DF fará busca ativa pelos grupos da vacina contra a mpox
A Secretaria de Saúde vai iniciar uma busca ativa pelo grupo de 177 pessoas residentes no Distrito Federal com indicação para receber a vacina contra a mpox, doença antes chamada de varíola dos macacos e monkeypox. De acordo com os critérios do Ministério da Saúde, o imunizante não é indicado para toda a população, sendo restrita a homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com mais de 18 anos, vivendo com HIV/Aids, com contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses, e a profissionais de laboratório que lidem diretamente com o orthopoxvírus. A aplicação da vacina contra a mpox é específica para homens cisgêneros, travestis, mulheres transexuais com mais de 18 anos e profissionais de laboratório que lidem diretamente com o Orthopoxvírus | Foto: Divulgação/SES-DF De acordo com a gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde, Tereza Luiza Pereira, o imunizante não será disponibilizado amplamente nas unidades básicas de saúde (UBSs), como acontece com outras campanhas de vacinação. “A ideia é fazer a busca ativa dessas pessoas”, explica. A aplicação poderá ocorrer nos locais onde os pacientes fazem seu tratamento de saúde. Servidores serão treinados especificamente para a aplicação do imunizante contra a mpox, com foco em usar as doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde sem perdas técnicas. [Olho texto=”“Observamos uma queda bastante expressiva da transmissão a partir de outubro. De modo geral, o cenário do DF é similar ao que observamos na Europa e nas Américas, onde temos uma desaceleração importante da transmissão”” assinatura=”Priscilleyne Reis, gerente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Saiba mais sobre a mpox: https://www.saude.df.gov.br/monkeypox A gerente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), Priscilleyne Reis, lembra que apesar de uma alta taxa de transmissão da mpox no ano passado, quando chegaram a ser registrados 168 casos em um único mês, setembro, hoje é possível dizer que a doença está controlada. “Observamos uma queda bastante expressiva da transmissão a partir de outubro. De modo geral, o cenário do DF é similar ao que observamos na Europa e nas Américas, onde temos uma desaceleração importante da transmissão”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O primeiro caso no Distrito Federal foi confirmado em maio de 2022. Até agora, são 381, sendo 327 somente entre julho e setembro. O último caso registrado foi em janeiro, quando foram confirmadas quatro contaminações. Em fevereiro e em março o Distrito Federal não registrou pessoas com mpox. Apesar da redução, Priscilleyne Reis destaca a importância de profissionais de saúde e a população em geral manterem a atenção para os sinais e sintomas da doença. “A vacinação está direcionada apenas para um grupo bastante restrito de pessoas, principalmente como estratégia de proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença”, completa. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Laboratório público do DF inicia testagem da monkeypox
Brasília, 1º de agosto de 2022 – O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) desenvolveu uma metodologia de teste para o diagnóstico local de monkeypox, doença zoonótica viral com sintomas semelhantes aos da varíola, mais conhecida como varíola dos macacos. O objetivo é se tornar um ponto de testagem referenciado, acelerando o reconhecimento dos casos suspeitos na capital. Até então, as amostras dos pacientes precisavam ser enviadas para o reconhecimento na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com a metodologia de teste para o diagnóstico local de monkeypox, o Lacen-DF tem o objetivo de se tornar um ponto de testagem referenciado, acelerando o reconhecimento dos casos suspeitos no Distrito Federal | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Os ensaios no Lacen-DF tiveram início há três semanas com o surto dos casos no Brasil – até a última sexta-feira (29), o Distrito Federal contava com 21 casos confirmados e 70 suspeitos. “Nós estamos fazendo os primeiros ensaios para poder oferecer o diagnóstico à população do Distrito Federal e aos gestores e apresentar as ações de vigilância”, afirma a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. A metodologia foi criada a partir dos estudos, publicações e artigos científicos mais recentes sobre a doença para garantir segurança. A testagem é feita por um teste PCR que detecta a partícula viral da monkeypox nas lesões na pele do paciente. Para aumentar a confiabilidade, o laboratório também faz a sequência do DNA dos casos positivos. A diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo, diz: “Estamos fazendo os primeiros ensaios para poder oferecer o diagnóstico à população do Distrito Federal e aos gestores e apresentar as ações de vigilância” Os kits para os testes são fornecidos pelo Lacen às unidades de saúde, que encaminham as amostras para diagnóstico. “Tentamos suprir informações e dar apoio quanto à coleta, ao armazenamento e ao envio dessas amostras. O procedimento de coleta tem que seguir um rito para que a gente consiga uma qualidade de material boa”, revela a chefe do Núcleo de Virologia do Lacen-DF, Fernanda Yamada. Agilidade no combate Agenor de Castro, farmacêutico do Lacen-DF, diz: “Se a gente faz por aqui, consegue minimizar esse tempo e logo ajudar nas políticas de vigilância epidemiológica” O principal benefício da testagem local é o tempo de resposta para as ações de bloqueio e tratamento da doença. A expectativa é de que com o processo os resultados sejam entregues em até 48 horas. Atualmente, entre coleta, transporte e diagnóstico, o tempo é de 10 a 15 dias. “Quando a gente envia uma amostra para fora, temos que contar com o tempo de envio e o recebimento no outro centro. Essa amostra ainda concorre com outros locais do Brasil. Se a gente faz por aqui, consegue minimizar esse tempo e logo ajudar nas políticas de vigilância epidemiológica. Consegue informar o paciente sobre a necessidade dele ficar isolado e manter as normas sanitárias, que são recomendadas nesses casos”, explica Agenor de Castro, farmacêutico do Lacen-DF. Mesmo em pouco tempo, o Laboratório Central de Saúde Pública do DF já está sendo procurado por outros estados que desejam replicar a metodologia. “Desde o momento que nós publicizamos que estamos preparados para fazer esse diagnóstico, outros Lacens entraram em contato para obter informações e caminhos necessários para adquirir os reagentes e poder fazer a mesma metodologia”, conta a diretora do Lacen-DF. Doença A monkeypox é uma doença de origem animal transmitida para humanos. A transmissão ocorre por contato com animal ou humano infectado (lesões, fluidos corporais e gotículas respiratórias), ou ainda com materiais contaminados contendo o vírus. Os sintomas duram de duas a quatro semanas. Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5º Celsius. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de cinco dias. Conforme a febre reduz, as lesões na pele começam a aparecer. A lesão é avermelhada, se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que com o passar dos dias passa a ter o tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta e depois se rompe da pele. Em caso de suspeita, as unidades básicas de saúde (UBSs) e as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes. O diagnóstico deve ser laboratorial.
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Tire suas dúvidas sobre a monkeypox
A monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, ganhou ainda mais destaque na saúde pública do DF após a confirmação de uma pessoa infectada com o vírus. A equipe da Vigilância Epidemiológica monitora o caso e outros quatro suspeitos. Todos em isolamento domiciliar. A doença não tem, na maioria dos casos, consequências graves. No entanto, o melhor caminho é o esclarecimento e a prevenção. Para tirar dúvidas, a Agência Brasília preparou uma série de perguntas e respostas, confira: O que é a monkeypox? É uma zoonose, isto é, uma doença de origem animal transmitida para humanos. Trata-se de um vírus infectocontagioso. [Olho texto=”O período de incubação do vírus é em média de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Por que a doença é chamada de varíola dos macacos? O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958, quando pesquisadores investigavam surto infeccioso em macacos africanos que estavam sendo estudados na Dinamarca, segundo informações do Instituto Oswaldo Cruz. Como é transmitida? A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de pessoa para pessoa está ocorrendo entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos. A infecção ainda se dá a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. O vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies. Para se prevenir, é fundamental evitar o contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Por quanto tempo uma pessoa pode transmitir a doença? O período de incubação do vírus é em média de 5 a 21 dias, com a transmissibilidade sendo do início dos sintomas até o desaparecimento das lesões na pele. Como se prevenir? É recomendado evitar contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos. Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, esses itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum. [Olho texto=”As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e à natureza das complicações” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quais são os sintomas? Os principais sintomas são erupções na pele e alteração da temperatura corporal acima de 37,5º Celsius. A pessoa também pode ter dor no corpo, na cabeça e na garganta. O período febril tem duração de cerca de cinco dias. Conforme a febre reduz, as lesões na pele começam a aparecer. Inicialmente, é uma lesão avermelhada, que se eleva e vira uma bolha com presença de líquido incolor, que com o passar dos dias fica com o tom mais amarelado e evolui para um processo de cicatrização, virando uma crosta, que depois se rompe da pele. Qual é o tempo dos sintomas? As lesões na pele duram de duas a quatro semanas. Casos graves ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas e estão relacionados ao estado de saúde do paciente e à natureza das complicações. Qual a aparências das lesões? As lesões na pele são bem características, podem parecer com as manchas de catapora e de sífilis. O diagnóstico deve ser laboratorial. O diretor da Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, destaca que apenas a presença da lesão não permite um diagnóstico definitivo, tanto para descarte quanto para confirmação do caso. As lesões ficam para sempre? Cicatrizes ou áreas de hipocromia ou hipercromia podem permanecer após a queda das crostas. Uma vez que todas as crostas caíram, a pessoa com monkeypox não é mais contagiosa. [Olho texto=”Os óbitos são eventos raros nessa doença. De acordo com o epidemiologista Fabiano dos Anjos, os estudos hoje disponíveis apontam casos registrados em países africanos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] As lesões provocam dor? As erupções são inflamações na pele, sendo possível sentir dores localizadas nas lesões. Além disso, a doença pode provocar inicialmente dor muscular, de cabeça e de garganta. Quais são os locais mais comuns de aparecimento das lesões? É uma doença de lesões com característica centrífuga. Isso significa que as erupções não se localizam no centro no corpo, mas nas extremidades. É comum que apareçam na face, nos membros inferiores e superiores e nas regiões genitais. Também é possível tê-las dentro da boca e até mesmo serem confundidas com aftas. Como é feito o tratamento? Não há tratamento específico para a monkeypox. O manejo clínico deve incluir o tratamento sintomático e de suporte, manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e devem ser orientados a manter as lesões cutâneas limpas e secas. É importante que a pessoa não tente furar nem cutucar a bolha. Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Qual é o grau de letalidade da doença? Os óbitos são eventos raros nessa doença. De acordo com o epidemiologista Fabiano dos Anjos, os estudos hoje disponíveis apontam casos registrados em países africanos. Como é feita a comprovação de infecção por monkeypox? Atualmente, há apenas um laboratório em todo o Brasil habilitado para fazer o diagnóstico da doença. Até o momento, não há teste específico nem na rede pública nem privada. Quando uma pessoa apresenta os sintomas, os serviços de saúde precisam comunicar imediatamente a Vigilância Epidemiológica. Amostras de material biológico das lesões são coletadas para encaminhamento ao laboratório de referência. [Olho texto=”Até o momento, a Secretaria de Saúde notificou o Ministério da Saúde sobre quatro casos suspeitos e um confirmado de infecção por monkeypox no Distrito Federal” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Há algum perfil de maior risco? Segundo a Organização Mundial da Saúde, a monkeypox não tem associação a nenhum grupo específico e pode atingir qualquer pessoa. Porém o público principal que apresenta maior risco de contaminação é formado por profissionais de saúde. Pessoas que, em viagem internacional, tiveram algum tipo de contato íntimo com habitantes de países que registraram surto também podem estar mais suscetíveis à contaminação. Caso uma pessoa apresente os sintomas, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação de um profissional da área. Qual a situação do monkeypox no DF? Até o momento, a Secretaria de Saúde notificou o Ministério da Saúde sobre quatro casos suspeitos e um confirmado de infecção por monkeypox no Distrito Federal. Todos são do sexo masculino, três têm idade entre 20 e 39 anos e um é adolescente. Eles permanecem isolados e aguardam resultados laboratoriais para confirmação ou descarte do caso. Onde ir em caso de suspeita? Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. A rede está uniformizada quanto ao alerta para novos casos. Antes mesmo da confirmação da doença, a Secretaria de Saúde preparou nota técnica orientado os profissionais a como prosseguir em possível caso de monkeypox. O documento pode ser lido na íntegra neste link. A secretaria também monitora os casos suspeitos. Saiba como é feito esse acompanhamento neste link. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saiba como são monitorados os casos suspeitos de monkeypox no DF
Toda a rede de saúde do Distrito Federal está em alerta com a monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos. O primeiro caso da doença foi confirmado no DF no sábado (2). Para chegar a esse diagnóstico, vários servidores foram envolvidos, desde a notificação dos casos possíveis ao envio para o sequenciamento genético e o tratamento. As amostras colhidas pela Vigilância Epidemiológica são encaminhadas ao Lacen | Foto: Arquivo Agencia Saúde Quando uma pessoa procura as unidades da rede pública com febre e erupções cutâneas, um questionamento é coletado por um profissional de saúde. Após a coleta de dados e o exame clínico, a Vigilância Epidemiológica é comunicada sobre a suspeita de infecção por monkeypox. Segundo Nota Técnica Conjunta nº 3 de 2022, da Secretaria de Saúde, esse comunicado deve ser feito em até 24 horas, além de se informar imediatamente o paciente de que se trata de um caso suspeito. “Orientações para prevenção e controle da monkeypox nos serviços de saúde do DF abrangem profissionais do setor público e privado, civil e militar e em todos os níveis de atenção (primária, ambulatórios, consultórios, clínicas, hospitais, laboratórios, entre outros)”, diz o documento, que pode ser lido na íntegra no site da Secretaria de Saúde. [Olho texto=”“A Vigilância Epidemiológica detecta, notifica e investiga os casos suspeitos e de seus contatos para o risco de disseminação viral e para interrupção das cadeias de transmissão na ocorrência de surtos”” assinatura=”Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Notificação A partir da identificação de um caso suspeito de monkeypox no serviço de saúde, a Secretaria de Saúde inicia a identificação e o rastreamento de possíveis contatos. O objetivo é estabelecer as medidas necessárias de prevenção da disseminação do vírus para outras pessoas. “A Vigilância Epidemiológica detecta, notifica e investiga os casos suspeitos e de seus contatos para o risco de disseminação viral e para interrupção das cadeias de transmissão na ocorrência de surtos”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins. “Desta forma, vamos compreender melhor a epidemiologia da doença para subsidiar a implementação das ações de saúde pública no Distrito Federal”, completa. O epidemiologista reforça que os possíveis contatos também são monitorados com o objetivo de identificar de forma precoce e oportuna os sinais e os sintomas para que se interrompa rapidamente as cadeias de transmissão. Investigação Com as informações de casos suspeitos, o trabalho da Vigilância Epidemiológica envolve a investigação da situação, com levantamento de dados, como entrevista telefônica, visita domiciliar, revisão de prontuários, exames, laudos e outros documentos. Além das UBSs, as UPAs estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Um dos objetivos principais da investigação é identificar a provável fonte de infecção e a detecção de novos casos. Para isso, também é necessário levantar informações sobre viagens, exposições e contatos que o paciente apresentou no período provável de exposição ao vírus. Esse intervalo é de até 21 dias antes do início dos sinais e sintomas, considerando o período de incubação da doença. A investigação epidemiológica vai ser feita pelas equipes de saúde da família com supervisão dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NVEPI) das regiões, segundo o local de residência do caso suspeito. “A partir de uma relação próxima da Vigilância Epidemiológica, a Atenção Primária consegue atuar o mais precoce possível”, acrescenta o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno. O DF conta com 611 equipes de saúde da família, sendo 6.992 profissionais lotados em 675 unidades básicas de saúde (UBS). Atendimentos O diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, ressalta que os pacientes suspeitos são orientados a manter o isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões. Caso haja piora do quadro geral, devem procurar atendimento após contato prévio com sua unidade de saúde de referência. [Olho texto=”Os pacientes suspeitos são orientados a manter o isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões. Caso haja piora do quadro geral, devem procurar atendimento após contato prévio com sua unidade de saúde de referência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Pode ser UPA ou UBS, o importante é evitar se deslocar muito para não correr o risco de disseminar a doença”, afirma Martins. Ele também destaca que, até o momento, o DF não tem casos de transmissão comunitária da doença. Segundo o diretor, estando em bom estado geral, sem indicação de internação hospitalar, o paciente deverá aguardar o resultado do exame em isolamento domiciliar. As amostras colhidas pela epidemiologia são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A confirmação diagnóstica se dá por testes moleculares (RT-PCR – como os de covid-19), que detectam sequências específicas do vírus em amostras do paciente. “Como nosso Lacen não tem o sequenciamento genético, esse exame é encaminhado ao Ministério da Saúde, que envia as amostras para exames no Rio de Janeiro”, explica Martins. Quanto aos cuidados com o paciente, ele esclarece que a orientação clínica é voltada ao alívio dos sintomas, gerenciamento de possíveis complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber hidratação e alimentos para manter o estado nutricional adequado. [Olho texto=” “Temos os EPIs necessários e plena capacidade de receber e conduzir os casos identificados e suspeitos de varíola dos macacos”” assinatura=”Nestor Miranda Júnior, diretor de Atenção à Saúde do Iges-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] UPAS Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. A rede está uniformizada quanto ao alerta para novos casos. “A Nota Técnica da Secretaria de Saúde é muito completa, já foi distribuída e encontra-se em prática nas emergências das unidades”, explica o diretor de Atenção à Saúde do Iges-DF, Nestor Miranda Júnior. Segundo ele, as UPAs 24 horas e os hospitais de Base de Brasília e Regional de Santa Maria estão prontos. “Temos os EPIs necessários e plena capacidade de receber e conduzir os casos identificados e suspeitos de varíola dos macacos”, destaca. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Conheça a monkeypox e previna-se
O primeiro caso de monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, foi confirmado no Distrito Federal. Trata-se de uma doença viral em que a transmissão pode ocorrer por meio do contato com o animal ou com o humano infectado. [Olho texto=”“O vírus entra no organismo por meio principalmente do contato com as lesões. Independentemente do tipo de lesão, pois todas as formas são potencialmente transmissíveis”” assinatura=”Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica” esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar do nome, é importante destacar que os macacos não são reservatórios do vírus da varíola. Isto é, os animais são tão contaminados quanto os humanos, não sendo os responsáveis pelo vírus. Conheça os cuidados necessários para se proteger da monkeypox. A transmissão entre humanos pode ocorrer com o contato direto com secreções respiratória, lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A infecção também se dá a partir do contato com superfície e/ou objetos recentemente contaminados. “O vírus entra no organismo por meio principalmente do contato com as lesões. Independentemente do tipo de lesão, pois todas as formas são potencialmente transmissíveis”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos Martins. Ele reforça que a transmissão também pode ser por fluidos corporais. “Por exemplo, secreção respiratória de uma pessoa infectada, transmissão respiratória, no caso por gotículas. Pode acontecer a partir de contato próximo e prolongado ou mucosas, como dos olhos, nariz ou boca”, detalha. A higienização frequente das mãos é uma importante aliada na prevenção: vírus sobrevive por até 90 horas em superfícies | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Segundo o epidemiologista, o vírus da monkeypox sobrevive por até 90 horas em superfícies. Portanto, é recomendado que as pessoas tomem alguns cuidados, como evitar contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar as mãos. Fabiano Martins destaca que a rede pública de saúde do DF está preparada para cuidar da doença e segue acompanhando casos suspeitos. “A Secretaria de Saúde faz o monitoramento de possíveis contatos para acompanhar a situação epidemiológica”, alerta. [Olho texto=”“As unidades estão preparadas para receber e conduzir todos os casos clínicos e suspeitos inicialmente. Então, todos os serviços vão receber as pessoas”” assinatura=”Fabiano dos Anjos Martins, diretor de Vigilância Epidemiológica” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sintomas Os principais sintomas são febre e erupção cutânea, mas as pessoas também podem apresentar calafrios e linfadenopatia – inchaço em pequenas glândulas, especialmente em regiões perto do pescoço. No caso desses sintomas, a pessoa deve procurar unidades ambulatoriais e de pronto atendimento. “As unidades estão preparadas para receber e conduzir todos os casos clínicos e suspeitos inicialmente. Então, todos os serviços vão receber as pessoas”, afirma Martins. O epidemiologista indica que a retaguarda hospitalar será apenas para os casos que efetivamente evoluírem para maior gravidade. Segundo Martins, o período de incubação da monkeypox varia de seis a 13 dias. “Esse é o tempo que leva para aparecerem os primeiros sintomas”. Ele ressalta que os sintomas do vírus podem durar de duas a quatro semanas. Isolamento A pessoa suspeita deve ficar em isolamento com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso circule na casa com outros moradores, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz. É importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, usar toalhas de papel descartável para secá-las. Não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Entretanto, estes itens poderão ser reutilizados após higienização com detergente comum. No DF No último sábado (2), o Ministério da Saúde confirmou a infecção por monkeypox no DF. Trata-se de um homem, de 30 a 39 anos, com histórico de viagem internacional recente. Ele está em isolamento domiciliar e segue sendo monitorado pelas equipes de vigilância epidemiológica. O Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) também monitora um segundo caso ainda suspeito da doença. Essa pessoa está em isolamento domiciliar esperando o resultado do exame que vai confirmar ou descartar a contaminação pela doença. O serviço de vigilância faz o acompanhamento diário do estado de saúde dos pacientes. Ambos passam bem e estão em isolamento domiciliar. No Brasil O Ministério da Saúde confirmou, em 9 de junho de 2022, o primeiro caso de monkeypox no Brasil, em um morador de São Paulo. Ainda assim, a orientação é que pessoas de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, tenham apresentado início de erupção cutânea, única ou múltipla, de monkeypox, em qualquer parte do corpo ou febre sejam avaliadas como casos suspeitos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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