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Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF celebra 16 anos como referência nacional em transplantes de órgãos

O Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) completa, nesta terça-feira (1º), 16 anos. A unidade se destaca como referência nacional para transplante de órgãos, especialmente de coração, fígado, rim, córnea e medula óssea. Até o momento, foram realizados mais de 2,7 mil procedimentos desse tipo. Na conta da instituição, entram, ainda, mais de 12 mil cirurgias cardíacas, 69 mil tomografias, 57 mil ressonâncias nucleares, meio milhão de consultas e 46 mil procedimentos intervencionistas terapêuticos ao longo dos anos. O ICTDF é uma instituição privada sem fins lucrativos, que, além de pacientes particulares e conveniados por planos de saúde, presta um serviço complementar à rede da Secretaria de Saúde (SES-DF). Por meio desse contrato, a unidade fornece atendimentos de alta complexidade cardiovascular e transplantes a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Homenagens Celina Leão: “Somos a unidade do Brasil que mais faz transplantes e isso é reflexo das atuações de homens e mulheres capacitados e especializados” | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A solenidade de comemoração do aniversário da instituição foi marcada por homenagens a pacientes transplantados e aos servidores da unidade. “Cada profissional de saúde teve e tem importância em cada história do ICTDF. Vivemos movidos pelos nossos propósitos e, quando os colocamos em prática, temos a motivação diária para fazer acontecer aquilo que juramos durante a faculdade”, afirmou o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Junior. Para a vice-governadora do DF, Celina Leão, as equipes do ICTDF exercem um papel fundamental na credibilidade da instituição hoje: “Somos a unidade do Brasil que mais faz transplantes e isso é reflexo das atuações de homens e mulheres capacitados e especializados”. A solenidade de comemoração do aniversário da instituição foi marcada por homenagens a pacientes transplantados e aos servidores da unidade O reconhecimento do esforço desses profissionais de saúde não é à toa, segundo o primeiro interventor do ICTDF, Marcos Antônio Costa. “Quando surge um órgão para ser transplantado, uma equipe se locomove até a cidade para buscá-lo, enquanto uma outra aguarda no local para a cirurgia. É uma mobilização tremenda, muitos não dariam conta de pagar por um procedimento desses”, detalhou. Junto ao empenho e à logística, está o aperfeiçoamento daquilo que se faz, tópico destacado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Temos que formar médicos especialistas, sobretudo em gente”, avaliou. Como ser um doador Pessoas vivas podem doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão, desde que não prejudique a própria saúde. Em casos de fatalidades, é fundamental comunicar e conversar com a família sobre o desejo de ser doador. Não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento, mas a decisão familiar é requisito para que a doação ocorra. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Sentinela transporta 81º coração para transplante

Na tarde desta terça-feira (25), a equipe da Unidade de Operação Aérea do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) levantou voo para mais uma missão nobre: transportar um coração da Base Aérea de Brasília até o Hospital Sírio Libanês, na 613 Sul. Fruto da parceria do Detran-DF com a Central Estadual de Transplantes, o uso do helicóptero da autarquia garantiu a agilidade necessária ao aproveitamento de 81 corações, seis fígados, um rim e seis córneas, desde 2015 Este foi o 4º coração transplantado no DF, em 2025, com a ajuda do Sentinela, helicóptero que integra o serviço de Policiamento e Fiscalização de Trânsito. O órgão veio de Campo Grande (MS) para Brasília em voo da Força Aérea Brasileira. No Sentinela, estavam o comandante Sérgio Dolghi, o copiloto Aerotático Brunio Faria e o operador aerotático Mário César Mariones. Parceria que salva vidas Fruto da parceria do Detran-DF com a Central Estadual de Transplantes, o uso do helicóptero da autarquia garantiu a agilidade necessária ao aproveitamento de 81 corações, seis fígados, um rim e seis córneas, desde 2015. *Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)

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Mais um coração chega ao ICTDF no Sentinela, aeronave do Detran-DF

Na noite desta quarta-feira (5), o Detran-DF realizou o segundo transporte de coração do ano para transplante no DF. O órgão, que veio de Anápolis (GO) para Brasília em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), foi transportado da Base Aérea para o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ITCDF), no Cruzeiro, pela aeronave Sentinela. Após chegar à Base Aérea  em voo da FAB, órgão foi levado para o ITCDF pela aeronave Sentinela | Foto: Divulgação/Detran-DF Compuseram a tripulação o comandante Sérgio Dolghi, o copiloto Bruno Faria e o operador aerotático Mário César Mariones. Este foi o 79º coração transportado pela Unidade de Operação Aérea do Detran-DF desde 2015, em parceria com a Central Estadual de Transplantes. O uso do helicóptero do Detran-DF no transporte de órgãos para transplantes garante a agilidade necessária para salvar vidas. *Com informações do Detran-DF

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Detran-DF realiza o 1° transporte de órgão para transplante em 2025

Nessa segunda-feira (20), o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizou o primeiro transporte de coração deste ano. O órgão foi trazido do aeroporto da Pampulha de Belo Horizonte (MG) pela Força Aérea Brasileira (FAB) até Brasília e seguiu para o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), localizado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em voo realizado pela Unidade de Operação Aérea do Detran-DF. Em dez anos, o helicóptero Sentinela do Detran-DF realizou o transporte de 78 corações | Foto: Divulgação/Detran-DF A tripulação foi composta pelo comandante Sergio Dolghi, copiloto Rafael Sena e operador aerotático Guilherme Goulart. A parceria entre o Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) começou em 2015 e tem garantido agilidade ao transporte de órgãos para transplantes realizados no Distrito Federal. Nesses dez anos, o helicóptero Sentinela do Detran-DF realizou o transporte de 78 corações. *Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)

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DF registrou 547 transplantes de órgãos e tecidos nos oito primeiros meses de 2024

Após bater o recorde de transplantes de órgãos e tecidos em 2023, o Distrito Federal busca manter ou superar os números do ano passado. Nos oito primeiros meses de 2024, foi registrado um aumento de cerca de 20% nos transplantes de medula óssea, que saltaram de 135 para 163. Um leve crescimento no número total de procedimentos também foi identificado no mesmo período, quando o DF subiu de 544 transplantes para 547, considerando os transplantes de córnea (207), fígado (81), rim (72) e coração (24). “O aumento no número total de transplantes esse ano em relação ao mesmo período de 2023 se deve, principalmente, ao transplante de medula óssea. Houve um aumento no número de hospitais credenciados que oferecem o serviço e uma maior produção nas unidades que já eram credenciadas”, explica a diretora da Central Estadual de Transplantes do DF (CET-DF), Gabriella Ribeiro Christmann. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Historicamente, os órgãos mais transplantados no DF são fígado, córnea e medula óssea. Além disso, a capital tem como característica o maior número de procedimentos com órgãos provenientes de outro estado, o que demanda uma logística diferenciada. O transporte é feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou pelo Departamento de Trânsito (Detran), com deslocamento terrestre e aéreo por meio de um termo de cooperação entre os órgãos com a SES-DF. “Desde 2015, o Detran coloca a aeronave à disposição para executar a captação dos órgãos para transplante no DF. Desde então, já foram transportados 84 órgãos, sendo neste ano, 16 corações, um fígado e um rim. Esse trabalho é importante por causa do tempo de isquemia dos órgãos. Quanto menor for esse tempo, mais saudável e maior a chance de aceitação do órgão pelo receptor”, revela o chefe da Unidade de Operação Aérea do Detran-DF, Sérgio Alexandre Martins Dolghi. Desafios O principal desafio em relação ao transplante de órgãos e tecidos é o engajamento da população. O Governo do Distrito Federal (GDF) tem feito campanhas de divulgação constantes para que o tema possa ser abordado nos ambientes familiares, conforme prevê a Lei Distrital nº 7.335, de 9 de novembro de 2023, que estabeleceu diretrizes e estratégias para a implementar a Política Distrital de Conscientização e Incentivo a Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos no Distrito Federal. O principal desafio em relação ao transplante de órgãos e tecidos é o engajamento da população | Foto: Davidyson Damascendo/IgesDF “Espera-se que haja um engajamento contínuo do poder público e das unidades que ofertam os procedimentos de transplantes nas ações relacionadas a doação e transplante, tanto assistencial quanto de campanhas. A CET mantém um contato próximo com as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), para que haja a mudança na cultura hospitalar e um maior engajamento das equipes assistenciais na causa e para que sejam capazes de acolher os pacientes e as famílias da melhor forma possível”, afirma Gabriella Ribeiro Christmann. Para ser um doador, basta comunicar à família o desejo de fazer este procedimento. Há dois tipos: os vivos e os falecidos. Os vivos podem ser qualquer pessoa que concorde em doar o órgão, desde que não prejudique a própria saúde. Entre os órgãos que podem ser doados ainda em vida estão um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, somente parentes até o quarto grau podem ser doadores vivos, sendo necessária autorização judicial caso esteja fora do parentesco. Já os falecidos são as vítimas de lesões cerebrais irreversíveis, com morte encefálica comprovada após a realização de exames clínicos. Neste caso, é necessário que a família autorize a doação. Os órgãos doados vão para os pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, controlada por um sistema informatizado disponibilizado pelo Ministério da Saúde para a Central Estadual de Transplantes. O cadastro de potenciais receptores é realizado pelas próprias equipes habilitadas a realizar os transplantes nos estabelecimentos de saúde do DF, onde um médico consulta e realiza exames especializados para comprovar a necessidade. No DF, são realizados transplantes de coração, rim, fígado, córneas e medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Hospital de Base (HB), são feitos os procedimentos de rim e córnea. O Hospital Universitário de Brasília (HUB) realiza os transplantes de rim, córnea e medula óssea (autólogo). O Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF) faz transplantes de coração, rim, fígado, córnea e medula óssea. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza transplante de medula óssea autólogo pediátrico.

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Helicóptero Sentinela transporta 74º coração para transplante

A aeronave do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), o Sentinela 01, transportou na tarde desta sexta-feira (8) o 74º coração para a realização de transplante no Distrito Federal. Desde 2015, já foram transportados 74 corações pelo Detran-DF e, destes, 11 aconteceram em 2023 e 18 neste ano de 2024 | Foto: Divulgação/Detran-DF O órgão veio de Goiânia (GO) em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) até Brasília e seguiu para o Hospital do Coração do Brasil, no Setor Hospitalar Sul, em voo realizado pela unidade de operações aéreas do Detran-DF. O helicóptero pousou próximo ao cemitério Campo da Esperança para desembarcar a equipe médica e o coração e embarcá-los na viatura da unidade aérea para transportá-los até o hospital. Nos transplantes, cada segundo vale muito e o transporte do coração doado precisa ser muito célere, pois o procedimento eficiente de captação e condução para a cirurgia influencia diretamente na resistência do órgão e no sucesso da operação. A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (Cet-DF) existe desde 2015 e tem garantido essa agilidade indispensável ao aproveitamento dos órgãos nos transplantes realizados no Distrito Federal. O comandante Ricardo Timóteo, o copiloto Ramon Chagas e o operador aerotático Fernando Garrido fizeram o voo desta tarde. Balanço Desde 2015, já foram transportados 74 corações pelo Detran-DF e, destes, 11 aconteceram em 2023 e 18 neste ano de 2024. *Com informações do Detran-DF

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Mais um coração é transportado pelo helicóptero do Detran-DF

Na tarde desta sexta-feira (9), a aeronave do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), o Sentinela, transportou mais um coração para a realização de transplante no Distrito Federal. Este foi o 14º coração transportado pela equipe da Unidade de Operação Aérea (Uopa) neste ano. Desde 2015, foram transportados 70 corações pelo Detran-DF e, destes, 11 aconteceram em 2023 e 14 neste ano de 2024 | Foto: Divulgação/Detran-DF O órgão veio da cidade de Montes Claros (MG) e foi transportado pela Força Aérea Brasileira (FAB), chegando a Brasília por volta de 14h. Do aeroporto ao Hospital das Forças Armadas (HFA), o traslado ficou a cargo da equipe da aeronave Sentinela, comandada pelo comandante Sergio Alexandre Martins Dolghi. A parceria entre Detran-DF e a Central Estadual de Transplantes existe há nove anos, garantindo a agilidade necessária para o transporte de órgãos, indispensável ao aproveitamento nos transplantes realizados no Distrito Federal. Balanço Desde 2015, foram transportados 70 corações pelo Detran-DF e, destes, 11 foram realizados em 2023 e 14 neste ano de 2024. São muitas vidas salvas com a colaboração da autarquia, que não tem medido esforços para salvar vidas, tanto em ações terrestres quanto aéreas. *Com informações do Detran-DF

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Ampliação do banco de doadores de medula dá esperança a quem espera

Uma em 100 mil. Esta é a probabilidade de um paciente na lista de transplantes de medula óssea encontrar um doador não aparentado com quem seja compatível. Entre familiares, há 25% de chances de compatibilidade, geralmente com um dos pais ou irmãos. Esses números ajudam a dar o contorno à assustadora realidade de quem depende da doação do tecido para sobreviver. Dados do Registro Nacional dos Receptores de Medula (Rereme) apontam que, até o momento, 18.838 pessoas fizeram buscas por um doador de medula não aparentado. Deste total, 500 pacientes residem no Distrito Federal. Atualmente, o banco do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) conta com mais de 5,65 milhões de inscritos – 76 mil da capital federal. O número de doadores, ainda que expressivo, é insuficiente para atender quem está na lista de espera pela doação de medula. “É muito raro que uma pessoa seja compatível com a outra, por isso é necessário ter muita gente no banco de doadores. Isso aumenta as nossas chances de encontrar doadores compatíveis”, explica o hematologista André Domingues Pereira, coordenador de transplante de medula óssea do Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF (ICTDF). Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), de 2020 para cá, foram realizados 529 transplantes de medula óssea; apenas 22% a partir da doação de terceiros, sendo eles aparentados ou não. A maior parte dos procedimentos na capital (412 deles) foram autólogos, condição caracterizada quando as próprias células-tronco do paciente são removidas, armazenadas e, posteriormente, infundidas. Houve aumento no número de transplantes de medula realizados na capital federal. Até agosto de 2022, foram 116 procedimentos. No mesmo período deste ano, o total de cirurgias chegou a 135 – um crescimento de 16%. Ampliação do banco de doadores é alternativa para dar mais esperanças a quem aguarda na lista por um transplante de tecido | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Hoje, o transplante de medula óssea é o segundo mais recorrente no DF, ficando atrás apenas do transplante de córnea. “O transplante, para quem vai receber, é a diferença entre curar e não curar. O alogênico é a única modalidade com possibilidade de cura para diversas doenças, em especial as leucemias”, acrescenta Pereira. Como é o transplante? A gerente de captação, registro e orientação de doadores da Fundação Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi, afirma que, atualmente, grande parte dos procedimentos de transplante de medula ocorrem por meio de aférese. O método não prevê a necessidade de internação ou anestesia do paciente. Na aférese, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias, para aumentar a produção das células-tronco no sangue. No dia do transplante, é feita a coleta do sangue e a separação das células-tronco, devolvendo os componentes que não são necessários ao receptor. “Hoje, mais de 90% dos procedimentos são realizados por aféreses. É seguro e tranquilo, e é importante que a população entenda que a doação de medula tem sido feita de uma forma menos invasiva. Assim como seu sangue, a partir da doação, seu organismo recupera, em até 15 dias, todo o montante que foi doado”, defende a servidora. Hoje, o transplante de medula óssea é o segundo mais recorrente no DF, ficando atrás apenas do transplante de córnea | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Há, ainda, a modalidade da punção, menos recorrente nos dias de hoje. O método consiste na retirada da medula do interior do osso da bacia por meio de punções. Diferentemente da aférese, este procedimento requer a internação do doador e pode trazer dor ao local da punção. Como doar A doação de medula óssea é um procedimento simples com capacidade de salvar uma vida. No DF, apenas a Fundação Hemocentro de Brasília está habilitada a realizar o cadastro dos potenciais doadores. Para isso, é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar em boa condição de saúde, livre de qualquer doença incapacitante ou infecciosa. Para fazer o cadastro, são necessários apenas 4 ml de sangue do doador. A amostra será encaminhada a um laboratório de referência no Paraná, que fará os exames de histocompatibilidade. O ato pode ser feito por agendamento ou na própria doação de sangue a terceiros. Na ocasião, é preciso preencher também uma ficha com dados pessoais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Após a conclusão dessas etapas, os doadores podem consultar o cadastro no aplicativo do Redome, responsável por realizar os cruzamentos de dados entre doadores e pacientes inscritos no Rereme. Havendo compatibilidade com um receptor, o doador é chamado a retornar no Hemocentro para aprofundar os exames. Recentemente, a enfermeira Karina Rodrigues de Souza, 32 anos, foi convocada a realizar novas coletas de sangue e se animou com a possibilidade de ser compatível com algum paciente. “Eu vim porque em 2011 fiz meu cadastro no Redome e recebi uma ligação dizendo que há uma chance de compatibilidade. Fiz pela vontade de ajudar mesmo”, relata.

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Setembro Verde: entenda a lista de transplantes e como ser doador

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Nefrologia do HBDF promove evento para conscientização da doação de órgãos

No último domingo (24), o Estacionamento 11 do Parque da Cidade foi palco da Ação para Conscientização da Doação de Órgãos e Tecidos, um encontro dedicado à sensibilização e ao estímulo do ato de doar. A iniciativa, promovida pelo Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), teve como objetivo difundir a importância desse gesto altruístico e sua capacidade de salvar vidas. “A doação de órgãos é um ato de amor e solidariedade que pode transformar vidas. Cada doação representa uma nova chance para alguém que aguarda por um transplante e pode significar a diferença entre a vida e morte”, explicou a médica nefrologista do HBDF Viviane Brandão. O evento contou com uma ampla programação que envolveu toda a família em prol da conscientização. Desde pintura facial para as crianças até teatro de bonecos, aula de alongamentos, sorteio de brindes e música ao vivo, as atrações foram pensadas para tornar o momento informativo e, ao mesmo tempo, descontraído. Ação deste domingo no Parque da Cidade ofereceu informações sobre a importância da doação de órgãos e tecidos | Foto: Divulgação/IgesDF Paciente da médica Viviane e transplantado renal, Josias Wanzeller foi um dos destaques do evento ao apresentar a peça O Casamento de Chiquinha, com bonecos mamulengos. Ele apenas não participou ativamente, como também trouxe músicos para uma apresentação. Durante sua performance, Josias apresentou sua experiência e perspectiva sobre doação e transplante. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além das atividades, profissionais da área da saúde ofereceram informações e esclareceram dúvidas sobre a doação de órgãos. Panfletos informativos estavam disponíveis para todos os que desejavam aprender mais sobre como podem fazer a diferença e se tornar “anjos” por meio da doação. O evento foi uma realização da Nefrologia e da equipe multidisciplinar do HBDF e contou com o apoio de parceiros como o Sabin Diagnóstico e a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). “A doação de órgãos é um ato de generosidade e altruísmo que pode proporcionar uma nova chance de vida para muitas pessoas. O IgesDF se orgulha de fazer parte dessa iniciativa e criar a conscientização sobre a importância desse gesto que salva vidas. Cada um de nós pode ser o anjo de alguém e juntos podemos transformar o futuro de muitas famílias por meio da doação de órgãos e tecidos”, ressaltou Juracy Cavalcante Lacerda Jr., presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que administra o Hospital de Base. *Com informações do IgesDF

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Defensores públicos do DF ajudam paciente que precisava de transplante

Em 2013, o técnico de laboratório Alexandre Ventura sofreu um infarto, aos 36 anos. A partir daí, ele teve que enfrentar um longo caminho até conseguir um novo coração, o que ocorreu somente uma década depois, em maio de 2023. Foram anos de dificuldades, incluindo a utilização de um coração artificial, e de um processo judicial que demorou a ter solução. Com o auxílio da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), Alexandre conseguiu um final feliz para a luta dele. Ventura entrou na lista de transplante do Cadastro Nacional de Órgãos em março de 2017, época em que o coração dele funcionava com cerca de 10% da capacidade normal. Em abril do mesmo ano, ele foi chamado para realizar a cirurgia de transplante, mas, por causa de uma alteração na pressão pulmonar, o procedimento não se concretizou. “Acordei na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cirúrgica e o médico disse que a minha única chance de sobreviver era implantando um coração artificial”, relatou. O equipamento, chamado heartmate, não está disponível no Brasil e custa em torno de R$ 1 milhão. Alexandre Ventura: “Acordei na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cirúrgica e o médico disse que a minha única chance de sobreviver era implantando um coração artificial” | Foto: Divulgação/DPDF “Fiz a solicitação para o plano de saúde. Foram várias negativas, vários relatórios médicos e absurdos que tive que escutar da empresa. Eu tomava 68 comprimidos por dia, não conseguia fazer nada sem me cansar”, contou Ventura. Ele recebeu o coração artificial somente dois anos depois, em 2019, após ingressar na Justiça por meio do Núcleo de Assistência Jurídica (NAJ) de Águas Claras e Vicente Pires. “O coração artificial seria apenas uma ponte para o transplante definitivo, mas, como veio a pandemia (de covid-19), tudo demorou muito”, lembrou Ventura. O defensor público e chefe do NAJ de Águas Claras e Vicente Pires, Renê Loureiro, explica que o processo foi um dos mais emocionantes em que ele já atuou, apesar de extremamente complexo e longo. “Foi emblemático, um dos mais comoventes que tivemos no NAJ. O entrave já teve início com a dificuldade para citar o plano de saúde, que não tinha representantes no DF. A partir daí, foram inúmeros recursos na tentativa de postergar o cumprimento das decisões judiciais”, contou. [Olho texto=”“Agora, eu passo a mão na barriga e não sinto mais nada. É um alívio. Parece uma coisa boba, mas viver movido a pilhas e em estado de tensão por quatro anos é muito difícil”” assinatura=”Alexandre Ventura” esquerda_direita_centro=esquerda””] A primeira sentença, em 2017, determinava o custeio e a implantação do heartmate pelo plano de saúde e estabeleceu também uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Ao longo do processo, essa punição pecuniária aumentou para R$ 30 mil por dia de inobservância, chegando ao patamar de R$ 50 mil em outubro de 2018. Por entender que a quantia poderia acarretar um prejuízo financeiro muito grande para o plano, o Poder Judiciário, por fim, fixou um teto máximo para a multa. O processo chegou até o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não admitiu o recurso especial impetrado pelo plano. “A empresa chegou a alegar que o custo do dispositivo era muito alto para atender um único beneficiário. Com isso, o tempo foi passando e a angústia de Alexandre, aumentando a cada dia. A gente percebia a piora na saúde pelo tom de voz dele, que ficava mais fraco a cada visita ao núcleo. A luta foi árdua, muito difícil, com inúmeros recursos, mas o final do processo foi extremamente feliz”, analisa Loureiro. Após o implante do coração artificial, foram quatro anos com o aparelho. O dispositivo foi implantado internamente e tinha o tamanho do órgão original. O cabo de energia saía pela barriga, na altura da cintura, e se conectava às baterias externas – que ficavam dentro de uma bolsa que pesava em torno de três quilos. “Eu tinha que filtrar os locais que frequentava. O medo era alguém puxar a bolsa e arrancar os fios do aparelho. Durante a noite, colocava as baterias para carregar e dormia com o dispositivo conectado na tomada, sempre de barriga para cima. Se faltasse luz, soava um alarme e eu tinha cinco minutos para conectá-lo à bateria portátil antes de ele parar de funcionar”, contou Ventura. Transplante definitivo [Olho texto=”“A luta foi árdua, muito difícil, com inúmeros recursos, mas o final do processo foi extremamente feliz”” assinatura=”Renê Loureiro, defensor público” esquerda_direita_centro=”direita”] Em 12 de maio deste ano, Alexandre Ventura recebeu a ligação de que havia um coração disponível para ele. A cirurgia tinha apenas 20% de chance de sucesso, o que foi suficiente para que ele concordasse com a realização do procedimento. A operação para receber o novo órgão durou em torno de 12 horas – foram quatro horas apenas para retirar o heartmate. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Agora, eu passo a mão na barriga e não sinto mais nada. É um alívio. Parece uma coisa boba, mas viver movido a pilhas e em estado de tensão por quatro anos é muito difícil. Era um cuidado 24 horas por dia, eu não relaxava, não dormia. Estava sempre em estado de alerta”, relembrou Ventura. Além do transplante, Ventura recebeu uma indenização por danos morais do plano de saúde. “Sem a ajuda da Defensoria Pública eu não estaria aqui hoje. Foi uma briga longa e tensa, eu mesmo não acreditei que teria fim. Não esperava uma recompensa financeira, meu foco era apenas cuidar da minha saúde”, concluiu. *Com informações da Defensoria Pública do DF

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Programa do GDF leva atleta transplantada para competir na Austrália

Até onde um sonho pode levar? Até onde podemos superar limites? Quem sabe responder a essas perguntas é a atleta brasiliense Maria Alice Oliveira, 50, que enfrentou uma cirrose hepática, recebeu transplante de fígado e vai levar o nome de Brasília para outro continente. Um ano após ter se submetido a um transplante, Maria Alice começou a correr. “Não parei mais”, conta | Foto: Acervo pessoal A maratonista vai participar dos jogos da World Transplant Games Federation (WTGF) –  série mundial de competições destinadas a atletas transplantados –, em Perth, na Austrália, entre os dias 15 e 21 deste mês. A viagem é patrocinada pelo Compete Brasília, programa da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) que viabiliza passagens terrestres e aéreas para atletas do DF. [Olho texto=”“Para nós, esportistas, é essencial ter sempre o apoio do Compete Brasília. Sem ele, seria inviável, pois eu não teria como custear as passagens. Isso nos motiva a continuar” ” assinatura=”Maria Alice Oliveira, corredora” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Professora aposentada, Maria Alice, moradora do Gama e mãe de dois filhos, tem hepatite autoimune e conta que a doença acabou evoluindo para uma cirrose hepática, diagnosticada em 2007. Em 2013, ela foi submetida a um transplante de fígado e, após passar por todo o processo, decidiu tornar-se corredora Desde então, participa de maratonas e corridas no DF, no Brasil e agora, no mundo.  “Recebi minha nova vida”, conta. “Não estou curada: o transplante é um tratamento que deu muito certo pra mim”. Em 2014, um ano após o transplante, eLa começou a participar de corridas de rua no DF a convite de um amigo. “Não parei mais”. Com mais de 200 competições no currículo, Maria Alice faz parte da Liga de Atletas Transplantados do Brasil.  Apoio fundamental O despertar para as corridas profissionais veio após a conquista da medalha de ouro nos Jogos Brasileiros para Transplantados, em setembro de 2022, em Curitiba (PR). Daí em diante, vieram o quinto lugar da categoria na Copa Centro-Oeste de Atletismo Master, em Brasília; o primeiro lugar nos Jogos Brasileiros para Transplantados, em Curitiba; o troféu especial na Night Run Cidade Ocidental (GO) e o reconhecimento obtido na Corrida Volta do Lago Cidade Ocidental (GO), entre outras conquistas. [Olho texto=”“Para nós,  ela já é campeã, e não vamos medir esforços para apoiar nesse processo de recuperação e superação. Esporte é vida, esporte é inclusão” ” assinatura=”Julio Cesar Ribeiro, secretário de Esporte e Lazer” esquerda_direita_centro=”direita”] É a primeira vez que a atleta viaja para fora do Brasil e participa de uma competição internacional. “O Compete Brasília vai fazer parte da minha vida de atleta a partir de agora”, comemora a corredora, que pela primeira vez fará uma viagem internacional para competir. “Daqui a dois anos tem o mundial da Alemanha; em maio, o de João Pessoa, na categoria de transplantados, e eu quero participar de todos. Vou fazer quantas solicitações puder. O Compete é um projeto maravilhoso e que apoia efetivamente os atletas”. Maria Alice só lamenta que essa oportunidade assegurada pelo programa da SEL – um diferencial do DF – não esteja presente na iniciativa de algumas outras unidades da Federação. “Para essa competição na Austrália, conheço muitos atletas que vão deixar de participar por falta de recurso, e o DF está sempre a um passo à frente”, comenta. “Para nós, esportistas, é essencial ter sempre o apoio do Compete Brasília. Sem ele, seria inviável, pois eu não teria como custear as passagens. Isso nos motiva a continuar”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário de Esporte e Lazer, Julio Cesar Ribeiro, ressalta que a trajetória da Maria Alice é de resiliência e de determinação. “O esporte é feito de várias conquistas”, afirma. “Para nós,  ela já é campeã, e não vamos medir esforços para apoiar nesse processo de recuperação e superação. Essa é a primeira competição internacional de muitas em sua vida, e tenho certeza do êxito da nossa atleta. A Secretaria de Esporte e Lazer não faz exclusão, e apoiamos todas as categorias e modalidades. Esporte é vida, esporte é inclusão”. Os jogos A World Transplant Games Federation (WTGF) receberá mais de 3 mil atletas transplantados, que ficarão juntos por uma semana. Os jogos são abertos a todos os que receberam transplantes de coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas, células-tronco e medula óssea.  Esta é a terceira vez que as competições da categoria ocorrem na Austrália – os jogos anteriores foram realizados na capital do país, Sydney, em 1997, e em Gold Coast, em 2009. Promovida a cada dois anos, a competição ajuda a divulgar a importância da doação de órgãos, além de incentivar os receptores de transplantes a terem uma vida ativa e saudável. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer

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Helicóptero Sentinela transporta mais um coração para transplante

A equipe do Sentinela, helicóptero do Departamento de Trânsito do Distrito Federal  (Detran) levantou voo mais uma vez, nesta sexta-feira (23), com a nobre missão de transportar um coração para salvar mais uma vida. O órgão, procedente de Maringá (PR), foi transportado da Base Aérea de Brasília para o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF). Equipe do Sentinela transportou, nesta sexta (23), um coração vindo do Paraná para transplante no ICTDF | Foto: Divulgação/Detran A equipe do Sentinela transportou 19 corações no ano de 2022. O órgão é transportado dentro de uma caixa térmica, seguindo orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em uma operação que demanda agilidade entre a retirada do órgão do doador e o implante no receptor. *Com informações do Detran-DF  

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Doação de órgãos: um gesto de amor e solidariedade que salva vidas

Brasília, 1º de setembro de 2022 – A vida do coordenador de projetos de telecomunicações José Gilson de Freitas, 47 anos, seria bem diferente se não fosse pela doação de um rim por parte da irmã mais nova. Portador da doença autoimune Nefropatia por IgA, que ataca o sistema renal, ele enfrentava longas sessões de hemodiálise e precisava ingerir diversos medicamentos. Com a doação, hoje, não precisa mais do tratamento e vive com muito mais qualidade. Dos mais de 2,3 mil transplantes realizados no DF nos últimos quatro anos, mais de 1,1 mil foram de córnea | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Tudo começou em 2012, quando José descobriu a doença e começou a travar uma batalha com a própria saúde. Anos passaram até que, em 2018, descobriu a possibilidade de receber um transplante da irmã. De início, José não quis. Achou que iria interferir negativamente na saúde da irmã, mas foi convencido sobre a segurança do protocolo para os dois lados. “No começo, você não quer aceitar porque pensa na vida da outra pessoa, no risco que ela tem durante uma cirurgia. Às vezes, também por falta de conhecimento, pensa que pode gerar um problema para a pessoa”, relembra ele. O processo de aceitação incluiu muita pesquisa e conversa com outras pessoas com a mesma experiência. “Comecei a estudar sobre o assunto e conversei com um amigo que doou o rim para a esposa. Depois que entendi que a vida deles estava muito bem, fui me tranquilizando”, comenta José. [Olho texto=”Nos últimos quatro anos, o Distrito Federal realizou 2.331 transplantes. Foram 88 de coração, 341 de fígado, 298 de rim, 1.164 de córnea e 440 de medula óssea” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O transplante ocorreu em 27 de agosto de 2021, após um ano de espera, já que tinha sido agendado para março de 2020, mas que, devido a pandemia do novo coronavírus, foi adiado. José foi o 300º paciente transplantado do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. A cirurgia ocorreu conforme o planejado e, logo no dia seguinte, a doadora recebeu alta. José foi para casa alguns dias depois, com a saúde estável. Hoje, pouco mais de um ano após a cirurgia, a irmã tem uma vida normal, enquanto José vive melhor do que nunca. “Estou muito bem, a sensação é de que quando não tinha problema nenhum. Até melhor, porque passei a cuidar mais da saúde”, diz ele. José, que antes não entendia muito sobre o tema, defende que mais pessoas saibam do que se trata a doação de órgãos e tecidos e de como pode ser positivo para os dois lados, doador e paciente. “Hoje, o conhecimento dos meus filhos, da minha esposa, é de que a doação de órgãos salva vidas e salvaram a minha”, conclui. Recomeço Nos últimos quatro anos, o Distrito Federal realizou 2.331 transplantes. Foram 88 de coração, 341 de fígado, 298 de rim, 1.164 de córnea e 440 de medula óssea. Os dados foram atualizados em junho. [Olho texto=”A Central Estadual de Transplantes (CET-DF) faz a conexão entre doadores com os pacientes da lista de espera, bem como com as equipes médicas, por meio de sistema gerenciado pelo Ministério da Saúde que conecta doadores e receptores de todo o país” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2019, foram 722 cirurgias. No ano seguinte, devido à pandemia do novo coronavírus, o número caiu para 521. Em 2021, o total de transplantes voltou ao patamar anterior à crise sanitária – foram registradas 713 cirurgias do tipo. Neste ano, até junho, houve 375 procedimentos. Há dois tipos de doadores: vivos e falecidos. No primeiro caso, a pessoa precisa ser maior de idade e juridicamente capaz, saudável e concordar com a doação, desde que não prejudique a própria saúde. A legislação brasileira estabelece que a doação em vida só pode ser realizada para parentes até o quarto grau e cônjuges. Em outros âmbitos, o processo deve ser autorizado judicialmente. A doação por falecimento exige autorização jurídica da família e só ocorre com pacientes que tiveram morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral. No Distrito Federal, após a morte, são realizados transplantes de coração, fígado, rins, córneas e medula óssea. A rede pública de saúde oferece assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. No DF, os procedimentos ocorrem no Hospital de Base, Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto de Cardiologia do DF (ICDF). A Central Estadual de Transplantes (CET-DF) faz a conexão entre doadores com os pacientes da lista de espera, bem como com as equipes médicas, por meio de sistema gerenciado pelo Ministério da Saúde que conecta doadores e receptores de todo o país. Os pacientes que precisam de um órgão são listados conforme a compatibilidade com o doador – quanto mais compatível, mais próximo do topo da lista. A diretora da CET-DF, Daniela Salomão, explica que a pandemia do novo coronavírus atrapalhou a doação pela falta de conhecimento sobre o vírus e também pelo risco elevado de infecção | Foto: Tony Oliveira A diretora da CET-DF, Daniela Salomão, afirma que o sistema facilita o encontro entre as partes. “Existem muitas pessoas precisando de transplante, mas poucos doadores. Se não tivermos um sistema organizado e auditável para que seja justo dentro das normas técnicas existentes, teremos problemas, até porque a família que doa precisa acreditar nos critérios para a escolha do paciente e, em alguns casos, até provar judicialmente o transplante”, explica. De acordo com Daniela Salomão, a pandemia do novo coronavírus atrapalhou a doação pela falta de conhecimento sobre o vírus e também pelo risco elevado de infecção. “Restringimos os doadores e tivemos o cuidado adicional de testagem, o que aumentou a complexidade do processo de doação. O número de doadores caiu, enquanto a lista de pacientes seguiu crescendo”, completa. Mais conhecimento, mais doações A doação de órgãos, ainda em vida ou após o falecimento, precisa ser um assunto debatido coletivamente. “Na doação após a morte, quando não há essa conversa com a família, o processo é muito mais complicado. A família já está vivendo o luto e ainda tem que lidar com a decisão sem conhecer o interesse do paciente. Muitas acabam recusando a doação”, alega Daniela Salomão. Neste semestre, a campanha Setembro Verde, realizada anualmente, incentiva a conscientização sobre o tema, tendo em vista facilitar o processo em caso de necessidade. “A chance de precisarmos de um transplante é muito maior do que sermos doadores um dia. Se um dia eu precisar, gostaria que alguém me doasse. Da mesma forma, estou disposta a ajudar alguém doando também”, finaliza a especialista.

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Portal InfoSaúde-DF lança painel sobre transplantes 

A população do Distrito Federal passa a contar com mais uma ferramenta para acompanhar, de forma transparente, as informações sobre transplantes. O portal InfoSaúde-DF agora conta com o Painel de Transplantes, onde é possível consultar dados sobre os procedimentos cirúrgicos desta natureza realizados na capital federal, tais como fila de espera por órgão, número de pacientes transplantados e locais onde foram feitos cada um. “O painel foi construído de modo que se tenha clareza nos dados publicados, pensado para ser algo mais didático e cumprir com o objetivo de fornecer transparência e facilitar o acesso à informação”, destaca a diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF), Camila Vieira Hirata. A CET-DF é responsável pela coordenação das atividades de transplantes no âmbito do DF que abrange a rede de saúde pública e particular. Em 2021, foram um total de 329 pacientes transplantados. Atualmente, 956 pessoas aguardam transplantes no DF. Desses, 530 esperam um rim. O cidadão pode consultar no painel a quantidade de pessoas na fila para cada órgão, lembrando que essa espera é única e engloba pacientes da rede pública e privada. [Olho texto=”Os pacientes que precisam de transplante são inseridos em uma lista única, controlada por um programa informatizado do Sistema Nacional de Transplantes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “A CET-DF está envolvida em toda a cadeia do processo de doação e transplante, como cadastro dos doadores para que os órgãos sejam disponibilizados para os receptores e gerenciamento da lista única de espera. Aqui no DF também temos núcleos que compõem a CET e realizam a busca ativa de doadores, promovem a cultura de doação, capacitações, credenciamento de equipes, além de todas as atividades de coordenação inerentes ao processo de doação e transplante”, esclarece Camila. Como funciona a fila de espera? De acordo com a diretora da CET-DF, os pacientes que precisam de transplante são inseridos em uma lista única, controlada por um programa informatizado do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A lista é regionalizada, ou seja, aquele potencial receptor será acompanhado pela equipe do estado onde está inscrito e vai realizar o procedimento também nessa localidade. “Primeiramente, os órgãos doados no Distrito Federal serão disponibilizados para os pacientes que precisam do transplante aqui no DF e o sistema informatizado do SNT vai fazer o cruzamento das informações considerando critérios de compatibilidade, gravidade do paciente e tempo na lista de espera”, aponta. Caso não seja identificado um receptor compatível aqui no DF, é possível fazer uma oferta para a Central Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, e se houver receptor de outro estado apto a receber, o órgão poderá ser transplantado nesse paciente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Como entrar na fila de espera? Primeiro é preciso passar por avaliação com consultas e exames específicos com profissionais autorizados a realizar transplantes, nos estabelecimentos públicos ou privados. Se for constatado que o paciente realmente tem a indicação do transplante, ele é inserido pela própria equipe transplantadora na lista única de espera. Quem pode ser doador? Segundo Camila, existem dois tipos de doadores. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão, desde que concorde com a doação e que não haja prejuízo para a sua saúde. Pela lei, cônjuges e parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial. O doador falecido é aquele que a família autorizou a doação após o seu falecimento. São pessoas que sofreram alguma lesão cerebral irreversível decorrente, por exemplo, de acidente vascular cerebral (AVC) ou vítimas de acidentes de trânsito com trauma crânioencefálico. “Para que a doação seja realizada, é necessário a confirmação de um diagnóstico bem criterioso, chamado diagnóstico de morte encefálica, que envolve exames clínicos e de imagem realizados por médicos especializados”, afirma a diretora da CET-DF. Ela chama a atenção ainda para a importância de que as pessoas conversem com seus familiares sobre o seu desejo de ser um doador, uma vez que, no Brasil, a doação só será feita após a autorização familiar do falecido. Quais transplantes são realizados no DF? No Distrito Federal, é possível realizar, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os seguintes transplantes de órgãos e tecidos: coração, rim, fígado, córneas e medula óssea. A rede privada oferece as mesmas modalidades e mais o transplante de tecido musculoesquelético. Para mais informações sobre o assunto, acesse a Carta de Serviços – Transplantes. * Com informações da Secretaria de Saúde

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HB realiza o primeiro transplante de 2021 no DF

A cirurgia durou cinco horas e envolveu mais de 10 profissionais | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF Ano novo, vida nova. É assim que começa 2021 para um brasiliense de 50 anos, que, hoje (5), se tornou o primeiro paciente a ser submetido a um transplante no Distrito Federal neste ano. Ele ganhou um rim após uma delicada e complexa operação realizada por uma equipe médica do Hospital de Base (HB), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A operação começou na manhã dessa segunda-feira (4), quando faleceu na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital um paciente de 51 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). A família foi consultada e autorizou a doação dos órgãos. O primeiro da lista de espera por órgãos era um homem de 50 anos, que aguardava por um rim há quatro anos. Definido o receptor, um aparato médico entrou em ação. Às 10 horas de hoje (5), começou o transplante. Depois de cinco horas de operação, que envolveu mais de 10 profissionais, a cirurgia chegou ao fim. Mais uma vida salva. Foi o primeiro transplante de 2021 em toda a rede de saúde do DF. Trabalho realizado com total sucesso e muito comemorado pelos profissionais do Hospital de Base, entre eles o urologista Gilvan Furtado, que comandou a operação. A médica Viviane Brandão, responsável técnica por transplantes de rim do HB, detalhou o procedimento. “Quando o paciente tem suspeita de morte encefálica, os profissionais consultam a família para autorizar a doação de órgãos”, explicou. “Com o óbito confirmado e a afirmativa dos parentes, é feito um exame de compatibilidade.” O resultado de compatibilidade é enviado para a Central Estadual de Transplantes (CET) do DF, que organiza a lista com os potenciais receptores. “A gente segue rigorosamente a lista porque, quanto mais compatível, menor risco de rejeição”, esclareceu a médica. Outros cuidados são tomados até que se defina pela cirurgia. “A gente nunca sabe quando um transplante vai acontecer”, ressalta a médica. “O procedimento pode demorar pouco ou muito tempo. A lista não é seguida por ordem, mas sim por compatibilidade, como a tipagem sanguínea.” Obedecidos todos os protocolos, o transplante pôde, enfim, ser realizado. Agora, as atenções se voltam para os cuidados que o paciente terá que adotar para evitar a rejeição do rim e tocar sua nova vida. “Ele tem que tomar os imunossupressores para o resto da vida, porque o organismo entende que aquele órgão é um corpo estranho”, alerta Viviane. O primeiro ano do transplante é o mais complexo devido ao risco de infecções e de complicações da cirurgia, segundo a médica. “Depois disso, a evolução começa a melhorar”, completa. “Mas a gente sempre explica que o transplante não é a cura e, sim, outra forma de substituir a função do rim. De todos os procedimentos, ele é o que dá maior qualidade de vida ao paciente.” Os pacientes que aguardam os órgãos ficam numa lista de espera controlada pela Central de Transplante do Distrito Federal | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF Transplantes no HB O Hospital de Base é especializado em transplantes de córneas e rins no Distrito Federal. Em 2020, apesar das dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus, o HB realizou 62 transplantes desses órgãos, todos bem-sucedidos. Cada procedimento requer cuidados específicos, conforme Viviane Brandão. No caso do transplante de rim, são priorizados pacientes com doenças renais crônicas avançadas. O procedimento é feito apenas após avaliação de um nefrologista, baseada em exames como de sangue, urina e imagem do paciente que receberá o órgão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os pacientes que aguardam os órgãos ficam numa lista de espera controlada pela Central de Transplante do Distrito Federal. Quando surge o órgão, o paciente é selecionado. Vários testes são feitos para confirmar que ele pode receber o órgão. Aprovado, o transplante é então realizado. E aí começa outra batalha: a luta para que o paciente possa viver sua nova vida. *Com informações do Iges-DF

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Exposição fotográfica mostra resgate da qualidade de vida de transplantados

Acervo conta com fotos pessoais cedidas por receptores de órgãos | Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde Moradores de todo o Distrito Federal têm até esta sexta-feira (27) para visitar uma mostra fotográfica organizada pela Secretaria de Saúde para sensibilizar sobre o Setembro Verde, período destinado à doação de órgãos. Aberta ao público na galeria de artes do Pátio Brasil Shopping, das 10h às 22h, a exposição convida o público a contemplar imagens que ilustram o antes e depois do transplante, expondo o resgate da qualidade de vida dos transplantados. É a primeira vez que essa atividade cultural faz parte da programação do Setembro Verde, em iniciativa da Central Estadual de Transplantes (CET). O setor já realizou neste mês cerca de 40 palestras e atividades culturais para destacar a importância da doação de órgãos. “Quem visitar a mostra fotográfica sairá do imaginário popular sobre o que é a doação de órgãos, visualizando e conhecendo, de perto, a vida de um receptor”, destaca o enfermeiro e gestor do Núcleo de Distribuição de Órgãos e Tecidos da CET, Anderson Galante. Beber água, mergulhar, caminhar, brincar com os filhos, praticar esportes parecem coisas simples. Mas, para os que aguardam a doação de um órgão, são situações difíceis e, muitas vezes, impossíveis. “Devolver vida e movimento a quem recebe um órgão é um gesto sublime de amor e desprendimento da família que doa, que faz de um momento de despedida e separação do seu ente querido. É a continuidade da vida de quem está em um leito de hospital ou em uma cadeira de rodas”, ressalta Anderson Galante. | Foto; Breno Esaki / Secretaria de Saúde O acervo conta com fotos pessoais cedidas pelos receptores de órgãos, com imagens mostrando as limitações vividas antes do transplante e registros da situação posterior. A comparação das fases do tratamento evidencia a superação, a independência, a autonomia e a nova vida dos transplantados. Um dos expositores, o jornalista Tiago Damásio, 32 anos, tornou-se diabético aos oito anos. Com o passar do tempo o problema se agravou, culminando na paralisação dos rins e na dependência da hemodiálise. Em 2018 ele passou por um transplante duplo (pâncreas e rim) que lhe trouxe a cura do diabetes e o fim das sessões de hemodiálise. “É preciso que as pessoas conversem em família sobre a doação de órgãos. O ato de doar, após perder um ente querido, vai além da generosidade, envolve compaixão e a consciência de que os órgãos podem salvar outras pessoas, como aconteceu comigo”, destaca Tiago. Programação Em 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos, será realizado um talk show, às 18h, com Tiago Damásio, receptor de pâncreas-rim. O evento acontece na praça central do Pátio Brasil Shopping, com mediação do jornalista Vinícius Sassine (revista Época e jornal O Globo). Também está programado para o local um show musical de Davi Ramiro, marcando o encerramento das atividades do Setembro Verde. Doador No Brasil, a doação de órgãos só é efetuada após a autorização da família. Quem quiser doar órgãos precisa informar aos familiares sobre seu desejo e deixar claro que eles, por sua vez, devem autorizar a doação. Ainda é elevado o índice de não permissão por parte das famílias. Para se ter ideia, seria possível zerar a fila das pessoas que esperam por um órgão compatível se as famílias de todos os possíveis doadores concordassem com o ato. Hoje, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 43% dessas famílias ainda se negam a doar.   * Com informações da Secretaria de Saúde

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Hospital da Criança está habilitado para transplante de medula óssea

Por meio de uma portaria publicada na edição de sexta-feira (2) do Diário Oficial da União (DODF), o Ministério da Saúde habilitou o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) a realizar transplantes de medula óssea. As projeções sinalizam que as primeiras cirurgias dessa especialidade serão feitas ainda neste ano. Segundo a diretora técnica do HCB, Isis Magalhães, o Hospital já almejava condições para esse tipo de procedimento – tanto que a há a previsão de dez leitos voltados especificamente ao transplante de medula óssea. Até hoje, a unidade hospitalar já acompanhou mais de 90 crianças que passaram pelo transplante e outros estados do Brasil. “Implantar o serviço de transplante de medula em um hospital pediátrico de alta complexidade é uma consequência natural”, avalia a diretora. “Nós já havíamos recebido as visitas de vistoria técnica da Central de Transplantes do Ministério da Saúde. Nos últimos três anos, estruturamos um ambulatório para avaliar as indicações de crianças que eram elegíveis para o transplante e começamos a treinar a enfermagem e os médicos aqui do hospital, que fizeram treinamento em outros centros”. Tratamento Com a decisão do Ministério da Saúde, o HCB está autorizado a realizar os transplantes autogênicos. Nessa terapêutica, células formadoras do sangue são retiradas do próprio paciente e ficam preservadas enquanto ele passa por quimioterapia de condicionamento. Ao final do tratamento quimioterápico, as células são devolvidas à criança, que permanece em ambiente apropriado até receber alta. Depois de voltar para casa, o paciente continua recebendo o acompanhamento do hospital e precisa usar medicação imunossupressora. Benefícios A habilitação para o transplante beneficia não apenas as crianças com câncer, leucemia e linfoma, tratadas pela onco-hematologia, mas também as diagnosticadas com doenças congênitas, como imunodeficiências e anemia falciforme. “O transplante é a única terapêutica para curar algumas doenças genéticas”, esclarece Isis Magalhães. “Inclusive, há uma portaria ministerial reconhecendo a anemia falciforme como uma doença passível de cura pelo transplante de medula óssea”. O HCB faz parte da rede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) e é administrado pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe). É um hospital público, de especialidades pediátricas, voltado ao tratamento de doenças que requerem uma assistência de alta complexidade. O atendimento é feito para crianças encaminhadas pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que as direciona ao HCB. * Com informações da SES/DF

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