Arquivo Público do DF é o primeiro do país a integrar a Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais
O Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) recebeu, nesta terça-feira (28), representantes da Unesco e do Ministério da Cultura (MinC) para celebrar o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, comemorado em 27 de outubro. Além da homenagem, o encontro marcou a adesão do ArPDF à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais, sendo o primeiro do país a integrar oficialmente a iniciativa. Durante celebração pelo Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, o ArPDF aderiu à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais | Fotos: Divulgação/ArPDF O coordenador do Setor de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Adauto Soares, destacou que a data foi criada para reforçar a importância da preservação da memória por meio dos acervos audiovisuais. “O cinema e os acervos audiovisuais são suportes analógicos muito frágeis, que sofreram com a alternância de formatos ao longo dos anos, o que dificulta a preservação. O Programa Memória do Mundo busca justamente garantir que os países mantenham seus registros de memória em documentos, fotografias e acervos audiovisuais”, explicou. [LEIA_TAMBEM]A coordenadora-geral de Políticas para Preservação Audiovisual da Secretaria de Audiovisual (SAv), Jéssyca Paulino, ressaltou a relevância da articulação entre as instituições públicas: “Por muito tempo, os arquivos brasileiros atuaram de forma isolada. A rede vem para unir esforços, compartilhar saberes, técnicas e recursos humanos, fortalecendo a área de preservação audiovisual”. O superintendente do Arquivo Público, Adalberto Scigliano, comemorou a adesão e destacou o apoio de diferentes instituições: “Hoje é um dia de grandes celebrações. Preservar o acervo da história de Brasília só é possível graças ao reconhecimento de parceiros como a Unesco, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), o Instituto Latinoamérica e, agora, o Ministério da Cultura”. Os convidados puderam conhecer o Projeto Filmográfico do ArPDF, que prevê a digitalização de mais de mil películas Preservação e reconhecimento Durante o evento, os convidados conheceram o Projeto Filmográfico do ArPDF, viabilizado pela FAPDF, que prevê a digitalização de mais de mil películas. Participaram também representantes da Cinemateca Brasileira, do Ministério da Cultura e da equipe técnica do Arquivo Público. O ArPDF é reconhecido pelo Comitê Regional para a América Latina e o Caribe do Programa Memória do Mundo da Unesco (MoWLAC) como uma das principais instituições de preservação de memória e história do país. Em 2007, o Fundo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que integra o acervo do Arquivo, foi inscrito como Patrimônio Documental pelo programa. Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais Criada em 30 de junho de 2024, a Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais faz parte do Programa de Preservação do Audiovisual Brasileiro, instituído pela Portaria MinC nº 221. O objetivo é promover a conservação de obras e acervos audiovisuais considerados patrimônios culturais, indicando instrumentos e diretrizes para a patrimonialização e a preservação desses bens. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF)
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Arquivo Público do DF é o primeiro a aderir à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais do MinC
Em 27 de outubro é comemorado o Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual. Para celebrar a data, nesta terça-feira (28), às 16h30, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) fará a assinatura de adesão à Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais do Ministério da Cultura (MinC). O órgão será o primeiro a assinar a aderir ao grupo. Durante o evento, os convidados irão conhecer o Projeto Filmográfico do ArPDF, viabilizado pelo Fundo de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). No total, são mais de mil películas que passarão pelo processo de avaliação para serem digitalizadas. O Arquivo Público se destaca como uma das principais instituições de preservação de memória e história do Brasil | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A Rede Nacional de Arquivos Audiovisuais, do Programa de Preservação do Audiovisual Brasileiro do MinC, foi criada em 30 de junho deste ano e oficializada pela Portaria MinC nº 221, publicada no Diário Oficial da União. O programa tem como finalidade promover a preservação de obras e acervos audiovisuais que possam ser reconhecidos como patrimônios. Ele indica instrumentos para assegurar a patrimonialização e a preservação de bens culturais audiovisuais, aplicáveis tanto às obras individuais quanto aos acervos sob responsabilidade das instituições gestoras ou promotoras da preservação. [LEIA_TAMBEM]Reconhecimento da Unesco O Arquivo Público se destaca como uma das principais instituições de preservação de memória e história do Brasil, com reconhecimento do Comitê Regional para a América Latina e o Caribe do Programa Memória do Mundo da Unesco (MoWLAC). Criado em 1992, o Programa Memória do Mundo visa identificar e preservar documentos e arquivos de valor histórico. Formado por fotos, textos, filmes, mapas e plantas arquitetônicas, o Fundo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), do Arquivo Público do Distrito Federal, recebeu o reconhecimento de Patrimônio Documental concedido pelo MoWLAC em 2007. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF)
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Dia do Arquivista é celebrado com programação especial durante três dias
Em comemoração ao Dia do Arquivista, celebrado, nesta segunda-feira (20), o Arquivo Público do Distrito Federal, a Faculdade de Ciência da Informação e o Arquivo Central da Universidade de Brasília realizam a 1ª Jornada Arquivística do Planalto, com uma programação especial de três dias de comemoração. No 1º dia de evento, o público contou com palestras e debates dos organizadores e convidados, no Espaço Israel Pinheiro, em Brasília. O superintendente do Arquivo Público, Adalberto Scigliano, abriu as falas, seguido do diretor do Arquivo Central da UnB, Marcus Vinícius Gonçalves; do professor Renato Tarcísio Barbosa de Souza; e do diretor da Faculdade de Ciência da Informação da UnB; Flávio Noronha, membro da ABrasci. Primeira Jornada Arquivística do Planalto tem programação especial de três dias de comemoração | Foto: Divulgação/ArPDF A mesa de debate contou a participação do professor Paulo Alencar, coordenador do Curso de Arquivologia; de Elcio Gomes, arquiteto da Câmara dos Deputados — autor do livro Os Palácios Originais de Brasília; de Paola Caliari Ferrari Martins, coordenadora do Centro de Documentação Edgar Graeff da Biblioteca Setorial FAU/UnB; de Vinícius Coêlho, coordenador de Arquivo Permanente ACE/UnB; e de Hélio Júnior, um dos arquivistas do Arquivo Público do DF. Dando continuidade à 1ª Jornada Arquivística do Planalto, nesta terça-feira (21) será exibido na Faculdade de Ciência da Informação da UnB, às 19h, uma sessão do Documentário Brasília 65 anos – Do Sonho ao Concreto: Heróis Anônimos. Filme dirigido por Walther Neto, lançado pelo ArPDF e Casa de Chá, na Praça dos Três Poderes, em junho deste ano. Como parte das comemorações e encerrando o evento, o filme será exibido, no Espaço Israel Pinheiro, às 19h, nesta quarta-feira (22/10). A entrada é gratuita e o evento é aberto ao público. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF)
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SQS 106 recebe placas que destacam marcos históricos de Brasília e aproximam moradores da memória da capital
Há mais de seis décadas, quando Brasília ainda era poeira vermelha, concreto fresco e sonhos em construção, os primeiros moradores chegaram carregando esperança e coragem. Foram os pioneiros que deram vida aos prédios recém-erguidos, e é justamente essa memória que o Projeto Passos Pioneiros busca homenagear com a inauguração de cinco placas históricas na SQS 106, neste sábado (30), às 9h, próximo ao bloco D da quadra. “Essa região é onde Brasília começou a ser construída, onde os primeiros blocos residenciais foram construídos e os três primeiros blocos que tiveram pessoas habitando são esses aqui na SQS 106”, explica Giordano Bazzo, vice-prefeito da quadra, referindo-se aos blocos C, D e I. Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Os primeiros oito blocos foram projetados por Oscar Niemeyer em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o único projeto de blocos residenciais do arquiteto em Brasília. Os três blocos restantes da quadra foram criados por Wagner Urubatan Neves, responsável por 11 blocos nas quadras 106 e 306 sul. Memória preservada Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília: os primeiros prédios entregues em 1959; a transformação do conjunto residencial IAPC na SQS 106; a inauguração do Centro de Ensino Fundamental 01, a quarta escola do Plano Piloto; curiosidades sobre o Cine Brasília, onde é sediado o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais tradicional do país, e a entrequadra 106/107, tombados em 2007. Além de fatos marcantes da área comercial, como os primeiros semáforos e as tesourinhas construídas. A pesquisa dessas informações foi feita com o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). “Nós cedemos todas as fotos desde o início da quadra 106. Também o projeto de organização dos blocos e outros documentos” afirma Elias Manoel, historiador do Arquivo Público. Para ele, a importância de resgatar essa história é vincular o passado ao presente. “Aquilo que você não lê, você não retoma, você esquece. A história quando não é revisitada, é esquecida. Revisitar a história é olhar uma placa como essa”, complementa o historiador. Novos olhares Letícia Nunes tem 21 anos, nasceu em Brasília e mora no Guará com a família. Ela trabalha como operadora de caixa em um mercado da quadra e confessa que nunca tinha parado para perceber sua importância histórica. “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou passar por aqui e sempre lembrar disso”, diz Letícia. Já o servidor público Fábio Lacerda mora na quadra 106 há 5 anos. Ele conta que, embora soubesse que a quadra existia há décadas, nunca tinha se dado conta da relevância histórica do local que mora. “Eu sabia que era uma quadra antiga, mas não sabia que tinha toda essa história. Recentemente, passando por aqui, vi essas placas e consegui conhecer um pouco mais e achei bastante interessante”, afirma Fábio. Letícia Nunes tem 21 anos: “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou sempre lembrar disso”, diz Letícia Recuperação histórica Além da inauguração das placas, a quadra também recebe reformas. Servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) trabalham na manutenção do espaço e da infraestrutura local. “A instalação das placas e a recuperação da quadra aproxima os moradores e visitantes porque elementos históricos não estão em qualquer lugar por aí. E ao defrontar-se com uma placa dessa, aproxima a comunidade porque a comunidade se irmana com um diálogo histórico. Porque, se a gente não tiver lugares que se possa ler conteúdos de história, como é que você vai saber que aquele lugar é histórico?”, questiona o historiador do Arquivo Público.
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Guardião da história do Distrito Federal, Arquivo Público celebra 40 anos de existência
Brasília está prestes a completar 65 anos. Apesar da pouca idade, a capital federal tem uma história vasta, inclusive porque sua origem é bem anterior a 1960. E toda essa história está documentada no Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), órgão que celebra 40 anos de existência nesta sexta-feira (14). O Arquivo Público do Distrito Federal, instituição responsável pela preservação da memória da capital, comemora 40 anos nesta sexta (14) | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Os 40 anos chegam em um momento em que o Arquivo Público se posiciona como uma das instituições de guarda e preservação de memória mais importante do país, até porque somos reconhecidos pela Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] com o selo de Memória do Mundo. E nós também aproveitamos para celebrar a chegada de acervos que ajudam a integralizar, a contextualizar, a entender, a compreender a história de Brasília de uma forma mais ampla”, exaltou o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. Os acervos a que ele se refere são coleções particulares – que, agora, serão incorporadas ao Arquivo Público – de grandes protagonistas da história de Brasília, sejam pessoas ou espaços, como o Teatro Goldoni, Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Lucio Costa. O acervo deste último, aliás, veio após assinatura de acordo entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Casa da Arquitectura de Portugal, e inclui rascunhos inéditos do projeto original do Plano Piloto. Coleções particulares de grandes protagonistas da história de Brasília – como Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Lucio Costa – serão incorporadas ao acervo do Arquivo Público As celebrações dos 40 anos do ArPDF ainda contemplam outras ações, que seguirão até o fim do ano. Parte delas já foi divulgada – outras ainda serão anunciadas. Entre os destaques, estão a renovação da identidade visual do órgão, com uma nova marca para comemorar as quatro décadas; a intervenção artística nas fachadas da sede, com grafites que remetem à história e aos monumentos de Brasília; o lançamento de um box, em parceria com o Senac, com as cadernetas da Comissão Cruls – que, em 1892, promoveu a primeira jornada ao interior do país para delimitar o local onde seria erguida a nova capital; o lançamento de um livro com a história do Arquivo Público; e a criação da Comenda Ernesto Silva para homenagear pessoas e instituições que contribuíram para preservação da memória do DF. Haverá ainda uma mostra de cinema com as primeiras imagens da capital federal. “O Arquivo Público tem cerca de 1,1 mil rolos cinematográficos do nosso acervo que precisavam de digitalização e nós iniciamos esse processo de digitalização e vamos brindar a cidade com essas primeiras imagens da construção do Planalto Central. Vamos fazer isso em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e devemos fazer essa coletânea no Cine Brasília”, apontou o superintendente. Com um rico acervo, que inclui as plantas originais da construção de Brasília e carteiras de trabalho de funcionários que atuaram nas obras, o Arquivo Público é reconhecido pela Unesco com o selo de Memória do Mundo História Criado em 1985, por meio do Decreto nº 8.530, o Arquivo Público do Distrito Federal é vinculado à Casa Civil do DF e tem a responsabilidade de planejar e coordenar o recolhimento de documentos produzidos e acumulados pelo Poder Executivo local, assim como documentos privados de interesse público. No local, estão, por exemplo, documentos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), como as plantas originais da construção de Brasília, carteiras de trabalho de funcionários que atuaram nas obras e a ata do concurso para escolher o projeto do Plano Piloto. Foi essa coleção que rendeu ao ArPDF o selo da Unesco de Memória do Mundo, em 2007. “São riquezas enormes”, enfatizou o historiador Elias Manoel da Silva, que trabalha no local há 20 anos. “O Arquivo Público e Brasília são duas dimensões de uma só coisa. Enquanto a capital construída é o corpo físico, o Arquivo Público é a alma”, arrematou.
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Brasília não tem eleições municipais, mas você sabia que a capital federal já teve prefeitos?
A cada quatro anos, os eleitores do Distrito Federal acompanham à distância a movimentação nos 5.569 municípios brasileiros, onde os moradores vão às urnas para eleger os prefeitos e os vereadores da próxima legislatura. O Quadradinho fica de fora das Eleições Municipais devido a própria definição: a única unidade da federação que acumula as competências de estado e município. Indicado por Jânio Quadros, Paulo de Tarso Santos foi prefeito por seis meses, em 1961 | Fotos: Arquivo Público do DF Apesar disso, entre os anos de 1960 e 1969, a capital contava com prefeitos em vez de governadores no comando do Executivo. Isso porque o artigo 5º da Lei nº 3.751, de 13 de abril de 1960 – que estabeleceu a organização administrativa do Distrito Federal – previa que o governo seria exercido por um prefeito e pelos vereadores da Câmara do Distrito Federal. O mineiro Israel Pinheiro da Silva foi o primeiro prefeito do DF “A Lei nº 3.751 estabeleceu as competências do Distrito Federal, dizendo que a cidade tinha capacidade de elaborar leis complementares à União e de definir impostos, e que isso seria feito por um prefeito e uma Câmara Legislativa. Sendo o prefeito nomeado pelo presidente da República e a câmara eleita pelo povo, que escolheria 20 vereadores”, revela a historiadora do Arquivo Público do DF Cecília Mombelli. De acordo com a historiadora, os prefeitos foram nomeados pelo presidente da República até a mudança da Constituição Federal em 1969, quando a figura do chefe do Executivo local passou a ser atribuída a um governador. Durante os nove anos em que Brasília teve prefeitos, 12 políticos exerceram o cargo, incluindo interinos. Já os vereadores nunca chegaram a ser eleitos, tendo o próprio Congresso Nacional e depois o Senado desempenhado o cargo até a criação do cargo dos deputados distritais na década de 1990. O carioca Plínio Reis de Catanhede Almeida foi prefeito do Distrito Federal entre maio de 1964 e março de 1967 O primeiro prefeito de Brasília foi Israel Pinheiro da Silva. Até então presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) por convite do presidente Juscelino Kubitschek, o mineiro exerceu o cargo de 17 de abril de 1960 até 31 de janeiro de 1961, governando até a posse de Jânio Quadros. Além de conduzir a construção de Brasília, foi responsável pela criação de diversos órgãos necessários à organização administrativa da Nova Capital. Já o último ocupante do cargo foi Wadjô da Costa Gomide, que foi prefeito de 31 de março de 1967 a 30 de outubro de 1969. Goiano de Catalão, ele assumiu vários cargos dentro do Governo do Distrito Federal antes de ser nomeado chefe do Executivo local. O Palácio do Buriti foi construído na gestão de Gomide, bem como a emancipação do Guará como região administrativa. O engenheiro civil Wadjô da Costa Gomide (à esquerda) foi o último prefeito do DF, cargo que exerceu de março de 1967 a outubro de 1969 “Em 1969, com a Emenda Constitucional nº 1, mudou-se o nome. Não era mais prefeito do Distrito Federal, passou a ser governador, mas ainda era uma indicação do presidente e essa estrutura se manteve até a década de 1980. No processo de redemocratização, o DF buscou por mais autonomia política”, recorda a historiadora. O primeiro governador da capital foi o gaúcho Hélio Prates da Silveira. Já o primeiro governador eleito por voto popular foi Joaquim Domingos Roriz, em 1990, junto aos 24 deputados distritais. Ele já ocupava o cargo desde 1988 por indicação do presidente José Sarney. Conheça os prefeitos do Distrito Federal Israel Pinheiro da Silva (17/4/1960 a 31/1/1961): Mineiro de Caeté, foi o primeiro prefeito de Brasília. Foi convidado para assumir a presidência da Novacap em 1956 por Juscelino Kubistchek. Segismundo de Araújo Mello (05/5/1960 a 5/8/1960): Nascido em Luziânia, foi o primeiro secretário de Governo do Distrito Federal, presidente da Novacap e prefeito interino de maio a agosto de 1960. Bayard Lucas de Lima (1º/2/1961 a 6/2/1961): Nascido em Bagé, estado do Rio Grande do Sul, o médico ocupou o Governo do Distrito Federal por cinco dias em fevereiro de 1961, durante a presidência de Jânio Quadros. Paulo de Tarso Santos (6/2/1961 a 25/8/1961): Nasceu em Araxá (MG), começou a carreira política em 1955. Parceiro de Jânio Quadros, foi indicado pelo presidente ao cargo em fevereiro de 1961. Deixou o cargo após a renúncia de Quadros. Diogo Lordello de Mello (26/8/1961 a 13/10/1961): Baiano, o advogado foi em 1961 o secretário-geral de Administração da Prefeitura do Distrito Federal. Posteriormente, entre setembro e outubro do mesmo ano, administrou a nova capital como prefeito interino. Ângelo Dário Rizzi (13/10/1961 a 6/11/1961): O paulista ocupou interinamente a prefeitura entre outubro e novembro de 1961 no regime parlamentarista do primeiro ministro Tancredo Neves. José Sette Câmara Filho (6/11/1961 a 22/8/1962): Antes de ser prefeito de Brasília, o mineiro foi chefe da Casa Civil de Juscelino Kubitschek e, em 1960, chegou ao governo do Estado de Guanabara. Ivo de Magalhães (28/8/1962 a 31/3/1964): O carioca Ivo de Magalhães substitui José Sette Câmara a convite do presidente João Goulart. Luiz Carlos Victor Pujol (3/4/1964 a 9/4/1964): O paulista assumiu a prefeitura de Brasília por apenas três dias, antes exerceu várias funções públicas no governo federal. Ivan de Souza Mendes (9/4/1964 a 18/5/1964): Foi o único militar a ocupar a prefeitura de Brasília. Cargo que exerceu na condição de interino de abril a maio de 1964. Plínio Reis de Catanhede Almeida (18/5/1964 a 15/3/1967): Nomeado pelo presidente Castelo Branco, estruturou de modo definitivo a Prefeitura do Distrito Federal entre maio de 1964 e março de 1967. Wadjô da Costa Gomide (31/3/1967 a 30/10/1969): Goiano de Catalão, foi o último ocupante do cargo na condição de prefeito.
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#TBT: Os candangos imortalizados na Praça dos Três Poderes
Brasília é conhecida como um monumento, um verdadeiro museu a céu aberto. Agora, você conhece a história das obras de arte presentes nas principais vias e praças da capital? No #TBT desta quinta-feira (14), a Agência Brasília conta a história de uma escultura que representa aqueles que vieram construir a capital do país e ao mesmo tempo é símbolo de defesa dos três poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário): a escultura Os Guerreiros, mais conhecida como Os Candangos. Esculpida em 1959 pelo artista Bruno Giorgi, a estátua feita em bronze e medindo 8 metros está localizada na Praça dos Três Poderes e é considerada um dos símbolos da cidade. Giorgi é conhecido como um dos mais importantes escultores brasileiros. Filho de pais italianos, ele nasceu em 1905, em São Paulo, e morreu em 1993, no Rio de Janeiro. A convite do arquiteto Oscar Niemeyer, o artista desenvolveu três obras na capital entre as décadas de 1950 e 1960. A obra de Bruno Giorgi foi esculpida em 1959 em bronze | Foto: Divulgação/Arquivo Público do DF O verdadeiro significado da estrutura é algo discutível entre os historiadores. Para alguns, a imagem de duas pessoas se abraçando é uma forma de dizer que guerreiros estão lutando por um país igualitário, já que os poderes estão reunidos na praça, o que representaria um símbolo de união, força e equilíbrio. Em uma entrevista que integra o acervo do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), Bruno Giorgi afirmou que a escultura era uma homenagem aos candangos, trabalhadores que vieram de vários estados do país para construir a nova capital federal. “O artista foi contratado pela Novacap para fazer a obra. Ele fez uma pequena maquete da estátua que foi aprovada pela companhia e pelo próprio Oscar Niemeyer. Segundo o artigo, a maquete participou da Bienal em São Paulo em 1957, e lá, com várias outras, estava batizada de Os Guerreiros. Quando foi trazida para cá, ela mudou de nome para Os Candangos”, conta o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva. Entre grandes monumentos de Oscar Niemeyer, como os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, a escultura se destaca na Praça dos Três Poderes | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na época, os profissionais que trabalharam na construção da capital já haviam se apropriado do título Os Candangos para se referir à escultura. A apropriação dos trabalhadores foi confirmada anos depois pelo artista. O artigo ainda diz que a escultura estava prevista para ser instalada no Palácio do Planalto. E a Novacap e o artista reviram o espaço e acharam melhor colocar na Praça dos Três Poderes, voltada para o Planalto. Na mesma entrevista, Giorgi diz, ainda, que teve total liberdade: “Não me deram nenhum tema para fazer; eu fiz porque gostava daqueles dois elementos juntos”. Potencial turístico Entre grandes monumentos de Oscar Niemeyer, como os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, a escultura se destaca na Praça dos Três Poderes pelo tamanho e por ser mais um dos pontos turísticos da capital federal, apreciado pelos turistas. [Olho texto=”“A escultura ‘Os Candangos’ representa toda a força e dedicação dos trabalhadores que deixaram casas e famílias em busca de oportunidades de emprego na construção de Brasília”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “[A escultura] Os Candangos representa toda a força e dedicação dos trabalhadores que deixaram casas e famílias em busca de oportunidades de emprego na construção de Brasília. A obra de Bruno Giorgi é reconhecida como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura], sendo muito admirada pelos visitantes da capital e destacando-se no cenário cívico da cidade”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Bruno Amaral: “A cidade é um museu a céu aberto; passeando de carro ou de ônibus, podemos observar os monumentos pelas ruas” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramon, a praça como um todo tem uma importância simbólica por conectar os Três Poderes da República. “A praça é onde as pessoas se encontram, celebram a democracia, o centro do país. Um espaço de passeio, de lazer, e hoje recebe milhares de visitantes ao redor, pois tem um potencial histórico, cultural e cívico. Também representa uma bela viagem ao passado, presente e futuro da nação”, destaca Ramon. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Passeando com os dois filhos pela Praça dos Três Poderes, e à sombra da escultura Os Candangos, o brasiliense Bruno Amaral salienta a importância dos monumentos presentes no local. “Gosto dessa curiosidade que a cidade oferece para os turistas, como a maior bandeira hasteada do mundo, essa escultura, entre outras. A cidade é um museu a céu aberto; passeando de carro ou de ônibus, podemos observar os monumentos pelas ruas e não é como qualquer outra cidade do país, aqui tem muitos. Sou curioso e gosto de repassar essas peculiaridades para os meus filhos”, finaliza.
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#TBT: Ponte Honestino Guimarães surgiu para incentivar ocupação do Lago Sul
Mais do que um meio de conexão entre o Lago Sul e o Plano Piloto, uma estrutura capaz de estimular a ocupação da região. Esse foi um dos pontos norteadores da construção da Ponte Honestino Guimarães, inaugurada em 1976 com o nome de Ponte Costa e Silva. “Independentemente de qual ponte, todas as do Lago tinham como princípio a condição de ser indutoras da ocupação do Lago Sul. Elas não nasceram simplesmente para facilitar a locomoção”, explica o historiador do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) Elias Manoel. No caso da estrutura que liga o Setor de Clubes Sul ao Pontão do Lago Sul, com acesso à Península dos Ministros e à QL 11, havia ainda um desejo do arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer, que a projetou, de que a obra fosse uma espécie de monumento arquitetônico da cidade. “Segundo os textos de Oscar Niemeyer, ele não queria uma ponte só no sentido do transporte, mas um monumento que dialogasse com a arquitetura de Brasília. Por isso, chegou a batizá-la de Ponte Monumental, nome que nunca foi usado oficialmente”, conta. A obra foi inaugurada pelo presidente Ernesto Geisel, que a batizou de Ponte Costa e Silva. Em 2022, a estrutura foi renomeada como Ponte Honestino Guimarães | Foto: Divulgação/Arquivo Público do DF O projeto demandava uma técnica complexa, porque o arquiteto queria uma estrutura toda em concreto e sem pilares aparentes com uma base “apenas pousando na superfície como uma andorinha tocando a água”. Isso acabou complicando a construção devido às necessidades de adaptação. “Logo foram notadas rachaduras enormes nas bases que foram construídas. Novas estacas tiveram que ser incluídas no projeto, porque a fundação havia sido calculada de maneira errada. Outra curiosidade é que a ponte não foi feita toda em concreto. Há 60 metros que conectam os dois lados em ferro, algo que ninguém nota a olho nu”, destaca o historiador Elias Manoel. Por conta da demora, o Lago Sul acabou ganhando outra ponte, enquanto os serviços na Honestino Guimarães estavam paralisados. Foi a Ponte das Garças, construída entre 1973 e 1974. Até então, o acesso à região era feito contornando o Lago Paranoá pelas estradas Parque Dom Bosco (DF-025) e Parque Aeroporto (DF-047). O historiador Elias Manuel chama atenção para uma curiosidade: “A ponte não foi feita toda em concreto. Há 60 metros que conectam os dois lados em ferro, algo que ninguém nota a olho nu” | Foto: Divulgação/Arquivo Público do DF Apesar de ter sido a segunda ponte do Lago Sul, a concepção da Honestino Guimarães é de 1967 e se trata do único dos três projetos de pontes de autoria de Niemeyer – dois para o Lago Sul e um para o Lago Norte – que foi de fato executado no DF. Após ter ficado parada entre 1971 e 1974, o trabalho terminou em 1976. A obra foi inaugurada pelo presidente Ernesto Geisel, que a batizou de Ponte Costa e Silva. Depois de alguns imbróglios, a estrutura acabou sendo renomeada como Honestino Guimarães, em 2022. Primeira grande reforma No segundo semestre de 2021, o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou a primeira grande obra de reforma na Ponte Honestino Guimarães desde a inauguração. O serviço é executado sob a coordenação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com investimento de R$ 13,7 milhões. Com investimento de R$ 13,7 milhões, primeira reforma da ponte abrange segurança estrutural e aumento da vida útil | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A obra abrange, principalmente, aspectos da segurança estrutural e aumento da vida útil da ponte”, explica o engenheiro civil e coordenador da Unidade de Gerenciamento de Projetos de Obras de Arte Especiais e Estruturas da Novacap, Carlos Feijão. “Aproveitando a necessidade das intervenções pela idade, ajustou-se a estrutura às exigências da carga rodoviária atual, bem como foi feita a melhoria na parte funcional da ponte, tanto de passeios laterais para pedestres quanto para acesso na cabeceira do Lago Sul, integrando ao projeto de ocupação e uso da orla do Lago Paranoá.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A reforma contou com reforço das estruturas, modernização da iluminação, construção de passarelas de pedestres e ciclistas, recuperação de fissuras e corrosão; remodelagem dos passeios de pedestres e guarda-corpos, criação do acesso na cabeceira do Lago Sul e integração com ciclovia, construção do píer junto ao Lago e instalação da nova iluminação em LED. A segunda etapa da obra foi autorizada pelo governador Ibaneis Rocha no dia 22. Serão investidos R$ 7,7 milhões para realizar os serviços de reforço estrutural com adição de cabos de protensão – técnica para aumentar a resistência do concreto. “Isso vai garantir mais segurança à estrutura e adequá-la às normas rodoviárias atuais”, revela o engenheiro civil.
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