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Centros Interescolares de Línguas

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CIL: projeto experimental em 1974 transformou o ensino de línguas na capital

Na semana em que Brasília celebrou 65 anos, a Secretaria de Educação do Distrito Federal comemora também a evolução e crescimento da rede pública de ensino junto com a cidade. Na terceira e última reportagem da série ’65 anos de Educação’, o foco é o ensino de línguas no DF por meio dos Centros Interescolares de Línguas, os CILs. “Os CILs são um patrimônio da educação pública,” é como define Rosana de Araújo Correia, gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte-Educação da SEEDF. Essa declaração captura a essência de uma história que transformou o ensino de idiomas no Distrito Federal. A história por trás dos Centros que expandem fronteiras começou em 1974 com a professora Nilce do Val Galante. Sua visão pioneira, inspirada em experiências internacionais, ia além do ensino tradicional de idiomas. Rosana detalha a importância histórica do projeto. CIL 01 de Brasília, fundado em 14/08/1975: de projeto experimental itinerante à sua consolidação no Centro de Ensino Médio Elefante Branco | Fotos: Felipe Noronha/SEEDF e arquivo CIL   “Quando a Nilce do Val Galante criou os CILs na década de 70, ela foi realmente pioneira. Naquele momento, o ensino de línguas na rede pública era voltado apenas para leitura. Ela tinha o desejo de ensinar aos estudantes a falar, a escrever, desenvolvendo todas as habilidades de língua estrangeira, com base em sua experiência no exterior.” Uma trajetória de inovação Oficialmente fundado em 14 de agosto de 1975, o CIL 01 de Brasília nasceu como um projeto experimental. Inicialmente itinerante, ocupando espaços em outras escolas, rapidamente se estabeleceu no Centro de Ensino Médio (CEM) Elefante Branco. A professora Nilce acreditava que o aprendizado de idiomas exigia turmas reduzidas e ambiente especialmente dedicado ao processo educacional. A professora Nilce do Val Galante idealizou os centros de idiomas do DF, projeto revolucionário inspirado em experiências internacionais que transformaria a educação pública da capital   O projeto foi tão bem sucedido que foi gradativamente se expandindo para outras regiões do DF. Na década de 1980, novos centros foram inaugurados em Brasília, Ceilândia e Sobradinho. Os anos 1990 consolidaram o projeto, levando os centros de idiomas para o Guará, Taguatinga e Gama. A servidora aposentada da SEEDF e ex-diretora do CIL 01 de Brasília, Denise Damasco, com uma trajetória profundamente conectada aos CILs, destaca o alcance internacional do projeto. “Existe um imenso interesse no sistema de ensino de línguas estrangeiras do DF, tanto nacional quanto internacional. Já apresentei os CILs em Montreal no Canadá (2013), no Fórum Mundial de Língua Francesa na Bélgica (2015), em congresso em Quioto no Japão (2017), e em diversos outros eventos”, conta a pesquisadora. Rosana de Araújo Correia, gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte-Educação da SEEDF, destaca o legado dos CILs | Foto: Mary Leal/SEEDF  Impacto e legado A partir dos anos 2000, os CILs passaram por uma profunda modernização. Laboratórios de informática foram implementados, plataformas digitais introduzidas e novos centros criados em Brazlândia, Planaltina, São Sebastião, Núcleo Bandeirante e Paranoá. Hoje, a rede pública de ensino conta com 17 CILs distribuídos por diversas regiões administrativas, oferecendo cursos gratuitos de inglês, espanhol, francês, japonês e alemão para estudantes a partir do 6º ano do ensino fundamental e comunidade em geral. Como é um serviço de alta qualidade e bem conceituado, a demanda por vagas é grande. No ano passado, os CILs registraram mais de 55 mil matrículas. “Temos estudantes que passaram pelos CILs e hoje são pessoas importantes na construção de políticas públicas, no parlamento, em organismos internacionais. É uma política pública educativa que tem impacto em todas as áreas do Distrito Federal.” *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

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Centros interescolares de línguas iniciam atividades do ano letivo de 2025

Nesta segunda-feira (17), começaram as aulas dos 17 centros interescolares de línguas (CILs), que oferecem aos estudantes da rede pública de ensino e à comunidade do Distrito Federal a oportunidade de aprender cinco idiomas: inglês, espanhol, francês, japonês e alemão, de acordo com a unidade escolar escolhida. Mayana Lourdes Silva, professora de inglês do CIL 1 de Brasília: “Temos alunos que fizeram intercâmbio na Alemanha, e, no semestre passado, tivemos uma parceria com a Embaixada dos Estados Unidos”| Foto: Jotta Casttro Conhecidos pela excelência, os CILs foram criados visando a contribuir para a formação integral dos alunos, já que com as aulas eles se tornam aptos a falar e escrever em língua estrangeira com eficiência, garantindo, assim, competências necessárias para o ingresso ao mercado de trabalho com uma qualificação diferenciada. O CIL 1 de Brasília, que funciona no Centro de Ensino Médio (CEM) Elefante Branco, na 907/908 Sul, foi inaugurado em 1975, e oferece inglês, espanhol e francês, além de alemão, em projeto voltado exclusivamente para os alunos da Secretaria de Educação (SEEDF). Lecionando há 11 anos na instituição, Mayana de Lourdes Silva conta que optou por trabalhar em uma escola pública de idiomas por acreditar que é uma forma de democratizar o acesso ao ensino de línguas.  “Facilita muito para famílias que não têm condições de pagar um curso de idiomas, porque são muito caros, e aqui o ensino é muito bom” Júlia Prado de Medeiros, estudante “Desde pessoas de 11 anos até a faixa etária da terceira idade, o CIL traz várias oportunidades, inclusive em atividades de extensão”, aponta. “Temos alunos que fizeram intercâmbio na Alemanha, e, no semestre passado, tivemos uma parceria com a Embaixada dos Estados Unidos, então desenvolvemos atividades imersivas culturais que agregam muito para os estudantes.” Aluna do 9º ano, Júlia Prado de Medeiros reconhece a importância de escolas públicas de idiomas: “Facilita muito para famílias que não têm condições de pagar um curso de idiomas, porque são muito caros, e aqui o ensino é muito bom”. Ensino de qualidade A professora Tatiane de Cássia Farias Brito se empenha há 20 anos para levar um ensino de qualidade para os alunos do CIL. Ela defende a criação de centros de línguas em outros estados para possibilitar que mais pessoas aprendam uma língua estrangeira gratuitamente. “Nesses anos de magistério, foram muitas histórias de sucesso”, conta. “Tenho um aluno que trabalha no Tribunal Regional do Trabalho e que usa o idioma, outro que cursa medicina na Argentina, aluno trabalhando em embaixada, vivendo fora do país. São muitas as experiências, alunos que decidiram ser professores, que cursaram relações internacionais depois de estudar mais de uma língua aqui e alunos que seguiram a carreira de diplomacia.” Vagas para a comunidade As vagas para os CILs de 2025 foram ofertadas por meio de chamada pública divulgada no site oficial da SEEDF, visando a alunos da rede pública, dos colégios militares e comunidade. Este ano, o período de inscrições para uma vaga nos CILs foi único para todos os públicos, mas os sorteios foram organizados em etapas, conforme o grupo de pertencimento do candidato, de modo que não houve sobreposição. A prioridade permaneceu para os estudantes da SEEDF. O resultado da terceira e última chamada, destinada à comunidade em geral, será divulgado nesta quarta (19), e as matrículas poderão ser feitas na quinta (20) e na sexta (21), na secretaria escolar da unidade em que o candidato foi contemplado. *Com informações da Secretaria de Educação  

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Inscrições para os CILs do DF são prorrogadas até domingo (12)

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) anunciou a prorrogação do prazo de inscrições para os Centros Interescolares de Línguas (CILs). Agora, os interessados em uma vaga nos CILS têm até o domingo (12) para efetivar a inscrição no site da SEEDF. A decisão foi tomada após a correção de inconsistências no sistema i-Educar, na quinta-feira (9). Inscrições para os Centros Interescolares de Línguas (CILs) foram prorrogadas até o dia 12 de janeiro | Foto: Álvaro Henrique/SEEDF Com mais de 40 mil interessados já registrados, a extensão do prazo visa garantir que todos os candidatos tenham a oportunidade de se inscrever. A SEEDF ressalta que esta medida busca melhor atender à população, especialmente após os ajustes técnicos realizados no sistema. Diferentemente dos anos anteriores, em 2025 o período de inscrições será único para todos os públicos, com sorteios organizados em etapas, conforme o grupo de pertencimento do candidato. As vagas são destinadas a estudantes da rede pública do DF, alunos de colégios militares e à comunidade em geral, a partir do 6º ano do ensino fundamental. Ao acessar o portal, os alunos encontrarão diferentes áreas para cada situação e deverão se inscrever em qual categoria se encontram. Os CILs oferecem cursos de inglês, espanhol, francês e japonês em 17 unidades distribuídas pelo Distrito Federal. *Com informações da SEEDF  

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Jornada promove formação para professores de línguas estrangeiras

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), promoveu, nesta quarta-feira (23), a primeira edição da Jornada de Línguas Estrangeiras. A iniciativa tem como objetivo valorizar e capacitar os professores de língua estrangeira que atuam nos Centros Interescolares de Línguas (CILs) e nas unidades escolares da rede pública de ensino. “É fundamental que os nossos jovens conheçam e entendam outras línguas para poderem se comunicar, empreender e desenvolver a nossa cidade. Isso é o que vai diferenciar Brasília no futuro, ter jovens mais bem preparados” Paulo César Chaves, secretário-executivo de Relações Internacionais A Jornada de Línguas Estrangeiras é feita em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais do DF (Serinter-DF), que convidou representantes das embaixadas da França, Espanha, Argentina, Japão, Espanha e Estados Unidos. Também houve a colaboração do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), que forneceu o auditório do Sebrae do Setor de Indústria e Abastecimento para realização do evento. O encontro contou com a participação da subsecretária da Subin, Vera Barros, do secretário executivo de Relações Internacionais do DF, Paulo César Chaves, e da diretora-superintendente do Sebrae-DF, Rosemary Rainha. Vera Barros ressaltou o papel do ensino de línguas estrangeiras na formação integral dos alunos da rede. “O ensino de idiomas traz aos estudantes da rede pública um aspecto intercultural, de conhecimento de diversos países. Isso se potencializa por meio dessa articulação com parceiros como o Sebrae e as embaixadas”, pontuou a subsecretária. Representantes das embaixadas da França, Espanha, Argentina, Japão, Espanha e Estados Unidos participaram do evento com estandes | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF O secretário-executivo de Relações Internacionais do DF, Paulo César Chaves, falou sobre a importância do evento para a comunidade escolar. “É fundamental que os nossos jovens conheçam e entendam outras línguas para poderem se comunicar, empreender e desenvolver a nossa cidade. Isso é o que vai diferenciar Brasília no futuro, ter jovens mais bem preparados”, destacou. O secretário reforçou ainda que há alta demanda por qualificação em línguas como o inglês, o francês e o espanhol em Brasília. “Há grande procura por profissionais e empreendedores, pelas mais de quase 200 embaixadas que temos. Hoje, Brasília é a segunda maior capital do mundo em número de embaixadas, só perdemos para Washington, então o mundo está aqui”, frisou Paulo César. Formação O evento contou com palestras e oficinas com o tema “Avaliação e Inovação no Ensino e Aprendizagem de Línguas”, além dos estandes das embaixadas. Na programação, foram abordadas novas metodologias de avaliação formativa e a avaliação como ferramenta essencial para o processo de ensino e aprendizagem. O professor Rubenilson Cerqueira, do Sebrae, um dos palestrantes do evento, é ex-aluno do Centro Interescolar de Línguas, onde aprendeu inglês, espanhol, francês e alemão. “As novas gerações estão cada vez buscando mais proatividade dos professores, que eles tragam as práticas da sala de aula para a realidade dos estudantes”, apontou o professor. Tayara Laise Araújo, professora de inglês no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 de Sobradinho, viu o evento como uma parte fundamental da formação continuada dos professores de língua estrangeira. “É muito importante qualificar o professor que ensina um novo idioma, pois a globalização e o uso crescente de tecnologia, traz cada vez mais o contato com estrangeiros”, ponderou. Transformação A diretora-superintendente do Sebrae-DF, Rosemary Rainha, falou sobre capacidade transformadora da educação e os desafios do ensino de uma segunda língua. “A educação é transformadora nos Centros Interescolares de Línguas da rede pública de ensino. Sou professora também, e sei quão importante é o processo educacional na vida de uma pessoa, e como tem sido desafiador para cada professor manter o aluno atento na sala de aula. No mundo globalizado de hoje, saber outra língua é essencial”, ressaltou Rosemary. A superintendente lembra ainda que iniciativas de capacitação e formação fortalecem e dão visibilidade à importância dos professores no ensino e no mercado de trabalho. “Estou muito feliz de sediar esse primeiro encontro e o Sebrae está de portas abertas para a gente fazer esse intercâmbio educacional e cultural”, completou. *Com informações da SEEDF

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Da primeira infância ao ensino superior, educação impulsiona qualidade de vida do brasiliense

O caminho para atingir qualquer objetivo profissional começa em uma sala de aula. E assim foi também com Brasília. O trajeto para chegar ao topo do ranking das capitais com melhor qualidade de vida passou, e muito, pela educação. Segundo o Índice de Progresso Social Brasil (IPS) 2024, um dos critérios impulsionadores do desempenho da capital federal foi justamente a grande taxa de acesso dos brasilienses ao ensino superior. Programas educacionais do GDF têm como foco a garantia de alfabetização e aquisição de conhecimentos para todas as faixas etárias | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Até chegar à universidade, em todas as etapas pelas quais a criança passa, a educação vai fazer a diferença na vida dela”, pontua a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. “A pessoa, para chegar ao mercado de trabalho, precisa saber ler, precisa ter um conhecimento, ter uma formação geral básica consolidada. E isso quem dá é a escola. A escola transforma socialmente o ser humano em termos de conhecimento. Ele está ali para aprender, para socializar, para sair um ser humano pronto para o mercado de trabalho.” “A educação em Brasília sempre foi valorizada, desde Anísio Teixeira, quando ele pensou e idealizou uma educação em tempo integral” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Segundo a titular da pasta, os números positivos são reflexo de uma gestão governamental voltada para políticas públicas que enxergam, na educação, a melhor resposta para os problemas contemporâneos globais, como pobreza, desemprego e violência. Trata-se de um trabalho desenvolvido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) ainda nos primeiros anos escolares. “A educação em Brasília sempre foi valorizada, desde Anísio Teixeira [que defendia a educação construtivista, por meio da qual os alunos são agentes transformadores da sociedade], quando ele pensou e idealizou uma educação em tempo integral”, ressalta Hélvia Paranaguá. “Crianças aqui têm escola de música, têm as escolas parque para ir no contraturno, têm os CILs [centros interescolares de línguas] funcionando há mais de 30 anos, em que o menino tem a oportunidade de sair com proficiência em várias línguas.” No campo do ensino superior, a secretária de Educação exalta a criação, há três anos, da Universidade do Distrito Federal (UnDF): “Era um anseio da população, e a gente tem muito orgulho dela”. Alfabetização Uma das prioridades da gestão educacional do governo é a alfabetização. Não à toa, o DF tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Segundo o Censo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. 3 mil Número de profissionais da educação capacitados pelo programa Alfaletrando neste ano “É um trabalho feito na base; e, quando a gente não tem isso na idade certa, porque às vezes a gente recebe um menino de fora, que não passou por um processo de alfabetização, que evadiu, saiu da escola, abandonou, a gente tem a EJA [Educação de Jovens e Adultos]”, complementa a titular da Secretaria de Educação do DF (SEE). “Em todas as áreas, em todas as etapas, nós temos esse olhar muito cuidadoso com a população.” Para melhorar ainda mais esse índice, o GDF investe na implementação de programas especiais, como o Alfaletrando. A iniciativa visa garantir que crianças da rede pública estejam alfabetizadas ao final do segundo ano do ensino fundamental. Em 2024, o programa distribuiu materiais pedagógicos e capacitou 3 mil profissionais da educação para esta fase de ensino. Alfabetização Eline Maria da Silva retomou os estudos e se profissionalizou: “Foi incrível ter terminado o ensino médio, ter pegado aquele diploma e dizer que eu sou capaz de ir muito além” | Foto: Arquivo pessoal Em paralelo, o programa DF Alfabetizado, alinhado ao Brasil Alfabetizado (PBA), foca a alfabetização de jovens, adultos e idosos. Atualmente, há 30 turmas em funcionamento, com a possibilidade de abrir mais vagas até o final deste mês. As aulas ocorrem em diferentes regiões administrativas e em complemento à atuação das 101 escolas voltadas para a EJA na capital federal. A EJA é um segmento de ensino para quem não teve a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou deseja retomá-los em uma fase mais avançada da vida. No DF, compete à SEE a gestão das diretrizes curriculares, com oferta de apoio pedagógico aos professores e investimento em programas e projetos visando melhorar a qualidade da educação oferecida. A modalidade foi essencial na vida da auxiliar de cozinha Eline Maria da Silva, 39. Aos 16 anos e recém-casada, ela precisou abandonar os estudos para cuidar de casa e da família. Mais de duas décadas depois, Eline se matriculou no Centro Educacional 02 de Taguatinga para concluir o ensino médio. “Foi quando eu percebi que sempre tinha vivido em função do lar e não tinha terminado meus estudos, nunca tinha trabalhado”, lembra. Profissionalização A conquista do diploma veio em dezembro do ano passado, depois de um ano de estudo, e ela comemora: “A sensação de ter o diploma em mãos foi vibrante porque foi um sonho realizado na minha vida. Foi incrível ter terminado o ensino médio, ter pegado aquele diploma e dizer que eu sou capaz de ir muito além”. Além de ter sido moldada profissionalmente, Eline conta que a EJA foi fundamental para seu crescimento em outras áreas da vida. Hoje, ela tem consciência de que nunca é tarde para correr atrás dos sonhos. Por isso, está fazendo um curso de técnica em enfermagem para, em breve, poder atuar na área. “Os estudos abriram a minha mente”, conta. “A EJA me ajudou até na forma como eu me comunico. Me mostrou que qualquer pessoa tem capacidade de ser o que quiser na vida. Isso tudo é só o começo de uma nova história para mim.” Primeira infância Aos 4 anos, Maria Júlia Rocha aponta o que mais aprecia na creche: “Eu gosto de estudar” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A atenção à educação no DF alcança todas as idades. Maria Júlia Rocha tem apenas 4 anos, mas já entende a importância dos estudos. Mesmo ainda distante da alfabetização, a pequena é categórica ao responder sobre o que mais gosta de fazer na creche: “Eu gosto de estudar”. A frase, que arranca um sorriso orgulhoso da mãe, Klara Rocha, 23, reflete a importância do contato inicial da criança com o ambiente educacional. Enquanto desperta a curiosidade natural dos pequenos, a creche também desempenha papel crucial no desenvolvimento cognitivo das crianças. É ali que elas terão acesso a uma base sólida de ensino fundamental para as etapas subsequentes de aprendizado, incluindo a alfabetização. Ciente disso, o GDF investe na ampliação da oferta de vagas para a primeira infância. R$ 138,5 milhões Investimentos feitos desde 2021 pelo programa Cartão Creche, que já atendeu quase 19 mil beneficiários no DF A creche onde Maria Júlia estuda é particular, e as mensalidades são pagas pelo GDF, por meio do programa Cartão Creche. A iniciativa oferece benefícios de até R$ 872,70 por criança, verba a ser utilizada em todos os meses de atendimento para os pagamentos integrais das parcelas – uma ajuda que, segundo Klara, faz toda a diferença para a família. Creches “A educação é muito importante para o crescimento e desenvolvimento dela”, aponta Klara. “Na creche, ela socializa com crianças da mesma idade e aprende coisas novas todos os dias. É muito bom, especialmente para mim, pois estou desempregada, então ajuda bastante. A gente sabe como as coisas estão muito caras hoje em dia.” O benefício foi reajustado pelo governo, e os pais já receberão o valor atualizado em agosto. Desde 2021, o programa atendeu 18.701 beneficiários, com investimento de R$ 138,5 milhões. Somente neste ano, foram investidos R$ 26 milhões, e cerca de 5,5 mil crianças são atendidas todos os meses. Somado à concessão do Cartão Creche, o governo também investe na construção de creches públicas. Nos últimos cinco anos, 13 delas foram inauguradas em Samambaia, Lago Norte, Ceilândia, Pôr do Sol, Sol Nascente e Santa Maria, além de Planaltina e Paranoá, que ganharam unidades voltadas à população da área rural. Atualmente, outras 17 unidades estão em construção em todo o DF, com investimento de R$ 91,96 milhões.

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Centros de ensino especiais reabrem as portas

A última etapa do retorno presencial na rede púbica do DF acontece nesta segunda-feira (30) com a reabertura dos centros de ensino especiais, dos centros interescolares de línguas e da Escola de Música de Brasília (EMB). Ao todo, a rede pública tem 2.476 estudantes matriculados só nas escolas especiais, destinadas à aprendizagem de jovens com maiores graus de deficiência. A rede pública de educação do DF tem 2.476 estudantes matriculados só nas escolas especiais, destinadas à aprendizagem de jovens com maiores graus de deficiência| | Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, finalizou esse ciclo com a recepção da comunidade escolar no Centro de Ensino Especial 2 de Ceilândia. Logo na entrada, professores receberam os estudantes com músicas de boas-vindas para deixar o momento ainda mais especial. “As famílias realmente pediram essa retomada. Estamos fazendo todo o acompanhamento para que os estudantes e profissionais fiquem em segurança. Sabemos que é muito importante para os estudantes esse contato e os momentos de desenvolvimento dentro do ambiente escolar”, destaca Hélvia Paranaguá. Também retornam às atividades presenciais, de forma escalonada, os 45 mil alunos atendidos nos centros interescolares de línguas. Na educação precoce são 3.176 estudantes. Já nas escolas parque, há 5.100 estudantes matriculados. [Olho texto=”“Sabemos que é muito importante para os estudantes esse contato e os momentos de desenvolvimento dentro do ambiente escolar”” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”direita”] O CEE 2 de Ceilândia atende 581 estudantes, que vão desde a estimulação precoce, com 1 ano de idade, até as demais atividades, com alunos adultos. “Aqui temos estudantes de 1 até 58 anos de idade. Nosso público é bem diverso e atendemos todos com muito carinho e disposição. Esse ciclo que se inicia é um momento muito bom e espero que continuemos a ser felizes aqui”, comenta Itamar Assenço, vice-diretor do CEE 2 de Ceilândia. “Meu filho já acordou feliz hoje, porque voltaria a frequentar a escola presencialmente. Quando a gente passava na porta da escola, ele queria entrar”, conta Cristiane Mota. Ela é mãe do pequeno Levi. Hoje ele está com 4 anos, mas está no CEE 2 desde 1 ano idade, praticando as atividades da estimulação precoce. Hoje também foi dia do estudante Cristiano, 36 anos, voltar ao convívio escolar. “Ele queria vir para escola. A gente via que ele precisava disso. Meu filho é muito bem tratado aqui”, elogia Vanusa Martins, mãe de Cristiano. Experiências compartilhadas Os estudantes do CEE 2 têm um acompanhamento físico, social e pedagógico com as atividades desenvolvidas no local. A escola se tornou referência de ensino para outras unidades do país. Professores da rede pública de Cocalzinho (GO) receberam informações do projeto Compartilhando Conhecimento e Experiência. O objetivo é trocar conteúdos, pesquisas, dicas e outras informações entre os profissionais que atuam com educação especial e com a Educação de Jovens e Adultos Interventiva, uma interface da EJA para atendimento de estudantes com deficiência intelectual e autismo em defasagem escolar. A escola também desenvolve ações que incluem a comunidade escolar. A equipe pedagógica da escola desenvolveu um programa chamado Leitura de Mundo, em que pais dos alunos têm acesso a cursos de capacitação. Oficinas de fabricação de alfajor, bombom e sabonete líquido mostram possibilidades para complementar a renda familiar. Cristiane e Levi no primeiro dia de aula presencial. Levi está no CEE 2 desde 1 ano de idade praticando as atividades da estimulação precoce | Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação Biossegurança Os pais e estudantes do CEE 2 receberam um kit com álcool em spray, álcool gel e máscara. Assim como nas demais unidades da rede pública, todos que entraram na escola fizeram o procedimento de aferição de temperatura e seguiram os demais protocolos de distanciamento social e reforço das informações sobre as ações de prevenção da covid-19. Renata de Souza é mãe do estudante Vitor Hugo, de 3 anos, e relata que sentiu segurança com a volta às aulas presenciais. “Eu já tinha levado meus dois sobrinhos que estudam na rede pública e achei tudo bem organizado nas outras escolas. Hoje aqui também gostei”, contou. “Nós continuamos com as atividades remotas que os professores passavam on-line, mas percebo que o desenvolvimento e a motivação são bem maiores com o encontro presencial”, conta Renata, que já recebe acompanhamento do filho no local desde 2019. A escola também organizou uma entrada escalonada nos horários dos estudantes, para evitar aglomeração na entrada da unidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Hoje concluímos a última etapa do retorno presencial às escolas da rede pública de ensino e nosso balanço é muito positivo. O recado que nós queremos deixar para a comunidade escolar é que se cuidem! A escola está preparada para recebê-los com todo o protocolo de biossegurança, mas o vírus está aí fora, então continuem usando máscara e utilizando álcool gel”, alerta a secretária de Educação.   *Com informações da Secretaria de Educação

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Publicada a lista de sorteados para cursos de quatro idiomas

Já está disponível o resultado da primeira chamada do sorteio para vagas nos centros interescolares de línguas (CILs) da Secretaria de Educação (SEE). Foram oferecidas vagas nos cursos de espanhol, francês, inglês e japonês nos 17 CILs da rede pública de ensino. [Olho texto=”O resultado da segunda chamada para vagas nos CILs será divulgado em 4 de agosto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O resultado pode ser consultado neste link. Para garantir a vaga, os estudantes contemplados no sorteio eletrônico para cursar um idioma a partir do segundo semestre deste ano precisam confirmar a matrícula até 2 de agosto. A efetivação será realizada por meio eletrônico, a partir do envio da documentação. As informações podem ser acessadas, a partir desta quinta-feira (29), no botão de matrícula. Os documentos necessários são os seguintes: Certidão de Nascimento ou Registro Geral (RG); Cadastro de Pessoa Física (CPF) do estudante; Duas fotos 3X4 (entregues na secretaria do CIL, no retorno das aulas presenciais); Comprovante de residência; Comprovante de tipagem sanguínea e fator RH, nos termos da Lei Distrital nº 4.379/2009 (entregue na secretaria do CIL, no retorno às aulas presenciais); E, no caso de estudante menor de idade, cópia de RG e CPF do responsável. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segunda chamada O resultado da segunda chamada para vagas nos CILs será divulgado em 4 de agosto, a partir das 18h, também pelo site da Secretaria de Educação. A efetivação das matrículas será em 5 e 6 de agosto, a partir do envio da documentação, acessando link a ser disponibilizado no site após a divulgação. Os documentos a serem enviados são os mesmos constantes na lista apresentada aos contemplados na primeira chamada. Já as inscrições para vagas remanescentes, destinadas à comunidade em geral, serão realizadas em 11 e 12 de agosto, igualmente pelo site da SEE. O sorteio para esses candidatos também será feito eletronicamente. O período e as orientações para a confirmação de matrículas serão divulgados posteriormente. *Com informações da Secretaria de Educação

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Ensino de qualidade e escolas reformadas

O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 Vila Planalto foi construído com capacidade para cerca de 350 crianças | Foto: Paulo H. de Carvalho/Agência Brasília O vaivém de alunos deu lugar a salas de aulas esvaziadas e ensino digital em 2020. O cenário adverso por causa da pandemia de Covid-19 permitiu a realização do maior esforço concentrado de melhorias de estruturas escolares da história do Distrito Federal: mais de 500 serviços de reforma foram feitos nas escolas públicas. O trabalho renovou toda a rede física e ainda abriu caminho para a ampliação de 89 escolas de todas as regiões do DF, que vão receber cerca de 350 novas salas de aulas, feitas a partir de uma estrutura pré-moldada de alvenaria. Com isso, serão abertas 15 mil vagas e resolvidos problemas de alunos que eram obrigados a estudar longe de casa. Neste ano, nos dois semestres, foram liberados mais de R$ 140 milhões do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) para investimento nas escolas públicas da capital, somadas as verbas diretas da Secretaria de Educação (R$ 84 milhões) e de emendas parlamentares. A maior parte dos valores foi usada para melhorias dos estabelecimentos, com reforço de R$ 34 milhões do contrato de manutenção da pasta. [Numeralha titulo_grande=”R$ 112,6 milhões” texto=”estão sendo investidos para expandir as unidades e aumentar a quantidade de salas de aulas e banheiros por unidade escolar” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além disso, mais de R$ 112,6 milhões estão sendo investidos para expandir as unidades e aumentar a quantidade de salas de aulas e banheiros por unidade escolar. “As obras continuaram com a mesma prioridade. No ano que vem, quando nossos estudantes retornarem, vão encontrar suas escolas de cara nova”, pontua o secretário de Educação, Leandro Cruz. Aulas na pandemia Por causa da pandemia de coronavírus, a sala de aula teve de ser trocada pela tela do computador no programa Escola em Casa DF. Para garantir o acesso dos estudantes à internet, a Secretaria de Educação garante conexão gratuita para acesso à plataforma Google Sala de Aula com credenciamento em três operadoras de telefonia. Os estudantes, que ainda não têm acesso, podem contar com serviço de entrega e recolhimento de materiais impressos. “No DF, a pandemia da Covid-19 nos levou a acelerar o processo de inovação educacional. Tivemos de nos reinventar. Mesmo diante deste cenário, a educação não parou em nenhum aspecto”, aponta Cruz. Dois programas foram instituídos, de forma emergencial, para garantir que nenhum estudante ficasse sem assistência alimentar e nutricional com a suspensão das aulas presenciais. O Bolsa Alimentação beneficiou 69.848 famílias com mais de R$ 64 milhões. Aos menores, pelo Cartão Alimentação Creche, foram R$ 21,5 milhões de verbas para atender 22.758 crianças matriculadas nas instituições parceiras. Já o Cartão Material Escolar contabilizou R$ 33 milhões liberados para contemplar 106 mil estudantes. “Por causa da pandemia, a educação passou a ser um desafio ainda maior. Mas com coragem, determinação e, acima de tudo, com cuidado e respeito às vidas, conseguimos prosseguir com aulas on-line para centenas de milhares de alunos”, avaliou o governador Ibaneis Rocha. DF gerou 900 novas vagas para creches Cinco Centros de Educação da Primeira Infância (Cepi) foram inaugurados: Periquito e Bem-te-vi, em Samambaia; Papagaio, em Ceilândia; e Cajuzinho, no Lago Norte; além do Parque dos Ipês, em São Sebastião, que está com obra concluída. Foram mais de R$ 10 milhões investidos para gerar quase 900 novas vagas de creches das crianças do DF. Além disso, está em andamento a construção de uma unidade no Sol Nascente/Pôr do Sol e outras cinco estão em licitação. Cada uma delas atende 174 crianças. Três escolas também estão em obras: a Escola Classe 01 do Porto Rico, em Santa Maria, passa por ampla reforma, que resolve o problema dos 540 alunos que se arrastava havia seis anos; o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 01 Vila Planalto foi construído com capacidade para cerca de 350 crianças; e a EC 52 de Taguatinga, com capacidade para 1,2 mil estudantes, também está em etapa de reconstrução. Estão em fase de licitação as obras do Centro de Ensino Médio 10 de Ceilândia e da EC 59 de Ceilândia, que juntos terão 1,2 mil alunos. Além disso, mais de 400 crianças da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que moram na Estrutural e hoje tomam transporte escolar para irem à escola, vão começar a estudar perto de casa. O espaço adaptado foi cedido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) para abrigar a 684ª escola da rede pública do DF, com capacidade para 400 alunos. Mais três Escolas Técnicas vão fazer parte da realidade da capital graças aos esforços do GDF. A unidade de Brazlândia está pronta e as licitações das construções das unidades do Paranoá e de Santa Maria, paradas desde 2018, foram retomadas. Cada uma delas terá espaço para atender 1,2 mil estudantes, em três turnos. O Centro Interescolar de Línguas de Planaltina foi ampliado e vai passar de 700 para 3.500 alunos | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O DF tem 50 mil estudantes aprendendo novos idiomas em 17 Centros Interescolares de Línguas (CILs), contemplando todas as regionais de ensino. Neste ano, duas unidades mudaram de endereço e foram ampliadas: Planaltina vai passar de 700 para 3.500 alunos e Núcleo Bandeirante aumentou a capacidade de 580 para 1.880 cadeiras. Em obras, São Sebastião também vai ganhar sede nova, quadruplicando o número de vagas para a comunidade. Universidade distrital avança na Câmara O GDF deu um importante passo para a criação da Universidade do Distrito Federal (UnDF). O Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 34 de 2020 foi encaminhado pelo poder Executivo à Câmara Legislativa do Distrito Federal em março e, desde então, está em discussão pelos parlamentares. Responsável por elaborar e executar a política de educação superior pública distrital, a Fundação Universidade Aberta (Funab) acompanha o andamento da proposta. “A proposta evidencia o papel da educação e da ciência e tecnologia como vetores do desenvolvimento local e representa um ganho histórico para o DF, que, atualmente, é uma das quatro unidades da federação sem uma universidade pública sob sua alçada”, diz a diretora executiva da Funab, Simone Benck. Enquanto isso, no último ano, a fundação avançou em parcerias, estudos e diagnósticos da futura instituição de ensino superior. Mais professores O ano também foi de reforço no time de servidores, com 821 professores efetivos nomeados. O governo começou a preparar um novo Plano de Cargos e Salários para as carreiras Magistério e Assistência à Educação e coloca em dia os débitos com todos os servidores referentes a exercícios findos (valores devidos pela administração pública que não foram pagos no ano em que ocorreu a cobrança). O primeiro pagamento, referente ao ano de 2006, apareceu no contracheque de novembro.  

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