Resultados da pesquisa

Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF)

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Servidores do Lacen-DF passam por exames laboratoriais e vacinação

A Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou, nesta terça-feira (13), a primeira ação de saúde do servidor no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), com o objetivo de promover a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Durante a iniciativa, servidores e colaboradores da unidade tiveram acesso a exames laboratoriais e à vacinação, conforme o calendário de imunização para adultos. A próxima edição está programada para o dia 22 de agosto, das 8h às 11h, na sala do Núcleo de Recepção (Nure) do Lacen-DF. Nos dias 3 e 5 de setembro, a ação será levada à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep). Durante a iniciativa, servidores e colaboradores do Lacen-DF tiveram acesso a exames laboratoriais e à vacinação conforme o calendário de imunização para adultos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Reforçamos que, além de possibilitar o rastreamento de doenças ocupacionais por meio desses exames, o médico do trabalho realiza a avaliação e emite o Atestado de Saúde Ocupacional, confirmando que o servidor está apto a desempenhar suas funções. Vale ressaltar que essa medida também contribui para a promoção da saúde”, afirma a chefe do Núcleo de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho (NSHMT) do Lacen-DF, Glauce Ideiao. Os exames laboratoriais realizados incluem análises de sangue e urina. Para a coleta de sangue, é necessário que os participantes estejam em jejum por, no mínimo, 8 horas. No caso das vacinas, é importante apresentar o cartão de vacinação. O farmacêutico bioquímico Jorge Chamon foi um dos servidores que participaram da iniciativa. “Poder realizar esses exames e atualizar o cartão de vacinas no ambiente de trabalho é essencial e facilita o cuidado com a saúde. Recebi as vacinas contra gripe, hepatite B e covid-19”, relatou. A colaboradora Gisele Teles também aproveitou a oportunidade para se vacinar. “Achei a ação maravilhosa, porque não temos tempo de ir a uma unidade básica de saúde, e aqui consegui atualizar meu cartão de vacinação”, comemorou. A medida seguiu as diretrizes da Norma Regulamentadora nº 7, que rege o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). O programa visa rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho, acompanhar os profissionais mais expostos aos riscos ocupacionais e controlar a imunização ativa, conforme recomendação do Ministério da Saúde. *Com informações da SES-DF

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Monitoramento busca segurança dos alimentos de todo o DF

Até o final de junho deste ano, a Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Saúde (SES-DF) coordena uma ação importante sobre alimentos consumidos no Distrito Federal. Promovido junto ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), o Programa de Monitoramento de Alimentos pretende coletar e analisar cerca de 900 amostras por semestre. O objetivo é reduzir riscos e garantir a segurança de produtos alimentícios vendidos na capital federal. Vigilância Sanitária atua com o Lacen-DF para garantir a segurança alimentar da população | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF No programa, equipes da Divisa e especialistas do laboratório fazem a listagem dos alimentos que serão amostrados. Alguns dos critérios de escolha envolvem produtos mais consumidos pela população, conforme a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE), além de alimentos com maiores riscos de contaminação e feitos preferencialmente no DF. Os resultados serão compartilhados com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para o diretor da Divisa, André Godoy, o programa tem impacto relevante na proteção à saúde, pois a investigação dá base a decisões que podem retirar alimentos insatisfatórios das prateleiras. “Somos uma das unidades da Federação que mais coletam e verificam amostras. Os resultados geram ações fiscais junto aos comerciantes, fabricantes e também a outros órgãos de fiscalização de alimentos” André Godoy, diretor da Divisa A medida, lembra ele, contribui para que o DF abrigue alimentos mais seguros, com informações de rotulagem adequadas. A análise por parte do Lacen-DF é completa. “As amostras são coletadas em diversos estabelecimentos comerciais de toda a capital federal, e verificadas quanto à rotulagem, qualidade e composição”, detalha a nutricionista Patrícia Oliveira, da Gerência de Alimentos (Geali) da Divisa e coordenadora do programa. São verificados lotes de água mineral, queijo, leites, café, feijão, carnes, peixes e sal, entre outros. Coleta O programa começa com a distribuição semanal de equipes da Vigilância Sanitária. Cada grupo faz o monitoramento em estabelecimentos escolhidos ao acaso, sem aviso prévio. Os alimentos a serem verificados a cada dia seguem um cronograma previamente estabelecido pela Divisa e pelo laboratório. O tempo médio da visita depende dos produtos e do local, podendo chegar a duas horas. A equipe, após identificar a amostra, preenche o termo de coleta com os dados dos produtos e do fabricante. O documento é assinado pelo servidor e pelo gerente do estabelecimento. Os produtos são lacrados, com fichas de identificação, e levados ao Lacen-DF. Há 30 anos, o auditor de Vigilância Sanitária Marcelo Alberto Borges faz esse tipo de ação. “Tudo que comemos, que é consumido, passa por uma análise”, conta.” Dependendo do resultado, o produto pode ser recolhido de estabelecimentos do DF inteiro”. Análise Após o recolhimento das amostras, os auditores as encaminham ao Lacen-DF, onde os produtos são levados ao setor de recepção para registro no sistema. A Gerência de Controle e Qualidade de Produtos e Ambientes (GCQPA) recolhe o alimento na recepção e inicia as análises nos laboratórios. Há dois núcleos: o de microbiologia e o de química de alimentos. “Nós realizamos o controle microbiológico e físico-químico para determinar, por exemplo, o teor de sódio ou a identificação de microrganismos, bactérias e fungos potencialmente nocivos à saúde”, explica o titular da GCQPA, Anderson Feitosa.   O tempo médio de análise é entre 48 horas e 72 horas, durante as quais são considerados diversos critérios, inclusive a rotulagem. As análises fiscais são corroboradas por legislações vigentes, com os padrões bacteriológicos e físico-químicos para cada produto. Trata-se de resoluções e portarias que estabelecem os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade de alimentos, água para consumo e padrão de potabilidade. Em 2023, de acordo com dados da GCQPA, foram analisados 1.715 produtos, dos quais 1.450 eram alimentos. Os laboratórios analisaram 107 amostras de águas envasadas, enquanto foram elaborados 3.577 estudos relacionados à qualidade da água para consumo humano. Laudo Ao final, as equipes se reúnem e emitem um laudo para cada produto. Os documentos são encaminhados à Vigilância Sanitária. Se o alimento estiver de acordo com os critérios analisados, o gerente do estabelecimento comercial o recebe por e-mail. Em situações de desacordo, o laudo é direcionado ao fabricante com prazo para manifestação, podendo ser solicitada análise em contraprova no caso de alimentos com validade maior que 60 dias. A equipe da Gerência de Alimentos analisa as manifestações e retorna o ofício aos fabricantes, além de manter a comunicação sobre os laudos insatisfatórios com outros órgãos fiscais de abrangência estadual e nacional. Dependendo dos trâmites do processo e da análise, produtos irregulares ou insatisfatórios podem ser apreendidos em todo o DF e até em âmbito nacional. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Conheça as variações do vírus transmitido pelo Aedes aegypti

Considerada uma doença infecciosa, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A doença febril aguda se manifesta de forma rápida, sendo mais prevalente em períodos chuvosos e quentes, e possui quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 – que podem causar a forma clássica ou evoluir para quadros graves que chegam a comprometer órgãos como fígado, cérebro e coração. A distinção entre os vírus é importante para o monitoramento epidemiológico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde No Distrito Federal, o DENV-1 é o sorotipo mais comum, embora tenha sido observado um aumento significativo do DENV-2. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) divulgado na terça-feira (20), o sorotipo 2 foi detectado em quase 10 mil casos, enquanto o tipo 1 apareceu em cerca de 1,1 mil ocorrências. Os sorotipos 3 e 4 ainda não foram identificados na capital. [Olho texto=”“Crianças de até 2 anos, idosos e imunossuprimidos, como diabéticos e hipertensos, são os que têm mais risco de evolução para a dengue grave” ” assinatura=”David Urbaez, infectologista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todos os quatro tipos de vírus podem gerar formas assintomáticas, leves ou graves e, inclusive, levar a óbito. Após contrair um vírus da dengue, o corpo desenvolve imunidade a ele. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a segunda infecção por qualquer sorotipo da doença tende a ser mais grave que a primeira, independentemente da ordem dos sorotipos. O DENV-2 e o DENV-3 são considerados mais virulentos. Nesse contexto, a reinfecção por um sorotipo diferente é fator de risco para a dengue hemorrágica, pois o sistema imunológico pode reagir de maneira intensificada. Embora a dengue afete todas as faixas etárias, alguns grupos têm maiores chances de desenvolver complicações. “Crianças de até 2 anos, idosos e imunossuprimidos, como diabéticos e hipertensos, são os que têm mais risco de evolução para a dengue grave”, afirma o médico David Urbaez, referência técnica distrital (RTD) de infectologia da SES-DF. Sinais de alerta [Olho texto=”Sintomas da dengue comum e da grave são os mesmos nos primeiros dias da doença” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A primeira manifestação da dengue, normalmente, é a febre alta (acima de 38 graus), de início abrupto, que costuma persistir por dois a sete dias, acompanhada de dores de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, manchas vermelhas, erupções e coceira na pele. Tanto a dengue clássica quanto a grave têm os mesmos sintomas nos primeiros dias. Entre os sinais de alerta que ocorrem, habitualmente, entre o quarto e o quinto dia, no intervalo de três a sete dias de doença, estão dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Há ainda casos assintomáticos ou com a presença de apenas um sintoma. Detecção A distinção entre os vírus é importante para o monitoramento epidemiológico, enquanto os exames laboratoriais são fundamentais no diagnóstico da dengue, além de contribuírem para a implementação de medidas preventivas e controle da doença. No DF, a SES-DF oferece o exame PCR em Tempo Real (RT-PCR), responsável por determinar qual dos sorotipos está causando a infecção. O material é analisado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) a partir da amostra de sangue colhida na Atenção Primária – tendas de hidratação ou unidades básicas de saúde (UBSs).  “A técnica é capaz de identificar o vírus precocemente, auxiliando na conduta terapêutica do paciente”, explica a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. “O diagnóstico é rápido, sensível e específico, o que a torna uma ferramenta diagnóstica de alta confiabilidade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tempo de coleta do sangue para a realização do exame RT-PCR é do primeiro ao quinto dia do início de sintomas. Quando a amostra chega ao laboratório, é processada para a extração e a identificação do material genético do vírus. Isso é feito com reagentes específicos e equipamentos próprios. Ao final, os profissionais analisam os resultados obtidos para subsidiar os laudos. A liberação dos resultados ocorre em até três dias após o recebimento das amostras, podendo ser menor nos casos prioritários ou graves previamente indicados. Desde o início deste ano, o laboratório registrou mais de 17 mil amostras de casos suspeitos de dengue processadas por meio da técnica de RT-PCR. Atendimento Ao primeiro sinal de sintomas, a pessoa com suspeita de dengue deve procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima. As estruturas desses espaços foram adaptadas para realizar hidratação venosa, se necessário. Caso haja sinais mais graves, os pacientes serão encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) ou aos hospitais regionais. Além das UBSs e das UPAs, há tendas de acolhimento à população, das 7h às 19h, nas seguintes regiões do DF: Ceilândia (P Sul), Samambaia, Sol Nascente, Brazlândia, Taguatinga, Santa Maria, Recanto das Emas, São Sebastião, Estrutural e Sobradinho. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Pesquisa investiga resistência da bactéria da hanseníase a tratamento

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) desenvolveu um protocolo para entender o motivo pelo qual alguns pacientes com hanseníase não respondem adequadamente ao tratamento. O estudo nasceu em virtude de uma necessidade apresentada pelas equipes de saúde da rede pública, que muitas vezes têm dúvida em relação à falta de resultado das intervenções medicamentosas. Andréia Barros (D) com a apoiadora clínica de hanseníase Maria José Neiva:  “Acho que se eu não tivesse passado por uma enfermeira que conhecia a doença, até hoje estaria tendo reação sem saber o que era” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para responder a esse questionamento, a pesquisa faz o sequenciamento genético do microrganismo para detectar mutações que levam a bactéria a ter resistência a antimicrobianos utilizados no tratamento. “A hanseníase tem uma peculiaridade”, explica o gerente de Biologia Médica do Lacen, Fabiano Costa. “Não conseguimos fazer a cultura do microrganismo no laboratório, como se faz com outras bactérias e isso também não permite que façamos um teste de sensibilidade para traçar o perfil”. O protocolo, prossegue o gestor, será capaz de verificar por técnica molecular o perfil do bacilo de Hansen, apontando se houve ou não mutação. “Muitas vezes, os médicos estão esperando um resultado negativo de uma baciloscopia depois de um ano ou três de tratamento, e quando o paciente volta para fazer o controle, ele continua com a positividade da doença”, detalha. “Esse protocolo é para tirar a dúvida se houve desenvolvimento de resistência da bactéria”. Por enquanto, o processo ainda está em fase de estudo e apenas com amostras do DF. A expectativa é de que em breve possa ser usado no dia a dia dos pacientes e médicos da rede pública. “Esperamos que logo estejamos credenciados para ser referência em hanseníase”, afirma o gerente. Doença silenciosa [Olho texto=”“Um dos sinais mais comuns são as manchas de coloração diferenciada mais esbranquiçada ou mais avermelhada com evolução para perda de pelo no local e de sensibilidade” ” assinatura=”Geandro de Jesus Dantas, gerente de Apoio à Saúde da Família da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é transmitida por meio de gotículas de saliva eliminadas pela fala, tosse e espirro. Os sintomas podem demorar de dois a sete anos para se manifestar no paciente depois da infecção. Além disso, os primeiros sinais costumam ser indeterminados, dificultando o diagnóstico do problema. “Um dos sinais mais comuns são as manchas de coloração diferenciada mais esbranquiçada ou mais avermelhada com evolução para perda de pelo no local e de sensibilidade”, aponta o gerente de Apoio à Saúde da Família da Secretaria de Saúde (SES-DF), o enfermeiro Geandro de Jesus Dantas. “Existem outros estágios, como aumento da sensibilidade e alterações do nervo. Nas fases mais complicadas, [os pacientes] apresentam deformidades, atrofia do nervo e alterações importantes nos movimentos das mãos e dos pés”. A gerente de recursos humanos Andréia Barros, 24, descobriu a doença por acaso. Aos 17, ela sofreu uma queimadura em uma das pernas e só percebeu minutos depois. O machucado foi tratado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas, mesmo após uso de medicamento e curativo, não teve evolução. Foi quando uma enfermeira suspeitou que Andréia tinha hanseníase e a encaminhou à Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Águas Claras. Acompanhamento À época, a jovem já não tinha sensibilidade nas pernas – por isso não sentiu a queimadura – e estava com um alto nível da bactéria hansênica no organismo. O tratamento começou logo após o diagnóstico e terminou no fim do ano passado. “Acho que se eu não tivesse passado por uma enfermeira que conhecia a doença, até hoje estaria tendo reação sem saber o que era”, relata a moradora do Recanto das Emas. Andréia suspeita que tenha adquirido a enfermidade em Tocantins, onde viveu parte da adolescência, tendo em vista que não há outros casos na família. Hoje, ela está livre da doença, mas convive com a falta de sensibilidade nas duas pernas, do joelho aos pés. Além disso, sonha em se formar em enfermagem para poder cuidar de mais pessoas que tenham esse problema. “Vocês que estão passando pelo tratamento, lembrem-se que a parte ruim vai valer a pena”, afirma. “Não desistam, continuem lutando, porque se correr atrás, dá tudo certo”. [Olho texto=”“O Ministério da Saúde define que só é considerado tratado, curado da hanseníase, quem faz o tratamento até o final – e ainda há o risco de sequelas graves, como problemas na visão” ” assinatura=”Maria José Leite, enfermeira” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O acompanhamento de Andréia foi feito pela enfermeira e apoiadora clínica da hanseníase Maria José Neiva Silveira e Leite, junto a uma médica. “Se não tiver o vínculo e empatia, o paciente acaba abandonando o tratamento”, pontua Maria José. “Não é fácil tomar remédio todo dia e todo mês ter que comparecer a uma unidade de saúde para pegar mais medicação. No dia em que a pessoa comparece, precisa tomar seis comprimidos na dose supervisionada, e o restante leva para casa, tomando dois por dia”. Tratamento [Olho texto=”Rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a medicação para a doença” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A especialista também lembra que o paciente deve completar o tratamento prescrito, uma vez que, caso haja interrupção, a doença será considerada como não tratada. “O Ministério da Saúde define que só é considerado tratado, curado da hanseníase, quem faz o tratamento até o final – e ainda há o risco de sequelas graves, como problemas na visão”, alerta.  “Se o paciente tiver até cinco lesões e nenhum nervo comprometido, faz o tratamento de seis meses; mas, se tiver algum nervo comprometido, independentemente do número de lesões, ou seis manchas ou mais pelo corpo, o tratamento terá duração de um ano”, esclarece a enfermeira. “Até que as bactérias mortas sejam eliminadas do organismo, o paciente tem muitas reações hansênicas; é como se ficasse uma poeira de bacilos mortos no organismo. Às vezes demora cinco anos ou mais para terminar tudo”. Todos os remédios são ofertados pela rede pública. Onde procurar ajuda A doença pode ser diagnosticada e acompanhada em uma das 176 unidades básicas de saúde do DF. Policlínicas e hospitais de referência – Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital de Base de Brasília (HBB) – também fazem o acompanhamento e a reabilitação dos pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico é feito mediante aplicação do teste. Em caso de positividade, é oferecido um coquetel medicamentoso que deve ser utilizado por até 18 meses. A medicação garante a estagnação do desenvolvimento da doença, bem como impede o paciente de transmitir a enfermidade. Durante o tratamento, também é oferecida aos pacientes a participação em grupos de apoio. “São estratégias interessantes para ajudar a reinserir o paciente socialmente e recuperar a autoestima dele”, reforça o gerente Geandro. “Em algumas unidades, também temos serviços de reabilitação para ajudar as pessoas com sequelas mais graves.” Neste ano, o DF já qualificou 35 médicos da Atenção Primária da rede pública para o diagnóstico e manejo da hanseníase. “É uma doença que preocupa muito a gente porque sabemos das consequências e da incapacidade física que ela pode gerar, por isso precisamos atacá-la de todas as formas possíveis”, defende o gestor.

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DF registra aumento em casos de dengue e de atendimentos a pacientes

Novo boletim epidemiológico de dengue no Distrito Federal, com dados até 20 de janeiro, mostram um total de 16.079 casos prováveis notificados, um aumento de 646,5% frente ao mesmo período do ano passado. Até o momento, Ceilândia aparece como a região administrativa com maior incidência (3.963 casos), seguida por Sol Nascente/Pôr do Sol (1.110), Brazlândia (1.045) e Samambaia (997). Mais um óbito por dengue foi confirmado, totalizando três em 2024. [Olho texto=”“Em todas as tendas, temos uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros que faz a remoção do paciente até o hospital, se houver necessidade de internação”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Em paralelo, aumentam também os números de acolhimento à população: em apenas três dias, de 20 a 22 de janeiro, ocorreram 7.569 atendimentos em unidades básicas de saúde (UBSs) e nas tendas montadas junto a nove administrações regionais. Desse total, 3.678 foram nas tendas e 3.891 nas UBSs. Mais de duas mil pessoas receberam hidratação venosa – o primeiro tratamento para a dengue. “A população está procurando tenda e UBS no momento certo”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A gestora lembra ainda que, da rede de 176 UBSs disponíveis, 11 funcionam de segunda a sexta-feira em horário ampliado, das 7h às 22h; 52 abrem aos sábados, das 7h às 12h; e cinco estão em funcionamento aos sábados e domingos, das 7h às 19h. A lista com endereços está disponível no site da Secretaria de Saúde (SES). Tendas montadas ao lado de nove administrações regionais reforçam o acolhimento de pacientes com sintomas leves da doença | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF As tendas e as UBSs são indicadas a pacientes que estejam com sintomas leves da dengue, como dor de cabeça e no corpo, prostração, febre, manchas vermelhas na pele e dor atrás dos olhos. Já os hospitais e as unidades de pronto atendimento (UPAs) são voltados a quem tem sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, náusea, vômitos persistentes e sangramento de mucosas, entre outros indicativos. A Secretaria de Saúde trabalha com planejamento para acionar os recursos necessários, conforme a necessidade do período. Nesta terça-feira (23), por exemplo, uma das ações é elevar o giro de leitos nos hospitais para garantir reservas a eventuais casos graves. “Em todas as tendas, temos uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros que faz a remoção do paciente até o hospital, se houver necessidade de internação”, explica a gestora de Saúde. A hidratação é o principal tratamento a pacientes com sintomas leves de dengue, sendo desaconselhável a automedicação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os insumos, garante a secretária, estão garantidos. Na rede, há disponibilidade de cerca de 76,8 mil testes e mais 180 mil estão em aquisição. O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) atingiu a marca de 500 testes processados por dia. Já estoques de medicamentos e materiais, como sais de reidratação, foram foco de um contrato de R$ 20 milhões com o Consórcio Brasil Central para assegurar o fornecimento na rede pública do DF. Avançam também as ações de Vigilância Ambiental para combater as larvas do Aedes aegypti, e do fumacê, voltado aos mosquitos já adultos, sempre com aplicação das 4h às 6h e das 17h às 19h. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Especialistas orientam contra doenças como tétano e leptospirose

O período de chuvas intensas torna mais frequentes enchentes e alagamentos de algumas regiões do Distrito Federal. Nesse cenário, especialistas da Secretaria de Saúde (SES-DF) alertam para o risco de doenças que podem ser transmitidas por meio da água contaminada. As doenças de veiculação hídrica são causadas pela presença de micro-organismos patogênicos – bactérias, vírus e parasitas – na água. O contágio ocorre pela ingestão ou por contato direto da pele com as fontes. Referência técnica distrital (RTD) de Medicina da Família e Comunidade da SES-DF, Alice Ponte afirma que a exposição à água contaminada causa, principalmente, doenças gastrointestinais. “A pessoa passa a apresentar sintomas como diarreia, náusea, vômitos, dores abdominais e, eventualmente, febre”, detalha. As doenças de veiculação hídrica são causadas pela presença de bactérias, vírus e parasitas na água. O contágio ocorre pela ingestão ou por contato direto | Foto: Tony Winston/ Agência Saúde-DF Nesse rol está a leptospirose. Com a água infectada, a urina de roedores e outros animais pode entrar em contato com a pele humana, se houver exposição por longo período. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, além do surgimento de icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) em casos mais graves. A doença precisa de atenção médica, pois pode causar hemorragias, meningite e insuficiências renal, hepática e respiratória. Para o diagnóstico de leptospirose, são realizados testes de triagem em pacientes das regiões afetadas e que apresentam os sintomas. O material é encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) e podem ser necessárias até duas amostras para confirmação do caso. A gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha), Renata Brandão, lembra que o período também aumenta o risco de transmissão de tétano. “Em casos de alagamentos ou enchentes, as pessoas podem sofrer lesões no contato com lixo e destroços e adoecer por tétano acidental”, explica. A profissional acrescenta, ainda, que, após as chuvas, a população deve se atentar a possíveis acidentes por animais peçonhentos: “Eles costumam procurar abrigo em locais secos, que podem ser residências ou entulhos.” Como se proteger? [Olho texto=” “Se houver necessidade de andar em áreas alagadas ou com lama, a pessoa deve utilizar proteção como botas, luvas e óculos, e proteger ferimentos expostos com cobertura impermeável”” assinatura=”Alice Ponte, Referência técnica distrital (RTD) de Medicina da Família e Comunidade” esquerda_direita_centro=”direita”] A principal recomendação é tentar evitar ao máximo a interação com a água infectada, seja pelo consumo, tanto da água quanto de alimentos, ou pelo contato direto, como no banho. “Se houver necessidade de andar em áreas alagadas ou com lama, a pessoa deve utilizar proteção como botas, luvas e óculos, e proteger ferimentos expostos com cobertura impermeável”, pontua a RTD Alice Ponte. A orientação de evitar o consumo de alimentos estende-se aos embalados e enlatados que tiveram qualquer contato com a água da inundação ou lama, assim como perecíveis – frutas, legumes e verduras. Como forma de se proteger, a população afetada deve também: – Lavar a área exposta com água e sabão assim que possível, com especial atenção às mãos. Em caso de impossibilidade, pode-se utilizar álcool; – Lavar as roupas contaminadas com água quente e sabão antes de reutilizá-las; – Em caso de sofrer ferimentos ou cortes dentro da água de enchente, deve-se procurar o serviço de saúde para avaliar a necessidade de reforço da vacina antitetânica; – Procurar atendimento médico se ocorrer acidente com animal peçonhento ou se surgirem sintomas como febre, dores no corpo, vômitos e diarreia. Água para consumo Uma das recomendações contra a leptospirose é lavar as roupas contaminadas com água quente e sabão antes de reutilizá-las | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília Nos casos das regiões atingidas por enchentes, a água para consumo humano deve ser a indicada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) ou filtrada (com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo) e, posteriormente, fervida. “A fervura da água elimina bactérias, vírus e parasitas. Por isso, é o método mais indicado”, diz Brandão. Em situações nas quais não seja possível ferver, é necessário obter água de uma fonte que não tenha sido contaminada por esgoto e realizar a filtragem. Logo depois, deve-se adicionar hipoclorito de sódio (2,5%), distribuído pelo Ministério da Saúde em frascos de 50ml. A entrega é realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) das regiões afetadas. A solução precisa repousar por 30 minutos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A proporção de água por gotas deve obedecer à proporção de 2,5% de hipoclorito de sódio. Por exemplo, para 1litro de água, utilizar 2 gotas de hipoclorito de sódio; para 20 litros de água, utilizar 1 colher (chá) de hipoclorito de sódio; para 1.000 litros de água, utilizar 2 copinhos de café (descartável) de hipoclorito de sódio. Atendimento Se houver suspeita e/ou sintomas, especialmente em populações que estejam em áreas alagadas, o usuário precisa buscar a UBS de referência, porta de entrada do cidadão ao Sistema Único de Saúde (SUS). É possível encontrar a UBS de referência por meio do site InfoSaúde, adicionando o CEP. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saúde confirma novos casos de variante Ômicron

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal realizou a investigação e o monitoramento dos contatos dos dois passageiros com a variante Ômicron, que chegaram de Cancún, México, na segunda-feira (14). Foram contactadas 58 pessoas. Dessas, 43 apresentaram resultado não detectável para covid-19; e 15 foram confirmadas com a doença. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) realizou o sequenciamento genômico de todos os 15 casos. Para 12 amostras foi identificada a variante Ômicron e para três amostras não foi possível realizar o sequenciamento. Todas as amostras serão enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para validação. Dessa forma, a pasta confirma a identificação de 14 casos de Ômicron importados de Cancún. O casal que teve a confirmação na sexta-feira (17) mais os 12 novos casos identificados nesta terça-feira (21). Todas  essas pessoas tiveram contato durante a viagem internacional. Desse total, seis são do sexo feminino e oito do sexo masculino, com idade entre 20 a 49 anos. Treze deles foram vacinados com duas doses da vacina contra covid-19. Até o momento, nenhum caso apresentou sinais de gravidade e todos permanecem em monitoramento pela equipe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs/SES). Novas informações serão repassadas no final da tarde desta quarta-feira (22). *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Mais dois casos da variante Ômicron são identificados no DF

[Olho texto=”O Cievs-DF aguarda a lista, a ser encaminhada pelo Ministério da Saúde, das pessoas que estavam nesse mesmo voo para monitorar aqueles que se sentaram próximos aos dois viajantes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Secretaria de Saúde divulgou, na manhã desta sexta-feira (17), que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) identificou, por meio de sequenciamento genômico, dois casos positivos da variante Ômicron. Trata-se de um casal de viajantes que chegou a Brasília, na segunda-feira (14), em voo direto de Cancún para a capital federal. Os dois ingressaram no DF com teste negativo e a mulher fez novo exame, ainda na manhã de segunda-feira, cujo resultado foi positivo para covid-19. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde-DF (Cievs-DF) foi acionado pelos viajantes e coletou o teste PCR dos dois. As amostras foram sequenciadas pelo Lacen-DF, o resultado foi divulgado no fim da manhã desta sexta-feira e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, referência pelo Ministério da Saúde, para validação. O homem, com faixa etária de 20 a 29 anos, e a mulher, de 30 a 39 anos, estão com sintomas leves e seguem em isolamento. Ambos estão vacinados com duas doses da Pfizer. O Cievs-DF aguarda a lista, a ser encaminhada pelo Ministério da Saúde, das pessoas que estavam nesse mesmo voo para monitorar aqueles que se sentaram próximos aos dois viajantes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Cievs-DF e Lacen-DF possuem protocolo para monitoramento, neste momento, de todos os casos com suspeita de covid-19 vindos de voos internacionais. Nesta sexta-feira (17), um novo viajante de voo internacional teve sua amostra confirmada para covid-19 e o sequenciamento foi iniciado para identificação da variante. Trata-se de um passageiro vindo do Canadá, após ter feito conexão no Panamá. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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