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Estudantes com deficiência auditiva visitam exposição de artista surdo 

Olhares com o brilho da representatividade pairavam no ar do Museu Nacional da República, refletidos em dezenas de alunos que visitavam a exposição de arte Estrela do Silêncio, em cartaz até domingo (16). Nesta semana, turmas de alunos surdos das escolas bilíngues de Taguatinga e da Asa Sul tiveram a oportunidade de conhecer as obras do artista plástico Marcos Anthony. Estudantes de escolas bilíngues puderam ver de perto a produção do artista | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com transporte e acesso gratuito ao equipamento público, os estudantes admiraram empolgados as obras. Diversos quadros possuíam tecnologia interativa pela câmera do celular, o que deixou tudo ainda mais dinâmico, além das interações com a escola e o artista. Já tendo marcado presença em mostras nacionais, na Espanha e nos Estados Unidos, Marcos é o primeiro artista surdo a formar-se em arquitetura no Brasil. Sofia Pontes Santos, 15, mostrou-se entusiasmada com a visita. “Estou sentindo verdadeiramente a emoção que é transmitida nessa exposição, e no futuro eu quero seguir essa área”, disse. “Acho importante ter exposições como essa para ter empatia com o outro, perceber que o surdo é capaz e que [a arte] não é só um desenho, mas transmite a história dele. Mostra essa comunicação com a arte”. Marcos Anthony interagiu com os estudantes durante a visita: “Isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações” As obras retratam a história de vida do artista, que descreveu as pinturas a óleo como uma forma de expressar a importância do amor e de contar sua trajetória desde a infância. O projeto é uma realização da Tangará Desenvolvimento Social, em rede de parcerias com o Instituto Bem Cultural, a Raruti Comunicação e Design e a Oitava Casa. “É uma honra mostrar essa exposição para esse público”, afirmou Marcos Anthony. “Uma criança olhou para mim e disse: ‘quando eu crescer, quero ser igual a você’. E isso para mim é muito grande, porque aqui eu falo muito sobre alcançar os sonhos e que todos somos capazes de qualquer coisa. Não há limitações”. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar que é de suma importância” Alliny Andrade, diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto A diretora da Escola Bilíngue do Plano Piloto, Alliny Andrade, reforçou a importância da visita a um dos pontos importantes da capital federal e, principalmente, do contexto da ação. “Os nossos estudantes surdos verem um artista surdo e pensarem que têm essa possibilidade de um dia se tornarem um profissional que está expondo em um lugar é de suma importância”, acentuou. “Principalmente para nós, que somos de Brasília, é algo primordial. Eles se encontram nessa questão do espelhamento.”   Mais que uma exposição Fran Favero, diretora do Museu da República: “É importante que o museu não seja visto meramente como uma galeria de arte, porque ele não é isso. É um espaço de formação, educação, criação de memória, pesquisa, encontro, e tudo isso faz o museu acontecer” O museu é um espaço acessível ao público, com a mediação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) desempenhando um papel importante incluído em ações pedagógicas – como o projeto Museu é o Mundo, que tem verba do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). O programa educativo atende escolas públicas e privadas, além de grupos comunitários para atividades que exploram diversas linguagens artísticas. “Nossas visitas abordam isso de uma forma sensível, não somente traduzindo, mas trazendo interpretação e abrangendo a visualidade nessa outra chave, que é a linguagem deles. É como se a escola virasse um mirante para a arte e para o mundo” Rebeca Borges, coordenadora do projeto Museu é o Mundo A coordenadora pedagógica do projeto, Rebeca Borges, ressaltou que essa iniciativa tem transformado a experiência dos visitantes e ampliado o alcance da arte na sociedade. “Visitas mediadas em Libras possibilitam que pessoas surdas tenham uma experiência completa e enriquecedora, permitindo a compreensão plena das exposições e da história das obras”, detalha. “Nossas visitas abordam isso de uma forma sensível, não somente traduzindo, mas trazendo interpretação e abrangendo a visualidade nessa outra chave, que é a linguagem deles. É como se a escola virasse um mirante para a arte e para o mundo.” A diretora do Museu Nacional da República, Fran Favero, também destacou que o espaço localizado no coração da capital federal tem compromisso com a democratização da cultura e o acesso à educação, desenvolvendo um programa educativo que integra a educação patrimonial, a arte-educação e o amplo acesso. “O museu é um espaço gratuito e aberto a todos, então estamos sempre criando estratégias de acessibilidade e entendendo as necessidades da população para que ela possa experimentar e se sentir bem-vinda”, frisou. “É importante que o museu não seja visto meramente como uma galeria de arte, porque ele não é isso”, pontuou a diretora. “É um espaço de formação, educação, criação de memória, pesquisa, encontro, e tudo isso faz o museu acontecer. Todos esses braços são igualmente relevantes, e a educação é peça central.” A oferta de transporte gratuito é restrita para escolas públicas e possui vagas limitadas. Para a disponibilização do transporte, é necessário que o número de alunos não seja inferior a 40 alunos. Faça aqui seu agendamento.

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GDF entrega Selo de Acessibilidade a 23 ouvidorias e reforça compromisso com inclusão

Na tarde desta terça-feira (12), o Teatro Caesb, em Águas Claras, foi palco de um marco na promoção da acessibilidade no Distrito Federal. A Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF), em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD-DF), realizou a cerimônia de entrega do Selo de Acessibilidade das Ouvidorias do GDF – 2024. O evento reconheceu 23 órgãos do governo que se destacaram por oferecer atendimento inclusivo e acessível às pessoas com deficiência, garantindo que suas demandas sejam ouvidas e resolvidas com respeito e eficiência. Na primeira edição 24 órgãos participaram espontaneamente e 99,9% deles pontuaram em todas as categorias. Nesta terça (12), 23 órgãos do GDF receberam o Selo de Acessibilidade, em reconhecimento a ações como capacitação de servidores em Libras, disponibilização de QR Code do DF Libras e a acessibilidade física | Foto: Divulgação/CGDF O Selo de Acessibilidade, que será disponibilizado digitalmente às ouvidorias, simboliza a adaptação desses espaços para atender a todos os cidadãos, independentemente de suas necessidades específicas. Entre os critérios avaliados estão a capacitação dos servidores em Libras, a disponibilização de ferramentas como o QR Code do DF Libras, a acessibilidade física e a adoção de práticas inclusivas no atendimento. “Com o selo, estabelecemos um padrão claro de acessibilidade. Queremos que as ouvidorias ofereçam mais do que atendimento. Queremos que ofereçam respeito e inclusão para todos” Daniela Pacheco, ouvidora-geral do DF O controlador-geral do Distrito Federal, Daniel Lima, enfatizou a importância da iniciativa: “O Selo de Acessibilidade é um passo fundamental para garantir que as ouvidorias do GDF sejam espaços verdadeiramente inclusivos. Ele não só reconhece boas práticas, mas também incentiva que todos os órgãos se adaptem para oferecer um atendimento mais humano e acessível.” Já o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Santos, reforçou que a iniciativa é um avanço na luta por direitos iguais. “Esta é uma iniciativa fundamental para garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso pleno aos serviços públicos, sem barreiras físicas, comunicativas ou atitudinais”, afirmou. Com essa iniciativa, o GDF avança na direção de um serviço público mais acessível e inclusivo, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de suas limitações, tenham voz e sejam atendidos com dignidade. O Selo de Acessibilidade das Ouvidorias do GDF – 2024 é um legado que inspira outros órgãos e setores a adotarem práticas que promovam a igualdade e o respeito. Impacto Para o cidadão, ter uma ouvidoria acessível significa mais do que um local adaptado; representa a garantia de que suas demandas serão atendidas de forma digna e eficiente. Pessoas com deficiência visual, auditiva, física ou intelectual poderão contar com serviços que eliminam barreiras comunicativas e físicas, como intérpretes de Libras, rampas de acesso e atendimento especializado. Além disso, o selo permite que os cidadãos identifiquem, por meio de um mapeamento, as ouvidorias mais próximas e adequadas às suas necessidades. “Com o selo, estabelecemos um padrão claro de acessibilidade. Queremos que as ouvidorias ofereçam mais do que atendimento. Queremos que ofereçam respeito e inclusão para todos”, destacou a ouvidora-geral do DF, Daniela Pacheco. Ela ressaltou ainda que qualquer demanda pode ser registrada em qualquer ouvidoria, independentemente do órgão responsável, pois os registros são centralizados no sistema Participa DF e direcionados automaticamente ao setor competente. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em 2021, mais de 113 mil pessoas com deficiência residiam no DF, representando 3,8% da população. Desse total, 43,2% possuem deficiência visual, 22,6% múltipla, 19,8% física, 7,2% auditiva e 7,2% intelectual/mental. Além disso, o número de usuários que se declararam com deficiência no cadastro do Participa DF cresceu significativamente nos últimos anos, passando de 478 em 2019 para 2.980 em 2023. *Com informações da CGDF

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Governador inaugura segunda escola integral bilíngue em Libras-Português do DF

Brincar, aprender e conversar com os colegas na mesma língua pode parecer algo simples, mas, para Juca Polejack, 13 anos, representa inclusão e acessibilidade. Estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português do Plano Piloto, Juca agora tem a oportunidade de vivenciar o ambiente escolar e a infância de forma plena e igualitária. “Eu gosto muito de estudar aqui, porque já tive contato com outras escolas e não me sentia tão bem. Aqui, todo mundo conversa em Libras, é a nossa primeira língua”, relata o aluno. “As pessoas, nas escolas inclusivas, só conversavam oralizando e eu me sentia sozinho, mas agora eu aprendo e me comunico na minha língua”, prossegue. A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A nova unidade de ensino, que fica na 912 Sul, foi entregue nesta sexta-feira (14) pelo governador Ibaneis Rocha. Na ocasião, o chefe do Executivo destacou a importância da escola para a inclusão de estudantes surdos e reforçou o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com a educação bilíngue. “Essa é uma obra iluminada, porque atende exatamente aqueles que mais precisam no sentido da inclusão, preparando essas crianças e esses adolescentes para o mercado de trabalho que hoje está tão aberto, tão acessível para pessoas com deficiência. Então, nós estamos muito felizes aqui nessa data e, com certeza, vai ajudar muita gente e iluminar governantes de outros estados para que sigam no mesmo caminho”, afirmou Ibaneis Rocha. Para a vice-governadora Celina Leão, “essa é uma entrega que nos dá muito orgulho, pois a melhoria e ampliação do espaço físico da Escola Pública Integral Bilíngue Libras e Português Escrito do Plano Piloto vai significar melhores condições de ensino para todos os estudantes da unidade. É inclusão e cidadania que transforma a vida dos alunos e de suas famílias.”Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, essa é mais uma demanda da população que foi atendida: “A entrega dessa escola é uma grande conquista para a comunidade surda do DF. Eles haviam pedido por isso há muito tempo e agora pudemos concretizar esse sonho para as famílias de crianças surdas que querem e precisam desse tipo de atendimento para os seus filhos. Isso faz parte do nosso programa de inclusão. Vamos acolher alunos em todas as etapas da educação básica,  até 18 anos de idade”. Juca Polejack, 13 anos, é estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Investimento A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula, incluindo espaços para aprendizado em arte, informática e um cantinho para leitura. Foram investidos quase R$ 5 milhões na construção do colégio, que está com matrículas abertas e os interessados devem procurar a secretaria da unidade. As aulas no centro de ensino já começaram e os novos alunos aprovaram a estrutura. “Eu gostei muito da escola, está muito linda”, conta a pequena Ana Clara Castro, de 8 anos. “Gosto muito de estudar, do lanche, das atividades de arte e, principalmente, das brincadeiras”, continua. Esta é a segunda escola integral bilíngue do Distrito Federal, destinada a alunos surdos e deficientes auditivos. A primeira funciona em Taguatinga e foi criada em 2013. Os dois espaços atendem crianças e adolescentes da educação infantil e anos iniciais até os anos finais do ensino fundamental e médio. “A escola bilíngue para surdos e deficientes auditivos do DF é uma realidade agora no Plano Piloto. Aqui, o estudante vai poder se comunicar na língua dele porque todos os nossos professores são bilíngues. As aulas são projetadas e planejadas pedagogicamente respeitando o aspecto visual do estudante surdo, em que todo conteúdo é passado por meio do visual e o conhecimento é trabalhado a partir da visualidade dele”, explica a diretora Alliny Matos.         Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, essa é mais uma demanda da população que foi atendida: “A entrega dessa escola é uma grande conquista para a comunidade surda do DF. Eles haviam pedido por isso há muito tempo e agora pudemos concretizar esse sonho para as famílias de crianças surdas que querem e precisam desse tipo de atendimento para os seus filhos. Isso faz parte do nosso programa de inclusão. Vamos acolher alunos em todas as etapas da educação básica, de 0 aos 18 anos de idade”. A escola tem capacidade para atender 145 alunos em dois turnos e conta com uma estrutura de 1.624,52 m² de área construída, sendo 17 salas de aula, incluindo espaços para aprendizado em arte, informática e um cantinho para leitura. Foram investidos quase R$ 5 milhões na construção do colégio, que está com matrículas abertas e os interessados devem procurar a secretaria da unidade. Juca Polejack, 13 anos, representa inclusão e acessibilidade é estudante da recém-inaugurada Escola Integral Bilíngue Libras-Português do Plano Piloto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As aulas no centro de ensino já começaram e os novos alunos aprovaram a estrutura. “Eu gostei muito da escola, está muito linda”, conta a pequena Ana Clara Castro, de 8 anos. “Gosto muito de estudar, do lanche, das atividades de arte e, principalmente, das brincadeiras”, continua. Esta é a segunda escola integral bilíngue do Distrito Federal, destinada a alunos surdos e deficientes auditivos. A primeira funciona em Taguatinga e foi criada em 2013. Os dois espaços atendem crianças e adolescentes da educação infantil e anos iniciais até os anos finais do ensino fundamental e médio. “A escola bilíngue para surdos e deficientes auditivos do DF é uma realidade agora no Plano Piloto. Aqui, o estudante vai poder se comunicar na língua dele porque todos os nossos professores são bilíngues. As aulas são projetadas e planejadas pedagogicamente respeitando o aspecto visual do estudante surdo, em que todo conteúdo é passado por meio do visual e o conhecimento é trabalhado a partir da visualidade dele”, explica a diretora Alliny Matos.

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DF Alfabetizado amplia inclusão social e oferta ensino de qualidade para população

O sonho de concluir o ensino médio e iniciar uma formação profissional parecia inalcançável para a chef de cozinha Eline Maria da Silva, 39 anos. Casada ainda na adolescência, a moradora da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, era impedida de estar em sala de aula pelo próprio marido, com quem ficou até 2022. Logo após a separação, munida de força de vontade e amor próprio, ela resgatou o antigo objetivo. A formatura no Ensino para Jovens e Adultos (EJA) ocorreu em 2023 e, agora, mais um sonho está em andamento: Eline está cursando técnico em enfermagem. “Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade”, diz Eline Maria da Silva, que diz ter a vida transformada pelo EJA e hoje estuda para ser técnica de enfermagem | Fotos: Arquivo pessoal “Casei com 16 anos e abandonei os estudos. Quando quis voltar, ele não deixou. Só consegui quando nos separamos, 20 anos depois”, desabafa Eline. “O EJA mudou a minha vida. Achava que não teria capacidade, duvidava de mim, mas consegui. Durante o curso conheci pessoas que desistiram dos estudos por vários motivos, mas que ganharam uma nova oportunidade graças ao GDF, que tem nos proporcionado o ensino sem importar a idade.” “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Histórias de superação e resiliência como a de Eline são cada vez mais comuns devido ao Programa DF Alfabetizado, promovido pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Criada em 2012, a iniciativa foi suspensa em 2018 e retomada no ano passado, com o atendimento de cerca de 800 pessoas em 50 turmas, reafirmando o compromisso deste GDF em fortalecer o EJA, combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. “Com a continuidade deste programa, esperamos alcançar ainda mais cidadãos, proporcionando a eles não apenas o conhecimento básico da leitura e escrita, mas também uma nova perspectiva de futuro”, enfatiza a titular de Educação, Hélvia Paranaguá. “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições.” Segundo o Censo divulgado pelo IBGE em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever Para o primeiro semestre deste ano, está prevista a formação de 50 turmas, com um total de 1.250 vagas, em áreas urbanas e rurais, com início em março e finalização em agosto. Os grupos de alunos são formados nas comunidades por meio da busca ativa por jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos em situação de analfabetismo, com apoio de voluntários alfabetizadores. Pessoas interessadas em fazer parte dessas turmas podem ligar no telefone 3318-2913, da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos, para que sejam encaminhadas às turmas mais próximas das suas residências. Novo edital No último dia 20, a SEEDF divulgou o edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no programa. As inscrições estarão abertas entre 1º e 15 de fevereiro e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online, nesse período. A Secretaria de Educação lançou edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no DF Alfabetizado; inscrições começam no dia 1º de fevereiro | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O programa oferece 25 vagas imediatas para alfabetizadores e outras 25 para formação de cadastro reserva. Já o número de vagas para tradutores-intérpretes de Libras será definido de acordo com a demanda apresentada pelas coordenações regionais de ensino. A carga horária mínima para os dois modelos de voluntariado é de 15 horas semanais e a bolsa-auxílio mensal deste ano será de R$ 1.200. “Estamos comprometidos com a transformação educacional do Distrito Federal, e o Programa DF Alfabetizado é uma das ações mais significativas nesse processo. Nossa missão é garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de superar a barreira do analfabetismo e, assim, conquistar uma vida mais digna”, salienta Paranaguá. Resiliência Segundo o Censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. “Meu sonho é que o Distrito Federal se torne um território livre do analfabetismo, e a nossa meta é clara: trabalhar incansavelmente para que isso se torne realidade. Este é o compromisso que temos com nossa população e com o futuro de nossa região”, frisa a secretária. O esforço em ampliar o acesso à educação resulta em benefícios reais na vida de cada estudante. Eline, por exemplo, antes mesmo de concluir o EJA, já notava os resultados do aprendizado no dia a dia. Ela, que nunca tinha trabalhado fora de casa, conquistou uma vaga como auxiliar de cozinha, e, em seis meses, passou para cozinheira. “Voltei à ativa e as coisas foram acontecendo. Quero continuar estudando”, comenta. Os próximos planos são concluir o curso na área de saúde e iniciar uma formação em gastronomia. A chef de cozinha também conta que sentiu medo e insegurança ao voltar a estudar, mas conseguiu superar cada obstáculo. “Na idade em que estava, sentia vergonha, achava que não teria capacidade de evoluir como as pessoas mais jovens”, diz. “Mas isso foi mudando aos poucos com o amor que recebi dos professores e diretores. Fui me adaptando, fazendo amizades, e hoje sei que somos capazes de realizar os nossos sonhos. Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade.”

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Publicado edital para contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras

A Secretaria de Educação (SEEDF) divulgou, nesta segunda-feira (20), o edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no programa DF Alfabetizado 2025. As inscrições estarão abertas entre 1º e 15 de fevereiro e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online, nesse período. A busca ativa por alunos que desejam participar do programa começa na quinta-feira (23) deste mês e segue até 15 de fevereiro. O edital completo está publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Pessoas que não concluíram os estudos podem fazer parte do programa DF Alfabetizado 2025 | Foto: Mary Leal/SEEDF O programa oferece 25 vagas imediatas para alfabetizadores e outras 25 para formação de cadastro reserva. A carga horária mínima é de 15 horas semanais. O número de vagas para tradutores-intérpretes de Libras será definido de acordo com a demanda apresentada pelas coordenações regionais de ensino. É permitida a participação de professores da carreira de magistério público do DF e de professores substitutos com contrato temporário, desde que não haja sobreposição de funções ou carga horária. Requisitos para candidatos Os interessados devem atender aos seguintes critérios: → Ser brasileiro ou estrangeiro conforme legislação vigente; → Ter no mínimo 18 anos até a data de divulgação do edital; → Possuir certificado, diploma ou declaração de conclusão em licenciatura, preferencialmente em pedagogia; → Estar em dia com a Justiça Eleitoral; → Apresentar certificado de reservista ou dispensa de incorporação (para homens); → Realizar a busca ativa e formação das turmas; → Demonstrar aptidão para as atribuições previstas no edital e no manual do programa DF Alfabetizado. Inscrições Para se inscrever, o candidato deve preencher o formulário disponível aqui e anexar a lista de turma preenchida, em formato PDF. Após a inscrição, a documentação comprobatória deve ser enviada para o e-mail dfalfabetizado.subeb@se.df.gov.br. Cada candidato pode inscrever apenas uma turma por vez. A inscrição de turmas adicionais estará condicionada à disponibilidade de vagas. Após a inscrição por meio do formulário, o candidato deve enviar a documentação comprobatória dos requisitos exigidos no edital, em formato PDF e arquivos separados, para o mesmo e-mail. Cada candidato poderá inscrever apenas uma turma por vez. A inscrição de uma segunda ou terceira turma estará sujeita à existência de vagas disponíveis. Cronograma Programa DF Alfabetizado A ação traz perspectiva e otimismo para diversas pessoas que se encontram em situação de analfabetismo, sendo motivação da secretaria fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA), combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. O programa possui uma grande vantagem: chegar a áreas mais desfavorecidas, gerando pertencimento à comunidade e incentivando a continuidade dos estudos. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destaca a importância do programa: “Estamos comprometidos com a transformação educacional do Distrito Federal, e o programa DF Alfabetizado é uma das ações mais significativas nesse processo. Nossa missão é garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de superar a barreira do analfabetismo e, assim, conquistar uma vida mais digna”. No primeiro semestre de 2025, a previsão é a formação de 50 turmas, com um total de 1.250 vagas, em áreas urbanas e rurais. As aulas têm previsão de começar em março e vão até agosto deste ano. Pessoas interessadas em fazer parte dessas turmas podem ligar no telefone 3318-2913, da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos, para que sejam encaminhadas às turmas mais próximas das suas residências. A bolsa-auxílio mensal deste ano para os alfabetizadores será de R$ 1.200. *Com informações da Secretaria (SEEDF)

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Inclusão em cena: Curso de Libras no teatro capacita intérpretes para atuação artística

No Teatro dos Ventos, em Águas Claras, a comunicação ganhou novos significados: intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) se reuniram para participar do curso Libras no Teatro, apoiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Com o objetivo de expandir as habilidades dos tradutores e de transformar a experiência artística em algo acessível para todos, 40 pessoas participam da capacitação de forma totalmente gratuita. A oficineira Jhafiny Lima (centro) veio de São Paulo para ministrar as aulas: “Minha missão é trazer a expressão artística para a atuação deles, no teatro, no canto ou na dança” | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Gessilma Dias, de 50 anos, veio de Goiânia e é uma das alunas do curso. Tradutora e intérprete de Libras com 25 anos de carreira, ela vê na capacitação uma chance para aprimorar sua atuação no cenário cultural. “Eu já tenho experiência na área artística, mas ainda pecamos na formação específica. Precisamos garantir esse espaço para os surdos, porque eles têm direito de estar em qualquer lugar, e cabe a nós assegurar esse direito a eles”, pontua. “A comunicação abrangente expande o alcance da cultura. É essencial que o intérprete domine a expressão facial e corporal para transmitir emoções como tristeza, alegria e humor”, diz Amanda de Oliveira A proposta do curso é inovadora: não ensinar a língua de sinais, mas capacitar intérpretes já fluentes a atuarem no contexto das artes cênicas, envolvendo teatro, música e dança. A oficineira Jhafiny Lima, que veio de São Paulo para ministrar as aulas, explica que o foco é o intérprete incorporar as emoções levadas pelo ator ou artista. “O perfil dos alunos é variado, mas muitos nunca tiveram contato com o palco. Minha missão é trazer a expressão artística para a atuação deles, no teatro, no canto ou na dança”, diz. A aluna e intérprete surda multicultural Amanda de Oliveira, 30, reforça a importância da formação para ampliar a acessibilidade cultural. “A arte em Libras é expansiva. Surdos e ouvintes unidos criam oportunidades incríveis. A comunicação abrangente expande o alcance da cultura. É essencial que o intérprete domine a expressão facial e corporal para transmitir emoções como tristeza, alegria e humor. Isso é o que nos conecta”, afirma. Impacto na qualificação cultural O curso Libras no Teatro teve início nesta segunda-feira (6) com 40 vagas divididas em turmas nos turnos da manhã e da noite. Totalmente gratuito, ele é viabilizado pelo FAC, com um investimento de R$ 70 mil, que cobre desde o aluguel do espaço até os honorários dos professores e oficineiros surdos. A produtora cultural e responsável pelo projeto, Hosana Seiffert, lembra que o financiamento é importante para viabilizar iniciativas como essa. “Seria inviável realizar um curso gratuito com essa dinâmica sem o apoio do FAC. Essa parceria é essencial para garantir oportunidades e fomentar a inclusão cultural”, ressalta. A capacitação ocorre nas próximas duas semanas, totalizando 40 horas/aula. A formação visa não apenas a elevar o nível técnico dos intérpretes, mas também a fortalecer a presença da comunidade surda nos espaços culturais do Distrito Federal.

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Projeto leva treinamento em Libras para profissionais da saúde

A Gerência de Gestão do Conhecimento, ligada à Diretoria de Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) lançou, na terça-feira (17), o Educa em Ação, projeto voltado para a capacitação e aprimoramento contínuo dos profissionais da instituição. De acordo com a chefe do Núcleo de Educação Permanente (Nudep), Ana Paula Lustosa, “nosso objetivo é abordar temas que impactam diretamente a qualidade dos serviços oferecidos, reforçando a importância do conhecimento e da capacitação para a inclusão dentro das unidades de atendimento do IgesDF”. “É preciso desmontar alguns mitos que as pessoas têm como a de que basta colocar um aparelho de surdez e o paciente consegue ouvir. Ou que para me comunicar com eles basta eu escrever ou falar mais alto”, disse Raíssa Siqueira, professora e intérprete de Libras da Secretaria de Educação do DF | Foto: Divulgação/IgesDF A primeira etapa desse projeto deu-se com a realização do treinamento “Libras no Atendimento”, uma temática de extrema relevância que visa promover a inclusão no atendimento por meio da comunicação acessível e humanizada. Raíssa Siqueira, professora e intérprete de Libras da Secretaria de Educação do DF, realizou o treinamento para os colaboradores. “É assim que seguimos inovando, promovendo inclusão e tornando o cuidado em saúde mais humanizado e acessível para todos. Estamos muito orgulhosos de ser parte desse avanço” Camila Lombardi, superintendente de Inovação, Ensino e Pesquisa Raíssa demonstrou os desafios da comunicação e os sinais básicos para iniciar o aprendizado de Libras. “Libras é uma outra língua, não tem como aprender apenas com uma palestra. Mas o bate-papo com os colaboradores já serve como ferramenta para acender a chama para continuarem estudando e alcançarem o básico”, explicou Raíssa. O principal foco da palestra foi a necessidade da inclusão no atendimento aos pacientes surdos ou com deficiência auditiva. “É preciso desmontar alguns mitos que as pessoas têm como a de que basta colocar um aparelho de surdez e o paciente consegue ouvir. Ou que para me comunicar com eles basta eu escrever ou falar mais alto”, conta Raíssa. De acordo com ela, para a maioria das pessoas que possuem surdez profunda, somente o uso de Libras torna a comunicação eficaz. Ainda segundo Raíssa, a maioria dos pacientes que precisam utilizar Libras não possui acesso à saúde por conta da falta de comunicação. “Eles não têm acesso a nada se a gente não conseguir saber o básico de Libras, cada um na sua área”, afirma. Projeto Educa em Ação De acordo com Camilla Lombardi, superintendente de Inovação, Ensino e Pesquisa, o primeiro curso de Libras voltado para o atendimento marcou um passo importante na construção de uma comunicação mais acessível e inclusiva. “Finalizar 2024 com uma iniciativa tão significativa reforça o compromisso da Diep em transformar o SUS por meio do ensino e da educação permanente. É assim que seguimos inovando, promovendo inclusão e tornando o cuidado em saúde mais humanizado e acessível para todos. Estamos muito orgulhosos de ser parte desse avanço”, declarou. Brenner Saboia, enfermeiro do Nudep e um dos responsáveis por sugerir a criação do projeto Educa em Ação, supervisionou o treinamento de Libras. Ele, que tem Libras intermediário em seu currículo, sente necessidade de praticar e pensou que seria interessante sugerir o treinamento. “É uma grande satisfação participar desta iniciativa. Nosso objetivo é mostrar aos participantes a importância de aprender a linguagem brasileira de sinais para melhorar a comunicação e inclusão das pessoas surdas na sociedade. Este curso é apenas o começo de algo maior que virá em 2025”, disse Brenner. Raíssa Siqueira elogiou a iniciativa e ressaltou a importância do projeto e da primeira ação ser um treinamento introdutório de Libras. “São esses colaboradores que vão receber primeiro o paciente surdo. Então é essencial que essa pessoa saiba receber, cumprimentar, e acolher da forma correta para que ele seja atendido com dignidade e qualidade”, concluiu. *Com informações do IgesDF  

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Aprova DF oferece preparação gratuita para concursos neste sábado e domingo

Brasília sediará neste sábado (25) e domingo (26) mais uma edição do projeto Aprova DF, uma iniciativa gratuita da Associação Cresce-DF em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania. A ação oferece preparação gratuita por 12 meses para concursos públicos e tem como objetivo principal democratizar o acesso à capacitação especializada, por meio de aulões presenciais. O programa está em execução desde junho, mas os interessados ainda podem participar das aulas realizadas todos os sábados e domingos, das 8h às 17h, no Edifício Oscar Alvarenga, localizado no Setor Comercial Sul. Com apoio da Sejus, o projeto Aprova DF oferece aulas gratuitas aos finais de semana sobre temas como direito constitucional, informática e redação | Foto: Divulgação/Sejus-DF A estrutura do projeto conta com auditório climatizado, cadeiras confortáveis e banheiros, além de telões de LED para facilitar a visualização das aulas. Para promover mais acessibilidade, há tradutores de Libras que fazem parte do projeto, que dispõe de professores experientes e especializados em cursinhos preparatórios. Os alunos também têm acesso a um material didático completo e de apoio, café disponível o tempo todo para ajudar na concentração e lanche gratuito para manter a energia durante o dia. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, avalia que o Aprova DF tem o propósito de criar oportunidades para transformar a vida dos cidadãos. “Com os aulões que já estão em andamento há três meses, temos proporcionado a chance de realizar sonhos, contando com os melhores profissionais e horários flexíveis que permitem a participação de todos. Essa iniciativa tem demonstrado sucesso, oferecendo uma alternativa valiosa para aqueles que não têm condições de arcar com um curso preparatório. Assim, possibilitamos que mais pessoas concretizem o desejo de se tornar servidores públicos e alcancem seus objetivos”, pontua. As aulas têm 400 vagas cada e serão ministradas sempre aos sábados e domingos, das 8h às 17h, com quatro matérias por dia, entre elas: direito administrativo, direito constitucional, informática, língua portuguesa, redação, matemática/raciocínio lógico, realidade brasileira e atualidades, com intervalos estratégicos para descanso. As inscrições serão feitas de forma avulsa para cada matéria, permitindo flexibilidade aos participantes. A duração é de 12 meses, com quatro ciclos de 208 aulas cada. Ao final de cada etapa, os alunos serão submetidos a simulados e os melhores desempenhos serão premiados. Inscrições O projeto visa beneficiar adolescentes, jovens e adultos interessados em ampliar suas oportunidades de emprego público no país. Além do conteúdo educacional, o Aprova DF fornecerá aos participantes kits de lanche, apostilas impressas e materiais escolares básicos, como canetas, lápis e cadernos. As inscrições estão disponíveis por meio do site oficial, acessível pelo perfil @aprovadf no Instagram ou presencialmente, de quarta a sexta, das 7h às 13h, no local do projeto. Caso as vagas não sejam 100% preenchidas ou haja desistências, os alunos podem se inscrever diretamente no horário das aulas. Segundo Eduardo Campos, presidente da Associação Cresce DF, o Aprova DF surge como uma resposta às dificuldades enfrentadas por muitos brasileiros em concorrer a concursos públicos, especialmente devido a restrições econômicas e sociais. “Com uma metodologia inovadora, o projeto oferece aulas aos finais de semana, permitindo que participantes que trabalham durante a semana possam estudar matérias específicas ou completas sem comprometer suas obrigações diárias. Também teremos a promoção da igualdade de oportunidades, o fortalecimento da cidadania e a inclusão social de grupos vulneráveis, como negros, LGBTQIAP+, comunidades tradicionais e vítimas de violência.” *Com informações da Sejus-DF  

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