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Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

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Umidade relativa do ar segue abaixo de 15% até a próxima quinta-feira (9), alerta Inmet; veja como se proteger

Apesar do registro recente de chuvas em algumas regiões administrativas da capital, o Distrito Federal segue com índices de baixa umidade e mantém aceso o alerta para os cuidados com a saúde em decorrência da seca. De acordo com a meteorologista Camila Frez, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de temperaturas acima de 30°C, baixa umidade relativa do ar, com valores abaixo de 25% (no período da tarde), e ausência de chuva nesta primeira quinzena de outubro. Ela ressalta que até quinta-feira (9), ainda há previsão de umidade relativa abaixo de 15% para o DF. “Cabe destacar que a umidade relativa do ar varia inversamente com a temperatura ao longo do dia, atingindo valores mais altos nas primeiras horas da manhã e os mais baixos no início da tarde”, afirmou a especialista. Previsão é de temperaturas acima de 30ºC na primeira semana deste mês | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Nessa quinta-feira (2), o Inmet emitiu alerta de grande perigo por baixa umidade, com índices na casa dos 12%. O aviso reforça ainda mais a necessidade de vigilância com a saúde pessoal após o DF registrar taxa de 8% da umidade relativa do ar na última terça-feira (30), a menor do ano. O Inmet alerta também para o grande risco de incêndios florestais e à saúde, como a incidência de doenças pulmonares, dores de cabeça e outros sintomas. Como se proteger A chefe da Nefrologia do HRSM, Núbia Moreira, recomenda que, nesta época do ano, é preciso reforçar hábitos que deveriam ser seguidos durante todo o ano. A médica explica que, durante o período de clima seco, a atenção com a hidratação deve ser redobrada. Segundo ela, a recomendação é ingerir de 30 ml a 40 ml de água por quilo de peso corporal por dia, podendo ser até mais em alguns casos. Mas a hidratação não se limita apenas à ingestão de líquidos. “Hidratação não é só água, mas também pele e mucosas. É importante caprichar no creme hidratante, usar protetor labial, colírio para olho seco e soro fisiológico”, orienta. Durante o período de clima seco, cuidados com a hidratação devem ser redobrados Núbia recomenda também que as atividades físicas sejam evitadas em horários de maior calor. “A academia e a atividade física devem ficar mais para o começo da manhã ou para o fim do dia. No horário quente não é uma boa”, alerta. Outra dica da médica é que o ambiente também pode ser adaptado para reduzir os efeitos do tempo seco. “Umidificar com bacias d’água, toalhas molhadas, manter sempre o espaço bem ventilado e até usar plantas pode ajudar a melhorar a umidade”, recomenda a especialista. [LEIA_TAMBEM]Além disso, Núbia reforça que é necessário repensar também alguns hábitos cotidianos. “Os banhos devem ser mais rápidos e frios, a ingestão de álcool e café deve ser reduzida, porque são diuréticos e favorecem a desidratação”, explica. Quanto à alimentação, frutas e vegetais ricos em água devem ser prioridade: “Alimentos como melancia e melão contribuem para a hidratação, enquanto comidas muito salgadas, ricas em sódio, devem ser evitadas, porque pioram a desidratação e o controle da pressão arterial”, alerta.

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Baixa qualidade do ar na estação seca aumenta risco de problemas respiratórios e cardiovasculares 

O Distrito Federal enfrenta episódios críticos de poluição atmosférica neste período de seca. São mais de 100 dias sem chuva e com temperaturas ultrapassando 35ºC. Monitoramento realizado pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), em maio e junho, identificou níveis elevados de material particulado (MP10 e MP2,5) em regiões como Fercal Oeste, Fercal Boa Vista e Jardim Zoológico. Em alguns pontos, como Fercal Boa Vista, as concentrações ultrapassaram 100 µg/m³, valor muito acima dos limites recomendados pela OMS. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 24 e 30 de agosto, a concentração de partículas no ar ficou acima dos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) por mais de dois dias consecutivos. Poluição do ar tem impacto direto no número de internações hospitalares | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Segundo a gerente de Vigilância Ambiental da SES-DF, Andressa do Nascimento, o material particulado é hoje o poluente mais preocupante para a saúde pública. “As partículas mais finas, conhecidas como MP2,5, penetram profundamente nos pulmões e podem atingir a corrente sanguínea, aumentando os riscos de problemas respiratórios, cardiovasculares e até de mortes prematuras”, explica. A especialista ressalta que a poluição do ar tem impacto direto no número de internações hospitalares. Entre idosos com mais de 60 anos, observa-se crescimento nas ocorrências de doenças cardiovasculares durante a estiagem. “Já entre crianças menores de 5 anos, os casos de agravos respiratórios tendem a se intensificar a partir de agosto, coincidindo com o aumento da concentração de material particulado”, conta.  A orientação da SES é evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alerta e seguir as recomendações médicas Formado por partículas de combustíveis fósseis, fuligem de veículos, cinzas de queimadas, emissões industriais e metais pesados, o MP2,5 é descrito como um “coquetel tóxico” invisível, cerca de 30 vezes mais fino que um fio de cabelo. Sua presença no ar se intensifica durante a estação seca, quando a falta de chuvas, as altas temperaturas e as queimadas urbanas e rurais favorecem a piora da qualidade do ar. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas estão entre os mais vulneráveis. A orientação da SES é evitar atividades físicas ao ar livre em dias de alerta e seguir as recomendações médicas. A hidratação constante também é fundamental: beber entre dois e três litros de água por dia ajuda a prevenir sintomas como dor de cabeça, fadiga e irritação nos olhos. Arte: Secretaria de Saúde Com a última chuva registrada em 24 de junho, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a preocupação aumenta. “A integração entre a Vigilância Ambiental e os serviços de saúde é essencial para reduzir os impactos da poluição. Campanhas educativas, alertas em tempo real e medidas estruturais de redução das emissões são fundamentais para proteger a população”, reforça a gerente. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Seca histórica no DF acende alerta para riscos à saúde no Dia do Cerrado

No Dia Nacional do Cerrado, celebrado nesta quinta-feira (11), o Distrito Federal vive uma das maiores estiagens de sua história. Há mais de 110 dias sem chuva, a combinação de baixa umidade do ar e altas temperaturas acende o alerta de autoridades e especialistas para os riscos à saúde da população. O Distrito Federal registrou, na última quarta-feira (10), o dia mais quente de 2025 até agora. A temperatura chegou a 34,7 °C, na estação de Águas Emendadas, em Planaltina, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e a umidade relativa do ar caiu a 14% na região. A umidade relativa do ar, que oscila entre 12% e 20%, está muito abaixo dos 40% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os meteorologistas, as chuvas só devem retornar em meados de outubro. Diante do cenário, a pneumologista do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Bethânia Bertoldi Soares, recomenda cuidados redobrados com a saúde. “Beber bastante água, usar soro fisiológico, aplicar colírios lubrificantes e recorrer a umidificadores ou toalhas molhadas nos ambientes”, detalha a especialista. Entre os cuidados estão evitar exercícios ao ar livre nos períodos de maior calor, usar roupas leves e manter o protetor solar como aliado diário. “Não se trata apenas de desconforto, mas de um problema de saúde pública que exige atenção de toda a sociedade”, alerta Bethânia. A hidratação é um dos cuidados recomendados em tempo de seca, além de usar roupas eves e utilizar protetor solar | Foto: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília Impactos na saúde A pneumologista alerta que o ar seco compromete a proteção natural do organismo, facilitando a entrada de vírus e bactérias. Entre os sintomas mais comuns estão ressecamento do nariz, garganta e olhos, além de crises de rinite, sinusite e asma. Crianças e idosos são os mais vulneráveis. “Esse tipo de clima favorece a evolução de quadros respiratórios para infecções mais graves. O ideal é reforçar a hidratação e manter as vias nasais umidificadas para evitar complicações que podem levar a internações”, explica a pneumologista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)

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DF em alerta laranja de baixa umidade: Veja como proteger sua saúde durante a seca

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta quarta-feira (13), alerta de perigo devido ao tempo seco em seis estados e no Distrito Federal. Com umidade relativa do ar podendo chegar a 12%, especialistas de saúde apontam riscos como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz, e recomendam a ingestão de bastante líquido e o uso de hidratante para a pele. Além disso, deve-se evitar a exposição ao sol e a prática de esportes, sobretudo nas horas mais quentes do dia. A Agência Brasília conversou com profissionais de saúde para saber quais os cuidados essenciais para evitar os problemas típicos deste período e percorreu três parques da capital para saber quais são as precauções tomadas pelos frequentadores. Segundo alerta do Inmet, a umidade pode chegar a 12% nos próximos dias | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Problemas respiratórios Pneumologista do Hospital de Base do Distrito Federal, Bethânia Bertoldi Soares alerta que, nesta época do ano, além de haver maior circulação viral, o tempo é mais seco e há maior variação de temperatura com dias mais quentes e noites e início das manhãs com temperaturas mais amenas. Segundo ela, diversas patologias respiratórias podem ocorrer ou até mesmo se intensificar. “As mais frequentes incluem rinite alérgica, sinusite, asma, bronquite, faringite, laringite, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) , resfriados e gripe”, enumera. Para os que não abrem mão da atividade física, a médica elenca uma série de cuidados: “É importante manter-se bem hidratado e, em alguns casos, pode ser indicada a reposição de sais minerais”. A pneumologista aconselha também que certos horários não são propícios à prática desportiva ao ar livre. “Prefira treinar antes das 10h ou após as 17h, quando a temperatura e a radiação solar estão mais baixas, em dias de umidade muito baixa (menos de 30%), se possível, treine em local fechado ou adie o treino intenso”, diz a médica. Ela afirma também que é melhor diminuir a intensidade do treino quando necessário. “O ar seco aumenta o esforço respiratório. Reduza ritmo e volume de treino para evitar queda de desempenho e mal-estar.” Além disso, Bethânia aconselha os portadores de doenças crônicas que estejam atentos ao uso das medicações conforme indicado por um profissional. A hidratação é um importante aliado contra o período de seca  A pneumologista também faz uma série de recomendações para a população em geral: ⇒ Beber bastante água; ⇒ Usar umidificador ou toalhas úmidas no quarto; ⇒ Evitar exposição a fumaça e poeira; ⇒ Lavar o nariz com soro fisiológico; ⇒ Manter janelas abertas em horários menos poluídos para ventilar o ambiente; ⇒ Dar atenção à pele e aos olhos; ⇒ Usar protetor solar, óculos escuros e, se necessário, colírio lubrificante para evitar irritação. Cuidados com a pele Outro aspecto de saúde importante neste período é o cuidado com a pele. Segundo a médica dermatologista do Hospital de Base, Danielle Aquino, além de beber muita água, as pessoas devem sempre usar o protetor e preferir aqueles com Fator de Proteção Solar (FPS) acima de 50. O ideal é que a pessoa passe o protetor 30 minutos antes de se expor ao sol “O ideal é que a pessoa passe o protetor 30 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de a pele absorver o produto. Também é recomendável evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 17h, quando a incidência de raios é maior e a umidade é muito baixa”, alerta. Outra dica da dermatologista é usar sabonetes umectantes e hidratantes durante o banho, e evitar a o uso de esponjas ou mesmo de buchas vegetais.  “Elas retiram a camada de gordura da pele e a deixam  mais ressecada”, explica. “Também recomendo que a água do banho seja morna ou fria, nunca muito quente. Além disso, é aconselhável que a pessoa use um creme hidratante após o banho”, afirma. Danielle adverte também sobre a importância da boa alimentação para a saúde da pele. “Prefira alimentos leves e ricos em vitaminas e sais minerais. As frutas são ótimas opções. O importante é passar longe dos ultraprocessados como embutidos e refrigerantes”, aponta a médica. “Minha dica são alimentos de feira, ou seja, naturais”, acrescenta. “Outra coisa: os sucos são gostosos e refrescantes, mas prefira comer a fruta. Se você pode comer a fruta, não beba ela”, aconselha. A médica diz ainda que aqueles que perceberem problemas que persistem na pele devem procurar um dermatologista. “Caso o ressecamento persista, ou haja continuidade dos sintomas, é interessante procurar um médico especialista.” Atividades ao ar livre A gestora de RH Shimeny Sabino come muita fruta e procura estar sempre hidratada: "Água é vida" De acordo com o meteorologista do Inmet Mércio Aranha, a condição do tempo segue sem mudanças significativas nos próximos dias.“Os dias seguem com temperaturas amenas nas primeiras horas do dia, e com temperaturas em elevação no período da tarde”, afirma. “A umidade relativa continua baixa nos próximos dias, principalmente no período da tarde, com índices inferiores aos 20%”, alerta.  A gestora de RH Shimeny Sabino costuma correr no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek de duas a três vezes por semana. Ela conta que alterna os treinos entre o início da manhã e fim da tarde para evitar o período mais quente do dia. “Nesse período seco o ideal é se hidratar, passar o protetor solar, e comer frutas. As frutas costumam hidratar também bastante. Além disso, beber muita água. Água é vida”, pontua. Shimeny relata que costuma beber pelo menos 4 litros de água por dia e fica atenta às roupas mais adequadas para a prática desportiva sob o sol:  “No quesito roupas, costumo usar [peças] com proteção UVA [tipo de radiação ultravioleta emitida pelo sol] . As roupas são fundamentais para esse período”. Thiago Rezende notou diferença quando trocou a litorânea Florianópolis pela capital federal Outro frequentador do Parque da Cidade é o empresário do ramo fitness Thiago Rezende. Ele afirma que, com o clima seco desta época do ano, a hidratação é fundamental. “A hidratação tem que ser bem-feita, senão acaba prejudicando bastante o rendimento dos atletas, dos alunos”, diz Rezende, que presta consultoria para pessoas que praticam a corrida. Natural de Florianópolis (SC), o empresário conta que teve dificuldade de adaptação ao se mudar, há 12 anos, de uma cidade litorânea para Brasília. “Vim para cá em 2012. Eu não estava acostumado com o clima. Tive alergia de pele nos três primeiros anos, mas depois fui me acostumando”, lembra. A professora Evelyn Silva treina corrida com Thiago. Ela ressalta alguns cuidados ao usar o protetor solar. “Não saio de casa sem protetor solar. Passo no pescoço, nas orelhas, que muitas vezes são negligenciadas, e nas pálpebras, além do resto do corpo para que a gente não fique exposta ao sol e corra risco aí de pegar aí alguma doença, como um câncer de pele”, alerta. Alexandre Cardoso prefere se exercitar cedo e não abre mão do uso de umidificador em casa [LEIA_TAMBEM]O auditor do TCU Alexandre Cardoso pratica musculação quatro vezes por semana e corre nos outros dois dias no Parque Asa Delta, no Lago Sul. “Só descanso um dia por semana, porque estou me aproximando dos 60 [anos]”, conta. Ele afirma que, neste período do ano, é comum sofrer de alergias que causam rinite. Cardoso prefere se exercitar mais cedo para evitar o calor. “Logo depois eu tomo água de coco, ou algum isotônico, para suprir a perda de sais minerais, além de muita água”, comenta. Mesmo sob o sol mais ameno do início da manhã, Cardoso não se descuida do protetor solar. “Passo protetor solar, não só no rosto, mas no corpo todo. Apesar de ter a pele morena, passo protetor solar no rosto até para trabalhar por causa da radiação da tela [do computador]”, afirma. “Em casa, também costumo umidificar os ambientes”, arremata.

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DF está em alerta vermelho para baixa umidade do ar e risco de incêndios florestais

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, nesta quinta-feira (5), alerta vermelho de grande perigo para umidade relativa do ar abaixo de 12% em todo o Distrito Federal. Previsto para durar inicialmente até as 17h, o aviso dos meteorologistas também aponta elevado risco de incêndios florestais e à saúde dos brasilienses. O alerta vermelho (grande perigo), conforme o sistema de cores estabelecido pelo Inmet, é o mais crítico entre os existentes, que incluem ainda os avisos laranja (perigo) e amarelo (perigo potencial). A estiagem, conforme as projeções dos meteorologistas, só deve ter fim após a segunda quinzena de setembro`| Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em todos os cenários, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do DF dispara mensagens orientando a população sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados durante o período de estiagem. O serviço pode ser solicitado pela população por meio do telefone 40199. Basta enviar uma mensagem, e a inclusão na lista de transmissão é automática. Os alertas são gerados pelo Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração, em parceria com os órgãos de Defesa Civil de estados e municípios. “A Defesa Civil trabalha em conjunto com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) no monitoramento dos índices do Inmet, em particular na questão da umidade e temperatura, para, quando for necessário, emitirmos o alerta via SMS aos cidadãos”, explica a capitã Luciana de Oliveira, da Gerência da Gestão Administrativa e Comunicação da Defesa Civil do DF. Cuidado redobrado Segundo a servidora, com a umidade relativa do ar abaixo de 12%, é preciso redobrar os cuidados especialmente com crianças e idosos, mais vulneráveis aos sintomas provocados pela seca. “E para a população em geral, as orientações são as mesmas: manter-se hidratado, os ambientes umidificados, evitar exposição ao sol e atividade física nas horas mais quentes”, acrescenta a capitã. O militar Fábio Rodrigues: “Só assim [com garrafas de água] para conseguir praticar atividade física. Até para quem está acostumado com a seca está difícil” Cuidados que o militar Fábio Rodrigues, de 48 anos, já conhece bem. O brasiliense, adepto da prática do ciclismo, não sai de casa sem sua aliada para encarar os dias de estiagem: as garrafinhas. “Ando sempre com duas – uma contém água e a outra tem isotônico”, detalha. “Só assim para conseguir praticar atividade física. Até para quem está acostumado com a seca está difícil”. O professor de futevôlei Edivan Souza, 57, costuma orientar os alunos com dicas que vão além da hidratação por ingestão de líquidos: “Ela precisa ser contínua, um hábito em dias de seca. Mas não podemos descuidar. Sempre recomendo uma alimentação leve para prática das aulas e de proteção, com utilização de camisas com proteção UV ou uso de cremes e hidratantes em áreas que ressecam mais, como o nariz e rosto”. Índices preocupantes O meteorologista Carlos Rocha, do Instituto Brasília Ambiental, explica que, neste ano, a seca chegou antes do previsto para os brasilienses: “A estiagem veio mais cedo, e estamos sem chuva desde o dia 23 de abril. Normalmente, no início de maio, ainda temos algumas precipitações. É inédito em toda a série histórica desde 1963 termos quatro meses consecutivos sem chuva – maio, junho, julho e agosto”. Como se não bastasse, na terça-feira (3), o DF atingiu o recorde histórico de menor umidade relativa do ar, com a estação meteorológica da Ponte Alta, no Gama, registrando o índice de apenas 7%. O alerta vermelho (grande perigo), conforme o sistema de cores estabelecido pelo Inmet, é o mais crítico entre os existentes, que incluem ainda os avisos laranja (perigo) e amarelo (perigo potencial) A estiagem, conforme as projeções dos meteorologistas, só deve ter fim após a segunda quinzena de setembro. “Temos a possibilidade de chuvinha prevista para o dia 21 – sempre deixando claro que a assertiva desses modelos em um prazo de 15 a 20 dias não é muito boa. Entretanto esta é a tendência mostrada hoje”, prossegue Rocha. Ainda de acordo com o especialista, soma-se à tradicional seca brasiliense o impacto das queimadas florestais em todo o país. Nesta manhã, o instituto emitiu informativo apontando “horizonte mais esfumaçado, com o aumento da concentração de material particulado, proveniente das queimadas que estão ocorrendo no Distrito Federal e no Entorno”. “Para agravar a situação, na noite de quarta-feira (4) e manhã de quinta (5), observamos que houve uma chegada de fumaça (material particulado), proveniente da queima de biomassa (incêndios florestais), vindo da região leste do DF, devido aos incêndios naquela região, mas que, por sua vez, também recebeu a fumaça, devido à circulação atmosférica, da fumaça das queimadas na região Sudeste e Norte do país”, diz o aviso. O professor de futevôlei Edivan Souza costuma orientar os alunos com dicas que vão além da hidratação por ingestão de líquidos Qualidade do ar Ciente dos riscos à população, o GDF instituiu, em 26 de agosto, uma comissão para elaboração de plano para episódios críticos de poluição do ar na capital. A criação do colegiado foi oficializada com a publicação do decreto nº 46.182 na edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A constituição do grupo já havia sido anunciada após uma reunião do governador Ibaneis Rocha com autoridades do GDF em decorrência da cortina de fumaça vinda de outros estados que se concentrou no céu da capital federal no dia anterior. Composto por 17 órgãos do GDF e sob coordenação do Instituto Brasília Ambiental, o grupo terá como responsabilidade propor ações de ampliação e modernização da rede de monitoramento da qualidade de ar do DF. A comissão terá um prazo de 90 dias para a elaboração das propostas. O objetivo é deixar a cidade preparada caso aconteça novamente uma situação semelhante. Essa foi a primeira vez que Brasília enfrentou a forte redução do Índice de Qualidade do Ar (IQAr), que chegou a ser classificado de ruim a péssimo para material particulado (poeira, fumaça ou fuligem).

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Equipes de campo da Novacap têm horário de trabalho adaptado no período da seca

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) implementou, durante o alerta vermelho do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), jornadas de seis horas corridas, com 15 minutos de intervalo, priorizando a saúde e o bem-estar das equipes que atuam nos serviços de campo, como restauração de pisos, recapeamento e podas. Essa medida é essencial diante das ondas de calor e de baixa umidade no Distrito Federal. O direcionamento não compromete a eficiência dos serviços prestados. Servidores que saem às ruas a trabalho tiveram redução na jornada; medida, que não influi na produtividade, visa garantir a saúde de todos | Foto: Ádamo Dan/Novacap A médica do trabalho da companhia, Priscila Soares, destaca a relevância de cuidar da saúde dos colaboradores, especialmente em períodos de seca intensa: “Com o clima seco, os funcionários de campo podem sofrer desidratação sem perceber, pois a transpiração é maior e a necessidade de ingestão de água aumenta. É fundamental que eles consumam entre três e quatro litros de água diariamente.” “Longe da exposição excessiva ao sol, não sinto os efeitos nocivos, e retorno no dia seguinte com muita disposição” Uoston Rodrigues dos Santos, auxiliar de serviços gerais De acordo com a equipe técnica da Novacap, quando o tempo é diminuído, ajusta-se o serviço, focando pontos estratégicos. Assim, é possível manter a qualidade e a quantidade do trabalho, mesmo em condições adversas. A equipe é orientada a desenvolver atividades de forma mais concentrada, garantindo que o trabalho continue eficaz. Saúde e produtividade “Essa medida é fundamental para nós”, avalia Uoston Rodrigues dos Santos, 51, que é auxiliar de serviços gerais e faz trabalhos de campo. “Longe da exposição excessiva ao sol, não sinto os efeitos nocivos, e retorno no dia seguinte com muita disposição. Acredito que essa iniciativa é muito importante porque, com saúde, produzimos mais.” Com a medida, a empresa cumpre a Lei nº 4182/2008, que determina a adequação das atividades externas quando a umidade do ar atinge níveis críticos. O acordo coletivo estabelece que, com umidade abaixo de 20%, é necessário proteger especialmente aqueles que lidam com asfalto quente, que pode atingir temperaturas extremas, garantindo a segurança dos trabalhadores expostos ao sol. A equipe é informada com antecedência sobre possíveis alterações no horário de trabalho, permitindo que todos se preparem adequadamente. As condições climáticas são monitoradas para garantir a integridade física. *Com informações da Novacap

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Defesa Civil orienta população sobre como agir em caso de alagamento

O Distrito Federal está em alerta amarelo devido às chuvas intensas, o que representa um perigo potencial para a população. Entre as recomendações da Defesa Civil estão medidas para serem tomadas antes, durante e pós-chuvas. A principal orientação é registrar o CEP no telefone 40199, pelo qual a comunidade recebe informações de emergência. E, em casos extremos, acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ou a Defesa Civil pelo 199. Antes das chuvas é importante observar os sistemas de drenagem das casas, como calhas e ralos, preparando o local para as chuvas; e se informar sobre a previsão do tempo por meio dos sistemas meteorológicos como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em caso de temporal, a maior recomendação é evitar deslocamentos, para não se expor a um risco já iminente. É possível se orientar, inclusive, pela altura que a água bate no meio fio | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em caso de temporal, a maior recomendação é evitar deslocamentos, para não se expor a um risco já iminente. É possível se orientar, inclusive, pela altura que a água bate no meio fio: se estiver muito próxima do topo ou no batente do carro, por exemplo, aguarde em um local seguro até que o nível da água diminua. “O melhor é esperar de 20 a 30 minutos depois da chuva antes de fazer o deslocamento e, principalmente, ter calma e não se colocar um risco maior”, orienta o gerente de Gestão de Desastres da Defesa Civil, tenente-coronel Eloízio Ferreira do Nascimento. Outra dica importante é ter um plano de saída da residência, já conhecido pela família e tendo em mente quais são esses locais seguros, geralmente informados pela administração regional. Durante a fuga do local de risco, levar apenas o necessário e o que for possível. Os pets de estimação devem ser levados para um lugar seguro, evitando, assim, afogamentos, e não deixados presos em abrigos domésticos, como canis. Durante as chuvas fortes também há o risco de descargas elétricas. Dentro do veículo é um local seguro, mas se estiver a pé, não fique debaixo de árvores ou postes e procure abrigos em lugares cobertos, como casas ou lojas próximas. Auxílio à comunidade A Defesa Civil prestou apoio emergencial aos moradores de Água Quente afetados pelas chuvas nesta semana | Foto: Divulgação/Secretaria de Cidades Após as fortes chuvas que atingiram a região de Água Quente na última terça-feira (2), a Defesa Civil prestou um apoio emergencial aos moradores afetados. De acordo com o tenente-coronel Eloízio, a principal causa dos alagamentos foi o entupimento de manilhas de escoamento de águas pluviais. Nove famílias nas proximidades foram atendidas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), totalizando 25 pessoas que receberam colchões para substituir os que ficaram molhados devido ao alagamento, além de cobertores e cestas emergenciais. Também foi disponibilizado às famílias o Benefício Assistencial de Calamidade e Vulnerabilidade, no valor de R$ 408. “Por ser uma região administrativa nova, a Defesa Civil está mapeando o local para elaborarmos um estudo completo, com a identificação das áreas de risco”, afirmou o representante da Defesa Civil. Em conjunto com a Novacap e com a administração regional, a pasta iniciou os trabalhos de desobstrução utilizando máquinas para retirar o lixo das manilhas. “Às vezes o lixo que as pessoas deixam na porta para a coleta é carregado pela água e causa o entupimento. Recomendamos que as pessoas não descartem imediatamente quando as chuvas estiverem muito fortes, até porque o caminhão de coleta não passa durante os temporais. Depois de desobstruídos, já choveu forte e não aconteceu nada perto do que foi naquela madrugada de terça-feira”, destacou Eloízio. Depois do alagamento Os cuidados depois das chuvas também são essenciais para a segurança e a saúde pública. Se houver o aparecimento de rachaduras, a Defesa Civil deve ser acionada, por ser a ponte com os demais órgãos do governo responsáveis. Em caso de dano na residência, uma vistoria pode ser feita. Nas residências alagadas, a água é retirada com a ajuda de bombas. É importante desligar a energia para evitar descargas e realizar a limpeza dos lugares, móveis e utensílios molhados com desinfetante para evitar doenças transmitidas via água contaminada. Para quem mora perto de poços artesianos e cisternas, a orientação é fazer a filtragem, tratamento ou decantação da água – ou, no mínimo, ferver antes de consumir. Serviços de distribuição de água como a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) podem realizar a descontaminação. Em casos extremos, a Defesa Civil disponibiliza a água para a população. O órgão de proteção funciona 24h, com regimes de plantão em um serviço ininterrupto.

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Uso correto dos faróis garante a segurança no trânsito em dias de chuva

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o mês de março será marcado por uma virada no tempo. Se os últimos dias foram de calor intenso na capital federal, a previsão é de queda de temperatura com o retorno das fortes chuvas. Diante desse cenário, é crucial que os motoristas estejam atentos aos cuidados necessários para preservar a visibilidade e segurança do trânsito nas vias e rodovias do Distrito Federal. [Olho texto=”“O uso de farol alto só é permitido e obrigatório em vias não iluminadas. O condutor não deve, em condições normais e ainda que adversas, utilizar o farol alto, a menos que tenha a intenção de sinalizar algo a outro motoristas, como uma eventual ultrapassagem”” assinatura=”Clever de Farias, diretor de Policiamento e Fiscalização” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), em condições climáticas adversas, ou seja, durante as chuvas, neblina, cerração, o uso do farol baixo deixa de ser facultativo e passa a ser obrigatório. “Essa é uma norma prevista no artigo 40 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O mesmo vale para deslocamentos em túneis”, enfatiza o diretor de Policiamento e Fiscalização, Clever de Farias. O equipamento já é de uso obrigatório a todo instante em alguns veículos, como motocicletas, ônibus e ciclomotores. “No caso dos carros, a utilização constante do farol baixo não é obrigatória e não há nenhuma proibição. Na verdade, seu uso rotineiro é até recomendado para a segurança de trânsito.” O CTB classifica como infração de natureza média quando o veículo em movimento “deixar de manter acesa a luz baixa durante a noite, neblina, cerração ou no interior de túneis”. A penalidade prevista é de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16 | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O servidor destaca que não é recomendado utilizar o farol alto nessas circunstâncias, mesmo que a visibilidade esteja prejudicada. “O uso de farol alto só é permitido e obrigatório em vias não iluminadas. O condutor não deve, em condições normais e ainda que adversas, utilizar o farol alto, a menos que tenha a intenção de sinalizar algo a outro motoristas, como uma eventual ultrapassagem”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O artigo 250, inciso I, do CTB classifica como infração de natureza média quando o veículo em movimento “deixar de manter acesa a luz baixa durante a noite, neblina, cerração ou no interior de túneis”. A penalidade prevista é de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 130,16. Mais dicas Outra orientação para ampliar a visibilidade nas vias em condições adversas é manter o limpador de para-brisa em bom estado. Por isso, é importante verificar regularmente as condições das palhetas e substituí-las se necessário. O embaçamento do vidro também pode representar um sério risco à segurança. Para evitar que isso aconteça, é recomendado o uso adequado do sistema de ventilação do veículo, mantendo sempre os vidros livres da umidade. Os desembaçadores também ajudam a garantir a visão desobstruída mesmo em condições climáticas desafiadoras.

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