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Novembro Roxo

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Hospital de Santa Maria promove dia de conscientização sobre prematuridade no Novembro Roxo

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), realizou, nesta terça-feira (18), um evento especial em alusão ao Novembro Roxo, campanha internacional de conscientização sobre a prematuridade. A iniciativa reforçou fatores de risco, destacou a importância do pré-natal adequado e valorizou o cuidado especializado oferecido aos bebês que nascem antes do tempo. Celebrado em 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade integra um mês inteiro de ações voltadas à promoção da sobrevivência e do desenvolvimento saudável dos prematuros. No Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todos os anos, o equivalente a um a cada dez nascimentos antes de 37 semanas de gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país está entre os dez primeiros com maior número de partos prematuros no mundo. No HRSM, por exemplo, segundo a chefe do Serviço de Neonatologia, Phabyana Pereira de Araújo, a média é de 35% de prematuros entre todos os partos. “A nossa realidade da prematuridade é intensa aqui. São cerca de 320 a 350 partos por mês, sendo aproximadamente 120 prematuros. Vivenciamos a angústia, o anseio, a felicidade e as dificuldades desta longa internação junto às famílias”, comenta. Em meio às palestras, o evento foi marcado por um instante especial: a alta do pequeno Miguel Sousa, cujo retorno para casa coincidiu com a data da celebração. Miguel nasceu com apenas 23 semanas e dois dias, após a mãe, Jamile Eduarda Rosa, desenvolver uma infecção urinária que desencadeou o parto prematuro | Fotos: Divulgação/IgesDF O evento contou com a presença de profissionais de diversas especialidades, estudantes e mães que vivenciam ou já passaram pela prematuridade e mantêm vínculo com o hospital. A abertura foi conduzida pela chefe do Serviço de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), Lorena Mendes, que destacou a relevância do encontro para fortalecer práticas assistenciais e integrar equipes. “Recentemente, recebemos um bebê com apenas 580 gramas. A equipe tem experiência e habilidade para lidar com casos tão delicados e, por isso, preparamos este momento com muito carinho para todos”, afirma. Assuntos diversificados Ao longo da manhã, os participantes acompanharam uma série de palestras que abordaram diferentes aspectos do cuidado neonatal. Um dos temas em destaque foi a farmacocinética dos prematuros, que é a maneira como bebês nascidos antes do tempo processam os medicamentos em seus organismos, desde a absorção, passando pela metabolização e a excreção dos fármacos. As discussões também avançaram para estratégias de cuidado integral, passando pelo suporte ventilatório, pelo estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor, e pela postura fetal. Os profissionais também debateram mitos e verdades da neonatologia e ampliaram o olhar para além dos cuidados clínicos. A programação incluiu reflexões sobre a experiência das famílias, com ênfase no atendimento psicológico e no fortalecimento das redes de apoio que sustentam pais e cuidadores durante a internação dos recém-nascidos. Durante a tarde, as apresentações avançaram para temas como educação precoce voltada a bebês prematuros, inserção do pai nos cuidados durante a hospitalização, desenvolvimento das funções orais e desafios enfrentados pela família após a alta hospitalar. Especialistas compartilharam evidências e experiências que reforçam a importância da atuação multiprofissional para garantir um início de vida mais seguro e saudável. Para a chefe do Serviço de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), Lorena Mendes, o evento simboliza o compromisso com a humanização e a excelência no cuidado neonatal Um momento de emoção Em meio às palestras, o evento foi marcado por um instante especial: a alta do pequeno Miguel Sousa, cujo retorno para casa coincidiu com a data da celebração. Miguel nasceu com apenas 23 semanas e dois dias, após a mãe, Jamile Eduarda Rosa, desenvolver uma infecção urinária que desencadeou o parto prematuro. “Foram quase quatro meses internado. Eu achei que ele completaria os quatro meses aqui, mas graças a Deus isso não aconteceu. Ele foi muito bem assistido e muito bem cuidado e estou muito feliz em voltar para a casa”, disse Jamile, emocionada. Ao entrarem no auditório, mãe e filho passaram por um corredor de aplausos. O Novembro Roxo também destaca práticas fundamentais como o Método Canguru, que estimula o contato pele a pele entre pais e bebês, e a atuação de bancos de leite humano (BLH), essenciais para a nutrição e recuperação de recém-nascidos prematuros. No HRSM, essas iniciativas são referência e parte central do cuidado oferecido. Para Lorena Mendes, o evento simboliza o compromisso com a humanização e a excelência no cuidado neonatal. “Entre profissionais, famílias e convidados, o sentimento predominante foi o de união, aprendizado e esperança, especialmente de quem já viveu a difícil jornada da prematuridade e hoje celebra histórias de força e superação”, conclui. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Hospital Regional de Ceilândia destaca importância do acolhimento na Semana da Prematuridade

Histórias de cuidado, amor e superação ganharam destaque nessa segunda-feira (17), durante a comemoração do início da Semana da Prematuridade, realizada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Mães, pais e familiares se uniram à equipe da Unidade de Neonatologia para trocar experiências, compartilhar histórias e, principalmente, celebrar a vida dos bebês atendidos no setor. "Há três meses que estou aqui e vemos o acolhimento, vemos que somos valorizadas. Não só os bebês, mas as mães também. Fico muito feliz", conta Thaís Lima, 34 anos. Ela acompanha a filha Stella, que nasceu na 29ª semana de gestação, quando o ideal seria aguardar, pelo menos, a 37ª semana. A bebê chegou a pesar apenas 545 gramas, o que exigiu cuidados da equipe multidisciplinar e da própria mãe, que praticamente passou a morar no HRC, contando com apoio psicológico e suporte das outras mães. Thaís Lima cuida da sua filha Estela e destaca o apoio mútuo entre as mães da unidade de cuidados neonatais do Hospital Regional de Ceilândia | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Laços de afeto "Nós precisamos ser confiantes, acreditar e ficarmos tranquilos. O bebê sente o que a gente sente", conta Enya Araújo, 29. Ela esperava o nascimento do seu primeiro filho, Luan, para o mês de dezembro, mas o parto ocorreu no início de novembro, com o bebê pesando 950 gramas. "Viva o SUS [Sistema Único de Saúde], porque o SUS realmente salvou a minha vida e a vida do meu filho", agradece.  Enya destaca o apoio que recebe do pai do menino, Ace Ahmed, 27. Britânico, ele não fala português, mas tem se esforçado para apoiar a companheira neste momento. "Eu preciso ser forte por ela e por ele", diz o jovem. Este acompanhamento, mesmo com barreiras linguísticas, é destacado pela enfermeira do HRC Raiana Vieira: "A mulher está num período de muita sensibilidade emocional, com uma necessidade muito grande de ser acolhida, de ser escutada e literalmente de ser abraçada". Porém, a equipe do HRC busca compreender cada paciente conforme sua lógica familiar. "Os pais são parte do processo do cuidado e eles são figuras primordiais de apego, assim como é muito importante a visita dos avós. Por quê? Porque você propicia ali um aumento e a denominação de família ampliada. Nós temos mulheres aqui que não estão com seus parceiros ou mesmo não são de Brasília, não estão com as mães. E às vezes a pessoa que ela tem de apoio é uma vizinha, por exemplo. E essa vizinha é uma figura de muito apoio", exemplifica a psicóloga do setor, Denise Percílio.  Ciência e sensibilidade O tempo de permanência nas unidades de internação costuma ser mais prolongado por conta dos bebês que das mães. Há as chamadas "mães diaristas", que já receberam alta, mas passam o dia inteiro no HRC, com uma rotina de cuidados com a criança, sempre de acordo com a orientação da equipe. Essas mulheres recebem o apoio do hospital, tanto em termos de refeições quanto de espaço para acompanhar os bebês. Também há as "mães nutrizes", que vão até a unidade para assegurar a amamentação dos bebês.  As mães receberam, como presente, itens para cuidados dos bebês em casa e se uniram para trocar experiências, compartilhar histórias e, principalmente, celebrar a vida dos bebês atendidos no setor A rotina é dividida entre momentos em que os bebês permanecem nos leitos e nas pausas para limpeza, exames, medicações e os desejados momentos de contato com a mãe. O abraço é estimulado desde o primeiro momento, e, sempre que possível, a amamentação também. Depois da alta da UTI neonatal, segue-se para internação na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Canguru, quando as mães praticamente não se desgrudam mais dos bebês, sempre avaliados conforme suas condições específicas de saúde e o ganho de peso. Em todos os casos, os cuidados são específicos, pois são bebês de baixo peso, quando comparados com recém-nascidos que nasceram com mais tempo de gestação, muitos dos quais também enfrentam desafios de saúde diversos, como dificuldades para respirar. "A equipe que atua dentro de uma unidade neonatal, além de muito capacitada, passa por um programa de educação continuada. Todo o cuidado é feito com evidências científicas", acrescenta Denise Percílio. Ao mesmo tempo, é necessário trabalhar com uma sensibilidade específica. "Lidamos com vidas de crianças que nasceram antes do tempo, que são verdadeiros guerreiros. São crianças que se superam a cada dia. É muito gratificante quando você consegue devolver uma criança dessas para sua família, quando essas crianças, com a força delas, conseguem ir para casa", completa a enfermeira Raiana Vieira. Dia da Prematuridade O Dia Nacional da Prematuridade, a Semana da Prematuridade e o Novembro Roxo foram oficializados em setembro deste ano, por meio da Lei nº 15.198 de 2025. A legislação destaca a importância de o poder público promover a saúde de bebês e mães, com redução dos índices de mortalidade.  Além disso, a legislação ratifica a classificação da prematuridade entre extrema (nascimentos antes de 28 semanas), moderada (nascimentos até 31 semanas) e tardia (entre 32 e 36 semanas e seis dias). A lei destaca ainda necessidades de cuidado, como a utilização do método canguru.  No Distrito Federal, somente em 2024, 4,2 mil crianças nasceram antes das 37 semanas de gestação. Isso representa cerca de 12,83% dos partos.   *Com informações da Secretaria de Saúde

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Novembro Roxo: campanha joga luz sobre a saúde dos bebês prematuros

O Dia Mundial da Prematuridade, comemorado nesta segunda-feira (17), é o ponto alto da campanha Novembro Roxo, iniciativa cujo objetivo é conscientizar sobre os cuidados necessários a gestantes e recém-nascidos prematuros. Apenas em 2024, houve 4,2 mil partos pré-termo no Distrito Federal — isto é, antes da 37ª semana de gestação. O montante representa 12,83% do total de nascimentos no ano passado. No ano passado, nasceram 4,2 mil bebês prematuros no Distrito Federal, o equivalente a 12,83% do total de nascimentos | Foto: Ualisson Noronha/ Arquivo Agência Saúde DF Um dos bebês que veio antes do esperado foi a pequena Mavie, filha de Raynara Andrade, 23. Nascida em 13 de dezembro de 2024, aos seis meses de gestação (24 semanas e dois dias), Mavie foi o bebê recém-nascido mais prematuro da história do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). “Ela já foi para a UTI [Unidade de Terapia Intensiva] neonatal assim que nasceu. As primeiras semanas foram muito difíceis. Ela teve quatro paradas cardiopulmonares e um sangramento na cabeça”, conta Raynara, sem esconder a aflição de lembrar das dificuldades pelas quais as duas passaram. “Foram quatro meses assustadores, porque é um turbilhão de emoções. Eu me sentia desesperada o tempo todo, sem saber se ela viria para casa comigo, sem saber se a gente ia conseguir… Mas eu nunca perdi a fé.” [LEIA_TAMBEM]Mavie receberia alta após 120 dias de internação. À época, a mãe agradeceu à equipe multidisciplinar de médicas, enfermeiras, técnicas de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais da unidade neonatal do HRT que acompanharam a filha durante esse longo percurso. Hoje, com 216 dias passados desde que as duas chegaram em casa, e prestes a comemorarem o primeiro aniversário de Mavie, a angústia deu lugar ao sentimento de alívio e esperança. “Hoje a Mavie é outra criança! Quando a gente volta ao hospital, todo mundo fica admirado. Antes ela tinha hipersensibilidade ao toque, não gostava de contato e hoje não tem mais nada disso. Ela vive sorridente, conversa, grita. Ela é a minha ‘espoleta’”, brinca Raynara. A mãe também explica que a filha segue se recuperando no seu próprio ritmo: por conta de uma condição pulmonar crônica (displasia broncopulmonar), causada pela prematuridade, Mavie ainda está em desmame gradual da sonda de oxigênio. Raynara Andrade, mãe de Mavie: “Ela já foi para a UTI neonatal assim que nasceu. As primeiras semanas foram muito difíceis” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Cuidados especiais A gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (Geon) da Secretaria de Saúde (SES-DF) e coordenadora do grupo condutor distrital da Rede Cegonha, Gabrielle Medeiros, reforça que bebês prematuros demandam atenção altamente especializada desde os primeiros minutos de vida. “A estabilização adequada, o controle térmico, o suporte respiratório precoce, a nutrição segura e o monitoramento contínuo fazem toda a diferença para reduzir complicações e garantir melhores desfechos. Cada intervenção deve ser precisa, baseada em evidências e conduzida por equipes treinadas”, afirma. A especialista ressalta ainda que o cuidado humanizado é parte essencial do processo de recuperação do recém-nascido, exemplificado por ações como acolhimento, mínimo de manipulação, contato pele a pele sempre que possível e um ambiente que favoreça o desenvolvimento pleno da criança. “Para as mães e suas famílias, o trabalho humanizado visa a garantir informação clara, participação ativa nas decisões, apoio emocional e a construção de vínculos mesmo em situações de fragilidade. Humanizar não é suavizar o cuidado, é qualificá-lo, e isso impacta diretamente a recuperação e a vida desses bebês”, completa a profissional. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Novembro Roxo: Bebês prematuros do HRC participam de ensaio fotográfico com as famílias

Este mês traz a campanha Novembro Roxo, que tem como foco os nascimentos prematuros. Diversas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF) iniciaram ações voltadas aos bebês prematuros internados e às suas famílias. No Hospital Regional de Ceilândia (HRC), a programação teve início com um ensaio fotográfico especial.   Feito por fotógrafos voluntários, ensaio teve como objetivo fortalecer o vínculo entre famílias, equipe e bebês prematuros | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Um ambiente decorado pela equipe do HRC recebeu bebês prematuros e suas famílias. Os corredores da unidade de internação neonatal foram especialmente decorados com fotos dos ensaios anteriores e de declarações de mães que já passaram pelo setor. Além disso, profissionais voluntários auxiliaram nos preparativos.  Vínculos fortalecidos [LEIA_TAMBEM]O objetivo dos ensaios é fortalecer o vínculo entre as famílias e os bebês internados, estreitar os laços com a equipe de saúde e descontrair as mães em um momento tão delicado. “É um momento em que mães e pais podem dar uma pausa no estresse gigante causado pela internação de seus bebês”, avaliou Yara Régia Silva, tutora do Método Canguru no hospital. “Eles podem se arrumar, encontrar com outros familiares e, assim, diminuir esse peso”. Entre as participantes, Bruna Chagas, 26 anos, viveu a experiência do ensaio junto ao pequeno Leonardo, internado devido à queda de saturação após o nascimento. “Achei uma iniciativa bonita”, disse. “Ver o nosso filho internado dá muito medo, principalmente porque não podemos ficar tão pertinho. Nesse sentido, a ação distrai a mente da ansiedade”. Os ensaios foram feitos por fotógrafos voluntários, parceiros desde 2018. Para o diretor do HRC, Fabricio Nunes Paz, a iniciativa representa acolhimento e união. “Somos a regional que mais recebe partos prematuros, então essas ações facilitam a integração das equipes com os bebês e sensibilizam sobre a importância do cuidado com eles”, reforçou. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hospital Regional de Santa Maria promove evento em alusão ao Novembro Roxo

Nesta sexta-feira (22), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) foi palco para um grande evento em comemoração ao Novembro Roxo, mês da prematuridade. O objetivo deste ano foi discutir o acesso aos cuidados de qualidade. Ao longo do dia, diversas atividades foram realizadas. Pela manhã o evento foi exclusivo para colaboradores do HRSM e foram debatidas várias pautas acerca do universo da prematuridade. Já à tarde, as mães internadas com seus bebês no hospital e algumas mães que já receberam alta foram convidadas a participarem do evento. Hospital Regional de Santa Maria promoveu, nesta sexta (22), uma série de atividades em alusão ao Novembro Roxo, mês da Prematuridade | Foto: Divulgação/IgesDF Pela manhã, a enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) Sônia Martins, apresentou uma palestra sobre a questão do cuidador e do ambiente de trabalho, ressaltando que os profissionais são responsáveis pelo cuidado dos bebês, a criação de vínculos com os bebês e as famílias, e ainda passam pelo processo de perdas e a não vivência do luto. “Devido à alta demanda de bebês internados e de cuidados, acabamos sufocando o luto por aquele bebê que estava sob nosso cuidado e não resistiu e isso não faz bem pra nossa saúde. Também temos desgaste emocional, alto nível de estresse e precisamos nos atentar a isso para não adoecermos. É importante comemorar as conquistas, aniversários, datas comemorativas, ter reconhecimento e valorização de competências e habilidades. Por isso, precisamos nos cuidar”, ressalta. Mães de crianças que nasceram prematuras deram depoimentos sobre o acolhimento e a atenção que tiveram no HRSM A terapeuta ocupacional da Utin e da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin), Maria Helena Nery, fez uma apresentação em que abordou a importância do Método Canguru e os benefícios que ele faz ao desenvolvimento saudável do bebê, à criação de vínculo com a mãe, à amamentação. A médica neonatologista do HRSM, Letícia Moraes, abordou o controle de ruídos dentro da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e destacou como o barulho pode deixar o bebê instável, podendo gerar perda auditiva, aumento da pressão intracraniana, instabilidade metabólica, irritabilidade e alterações na frequência cardíaca, por exemplo. De acordo com a chefe de Serviço de Enfermagem da Utin do HRSM, Lorena Mendes, o evento foi dividido em dois momentos, sendo um voltado para os colaboradores e outro para as mães. “O primeiro foi com as equipes, até mesmo para partilhar conhecimentos. Às vezes as pessoas não sabem qual é a função de cada profissional dentro da unidade. O que cada um faz e à tarde realizamos palestras mais claras e objetivas voltadas para as mães. para que elas possam entender o mundo no qual os bebês delas nesse momento se encontram”, explica. Emoção nos relatos A representante da ONG Prematuridade.Com, Suellen Martins, é mãe de duas prematuras e abordou em sua palestra a importância de transformar os desafios em força materna. “Passamos vários desafios durante a internação e venho contribuir com palavras de esperança para dar força. Este é um trabalho voluntário que se transformou em um propósito de vida ajudar e melhorar a assistência à saúde, mas também psicológica e assistência jurídica. Queremos ajudar as famílias de prematuros de todo o Brasil”, afirma. Entre as mães que participaram do evento, Fabíola Reis, de 37 anos, deu seu testemunho e emocionou todos os participantes, pois teve sua filha Helena, de 1 ano, no HRSM. A criança ficou internada por 102 dias e passou por muitos momentos difíceis. “Ela nasceu com 560 gramas no dia 5 de outubro de 2023, recebemos alta em 15 de janeiro e só então pude viver a maternidade plenamente, porque estar dentro de um hospital é muito difícil. Em março minha filha foi atropelada, teve traumatismo craniano, convulsões e foi internada novamente. Graças a Deus ela hoje está aqui, viva e com saúde. Agradeço a todas as equipes que nos acompanharam desde o início, de coração”, relata. Dionete Silva, de 43 anos, é mãe da pequena Talia, de 4 meses. A bebê é sua filha caçula, e os outros dois irmãos também nasceram prematuros. Talia ficou internada por 54 dias porque nasceu de 30 semanas e pesando apenas 1,68 kg. “Ela ficou na Utin, depois foi para a Ucin e só então fomos para casa. Já passei isso com os meus outros dois filhos, graças a Deus nenhum deles tem nenhuma sequela da prematuridade. Ela está sendo acompanhada porque tem um pouco de arritmia cardíaca. Este evento de hoje tira muitas dúvidas da gente, sobre como cuidar em casa, como deve ser o acompanhamento médico com o nosso filho prematuro, tudo bem explicativo, excelente”, afirma. *Com informações do IgesDF  

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Bebês internados no HRSM participam de ensaio com tema Novembro Roxo

Uma foto mais linda que a outra e um misto de emoção e felicidade de todas as mães e equipe da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) marcaram o ensaio fotográfico do Novembro Roxo, mês da prematuridade. As fotos foram feitas pela equipe da unidade nesta quarta-feira (13). “Todo mês de novembro a gente faz as fotinhas e esse momento com as mães. Este é um mês muito especial para nós que trabalhamos na prematuridade, aqui na Utin. A gente sempre tenta deixar o momento da internação um pouco mais leve para as mães. Infelizmente, elas não escolheram estar aqui, mas a gente sim. Então, tudo que podemos proporcionar de melhor, em atendimento de excelência para os nossos recém-nascidos e suas famílias, nós faremos”, explica a chefe de Serviço de Enfermagem da Utin do HRSM, Lorena Mendes. Ana Carolina Gomes, de 25 anos, e Bento, de apenas 24 dias | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Segundo ela, a foto é uma recordação boa e positiva do período de internação. Além da fotografia, esse ano equipe montou um kit para cada mãe com body, os enfeites como as sainhas, lacinhos, touquinhas e gravatinhas, em que tudo vai no saquinho, com o nome do recém-nascido e a data do ensaio. Juliana Castro, 27 anos, é mãe da pequena Aurora, de 2 meses. A bebê nasceu prematura extrema, com apenas 28 semanas de gestação e pesando 800 gramas. Foram dias de muita angústia que ela passou dentro da Utin e hoje comemora o fato de a filha respirar sozinha e só estar internada para ganhar peso. “A vida de mãe de Utin não é fácil. Todos os meus três filhos nasceram prematuros. O meu filho mais velho foi o menos tenso, o do meio passei quase sete meses internada com ele até ele ir para casa, já a Aurora, passei por um momento bem difícil, porque a saturação dela chegou a 20% e pensei que ela não iria resistir, a equipe chegou a me falar para eu me despedir dela. Graças a Deus ela melhorou e estabilizou, agora ela já está pesando 1,658 kg, mama no peito e só falta ganhar mais peso para irmos para casa”, relata. Juliana Castro, 27 anos, e a pequena Aurora, de 2 meses Para ela, o ensaio é muito importante e especial, porque é um momento alegre, tendo em vista que o psicológico das mães de prematuros é um dos maiores desafios de quem tem um filho tão pequeno internado. “A equipe aqui é maravilhosa e dá todo o apoio para a gente, isso faz toda a diferença ao longo dos dias”. Ana Carolina Gomes, de 25 anos, é mãe de primeira viagem do Bento, de apenas 24 dias. Ela ficou emocionada com o ensaio, pois nunca imaginou na vida ser mãe de um bebê prematuro. “Vim para uma consulta de rotina quando estava com 32 semanas e foi detectado que a placenta estava comprimindo o Bento. Então fiz uma cesárea de emergência e ele nasceu com 1 kg. Fiquei com muito medo, chorava todo dia e me sentia impotente quanto à condição dele. Mas a equipe aqui me deu todo o suporte, me tranquilizou e as psicólogas sempre conversam comigo. Agora, estou bem melhor, mas ainda fica o vazio no peito de ir para casa e não poder levá-lo ainda comigo”, afirma. Após as fotos de Bento, ela ficou extremamente emocionada e destacou que o momento é muito importante e especial e que ela guardará para sempre em seu coração como algo positivo do tempo em que ele ficou internado. Hoje, Bento está só esperando ganhar mais peso para receber alta. *Com informações do IgesDF

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Histórias de amor e superação marcam o Novembro Roxo

Sem sequer imaginar, a dona de casa Jéssica Ribeiro, 33 anos, entrou em trabalho de parto com apenas 24 semanas de gestação do pequeno Benjamim. Graças à rápida atuação da equipe multidisciplinar do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), o recém-nascido considerado prematuro extremo (com menos de 28 semanas) recebeu os cuidados necessários para que pudesse lutar pela vida. Depois de três anos, ao visitar a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do HRT, onde o pequeno Benjamim esteve por três meses, a emoção tomou conta de Jéssica. Foram quase 90 dias de agonia, ansiedade e insegurança, em 2020, para que o recém-nascido conseguisse se desenvolver bem. O pequeno Benjamim nasceu com apenas 24 semanas e precisou de acompanhamento médico por mais de 40 dias | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Hoje foi a primeira vez que estive novamente na Utin. Na época, de três em três horas eu precisava passar para ver meu filho. Quando estive na unidade hoje, minhas pernas tremeram, vieram muitas lembranças. Uma vez, meu filho convulsionou e ficou todo preto. Pensei que ele estava sem vida. Hoje, o vi correndo por aqueles corredores. Foi uma fase que me fortaleceu, mas foi muito difícil. Nunca me vi mãe de prematuro”, compartilhou. Por mais de 40 dias o pequeno Benjamim precisou de acompanhamento 24 horas por dia na unidade neonatal. “Assim que nasceu, foi encaminhado direto para a Utin, respirava sozinho, mas depois vieram as complicações, como apneia, convulsões, infecções hospitalares e uma suspeita de meningite. Ele precisou ficar 15 dias entubado. Esse foi o pior momento para mim. Depois de 42 dias na Utin, ele foi para Ucin [Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais]”, afirmou, emocionada, a mãe. Hoje, com três anos e três meses, Benjamim ainda conta com consultas ambulatoriais no HRT. O processo de acompanhamento faz parte do Método Canguru, que é referência no Hospital de Taguatinga. A técnica, considerada de baixo custo, ajuda a quebrar o paradigma de que o bebê prematuro precisa ficar isolado. Os profissionais aproximam a mãe do recém-nascido durante a internação, o que ajuda no desenvolvimento cerebral e estimula o aleitamento materno, além de promover vínculo com os pais. O processo de acompanhamento faz parte do Método Canguru, que é referência no Hospital de Taguatinga De janeiro a agosto de 2023, o DF registrou 3.079 nascidos com menos de 36 semanas, o que representa 12,7% do universo de bebês nascidos neste mesmo período. Os recém-nascidos prematuros são submetidos às três etapas, quando possível, do Método Canguru. A primeira inicia-se no pré-natal, quando se identifica uma gestação de risco e a internação hospitalar, durante a qual o recém-nascido recebe assistência na Utin. Depois que alguns critérios específicos são alcançados, mãe e bebê são transferidos para a segunda etapa, que corresponde à Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca). Nela, os dois permanecem juntos 24 horas por dia, o que faz com que os laços familiares se fortaleçam e a mãe passe a adquirir segurança em relação aos cuidados, o que permite a alta para casa.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) Já a terceira etapa é iniciada em até dois dias após a alta, nas consultas a nível ambulatorial. O acompanhamento é feito nos 24 leitos que compõem a unidade de neonatologia da rede pública de saúde. Nesta fase, a equipe multidisciplinar atua em conjunto. Fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, médicos e fisioterapeutas trabalham juntos para garantir o melhor desenvolvimento para o bebê prematuro. [Olho texto=”Depois que alguns critérios específicos são alcançados, mãe e bebê são transferidos para a segunda etapa, que corresponde à Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca). Nela, os dois permanecem juntos 24 horas por dia, o que faz com que os laços familiares se fortaleçam e a mãe passe a adquirir segurança em relação aos cuidados, o que permite a alta para casa.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Normalmente, os atendimentos no ambulatório ocorrem uma vez por mês. Mas depende da situação de cada bebê. Se for um caso mais delicado, a gente prolonga o tratamento”, pontuou a médica neonatologista do HRT Juliana Carvalho Constantino. “É extremamente importante que os pais continuem com acompanhamento pós-UTI porque é no ambulatório que diagnosticamos a necessidade de encaminhamento para determinada especialidade.” De acordo com Juliana, que também é médica de Benjamim, as sequelas do pequeno foram amenizadas graças à atuação presente da mãe e aos tratamentos mantidos no ambulatório do hospital. Prevenção Benjamim está prestes a ganhar um irmãozinho. Jéssica está grávida de 20 semanas. Depois da experiência que teve na última gestação e ciente dos riscos, a dona de casa adotou todas as medidas para que, desta vez, consiga levar a gravidez a termo. Em 2023, a campanha global do Novembro Roxo tem o tema “Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares” “Agora sei que posso evitar outro parto prematuro. Já fiz o procedimento que eu deveria ter feito, a cerclagem [sutura no colo do útero para impedir que a cavidade uterina abra antes da hora e que a bolsa fetal desça, desencadeando o trabalho de parto prematuro]. Hoje, estou mais experiente e alerta”, revelou. Em 2023, a campanha global do Novembro Roxo tem o tema “Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares”. A cor roxa simboliza a sensibilidade e a individualidade, que são características típicas dos bebês prematuros. Em alusão à data, o DF é a primeira unidade da Federação a instituir uma comissão para estimular o uso do método canguru em recém-nascidos. A iniciativa foi oficializada pela Secretaria de Saúde (SES-DF) neste mês com a criação da Comissão Distrital do Método Canguru (CDMC) por meio da Portaria nº 446/2023. O objetivo é normatizar, monitorar e subsidiar as políticas e os programas de apoio à técnica. Rede de atenção Além do HRT, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e os hospitais regionais de Ceilândia (HRC), de Sobradinho (HRS) e de Santa Maria (HRSM) ofertam atendimento em Utin. Os hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Planaltina (HRPL), do Gama (HRG) e o Hospital da Região Leste (HRL) possuem Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin). O parto prematuro pode ocorrer por diversas causas. As mais comuns estão relacionadas com a saúde da gestante, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e infecções. Segundo o Ministério da Saúde, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano no Brasil, o equivalente a 931 por dia ou seis prematuros a cada dez minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.

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HRSM promove ações para conscientização sobre prematuridade

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realizou, nesta sexta-feira (17), um evento dedicado ao Novembro Roxo, mês internacional de sensibilização à prematuridade. Profissionais da saúde, mães da UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal), maternidade e o público em geral participaram de palestras que abordaram temas essenciais. Das 8h30 às 17h, especialistas como enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas compartilharam informações cruciais sobre o parto prematuro, suas causas e medidas preventivas. Tópicos como ambiência, aleitamento materno, desenvolvimento motor e respiratório, além de cuidados psicológicos. Profissionais da saúde, mães da UTIN e público em geral participaram do evento do Novembro Roxo no Hospital Regional de Santa Maria, nesta sexta | Fotos: Alessandro Praciano “Realizamos esse evento para sensibilizar a população e nossa equipe sobre o Dia Mundial da Prematuridade [17 de novembro]. Em uma unidade fechada, muitas histórias se desenrolam, e esta é nossa chance de trazer um pouco do nosso trabalho e dar voz às mães que enfrentam essa luta. Abordar o cuidado com o prematuro e como nossa equipe lida com processos diferenciados é crucial para compreender esse público delicado e necessário, unificando esforços e dando voz a essas pessoas”, ressaltou Maria Helena Nery, terapeuta ocupacional da UTI Neonatal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Ministério da Saúde revela que anualmente, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil. Essa realidade destaca a necessidade de debater e promover a conscientização. A chefe de Serviço de Enfermagem, Lorena Cardoso Mendes, destacou a importância do cuidado em um ambiente especializado e do suporte emocional aos pais para um desenvolvimento saudável. “O cuidado e apoio ao recém-nascido prematuro e aos pais são essenciais para garantir seu desenvolvimento saudável. Esses bebês frequentemente enfrentam desafios de saúde, e um monitoramento constante e intervenções apropriadas são cruciais”, afirmou Lorena. Fabíola dos Reis, 36 anos, mãe da Helena, que nasceu prematura extrema de 25 semanas com apenas 560 gramas, expressou a importância de ter todas essas informações e o apoio da equipe: “Esse tipo de evento representa muito, não apenas informam, mas também oferecem apoio. Lidar com o nascimento prematuro é assustador. Sentir-se apoiada faz toda a diferença”. Origem da data No dia 17 de novembro, é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade, data escolhida pelo significado especial para um dos fundadores da EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants), após a morte de seus trigêmeos prematuros, em 17 de novembro de 2008. No Brasil, essa iniciativa começou em 2011, a partir de um blog que compartilhava experiências de mães e profissionais lidando com bebês prematuros. E através da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção da prematuridade, à educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas aos interesses das famílias de bebês prematuros. “O evento dedicado ao Novembro Roxo no Hospital Regional de Santa Maria não é apenas um marco no calendário, mas uma oportunidade de educação e apoio. A conscientização sobre a prematuridade não deve ser limitada a um único dia; é um compromisso constante. Cada informação compartilhada, cada história contada e cada mãe apoiada são passos cruciais em direção a um futuro onde o cuidado aos recém-nascidos prematuros seja uma prioridade. Juntos, podemos moldar uma sociedade mais atenta e solidária, garantindo que nenhum prematuro enfrente esse processo sem o suporte necessário”, finalizou a chefe do Serviço de Enfermagem. *Com informações do IgesDF

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