Resultados da pesquisa

Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF)

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Saúde reforça vigilância contra doenças respiratórias

Cerca de 30 profissionais de saúde participaram, nesta quinta-feira (6), de uma oficina de capacitação para o monitoramento de doenças respiratórias. No encontro promovido pela Secretaria de Saúde (SES-DF), houve troca de experiências e mostra de boas práticas para as unidades-sentinela de síndromes respiratórias — pontos estratégicos de acompanhamento dessas viroses.  Durante a oficina, foram mostradas práticas que asseguram um fluxo contínuo de amostras para análise dos vírus | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “A unidade-sentinela é um termômetro; se um vírus for introduzido, conseguimos detectar precocemente”, explica a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar da SES-DF, Renata Brandão. Para fazer a detecção precoce, a SES-DF coleta exames em dez postos de monitoramento em unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais, tanto da rede pública quanto da privada. Esses exames, após envio ao Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), permitem que sejam identificados novos vírus ou variantes daqueles já conhecidos como os causadores da gripe e da covid-19. [LEIA_TAMBEM]Na capacitação — a quarta do tipo em dois anos —, os profissionais de saúde estudaram boas práticas para assegurar um fluxo contínuo de amostras para análise, o que ajuda a SES-DF a identificar rapidamente eventuais surtos. “No final de 2021 e início de 2022, por exemplo, conseguimos sinalizar o aumento do número de casos do vírus influenza, atípico para o período”, lembrou a enfermeira Cleidiane Carvalho. “Os dados da Vigilância são fundamentais para realizar estratégias, como de vacinação ou disponibilidade de leitos”.  Um dos participantes, o enfermeiro Heloy Silveira, coordenador da UPA do Núcleo Bandeirante, falou sobre a importância da atualização: “Vejo como uma oportunidade contínua de aprendizagem e sempre trago a equipe técnica, para que possa também acompanhar as evoluções e as atualizações”.   *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Lacen-DF recebe certificação por excelência em exames laboratoriais

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) conquistou o Selo Prata de Desempenho na Avaliação Externa de Qualidade da Rede Nacional de Quantificação da Carga Viral do HIV, concedido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pelo Ministério da Saúde. O Lacen-DF recebeu o Selo Prata de Desempenho na Avaliação Externa de Qualidade da Rede Nacional de Quantificação da Carga Viral do HIV | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A diretora do laboratório, Grasiela Araújo, destaca a importância do reconhecimento: “Receber esse selo no controle de qualidade externo reafirma o compromisso do Lacen-DF com a excelência e a confiabilidade dos seus resultados”, disse. Com mais de 258 mil procedimentos realizados apenas em 2024, incluindo 59 mil testes para HIV e 44 mil para hepatite B, o Lacen-DF se consolida como peça-chave no diagnóstico laboratorial e na vigilância epidemiológica. A Secretaria de Saúde (SES-DF) segue investindo na capacitação da equipe, modernização da infraestrutura e adoção de tecnologias avançadas para assegurar exames cada vez mais precisos e seguros. Segundo o gestor da Gerência do Sistema de Qualidade do Lacen-DF, José Garcia Júnior, o laboratório segue normas internacionais, como as ISO 15189 e ISO 17025. “Também aplicamos a RDC 512 da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], e participamos de rigorosos programas de controle de proficiência, assegurando a excelência dos exames e um atendimento de qualidade à população”, assegura. Certificação de excelência Além do Selo Prata, o Lacen recebeu a certificação da Fundação Ezequiel Dias pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), após demonstrar alto desempenho em exames de arboviroses, leishmaniose visceral, leptospirose, dengue IgM e chikungunya IgM. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Nova metodologia aprimora o diagnóstico de coqueluche no Distrito Federal

Dados do último boletim epidemiológico sobre a coqueluche no Distrito Federal indicam um aumento significativo no número de registros da doença. Em 2024, foram notificados 575 casos suspeitos, dos quais 256 foram confirmados — 161 pelo critério laboratorial, 59 por critério clínico e 36 por critério clínico-epidemiológico. No ano anterior, apenas 34 casos suspeitos foram registrados, com cinco confirmações — duas pelo critério laboratorial e três pelo clínico. No entanto, os números dos dois anos não são diretamente comparáveis, pois, em abril de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) implementou uma nova metodologia para diagnosticar a doença. Desde abril de 2024, o Lacen-DF usa nova metodologia para detectar a bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF “Boa parte do aumento se deve à introdução do RT-PCR [reação em cadeia da polimerase em tempo real], um método mais sensível para a detecção da coqueluche”, explica Renata Brandão, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Até 2023, o único método diagnóstico laboratorial utilizado no Lacen-DF era o isolamento da bactéria por cultura, a partir de material colhido da nasofaringe do paciente. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente “Fatores como uso prévio de antibióticos, tempo de duração dos sintomas, idade, estado vacinal e a presença de outros patógenos na nasofaringe podem interferir no crescimento bacteriano. Já o RT-PCR permite diagnóstico até o terceiro dia de uso de antibióticos e até a terceira semana após o início dos sintomas”, destaca Brandão. O Distrito Federal é a quarta unidade da federação — depois de São Paulo, Paraná e Minas Gerais — a realizar o RT-PCR para detecção da coqueluche na rede pública. Desde 2024, o Lacen-DF também passou a realizar a testagem completa para o gênero Bordetella, abrangendo as espécies pertussis, parapertussis e holmesii. Capacitação contra resistência bacteriana Em 2023, profissionais do Lacen-DF participaram do Projeto Pertussis: Monitoramento de Resistência aos Macrolídeos, uma parceria entre a Sociedade Americana de Microbiologia e o Instituto Adolfo Lutz (IAL). O objetivo do programa é aprimorar o diagnóstico da coqueluche e identificar os fatores de risco para o surgimento e a disseminação da resistência microbiana aos medicamentos. Os servidores do Lacen-DF participaram de três treinamentos, sendo dois no Brasil e um no México, aprimorando conhecimentos em procedimentos e tecnologias específicas para o tratamento da bactéria. “A participação do Lacen-DF neste projeto é fundamental não apenas para investigar possíveis falhas no tratamento, mas também para direcionar estratégias de prevenção, controle e monitoramento epidemiológico”, afirma Grasiela Araújo, diretora do laboratório. Sintomas da coqueluche A doença evolui em três etapas: → Fase catarral: sintomas leves, semelhantes aos de uma gripe, com coriza, febre, mal-estar e tosse seca. → Fase paroxística: tosse intensa e prolongada, com acessos finalizados por uma inspiração forçada e ruidosa — o chamado guincho inspiratório. Esses episódios podem ser seguidos de vômitos, dificuldade para respirar e coloração arroxeada nas extremidades. → Fase de convalescença: os acessos de tosse diminuem gradativamente, dando lugar a uma tosse comum. O quadro é mais grave em bebês com menos de 6 meses, que ainda não completaram o esquema vacinal e apresentam maior risco de complicações, como infecções de ouvido, pneumonia, insuficiência respiratória, convulsões, lesões cerebrais e até morte. Arte: Agência Saúde-DF Vacinas e prevenção A vacinação é a principal estratégia de prevenção da coqueluche. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B), aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de dois reforços com a DTP (difteria, tétano e coqueluche), aos 15 meses e aos 4 anos. Além disso, a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, garantindo a proteção do bebê por meio da transferência de anticorpos da mãe para o feto. A vacinação é a principal medida de prevenção para a coqueluche, independentemente do período de sazonalidade | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico do bebê ainda está em formação. Por isso, além da vacinação da gestante, é fundamental seguir o calendário infantil corretamente”, reforça Brandão. A gerente da Gevitha também destaca que parteiras, estagiários e profissionais de saúde — especialmente os que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal — devem receber a vacina dTpa, conforme orientação do Ministério da Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) iniciou processo de aquisição de insumos que vão aprimorar o diagnóstico de casos suspeitos da doença de Chagas e sífilis. A obtenção será realizada mediante o processo de comodato, que funciona como um empréstimo e é considerada uma forma mais eficiente e vantajosa do ponto de vista econômico. “A disponibilização da tecnologia de quimioluminescência por meio do processo de comodato permitirá que o Lacen-DF atenda integralmente à demanda das unidades públicas de saúde, assegurando qualidade e confiabilidade dos resultados emitidos”, ressalta diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo. Com o fornecimento contínuo dos reagentes, o Lacen-DF poderá agir com mais precisão e confiabilidade no diagnóstico de Chagas e Sífilis | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Neste contrato, o fornecimento contínuo dos reagentes para os diagnósticos das doenças será garantido. Os insumos vão viabilizar a implantação de uma metodologia denominada “imunoensaio quimioluminescente”, que oferece mais precisão e confiabilidade nos resultados laboratoriais dos casos suspeitos. Atendendo recomendações do Ministério da Saúde para que os testes sejam realizados com alta sensibilidade e especificidade, a técnica reduz a interferência por reações cruzadas com outras patologias – como leishmaniose visceral, hanseníase e doenças autoimunes. Isso minimiza a ocorrência de resultados falsamente positivos ou negativos. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos” Grasiella Araújo, diretora do Lacen-DF Para a diretora do Lacen-DF, essa forma de empréstimo resulta também em economia aos cofres públicos, uma vez que não requer grande investimento inicial na aquisição do equipamento. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos, garantindo acesso à tecnologia de ponta sem comprometer o orçamento destinado à saúde pública”, explica. Doença de Chagas e sífilis A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro. Durante o seu curso no organismo da pessoa, a doença apresenta duas fases, uma aguda – podendo ser sintomática ou não – e uma crônica, podendo ser cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Já a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Muitas vezes, apresenta sintomas discretos e a procura tardia pode causar complicações. No Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados 12 mil casos de sífilis adquirida, quase 5 mil de sífilis em gestantes e 1,6 mil casos em menores de um ano, incluindo abortos e natimortos. Ambas as doenças possuem cura e tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da Secretaria de Saúde

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Lacen realizou mais de 258 mil procedimentos em 2024

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) desempenha um papel crucial na proteção e promoção da saúde da população do DF. Como unidade de referência vinculada à Secretaria de Saúde (SES-DF), o centro de pesquisa coordena uma extensa rede de laboratórios públicos e privados, realizando análises essenciais para a saúde pública. O laboratório é essencial para o diagnóstico rápido e preciso de doenças como covid-19, sarampo, dengue, zika e hepatites virais | Foto: Divulgação/SES-DF Em 2024, foram realizados mais de 258 mil procedimentos, incluindo 59 mil testes para detecção de anticorpos anti-HIV-1 e HIV-2 e cerca de 44 mil para anticorpos contra hepatite B. Além disso, o laboratório processou aproximadamente 25 mil amostras para identificação de vírus respiratórios, 12.881 determinações de carga viral de HIV, 670 análises laboratoriais para o programa de monitoramento de alimentos e 544 dosagens de colinesterase, que indicam exposição a produtos tóxicos. O Lacen também analisou 256 amostras relacionadas a casos suspeitos de malária. “Nossa missão vai além das análises laboratoriais. Somos os olhos e ouvidos da vigilância em saúde, fornecendo dados cruciais para a tomada de decisões que impactam diretamente a saúde da população”, afirma Fabiano Queiroz Costa, gerente de biologia médica do Lacen. O laboratório é essencial para o diagnóstico rápido e preciso de doenças como covid-19, sarampo, dengue, zika e hepatites virais. “Essa agilidade é fundamental para conter surtos e epidemias”, destaca Costa. Reconhecido como referência regional e nacional em áreas como tuberculose, pesquisa de genes de resistência bacteriana e arboviroses, o Lacen também contribui para o monitoramento de novas linhagens virais. “Este trabalho é crucial para o desenvolvimento e a atualização de vacinas”. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Laboratório é peça-chave para diagnóstico, pesquisa e vigilância na rede pública de saúde

Criado originalmente como Instituto de Saúde do Distrito Federal, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) desempenha papel crucial na rede da capital federal. Em 2023, mais de 488.581 exames foram realizados pelos profissionais da unidade. Apenas neste ano, até o fim de março, o quantitativo já ultrapassava os 176 mil diagnósticos. Recentemente, o laboratório passou por reformas, com a implantação do diagnóstico molecular de doença de Chagas e malária, além do sequenciamento genômico do vírus influenza e da dengue. Mais de 480 mil exames foram realizados pelo Lacen-DF em 2023; já no primeiro trimestre deste ano, o quantitativo ultrapassava os 105 mil | Fotos: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF No local, três grandes gerências são responsáveis pela realização das análises: de Biologia Médica (GBM), de Controle de Qualidade de Produtos e Ambientes (GCQPA) e de Medicamentos e Toxicologia (GMTOX). Em números, no ano passado, a GBM elaborou 438,2 mil exames; a GCQPA, 37,3 mil; e quase 13 mil foram realizados pela GMTOX. No primeiro trimestre de 2023, foram 120 mil análises: 111 mil na GBM. 7,1 mil na GCQPA e 1,8 mil na GMTOX. Considerando o mesmo período em 2024, os índices chegaram a 167,4 mil exames pela GBM, 4,9 mil pela GMTOX e 4 mil pela GCQPA. “Conseguimos garantir uma segurança à população em relação aos alimentos consumidos e à água utilizada” Grasiela Araújo da Silva, diretora do Lacen-DF O Lacen-DF realiza mais de 170 tipos de exames laboratoriais, como os de análise toxicológica, de bactérias, botulismo, brucelose, doença de Chagas, chikungunya, citomegalovírus. coqueluche, coronavírus, dengue, tuberculose, difteria, enteropatógenos, esquistossomose, febre amarela, febre maculosa, filariose, hanseníase, hantavirose, HIV. HPV (papilomavírus), infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), leishmaniose, leptospirose, malária, monkeypox e hepatites A, B, C e aguda de etiologia a esclarecer . “Em ações de vigilância sanitária, realizamos análise tanto de qualidade da água quanto de alimentos para consumo humano, além da verificação de medicamentos e produtos para a saúde. Na parte de monitoramento epidemiológico, investigamos doenças de notificação, como covid-19 e arboviroses”, detalha a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. Ao todo, o laboratório central possui 218 servidores no quadro de pessoal. Entre os 64 especialistas em diversas áreas, são 39 profissionais com grau de especialização, 16 com mestrado e nove doutores. Com mais de 170 tipos de exames na lista de diagnósticos, o Lacen-DF se destaca como referência em resultados de tuberculose, candidíase, monkeypox e gene de resistência Alimentos As análises fisicoquímicas em água e alimentos são feitas pelo Núcleo de Química de Alimentos (NQA), que recebe, aproximadamente, 150 amostras por semana. Ali os profissionais examinam a qualidade da água para consumo humano ou para processos industriais de preparo de alimentos, verificando, entre outros itens, o teor de sódio. Em um trabalho conjunto, o Núcleo de Microbiologia de Alimentos e Ambientes é responsável pela análise fiscal e de orientação nas áreas de microbiologia e microscopia de alimentos e ambientes. Adicionalmente, são verificadas também denúncias e surtos em alimentos e amostras ambientais do DF. “Nessa parte do laboratório, conseguimos garantir uma segurança à população em relação aos alimentos consumidos e à água utilizada”, explica a diretora. O laboratório conta com equipe altamente qualificada composta por mais de 60 especialistas, sendo 39 profissionais com grau de especialização, 16 com mestrado e nove doutores Vigilância epidemiológica No âmbito da vigilância epidemiológica, o Lacen-DF se destaca como referência nacional no diagnóstico em Candida albicans, popularmente conhecida como candidíase, e, regionalmente, em tuberculose, monkeypox e genes de resistência. “Com a vigilância genômica, verificamos e explicamos alguns comportamentos de doenças na população, como o aumento e a gravidade de casos” Grasiela Araújo da Silva, diretora do Lacen-DF No combate à tuberculose, o laboratório fornece diagnósticos precisos, contribuindo para o controle da doença. Já em termos de bactérias, a pesquisa em genes de resistência permite identificar padrões de resistência e antibióticos, orientando estratégias de tratamento mais eficazes. Em relação à monkeypox, a unidade possui capacidade de identificar e diagnosticar os casos de forma ágil. “O Lacen-DF é primordial na execução dessas análises, pois conseguimos fazer uma sorotipagem e, por meio da metodologia PCR, identificar, diferenciar e saber o que está circulando. Além disso, fazemos o trabalho de sequenciamento das amostras dos vírus. Com a vigilância genômica, verificamos e explicamos alguns comportamentos de doenças na população, como o aumento e a gravidade de casos”, diz Silva. Durante a pandemia de covid-19, o laboratório se destacou e atuou como centro de referência em sequenciamento genético, atuando com uma peça-chave no monitoramento da evolução do vírus, identificando variantes e auxiliando na elaboração de estratégias de controle e vacinação. Origem O Lacen-DF foi criado em abril de 1978 como Instituto de Saúde do Distrito Federal (ISDF). O objetivo era desenvolver, em parceria com outros órgãos, um sistema de vigilância sanitária, epidemiológica, controle de zoonoses, de sangue e hemoderivados. Em 2000, o ISDF foi extinto e o Lacen-DF surgiu. Em 2011, a Secretaria de Saúde (SES-DF) passou por uma reestruturação, em que o laboratório, por questões técnicas, teve sua denominação alterada para Diretoria do Laboratório Central de Saúde Pública, subordinado diretamente à Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS). *Com informações da Secretaria de Saúde  (SES-DF)

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Cepoteca reforça controle de qualidade nos testes que identificam bactérias

?As superbactérias, ou bactérias resistentes a múltiplos antibióticos, representam um grande problema de saúde global. Diante disso, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) criou uma cepoteca, ou seja, um local onde possam ser mantidas as cepas-padrão desse tipo de microrganismos. Médica patologista do Lacen realiza técnica laboratorial em que pequenas quantidades de células são transferidas para meio de cultura adequado | Fotos: Isabela Graton/Agência Saúde-DF ?Trata-se de um projeto de pesquisa cujo objetivo é viabilizar a implementação do controle de qualidade interno de antibiogramas para auxiliar na validação da metodologia utilizada, garantindo a melhoria da qualidade para auxiliar na escolha dos antibióticos pelos médicos. O projeto foi desenvolvido por uma equipe de servidores da Gerência de Suporte Laboratorial do Lacen em 2022 e passou a ser implementado no início deste ano. ?Para criar o novo espaço, o laboratório central investiu na aquisição de novos equipamentos e insumos, como freezers e um sistema de refrigeração para o ambiente, além das cepas-padrão das bactérias. O projeto é financiado pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs). ?O Lacen já possui equipamentos de última geração e experiência com a utilização de cepas de referência no controle de qualidade dos produtos fabricados pela Gerência de Suporte Laboratorial. “Contudo, na incansável busca de melhorias aos trabalhos ofertados à população do Distrito Federal, continuamos investindo na qualidade de seu parque analítico, realizando novas aquisições”, pontua a diretora do laboratório, Grasiela Araújo da Silva. ?Metodologia única Para compor a cepoteca, o Lacen adquiriu cepas-padrão de diversas bactérias Um diagnóstico laboratorial efetivo se baseia, entre outros pontos, na identificação precisa de uma bactéria e, principalmente, na realização do Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA), também conhecido como antibiograma. Portanto, é preciso rigor ao fazer o TSA e padronizar os métodos executados. ?Para que todos os procedimentos relacionados ao TSA sejam executados e interpretados corretamente, deve existir, na rotina do laboratório de microbiologia, um controle de qualidade do teste que envolva cepas-padrão de procedência reconhecida. Segundo o gerente de Suporte Laboratorial do Lacen, Heverson Soares de Brito, a cepoteca serve justamente para centralizar a manutenção de cepas-padrão viáveis. “A ideia é distribuir a metodologia resultante do projeto a outros laboratórios da rede pública. O intuito é que esse controle empregado no TSA ocorra semanalmente em cada unidade”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ao permitir essa distribuição, o projeto contribui para garantir a confiabilidade de resultados mais assertivos na rede e a prescrição de medicamentos mais adequados. ?O que são as superbactérias? Superbactérias são micro-organismos bacterianos que desenvolveram a capacidade de resistir aos efeitos dos antibióticos tradicionais. Isso ocorre devido à sua exposição repetida e inadequada a esses medicamentos, permitindo que elas evoluam e desenvolvam mecanismos de resistência. A relutância aos antibióticos é uma preocupação séria na área da saúde, uma vez que torna as infecções bacterianas mais difíceis de tratar e pode levar a complicações graves ou, em casos mais extremos, a óbito. As superbactérias podem ser resistentes a um ou a vários tipos de antibióticos, o que limita as opções de tratamento disponíveis. ?Para combater o problema das superbactérias, é essencial adotar práticas de uso responsável de antibióticos, desenvolver novos medicamentos e terapias alternativas, bem como melhorar a higiene e a vigilância para evitar a disseminação de micro-organismos resistentes. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Caso de nova subvariante Éris da covid-19 é confirmado no DF

Em novo sequenciamento genômico realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen) foi detectado pela primeira vez no DF a presença da nova subvariante da Ômicron, denominada de EG.5.1, apelidada internacionalmente de Éris. O sequenciamento foi realizado na última quinta-feira (24), em parceria com o Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVivas) do Instituto Butantan. [Olho texto=”“Não há motivos para a população se exasperar, porque a Secretaria de Saúde está atenta a essas questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, essa nova variante”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A paciente é uma bebê da faixa etária de até dois anos, atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) no dia 11 deste mês com sintomas respiratórios. A criança foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14. Ao todo, a Secretaria de Saúde do DF (SES) analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, mas somente o caso da bebê atendida no Hmib foi positivo para a nova subvariante. Derivada da Ômicron, a subvariante EG.5.1 já circula pelo menos desde fevereiro, tendo sido confirmada em mais de 50 países. No Brasil, o primeiro caso reportado foi no estado de São Paulo, tendo sido confirmado no dia 17 deste mês. O apelido Éris, ainda que disseminado internacionalmente, não é um nome oficial dado pela Organização Mundial de Saúde. Não há indicativo de que a subvariante seja mais letal ou mais contagiosa que a Ômicron, variante identificada no Distrito Federal pela primeira vez em dezembro de 2021. Os índices mais baixos de vacinação contra a covid-19 são relacionados às doses de reforço e à população infantil | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Para o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero Martins, os brasilienses não precisam se preocupar com a nova cepa. “Não há motivos para a população se exasperar, porque a Secretaria de Saúde está atenta a essas questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, essa nova variante através das unidades sentinelas e do Lacen, que detectou a presença dessa nova variável nesta criança”, ressaltou. [Olho texto=”“É importante que a população esteja com o esquema vacinal completo, principalmente os grupos de risco, como idosos e portadores de comorbidades, pois a imunização diminui a probabilidade de casos graves e mortes”” assinatura=”Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população. Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os que são causados pela Ômicron original: febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta e nariz escorrendo. De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o crescimento dos casos nos próximos meses é esperado porque as mutações da subvariante Éris permitem a reinfecção pela doença. “É importante que a população esteja com o esquema vacinal completo, principalmente os grupos de risco, como idosos e portadores de comorbidades, pois a imunização diminui a probabilidade de casos graves e mortes”, disse. Doença sob controle Desde o início da pandemia, o DF já registrou mais de 911 mil casos confirmados de covid-19, com 98,6% tendo evoluído para recuperação e 1,3% (11.886) resultado em óbitos, dos quais 1.033 foram de residentes de estados. Em 2023, foram 33 óbitos. Entre os dias 12 e 19 deste mês, foram registrados 312 novos casos da doença, contra 239 em relação à semana anterior. Isso fez com que a taxa de transmissão, o chamado índice R(t), chegasse a 1,21. A variação positiva, contudo, não indica uma preocupação epidemiológica, por conta do baixo número total e pela baixa gravidade dos casos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Vacinação A SES mantém a vacinação como a principal medida para combater a pandemia de covid-19. Desde o início da campanha no DF, em 19 de janeiro de 2021, já foram aplicadas mais de 7,8 milhões de doses, sendo 534 mil da bivalente, atualmente disponível para toda a população acima dos 18 anos. Mais de 81% da população já recebeu pelo menos uma dose da vacina, e 78,5% completaram o esquema vacinal de duas doses. Porém, os índices são mais baixos em termos de doses de reforço e entre a população infantil. Cerca de metade da população (48,9%) não recebeu nem uma dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 44,6% não tomaram a segunda dose. Na faixa etária de 3 e 4 anos, o índice sobe para 83,6%. Já entre os bebês de seis meses a dois anos, na faixa etária da criança diagnosticada com a nova subvariante, 91,1% não completaram o esquema vacinal duas doses. *Com informações da Secretaria de Saúde

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