Terapeutas ocupacionais participam de curso de atualização sobre primeira infância
O auditório do Centro Universitário Iesb, na Asa Sul, tornou-se, nesta terça-feira (21), o palco do I Curso de Atualização sobre Primeira Infância para terapeutas ocupacionais da Secretaria de Saúde (SES-DF). O evento reúne profissionais, estudantes e residentes da área que atuam com o público infantil nos três níveis de Atenção à Saúde. O objetivo é promover a troca de experiências, o alinhamento de condutas e o aprimoramento dos processos de trabalho relacionados à especialidade. “Essa iniciativa é fundamental para nos atualizarmos e trocarmos experiências com outros profissionais, ampliando nosso conhecimento para beneficiar nossos pacientes” Deidmaia Lima, terapeuta ocupacional Ao longo do dia, foram discutidos temas como a revisão do desenvolvimento neuropsicomotor na primeira infância, a importância da nova Caderneta da Criança e as particularidades do prematuro. Também foi debatida a relevância da orientação parental no atendimento ao público infantil e a intervenção da terapia ocupacional nesse contexto. O ciclo de palestras foi organizado pela Gerência de Serviços de Saúde Funcional (Gessf) da SES-DF. “Essa iniciativa é fundamental para nos atualizarmos e trocarmos experiências com outros profissionais, ampliando nosso conhecimento para beneficiar nossos pacientes”, afirma a terapeuta ocupacional da SES-DF, Deidmaia Lima. O evento reúne profissionais, estudantes e residentes da área que atuam com o público infantil nos três níveis de atenção à saúde | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF “Na primeira infância, uma fase muito importante da vida, é essencial estarmos sempre atualizados para oferecer o melhor atendimento às crianças”, completa a terapeuta. A estudante de terapia ocupacional Sidiane Souza compartilhou as expectativas em relação ao curso. “Quero trabalhar com crianças e aplicar os melhores conhecimentos que adquiri. Acredito que os temas abordados hoje serão muito valiosos para minha futura profissão”, diz. Ao final da programação, foi realizada apresentação de grupos para o compartilhamento de experiências, aprimorar práticas e fortalecer a rede de profissionais engajados na promoção do desenvolvimento saudável das crianças. *Com informações da SES-DF
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Hospitais públicos do DF assinam acordos de gestão local
Os gestores dos dez hospitais da Secretaria de Saúde (SES-DF) assinaram Acordos de Gestão Local. O pacto foi firmado no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O objetivo é estabelecer vínculos entre as unidades de saúde da capital federal, com critérios e metas que serão acompanhadas nos próximos anos. Os hospitais públicos participantes devem elaborar planos de trabalho que aprimorem seus indicadores, incluindo Samambaia (HRSam), Taguatinga (HRT), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Guará (HRGu), Asa Norte (Hran), Planaltina (HRPl), Sobradinho (HRS), Paranoá/Região Leste (HRL) e Gama (HRC). Secretária de Saúde Lucilene Florêncio assinou acordo com o objetivo de estabelecer vínculos entre as unidades de saúde da capital federal, com critérios e metas que serão acompanhadas nos próximos anos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Ao assinarmos um contrato com os hospitais, comunicamos à população um esforço conjunto em proporcionar uma saúde elaborada. Determinamos metas e indicadores com base nas necessidades identificadas. Agora, firmamos o compromisso de entregar aquilo que foi efetivamente monitorado e avaliado”, assegurou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, durante o evento. De acordo com o diretor de Gestão Regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota, os planos de trabalho estipulados nos contratos serão avaliados a partir de 2024 No total, foram estabelecidos 21 indicadores para compor o acordo, abrangendo segurança do paciente, atenção à saúde, gestão, ensino e pesquisa. Os acordos começaram a ser implementados em 2017, dividindo-se assim: 1) gestão regional, celebrados com as regiões de saúde e unidades de referência distrital; e 2) gestão local, feitos diretamente com as unidades de saúde. As atenções Primária e a Secundária já foram contempladas. Neste ano, foi a vez dos hospitais serem incluídos. O diretor do HRG, Ruber Paulo de Oliveira, vê essa inserção como benéfica para a cobrança e a obtenção de resultados. “A ação faz com que todos os envolvidos no contrato assumam responsabilidades. Isso fará diferença para a Secretaria de Saúde (SES-DF).” Com os acordos, o nível de gestão irá simplificar os processos de trabalho, tornando-os mais precisos. “Por meio dos dados coletados, saberemos exatamente onde intervir. Esse instrumento fortalece o Sistema Único de Saúde [SUS]”, complementou a diretora do HRL, Tatiana Sanchez. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A partir de 2024, os planos de trabalho estipulados nos contratos serão avaliados, segundo o diretor de Gestão Regionalizada da SES-DF, Guilherme Mota. “Esse passo é essencial. Os indicadores possibilitam avaliar e implementar melhorias. Por exemplo, se o gestor observa que a taxa de parto normal está em baixa, ele consegue se planejar para aumentar”, explicou. Gestão premiada Já pensando nas metas que deverão ser alcançadas no próximo ano, a Saúde irá reconhecer os melhores resultados na gestão, concedendo o “Prêmio Contratualiza SES-DF”. Para concorrer, serão levados em conta os indicadores e o comprometimento das equipes, por meio do planejamento, do envolvimento dos gestores, das discussões em colegiados e do preenchimento dos dados no período correto, por exemplo. *Com informações da SES-DF
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Com umidade em baixa, se hidratar é fundamental para manter a saúde
O período de seca chegou ao Distrito Federal. Já são mais de 6o dias sem chuvas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na semana passada, a umidade variou de 25% a 30%, o que é alerta amarelo para a região. Este cenário chama a atenção para cuidados que se deve ter para hidratar o corpo. Falta de hidratação pode causar sintomas como tontura, mal-estar, raciocínio lento, irritabilidade, garganta seca e até fome | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde DF “Cerca de 10% das pessoas que procuram atendimento com queixa de cansaço simplesmente bebem pouca água”, explica a referência técnica distrital (RTD) de medicina da família Camila Monteiro Damasceno. Ela explica que uma pessoa, em geral, deve beber diariamente cerca de 30 mililitros para cada quilo da massa do indivíduo. Ou seja, para quem pesa 60 kg, o mínimo de água a consumir é cerca de 1,8 litro. [Olho texto=”“Nossos centros de sede e de fome no cérebro são um pouco confusos. Então, às vezes a pessoa está com sede e fica querendo beliscar algo toda hora, sentindo ‘fome’ quando na verdade o que ela está sentindo é sede”” assinatura=”Camila Monteiro Damasceno, referência técnica distrital (RTD) de medicina da família” esquerda_direita_centro=”direita”] Falta de hidratação pode causar tontura, mal-estar, raciocínio lento, dificuldade de concentração, irritabilidade, garganta seca ou arranhando e inclusive fome. “Porque os nossos centros de sede e de fome no cérebro são um pouco confusos. Então, às vezes a pessoa está com sede e fica querendo beliscar algo toda hora, sentindo ‘fome’ quando na verdade o que ela está sentindo é sede”, explica Camila. Segundo a médica, para perceber se o nível de água está dentro do estipulado, a principal forma de fazer o controle é pela cor da urina. O ideal é que a urina seja sempre amarela clara. Damasceno explica que a secreção muito escura, com cheiro forte e eliminada poucas vezes ao longo do dia é um sinal de desidratação. Crianças e idosos O cuidado deve ser redobrado para o caso de crianças e idosos. Damasceno destaca que é preciso evitar trocar água por bebidas açucaradas para o público infantil. “No entanto, quem a gente mais atende nas unidades básicas de saúde com queixa de sintomas de desidratação e relacionado à secura são os idosos”, afirma a médica Camila Damasceno. [Olho texto=”Para não esquecer de beber água, as médicas recomendam truques como ter sempre em mãos uma garrafinha d’água ou tomar um copo de água sempre após ir ao banheiro” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A referência técnica distrital colaboradora em geriatria Juliana Bento da Cunha explica que os idosos tendem a sentir menos sede com o passar dos anos e, assim, são mais propensos à desidratação. “Um sinal do consumo insuficiente de líquidos é a urina mais concentrada (de coloração mais escura), boca seca, constipação, tontura, dor de cabeça, câimbras, fraqueza, prostração, batimentos cardíacos acelerados, sonolência e, em alguns casos, confusão mental”, enumera. Ela também orienta evitar atividade física externa nas horas mais quentes do dia ou em horários com baixa umidade, usar roupas leves e, manter os cuidados com a pele, os olhos e o nariz. Também não são aconselhados banhos quentes demorados. “É bom usar hidratantes para pele e lábios, colírios lubrificantes e soro fisiológico para lavagem nasal várias vezes ao dia”, completa. Frutas são ricas em vitaminas, minerais, compostos bioativos e fibras, que colaboram com o adequado funcionamento do corpo | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF Dicas para beber mais água Para reforçar a bebida de água, as médicas recomendam alguns truques. Um deles é ter sempre em mãos uma garrafinha d’água. Outra estratégia pode ser toda vez, após ir ao banheiro, tomar um copo com o líquido. “Isso ajuda a lembrar”, explica a médica da família Camila Damasceno. Outra dica para quem não tem o costume de beber água ou não gosta pode ser o consumo de água com gás, saborizada (com rodelas de limão ou laranja, hortelã e alecrim). É importante ressaltar que nenhuma bebida substitui a água, mas outras podem complementar, por exemplo: água de coco, suco de fruta com pouco açúcar (como de limão e maracujá) e até a água de chá sem açúcar. [Olho texto=”“As frutas são ótimas opções para os lanches. Além disso, possuem um percentual importante de água, que não substitui a ingestão do líquido, mas podem contribuir para uma hidratação adequada”” assinatura=”Carolina Gama, nutricionista e gerente de Serviços de Nutrição” esquerda_direita_centro=”direita”] Alimentação A nutricionista e gerente de Serviços de Nutrição, Carolina Gama, acrescenta que alimentos como frutas, legumes e verduras também possuem alto percentual de água na composição e devem fazer parte das refeições principais e lanches. “As frutas são ótimas opções para os lanches. Além disso, possuem um percentual importante de água, que não substitui a ingestão do líquido, mas podem contribuir para uma hidratação adequada”, explica. As frutas também são ricas em vitaminas, minerais, compostos bioativos e fibras, que colaboram com o adequado funcionamento do corpo. A gerente sugere, ainda, que sejam oferecidas para as crianças de maneira atrativa, como os espetinhos de frutas ou picolé do alimento in natura, como melancia. “Também é possível consumir as frutas com iogurtes naturais, leite, castanhas e aveia”, completa. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atenção Primária amplia apoio estratégico no enfrentamento à pandemia
A Coordenação de Atenção Primária mobiliza esforços para ampliar o acolhimento dos sintomáticos respiratórios e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução da pressão assistencial na porta dos hospitais, bem como, organizar ações emergenciais de apoio à desospitalização (metodologia adotada por hospitais, clínicas e profissionais de saúde para garantir os cuidados paliativos a pacientes em estado clínico considerado estável, sem que haja a necessidade de mantê-los internados) de pacientes. [Olho texto=”“Vamos melhorar o atendimento desses pacientes na Atenção Primária e fortalecer os processos de trabalho para evitar que eles cheguem ao hospital,” assinatura=”explica o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno” esquerda_direita_centro=”direita”] “Vamos melhorar o atendimento desses pacientes na Atenção Primária e fortalecer os processos de trabalho para evitar que eles cheguem ao hospital. Queremos fazer com que o hospital de fato consiga dar atenção aos pacientes mais graves”, explica o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno. O objetivo é otimizar os fluxos da rede, qualificar os processos e mobilizar todas as parcerias possíveis, porque, segundo ele, o momento exige uma reorganização do serviço prestado na Atenção Primária e maior atenção para a covid-19. Balanço Em 2020, a Atenção Primária realizou, ao todo, 4.431.734 procedimentos. Além disso, foram realizados 2.291.320 atendimentos, sendo 301.363 atendimentos em síndrome gripal. Também ocorrem 277.657 visitas domiciliares. [Numeralha titulo_grande=”” texto=”Em 2020, a Atenção Primária realizou, ao todo, 4.431.734 procedimentos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Hoje, a rede pública de saúde conta com 593 equipes de Estratégia Saúde da Família, 259 equipes de saúde bucal, 14 equipes de saúde prisional, três equipes de Consultório na Rua e 33 equipes do Núcleo de Atenção em Saúde da Família (Nasf). Em 2020, foram inauguradas três novas unidades básicas de saúde, sendo elas: a UBS 3 da Fercal, UBS 11 de Samambaia e UBS 3 do Recanto das Emas. Além da reforma completa da UBS 8 de Ceilândia. Para 2021, está prevista a inauguração de mais seis UBSs. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Assistência às pessoas com amputação é tema de oficina
Como garantir o melhor atendimento aos pacientes amputados? Para debater esse tema – e capacitar servidores que atuam nesta área -, a Secretaria de Saúde organizou a oficina Atualização na Assistência à Saúde da Pessoa com Amputação. Pelo 80 profissionais participaram da abertura, realizada nesta quarta-feira (27). “A ideia é atualizar nossa assistência, garantindo mais acesso aos nossos serviços, ao capacitar os servidores para propiciar a reabilitação completa dos pacientes amputados, desde o momento da amputação, passando pelo ambulatório, até o atendimento na Atenção Primária”, explicou a gerente de Saúde Funcional da Secretaria de Saúde, Camila Medeiros. Ao longo de quatro dias, os profissionais serão apresentados a temáticas como protetizações na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS); Rede SUS; o papel da oficina ortopédica no DF; vivências do luto e o manejo terapêutico em pessoas amputadas; abordagem cirúrgica e complicações pós-operatórias; a abordagem da pessoa com amputação na Atenção Primária, entre outros temas. Contribuir na organização do fluxo de atendimentos é um dos méritos da oficina, segundo a assessora de Redes de Atenção à Saúde, Camila Gaspar. “Só envolvendo todo mundo que a gente consegue fazer com que iniciativas boas possam acontecer. É assim que vamos melhorando a nossa rede e atendendo a quem precisa”, destacou. A proatividade da Gerência de Serviços de Saúde Funcional (Gessf) em iniciar esse tipo de formação foi elogiada pela subsecretária substituta de Atenção Integral à Saúde, Eliene Vieira. “O grande tesouro da Secretaria de Saúde são os servidores. Um evento desse porte, oferecendo uma oficina de atualização, é de extrema importância para a educação permanente e contribui para o nosso objetivo de ajudar a população do Distrito Federal”, disse Eliene. A atualização proposta pelo curso também foi elogiada pelo coordenador-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Ângelo Gonçalves. “Se não nos reinventarmos e tivermos mais oficinas como essa, estaremos enxugando gelo. Parabenizo a vocês pela iniciativa”, ressaltou. O primeiro módulo da capacitação, marcado para quinta-feira (28) e sexta-feira (29), destina-se aos médicos, residentes, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais que trabalhem com pessoas amputadas nos três níveis de atenção da saúde pública do DF. O segundo módulo, previsto para 4 e 6 de dezembro, é exclusivo para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que atuem no atendimento da pessoa com amputação, com temas voltados à reabilitação. Ao todo, são 20 horas de aula. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Camila Gaspar – “Nova geração de mamães prefere parto natural”
Chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde, Camila Carloni Gaspar, conta como o GDF cuida dos primeiros mil dias de uma nova vida. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em 2018, segundo a Secretaria de Saúde, 68% dos partos realizados na rede pública foram pela via natural, sem qualquer necessidade de intervenção cirúrgica. O índice é resultado de muita orientação e, acompanhamento diário das gestantes feitos pelas equipes médicas nas unidades básicas. No Distrito Federal, o incentivo dessa modalidade tradicional de trazer bebês ao mundo é da Rede Cegonha, um programa nacional que organiza a lógica de atender e oferecer serviços de saúde voltados à mãe e à criança. Em entrevista à Agência Brasília, a chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde, Camila Carloni Gaspar, conta como o Governo do Distrito Federal cuida dos primeiros mil dias de uma nova vida. O trabalho é feito desde as primeiras consultas de pré-natal, passando pela orientação em relação à melhor opção de parto e, depois, segue com a oferta de acompanhamento da criança até 24 meses. A enfermeira diz que 100% das mulheres em gestação, que buscam pelos serviços, são atendidas com exames, consultas mensais e, se necessário, recebem uma atenção diferenciada quando diagnosticado qualquer situação mais grave. O que é a Rede Cegonha? É um programa do Ministério da Saúde para organizar a forma de atendimento nos serviços de saúde voltados à mãe e filho, com foco no processo que compreende desde a gestação até a criança completar 2 anos de idade. Dentro da Rede Cegonha a gente tem um monte de ações voltadas para esse período da vida. Entre elas, todas as ações do pré-natal, além do cuidado com a gestante desde o momento em que ela descobre a gravidez. Fazemos o teste para verificar a gestação, assim como os exames e as vacinas. Caso seja identificada alguma complicação, há orientação e suporte para um cuidado específico. Em seguida, o parto, o local para esse parto, a definição do tipo de parto. Depois quando o neném nasce, temos o cuidado com o puerpério da mãe, a amamentação e a atenção aos recém-nascidos – exames de triagem do bebê, seguido do acompanhamento médico regular até os dois anos de idade. Na prática, qual a estrutura para esse atendimento? Hoje, no Distrito Federal, em média, ocorrem 4 mil partos, todos os anos. Então, temos todas as unidades básicas de saúde, que atendem com o pré-natal. Depois, todas as maternidades públicas do DF, que são as referências para o parto. E, nesses locais, temos bancos de leite ou postos de coleta, onde também passamos orientações sobre a amamentação. E, ainda, a própria rede hospitalar e a rede de atenção primária, para acolher essa mulher e o bebê no acompanhamento do desenvolvimento até os dois anos após o parto. [Olho texto=”Esses mil dias de vida do bebê, que nós chamamos de “ mil dias de ouro”, é a época mais importante deles. É tempo de acompanhar, dar atenção e ver o que a criança precisa para garantir que terá um desenvolvimento saudável e próspero.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Por que a definição de acompanhar o bebê até dois anos de idade? Esses mil dias de vida do bebê, que nós chamamos de “ mil dias de ouro”, é a época mais importante deles. É tempo de acompanhar, dar atenção e ver o que a criança precisa para garantir que terá um desenvolvimento saudável e próspero. Na rede pública, funciona assim. Quando a criança nasce, são feitos os primeiros exames da triagem neonatal, como o teste do pezinho, para verificar se a criança não possui nenhuma doença genética. Se tiver tudo bem, com sete dias de vida, a mãe leva o neném para a primeira consulta. Depois, passa a ser atendida uma vez por mês, durante todo o primeiro ano de vida, pela equipe de saúde da família de referência. Nesse período, serão dadas as vacinas, os enfermeiros acompanham se cresceu, se engordou, qual o crescimento da cabeça, as queixas das mães, esclarecem as dúvidas. Adoeceu, volta nessa equipe. Depois de um ano de idade, as consultas passam a ser trimestrais até a criança completar 24 meses. A rede pública consegue atender 100% da demanda com todo esse critério? Conseguimos, sim. Nesse acompanhamento mensal atendemos toda a demanda, inclusive é uma das nossas prioridades. A gente reserva horários de agenda de enfermeiras e médicos da Família para isto. O que é um pouco mais difícil de conseguir é o atendimento na intercorrência ou uma febre no meio do caminho. Porque os pais procuram um hospital no final de semana e aí se deparam com os percalços de um Pronto-Socorro. Mas com o acompanhamento mensal, com consultas e vacinas, a garantia é de 100% de atendimento. E aquelas mães que acabaram de chegar ao DF? Como elas podem buscar esses serviços na rede pública? Todas podem buscar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência em qualquer momento. Tanto no meio da gestação ou se o filho é recém-nascido, pequenininho. Se mudou para Brasília, será acolhido dentro da rede. Brasília é referência nacional em várias especialidades médicas e também em iniciativas como a do banco de leite do Hospital Regional de Taguatinga… O DF tem hoje a maior rede de banco de leite do Brasil. Temos bancos de leites em todas as maternidades da rede, que conseguem processar leite humano na quantidade para sermos autossuficientes. Ou seja, conseguimos coletar – principalmente de lactantes que os filhos estão sendo acompanhados por nós –, processar e distribuir o leite em todas as unidades hospitalares em que temos bebês internados e que necessitam desse leite para sua recuperação. [Olho texto=”O DF tem hoje a maior rede de banco de leite do Brasil. Temos bancos de leites em todas as maternidades da rede, que conseguem processar leite humano na quantidade para sermos autossuficientes.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É comum vermos casos de bebês em má formação, com problemas genéticos, que têm sucesso de tratamento na rede pública do DF. Como é o caso, por exemplo, das irmãs siamesas, que passaram por cirurgia de separação há alguns dias. Podemos atribuir esse sucesso ao acompanhamento desde o pré-natal? Com certeza. Inclusive, no pré-natal, quando identificado o problema, as gestantes têm um atendimento diferenciado na rede. Isto começa assim que diagnosticada a situação. Outra forma é o teste do pezinho, que no DF é ampliado. Com ele conseguimos detectar mais de 30 doenças genéticas. Porque muitas delas, quando mais cedo identificar, melhor é o resultado do tratamento. Esses bebês já nascidos, ou ainda na barriga da mãe, são encaminhados para tratamento em ambulatórios específicos. Dependendo da doença diagnosticada, seguem para especialistas no Hospital de Apoio de Brasília, no Materno-Infantil (Asa Sul) e no Hospital da Criança José de Alencar. Uma das preocupações das gestantes é adquirir doenças que comprometam a saúde do bebê. Tem como evitar que isso aconteça? Por isso, o pré-natal é tão importante. As vacinas, o acompanhamento mensal da equipe médica junto com os exames… Tudo ajuda a detectar as doenças e, assim, pode-se fazer o tratamento adequado para a condição daquela mulher. Pode ser rubéola, Zika Vírus, Leishmaniose, sífilis… Inclusive, hoje, infelizmente, a sífilis está muito comum e prejudica o bebê gravemente. Mas há cura. Se for identificada no começo, a gestante já faz o tratamento no primeiro trimestre e chance de o bebê ter alguma sequela é mínima. Então, o fato de ir as consultas mensais, fazer os exames solicitados, acompanhar e ouvir as orientações médicas praticamente anula as possibilidades de complicações. Por muitos anos, as mulheres brasileiras optaram por cirurgias cesarianas como opção para o parto. Nos últimos anos, o governo passou a orientar pelo parto natural como primeira opção. Qual é a medida para determinar o melhor caminho para a mãe e o bebê? Há uma orientação da Organização Mundial de Saúde, que define boas práticas para parto e nascimento. Nela há estudos avançados que demonstram que pelo menos 70% das mulheres conseguem ter seus partos de forma natural. Os outros 30% teriam indicação para cesariana por complicações. É preciso dizer que se trata de uma cirurgia importantíssima para assegurar a vida de mãe e filho. Por isto que as mulheres que necessitam tenham acesso a cesárea. A rede de saúde está muito bem preparada para isto. As pessoas precisam entender que parto cesariana também é normal, mas para quem precisa dele. Porém, a gente tem uma via natural, que a humanidade tem utilizado ao longo dos anos. Ou seja, é natural que mãe entre em trabalho de parto e é trabalho mesmo! Ninguém morre de sentir dor. O parto natural tem de ser encarado como algo normal para nosso corpo. A maioria das mulheres estão preparadas fisicamente para isto. O corpo consegue fazer um trabalho e parir uma criança. É como se você fosse para a academia e fizesse aquele esforço para ficar com as pernas durinhas. Sabe como é? Então, é a mesma coisa. É um trabalho que envolve hormônios, músculos e também o empenho e esforço do bebê. Então, pela experiência, o ideal para a mãe e para o bebê – que estão em condições adequadas, é claro – que o parto seja natural. Que o bebê consiga sair de forma natural. [Olho texto=”O parto natural tem de ser encarado como algo normal para nosso corpo. A maioria das mulheres estão preparadas fisicamente para isto. O corpo consegue fazer um trabalho e parir uma criança. ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O parto natural mudou muito da época das nossas avós para hoje? Sim. Muita coisa foi desmistificada e as boas práticas ajudaram muito nesse sentido. Com elas tivemos orientações formuladas com base nas evidências de como cuidar e atender um trabalho de parto natural, principalmente para que a mulher tenha a melhor experiência possível. Hoje, em trabalho de parto, a mulher pode deambular (andar), não precisa ficar deitada, amarrada a uma cama. Se preferir pode tomar um banho, ouvir música, pode optar por ter o filho na banheira como aqui na Casa de Parto de São Sebastião, ou até mesmo optar ter o filho em pé ou sentada numa cadeira. Até a alimentação, que antes era restrita, agora a gente libera. Imagine uma mulher com 20h em trabalho de parto, fazendo um exercício danado, não poder comer…no passado era assim, um absurdo. A proposta é deixar a mãe bem à vontade, um pouco mais confortável e tranquila. Na rede pública, essas boas práticas são difundidas e, é claro, em algumas maternidades, ainda não conseguimos oferecer tudo isto até mesmo em função das nossas limitações físicas. Mas dentro do possível, seguimos incentivando o parto natural entre servidores e gestantes. As mulheres no DF estão aceitando mais o parto natural? Eu acredito que as boas práticas, associadas ao esclarecimento das gestantes, reverteu muito o quadro. Hoje, as mulheres leem, buscam mais informações, querem conhecer os processos e isto é muito bom. Vemos várias mulheres que querem ter sua experiência de parto natural. Infelizmente, ainda não é geral. Muitas são dominadas pelo medo e pelo desconhecimento. Mesmo assim, hoje 68% dos partos, realizados na rede pública, são naturais e queremos ampliar esse número com esclarecimento e orientação. [Olho texto=”Vemos várias mulheres que querem ter sua experiência de parto natural. Infelizmente, ainda não é geral. Muitas são dominadas pelo medo e pelo desconhecimento. Mesmo assim, hoje 68% dos partos, realizados na rede pública, são naturais e queremos ampliar esse número com esclarecimento e orientação.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Quais os benefícios do parto natural? São inúmeros. O corpo da mulher foi concebido para isso. Gerar a vida, desenvolver e, em seguida, dar à luz. Quando chega a hora, tudo ocorre de maneira natural. Os hormônios da amamentação são ativados mais rapidamente, não têm necessidade de passar por um risco cirúrgico, de anestesia. Além disso, o corpo volta ao normal com mais facilidade. Para a criança que passa por um parto natural, o caminho da vagina é algo extremamente benéfico. Nesse processo de trabalho, que o bebê também faz, ele conquista inúmeros benefícios fisiológicos. Nasce com uma ativação maior, mais fortalecido.
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