Resultados da pesquisa

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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DF lidera acesso à internet no país e amplia rede pública de wi-fi gratuito

O Distrito Federal lidera, com folga, os indicadores de acesso à internet, posse de dispositivos e consumo de mídia digital. Os dados são de uma nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no fim de julho. Segundo levantamento, 95,9% da população local, o equivalente a 2,7 milhões de pessoas, está conectada. Para ampliar e democratizar esse acesso, o Governo do Distrito Federal (GDF) mantém o programa Wi-Fi Social DF, que oferece conexão pública e gratuita em locais de grande circulação. Atualmente, 135 pontos estão ativos, operados por empresas credenciadas. Com presença maciça no DF, programa Wi-Fi Social garante conexão gratuita à internet ao público | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O programa, lançado em fevereiro de 2019, registrou mais de 150 milhões de acessos em 2024. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) lançou o novo ciclo do Wi-Fi Social 2025 por meio da Portaria nº 34/2025, com o objetivo de expandir a cobertura e aprimorar a qualidade do serviço. As inovações incluem a ampliação da cobertura, o aperfeiçoamento das exigências técnicas e o reforço das garantias de proteção de dados pessoais. Conexão amplificada “Com o alcance de 150 milhões de acessos no último ano, seguimos ampliando o programa com mais pontos ativos, exigências técnicas aprimoradas e um compromisso firme com a proteção dos dados dos usuário” Marco Antônio Costa Júnior, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF  Segundo o titular da Secti-DF, Marco Antônio Costa Júnior, o Distrito Federal alcançou um marco histórico. “Somos a unidade da Federação com o maior número de casas conectadas à internet”, reforça. “Esse resultado é reflexo direto de políticas públicas, que democratizam o acesso à informação e à tecnologia, especialmente nas regiões que mais precisam. Com o alcance de 150 milhões de acessos no último ano, seguimos ampliando o programa com mais pontos ativos, exigências técnicas aprimoradas e um compromisso firme com a proteção dos dados dos usuários. Conectar o DF é promover cidadania digital”. O Wi-Fi Social DF funciona sem custos para o poder público ou para os usuários. Toda a estrutura necessária, como equipamentos, manutenção, energia elétrica e demais insumos, é financiada pelas empresas credenciadas. Em troca, elas podem exibir publicidade digital nos pontos de acesso. A parceria com o GDF é formalizada por meio de um termo de autorização precário e não exclusivo, ou seja, não se trata de um contrato oneroso. Esse tipo de autorização pode ser revogado a qualquer momento, por interesse público, sem gerar obrigações financeiras para o Estado. Como funciona Uma das empresas credenciadas e responsável pelo ponto de Wi-Fi Social na estação de metrô Furnas e na Feira do Núcleo Bandeirante, a I-Digitais instalou três antenas na Feira: uma na praça de alimentação e duas nas extremidades. O acesso é simples e gratuito, mas exige um breve cadastro inicial. “Aparece a rede Wi-Fi Social, de acesso livre”, orienta o técnico de tecnologia da informação Tiago de Farias, da I-Digitais. “Ao se conectar, a pessoa precisa colocar o número de celular e visualizar uma campanha vinculada ao aparelho. Depois, é só clicar em ‘navegar grátis’. A partir daí, já está conectada”. “Algumas pessoas ainda têm receio por não conhecerem a rede, mas a gente tem uma equipe técnica que faz todo o gerenciamento” Tiago de Farias, da I-Digitais De acordo com ele, o público que mais utiliza o serviço são os trabalhadores da região e os clientes. “Pessoas que trabalham aqui usam muito, inclusive para pagamentos via maquininha”, conta. “Durante a hora do almoço também tem bastante acesso. Tem vendedor, tem cliente, gente sem internet no celular que se conecta rapidinho para pagar via Pix”. O Wi-Fi Social, classifica Tiago, é útil para todos os perfis, “do celular mais simples ao mais caro”. Quanto à segurança dos dados, ele garante que o sistema é protegido. “Algumas pessoas ainda têm receio por não conhecerem a rede, mas a gente tem uma equipe técnica que faz todo o gerenciamento”, explica. “Usamos proteção de dados conforme a LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados]. As informações são armazenadas em um banco de dados criptografado, e os dispositivos conectados não conseguem se ver entre si. É tudo separado, com firewalls garantindo a segurança da rede”. Impacto Conexão pública e gratuita a locais estratégicos de grande circulação de pessoas é o que garante o Wi-Fi Social DF, serviço que já ajudou a enfermeira Ana Carolina Araújo, 29, em diversas ocasiões. “Usei várias vezes na rodoviária, em momentos em que minha internet não estava funcionando”, lembra. “Precisava me comunicar pelo WhatsApp, avisar onde eu estava, se já estava chegando ou não, e também para consultar os horários dos ônibus, que dependem de acesso à internet”. “Acho superimportante ter esse acesso disponível. Tem gente que precisa ainda mais e pode usufruir disso” Ana Carolina Araújo, enfermeira Ela destaca a importância do serviço em locais públicos, especialmente para quem não tem plano de dados ou enfrenta dificuldades de conexão: “Acho superimportante ter esse acesso disponível. Tem gente que precisa ainda mais e pode usufruir disso”. A experiência, garante, foi bastante positiva. “Para mim, foi muito satisfatório e de fácil acesso. Bem simples, diferente de outros lugares onde é preciso preencher um monte de informações para usar o Wi-Fi gratuito, como nos shoppings”. No metrô do Park Shopping, a comerciante Paula Lanes, 23, reforça a utilidade do programa, especialmente para quem está em busca de oportunidades de trabalho ou precisa se comunicar em momentos de urgência. “Nem todo mundo tem internet”, aponta. “Às vezes, a pessoa está passando por aqui e precisa falar com alguém ou está procurando vaga de emprego, e não consegue acessar porque está sem internet. Já pediram para rotear a internet do nosso celular. Por isso, acho importante ter esse tipo de serviço disponível em espaços públicos”. Marcos Menezes trabalha na Feira do Núcleo Bandeirante e elogia o programa: “Vários colegas usam, e alguns clientes também já precisaram da internet” A comerciante Lorrany Nascimento, 19, já utilizou o Wi-Fi Social em diversas ocasiões e reconhece a importância do serviço para quem trabalha ou circula em locais públicos. “Ajuda muita gente”, afirma. “Às vezes a gente está sem internet, e o sinal funciona muito bem aqui. Muitas pessoas precisam de internet e fazem uso do Wi-Fi Social porque é uma utilidade muito grande”. Paula cita o exemplo de uma colega de trabalho que depende do serviço diariamente. “Ela não tem internet no celular e usa todos os dias para acessar redes sociais, mandar mensagens, fazer tudo”, conta. [LEIA_TAMBEM]Mesmo em dias de movimento fraco, o comerciante Marcos Paulo Quaresma de Menezes, 51, que trabalha na Feira do Núcleo Bandeirante, percebe a influência do Wi-Fi Social no cotidiano dos feirantes e dos clientes: “Vários colegas usam, e alguns clientes também já precisaram da internet. Às vezes, a gente tenta rotear do próprio celular, mas quando não dá certo, a pessoa consegue se conectar pela rede pública”. Marcos vê a iniciativa como essencial para facilitar o acesso à informação e à comunicação em locais de grande circulação: “Sendo algo que favorece a população, é lógico que precisa. Às vezes, a gente está num local com sinal ruim, e essas redes ajudam”.     

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Blitz educativa chama atenção para prevenção de incêndios durante a seca

Nesta sexta-feira (6), uma operação conjunta de conscientização sobre a prevenção aos incêndios florestais movimentou a entrada principal do Jardim Botânico de Brasília (JBB).  Corpo de Bombeiros do DF marcou presença na blitz, que teve como foco orientações ambientais ao público | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e outros dez órgãos distritais, a blitz educativa teve como objetivo alertar motoristas e passageiros sobre os riscos da queima de lixo e restos de poda, que são os  principais causadores de incêndios florestais no Distrito Federal. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, além de atuar diretamente na proteção ambiental, a pasta é responsável por mapear as áreas de maior índice de risco e promover conscientização. “Fazemos uma ambientação com os alunos por meio de palestras sobre a proibição da queima de poda ou de lixo nas áreas rurais, porque estamos entrando em um período mais crítico que esquenta mais, o vento fica mais forte e qualquer fagulha propicia um incêndio florestal”, pontua.  Na terceira edição do ano, a atividade faz parte do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Sema-DF, que reúne mais de 20 instituições. Entre os presentes, estiveram agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF), do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), do Instituto Brasília Ambiental, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Força Aérea Brasileira (FAB), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), além do apoio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Pequenos multiplicadores Crianças também participaram da ação, ajudando a estimular a consciência sobre riscos de queima de lixo  Crianças do 5º ano do ensino fundamental I da Escola Classe Alto Interlagos, do Paranoá, também estavam empenhadas na blitz, repassando os conhecimentos aprendidos aos condutores abordados.   A estudante Anna Carolina Rodrigues tomou gosto pela iniciativa: “Estamos falando sobre o Cerrado e a importância de cuidar dele, porque ele nos dá vida, água de nascentes e várias coisas” Com o auxílio dos colegas que seguravam cartazes sobre educação ambiental, a estudante de 10 anos Anna Carollina Vieira Rodrigues já deixava o recado claro: “Estamos falando sobre o Cerrado e a importância de cuidar dele, porque ele nos dá vida, água de nascentes e várias coisas. Se jogar uma bituca de cigarro ou acender uma fogueira, pode dar um fogo alto nas árvores, na grama e queimar a natureza, além de matar os bichinhos e poluir o ar”. A participação dos estudantes teve o papel estratégico de sensibilizar quem passava pelo local, além de formar jovens multiplicadores da cultura de preservação ambiental, especialmente nas comunidades rurais onde muitos deles vivem. O representante técnico Vicente Andrade gostou das atividades: “É importante essa educação ambiental aqui no DF, principalmente neste período muito seco” Para os condutores, a estratégia surtiu efeito: após ter sido abordado e receber o material educativo na blitz, o representante técnico comercial Vicente Andrade, 62, disse que a atividade é necessária para muitas pessoas que não têm consciência dos riscos da queimada ilegal. “Foi bacana, principalmente com a participação das crianças, que estão em um período de assimilar esses detalhes”, afirmou. “Uma boa iniciativa dos órgãos competentes, é importante essa educação ambiental aqui no DF, principalmente neste período muito seco.” Também parado na blitz, o armador Carlos Roberto, 48, concordou: “É bom porque o pessoal fica mais consciente das coisas. O lixo deve ser recolhido pelos caminhões, temos que cuidar do que é nosso”. Coleta garantida Durante a operação, os veículos foram abordados primeiramente pelo DER-DF e depois pelos representantes das instituições participantes. Entre as orientações passadas aos ocupantes sobre como evitar práticas que podem gerar incêndios florestais, está a destinação correta dos resíduos - papel cumprido pelo SLU com a coleta diária e os equipamentos de captação de inservíveis espalhados pela cidade, serviços que a população pode consultar gratuitamente por meio do aplicativo SLU Coleta DF. “O papel do SLU é justamente no combate do descarte regular, frisando a proibição de queima desses materiais”, ressaltou a diretora técnica do SLU, Andréa Almeida. “É um trabalho que precisa ser feito o ano todo, porque na época de chuva, o mesmo material que é foco de incêndio causa entupimento de bueiros e proliferação de vetores, em especial da dengue. A gestão de resíduos sólidos é papel de todos, e a população precisa fazer sua parte e colaborar. Realmente, o que a gente precisa é de consciência.” Área de preservação Allan Freire, diretor-presidente do Jardim Botânico: “Nossa equipe faz um trabalho incrível, mas sabemos que tem um alcance limitado. Ao levar isso para mais pessoas, começa uma conscientização de verdade” [LEIA_TAMBEM]Com foco na proteção do Jardim Botânico de Brasília, a blitz busca reduzir os focos de incêndio e as áreas queimadas na região, que integra a Área de Proteção Ambiental (APA) das bacias do Gama e Cabeça de Veado. O espaço de 5 mil hectares abriga 1,8 mil espécies de plantas e 500 de animais, além de três captações de água dentro da estação ecológica. O diretor-presidente do Jardim Botânico, Allan Freire, afirmou que o alcance promovido pela união dos órgãos governamentais no espaço vai ao encontro da missão do Jardim Botânico, que visa a uma educação ambiental com o lazer orientado à biodiversidade, pesquisa e conservação do Cerrado. “Nossa equipe faz um trabalho incrível, mas sabemos que tem um alcance limitado”, ponderou o gestor. “Ao levar isso para mais pessoas, com as crianças falando com a família, começa uma conscientização de verdade. O Jardim Botânico é uma das unidades de conservação mais importantes do DF, garante um ar mais puro, abastecimento de água e uma qualidade de vida melhor. Cuidar do meio ambiente e preservar o Cerrado faz com que tudo isso chegue para a população.” O diretor de Biodiversidade do Jardim Botânico, Estevão Souza, reforçou que a região tem crescido nos últimos anos, com novos condomínios e vias de trânsito, o que aumenta cada vez mais a necessidade de compreensão ecológica. “Os incêndios florestais que acontecem nesse período de seca são sempre não naturais: 95% são criminosos causados pela ação humana, voluntária ou não”, apontou. “Todos vimos o que aconteceu no ano passado com as queimadas, aquela fumaceira e os problemas de saúde atrelados. É importante conscientizar, porque infelizmente a gente está em um período de mudança climática em que a tendência é piorar, impactando na nossa biodiversidade.”    

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Desde 2022, GDF ampliou em 90% o acesso da população em situação de rua à saúde

Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) apontou um aumento de quase 90% no acesso de pessoas em situação de rua aos serviços públicos de saúde do Distrito Federal. O estudo também registra uma redução nos relatos sobre problemas de saúde em comparação ao Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações constam na Pesquisa Pop Rua, divulgada pelo Governo do DF (GDF) em abril deste ano. Equipe do Consultório na Rua em ação: de 2024 até março deste ano, foram quase 16,5 mil atendimentos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo o estudo, entre os avanços observados, a proporção de pessoas em situação de rua que utilizaram as unidades básicas de saúde (UBSs) saltou de 36,7% para 51,7%. Já o atendimento em unidades de pronto atendimento (UPAs) e em hospitais passou de 20,7% para 36,9%. O levantamento mostra, ainda, maior acesso desse público às unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), responsáveis também pela oferta de suporte em saúde mental. Segundo a pesquisa, a procura subiu de 18,6% para 28,7%. Já nos centros Pop, que prestam apoio social a essa população, foi registrado um aumento de 2,1% no atendimento. “Cada atendimento registrado representa uma vida que foi acolhida, escutada e cuidada”, afirma o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. “Estamos falando de pessoas que, por muito tempo, estiveram invisíveis ao poder público. Esses avanços mostram que estamos no caminho certo ao levar saúde, alimentação e dignidade a quem mais precisa. O trabalho das equipes do Consultório na Rua e a oferta de refeições nos restaurantes comunitários são exemplos de uma política pública que enxerga o ser humano antes da sua condição social.” Consultório na Rua Entre as ações integradas deste GDF que contribuíram para ampliar o acesso desta população à saúde pública, está o trabalho das equipes do Consultório na Rua, que prestaram mais de 10 mil atendimentos em 2024 e quase 16,5 mil entre o ano passado e março deste ano. “Todo o DF está coberto pela ação dessas equipes, e está no nosso planejamento continuar ampliando o número de profissionais que atuam nesses grupos”, reforça o diretor das Áreas Estratégicas da Atenção Primária, Afonso Abreu Mendes Junior. Na avaliação do gestor, a ampliação da cobertura das equipes foi determinante para melhorar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde: “Além das equipes da Estratégia em Saúde da Família, esse novo dispositivo veio como um reforço essencial. Acreditamos que o aumento da cobertura das equipes do Consultório na Rua foi um fator primordial para garantir esse acesso”. As equipes tiveram acesso a uma nota técnica elaborada para orientações detalhadas sobre o atendimento a ser ofertado. “Também ofertamos um curso voltado a gestores e profissionais de todas as regiões para uma atuação focada em acesso e equidade”, informa Mendes Junior. “Precisamos lembrar que a pessoa em situação de rua é usuária do SUS como eu, como você. Ela precisa – e deve – ser atendida”. Acolhimento e cuidado A médica de família Samanta Hosokawa lembra que o Consultório de Rua faz acompanhamento integral: “Sempre vamos em grupo, com equipe multiprofissional para oferecer o máximo de suporte possível para cada paciente naquele momento” Uma das ações mais recentes do programa ocorreu na quarta-feira (14), em Águas Claras e em Arniqueira. “Atendemos em vários pontos da Região Sudoeste de Saúde”, relata a médica de família Samanta Hosokawa. “Sempre vamos em grupo, com equipe multiprofissional – enfermeiro, técnicas de enfermagem, dentista, assistente social, psicólogo – para oferecer o máximo de suporte possível para cada paciente naquele momento”. Segundo a profissional de saúde, o trabalho das equipes do Consultório na Rua vai além do atendimento inicial: elas garantem o acompanhamento integral dos pacientes, mesmo diante dos desafios impostos pela vulnerabilidade social. “Levamos testagens rápidas para ISTs, teste de gravidez, vacinas, medicamentos e fazemos encaminhamentos via Sisreg [Sistema Nacional de Regulação] para a atenção secundária, quando necessário”, detalha. “Muitos precisam de exames de imagem ou atendimento com especialistas, e nós regulamos e acompanhamos tudo isso. Como muitos não têm telefone, ficamos atentos ao sistema; e, assim que a vaga sai, voltamos até eles para entregar as chaves do atendimento.” Atendimento acolhedor Ronaldo Nascimento já foi atendido pelas equipes do Consultório na Rua: . “Acho que foi o melhor atendimento que já recebi, até melhor que em hospital. Eles fazem encaminhamento, acompanham” Para quem está nas ruas, o acolhimento e o cuidado das equipes de saúde fazem toda a diferença. Aos 50 anos, Ronaldo Nascimento vive em situação de rua desde 2006 e, com a ajuda da Secretaria de Saúde (SES-DF) foi internado para tratar uma tuberculose. “Para mim, foi importante demais”, conta. “Acho que foi o melhor atendimento que já recebi, até melhor que em hospital. Me trataram superbem, nunca imaginei que teria esse atendimento morando na rua. Eles fazem encaminhamento, acompanham. Agora estou em busca de tratamento para dependência química”. Alexandre Soares:  “Se não fossem eles, ir para um posto de saúde seria bem mais complicado. Rapidinho consegui um exame, já recebi até o resultado” Outro que reconhece a importância dos serviços é Alexandre Soares, 51. “Tem me ajudado bastante. Se não fossem eles, ir para um posto de saúde seria bem mais complicado. Aqui sou atendido com carinho e muito mais rápido. Rapidinho consegui um exame, já recebi até o resultado”, explica. Assistência social Ampliar o acesso ao diagnóstico também significa aumentar as chances de tratamento e recuperação. É o que revela a pesquisa: embora os relatos de ansiedade e depressão ainda representem 28,6% das queixas entre a população em situação de rua, houve uma queda de 9,1% em relação a 2022. Já problemas de saúde bucal diminuíram 27,6%, e as dores crônicas tiveram redução de 19,8%. Outro avanço importante apontado pela pesquisa foi o aumento da oferta de refeições gratuitas para pessoas em situação de rua em todos os restaurantes comunitários do DF. O acesso a esse serviço subiu de 35,6% em 2022 para 54,7% em 2025. Entre janeiro de 2024 e março deste ano, foram servidas 1.607.493 refeições.  

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IPCA do Distrito Federal desacelera e mostra índices abaixo da média nacional

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Distrito Federal, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), indica que a inflação de novembro desacelerou em relação a outubro. Com uma variação mensal de 0,30%, o resultado posiciona o DF com a quinta menor inflação entre as 16 capitais analisadas, abaixo da média nacional de 0,39%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA local ficou em 4,47%, também inferior ao índice nacional de 4,87%. A energia elétrica residencial apresentou uma queda significativa de 9,30% nos preços, o que reduziu 0,30 ponto percentual (p.p.) do índice geral | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A energia elétrica residencial foi a grande aliada das famílias brasilienses no período, com uma queda significativa de 9,30% nos preços, o que reduziu 0,30 ponto percentual (p.p.) do índice geral. Essa redução foi essencial para conter o impacto da inflação e aliviar o orçamento doméstico. O maior impacto foi observado nos preços do grupo Transportes, que variou 1,37% e gerou impacto de 0,31 ponto percentual (p.p.) no índice geral do mês. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento de 15,34% nos preços das passagens aéreas, que sozinhas contribuíram com 0,22 p.p. para o IPCA. O grupo Alimentação e Bebidas também apresentou alta de 1,20%, com contribuição de 0,21 p.p., destacando-se os aumentos nos preços dos itens carnes (7,26%, com impacto de 0,10 p.p.) e alimentação fora do domicílio (0,66%, com impacto de 0,04 p.p.). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete o impacto nos orçamentos de famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, também registrou um cenário positivo no DF. A variação mensal foi de apenas 0,15%, abaixo da média nacional de 0,33%, evidenciando uma inflação mais controlada. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF)

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Projeto com recursos do FAC oferece oficina de Libras a produtores culturais

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Distrito Federal conta com uma população de 104.825 pessoas surdas. Com o objetivo de ampliar o número de cidadãos fluentes na Língua Brasileira dos Sinais (Libras), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), destinou recursos para a iniciativa Libras em Cena, que oferece oficinas na língua destinadas a produtores culturais do DF para que eles possam levar mais inclusão e acessibilidade aos eventos que promovem. Aulas serão ministradas no Backstage Dance Center, na Asa Sul | Foto: Divulgação “Estamos em um momento em que a acessibilidade está deixando de ser apenas prestação de contas para algo efetivo; é importante criarmos essas pontes” Ana Júlia, intérprete cultural Os encontros serão entre os dias 5 e 26 deste mês no Backstage Dance Center, na 506 Sul, das 10h às 12h. As inscrições são gratuitas e podem ser abertas mediante preenchimento de formulário online. O curso será ministrado pela intérprete cultural Ana Júlia, mais conhecida como Nega Ju, que é filha de mãe surda e tem a Língua Brasileira dos Sinais como idioma materno. “Estamos em um momento em que a acessibilidade está deixando de ser apenas prestação de contas para algo efetivo; é importante criarmos essas pontes”, afirma ela.  Acessibilidade “É preciso que se contrate ou que haja concursos para profissionais fluentes em Libras” Amarildo João, professor do Instituto de Letras da UnB À frente da residência artística do projeto Libras em Cena, o professor surdo do Instituto de Letras (IL) da Universidade de Brasília (UnB) Amarildo João ressalta que o projeto é um caminho para a realização de um sonho: tornar a arte cada vez mais acessível, para que todas as pessoas possam usufruir desse direito básico. Além disso, ele vê a iniciativa como uma forma de tornar a inclusão mais profissional. “É preciso capacitação das pessoas em Libras e na cultura surda, a fim de aproximar o mundo ouvinte do mundo surdo”, reforça o professor. “Também é preciso que se contrate ou que haja concursos para profissionais fluentes em Libras, como tradutores e intérpretes, professores, advogados, médicos, secretários, recepcionistas, porteiros, entre outros.” Ações deste GDF Reconhecida pela Lei nº 10.436, de 2022, como meio de comunicação legal em território brasileiro, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) vem se tornando a cada dia mais presente no DF. A capital federal conta com a Central de Interpretação em Libras (CIL) – disponível para atendimento à comunidade surda, na Estação de Metrô da 112 Sul – e um sistema online para a assistência 24 horas, por meio de aplicativo batizado de DF Libras Cil Online. Além disso, o GDF tem projetos educacionais implementados na rede pública de ensino, como a Escola Bilíngue Libras e Português Escrito de Taguatinga.

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DF poderá ser unidade federativa mais envelhecida do Brasil nos próximos 50 anos

As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a população do Distrito Federal crescerá até 2042, atingindo 3.118.159 habitantes, antes de entrar em declínio. Em 2070, 40,4% da população será composta por idosos, um aumento significativo comparado aos 13,5% de 2024. Com essa mudança, o DF está a caminho de se tornar a unidade federativa mais envelhecida do Brasil. Políticas de saúde voltadas para esse público poderão garantir um envelhecimento saudável, focado na prevenção de doenças e no acesso contínuo a tratamentos de qualidade O aumento da expectativa de vida também é notável. Em 2070, espera-se que os habitantes do DF vivam, em média, 84,6 anos, com as mulheres alcançando 86,6 anos e os homens, 82,4 anos. O envelhecimento acelerado trará desafios, mas também oportunidades para políticas públicas que possam garantir qualidade de vida a essa população crescente. Impactos positivos na saúde e na inclusão digital Com a população idosa crescendo, o Distrito Federal precisará ampliar os serviços de saúde, especialmente o SUS, já que 56,5% dos idosos dependem dele atualmente. Políticas de saúde voltadas para esse público poderão garantir um envelhecimento saudável, focado na prevenção de doenças e no acesso contínuo a tratamentos de qualidade. Além disso, o avanço no acesso digital entre idosos será crucial para evitar o isolamento social e permitir uma maior integração com a sociedade. Em 2021, 66% dos idosos já utilizavam a internet no DF, e a inclusão digital pode se tornar ainda mais ampla, facilitando o acesso a serviços públicos e fortalecendo vínculos e laços sociais. O envelhecimento populacional também terá impactos no mercado de trabalho. Em 2070, projeta-se que haverá 106 dependentes para cada 100 pessoas em idade potencialmente ativa. No entanto, essa situação pode ser vista como uma oportunidade para repensar as dinâmicas de trabalho e criar formas de reintegrar os idosos ao mercado, garantindo-lhes uma vida mais ativa e produtiva. Com a maior longevidade, surgem novas chances de engajar essa população em atividades que valorizem sua experiência e os saberes acumulados ao longo da vida. *Com informações do IPEDF

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Blitz educativa comemora Semana do Meio Ambiente no Jardim Botânico

Nesta quarta-feira (5), como parte da programação da Semana do Meio Ambiente 2024, organizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) promoveu uma blitz educativa, com apoio do Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER). Diferentemente do que ocorre nas blitze de fiscalização da Polícia Militar e do Detran, na blitz educativa os veículos são abordados para um bate-papo com os motoristas. Abordagens tiveram como foco informar e alertar sobre as principais causas de incêndios florestais no DF | Foto: Divulgação/JBB Parte do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio Florestais do DF (Ppcif-DF), a blitz teve como objetivo alertar a população sobre os perigos da queima de lixo e de restos de poda, principais causas de incêndios florestais no DF. São riscos que ameaçam a biodiversidade do Cerrado e a saúde humana. “A gente precisa pensar nessa conscientização, visto que essa missão de cuidar do meio ambiente não é só dos órgãos ambientais, mas de toda a população” Allan Freire, diretor-presidente do JBB “A blitz tem fundamental importância para evitar a ocorrência de incêndio florestal não apenas na região do Jardim Botânico, mas também de toda a APA [Área de Proteção Ambiental] Gama e Cabeça de Veado”, reforçou a coordenadora do Ppcif, Carolina Schubart.  Conscientização “A ação é importante porque gera uma sensibilidade ambiental e faz com que as pessoas evitem o uso do fogo próximo a esses locais, haja vista que 95% dos incêndios são de causa antrópica [decorrente de ação humana]; e, com esse tipo de ação, a gente diminui recorrentemente o número de incêndios”, resumiu o gerente de Preservação do JBB, Diego Miranda.   “É muito legal essa ação que estamos realizando aqui junto à Sema; tem uma recepção grande da população, até por envolver crianças e pela importância do tema”, lembrou o diretor-presidente do JBB, Allan Freire. “A gente precisa pensar nessa conscientização, visto que essa missão de cuidar do meio ambiente não é só dos órgãos ambientais, mas de toda a população. Não podemos terceirizar essa responsabilidade, porque os danos causados afetam a todos nós.” Participaram da ação estudantes da Escola Classe do Jardim Botânico e representantes da Sema, Instituto Brasília Ambiental, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marinha, Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), Aeronáutica, Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e DER. *Com informações do Jardim Botânico de Brasília

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Brasília registra inflação abaixo da média nacional em fevereiro

‌Brasília registrou inflação de 0,75% em fevereiro, puxada pelos grupos de educação e transportes, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora a alta em relação a janeiro, a capital foi apenas a 10ª região com maior índice entre as 16 verificadas. “Educação e transportes, vale ressaltar, são preços administrados. Eles não oscilam de acordo com oferta e demanda de mercado, são regulamentados e têm um período para reajuste, no caso da educação, e em transportes, que é o item responsável pelos combustíveis, é também um preço de certa forma administrado, pois segue o valor do barril do petróleo” Dea Fioravante, diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF O IPCA é a inflação oficial do país. O índice é divulgado de diferentes formas, podendo ser mensal, quando é comparada entre o mês vigente e o anterior, e também com a variação acumulada do ano. Em relação a fevereiro, os dois grupos que mais contribuíram para a inflação foram educação e transportes. Segundo o IBGE e o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), o mês é caracterizado pelo reajuste escolar. A educação, inclusive, liderou o aumento dos preços com 0,21 ponto percentual, seguido por transportes, aqui relacionado aos combustíveis, com crescimento de 0,20 ponto percentual. “Educação e transportes, vale ressaltar, são preços administrados. Eles não oscilam de acordo com oferta e demanda de mercado, são regulamentados e têm um período para reajuste, no caso da educação, e em transportes, que é o item responsável pelos combustíveis, é também um preço de certa forma administrado, pois segue o valor do barril do petróleo”, explica a diretora de Estudos de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, Dea Fioravante. Para março, a tendência é que o aumento na educação não se repita, segundo a gestora. “Não esperamos essa alta de preços desses grupos para o próximo mês. Educação isso é certo porque passa o período de reajustes. Em transportes, se o responsável continuar sendo o combustível, é possível que tenha um aumento por conta da redução do subsídio relacionado aos combustíveis”, acrescentou a diretora. No quesito combustível, a gasolina foi o item que mais contribuiu entre todos os pesquisados pelo IBGE para essa inflação de 0,75% no DF. Já na educação, os preços do ensino fundamental alavancaram o índice. No entanto, a inflação de fevereiro para a educação foi de 3,54%, menor que os 8,54% registrados neste mesmo mês em 2023. “Esse é o mês em que acontece o reajuste na educação, mas a inflação foi menor. No ano passado, esse índice foi de 8,54%, e agora tivemos 3,54%, abaixo da média dos últimos 10 anos”, apontou o assessor especial da Coordenação de Análise Econômica e Contas Regionais do IPEDF, Pedro Borges, responsável pela apresentação da análise dos resultados da inflação no DF. Mensalmente, o IPEDF divulga uma análise, focada no Distrito Federal, dos principais índices de preços do país, o IPCA e INPC. Os resultados são divulgados no Blog da Conjuntura e em apresentações transmitidas pelo YouTube que podem ser assistidas ao vivo, às 14h30, nos dias da divulgação dos índices pelo IBGE, por meio do canal do IPEDF.

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