No Dia Internacional da Mulher Rural, GDF reforça políticas públicas para trabalhadoras do campo
O Dia Internacional da Mulher Rural, celebrado nesta quarta-feira (15), foi criado para reconhecer e valorizar o papel fundamental dessas mulheres na produção de alimentos, na preservação cultural e na sustentabilidade de suas comunidades. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), tem intensificado ações voltadas à promoção dos direitos das mulheres do campo e do Cerrado. No Brasil, estima-se que aproximadamente 14 milhões de mulheres rurais enfrentam desafios diários e buscam atenção especial em questões cruciais como segurança, saúde, acesso à água e à terra, dentre outras. No DF, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), mais de 9 mil mulheres estão cadastradas, consolidando a presença feminina nas atividades rurais. Esse número representa 41,6% do total de 18 mil propriedades rurais atendidas pela empresa. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), tem intensificado ações voltadas à promoção dos direitos das mulheres do campo e do Cerrado | Fotos: Divulgação/SMDF A governadora em exercício, Celina Leão, destaca a atuação do GDF para levar segurança, qualidade de vida e assistência para as mulheres rurais. “Nosso foco é dar continuidade aos projetos e reconhecer o trabalho importante das mulheres rurais no desenvolvimento da nossa cidade. Nossas políticas públicas fortalecem a união e promovem discussões que resultam em conquistas significativas”. Ações que beneficiam as mulheres do campo O Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, vinculado à Secretaria da Mulher, desempenha um papel importante na formulação e discussão de ações destinadas ao combate à violência contra a mulher. Além de promover a autonomia feminina, as reuniões contribuem também para a elaboração de políticas públicas que visam melhorar as condições de vida das mulheres rurais. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira é fundamental realizar políticas públicas focadas em atender as necessidades específicas dessas mulheres. “Temos o Programa Mais Direito Para as Mulheres do Campo e do Cerrado, que realiza serviços itinerantes nas comunidades rurais. Elas recebem acolhimento e atendimento, rodas de conversas e informações sobre a rede de proteção, direitos da mulher, tipos de violência e canais de denúncia”. Além de promover a autonomia feminina, os encontros contribuem para a elaboração de políticas públicas que visam melhorar as condições de vida das mulheres do campo O Projeto Agropecuária Sustentável: Mulheres transformando o Campo promove visitas técnicas, onde leva mulheres para um dia de imersão nas práticas sustentáveis da Fazenda Água Limpa (FAL), da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa é gratuita e voltada para produtoras rurais, estudantes e demais interessadas da comunidade do Distrito Federal e entorno, com o objetivo de fortalecer o conhecimento e a aplicação de inovações no campo. [LEIA_TAMBEM] Renata D´Aguiar, subsecretária de Promoção das Mulheres (SUBPM), destaca a importância da valorização do trabalho dessas mulheres. “A mulher rural é uma força produtiva essencial para nós. As ações visam promover o desenvolvimento das atividades do Cerrado, fortalecendo a autonomia financeira feminina. Elas são a força motriz do campo, guardiãs da cultura e provedoras de nossa mesa. Que o Dia Internacional das Mulheres Rurais nos inspire a continuar essa jornada com ainda mais dedicação e efetividade”. O acesso a serviços de saúde é um dos maiores desafios para as mulheres rurais, que muitas vezes enfrentam longas distâncias e falta de infraestrutura. Por isso, a ação itinerante Programa Sempre por Elas já alcançou, neste ano, mais de 570 mulheres em situação de vulnerabilidade social, econômica ou de violência em áreas urbanas e rurais do DF. Em parceria com o Sesc, Secretaria de Saúde, Defensoria Pública, Sedes (Cras Móvel), Mary Kay, Caesb e PCDF são oferecidos serviços de saúde, beleza, orientações jurídicas e encaminhamentos a serviços sociais. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Feira de Mulheres Empreendedoras Rurais vai até este sábado (19)
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher Rural, celebrado no último dia 15 (terça-feira), a Emater-DF, em parceria com o Boulevard Shopping, realiza a Feira de Mulheres Empreendedoras Rurais. O evento vai até este sábado (19), das 10h às 22h, e o visitante poderá encontrar doces, geleias, bolos, panificados, biscoitos, cafés especiais, artesanato, flores e plantas ornamentais. O evento vai até este sábado (19), de 10h às 22h | Foto: Divulgação/Emater-DF Natural da Ilha da Madeira — um arquipélago no Oceano Atlântico pertencente a Portugal, distante 970 km de Lisboa — a produtora Helena Bazenga está no Brasil há dez anos. No Núcleo Rural Santos Dumont (Região Administrativa de Planaltina), ela produz geleias com as diversas frutas disponíveis na chácara. “As receitas são portuguesas, todas da minha avó”, conta, orgulhosa, mostrando os potes do produto feito com frutas amarelas — maracujá, carambola —, além de laranja, mirtilo e goiaba, dentre outras. “As geleias com canela são típicas de Portugal”, acrescenta. Desde que descobriu a possibilidade de retomar a tradição portuguesa, Helena recorreu à Emater-DF para obter o apoio necessário e desenvolver o negócio. “O suporte dado pela Sandra [Evangelista, extensionista do escritório da empresa em Planaltina] foi fundamental para entendermos como funcionam princípios como boas práticas, legislação e outros preparativos para instalarmos uma agroindústria definitivamente”, conta Helena. De acordo com a diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, a feira é uma ótima oportunidade para aproximar o público urbano do rural. “Temos observado e incentivado cada vez mais o empreendedorismo feminino, e este evento é uma forma de homenagear e valorizar o trabalho das mulheres”, comenta a dirigente. “Além disso, podemos constatar a diversidade e a qualidade dos produtos rurais do DF”. *Com informações da Emater-DF
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Evento promove oficinas, palestras e momentos de integração para mulheres rurais
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher Rural, celebrado nesta terça-feira (15), a Emater-DF preparou uma programação especial dedicada às mulheres do campo, com o tema Momento Para Elas. O evento, que aconteceu na Casa do Cerrado, ofereceu uma série de atividades voltadas à valorização, bem-estar e integração das mulheres rurais, com o objetivo de destacar o papel essencial que elas desempenham na agricultura e no desenvolvimento social e econômico. Palestras, oficinas e confraternização marcaram a comemoração do Dia Internacional da Mulher Rural | Fotos: Divulgação/Emater-DF O dia começou com um café da manhã, seguido de palestras, oficinas e atividades interativas. “Nós, mulheres, podemos tudo. Podemos ser o que quisermos, e isso é o mais importante”, afirmou Loiselene Trindade, diretora-executiva da Emater-DF. “Este dia foi preparado com muito carinho para que possamos celebrar e aprender umas com as outras. É fundamental que trabalhemos juntas e, acima de tudo, que não julguemos outras mulheres, pois não sabemos os desafios que cada uma enfrenta”, acrescentou. “Em toda conquista da minha vida eu me lembro de um extensionista da Emater-DF me dizendo que eu podia muito mais” Ceiça Oliveira, produtora e agroecóloga A programação incluiu a oficina Mesa Posta com Ângela Brito, uma atividade culinária com o chef Vinicius Rossignoli, além de momentos de confraternização e integração, como biodança com Claudia Rejane. Jane Batista, liderança rural da Taquara, também reforçou a importância do papel da mulher rural: “A mulher rural enfrenta desafios únicos. Ela cuida da sua família e também de todos nós, produzindo alimentos e gerando riqueza com suas mãos talentosas”. Um dos momentos de destaque foi o “Delas para Elas”, que marcou o lançamento do café produzido pelas mulheres da Associação Elo Rural. Durante o evento, Elenild Góes, uma das associadas, compartilhou a trajetória e os objetivos da entidade. “Nós somos ainda bebês, estamos engatinhando, com apenas 10 meses de atuação. Nosso objetivo é fomentar a cultura do café na nossa comunidade por meio de palestras, discussões e apoio técnico de parceiros como Emater, Senar, Embrapa e UnB. Estamos crescendo juntos, com uma diretoria-executiva formada predominantemente por mulheres, porque acreditamos na força do coletivo e no protagonismo feminino”, destacou. Participantes destacaram a importância do momento de autocuidado e de integração O evento foi um espaço não apenas de celebração, mas também de reflexão e fortalecimento. “O campo gera renda e riquezas através das mãos das mulheres rurais. Precisamos colocar nossa voz em tudo, para sairmos da invisibilidade e mostrarmos a importância do nosso trabalho”, concluiu Loiselene Trindade. Para a produtora Edileuza Laurentino, o momento foi de autocuidado e valorização das mulheres. “Ficamos muito tempo na labuta, produzindo alimentos, preservando a água, o ar, e esquecemos de nos olhar, nos cuidar, nos amar e nos valorizar. Este evento nos lembrou do nosso potencial, da importância do autocuidado e de que vale a pena ser mulher do campo”, disse. Já a produtora e agroecóloga Ceiça Oliveira destacou a importância dos extensionistas rurais da Emater-DF na vida dela. “Em toda conquista da minha vida eu me lembro de um extensionista da Emater-DF me dizendo que eu podia muito mais. A mulher agricultora muitas vezes tem seu trabalho invisibilizado e pouca vida social e é em eventos como esse que temos a oportunidade de vestir nossa melhor roupa, socializar e trocar experiências. Sou grata à Emater-DF por fazer parte da nossa vida”. *Com informações da Emater-DF
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Mulheres que transformam o campo: A força feminina do agronegócio do Distrito Federal
O Distrito Federal tem 70% do território classificado como área rural. Desse percentual, 178,5 mil hectares são destinados exclusivamente à produção agrícola, que encontra, na capital do país, um cenário rentável e de constante expansão. Prova disso é que, no ano passado, o agronegócio movimentou expressivos R$ 6 bilhões em valor bruto. Neste contexto, uma parte fundamental do sucesso da atividade em solo brasiliense decorre do empenho e da força de trabalho das produtoras rurais. À medida que o agronegócio cresce no DF, aumenta também a participação de mulheres no cotidiano das atividades rurais em cooperativas, parcerias familiares ou até mesmo à frente das propriedades, redefinindo o cenário da produção agrícola. Elas têm até data comemorativa: nesta terça-feira (15), celebra-se 0 Dia Internacional da Mulher Rural. Contam também com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), que fomenta a qualificação e capacitação dessas produtoras. No Distrito Federal, das cerca de 18 mil propriedades rurais atendidas pela Emater-DF, 5.384 estão cadastradas em nome de mulheres, como proprietárias ou coproprietárias. Por meio de consultorias técnicas, cursos de empreendedorismo ou orientações sobre boas práticas agrícolas, a Emater tem sido uma parceira essencial no fortalecimento da atuação feminina no agronegócio. Graças a esse suporte, as mulheres rurais têm ampliado seu conhecimento, aprimorado as técnicas de produção e impulsionado o crescimento econômico da atividade. Hoje, dos quase 30 mil produtores rurais cadastrados na Emater, 9.399 são mulheres, representando 31,6% do total. “As mulheres estão assumindo funções de liderança no processo decisório das propriedades. É impressionante como a atuação delas têm crescido, evoluído e como elas se empoderam ao participar dos eventos que nós organizamos”, destaca o extensionista rural da Emater Carlos Antônio Banci, lotado no Núcleo Rural Taquara. Independência “As mulheres vêm se destacando e trabalhando em parceria com os maridos. É um ganho muito grande para as produções; não é concorrência, mas uma oportunidade de melhorar a renda”, diz a líder comunitária Jane Batista Na comunidade rural de Taquara, a força delas é ainda mais evidente. Jane Batista é uma liderança comunitária local e trabalha na ampliação de políticas públicas. “Aqui, mais de 90% da população é formada por mulheres, e metade delas está na linha de frente da produção. Antigamente, o homem tomava as decisões, mas agora as mulheres têm o próprio espaço e estão fazendo a diferença”, explica. “As mulheres vêm se destacando e trabalhando em parceria com os maridos. É um ganho muito grande para as produções; não é concorrência, mas uma oportunidade de melhorar a renda. Elas também conseguem administrar melhor o dinheiro e os gastos, tirando um pouco esse peso do marido – esse era outro grande dilema, essa história de o homem ser o provedor. Isso está mudando na nossa região”, prossegue Jane. A produtora rural Ana Paula Santos Cruz: “Trabalho com isso desde pequena” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Foi dessa parceria que surgiu o interesse da produtora rural Ana Paula Santos Cruz pelo agronegócio. “Trabalho com isso desde pequena, mas, quando casei, queria algo que fosse só meu, sem deixar de lado o trabalho com meu marido”, conta. “Mais do que isso, é uma forma de estar todos os dias próximo dos meus filhos e em contato com a natureza. Aqui, trabalho em casa, junto da minha família e para mim é uma das maiores vantagens dessa profissão”. Ana Paula, que começou cultivando minirrosas e suculentas, agora foca culturas de maior demanda, como tomate e maracujá, além de contribuir nas atividades de ordenha e fabricação de queijos. “A Emater nos ajuda em tudo, desde a escolha do melhor agrotóxico para usarmos na produção e no planejamento até o cultivo e o manejo de doenças nas plantas”, relata.
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Violência doméstica e empoderamento são temas de debate
Mulheres de comunidades rurais do Distrito Federal participaram de um debate realizado pela Emater-DF. Uma palestra em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), ministrada pela policial civil Deise Andrade, abordou questões de violência doméstica, feminicídio, abuso sexual, questões familiares e sobre valorização pessoal e empoderamento feminino. O encontro foi realizado na Casa do Cerrado, nesta sexta-feira (15), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Rural. Aproximadamente 40 lideranças femininas participaram da celebração | Foto: Divulgação/Emater-DF Momentos de descontração também foram proporcionados às mulheres, com música ao vivo, brincadeiras, dinâmicas de grupo e um lanche ao final do evento. Aproximadamente 40 lideranças femininas participaram da celebração, que também tratou do Encontro Distrital de Mulheres Rurais da Emater-DF que será realizado em dezembro deste ano. [Olho texto=”“Essas palestras são maravilhosas para nós mulheres. Tem muitos homens e mulheres que acham que violência e só bater, mas tem a violência psicológica que é uma das que mais mata”” assinatura=”Mariângela de Fátima, produtora no PAD” esquerda_direita_centro=”direita”] A presidente em exercício da Emater-DF, Loiselene Trindade, participou do evento e destacou a importância da mobilização da mulher rural nas comunidades, como forma de lutar por melhorias para o campo. “A mulher tem uma força que ela nem imagina. Nós podemos fazer história, transformar comunidades e construir pontes, mas para isso precisamos nos unir”, disse. Maria das Graças Nascimento, 54 anos, moradora da Taquara, trabalha na roça desde 8 anos idade. Nascida no Ceará, ela veio para Brasília em 1992. De lá para cá, ela conta sempre ter participado de eventos da Emater. “ Eu paro tudo que eu tenho em casa e venho, porque eu aprendo muito nesses eventos da Emater. Eu adoro participar. Não perco nenhum. A Emater ajuda a gente muito”, disse. Produtora no PAD, Mariângela de Fátima, 43 anos, mora no Assentamento Estrela da Lua. Ela também participou do encontro e ressaltou a importância da palestra sobre violência contra a mulher. “Essas palestras são maravilhosas para nós mulheres. Quero levar para minha comunidade. Tem muitos homens e mulheres que acham que violência e só bater, mas tem a violência psicológica que é uma das que mais mata”, declarou. *Com informações da Emater-DF
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