Campanha de imunização contra doenças respiratórias infantis termina em 31 de julho
Termina em 31 de julho a campanha de imunização contra doenças respiratórias infantis do Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com a Secretaria de Saúde (SES-DF), a prevenção neste período é importante para evitar doenças como a bronquiolite viral aguda (BVA), responsável por grande parte das internações de crianças de até 2 anos neste período. No DF, a circulação de vírus respiratórios ocorre predominantemente entre março e julho, acometendo, principalmente, crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade. Para assegurar um atendimento mais eficiente às crianças, o GDF investiu em imunizantes como o Nirsevimabe e o Palivizumabe, estratégia fundamental para a prevenção de infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças com alto risco, como prematuros, e crianças com menos de 2 anos com comorbidades. A imunização contra doenças respiratórias infantis é importante para evitar enfermidades como a bronquiolite viral aguda (BVA) | Foto: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF O público-alvo do Nirsevimabe são bebês prematuros tardios, entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias de idade gestacional, nascidos a partir de 1º de agosto de 2024. Já o Palivizumabe segue sendo utilizado para os grupos de risco até os 2 anos de idade: prematuros nascidos com menos de 32 semanas, crianças com cardiopatias congênitas, doenças pulmonares crônicas e, mais recentemente, crianças com síndrome de Down, fibrose cística, atrofia muscular espinhal (AME), distrofia muscular de Duchenne, imunodeficiência combinada grave (SCID) e câncer. "Termos uma medicação que protege esses bebês de maior risco contra esse vírus, que é o principal causador de internações nesse período do ano, é realmente um grande avanço" Priscila Domingues, gerente de Serviços de Terapia Intensiva da SES-DF O DF é a primeira unidade da Federação a adquirir o Nirsevimabe para aplicação pelo SUS, como medida preventiva para reduzir complicações e internações de infecções respiratórias em bebês – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI pediátrica. Números De fevereiro a julho, 1.949 bebês foram imunizados com Nirsevimabe e 752 imunizados com Palivizumabe, totalizando 2.701 crianças protegidas. Isso quer dizer que a SES sozinha vacinou 64% dos prematuros tardios nascidos a partir de 1º de agosto de 2024 no Distrito Federal, sem levar em conta as imunizações feitas na rede privada. E a pasta ainda conta com doses disponíveis para quem ainda não levou os filhos para imunização. Segundo a gerente de Serviços de Terapia Intensiva da SES, Priscila Domingues, neste ano, foram 1.053 internações de crianças de até 2 anos em UTI só na rede pública de saúde. Ela alerta que o vírus sincicial respiratório é o principal responsável por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave nessa faixa etária. [LEIA_TAMBEM]“Esse vírus é responsável por uma quantidade enorme de internações, inclusive em UTI”, afirma. “E termos uma medicação que protege esses bebês de maior risco contra esse vírus, que é o principal causador de internações nesse período do ano, é realmente um grande avanço.” Priscila destaca que as vacinas são extremamente seguras e não apresentam efeitos colaterais significativos. “Neste caso, trata-se de imunobiológicos para imunização passiva. Ou seja, o medicamento já tem os anticorpos desejados para proteger a criança”, explica. “Os imunizantes protegem as crianças que tomam e também reduzem a circulação do vírus, protegendo outras crianças”, acrescenta. “Vacinar é seguro, é necessário, é importante, é um ato de amor”. Aumento de casos Desde janeiro até 28 de junho, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) – unidade administrada pelo IgesDF e referência em pediatria – notificou 1.102 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 60% deles em crianças de 1 a 5 anos. Dentre os casos confirmados, 74,4% testaram positivo para influenza, com necessidade de internação em 27,3%. No mesmo período de 2024, foram registrados 446 casos – um aumento de mais de 147%.
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Policlínica do Gama aplica mais de 100 doses de medicamento contra bronquiolite em crianças
Inaugurada em fevereiro deste ano, a nova sala de aplicação de palivizumabe na Policlínica do Gama já foi responsável pela administração de 110 doses. O medicamento, aplicado de forma intramuscular, previne o vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite e de outras infecções graves em bebês e crianças pequenas. Sala aplicação do palivizumabe na Policlínica do Gama foi responsável por administrar mais de 100 doses no público-alvo, desde fevereiro de 2025 | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A dose é indicada para crianças menores de 2 anos com alto risco de desenvolver doenças causadas pelo VSR, como aquelas com malformações cardíacas, tanto congênitas quanto adquiridas, ou com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica). Também estão elegíveis para a vacina crianças de até 1 ano nascidas com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. Antony Rafael Gomes, hoje com 3 meses, nasceu com menos de 28 semanas de gestação e passou 71 dias internado. Ele já recebeu três das cinco doses do palivizumabe. Sua mãe, Laiane Gomes, de 18 anos, elogiou o novo espaço: “É uma sala muito aconchegante. Na primeira dose, ele não chorou. Hoje, chorou um pouquinho”. Assistência ágil Para proporcionar um atendimento mais rápido, duas enfermeiras atuam na sala: uma é responsável pela documentação e a outra pela aplicação do anticorpo. Ao chegarem, os bebês passam por uma triagem que inclui a verificação do peso. Cleonice Queiroz, enfermeira responsável pela aplicação, explica: “O palivizumabe age instantaneamente e não causa reações adversas. A aplicação pode doer um pouco no momento, mas a dor passa rapidamente”. Apesar de não oferecer riscos, a sala é equipada para eventuais intercorrências. A equipe da unidade também realiza busca ativa pelas mães ou responsáveis que não comparecem aos agendamentos, entrando em contato por telefone para reagendar. Outras medidas de prevenção O palivizumabe é uma das formas de prevenção contra doenças respiratórias graves em crianças. Durante a sazonalidade, a pediatra da Policlínica do Gama, Jeanne Alecrim, orienta sobre cuidados adicionais: “O vírus se espalha com facilidade, por isso é recomendável evitar lugares com aglomeração, como shoppings lotados, festas e feiras”. Ela também destaca a importância das medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e o nariz, especialmente para bebês que têm irmãos mais velhos na escola ou creche, que podem levar o vírus para casa. O pequeno Antony Rafael Gomes, de 3 meses, nasceu prematuro e já recebeu três das cinco doses do medicamento Policlínica do Gama Localizada no antigo Fórum do Gama, na Praça 02, Lote 14, Setor Central, a Policlínica foi revitalizada em dezembro de 2024, oferecendo melhor qualidade de atendimento, acesso facilitado e instalações modernas e bem equipadas. Na unidade, são disponibilizados atendimentos em diversas especialidades, como cardiologia, neurologia, pediatria, endocrinologia, dermatologia, geriatria, nefrologia, feridas complexas, pé diabético, otorrinolaringologia, ginecologia e reumatologia. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Saúde inicia aplicação do palivizumabe para proteção contra doenças respiratórias
Com a chegada do período de sazonalidade das doenças respiratórias infantis no Centro-Oeste – entre fevereiro e julho –, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) deu início à aplicação do palivizumabe. O medicamento é um anticorpo de alto custo utilizado na prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite e de outras infecções graves do trato respiratório em bebês e crianças pequenas. Pais e responsáveis devem estar atentos aos sinais do VSR, que pode causar sintomas como coriza, tosse e febre baixa, evoluindo para complicações respiratórias graves. Medidas preventivas incluem evitar locais fechados e aglomerações, manter a higiene das mãos e observar sinais de desconforto respiratório nos bebês. Para crianças com maior risco de desenvolver quadros severos da doença, o palivizumabe se torna uma medida essencial de proteção. “O palivizumabe é um medicamento muito caro. Se o SUS não oferecesse, acho que muitos bebês não teriam a chance de tomar. Sou muito grata”, conta a servidora pública Nathália Caldas, mãe de Catarina | Foto: Arquivo pessoal Quem deve tomar O medicamento é indicado para crianças menores de 2 anos com alto risco de desenvolver a doença, especialmente aquelas com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento, ou com displasia broncopulmonar. Além disso, crianças com até 1 ano que nasceram com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias também são elegíveis para receber o palivizumabe. A SES-DF adotou ainda um critério adicional: a aplicação em bebês prematuros menores de 6 meses, com idade gestacional entre 29 semanas e 31 semanas e seis dias. “A expectativa é beneficiar pelo menos 715 crianças menores de 2 anos”, informa a servidora da Gerência de Assistência Farmacêutica Especializada (Gafae), Giovana Garófalo. Catarina é uma dessas crianças. Ela nasceu prematura extrema, com 28 semanas e pesando 970 gramas. Quando estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em 2024, no meio da sazonalidade, precisou tomar duas doses do anticorpo. O fornecimento do palivizumabe será realizado somente entre fevereiro e julho de 2025 – período de sazonalidade -, sem possibilidade de prorrogação | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “O palivizumabe é um medicamento muito caro. Se o Sistema Único de Saúde [SUS] não o oferecesse, acho que muitos bebês não teriam a chance de tomar”, opina a mãe de Catarina, a servidora pública Nathália Caldas. “Sou grata por termos essa oportunidade. Fico com o coração apertado ao vê-la chorar com a picada da agulha, mas me concentro no fato de que é melhor uma picadinha do que uma doença como a bronquiolite”, revela. O fornecimento do palivizumabe será realizado somente entre fevereiro e julho de 2025, sem possibilidade de prorrogação, independentemente da idade do paciente, conforme estabelecido na Nota Técnica da SES-DF. A administração do medicamento segue diretrizes do Ministério da Saúde e integra o Plano de Enfrentamento para Doenças Respiratórias da Infância no DF, que inclui uma série de ações voltadas ao manejo dessas enfermidades. Sazonalidade e número de doses Para que a criança fique realmente protegida no período de sazonalidade, é preciso seguir o cronograma de doses indicado. O pediatra e referência técnica distrital (RTD) da SES-DF, Fabrício da Paz, explica que o total de aplicações vai depender do mês de início do tratamento. “Geralmente, administramos cinco doses ao longo da sazonalidade, com intervalos de 30 dias entre elas. É importante que a população saiba que apenas uma dose não oferece proteção adequada”, alerta. Vale ressaltar que o palivizumabe não é uma vacina, mas um anticorpo monoclonal (proteínas produzidas em laboratório que ajudam o sistema imunológico a combater doenças). Seu uso impede a adesão do VSR ao trato respiratório da criança – público mais vulnerável –, reduzindo a chance de infecção grave. Vírus sincicial respiratório e seus sintomas Ainda no primeiro ano de vida, aproximadamente 50% dos bebês são infectados pelo VSR. Ao considerar crianças até 2 anos de idade, esse índice ultrapassa os 90%. As taxas de hospitalização são superiores em prematuros e em crianças com malformações cardíacas. Aquelas com doença pulmonar crônica da prematuridade (DPCP) apresentam maior risco de desenvolver infecções graves. O VSR causa sintomas semelhantes aos de outros vírus respiratórios, como coriza, tosse e febre baixa. A diferença, explica o RTD, é que o vírus sincicial adere a partes das vias respiratórias, dificultando a expectoração. Isso provoca obstrução e inflamação nas vias aéreas e nos bronquíolos, causando bronquiolite. Entre os sinais de alerta estão desconforto respiratório, prostração e dificuldades na amamentação e alimentação. Nesses casos, é recomendado procurar atendimento em uma das unidades da SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Começa o período de administração do remédio palivizumabe na rede pública
Pelo segundo ano consecutivo, Alice Maia, de 1 ano e 8 meses, recebeu o remédio palivizumabe no Hospital do Guará (HRGu). Desde o nascimento, a família da bebê diagnosticada com cardiopatia foi informada sobre a importância de fazer uso da medicação que favorece a prevenção contra doenças respiratórias graves até os 2 anos de idade. Em 2023, Alice completou as cinco doses recomendadas. “A gente faz tudo para que ela possa tomar o palivizumabe. Esse é um medicamento muito caro, que nós não teríamos condições de oferecer se não fosse o fornecimento gratuito pelo GDF”, celebra a mãe, Priscila Maia, de 26 anos. O palivizumabe é um importante aliado de bebês nascidos prematuros, com malformações cardíacas ou doença pulmonar crônica até os 2 anos de idade | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde O primeiro ano do uso da medicação foi suficiente para demonstrar a eficácia contra os agravos causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR). “Ela chegou a ter alguns resfriados leves, mas nunca evoluiu para nenhum quadro grave. Acredito que a medicação foi muito importante para o fortalecimento da imunidade dela”, relata a moradora do Riacho Fundo, região administrativa inserida na Região de Saúde Centro-Sul. O palivizumabe é um importante aliado à saúde de bebês nascidos prematuros, com malformações cardíacas ou doença pulmonar crônica até os 2 anos de idade. No primeiro ano de vida, em torno de 50% das crianças são infectadas pelo VSR e mais de 90%, até os 2 anos de idade. Os pacientes internados na rede pública que atendam aos critérios estabelecidos recebem a medicação durante a assistência hospitalar, por prescrição médica O período de administração da medicação na rede pública do Distrito Federal em 2024 teve início na primeira semana de fevereiro e irá até julho. O VSR tem um caráter sazonal e, no Distrito Federal (DF), assim como na região Centro-Oeste, os meses entre março e julho são considerados como o período de maior circulação. Cada criança poderá receber de uma a cinco doses do medicamento, a cada 30 dias. O número total de doses por criança dependerá do mês de início das aplicações, uma vez que o medicamento não será fornecido e aplicado após o término da sazonalidade em nenhuma circunstância. Acesso ampliado à população do DF Ao todo, são oito locais de aplicação do palivizumabe – cada região de saúde dispõe de ao menos um polo de referência. Conforme os critérios definidos pelo Ministério da Saúde (MS), são habilitadas para receber a medicação: crianças com menos de 2 anos de idade com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica da prematuridade); crianças com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento para insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar significativos; e crianças menores de 1 ano que nasceram prematuras com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. O DF adota um critério estendido, de forma pioneira no país para os nascidos prematuros de até 6 meses que nasceram com idade gestacional de 29 semanas até 31 semanas e seis dias. “Este critério estendido traz uma proteção maior aos nossos prematuros, um público que é extremamente vulnerável a maior incidência de infecções por vírus respiratório. Dessa forma, conseguimos protegê-los para que não venham a contrair essas doenças ou evoluir para os casos graves”, explica a pediatra Aline César, integrante da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde (ARAS) da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (SAIS). Como receber o palivizumabe? Os pacientes internados na rede pública de saúde que atendam aos critérios estabelecidos recebem a medicação durante a assistência hospitalar, por prescrição médica. Os pacientes externos e internados na rede privada podem ter acesso ao palivizumabe, se corresponderem aos critérios do MS, por autorização emitida pelo Hospital da Criança de Brasília ou médico pneumologista autorizado pela SES-DF para os casos de pneumopatias; e, para os casos de cardiopatia, mediante autorização pelo Hospital da Criança, pelo Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) ou por cardiologista pediátrico autorizado pela SES-DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em caso de prematuridade, a autorização é dada pelo polo de aplicação após o preenchimento do formulário de solicitação e o termo de consentimento pelos médicos responsáveis pelos pacientes – de acordo com o fluxo estabelecido pela nota técnica. Nesses últimos dez anos, mais de cinco mil crianças (5.415) foram atendidas na SES-DF. Paralelamente, o coeficiente de mortalidade infantil foi reduzido de 11,4 óbitos para cada grupo de 1.000 nascidos vivos, em 2014, para 9,7, em 2020 – segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), consolidados no último Relatório Epidemiológico sobre Mortalidade Infantil do Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Imunização de crianças contra complicações respiratórias graves é ampliada
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) aumentou a aplicação do medicamento palivizumabe em 2023. Neste ano, 764 pacientes – bebês de até um ano que nasceram prematuros com até 31 semanas e crianças cardiopatas e pneumopatas de até 2 anos – receberam a proteção, um aumento de 22,4% em relação a 2022. A medicação é indicada para esse público no DF e protege de complicações respiratórias graves. A imunização com palivizumabe no DF alcançou o maior patamar em 2023; em 10 anos, o total de crianças imunizadas passou de 250 para 764 | Foto: Sandro Araújo/Arquivo Agência Saúde-DF O remédio é um anticorpo monoclonal que previne doenças provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador de doenças respiratórias, como bronquiolites e pneumonias. A aplicação é sazonal, por isso, ocorreu de fevereiro a 31 de julho, período de maior circulação do vírus. “É um ganho imenso para a saúde das crianças que têm indicação. Significa que a SES está conseguindo ampliar o acesso e, depois de uma década, temos uma ação consolidada”, avalia a médica pediatra e presidente do Comitê Central de Prevenção e Controle de Óbitos Materno Fetal e Infantil do DF, Miriam Oliveira dos Santos. Artes: Agência Saúde-DF A imunização com palivizumabe começou em 2014 no DF e alcançou o maior patamar em 2023 – nesse período de 10 anos, o total de crianças imunizadas passou de 250 para 764. Ou seja, um crescimento de 205%. A especialista atribui o desempenho ao empenho de várias áreas técnicas. Cada Região de Saúde do DF possui um local de referência para disponibilização do medicamento. Na Região Sul, o Hospital Regional do Gama (HRG) aplicou 321 doses. O enfermeiro e chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NVEPI) da Região, Adriano Martins, explica que cada criança, com indicação médica, pode tomar até cinco doses. “O número total de doses por criança depende do mês de início das aplicações.” No total, a Região Sul atendeu 166 crianças. Outras 173 receberam o palivizumabe na Região Central e 134, na Região Sudoeste. Houve ainda 105 pacientes atendidos na Região Norte, 102 foram medicados na Região Oeste, 51, na Região Leste, e 33 aplicações ocorreram na Região Centro-Sul. Os atendimentos somam a imunização dos polos ambulatoriais de referência e também nos hospitais, onde prematuros recebem doses. Quem recebe o medicamento Em 2023, 764 crianças que atendem os critérios receberam o medicamento palivizumabe no DF. A medicação é aplicada contra complicações respiratórias graves em cinco doses O Ministério da Saúde indica o uso do palivizumabe para crianças menores de dois anos de idade portadoras de displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica da prematuridade), com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento para insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar significativos e para crianças menores de um ano que nasceram prematuras, com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. No DF, a Secretaria de Saúde adota um critério ampliado para bebês nascidos prematuros. Crianças menores de seis meses de idade que nasceram prematuras com idade gestacional de 29 semanas até 31 semanas e seis dias também recebem o medicamento na rede pública. O imunobiológico é considerado medicamento de alto custo, cada caixa custa em média R$ 5 mil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Prevenção de doenças respiratórias A Secretaria de Saúde tem implementado diversas ações para atender o público infantil no período de sazonalidade de doenças respiratórias. Um exemplo foi a criação do primeiro Plano de Enfrentamento para as Doenças Respiratórias da Infância, que avalia estratégias no enfrentamento das doenças respiratórias da infância. Outra medida criada foi a rota rápida, disponibilizada em alguns hospitais da rede SES, objetivando maior celeridade nos atendimentos de pacientes pediátricos de média e baixa complexidades, classificados com pulseiras das cores verde ou amarela. Neste ano, a campanha de vacinação contra a gripe (vírus Influenza) para o público infantil foi antecipada, motivada pelo aumento de doenças respiratórias. A vacinação evita os casos graves da doença, principalmente nas crianças menores de dois anos, grupo mais vulnerável. *Com informações da Secretaria de Saúde
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DF oferece medicação que previne complicações respiratórias graves
Reduzindo a mortalidade e evitando complicações respiratórias em crianças de até 2 anos, a medicação palivizumabe será aplicada, neste ano, pela rede pública de saúde do DF até julho. O período segue a sazonalidade de prevenção ao vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecção de vias aéreas em bebês e crianças pequenas. O palivizumabe é aplicado pela rede pública de saúde até julho, seguindo a sazonalidade de prevenção ao vírus sincicial respiratório (VSR) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Como o remédio é destinado ao público mais suscetível aos riscos de problemas respiratórios pelo VSR, é preciso verificar os critérios exigidos. De acordo com normas do Ministério da Saúde, a medicação deve ser aplicada em crianças com menos de 2 anos de idade com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica da prematuridade) ou cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento para insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar significativos, além de crianças abaixo de 1 ano que nasceram prematuras com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. [Olho texto=”“Essas crianças que têm indicação de tomar o remédio são as com maiores riscos para complicações da doença, podem precisar de internação e até ir para a UTI. Isso aumenta muito o risco de morte”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] No DF, há ainda um critério adicional, que amplia a proteção para nascidos prematuros e ajuda a reduzir a mortalidade no grupo mais vulnerável. A rede local também fornece o palivizumabe para bebês de até seis meses que nasceram com idade gestacional de 29 semanas até 31 semanas e seis dias. “Essas crianças que têm indicação de tomar o remédio são as com maiores riscos para complicações da doença, podem precisar de internação e até ir para a UTI. Isso aumenta muito o risco de morte”, explica a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, que é responsável pelo medicamento na rede. De 2014 a 2022, o DF atendeu a 4.651 pacientes com o palivizumabe. Segundo a especialista, desde 2014, quando o medicamento passou a ser disponibilizado no DF, não há registro de mortes por bronquiolite no público-alvo. Como ter acesso à medicação Sete polos ambulatoriais – localizados em hospitais (veja arte) – fazem a aplicação da medicação, que é injetável, mas não deve ser confundida com vacina. Trata-se de um anticorpo monoclonal humanizado. Crianças e bebês internados que atendem os critérios recebem o medicamento durante a internação. Arte: Agência Saúde-DF Já em casos ambulatoriais a aplicação é agendada por polo e há documentações específicas que precisam ser entregues. O médico que assiste ao paciente deve preencher o formulário de solicitação e termo de consentimento. Este último é assinado também pelos responsáveis pelas crianças. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para bebês e crianças com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica ou pneumopatia da prematuridade, é preciso autorização dos locais de referência. A autorização para casos de pneumopatias é emitida pelo Hospital da Criança de Brasília ou médicos pneumologistas autorizados pela SES-DF. Já para cardiopatia, a autorização deve ser emitida pelo Hospital da Criança, pelo Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) e por cardiologistas pediátricos autorizados pela SES-DF. Após todos os passos necessários, a documentação deve ser entregue no local de aplicação que for referência para o paciente (por região de saúde) para agendamento da aplicação do medicamento. Também é preciso ter o número do cartão SUS da criança. O período de fornecimento do palivizumabe é de fevereiro a julho de 2023, sem prorrogação. As doses devem ser administradas com intervalo de 30 dias. O número total de doses por criança dependerá do mês de início das aplicações, variando de uma a cinco doses, no máximo. Assim, algumas crianças poderão receber menos do que cinco doses, de acordo com a idade e o período de sazonalidade. A pequena Aya Von-Grapp dos Santos, de 1 ano e sete meses, já está no segundo ciclo do palivizumabe, pois tem complicação respiratória da prematuridade | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Redução de riscos Ainda no hospital, logo após o nascimento, a família de Aya Von-Grapp dos Santos, que nasceu com 600 gramas e menos de 28 semanas, foi informada sobre a medicação. Agora, com 1 ano e sete meses, ela já está no segundo ciclo do palivizumabe, pois tem complicação respiratória da prematuridade. Como mora no Núcleo Bandeirante, recebeu nesta terça-feira (14) a segunda dose no Hospital Regional do Guará, que é referência para a Região Centro-Sul de Saúde. Aposentada, a avó de Aya, Eliana Cardoso Von-Grapp, acompanha a neta nos atendimentos necessários. “Conseguir essa medicação pelo SUS é muito importante, porque ela é cara, mas reduz o risco de internação e acaba sendo uma economia para o governo, e, principalmente, um alívio emocional para a família.” Ela relembra como foram difíceis os seis meses e nove dias que Aya passou internada quando nasceu prematura. Desde então, a neta passou apenas por uma internação, de sete dias, e sem agravamentos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde inicia aplicação do medicamento palivizumabe
A Secretaria de Saúde (SES) iniciou, nesta terça-feira (1º), a aplicação do palivizumabe, remédio utilizado na prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais causadores de infecções respiratórias, bronquiolite e pneumonia. O medicamento será utilizado em crianças de até 1 ano que tenham nascido com idade gestacional de até 28 semanas e crianças de até seis meses que nasceram com até 31 semanas e seis dias de gestação. “Os prematuros são vulneráveis ao VSR e têm maior risco de desenvolver a doença de forma grave, por isso é importante que as famílias procurem os locais de aplicação”, recomenda a coordenadora das políticas de aleitamento materno e dos bancos de leite do Distrito Federal, Miriam Santos. A primeira dose do medicamento começa a ser aplicada já neste mês, antes do outono e do inverno, época de maior transmissibilidade do VSR. Doses subsequentes serão aplicadas com intervalo de 30 dias, até julho. O número de doses por criança pode variar de uma a cinco. Em 2021, a SES aplicou o palivizumabe em 626 crianças. Portaria Em 2020, a SES publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a Portaria n° 78, que reorganizou a aplicação ambulatorial e o fornecimento do fármaco palivizumabe na rede pública. O medicamento é ofertado pela farmácia hospitalar de cada unidade da rede, mediante apresentação do formulário de solicitação e do Termo de Consentimento devidamente preenchidos e assinados. “Os pais dos pacientes que têm direito ao medicamento devem procurar o local de aplicação, com os formulários preenchidos, para que seja agendada a aplicação”, orienta Mirian Santos. O palivizumabe está disponível nos hospitais da Criança de Brasília José Alencar, Regional de Planaltina, Regional da Região Leste, Regional de Taguatinga, Regional do Guará, Regional de Ceilândia e Regional do Gama. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Crianças recebem prevenção contra infecções respiratórias
Luniere com a pequena Emily: “Comemoro a oportunidade de a minha filha ter sido contemplada com esse medicamento” | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Emily tem apenas quatro meses e já é uma vencedora. Portadora de síndrome de Down, a menina ficou 11 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por causa de uma doença crônica que enfraquece o músculo do coração a ponto de ele perder a capacidade de bombear regularmente o sangue. “Uma criança cardiopata é mais suscetível a infecções; por isso, eu comemoro a oportunidade de a minha filha ter sido contemplada com esse medicamento”, ressalta a pedagoga Luniere Alves Carvalho de Castro, 37 anos, mãe de Emily. A menina foi uma das crianças que receberam, nesta terça-feira (23), o Palivizumabe, um imunobiológico que previne as infecções respiratórias agudas no primeiro ano de vida, bem como as complicações, na infância, causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). [Olho texto=”“Essa é uma das ações que estão ajudando a reduzir a mortalidade infantil no Distrito Federal”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O início da aplicação do remédio no Hospital Regional do Guará (HRGu) faz parte da expansão de unidades autorizadas pela Secretaria de Saúde (SES). A ação começou no ano passado e foi considerada fundamental para melhorar o acesso da comunidade ao serviço. “Essa é uma das ações que estão ajudando a reduzir a mortalidade infantil no Distrito Federal”, atesta a médica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do DF. O medicamento custa mais de R$ 3,5 mil, mas desde 2013 passou a ser oferecido pela rede pública. Em 2020, foram reorganizados os polos de aplicação para que a população tivesse mais acesso a esse recurso. A medicação passou a ser oferecidas em sete desses pontos (veja quadro). Arte: Agência Brasília Acesso [Olho texto=”“De 50% a 80% das crianças são acometidas pelo VSR no primeiro ano de vida”” assinatura=”Emmanuelle de Sousa Neas Pedroso, pediatra e pneumologista do HRGu” esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa medicação é oferecida pelo SUS e também está disponível nos serviços privados desde 2018”, informa Miriam Santos. “Com a reorganização dos serviços de saúde no DF, aumentou o acesso da população a esses serviços”. No total, 3.402 crianças receberam o medicamento de 2014 a 2020. “De 50 a 80% das crianças são acometidas pelo vírus [VSR] no primeiro ano de vida”, relata a pneumologista e pediatra Emmanuelle de Sousa Neas Pedroso, responsável pela autorização e prescrição do medicamento no HRGu. As crianças que receberam a medicação nessa unidade hospitalar tiveram o agendamento confirmado por telefone ou pelo whatsapp e foram atendidas no horário marcado. “Eu nem conhecia esse remédio, mas me explicaram direitinho para que serve; me senti feliz de ver que minha filha está sendo muito bem-acompanhada”, disse a dona de casa Maria Iris Silva de Oliveira, 48 anos, mãe de Anna Lis, de um ano, que sofre de cardiopatia. Maria Iris, com a filha Anna Lis: “Eu nem conhecia esse remédio, mas me explicaram direitinho para que serve” Moradora da Candangolândia, Laryssa Nunes Ferreira, 24 anos, também comemora a medida. Mãe de Enzo, de 2 anos, e Miguel, de 9 meses – que nasceu com 38 semanas e apresenta cardiopatia – foi a primeira a entrar na sala de aplicação do medicamento. “Vai ajudar muito a prevenir doenças respiratórias no Miguel. No próximo mês, estarei aqui novamente, porque são cinco doses”, enfatizou a dona de casa. Laryssa: . “Vai ajudar muito a prevenir doenças respiratórias no Miguel” Sazonalidade O VSR aparece sazonalmente nos estados da região Centro-Oeste. Os meses de março a julho são considerados os de maior circulação do vírus no DF. Nesse período, as crianças de risco estão mais propensas a contrair o vírus por causa da ausência de anticorpos específicos, da baixa imunidade e da existência de diferentes sorotipos. O encaminhamento de quem precisa receber o medicamento é feito pelo próprio médico da criança. É ele que faz o preenchimento dos formulários dentro dos critérios, e as famílias procuram os locais de aplicação. “As crianças que necessitam de autorização, como os cardiopatas e pneumopatas, precisam ir ao HCB [Hospital da Criança de Brasília] com os documentos para solicitar o serviço”, orienta Miriam Santos. Locais de aplicação/endereços Hospital da Criança de Brasília José de Alencar: Área Especial (AENW) 03, Lote A, Setor de Habitações Coletivas (SHCN), Noroeste. Hospital Regional do Guará: QI O6, Lote C s/nº, Área Especial, Guará. Hospital Regional de Ceilândia: QNM 27, Área Especial, Ambulatório II, Sala 15, Ceilândia. Hospital Regional do Gama: Área Especial nº1, Setor Central, Gama. Hospital Regional de Taguatinga: Setor C Norte, Área Especial 24, Taguatinga. Hospital Regional de Planaltina: WL 4, Área Especial, Setor Hospitalar de Planaltina. Hospital do Paranoá: Área Especial, Quadra 2, Conjunto K, Lote 1, Paranoá
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