, redobrada. “Qualquer indisposição mais frequente dela eu já corro para o médico.” Experiência Mãe do pequeno Matheus, de 1 ano, a primeira-dama Mayara Noronha Rocha contou que o filho ficou frequentemente doente dos 3 aos 9 meses de idade. De acordo com ela, a campanha surgiu pela proximidade do período mais grave da sazonalidade, em que o contágio de doenças respiratórias torna-se frequente. “Daí a importância de começarmos o debate em um espaço como este”, disse, dirigindo-se às dezenas de mães que estavam na creche. “A bronquiolite mata, é coisa séria. E as nossas crianças têm a saúde mais frágil e merecem toda nossa atenção”, afirmou. Pneumonia atípica Dos quatro filhos de Gabriela Valadão, os dois primeiros tiveram bronquiolite ao mesmo tempo. No mais velho, a doença se agravou e gerou uma pneumonia atípica, o que deixou a influenciadora digital em pânico por quase dez dias. Depois de adotar práticas preventivas, os dois filhos seguintes não tiveram os mesmos problemas. “Fiquei mais atenta à higienização deles, como não deixá-los muito tempo de uniforme depois que chegavam da escola. Repliquei em casa os cuidados tomados pelas professoras”, disse. Referência Técnica Distrital de Pediatria da Secretária de Saúde, Ivana Novaes lembra que no período de sazonalidade da doença, as medidas mais importantes para preveni-la são as mais simples. “Lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar contato com pessoas doentes, com ambientes fechados e aglomerações, e evitar visitar recém-nascidos. Principalmente quando o visitante estiver gripado, porque os bebês têm um sistema imunológico frágil”, explica Ivana. Outra dica da especialista é as mães amamentarem os bebês, já que o aleitamento materno fortalece o sistema imunológico da criança. Preferencialmente, não só as mães e bebês devem estar com as mãos lavadas, mas a população em geral, para evitar a transmissão de vírus respiratórios. “Outra orientação é manter sempre atualizado o cartão de vacina da criança”, lembra. Sintomas As doenças relacionadas ao aparelho respiratório, apresentam sintomas como coriza, espirros, obstrução nasal, tosse, cansaço, chiado no peito, febre, dor de cabeça e, dependendo da gravidade, mal-estar geral, dor no corpo e dificuldade respiratória. A bronquiolite leva à hiperprodução de secreção e estreitamento nas vias respiratórias por conta da agressão dos vírus. Em geral, a doença dura de sete a 10 dias. Com o aparecimento dos sintomas, o primeiro local a se procurar é a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de casa. Como forma de preparar as equipes que atendem a população, a Secretaria de Saúde tem promovido uma série de iniciativas para capacitar os profissionais da área. No Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), por exemplo, um ciclo de palestras voltados aos servidores tem como tema discutir a bronquiolite e demais doenças respiratórias. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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