Fones de ouvido: conheça os riscos e saiba como proteger a audição
Os fones de ouvido tornaram-se acessórios comuns do cotidiano, particularmente após a pandemia de covid-19, quando o trabalho remoto, os estudos online e o entretenimento digital entraram na rotina de adultos, adolescentes e até crianças. A Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para os riscos do uso prolongado de fones de ouvido, hábito cada vez mais comum entre jovens e adultos. Arte: Agência Brasília-DF A responsável técnica de fonoaudiologia da SES-DF, Ocânia da Costa, adverte que o uso contínuo e em volume alto pode causar danos significativos. “Hoje usamos fones para tudo: estudar, trabalhar, fazer atividade física”, enumera. “A recomendação é limitar o uso a no máximo duas horas por dia, em volume reduzido. A literatura mostra que, a partir de uma hora com o volume no máximo, o ouvido já aciona mecanismos de proteção, o que indica risco”. “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência” Ocânia da Costa, fonoaudióloga da Secretaria de Saúde Entre os sintomas associados ao uso excessivo de fones estão tontura, zumbido, dificuldade de concentração, estresse, dor devido à pressão sonora e dificuldade para compreender conversas. “O adolescente que usa muito fone pode ter sintomas parecidos com os de trabalhadores expostos a ruídos fortes, inclusive dificuldade para entender o professor na sala de aula”, explica a fonoaudióloga. Detecção e tratamento A porta de entrada para avaliação auditiva na capital é a Unidade Básica de Saúde (UBS). A rede pública conta com ambulatórios especializados nos hospitais Regional da Asa Norte (Hran), Regional de Taguatinga (HRT), Regional do Gama (HRG), de Base (HBDF) e Universitário de Brasília (HUB-UnB), bem como Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal). A identificação precoce da surdez começa ainda na maternidade, com o teste da orelhinha, realizado nas primeiras 48 horas de vida. Bebês com resultado alterado são encaminhados para diagnóstico e, se necessário, para reabilitação auditiva. Em crianças maiores e adultos, o acompanhamento é feito na UBS, com possibilidade de concessão de aparelhos auditivos ou indicação de implante coclear (prótese eletrônica que restaura a audição em casos de surdez). Prevenção [LEIA_TAMBEM]A fonoaudióloga da SES-DF reforça que cuidar da saúde auditiva envolve tratar infecções de ouvido, evitar exposição prolongada a ruídos intensos e realizar exames periódicos quando há fatores de risco. Entre as causas da perda de audição estão doenças infecciosas, uso de medicamentos que podem danificar o sistema auditivo (ototóxicos), traumas e perfuração do tímpano. Outros fatores que também podem levar à perda auditiva são acúmulo de cerume, predisposição genética, problemas metabólicos e envelhecimento. A especialista alerta para os impactos na saúde mental e cognitiva: “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Rede pública de saúde investe no protocolo de rastreamento de cânceres gastrointestinais
Dor abdominal, perda de peso, fezes com sangue, anemia de causa desconhecida, distensão e refluxo: esses são alguns dos sinais de alerta para buscar um rápido auxílio médico. No Distrito Federal, a incidência do câncer colorretal representa o terceiro tipo mais comum, atingindo cerca de 710 novos casos por ano. “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial; quanto mais precoce, maior a chance de cura”, aponta a oncologista Carla de Morais, da Secretaria de Saúde | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Levando em conta a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), esse número pode chegar a 1.000 casos por ano, segundo dados registrados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, o cenário pode ser evitado com medidas simples. De acordo com Gustavo Ribas, chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), apenas 5% a 10% dos casos são genéticos. “O restante está associado a fatores ambientais como a falta de exercícios físicos, má alimentação, consumo exagerado de ultraprocessados, ganho de peso, tabagismo e consumo de álcool”, aponta o médico. “Cerca de 40% dos casos seriam evitáveis apenas por medidas de prevenção de saúde e mudança de hábitos”. Rastreamento [LEIA_TAMBEM]Em recente palestra, Ribas falou sobre o protocolo de rastreamento do câncer colorretal da SES-DF, que consiste em exames necessários para o diagnóstico precoce e o início do tratamento. “Fazemos a testagem do sangue oculto e da colonoscopia para prevenção do câncer colorretal”, explica. “É preciso estar atento aos sintomas. Se o paciente entrar nos critérios de risco de classificação, ele já é encaminhado para realizar os exames”. Referência técnica distrital (RTD) de oncologia da SES-DF, Carla de Morais reforça que a ação é importante para conscientizar e reforçar os critérios de rastreamento e os sintomas que eventualmente podem aparecer no início da doença: “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial; quanto mais precoce, maior a chance de cura. Também é sempre importante relembrar os exames de rastreamento, mesmo quando não há sintomas e sinais”. A porta de entrada do paciente para se submeter aos procedimentos é a unidade básica de saúde (UBS). Os exames de colonoscopia podem ser feitos nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT), do Gama (HRG) e no Hospital de Base (HBDF). Já no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital de Base (HBDF), são oferecidos o exame de imuno-histoquímica, que determina diversas características dos tumores, como a origem e seus tipos e subtipos, auxiliando em condutas terapêuticas específicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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HRT amplia preparo de medicamentos contra o câncer
O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ampliou a entrega de medicamentos para sessões de quimioterapia: foram 9.039 procedimentos realizados entre janeiro e setembro, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O HRT é referência no tratamento oncológico para pacientes do DF e de outros estados, juntamente com os hospitais de Base, Universitário de Brasília e da Criança. Medicamentos são manipulados de forma criteriosa, de maneira a garantir o menor tempo entre o preparo e a administração aos pacientes | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Responsável técnico pela oncologia do HRT, o médico José Lucas Pereira Júnior explica que cada bolsa de medicamento para sessões de quimioterapia é personalizada, conforme as necessidades de cada paciente. A produção no próprio HRT faz a diferença em termos de agilidade no atendimento. “Como fazemos as bolsas aqui, temos a capacidade de atender mais pacientes, pois todo o atendimento fica mais rápido”, afirma. Outra vantagem é a qualidade do produto: os medicamentos podem perder eficácia conforme sofrem variações de temperatura e exposição à luminosidade. A equipe de dez farmacêuticos oncológicos do HRT atua para assegurar um tempo mínimo entre o preparo e a sessão do paciente. “Quanto mais próximo, maior a qualidade do medicamento que o paciente vai receber”, acrescenta o médico. Cuidados específicos De acordo com o farmacêutico Hugo Carvalho, a manipulação dos medicamentos quimioterápicos exige uma série de cuidados. “Esse manuseio requer toda uma técnica para garantir que o produto permaneça estéril”, aponta. “A manipulação é complexa, pois precisa garantir a segurança para o paciente. Há uma dupla checagem dos procedimentos”. O próprio local de preparo, chamado de “sala limpa”, tem regras específicas para garantir a segurança biológica. No espaço, servidores passam os insumos para a “sala limpa” por meio de janelas especiais, criadas para evitar a passagem de partículas. Na parte interna, um farmacêutico, com máscara de proteção de risco químico e dois pares de luvas sem pó, manipula os componentes conforme o prescrito pelo oncologista. Depois, a bolsa com o medicamento para quimioterapia é enviada imediatamente ao setor onde ocorre o atendimento ao paciente. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Maio Roxo promove conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais
Maio Roxo é o mês de conscientização e visibilidade sobre doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as DIIs atingem mais de cinco milhões de pessoas no mundo; só no Brasil, são cerca de 100 diagnósticos para cada 100 mil habitantes. Dores abdominais e perda de peso estão entre os sintomas da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa | Foto: Free Pik A doença de Crohn afeta o intestino delgado e o cólon, da boca ao ânus. A forma grave pode atuar ainda profundamente nos tecidos gastrointestinais. Já a retocolite ulcerativa é uma condição que atinge as extremidades do intestino grosso (reto e cólon), causando uma inflamação na região que pode ou não ter úlceras. Os sintomas das duas enfermidades são parecidos: dores abdominais, perda de peso e mais de seis semanas com diarreia e sangramento. Por se tratar de doenças crônicas, ambas são fatores de risco para o câncer de intestino, não têm cura e são consideradas autoimunes. “Antes, as doenças inflamatórias intestinais eram consideradas doenças raras; hoje, não o são mais” Renata Filardi, gastroenterologista da SES Embora não possuam uma causa direta, essas doenças estão ligadas ao histórico familiar, alterações no sistema imune, mudanças na flora intestinal, alimentação e influência do meio ambiente. Fatores e diagnóstico A gastroenterologista Renata Filardi, especialista em doenças inflamatórias intestinais da Secretaria de Saúde do DF (SES), aponta fatores como tabagismo, estresse, uso de medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios), infecções e dieta ocidentalizada como gatilhos. Nos últimos anos, lembra, houve aumento da prevalência e incidência dessas doenças na população brasileira. “O Maio Roxo é muito importante para ajudar na conscientização”, afirma a médica. “Falar sobre sintomas intestinais ainda é um tabu para muitos pacientes. Antes, as doenças inflamatórias intestinais eram consideradas doenças raras; hoje, não o são mais. O número de casos novos também tem aumentado.” O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, e o exame considerado padrão ouro para detecção é a colonoscopia – além de observar alterações visuais como vermelhidão e lesões de mucosa, ajuda na obtenção de material para biópsias. Adaptação Vômitos constantes, perda de peso e dores abdominais incessantes levaram Maiara Luize Neves, 32, a procurar ajuda médica. Após a indicação de gastroenterologista para acompanhamento conjunto com um proctologista, ela fez realizou exames de videocolonoscopia e uma enterorressonância, que confirmaram o diagnóstico da doença de Crohn. “É um desafio entender que, a partir do momento do diagnóstico, o seu estilo de vida, principalmente a alimentação, vão mudar, porque 80% da recuperação será sua alimentação”, aponta ela. “Você pode encontrar um medicamento que dá certo, porém, se não mudar o estilo de vida, a alimentação, o psicológico e realizar atividades físicas, não vai adiantar.” Atendimento na rede pública A SES conta com dois serviços de referência no DF para pacientes com doença inflamatória: o Hospital de Base (HB) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), que possuem ambulatórios específicos. A rede pública também oferece práticas integrativas em saúde (PISs) – como meditação e yoga -, que podem auxiliar os pacientes e estão disponíveis em 30 regiões administrativas e em 87 unidades básicas de saúde (UBSs). Atividades físicas e uma dieta equilibrada, que devem ser planejadas junto a especialistas, são fundamentais no controle das crises. Os pacientes com DIIs apresentam maior risco de carências nutricionais e precisam de uma nutrição reforçada de suplementos alimentares, além do uso correto dos medicamentos prescritos. O SUS dispõe de medicamentos nas farmácias de alto custo para pacientes com tratamento convencional por meio de comprimidos das classes – de aminossalicilatos como mesalazine e sulfassalazina – e para casos mais graves baseados em terapia imunobiológica, como o Infliximab (anti-TNF). Maio Roxo O Maio Roxo foi instituído com o mês da conscientização e a cor roxa simboliza a luta e solidariedade em relação a essas condições de saúde. O objetivo é aumentar o debate sobre o problema e sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, assim como do tratamento correto. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Reforma da oncologia do HRT vai aumentar leitos de internação
Ainda neste ano, a população do Distrito Federal vai contar com uma nova estrutura de atendimento a pacientes com câncer. Todo o setor para tratamento de oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) terá capacidade ampliada e adequações de melhora na prestação do serviço, com foco em um tratamento humanizado. “Cada detalhe foi pensado para tornar o atendimento mais ágil e humano”, conta a supervisora de enfermagem do setor, Laurene Passos. Na área de internação, por exemplo, além do aumento no número de leitos, de 15 para 18, cada paciente terá mais privacidade na hora de passar por procedimentos e ao longo de todo o período que ficar internado. Aqueles em estado grave poderão receber mais familiares e até animais de estimação, tornando o momento mais acolhedor. Também ficará à disposição uma área de isolamento. Outra adequação entre os aspectos técnicos e melhoria do conforto é o aumento do número de banheiros. “O ideal é que o acompanhante não utilize o mesmo banheiro do paciente para evitar casos de contaminação”, explica a supervisora. A renovação da rede de gases, como oxigênio, vácuo e ar comprimido, também vai permitir maior mobilidade, além de garantir o tratamento em espaços distintos. Uma farmácia ambulatorial vai, ainda, garantir mais facilidade na retirada de medicamentos. Mesmo antes da conclusão dos serviços, o HRT já conseguiu mais que duplicar o número de consultas iniciais na área de oncologia | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Para os servidores, uma das principais novidades será o espaço destinado a discussões de casos clínicos, realização de treinamentos e aulas. As áreas para limpeza, descarte e preparo de materiais de tratamento também serão entregues conforme as normas e legislações. “Vamos conseguir utilizar todo o potencial da equipe e teremos capacidade para ampliar ainda mais o serviço”, comemora o diretor do HRT, Felipe Motinha. Mais consultas Reforma do setor de oncologia do HRT vai permitir ampliação do número de atendimentos e foco no tratamento humanizado Mesmo sem o término dos serviços de adequações físicas, o HRT já conseguiu ampliar a oferta de consultas a pacientes oncológicos. Em junho, foram 60 usuários atendidos. Em julho, saltou para 150 e a expectativa é a de que o número chegue a 200. Isso foi possível por meio da força de trabalho e reorganização dos turnos. Quem chega ao espaço de oncologia já nota as diferenças. A sala de espera foi ampliada e recebeu ar-condicionado – os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado distrital Jorge Vianna. Logo em seguida, é possível ver o avanço das adequações para permitir a abertura de três novos consultórios, além de uma sala para atendimentos multiprofissionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Aqueles que seguem para a quimioterapia já encontram um local amplo e arejado. Já quem faz o chamado protocolo ampliado, quando o paciente recebe bombas de infusão para medicação ao longo de dois dias, o principal benefício será poder contar com apoio técnico aos fins de semana, com a abertura de uma nova sala de procedimentos. As adequações no HRT são possíveis graças aos contratos de manutenção regular assinados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) em 2022. Ao todo, a pasta fez um investimento de R$ 74 milhões para garantir o funcionamento de 297 unidades. As contratações agilizam serviços como ajustes de instalações de água e energia, pinturas, reparos de pisos, troca de janelas, entre outras necessidades. Atendimento a todo o DF Ao lado do Hospital de Base e do Hospital Universitário de Brasília, o HRT é referência para o atendimento de pacientes com câncer de todo o DF, além de moradores do Entorno. A porta de entrada para o serviço é por meio da rede de unidades básicas de saúde (UBSs) ou por encaminhamento especializado. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Profissionais da força-tarefa em oncologia recebem ‘moção de louvor’
Profissionais da Saúde do Distrito Federal receberam moção de louvor da Câmara Legislativa (CLDF) pela atuação na chamada “Força-Tarefa Oncológica.” Foram homenageados 160 integrantes das equipes do Hospital de Base (HBDF), do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e do Hospital Sírio-Libanês, componentes desse trabalho em conjunto. [Olho texto=”“Aqui fica um exemplo da capacidade de nossos trabalhadores, gestores e professores. Fica também a nossa gratidão, o nosso orgulho e o nosso sentimento de dever cumprido com os pacientes oncológicos do DF”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária da Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A força-tarefa teve início em 15 de julho, a partir da entrega de um plano de ação com propostas emergenciais de curto prazo. A intenção era amenizar a espera por consultas de pacientes oncológicos na capital federal. Todas as listas para cirurgias com médicos especialistas foram reduzidas em cerca de 50%. Dentre as estratégias adotadas, estão a qualificação de dados inscritos no Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal (CRDF) e a ampliação do número de consultas e demais serviços relacionados durante os horários em dias de semana e aos sábados. “Aqui fica um exemplo da capacidade de nossos trabalhadores, gestores e professores. Fica também a nossa gratidão, o nosso orgulho e o nosso sentimento de dever cumprido com os pacientes oncológicos do DF”, celebrou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, uma das agraciadas. A secretária Lucilene Florêncio entre o deputado distrital Eduardo Pedrosa e a promotora Hiza Carpina, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A integração entre o corpo técnico dos quatro hospitais também foi enaltecida pelo diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), Juracy Cavalcante, outro homenageado. “O diálogo e a união de forças prevaleceram e estamos aqui, hoje, celebrando um resultado importantíssimo para a população de usuários de saúde do DF.” A força-tarefa deve permanecer. “A população pode esperar a continuidade do trabalho com um foco bem claro e estabelecido: instituir a Linha de Cuidado do Paciente Oncológico”, garantiu o assessor de Política de Prevenção e Controle do Câncer, Gustavo Ribas, também agraciado pela moção de louvor. Reconhecimento A homenagem foi proposta pelo deputado distrital Eduardo Pedrosa, presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer, parceira nesse trabalho conjunto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O deputado creditou o sucesso da força-tarefa, principalmente, ao esforço e à dedicação dos profissionais da área da saúde atuando diretamente na ação. “Reflete o comprometimento com a sociedade e uma preocupação que transcende os interesses puramente profissionais. Vocês fazem a diferença na vida de milhares de pessoas no momento em que elas mais precisam”, reconheceu o parlamentar. Participaram da solenidade, na noite de segunda-feira (11), também a promotora de Justiça da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Hiza Carpina; a gerente de Atenção à Saúde do HUB (UNB/Ebserh), Ana Patrícia de Paula; e a coordenadora da Residência Médica da Oncologia do Hospital Sírio Libanês, Tatiana Strava Correa. *Com informações da SES-DF
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Diálise peritoneal é opção à hemodiálise; veja onde terapia é oferecida
Para proporcionar mais autonomia aos pacientes, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferece 750 vagas para diálise peritoneal. Opção à hemodiálise, a terapia tem a vantagem de poder ser feita na casa de pacientes com falência da função renal. Os interessados – aqueles que já fazem hemodiálise ou os que ainda não a iniciaram – devem recorrer à equipe médica especializada e comunicar o desejo pela modalidade. O serviço é oferecido nos seguintes locais: Hospital de Base do Distrito Federal, Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Hospital da Criança de Brasília, Hospital Universitário de Brasília e Clínica Renal Care, contratada pela SES-DF. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O tratamento ocorre com auxílio de um filtro natural denominado peritônio e de um cateter implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen, removendo impurezas e excesso de líquido do sangue. No DF, mais de 500 pacientes fazem o acompanhamento na rede. Embora tenha amplas vantagens e esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a diálise peritoneal ainda é pouco conhecida. Maria Marta de Araújo: “Por meio da diálise, consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos” | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal A liberdade de o paciente poder se programar é um dos pontos positivos – autonomia para viagens e uma dieta alimentar menos restritiva estão entre os ganhos trazidos pela terapia. “Por meio da diálise, consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos. Também me possibilitou viajar e ver meus parentes, pois é uma máquina portátil e recebemos acessórios para a viagem”, relata Maria Marta de Araújo, de 73 anos. Com funcionamento de apenas 10% dos rins, ela tem insuficiência renal e faz o tratamento há um ano e sete meses. Depois de sinalizar interesse pela terapia, o paciente passa por avaliação. Se houver a indicação do médico pelo procedimento, o interessado é inserido no Sistema de Regulação da SES-DF. Há um treinamento de manejo do aparelho e do cateter com orientações de higiene para aqueles que fazem o tratamento. Outros benefícios Entre as vantagens da diálise peritoneal, a nefrologista Maria Polcheira aponta mais flexibilidade na alimentação, maior função renal residual e tratamento em casa com suporte ao paciente | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “O paciente não terá que se deslocar a um centro para fazer o tratamento. Também há flexibilidade de horário porque é possível fazer na hora de dormir e durante o dia trabalhar, estudar, seguir com a rotina”, explica a médica nefrologista da SES-DF Maira Polcheira. Outra importante vantagem é a função renal residual, que é a porcentagem em que os rins conseguem trabalhar. Ela é maior do que no paciente que faz hemodiálise. “Essa função ajuda muito, principalmente, no manejo da pressão, da anemia e da doença óssea que esse paciente pode vir a desenvolver. Enquanto ele ainda tem essa função renal residual, usa menos medicações, consegue o melhor controle e se sente menos debilitado”, acrescenta a especialista. A máquina da diálise é mais ou menos do tamanho de uma mala de bordo. Por isso, ela pode ser levada para viagem e o paciente recebe o material de tratamento no local para onde vai viajar. Por ser um procedimento mais lento, tende a ocasionar menor variação da pressão e mal-estar, além de proporcionar mais convívio com os familiares. O tratamento também aumenta a liberdade na alimentação, a depender do quadro. Embora haja restrição de consumo de líquidos e de alguns alimentos, na diálise peritoneal há mais flexibilidade do que na hemodiálise convencional. Além disso, pode haver melhor resposta ao transplante, principalmente nos mais jovens. Suporte ao paciente [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O desconhecimento e a insegurança são fatores que tornam essa terapia ainda não muito difundida. “Mas o paciente só é liberado para fazer o tratamento se a equipe tiver certeza de que ele está apto. Além disso, há um suporte com telefone 24h da empresa que fornece os medicamentos do tratamento. O paciente tem suporte a todo momento para que ele esteja seguro em casa”, reforça Polcheira. Há três opções de tratamento para quem sofre de falência renal: diálise peritoneal (DP), hemodiálise ou transplante. A Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora de nefrologia, Francinara Moraes, destaca os cuidados especiais necessários com a higiene na DP: “É essencial seguir os cuidados orientados no treinamento sobre o manejo da máquina e do cateter para evitar complicações, como infecção. A casa onde a pessoa fará o tratamento precisa atender alguns requisitos, como ser um ambiente higienizado e ter ralo ou pia próximos, onde possa ser descartado o líquido.” O paciente precisará de uma consulta mensal para exames e avaliação. “Com a diálise peritoneal, ele vai precisar ir apenas uma vez ao mês e pode levar uma vida com mais autonomia a depender de cada caso. Já na hemodiálise, teria de comparecer ao menos três vezes na semana na clínica ou no hospital”, compara a nefrologista. *Com informações da Secretaria de Saúde
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No Dia de Combate ao Câncer, especialistas alertam para tumor de intestino
Neste sábado, 4 de fevereiro, celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer, iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC). A data serve para chamar atenção sobre a doença que, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), deve ter 704 mil novos casos por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Só no Distrito Federal, a pesquisa prevê 6.420 novos casos. Exames preventivos, orienta a Secretaria de Saúde, devem ser feitos por pessoas na faixa etária de risco de 50 a 75 anos | Foto: Luiz Fernando Cândido/Agência Saúde Para enfrentar a doença na capital federal, a Secretaria de Saúde (SES) investe em políticas públicas de prevenção primária e secundária – com promoção de saúde e exames de rastreamento – e terciária – com enfoque na detecção precoce -, além da oferta de tratamento oncológico em unidades de alta complexidade: Hospital de Base, Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Universitário de Brasília (HUB). Tumor silencioso [Olho texto=”“Vemos esse aumento da incidência de pacientes com tumores de intestino e precisamos reforçar essa orientação sobre os sintomas e ofertar os exames” ” assinatura=”Nadja Nóbrega de Queiroz, proctologista da SES” esquerda_direita_centro=”direita”] “O mais importante dentro do escopo da SES é o enfoque que se destina à promoção de saúde”, afirma o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan), Gustavo Ribas. “São políticas públicas no sentido de disseminar a qualidade de vida e mitigar a vulnerabilidade do cidadão, com medidas educacionais, campanhas, exames de rastreamento em quadros sem sintomas e de detecção de alguma lesão, além da atuação após o diagnóstico.” Intitulado Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, o estudo também revela os tipos de câncer com maior ocorrência, com câncer de mama e de próstata em primeiro lugar para mulheres e homens, respectivamente, e câncer de intestino na segunda posição. Terceiro tumor mais comum hoje no Brasil e, segundo o Inca, com estimativa de mais de 45 mil novos casos, o câncer de cólon e reto ou câncer colorretal, como também é chamado, ainda é uma doença pouco conhecida pela população em geral, por se tratar de um tumor silencioso. “Ainda é um câncer pouco falado, que ganhou mais destaque recentemente com casos famosos, como do Pelé e do Roberto Dinamite”, pontua a proctologista da SES Nadja Nóbrega de Queiroz, referência técnica distrital da Asccan. “Vemos esse aumento da incidência de pacientes com tumores de intestino e precisamos reforçar essa orientação sobre os sintomas e ofertar os exames.” A doença O câncer colorretal é um tumor em qualquer segmento do intestino grosso, do ceco (ponto do intestino delgado que se une ao grosso no início do cólon ascendente) ao reto (câmara que começa no fim do grosso após o cólon sigmoide e termina no ânus). Ocorre quase sempre a partir de pólipos benignos que crescem na parede de intestino. Apesar do grande índice de cura, o maior problema da doença é a ausência de sintomas evidentes na fase inicial, bem como a possibilidade de os pacientes ignorarem os sintomas. Os principais sinais de alerta são sangue nas fezes, mudança do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, alteração na forma das fezes (formato de fita, achatadas, finas ou compridas), fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e aumento da massa abdominal. “É preciso ficar atento a alguns sintomas de alteração do hábito intestinal num período de mais de 30 dias; a recomendação é procurar um médico para avaliar”, orienta a médica. [Numeralha titulo_grande=”6.066″ texto=”Total de colonoscopias realizadas pela rede pública de saúde do DF de janeiro a novembro de 2022″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando o paciente não apresenta sinais, mas está na faixa etária de risco dos 50 aos 75 anos ou tem fatores de risco como doenças intestinais inflamatórias, síndromes hereditárias e histórico familiar, a recomendação é pelo rastreamento secundário, com realização de exame preliminar. O exame inicial mais comum é a pesquisa do sangue oculto nas fezes, que ajuda a detectar a presença de sangramento no intestino grosso. Caso haja um resultado positivo, é indicada a colonoscopia – que analisa a saúde do interior do cólon e do reto e retira pólipos caso identificados – ou a retossigmoidoscopia flexível, para avaliar o canal anal, reto e cólon sigmoide. Todos esses exames são recomendados após análise durante consulta com o médico da família nas unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. De janeiro a novembro do ano passado, foram feitas 6.066 colonoscopias e 1.144 retossigmoidoscopias na rede pública de saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Tratamento “A porta de entrada é a UBS com o médico de família; ele é o nosso link”, explica a proctologista. “Se aparecer um pólipo, vai ser feita a retirada e o acompanhamento médico continuará sendo na atenção primária. Se vier diagnóstico, vai ser regulado numa consulta com a proctologia.” Os casos diagnosticados de câncer são encaminhados para os hospitais, onde o tratamento pode ser cirúrgico e às vezes acompanhado de radioterapia ou quimioterapia, a depender do tumor. Um câncer de intestino identificado no estágio inicial tem mais de 95% de chances de cura. No estágio mais avançado, a sobrevida gira em torno de 60% em cinco anos. Entre 2019 e 2020, segundo o Atlas de Mortalidade do Câncer do Inca, o DF teve 583 óbitos por câncer de intestino. Novos hábitos Estudos científicos mostram que 30% dos tumores podem ser evitados com a mudança no estilo de vida. No caso da prevenção ao câncer de intestino, recomenda-se praticar atividades físicas, evitar o consumo de carne processada, alimentos defumados e bebida alcoólica e limitar o consumo de carne vermelha. “Esses fatores estão todos confirmados que têm uma relação direta”, aponta Nadja Queiroz. “Nós precisamos informar a população sobre isso e fazer o rastreamento primário, que é sugerir essa mudança no estilo de vida para se proteger contra o câncer de intestino.”
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