Serviço de cirurgia plástica do Hran soma quase mil atendimentos mensais
Funcionando há quase 40 anos, o serviço de cirurgia plástica no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) acumula histórias de superação. São pacientes que tiveram a vida reconstruída após procedimentos reparadores. Atualmente, a equipe presta quase mil atendimentos por mês, abrangendo casos de diferentes complexidades. Maria das Graças Gomes fez reconstrução mamária no Hran: . “A equipe trouxe minha autoestima de volta” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Quando fazemos uma plástica, estamos trabalhando na qualidade de vida das pessoas, devolvendo a autoestima e até a vontade de viver. É muito mais que estética” Antônio José Pacheco, cirurgião plástico do Hran Maria do Socorro, 59 anos, é uma dessas pacientes. Ela foi atendida há nove anos, após um acidente de carro que causou múltiplos traumas pelo corpo. Desde então, segue acompanhada pelo setor de cirurgia plástica do Hran. “Sinto muita gratidão a toda a equipe responsável pelo tratamento; todos ajudam com amor e carinho”, comenta. O cirurgião plástico Antônio José Pacheco, do Hran, lembra que o impacto dos procedimentos vai além da saúde física: “Quando fazemos uma plástica, estamos trabalhando na qualidade de vida das pessoas, devolvendo a autoestima e até a vontade de viver. É muito mais que estética. As pessoas sofrem com a aparência e com a rejeição da sociedade”. É o caso da Maria das Graças Gomes, 76, que passou por uma reconstrução mamária depois de enfrentar um câncer agressivo. “A equipe trouxe minha autoestima de volta”, relatou. “Fiquei mutilada por dois anos. Eu não me olhava no espelho, não me arrumava. Hoje, coloco biquíni, vou à praia e curto”. Como ser atendido [LEIA_TAMBEM]As cirurgias plásticas realizadas no Hran incluem os procedimentos em membros, como pernas e braços, contemplando também pacientes queimados, fissurados, sequelas de acidentes, além de casos de câncer de pele. Com frequência, a equipe ainda recebe casos de mordidas de animais, principalmente de cachorros. Por se tratar de um serviço especializado, o encaminhamento para a cirurgia plástica é feito por meio do Complexo Regulador. O acesso começa nas unidades básicas de saúde (UBSs), que direcionam o paciente à consulta com a equipe de cirurgia plástica. Após a avaliação da equipe especializada, dependendo da necessidade, é feita a inserção na lista de espera. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Fones de ouvido: conheça os riscos e saiba como proteger a audição
Os fones de ouvido tornaram-se acessórios comuns do cotidiano, particularmente após a pandemia de covid-19, quando o trabalho remoto, os estudos online e o entretenimento digital entraram na rotina de adultos, adolescentes e até crianças. A Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para os riscos do uso prolongado de fones de ouvido, hábito cada vez mais comum entre jovens e adultos. Arte: Agência Brasília-DF A responsável técnica de fonoaudiologia da SES-DF, Ocânia da Costa, adverte que o uso contínuo e em volume alto pode causar danos significativos. “Hoje usamos fones para tudo: estudar, trabalhar, fazer atividade física”, enumera. “A recomendação é limitar o uso a no máximo duas horas por dia, em volume reduzido. A literatura mostra que, a partir de uma hora com o volume no máximo, o ouvido já aciona mecanismos de proteção, o que indica risco”. “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência” Ocânia da Costa, fonoaudióloga da Secretaria de Saúde Entre os sintomas associados ao uso excessivo de fones estão tontura, zumbido, dificuldade de concentração, estresse, dor devido à pressão sonora e dificuldade para compreender conversas. “O adolescente que usa muito fone pode ter sintomas parecidos com os de trabalhadores expostos a ruídos fortes, inclusive dificuldade para entender o professor na sala de aula”, explica a fonoaudióloga. Detecção e tratamento A porta de entrada para avaliação auditiva na capital é a Unidade Básica de Saúde (UBS). A rede pública conta com ambulatórios especializados nos hospitais Regional da Asa Norte (Hran), Regional de Taguatinga (HRT), Regional do Gama (HRG), de Base (HBDF) e Universitário de Brasília (HUB-UnB), bem como Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal). A identificação precoce da surdez começa ainda na maternidade, com o teste da orelhinha, realizado nas primeiras 48 horas de vida. Bebês com resultado alterado são encaminhados para diagnóstico e, se necessário, para reabilitação auditiva. Em crianças maiores e adultos, o acompanhamento é feito na UBS, com possibilidade de concessão de aparelhos auditivos ou indicação de implante coclear (prótese eletrônica que restaura a audição em casos de surdez). Prevenção [LEIA_TAMBEM]A fonoaudióloga da SES-DF reforça que cuidar da saúde auditiva envolve tratar infecções de ouvido, evitar exposição prolongada a ruídos intensos e realizar exames periódicos quando há fatores de risco. Entre as causas da perda de audição estão doenças infecciosas, uso de medicamentos que podem danificar o sistema auditivo (ototóxicos), traumas e perfuração do tímpano. Outros fatores que também podem levar à perda auditiva são acúmulo de cerume, predisposição genética, problemas metabólicos e envelhecimento. A especialista alerta para os impactos na saúde mental e cognitiva: “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência”. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Conheça os sintomas e a terapia adequada para a doença pulmonar obstrutiva crônica
A doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) é uma condição que dificulta a passagem do ar pelas vias aéreas, comprometendo o bem-estar dos pacientes. Além da exposição à fumaça proveniente da poluição ambiental e de queimadas, o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, faz diferença em qualquer fase da vida” Guilherme Morais, pneumologista da Secretaria de Saúde No Dia Mundial da Dpoc, instituído como 19 de novembro, a Secretaria de Saúde (SES-DF) lembra a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de uma condição que pode afetar de forma permanente a qualidade de vida. Embora não tenha cura, a Dpoc é tratável, com medicamentos e reabilitação. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência na terapia da doença e de outras patologias pulmonares crônicas. Principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital (RTD) no assunto, o pneumologista Guilherme Otávio Morais, da Secretaria de Saúde (SES-DF), chama a atenção para os desafios na detecção da Dpoc. “Em um estudo realizado em São Paulo, apenas 18% dos pacientes tiveram o diagnóstico confirmado”, enumera. “Isso mostra que ainda há uma baixa percepção sobre os sinais da doença. Tosse persistente, pigarro frequente, chiado no peito e falta de ar mesmo em pequenos esforços são sintomas que precisam ser investigados. Muitas pessoas atribuem esses sinais ao cansaço ou ao envelhecimento e só procuram ajuda médica quando o quadro já está avançado”. Outros sintomas comuns incluem sensação de aperto ou peso no peito, respiração mais lenta ou ofegante para atividades simples, secreção persistente (catarro) e infecções respiratórias frequentes. Com o tempo, aponta o médico, a doença pode evoluir para limitações severas, exigindo o uso contínuo de oxigênio. Como buscar ajuda [LEIA_TAMBEM]Ao identificar os sintomas, o paciente deve procurar primeiro a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A confirmação do diagnóstico vem a partir da avaliação clínica, que pode incluir exames como radiografia, tomografia e, principalmente, a espirometria. Caso sejam identificados problemas, a pessoa é direcionada ao ambulatório do Hran ou a outros hospitais da rede pública com pneumologistas disponíveis. Segundo Guilherme Morais, o tabagismo é o maior fator de risco e a principal porta de entrada para doenças graves do pulmão. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, e faz diferença em qualquer fase da vida”, reforça. A SES-DF disponibiliza mais de 70 UBSs para atender quem quer deixar o cigarro. A Dpoc, de acordo com o pneumologista, impõe uma jornada longa e desafiadora aos pacientes e seus familiares, desde os primeiros sintomas até o diagnóstico preciso, passando por muitos estigmas. “O manejo adequado dessas crises é essencial para evitar hospitalizações recorrentes e perda funcional”, adverte. Veja, abaixo, outras formas de reduzir risco de Dpoc. ⇒ Evitar ambientes com fumaça ou vaporizadores eletrônicos (vapes) ⇒ Reduzir exposição à poeira e à poluição ⇒ Usar máscaras de proteção em ambientes com partículas suspensas ⇒ Manter calendário de vacinação atualizado, para evitar infecções que possam acelerar a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Unidades do GDF são reconhecidas por incentivar continuidade da amamentação
Os hospitais regionais do Gama (HRG) e da Asa Norte (Hran), bem como o edifício-sede da Administração Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), receberam, nesta segunda-feira (11), a certificação de Sala de Apoio à Amamentação. O reconhecimento, conferido pelo Ministério da Saúde, legitima os locais que oferecem conforto, privacidade e segurança para incentivar as profissionais a manterem o aleitamento materno, mesmo no ambiente de trabalho. O DF é visto como referência nacional em disponibilidade de salas de amamentação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O título foi anunciado durante a abertura do X Seminário de Aleitamento Materno e V Seminário de Alimentação Complementar Saudável do DF, que prosseguem até sexta-feira (15). Na ocasião, também foram reconhecidos os espaços da Policlínica Médica do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o Fórum Desembargador José Júlio Leal Fagundes e as sedes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). [LEIA_TAMBEM]Antes da certificação, o DF já acolhia 33 salas dessa especialidade, tanto em instituições públicas quanto privadas. Na lista, ainda há outros espaços recém-adequados que aguardam vistoria e certificação técnica. “Vemos a capital federal como uma referência na ação que incentiva o aleitamento para aquela profissional que ainda amamenta”, afirmou a assessora técnica da Coordenação-Geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens de Mato Grosso do Sul, Priscila Olin. Por sua vez, o subsecretário de Atenção Integral à Saúde da SES-DF, Robinson Capucho Parpinelli, reforçou a importância do reconhecimento: “É uma honra enorme ter a chance de liderar um time que luta com afinco todos os dias, que faz o DF ser referência na captação, no manuseio e na distribuição do leite materno. Por causa dessa dedicação, somos referência não só para o Brasil, mas para o mundo”. Agosto Dourado O X Seminário de Aleitamento Materno e o V Seminário de Alimentação Complementar Saudável do DF integram as atividades oferecidas a famílias e profissionais de saúde ao longo deste mês, em celebração ao Agosto Dourado. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Especialistas recomendam uso do medicamento tadalafila com acompanhamento médico
É Dia dos Namorados, e, na expectativa por momentos especiais, homens têm recorrido cada vez mais a medicamentos como a tadalafila. De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda do remédio saltou de 21,4 milhões para 64,7 milhões de unidades no Brasil, entre 2020 e 2024. Apesar de se tratar de medicamento seguro e com poucas contraindicações, seu uso precisa ser adotado com cuidado, sempre sob avaliação médica. “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, adverte o urologista do Hran Paulo Roberto de Assis, que recomenda avaliação prévia antes do uso desse tipo de medicamento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, argumenta o chefe do Setor de Urologia e Andrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Paulo Roberto de Assis. De acordo com o médico, o uso de fármacos desse tipo precisa ser pensado caso a caso, avaliando os aspectos da vida sexual do paciente. Como a própria bula já alerta, o medicamento não é indicado para homens que não estejam com disfunção erétil. “Um jovem que toma tadalafila sem precisar não vai, necessariamente, desenvolver disfunção erétil a longo prazo, porém, além de estar sujeito aos efeitos colaterais, pode desenvolver uma dependência psicológica da medicação, acreditando ser capaz de realizar o ato sexual apenas se tomá-la”, adverte Assis. Diversos fatores podem influenciar na queda do desempenho sexual ou até mesmo em disfunção erétil e ejaculação precoce. Como exemplos estão estresse, mau condicionamento físico, ansiedade, questões psicológicas, diabetes, hipertensão e uso de álcool, cigarro ou outras drogas. Saúde mental O uso da tadalafila deve ser precedido por uma avaliação médica completa, incluindo, em alguns casos, análise cardíaca. “Não podemos esquecer que o sexo é uma atividade física”, reforça o médico. “É preciso estar bem de saúde”. A maior barreira, segundo o especialista, seria a psicológica: “Muitos homens têm vergonha ou medo de procurar assistência, mas a minha principal recomendação é: caso isso esteja interferindo na sua vida particular, se for um problema, você deve procurar um médico”. Comparações com outros homens, busca de informações não qualificadas e consumo desenfreado de pornografia são capazes de afastar o público masculino da assistência médica. “Em alguns casos, o mais indicado seria um tratamento psicológico e não fisiológico”, pontua Paulo Roberto. Na rede pública, questões de saúde sexual e planejamento reprodutivo podem ser tratadas na rede de unidades básicas de saúde. Dependendo do caso, o próprio profissional da Equipe de Saúde da Família pode (eSF) faz a prescrição do medicamento contra a impotência. Caso necessário, é feito o encaminhamento aos profissionais de urologia lotados nas policlínicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Uso de cigarro eletrônico acende alerta para riscos à saúde
Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam um aumento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e 2024, levantando um alerta para a crescente popularidade do cigarro eletrônico. Embora considerado inofensivo, o dispositivo também é derivado do tabaco e leva sérios riscos à saúde. Dispositivos eletrônicos, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, expõe usuários a sérios riscos, como a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Apesar de não apresentarem substâncias comuns aos cigarros tradicionais, como monóxido de carbono e alcatrão, os dispositivos eletrônicos têm se mostrado muito prejudiciais ao organismo. No caso dos cigarros eletrônicos, há a possibilidade de contrair a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar associada ao uso destes dispositivos. Pesquisa A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que esses dispositivos eletrônicos vêm atraindo adolescentes e jovens por meio de estratégias de marketing e apelo tecnológico. Segundo a última Pesquisa Vigitel, em 2023, cerca de 2,1% da população adulta usou cigarros eletrônicos, sendo a maior prevalência entre os jovens de 18 a 24 anos - ou seja, 6,1% dos entrevistados. O pneumologista Paulo Fontes, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), alerta que o uso dos cigarros eletrônicos, mesmo com sabores e aromas diferenciados, são um risco à saúde. “Apesar de ainda não termos todas as respostas sobre os efeitos de longo prazo dos cigarros eletrônicos, o que já vemos na prática clínica é muito preocupante”, aponta o médico. “São pacientes com pulmões extremamente comprometidos, com processos inflamatórios intensos. Temos visto muitos jovens com forte agressão ao parênquima pulmonar”. O especialista lembra que os danos podem ser mais severos que os causados pelo cigarro comum: “A síndrome de Evali é um exemplo claro disso. Embora nem tudo possa ser afirmado com certeza ainda, já é evidente que o uso do vape ou desses tipos de dispositivos não é seguro”. Enfrentamento No país, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis 2022-2030 tem como uma das metas reduzir para 40% o percentual da população que fuma. Segundo o documento, o percentual de fumantes no país em 2019 era de 9,8% da população. Quatro anos depois, esse índice figurava em 9,3%. A expectativa é reduzir para 5,9% até 2030. No DF, dados de 2023 apontam que 8,4% dos adultos eram fumantes. Desse total, o hábito é maior entre os homens (10,7%); entre as mulheres o percentual é de 6,4%. Onde procurar ajuda A Secretaria de Saúde (SES-DF) presta atendimento a pessoas que lutam contra o tabagismo em mais de 80 unidades. O Programa de Controle do Tabagismo na capital segue orientação da coordenação nacional do MS com foco em ações educativas. Os pacientes são avaliados por equipes multiprofissionais, podendo ser encaminhados a tratamentos de condições específicas e convidados a participarem dos grupos. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Glaucoma: Saúde alerta para importância do diagnóstico precoce
Nesta segunda-feira (26), Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, a Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça a importância do diagnóstico precoce da doença, que pode levar à cegueira irreversível se não for tratada adequadamente. Segunda principal causa de perda da visão no Brasil, o glaucoma atinge, principalmente, pessoas acima dos 40 anos. O tratamento está disponível de forma integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A oftalmologista Adriana Lourenço indica o diagnóstico precoce e os exames de rotina como formas preventivas: “Como o glaucoma é silencioso, quando surgem os primeiros sintomas, o comprometimento do nervo óptico já é significativo” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco, mas há outros aspectos que devem ser observados, como o histórico familiar, a miopia elevada e fatores raciais. “Como o glaucoma é silencioso, quando surgem os primeiros sintomas, o comprometimento do nervo óptico já é significativo”, afirma a oftalmologista Adriana Sobral Lourenço, da SES-DF, que aponta o diagnóstico precoce como a melhor forma de preservar a saúde ocular. Entre os sinais de alerta está a perda da visão periférica, geralmente percebida tardiamente. “Inicialmente, o paciente vai perdendo o campo visual periférico; apenas nos estágios mais avançados é que ocorre a perda da visão central”, explica a especialista. Segundo a médica, a maioria dos pacientes consegue estabilizar a doença com colírios de uso contínuo. Casos mais graves podem exigir procedimentos com laser ou cirurgia. O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Tratamento Somente em 2024, foram realizados 22,1 mil procedimentos oftalmológicos relacionados ao glaucoma na rede pública do Distrito Federal. Até fevereiro deste ano, já foram registrados 3,6 mil atendimentos. A SES-DF também assegura a oferta de medicamentos por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, com núcleos localizados no Gama, Ceilândia e na Asa Sul. Os colírios ofertados reduzem a pressão intraocular e retardam o avanço da doença. Para ter acesso ao tratamento, é necessário apresentar exames e preencher os formulários específicos exigidos pelo protocolo clínico. A atenção à saúde ocular começa na primeira infância. Nas maternidades públicas do DF, os recém-nascidos passam pelo teste do olhinho, exame rápido, indolor e essencial para detectar alterações no eixo visual. Detectada alguma anormalidade, o bebê é encaminhado a um oftalmologista para avaliação especializada. O teste também pode indicar a presença de outras doenças, como catarata congênita e retinoblastoma. As unidades da rede pública que oferecem atendimento oftalmológico especializado incluem os hospitais de Base (HBDF) e os regionais de Taguatinga (HRT) e da Asa Norte (Hran). Campanha nacional Desde o dia 20 deste mês, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) promove a campanha 24 horas pelo Glaucoma, que segue até o fim deste mês, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. “Informação e acesso são nossas maiores armas contra o glaucoma”, reforça Adriana Lourenço. “A população deve estar atenta aos fatores de risco e buscar regularmente os serviços de saúde.” *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Saúde promove workshop para capacitar sobre práticas de demarcação de estomia
Mais de 100 enfermeiros da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nesta terça-feira (20), do Workshop de Demarcação de Estomia, no auditório do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Organizado pela Diretoria de Enfermagem (Dienf) da SES-DF, o evento teve como objetivo capacitar os profissionais da assistência e implementar de forma efetiva a demarcação de estomias nas unidades da rede pública. Ação reuniu profissionais de enfermagem para discutir procedimentos importantes em cirurgias eletivas, de urgência e de emergência | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A demarcação consiste em definir previamente o local mais adequado no abdômen do paciente para a confecção do estoma, procedimento que reduz complicações pós-operatórias e melhora a adaptação ao equipamento coletor. A iniciativa busca expandir a prática, especialmente para casos de cirurgias eletivas, de urgência e emergência. “O paciente pode precisar de uma estomia de forma inesperada”, explicou o gerente de Serviços de Enfermagem da Atenção Primária e Secundária (Genfaps), Ávallus Araújo. “Se ela for malposicionada, compromete o uso da bolsa coletora e o sucesso do tratamento. Nosso objetivo é treinar os enfermeiros da atenção hospitalar para garantir uma assistência de enfermagem segura e humanizada.” A estomaterapeuta Sandra de Nazaré, da SES-DF, apresentou o passo a passo da demarcação e a importância do procedimento. “Essa prática considerada padrão ouro por diretrizes nacionais e internacionais ainda é limitada nas emergências, então queremos enfrentar esse desafio”, lembrou. “Um paciente demarcado tem mais conforto, qualidade de vida e menos complicações”. A enfermeira Ana Lígia Sousa, do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), vai começar a aplicar a técnica. “Atendemos bebês que, por vezes, vão direto para a cirurgia, e saber demarcar será essencial para garantir mais segurança nesses casos”, avaliou. Estomia Estomia descreve o orifício aberto cirurgicamente para permitir a saída de fezes ou de urina, coletados por bolsas. As estomias são nomeadas conforme o local do estoma: colostomia (cólon), ileostomia (intestino delgado) ou urostomia (sistema urinário). [LEIA_TAMBEM]“As causas para confecção do estoma são variadas, e não há sintomas específicos”, afirmou Sabrine Mendonça, referência técnica distrital (RTD) de enfermagem em estomaterapia da SES-DF. “Indiferentemente das causas, a demarcação é uma técnica que garantirá maior sucesso operatório minimizando as suas complicações.” Atualmente, a SES-DF dispõe de 12 ambulatórios que atendem pacientes com estomas de eliminação. Além do ambulatório na Asa Norte, há unidades em Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Gama, Santa Maria, Sobradinho, Planaltina, Núcleo Bandeirante e Asa Sul. O acesso pode ser por demanda espontânea ou por encaminhamento de outros serviços de saúde. O usuário com estomia de eliminação deve comparecer preferencialmente ao ambulatório de referência de acordo com seu endereço residencial. O diretor de Enfermagem da secretaria, Bruno de Assis, ressaltou que o encontro marca um momento de valorização da categoria: “Estamos ampliando espaços de liderança e de conhecimento. Essa troca de conhecimentos técnicos fortalece a enfermagem e impacta diretamente na qualidade de vida dos nossos usuários”. Veja a rede de laboratórios de estomia da SES-DF. *Com informações a Secretaria de Saúde
Ler mais...