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HIV

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Mais de 40% dos casos de HIV no DF são de pessoas entre 20 e 29 anos

O último Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF), divulgado neste mês, indica que 42,6% dos casos de vírus da imunodeficiência humana (HIV), registrados entre 2020 e 2024 no Distrito Federal, foram detectados em pessoas de 20 a 29 anos. No caso da aids, as maiores proporções mantiveram-se nessa faixa etária, com 30% das ocorrências. Considerando todas as faixas etárias, o mesmo período aponta mais de 3,8 mil casos do vírus e 1,1 mil de aids. Referente aos anos analisados, o documento demonstra, contudo, uma estabilidade nas ocorrências de HIV. Em relação à aids, foi verificada uma tendência de redução do coeficiente de detecção por 100 mil habitantes — de 8,5 em 2020 para 5,3 em 2024. Entre janeiro e novembro deste ano, foram mais de 700 casos de HIV e 130 de aids. O indivíduo portador do HIV, quando diagnosticado cedo e acompanhado adequadamente, não irá, necessariamente, desenvolver a aids | Foto: Agência Saúde HIV x aids A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Tuberculose da SES-DF, Beatriz Maciel, explica que entre a aids e o HIV há diferenças fundamentais: “O HIV é um vírus que destrói as células de defesa T (CD4/CD8), tornando a pessoa vulnerável a doenças e infecções. Nesses casos, o diagnóstico é feito somente por testes específicos.” A infecção ocorre pelo contato com as secreções sexuais ou com o  sangue de uma pessoa contaminada. É possível, ainda, que a mãe portadora do HIV transmita o vírus para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.  "Na aids, a pessoa com HIV apresenta, por meio de exame laboratorial, apresenta uma contagem de células de defesa T (CD4/CD8) abaixo de 350 por milímetro cúbico de sangue. Somado a isso, o indivíduo passa a ter um conjunto de sintomas ou enfermidades", esclarece a gestora.  Este mês é dedicado à campanha Dezembro Vermelho, de prevenção a aids, HIV e outras ISTs | Foto:  Sandro Araújo/Agência Saúde Isso significa que o indivíduo portador do HIV, quando diagnosticado cedo e acompanhado adequadamente, não irá, necessariamente, desenvolver a aids, podendo levar uma vida de qualidade. “Com o uso regular da terapia antirretroviral, é possível reduzir a carga viral até que ela se torne indetectável. Quando isso ocorre, a pessoa não adoece, não evolui para aids e, sobretudo, não transmite o vírus”, detalha Maciel. Dezembro Vermelho Apesar da evolução medicamentosa, a gestora reforça que ainda há muito a ser feito para combater o preconceito, principalmente neste Dezembro Vermelho, mês de luta contra a aids, HIV e outras ISTs. “É importante enfrentar o estigma e as desigualdades sociais que, até hoje, dificultam o acesso ao diagnóstico, especialmente entre populações mais vulneráveis.” “Precisamos reforçar a informação de qualidade, quebrar barreiras e garantir que todas as pessoas tenham o cuidado que precisam, no tempo que precisam”, completa Maciel. [LEIA_TAMBEM] Outro desafio demonstrado no boletim da SES-DF é a detecção precoce do vírus. Embora os casos de HIV e aids ainda sejam predominantes entre a população masculina do DF, observou-se que as mulheres são as mais afetadas pelo adoecimento e óbitos por aids. O dado sugere, segundo o documento, a hipótese de diagnóstico mais tardio entre o público feminino, agravando o quadro.  Prevenção Na rede pública, é possível ter acesso gratuito a preservativos internos e externos, além de testagem rápida, por meio da Unidade Básica de Saúde (UBS). Em casos de violência sexual ou de acidentes ocupacionais, recomenda-se a Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP), na qual a pessoa recebe medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco da infecção - também encontrada nas UBSs. Entre as estratégias de prevenção está, ainda, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV. Nela, o indivíduo soronegativo faz uso diário de medicamentos antirretrovirais (ARV).  Nos horários em que as UBSs estiverem fechadas, o medicamento pode ser encontrado nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos prontos-socorros dos hospitais públicos. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Luta contra o HIV: nesta segunda (1º), SCS oferece testagem rápida

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promove, nesta segunda-feira (1º), uma mobilização especial para o Dia Mundial de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês). A ação ocorrerá no Setor Comercial Sul, das 9h às 15h, com ponto de apoio nas dependências do coletivo Distrito Drag (Quadra 2, Edifício Jamel Cecílio).  “É uma oportunidade de combater o estigma e o preconceito, que ainda afastam muitas pessoas de testes e tratamentos" Jaqueline Marques, responsável pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento Responsável pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento da SES-DF, Jaqueline Marques destaca a importância da data para a saúde pública: “É uma oportunidade de combater o estigma e o preconceito, que ainda afastam muitas pessoas de testes e tratamentos. Ao promover informação de qualidade, ampliamos as chances de aproximação do indivíduo a esses procedimentos."  Ação de saúde Para esta segunda-feira, a secretaria mobilizou profissionais, gestores e população, a fim de fortalecer o trabalho intersetorial focado nos avanços científicos e sociais já alcançados. “Buscamos reafirmar que o enfrentamento do HIV/aids é um compromisso contínuo”, enfatiza Menezes.  A iniciativa irá contar com a parceria de diversas instituições da sociedade civil e do meio acadêmico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde [LEIA_TAMBEM]A iniciativa irá contar com a parceria de diversas instituições da sociedade civil e do meio acadêmico, incluindo as organizações não governamentais Amigos da Vida, GPS Foundation, Instituto Ipês e coletivo Distrito Drag, além da Liga Acadêmica de Imunologia Clínica do Iesb e da Unidade de Testagem, Aconselhamento e Imunização (Utai) da SES-DF.  Serviços ofertados: Testagem rápida para HIV; Aconselhamento pré e pós-teste; Distribuição de insumos de prevenção (preservativos, géis lubrificantes, autotestes e material informativo); Orientações sobre prevenção combinada; Registro e monitoramento do fluxo de atendimento; Divulgação dos serviços da rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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HTLV: conheça essa infecção sexualmente transmissível

O nome pode não ser muito popular: Human T-cell Lymphotropic Vírus. Mas o vírus HTLV, da mesma família do bem mais conhecido HIV, faz parte do trabalho diário da Secretaria de Saúde (SES-DF) para proteger a população do Distrito Federal. Hoje, 10 de novembro, Dia Mundial do HTLV, ganham destaque as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento. No Distrito Federal, já existe até lei para proteger bebês desse vírus.  Gestantes que estiverem contaminadas podem transmitir posteriormente o vírus ao bebê, durante a amamentação | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde-DF  O HTLV tem semelhanças com o HIV, vírus causador da Aids, também sendo uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que afeta o sistema imunológico. No caso das gestantes, a preocupação é maior: uma mãe pode contaminar um bebê por meio da amamentação. Por este motivo, em 2024, a Lei nº 7.619 determinou a inclusão do teste de detecção do vírus na lista de exames obrigatórios no pré-natal das gestantes do Distrito Federal. Antes mesmo da lei, a SES-DF já intensificava a prevenção. Entre 2017 e 2024, foram aplicados mais de 180 mil exames de triagem para HTLV em gestantes, ainda no primeiro trimestre. As que tiveram resultados positivos passaram por novas testagens para confirmar o diagnóstico. Mediante resultado positivo, além de iniciar o acompanhamento, a mulher não pode amamentar o bebê, tal como ocorre com as portadoras do HIV. Entre 2013 e 2023, foram diagnosticadas 260 gestantes com infecção pelo HTLV no DF. São cerca de 0,7 casos para cada grupo de mil gestantes.  De acordo com a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel Luz, estima-se que existam cerca de 2 mil pessoas vivendo com HTLV no DF. “É uma infecção silenciosa e negligenciada, com baixa visibilidade social e poucas campanhas de comunicação”, enfatiza. “Além disso, ainda não existe tratamento curativo nem vacina disponível, e os casos muitas vezes permanecem subdiagnosticados. Por isso, o tema acaba sendo menos abordado em comparação a outras ISTs”.  Notificações [LEIA_TAMBEM]A vigilância epidemiológica da SES-DF trabalha para identificar pacientes. Todo caso positivo é de notificação compulsória, e o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) participa do monitoramento. A SES-DF também firmou parcerias com instituições como Ministério da Saúde, Fiocruz e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tanto para ações de vigilância epidemiológica quanto educativas.  Desde 2023, a SES-DF promove oficinas de capacitação para profissionais de saúde, abordando diagnóstico, vigilância, aconselhamento e manejo clínico das pessoas com HTLV. A pasta também trabalha para criar uma linha de cuidados específicos para os pacientes. A porta de entrada para o acompanhamento e testagem de HTLV em gestantes é a unidade básica de saúde (UBS). *Com informações da Secretaria de Saúde    

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DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho

O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo.  Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF.  “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde          

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DF terá grupo pioneiro para criar protocolo de prevenção ao HIV no sistema prisional

As unidades básicas de saúde (UBSs) que atuam no sistema prisional do Distrito Federal vão contar, agora, com um grupo de trabalho interinstitucional (GTI) para desenvolver o protocolo de fluxo da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV. A iniciativa pioneira no Brasil, oficializada pela Portaria Conjunta nº 23/2025, foi lançada nesta segunda-feira (11), em Brasília, com assinatura simbólica do documento.  Com 90 dias de duração, o GTI ficará responsável por elaborar um cronograma de ações, capacitar equipes e definir indicadores para o monitoramento do protocolo. Também está prevista a realização de um seminário com oficinas para a construção coletiva dos fluxos e procedimentos, envolvendo equipes de saúde e segurança do sistema prisional. “Nosso objetivo é fortalecer a prevenção e a promoção da saúde às pessoas privadas de liberdade. A SES-DF, ao assinar essa portaria conjunta, dará um passo essencial para ampliar esse cuidado e alcançar resultados significativos”, aponta o secretário de Saúde, Juracy Lacerda. O Grupo de Trabalho Interinstitucional foi lançado em Brasília, com assinatura simbólica do documento entre a SES-DF e os demais parceiros | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF O grupo possui representantes das secretarias de Saúde (SES-DF) e de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasi; e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).  “A qualidade e a frequência dos atendimentos prestados, somadas a essa nova parceria, fortalecem a luta contra o HIV e promovem mais saúde para essa população" Wenderson Teles, secretário de Administração Penitenciária A consultora nacional de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) com foco no HIV e na Aids da Opas, Aranaí Guarabyra, afirma que a meta é expandir a prevenção e o tratamento a populações mais vulneráveis. “O Brasil e o mundo buscam eliminar a aids como um problema de saúde pública. O DF tem avançado com passos firmes para atingir esse objetivo", avalia. Prevenção combinada A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do HIV. Quando utilizada de forma consistente e acompanhada por profissionais de saúde, pode reduzir o risco de infecção em até 99% entre pessoas que tiveram relações sexuais sem preservativo e cerca de 74% entre pessoas que usaram drogas injetáveis.  Dentro do conjunto de ferramentas da prevenção combinada, inserem-se também testagem para o HIV, profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP), uso regular de preservativos, diagnóstico oportuno, tratamento adequado de ISTs e imunização, entre outras. Diretora e representante do Unaids Brasil, Andrea Boccardi Vidarte, participou da reunião, ao lado dos secretários de Administração Penitenciária, Wenderson Teles, e Saúde, Juracy Lacerda Sistema prisional A população privada de liberdade é considerada uma das mais vulneráveis à epidemia de HIV/aids, devido a barreiras de acesso, estigma e discriminação. No Complexo Penitenciário da Papuda, por exemplo, 202 pessoas vivendo com HIV estão em tratamento com antirretrovirais e 32 já utilizam a PrEP, de acordo com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). “Essa união de esforços permitirá um aprimoramento na assistência dentro das unidades prisionais. A qualidade e a frequência dos atendimentos prestados, somadas a essa nova parceria, fortalecem a luta contra o HIV e promovem mais saúde para essa população”, destaca o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles. A diretora e representante do Unaids Brasil, Andrea Boccardi Vidarte, reforça a capacidade de o projeto se tornar um exemplo para instituições de outras localidades: “Essa iniciativa tem o potencial de inspirar outros estados a considerarem as realidades de populações específicas e, assim, planejarem e executarem políticas públicas eficientes contra o HIV. Esperamos que a experiência do DF seja um modelo". *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hepatite A: Saúde reforça vacinação de pessoas que usam profilaxia ao HIV

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) passa a ofertar agora vacina contra a hepatite A para pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), usuários da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV e homens que fazem sexo com homens (HSH). A medida segue orientações do Ministério da Saúde e é baseada em evidências. A vacinação é uma estratégia fundamental de proteção individual e coletiva, explica especialista da SES-DF | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Em vigor desde maio deste ano, a ampliação pretende reduzir a incidência da doença em populações mais expostas ao risco de infecção. A dose está disponível em todas as salas de vacinação da rede pública do DF, além dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries) e Centros Intermediários (Ciies). De acordo com o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Sergio d'Avila, a importância do alerta leva em conta o cenário epidemiológico atual. Arte: Agência Saúde-DF "Diante do aumento de casos entre populações-chave, a medida é necessária. Usuários da PrEP, pessoas que vivem com HIV e HSH estão mais expostas a situações de risco, inclusive de práticas que favorecem a transmissão fecal-oral. Portanto, a vacinação é uma estratégia fundamental de proteção individual e coletiva”, explica o gestor.  [LEIA_TAMBEM]Entre 2014 e 2024, o DF registrou 149 casos confirmados de hepatite A, sendo 13 deles entre HSH. A infecção é causada pelo vírus HAV, transmitido principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados e por contato oro-anal durante as relações sexuais. A expectativa é, segundo d'Ávila, fortalecer a cobertura vacinal e reforçar a prevenção combinada no cuidado integral à saúde sexual. “Orientamos que o público prioritário procure uma unidade de saúde em posse de receita médica ou comprovante de uso da PrEP.” Entre os usuários da PrEP ou pessoas que vivem com o HIV, vale destacar que o público feminino também é abarcado pela ampliação.  Prevenção e referência nacional O DF é considerado referência nacional na adesão à PrEP. Segundo dados do Ministério da Saúde, a capital federal apresentou, em 2023, a menor taxa de descontinuidade do Brasil: 21%, enquanto a média nacional foi de 30%. *Com informações da SES-DF  

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Distrito Federal se destaca em ampliação do uso de profilaxia contra o HIV

O Distrito Federal tem avançado na oferta e na adesão à profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). De acordo com o Ministério da Saúde, em 2023, a capital alcançou a categoria 4 no monitoramento da estratégia. Isso significa que, assim como São Paulo, há pelo menos uma pessoa em uso da PrEP para cada quatro novos casos de HIV registrados no DF. O índice mostra que, se o ritmo for mantido, a transmissão do vírus pode realmente ser reduzida nos próximos anos.   Medicamentos: quando usada corretamente, a profilaxia pré-exposição (PrEP) pode reduzir em mais de 90% o risco de infecção | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O DF também é destaque nacional na continuidade do tratamento. Enquanto a média brasileira de descontinuidade da medicação é de 30%, por aqui o registro aponta para 21% - o menor índice do país.  “Os números são resultado direto do trabalho comprometido e qualificado das equipes de saúde”, afirma a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES-DF), Juliane Malta. “São profissionais que, na ponta, acolhem, orientam e acompanham cada pessoa com cuidado e respeito. Ainda temos desafios pela frente, mas estamos no caminho certo para ampliar o acesso e promover uma resposta cada vez mais eficaz ao HIV.”  O HIV é transmitido principalmente por meio dos fluidos corporais específicos durante relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas e também de mãe para filho durante o parto (quando não for bem-assistido). Público-alvo Qualquer pessoa interessada pode requisitar o uso da profilaxia – inclusive adolescentes, a partir de 15 anos, pesando 35 kg ou mais, sem necessidade de autorização dos pais. O medicamento será dispensado após consultas e exames para avaliar a situação da saúde do indivíduo. Os segmentos prioritários são pessoas que frequentemente deixam de usar camisinha nas relações sexuais, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que fazem uso repetido da profilaxia pós-exposição (PEP) e parcerias heterossexuais ou homossexuais em que uma das pessoas vive com HIV. Além desses públicos, Malta reforça que mulheres cisgênero heterossexuais também devem ficar atentas às informações sobre prevenção de HIV.  A PrEP é uma das ferramentas mais eficazes para a prevenção do HIV. Quando usada corretamente, pode reduzir em mais de 90% o risco de infecção. A SES-DF disponibiliza a profilaxia gratuitamente em diversos pontos do DF. O acesso é simples, confidencial e seguro.  HIV e Aids ⇒ O HIV é um microrganismo que ataca o sistema imunológico. Uma pessoa infectada pode não apresentar sintomas ou desenvolver Aids ⇒ A Aids é a infecção pelo HIV em estágio avançado. Não é o vírus em si, mas um conjunto de sinais que comprometem as defesas imunológicas ⇒ Embora não exista cura para a Aids, o tratamento antirretroviral pode controlar a infecção, permitindo que pessoas vivendo com HIV tenham uma vida longa e saudável ⇒ O tratamento correto pode fazer com que o paciente atinja a carga viral indetectável para o HIV, ou seja, tão baixa que não pode ser detectada por testes-padrão. Nesse caso, a pessoa também não transmite o vírus. *Com informações da Secretraria de Saúde       

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Farmacêuticos ampliam acesso à profilaxia pré-exposição ao HIV

Dados da Secretaria de Saúde (SES-DF) demonstram que os farmacêuticos são responsáveis pela prescrição de cerca de 10% das profilaxias pré-exposição ao HIV (PrEP) no Distrito Federal, número superior à média nacional, que é de 6%. Atualmente, na rede de saúde pública, os profissionais, junto a médicos e enfermeiros, podem fazer a prescrição da PrEP, ampliando o acesso ao medicamento e dando mais celeridade ao início do tratamento. Procedimentos profiláticos têm poder de bloquear o vírus, evitando a infecção do organismo | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A profilaxia é de fundamental importância para o combate ao vírus causador da Aids, funcionando como um bloqueio e impedindo que o vírus infecte o organismo. A pessoa que faz o uso da PrEP de forma correta tem uma barreira a mais para se proteger contra o vírus. No DF, diversas estratégias permitem uma maior integração do cuidado, como a dispensação da PrEP pelas unidades básicas de saúde (UBS).  A farmacêutica Anna Heliza Giomo atua na UBS 1 do Cruzeiro, umas das unidades de referência da SES-DF que oferecem o medicamento. “A estatística mostra que os mais infectados são jovens entre 18 a 25 anos, porque, muitas vezes, iniciam a vida sexual sem informação adequada”, explica. “Por isso, é importante a educação sexual sobre o cuidado integrado”.   Cuidado integral Qualquer pessoa interessada pode requisitar o uso da profilaxia – inclusive adolescentes, a partir de 15 anos, pesando 35 kg ou mais, sem necessidade de autorização dos pais. O medicamento será dispensado após consultas e exames para avaliar a situação da saúde do indivíduo. Os segmentos prioritários são pessoas que frequentemente deixam de usar camisinha nas relações sexuais, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans, trabalhadores do sexo, pessoas que fazem uso repetido da profilaxia pós-exposição (PEP) e parcerias heterossexuais ou homossexuais nas quais uma das pessoas vive com HIV. “Apesar de ser uma profilaxia, a PrEP ainda é um medicamento e precisa de alguns cuidados”, pontua a farmacêutica. “A primeira consulta é realizada para avaliar e descartar alguns riscos. Por exemplo, pessoas com doenças renais crônicas precisam ser avaliadas quanto à indicação de uso de alternativas à PrEP.” A profissional esclarece que são necessárias consultas e exames. Após o contato inicial, o vírus se multiplica lentamente e é necessário aguardar a janela imunológica que dura cerca de 28 dias, momento em que deve ser repetido o teste para descartar a contaminação pelo HIV.  [LEIA_TAMBEM] “A pessoa realiza uma primeira consulta e, se estiver elegível, já receberá a PrEP para 30 dias”, orienta Anna Heliza. “Retorna um mês depois, para mais uma rodada de exames. Assim, poderá receber a profilaxia por tempo maior, 90 a 120 dias. A estratégia de consultas regulares com o farmacêutico é uma forma de acompanhar esse paciente, melhorar a adesão ao medicamento e o cuidado geral da sua saúde sexual, incluindo a prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis [ISTs].” O objetivo é que o medicamento esteja nas prateleiras das farmácias públicas do DF e perto de onde a pessoa mora. “Cada vez que a pessoa retorna, realizamos os testes rápidos para IST, já que a PrEP é uma prevenção ao HIV e não a outras doenças, como sífilis e gonorreia”, detalha a farmacêutica. “Caso seja detectado algum sinal de infecção, já encaminhamos para o tratamento, porque as ISTs são porta de entrada para o HIV”.  Para que a PrEP seja eficaz, é necessário que seja administrada corretamente e com orientação do profissional de saúde. Diferentes estratégias Veja abaixo outras estratégias de prevenção combinada para o HIV, além da PrEP.  → Testagem para o HIV oferecida nas unidades de saúde da rede pública → Uso regular de preservativos e géis lubrificantes (distribuídos gratuitamente) → Diagnóstico oportuno e tratamento adequado de ISTs → Redução de danos e gerenciamento de vulnerabilidades → Supressão da replicação viral pelo tratamento antirretroviral → Imunizações contra hepatites virais. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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