Rede Feminina de Combate ao Câncer promove bazar no Hospital de Base para arrecadar fundos
A Rede Feminina de Combate ao Câncer promove, nesta segunda (8) e terça (9), um megabazar com mais de 1.500 itens à venda, entre roupas, sapatos, brinquedos e artigos para o lar, todos com valores reduzidos. A ação é realizada no estacionamento do ambulatório do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), e busca arrecadar recursos para as atividades da instituição. Larissa Bezerra, coordenadora da Rede, explica que o local foi escolhido para facilitar o acesso de pacientes e acompanhantes. Segundo ela, cerca de mil pessoas devem passar pelo bazar nos dois dias de funcionamento e a expectativa é arrecadar aproximadamente R$ 15 mil. “Esse bazar no final do ano dá a oportunidade para as pessoas levarem presentes para a família. São itens de R$ 5, R$ 10, R$ 15, R$ 20. E não são só coisas usadas, também temos itens novos que foram doados. Fico muito feliz em ver tantas pessoas aproveitando a oportunidade para presentear outros”, afirma. As vendas incluem roupas, utilidades domésticas, brinquedos e acessórios em excelente estado. Ao final da ação, os itens que não forem comercializados serão destinados a outras instituições. Os pagamentos podem ser feitos por crédito, débito, Pix ou dinheiro, com possibilidade de parcelamento em até 10 vezes sem juros. As vendas incluem roupas, utilidades domésticas, brinquedos e acessórios em excelente estado | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Entre os visitantes, a técnica de enfermagem Viviane Silva Santos, moradora da Bahia, conheceu o bazar ao levar a sogra para realizar um exame no hospital. “Cheguei e encontrei esse presente. No final do ano, as coisas estão apertadas e não dá para ir a uma loja comprar presente pra todo mundo. Mas aqui eu estou tendo a oportunidade de comprar uma roupa diferente, de ficar bonita”, relata. Ela adquiriu itens para a casa, brinquedos para as crianças e roupas para toda a família. “Estou levando para a família inteira”, comemora. Uma novidade deste ano é o espaço exclusivo com itens doados pela Receita Federal, que incluem perfumes, aparelhos de som, celulares e outros produtos originais apreendidos ao longo do ano. “A Receita pesquisa instituições de trabalho voluntário e faz doações desses itens, e nós fomos contemplados. A venda deles também vai para a Rede Feminina”, explica Larissa. A técnica em medicina nuclear do HBDF, Neide Silvina, aproveitou o bazar para comprar um celular para o filho, que tem necessidades especiais e precisa do aparelho para manter a rotina. “Aproveitei que está mais barato e já comprei. Esse bazar é perfeito, até porque o valor volta para a Rede Feminina, então ele é interessante e necessário”, destaca. *Com informações do IgesDF
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Dados do Hospital de Base mostram que quedas matam mais que ferimentos por armas de fogo
Quando se fala em casos graves que levam à morte no pronto-socorro de hospitais do Distrito Federal, é comum imaginar acidentes de trânsito ou ferimentos por armas de fogo. No entanto, o grande vilão da sala vermelha do Centro de Trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), são as quedas. Apesar de frequentemente subestimados, esses acidentes, desde escorregões em casa até quedas simples na rua, representam risco significativo, especialmente pelos impactos na cabeça que podem causar lesões graves. Entre pessoas idosas, o risco é ainda maior. Dados catalogados em 2023 e divulgados pela equipe do Centro de Trauma do HBDF mostram que quase metade dos atendimentos por queda envolveu pessoas acima de 60 anos. Um terço das vítimas era mulher. Telecilia Leite Borges, 72 anos, moradora de Redenção do Gurgueia (PI), conta que escorregou enquanto puxava água com um rodo e não se lembra do momento da queda, apenas de acordar no chão. Após dois dias de dor de cabeça, buscou atendimento em uma cidade próxima, fez tomografia e foi liberada. Dias depois, com perda de força na perna esquerda, caiu novamente e machucou os joelhos. O filho, morador do Distrito Federal, levou a mãe para o Hospital de Base, onde ela foi internada com hemorragia cerebral e passou por cirurgia. “Estou me sentindo muito melhor. Assim que me liberarem, estou pronta para ir para casa”, relata. Dados catalogados em 2023 e divulgados pela equipe do Trauma do HBDF mostram que quase metade dos atendimentos por queda envolveu pessoas acima de 60 anos | Foto: Divulgação/IgesDF A dificuldade em identificar rapidamente um traumatismo craniano é um dos principais desafios no atendimento a vítimas de queda, explica o cirurgião-chefe do Centro de Trauma do HBDF, Rodrigo Caselli. Após qualquer queda com impacto na cabeça, ele recomenda observar sinais de alerta como dores intensas, tonturas, desmaios, vômitos e convulsões. Entre idosos, o risco é ainda mais elevado, já que lesões graves podem surgir mesmo sem sintomas imediatos. O cirurgião orienta que toda pessoa idosa que bater a cabeça seja levada ao hospital. “É melhor descobrir que não há nada de errado do que esperar e ter uma situação muito pior depois”, alerta. Quedas que matam Os dados mostram que quedas causaram mais mortes do que ferimentos por arma de fogo no Pronto-Socorro do HBDF. Entre as 166 mortes registradas em 2023 na Sala Vermelha, por casos de alta gravidade, 33 foram resultantes de quedas, 26 decorrentes de colisões ou quedas de motocicletas, 22 por atropelamentos, 17 por quedas de grande altura e 13 por perfuração por arma de fogo. Segundo o especialista, o alto índice de letalidade das quedas está relacionado aos impactos na cabeça que podem levar a lesões sérias. Das 95 pessoas atendidas por queda ao longo de 2023, 66 apresentaram traumatismo craniano fechado. “Nossas maiores causas de morte são hemorragia e traumatismo craniano. A gente tem um serviço preparado e organizado para atender o paciente de forma muito rápida. Então nós conseguimos salvar a pessoa que está sangrando, mas é mais difícil salvar a pessoa que bateu a cabeça”, afirma. Prevenção Como grande parte das quedas ocorre dentro de casa, nem sempre é possível preveni-las totalmente. Caselli reforça o uso de equipamentos de proteção por quem anda de skate, patins, patinete ou similares. “Às vezes, são quedas bobas, mas elas acontecem muito rápido por causa das rodas, o que aumenta a força do impacto e, consequentemente, o risco”, detalha. Também é recomendado instalar barras de apoio em banheiros e áreas de risco, especialmente em imóveis onde vivem pessoas idosas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF)
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Hospital de Santa Maria inicia expansão de leitos e melhorias no cuidado ao paciente
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), inicia uma nova etapa marcada pela ampliação de leitos e pela reorganização de processos assistenciais. As medidas fazem parte do planejamento estratégico conduzido pelo instituto, juntamente com a direção, gerências e equipes técnicas da unidade. O direcionamento dos esforços é para ampliar a capacidade de atendimento, qualificar o acolhimento e modernizar fluxos internos. Entre as ações já definidas, estão ampliações expressivas em áreas estratégicas do hospital. A sala vermelha receberá 30 novos leitos — 15 inicialmente e outros 15 na segunda etapa, fortalecendo o cuidado a pacientes em estado crítico. A saúde mental também será reforçada com a criação de uma nova ala de psiquiatria, com 25 leitos. Na pediatria, serão abertas 10 novas vagas, ampliando o atendimento a crianças e famílias. O Centro Obstétrico (CO) também será expandido com mais dez leitos, garantindo melhor assistência às gestantes. As medidas fazem parte do planejamento estratégico conduzido pelo instituto, juntamente com a direção, gerências e equipes técnicas da unidade | Fotos: Divulgação/IgesDF Para o gerente de Operações Assistenciais do IgesDF, Giuseppe Gatto, o pacote de medidas representa um avanço sólido na missão institucional. “Este trabalho conjunto reforça o nosso compromisso em oferecer um atendimento seguro, digno e voltado ao bem comum”, afirma. O planejamento também inclui iniciativas voltadas à melhoria dos fluxos de atendimento. Um dos destaques é o projeto-piloto que prevê dois leitos exclusivos para admissão, agilizando a chegada dos pacientes e proporcionando acolhimento mais eficiente e humanizado desde os primeiros minutos no HRSM. Segundo o superintendente do HRSM, Frederico Costa, as mudanças refletem a maturidade e a capacidade técnica das equipes. “Temos profissionais altamente qualificados, que conhecem profundamente a rotina e os desafios desta unidade. Esta reestruturação é resultado direto da nossa força institucional e da capacidade de execução dos nossos times”, destaca. O projeto prevê concentrar todas as UTIs em um único andar, ampliando a integração entre equipes, otimizando o uso de recursos e garantindo mais agilidade e segurança no atendimento aos pacientes Outra frente estruturante é a reorganização das unidades de terapia intensiva (UTIs). O projeto prevê concentrar todas as UTIs em um único andar, ampliando a integração entre equipes, otimizando o uso de recursos e garantindo mais agilidade e segurança no atendimento aos pacientes. Para o gerente-geral do HRSM, Anderson Rodrigues, as medidas reforçam uma gestão baseada em planejamento sólido. “Estamos reorganizando a casa, com base em evidências e critérios técnicos. Este trabalho coletivo garante estabilidade operacional, segurança jurídica e resultados assistenciais concretos. O HRSM segue mais forte, mais resolutivo e cada vez mais digno da população”, conclui. *Com informações do IgesDF
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Hospital de Santa Maria reforça prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal
Alterações aparentemente simples, como uma ferida que não cicatriza ou uma mancha branca ou avermelhada na boca, podem esconder um diagnóstico grave. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam a ocorrência de 15,1 mil novos casos de câncer bucal por ano no Brasil, durante o triênio 2023-2025. Durante a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, entre 1º e 7 de novembro, profissionais do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), destacam que esse tipo de câncer pode ser detectado em uma simples consulta de rotina. A cirurgiã-dentista especialista em estomatologia do HRSM, Driele Ferreira Flores, explica que embora a doença tenha altas chances de detecção precoce, cerca de 70% dos diagnósticos ocorrem em estágios avançados, o que reduz significativamente as chances de cura e aumenta as sequelas funcionais e estéticas. “Toda pessoa deve fazer o autoexame diante do espelho e procurar o dentista ao notar qualquer alteração, mesmo sem dor. Esse gesto pode salvar vidas”, destaca a cirurgiã-dentista. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam a ocorrência de 15,1 mil novos casos de câncer bucal por ano no Brasil, durante o triênio 2023-2025 | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Diagnóstico preciso De acordo com a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn, o diagnóstico costuma ser tardio e, quando a lesão se torna visível, dolorida ou começa a sangrar, o quadro geralmente já está em estágio avançado. “Geralmente o câncer bucal não dói no início. No momento em que o paciente enxerga a ferida, a doença já está em curso há algum tempo. Por isso, é fundamental que o exame de rotina seja completo, com inspeção visual e palpação das cadeias ganglionares do pescoço”, explica. Entre os sinais de alerta estão lesões que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas, sangramentos sem causa aparente, nódulos no pescoço, rouquidão persistente e dificuldade para mastigar, engolir ou movimentar a língua. Segundo Erika Maurienn, o HRSM registra, em média, de oito a nove novos casos de câncer bucal por ano, além de diversas lesões suspeitas que passam por avaliação especializada. Nesses quadros, o setor de Patologia tem papel fundamental, realizando análises minuciosas das biópsias e revisões diagnósticas que orientam a conduta terapêutica. Ela cita, por exemplo, o caso recente de uma paciente inicialmente diagnosticada com um simples cisto. “Após nova biópsia e estudo histopatológico, a equipe confirmou que se tratava de um ameloblastoma, um tumor raro, que demanda acompanhamento e tratamento específicos”, lembra. Fatores de risco e prevenção O câncer bucal pode surgir em qualquer região da cavidade oral, língua, gengiva, bochechas, céu da boca e lábios, sendo a borda lateral da língua e o assoalho da boca os locais mais frequentes. “O principal fator de risco é o tabagismo, mas, quando associado ao consumo de álcool, o risco se multiplica. É uma combinação perigosa, porque uma substância potencializa a outra”, alerta a cirurgiã-dentista, Driele Ferreira Flores. O câncer bucal pode surgir em qualquer região da cavidade oral, língua, gengiva, bochechas, céu da boca e lábios | Foto: Divulgação/IgesDF Outros fatores que elevam o risco incluem infecção pelo HPV, exposição solar prolongada dos lábios, traumas crônicos causados por próteses mal ajustadas ou ferimentos recorrentes, falta de higiene bucal adequada e predisposição genética. Tratamento e reabilitação O tratamento varia conforme o estágio e a localização do tumor, podendo incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em casos iniciais, a remoção da lesão com margem de segurança geralmente é suficiente. Já quando o câncer se encontra em fases mais avançadas, pode haver necessidade de procedimentos mais complexos, com risco de sequelas funcionais que afetam a fala, a mastigação e a deglutição. “O acompanhamento multiprofissional é essencial para a recuperação funcional e emocional do paciente. No HRSM, cada caso é visto como uma oportunidade de reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, porque a saúde bucal também salva vidas”, conclui a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do HRSM, Erika Maurienn. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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65 anos do Hospital de Base: investimento moderniza estrutura e amplia capacidade
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), que completa 65 anos no próximo dia 12 de setembro, tem se destacado por projetos que aumentam a eficiência e a qualidade do atendimento. Um exemplo é o Projeto Lean, iniciado em agosto de 2023, que otimiza o uso das salas cirúrgicas, amplia a quantidade de procedimentos diários, reduz cancelamentos e garante que as operações comecem dentro do horário programado, entre 7h e 7h30. Além disso, a unidade implementou o Protocolo Onda Vermelha, modelo emergencial voltado a vítimas de trauma grave com choque hemorrágico. O sistema permite acionar simultaneamente áreas críticas, como o centro cirúrgico, radiologia e banco de sangue, acelerando exames, transfusões e intervenções de urgência. De acordo com Renato Lins, chefe do Trauma, “o protocolo reduz o tempo de resposta, garantindo rapidez nos exames e na disponibilidade imediata de salas para intervenções urgentes”. Hospital de Base investe em modernização e amplia capacidade de atendimento | Fotos: Alberto Ruy/ IgesDF Avanços no tratamento oncológico Em 2024, o HBDF inaugurou o Centro de Infusão Verinha, destinado a quimioterapias oncológicas e hematológicas. O espaço climatizado e privativo aumentou a capacidade de atendimento e proporcionou mais conforto aos pacientes. Somente em 2024, foram realizadas 11.834 aplicações oncológicas e 7.313 de hematologia. Entre janeiro e julho de 2025, já foram registradas 5.809 aplicações oncológicas e 4.202 de hematologia. Obras e investimentos futuros Desde que assumiu a gestão do HBDF, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) promoveu melhorias estruturais, como a reforma da cozinha, da enfermaria de oncologia e da radiologia, que recebeu novos equipamentos, incluindo um angiógrafo e uma ressonância magnética. O novo centro cirúrgico, em construção com investimento de R$ 13,5 milhões, terá 16 salas (duas de alta tecnologia), Recuperação Pós-Anestésica (RPA) com 18 leitos e áreas de apoio para equipes médicas e logísticas. Projetos recentes reforçam a referência da unidade em procedimentos de alta complexidade e cuidado humanizado A chegada de dois aceleradores lineares de fótons, prevista para 2026, permitirá tratamentos de radioterapia de alta tecnologia, antes disponíveis apenas em convênios privados. Edson Gonçalves, superintendente do HBDF, destaca que, pioneiro na capital federal, o hospital mantém-se como referência nacional e segue comprometido em oferecer assistência de excelência a quem mais precisa. Emergência ampliada Para 2026, o foco será a construção do novo Pronto-Socorro do Hospital de Base. A obra, estimada em R$ 18 milhões, já está projetada e contará com duas unidades de suporte: uma voltada para pacientes do Centro de Trauma e outra para pacientes clínicos, somando 125 leitos. As intervenções também preveem mudanças nos acessos de emergência, aproximando os ambientes críticos e restringindo a circulação em áreas sensíveis. Além disso, a recepção principal e o acesso ao edifício serão reformulados, oferecendo um espaço mais acolhedor e confortável aos usuários. A fachada ganhará um novo desenho, mais moderno e funcional. Segundo o vice-presidente do IgesDF, Rubens Pimentel Jr., o impacto será significativo. “Estamos diante de uma transformação estrutural que vai ampliar a capacidade de atendimento e garantir mais segurança e conforto aos pacientes. O novo Pronto-Socorro e o futuro centro cirúrgico representam um salto de qualidade que vai beneficiar diretamente a população atendida pelo Hospital de Base e por toda a rede pública do Distrito Federal”. Na reportagem de amanhã, sobre os 65 anos do Hospital de Base, vamos mostrar os diversos exemplos de atendimento humanizado realizados na unidade. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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Emergência pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria fez cerca de 13 mil procedimentos no 1º semestre
Durante o primeiro semestre de 2025, período marcado pela alta de casos de doenças respiratórias, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) fez 12.888 procedimentos de emergência pediátrica. Mais da metade dos pacientes, 51,21%, veio do Entorno Sul, enquanto 48,79% eram do Distrito Federal. Os dados reforçam o papel regional do hospital, especialmente no tratamento da bronquiolite viral aguda. Entre os procedimentos mais comuns estão as punções de acesso venoso periférico (6.197) e as coletas de secreções nasais e de garganta (2.686). Segundo a chefe de enfermagem do pronto-socorro infantil, Layana Lopes, a doença exige atenção constante. “A bronquiolite é uma doença complexa, e a criança é muito instável. Um atendimento eficaz depende de uma equipe preparada para identificar rapidamente as necessidades do paciente”, afirma. Um dos destaques no enfrentamento da doença foi a utilização do cateter nasal de alto fluxo (CNAF), tecnologia incorporada em 2024. Para garantir o uso adequado, 183 profissionais de enfermagem, fisioterapia e médicos passaram por capacitação. O resultado foi expressivo: dos 254 pacientes que utilizaram o CNAF, 77% apresentaram melhora significativa e não precisaram ser internados na UTI pediátrica. Os dados reforçam o papel regional do hospital, especialmente no tratamento da bronquiolite viral aguda | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF A fisioterapia também teve papel decisivo no cuidado às crianças, contribuindo para melhorar a ventilação pulmonar e reduzir o esforço respiratório. “A antecipação do uso do cateter em Santa Maria foi primordial para enfrentarmos o período crítico com melhores condições”, destacou Danielle Fontenele, chefe do serviço de saúde funcional do HRSM. O pediatra Fernando de Souza Martins ressalta a evolução no atendimento ao longo das últimas sazonalidades. “Houve uma melhora absurda nos fluxos de atendimento. Isso se deve à dedicação da equipe e à constante atualização dos protocolos”. A pediatra Loren Abreu Nobre reforçou o sentimento de superação da equipe. “Foi um período intenso, parecia que estávamos voltando da guerra. Mas saímos vitoriosos. Temos orgulho do time que formamos”. Atendimento pediátrico nas UPAs ajuda a desafogar hospitais Outro fator importante no enfrentamento à bronquiolite foi o fortalecimento do atendimento pediátrico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Atualmente, as unidades de São Sebastião, Sobradinho, Recanto das Emas e Ceilândia contam com pediatras e estrutura adequada para receber as crianças com sintomas respiratórios. De janeiro a junho de 2025, foram realizados 33.475 atendimentos pediátricos nestas unidades. Outro fator importante no enfrentamento à bronquiolite foi o fortalecimento do atendimento pediátrico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) A médica Ana Carolina Gomes, que atua nas UPAs de São Sebastião e Sobradinho, destacou o impacto da medida. “Essa iniciativa mudou o paradigma do atendimento pediátrico no DF. Com UPAs equipadas e equipes preparadas, conseguimos reduzir a pressão sobre os hospitais e oferecer assistência mais rápida, perto de casa”. IgesDF promove debate sobre estratégias no HRSM Para aprimorar ainda mais a atuação dos profissionais durante a sazonalidade, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) promoveu, na última segunda-feira (28), mais uma edição do projeto Educa em Ação, com foco na bronquiolite viral aguda. O encontro foi realizado no auditório do HRSM e contou com a participação de profissionais de saúde que atuam diretamente na linha de frente do atendimento. A superintendente do hospital, Eliane Abreu, abriu o evento destacando a importância da articulação entre diferentes setores. “Esse planejamento ultrapassa os muros da unidade. Trabalhamos com a região sul, em conjunto com o conselho de saúde, unidades básicas e demais partes interessadas. Nossa missão é antecipar os desafios”. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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Paciente recupera a fala com ajuda de equipe do Hospital de Base
Paulo Henrique da Cruz, 41 anos, jamais imaginou que precisaria reaprender a falar. No dia 1º de junho, chegou ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com o diagnóstico de Traumatismo Cranioencefálico (TCE) grave. Ele foi brutalmente espancado durante uma tentativa de assalto em sua casa. Os agressores, ao perceberem que o imóvel não estava vazio, o atacaram, deixando marcas físicas e emocionais. “Ele chegou sem conseguir pronunciar uma palavra. A área do cérebro responsável pela linguagem ficou bem comprometida”, explica Aline Vaz, fonoaudióloga do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF). A afasia é considerada uma das formas de perda de linguagem. No caso de Paulo, ele compreendia o que era falado, porém não conseguia se comunicar. O silêncio, no entanto, durou pouco. Apesar das lágrimas e da frustração dos primeiros dias, Paulo não se entregou. Com bloquinho de papel em mãos, muitos gestos e uma vontade enorme de voltar a falar, ele buscava diariamente os profissionais pelos corredores da unidade. “Era emocionante ver aquele homem tentando escrever, gesticular, pedir ajuda. Ele nunca desistiu de tentar falar novamente”, lembra Aline. Após 15 dias de internação, Paulo recebeu alta. Mas antes de deixar o hospital, fez questão de escrever à mão o nome de todos os profissionais que marcaram sua trajetória | Foto: Divulgação/IgesDF Com o apoio da equipe multidisciplinar, formada por fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, psicóloga e fisioterapeutas, Paulo Henrique conquistou os primeiros avanços para a retomada da fala. “A primeira palavra que consegui dizer foi o nome da fonoaudióloga Letícia. Não aguentei, comecei a chorar e ela me abraçou”, relembra. Um dos momentos mais marcantes aconteceu quando Paulo conseguiu avisar que era aniversário de seu filho. A equipe, tocada pela situação, sugeriu que ele gravasse um vídeo. “Ele cantou parabéns e no final não conteve as lágrimas. Nós nos emocionamos junto com ele. Foi um avanço importante na recuperação”, relata Letícia. [LEIA_TAMBEM]Após 15 dias de internação, Paulo recebeu alta. Mas antes de deixar o hospital, fez questão de escrever à mão o nome de todos os profissionais que marcaram sua trajetória. “Vocês me devolveram a voz. Hoje posso dizer ‘obrigado’, posso dizer que amo meu filho”, detalha. Uma recuperação feita de laços A psicóloga Luiza Gayaó acompanhou de perto as angústias de Paulo e reforça a importância do vínculo com a equipe no processo de recuperação. “A afasia gera sofrimento, pois a pessoa quer se comunicar e não consegue. O apoio emocional e o acolhimento foram fundamentais para que ele se sentisse seguro e motivado”, conta. A terapeuta ocupacional Jackeline Rossi também destaca o poder dessa conexão. “Ver um paciente recuperar a autonomia, a voz e a esperança é o que nos move todos os dias. Paulo nos deu uma lição de persistência”. Hoje, Paulo segue em tratamento ambulatorial no próprio Hospital de Base. A fonoaudióloga Ana Patrícia Queiroz explica que, embora ainda existam sequelas, a evolução é visível. “Estamos confiantes de que ele irá recuperar ainda mais sua comunicação. O mais importante é que ele está engajado”, ressalta. Ao se despedir da equipe, Paulo resumiu sua trajetória em uma frase simples, mas carregada de significado. “Se hoje eu posso falar, é graças a toda a equipe que me acolheu e me deu o suporte necessário. Sou imensamente grato”, conclui. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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Estudantes doam toneladas de alimentos a pacientes em tratamento oncológico
Na última quinta-feira (26), trinta alunos do Colégio Militar Dom Pedro II, entregaram pessoalmente mais de três toneladas de alimentos à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília. As doações, recebidas no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), serão transformadas em cerca de 200 cestas básicas para pacientes em tratamento oncológico. A ação teve início como parte de uma tradicional gincana da escola, mas ganhou novos significados ao envolver os estudantes diretamente com a causa. O que começou como uma gincana escolar terminou como um gesto de solidariedade. Na visita, os estudantes conheceram a Casa Rosa, sede da Rede Feminina dentro do hospital, onde foram recebidos pela gestora da entidade, Larissa Bezerra. Ela apresentou a rotina do espaço, que oferece acolhimento, refeições e apoio humanizado a pacientes que lutam contra o câncer. A ação teve início como parte de uma tradicional gincana da escola, mas ganhou novos significados ao envolver os estudantes diretamente com a causa | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “A fome também adoece. Muitos pacientes deixam de trabalhar e voltam para casa sem saber se terão o que comer. Aqui, além do alimento, eles encontram carinho e apoio. A doação de vocês é mais do que mantimento: é amor transformado em ação”, observa Larissa. A gestora também reforçou a importância de sensibilizar os mais jovens para causas sociais. “Nosso trabalho depende exclusivamente de doações. Ver esse empenho vindo de jovens é uma esperança viva de que estamos plantando um futuro melhor”, completa. Educação que transforma Após a entrega, os alunos visitaram o Centro de Infusão Verinha. Para muitos, a experiência foi transformadora. “É bom saber que estamos ajudando quem realmente precisa da força para lutar”, conta aluno Márcio Vitor, 17 anos. Já Bruno Passagli, 16, viu a realidade com outros olhos depois da visita. “Estar aqui, ver os rostos, ouvir as histórias, isso muda a nossa cabeça. Faltam palavras pra descrever”, ressalta. O sargento Jardel, professor de Educação Física que acompanhou os alunos destacou que a gincana já é uma tradição, mas que este ano ganhou um novo significado. Após cada ação solidária, os estudantes escrevem redações relatando o que aprenderam com a experiência “Eles sempre participaram da arrecadação, mas é a primeira vez que acompanham o destino das doações. Viver isso, sentir o impacto de perto, muda tudo. Eles vão levar a experiência para a vida”, afirma Jardel. Após cada ação solidária, os estudantes escrevem redações relatando o que aprenderam com a experiência. A ação faz parte de um circuito solidário maior, além do Hospital de Base, outras instituições e comunidades em situação de vulnerabilidade também foram beneficiadas com os alimentos arrecadados. Apoio que chega em boa hora Atualmente, a Rede Feminina assiste mais de 400 famílias mensalmente com doações, mas outras 200 ainda aguardam na fila de espera. Com as novas cestas recebidas, será possível atender parte dessa demanda. “Esses alimentos chegaram no momento certo. Já estamos entrando em contato para que eles possam vir buscar as cestas na próxima segunda-feira. Nosso lema é doar amor, enxugar lágrimas e transformar dor em sorriso”, disse Larissa. Como ajudar A Rede Feminina de Combate ao Câncer aceita doações de itens diversos de vestuário masculino, feminino e infantil, para o bazar. Doações de cestas básicas e itens de higiene pessoal também são bem-vindos. Tudo pode ser entregue diretamente na sala de atendimento do Hospital de Base ou via Pix: (61) 99157-7147. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)
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