Resultados da pesquisa

Pdad (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios)

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Fase final da Pdad concentra visitas em regiões com mais recusas de atendimento a pesquisadores

Para elaborar políticas públicas que se adequam a cada região é necessário registrar os dados populacionais de cada área. Com esse objetivo, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) realiza a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), que já apurou dados em 92% dos domicílios que compõem a amostra. Moradores que se recusam a abrir as portas para responder o questionário dificultam a coleta dos dados e o mapeamento de algumas regiões | Fotos: Matheus H. Sousa/Agência Brasília Contudo, mesmo na reta final de coleta, há moradores que recusam abrir as portas para responder o questionário – o que dificulta a coleta dos dados e o mapeamento de algumas regiões. Durante o mês de julho, pesquisadores focam em áreas com maior recusa de atendimento, como o Lago Norte, Park Way, Lago Sul, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), São Sebastião e também o Plano Piloto. A diretora de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas, Dea Fioravante, explica que a pesquisa utiliza o método estatístico amostral, onde domicílios são sorteados e a amostra coletada é representativa para o restante da população. Diretora de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas, Dea Fioravante explica que a pesquisa utiliza o método estatístico amostral, onde domicílios são sorteados e a amostra coletada é representativa para o restante da população “A gente precisa de um número mínimo de domicílios com determinadas características para ter uma representatividade daquele grupo de pessoas que são semelhantes. Se a gente não conseguir cobrir todo o plano, a gente tem uma amostra representativa para o DF, mas não temos para essas regiões. E aí a gestão pública fica mais difícil”, elucida a diretora. “Essas informações são fundamentais para orientar decisões governamentais, alocação de recursos e implementação de programas que visam melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, ajuda a identificar desigualdades e áreas prioritárias no desenvolvimento regional”, reforça o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. O estudo começou em novembro de 2023 e é um levantamento de dados das regiões administrativas, a área rural do DF e os 12 municípios do Entorno. O diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, destaca que a pesquisa ampliada é composta de uma etapa de preparação e planejamento onde as equipes de campo são treinadas para seguir ao trabalho de campo efetivamente. O diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, destaca que a pesquisa ampliada é composta de uma etapa de preparação e planejamento onde as equipes de campo são treinadas para seguir ao trabalho de campo efetivamente Na última etapa, há o tratamento estatístico dessas informações, para que possam ser transformadas em dados e utilizadas na formulação das políticas públicas, entrando para uma base de dados composta por 25 mil domicílios entrevistados e agrupados por problemas comuns, RAs, faixa etária e demais classificações. Ao final, os dados são consolidados com os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Os principais desafios da etapa de campo têm sido relacionados com o acesso aos domicílios e a disposição da população em atender nossos pesquisadores. E existe também a recusa por parte do morador de responder à pesquisa, seja porque não tem tempo, porque não conhece o que está acontecendo ou por desconfiança”, observa. Célio Alves Pereira, morador do Lago Norte: “É importante fornecer informações que podem ser úteis e até necessárias para que o GDF desenvolva políticas públicas para melhoramento das condições de segurança, de saúde e futuras ações” Pesquisa segura Além dos agentes de coleta estarem uniformizados com o colete marrom com o nome do IPEDF, há outra ferramenta de reconhecimento dos agentes para a população, que é um QR Code no celular capaz de direcionar até a página da pesquisa com o nome do agente. Assim, antes mesmo de abrir a porta, o morador pode apontar a câmera do celular e fazer a leitura da codificação e verificar que é de fato uma pessoa cadastrada do instituto que está ali pra fazer a pesquisa. “É muito necessário que o morador sorteado receba o agente de coleta. É uma pesquisa segura, a gente não usa nenhum dado individualmente. O único dado individual que a gente usa é o primeiro nome e o telefone porque entra em contato para ter certeza que o questionário foi coletado naquele domicílio e que não foi fraudado, cumprindo nosso plano amostral”, complementa a diretora de estatística do IPEDF. A pesquisadora Mia Leão pontua que as perguntas que serão feitas envolvem infraestrutura, saúde e outros ângulos sociais que analisam se é necessária a implementação de uma nova linha de ônibus, reforço das linhas já existentes, construção de creches em uma localidade onde existe um quantitativo maior de crianças, entre outras ações. “A partir do momento em que o morador responde, por exemplo, que o asfalto está ruim, é uma chance que o Governo do Distrito Federal tem para ver se condiz e melhorar”, declara. “Quando eles colocam um bloqueio para nos receber, estão simplesmente perdendo a oportunidade de dizer as dificuldades e melhorias que eles necessitam aqui no lugar”, acrescenta Mia. Oportunidade aproveitada pelo aposentado Célio Alves Pereira, que é morador do Lago Norte. Após receber a pesquisadora ele enfatiza a importância de participar da pesquisa. “Foi tranquilo, embora seja um questionário longo. Mas é importante fornecer informações que podem ser úteis e até necessárias para que o GDF desenvolva políticas públicas para melhoramento das condições de segurança, de saúde e futuras ações. Acho que a pessoa se identificando, mostrando documento direitinho e explicando o motivo da visita, não há problema. Se todo mundo puder colaborar, fica o pedido”, ressalta o morador.

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Nova Pdad mostra perfil do brasiliense na cidade e no campo

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Pesquisa revela panorama de segurança alimentar

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulga nesta sexta-feira (21), às 10h, o estudo “Segurança Alimentar no Distrito Federal: um panorama sociodemográfico”, elaborado a partir dos dados coletados pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), realizada em 2021. O estudo apresenta e analisa os resultados sobre a temática no DF segundo características das pessoas e dos domicílios, incluindo análise dos fatores associados à ocorrência de segurança alimentar e nutricional. Serviço Segurança Alimentar no DF: um panorama sociodemográfico – Data: 21/07 – Horário: 10h – Onde: Auditório Francisco de Assis Rodrigues, localizado no 2º andar do IPEDF – Mais informações: (61) 3342-1036 / 3342-1632 | comunicacao@ipe.df.gov.br *Com informações do IPEDF

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Mais da metade da população brasiliense nasceu no Distrito Federal

Quando a jornalista brasiliense Marcela Franco, 31 anos, era criança, ela estranhava o fato de o pai Antônio Cândido Osório Neto ter nascido em Brasília. Isso porque o advogado é alguns dias mais velho que a cidade. O homem completou 63 anos no último 8 de março, enquanto a cidade idealizada por Juscelino Kubitschek chega à idade em 21 de abril. “Era difícil imaginar onde ele vivia, porque na minha cabeça não existia nada aqui. Era bem estranho, porque na minha convivência eu era a única pessoa que tinha um pai nascido em Brasília”, lembra. “Hoje eu acho muito massa e entendo que minha família é pioneira. Acho que isso nos tornou muito apaixonados pela cidade”, completa Marcela, que tem dois filhos, também nascidos no quadradinho, Antônio, 4, e Bernardo, 1. Marcela Franco (de vestido) ao lado do pai Antônio Cândido Osório Neto e família: “Hoje eu acho muito massa e entendo que minha família é pioneira. Acho que isso nos tornou muito apaixonados pela cidade” | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O que era estranheza naquele período, agora é realidade em Brasília. Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2021, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 55,5% da população brasiliense correspondem a pessoas nascidas no DF. [Olho texto=”“Não são só as estatísticas que mostram esse crescimento expressivo da população em mais de 60 anos. Quando Brasília começou, haviam registradas oito cidades satélites e hoje são contabilizadas 35 regiões administrativas. Essas mudanças podem ser consideradas muito rápidas”” assinatura=”Jusçanio de Souza, coordenador de Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF” esquerda_direita_centro=”direita”] A ascensão dos brasilienses de origem entre os moradores da cidade começou em 2013, quando o número de nascidos aqui começou a se aproximar ao de provenientes de outros estados do Brasil. A quantidade passou em 2018, com os naturais do DF superando os demais, se tornando 55,3%. “As duas últimas PDADs já apontam uma diferença próxima de 5% entre essa população [nascidos e migrantes]. Em 2018, o número era de 1,5 milhão, enquanto em 2021, já somavam mais de 1,6 milhão no universo de uma população de três milhões. Vemos um crescimento. Já somos maioria… posso dizer assim porque também me incluo nesse contingente”, destaca o coordenador de Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, Jusçanio de Souza, que também é brasiliense e completa 63 anos no mesmo mês que Brasília. “Não são só as estatísticas que mostram esse crescimento expressivo da população em mais de 60 anos. Quando Brasília começou, haviam registradas oito cidades satélites e hoje são contabilizadas 35 regiões administrativas. Essas mudanças podem ser consideradas muito rápidas”, afirma o coordenador. Novas gerações O coordenador Jusçanio e o advogado Antônio Cândido fazem parte do seleto grupo de 0,6% da população habitante que nasceu em Brasília e que vai assoprar 63 velinhas em 2023. “Na minha faixa de idade, eu tive poucos amigos brasilienses. Mas depois, aos poucos, fui tendo amigos mais jovens que já eram nascidos aqui. Todos os meus irmãos também são nascidos em Brasília, assim como meus quatro filhos”, relata o advogado, que é filho de casal pioneiro: o gaúcho Antônio Carlos Elizalde Osório, o primeiro advogado de Brasília, e a goiana Natanry Osório, que vieram para Brasília em 1957. Já a família de Melissa Maia, 22 anos, retrata a história desse aumento da população genuinamente candanga que aconteceu com o passar dos anos. A estudante e os filhos Alice, 5, e Ícaro, 1, integram a parte dos moradores da cidade que elevam o índice de nascidos no DF. Em suas faixas etárias, eles correspondem a 10,2%, 10,2% e 11,3% da população natural de Brasília, respectivamente. Os filhos de Melissa já são de uma terceira geração brasiliense. A avó deles, Karla, 48, também nasceu no quadradinho – e hoje faz parte da faixa etária que equivale a 4,5% desta população –, num período em que os nascidos começaram a ser mais comuns. “Como eu nasci nos anos 2000, eu sou de uma geração em que as crianças já tinham pais de Brasília. Para mim, era comum. Eu achava estranho quem tinha pai e mãe de fora”, comenta a jovem. Mais do que ser uma família de origem no DF, os Maias gostam de manter as tradições da cidade vivas por gerações. Melissa lembra que gostava de ir ao Parque da Cidade brincar no foguetinho e nos brinquedos do Nicolândia e também de ir ao shopping. “São muitas lembranças que com certeza eu quero levar para os meus filhos. Já virou tradição, por exemplo, levar minha filha ao bloco de carnaval Baratinha. E eu quero continuar os levando aos locais que remetem a Brasília, como a Torre de TV, com a qual Alice ficou encantada”, revela. A família de Melissa Maia, toda natural de Brasília, gosta dos passeios que são os cartões-postais da capital, como a Torre de TV | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Perfil dos brasilienses [Olho texto=”Entre os migrantes, no topo das origens dos moradores está Minas Gerais (15,5%), seguida de Bahia (11,9%), Goiás (11,9%), Maranhão (11,6%) e Piauí (11,4%)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Dos 55,5% dos habitantes de Brasília que são nascidos no Distrito Federal, a maior parcela da população está entre as pessoas de 0 a 24 anos. “Na medida em que vai se distanciando, com idade mais avançada, vai reduzindo o percentual dos naturais de Brasília e vice-versa”, revela Jusçanio de Souza. Há equilíbrio entre homens e mulheres. Mas há distinção quando se trata de cor. A maior parcela desse grupo é composta por pardos (47,1%) e brancos (41,6%), em menor quantidade estão os pretos (9,7%), amarelos (1,35%) e indígenas (1,35%). Em relação aos migrantes, se percebe uma diferença no índice de escolaridade. “Temos um contingente expressivo de nascidos com nível superior ou superior incompleto. Temos um perfil elevado que se distancia da média do país”, revela o coordenador do IPEDF. Entre os naturais do DF, 42,1% têm ensino superior completo e 9,1% superior incompleto, contra 32,6% com superior completo e 4,1% com superior incompleto entre os não nascidos. Já entre os migrantes uma característica marcante são as origens dos moradores. No topo está Minas Gerais, com 15,5%, seguida de Bahia (11,9%), Goiás (11,9%), Maranhão (11,6%) e Piauí (11,4%).

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Mulheres representam 52,2% da população do DF

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quinta-feira (1º), o sumário executivo do estudo Mulheres e desigualdades de gênero em tempos de pandemia. A publicação faz parte da segunda edição da série Retratos Sociais DF, que, a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas dos seguintes recortes da população: crianças, jovens, mulheres, idosos; negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. O estudo apresenta o perfil sociodemográfico da população feminina do Distrito Federal, comparando os dados entre homens e mulheres em aspectos como educação, responsabilidade pelo domicílio e arranjo familiar, trabalho remunerado e não remunerado e segurança alimentar e nutricional, sob a perspectiva das desigualdades de gênero. Perfil sociodemográfico A maioria das mulheres do DF (77,9%) estava ocupada no mercado de trabalho formal em 2021, segundo estudo divulgado pelo IPEDF | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em 2021, 1.568.114 mulheres residiam na capital federal, correspondendo a 52,2% dos moradores. Mais da metade da população feminina se declarava negra (57,4%). Na classe A, 68% das mulheres eram brancas. Por outro lado, 70,6% das mulheres na classe DE eram negras. [Olho texto=”A menor proporção de mulheres chefes de domicílio era na classe A (33%) e a maior proporção, na classe DE (60%)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A maioria da população feminina (52%) convivia com cônjuge ou companheiro(a). Nas classes mais altas, estavam as maiores proporções de mulheres casadas: 57% delas nas classes A e B1. Em contrapartida, 52,9% das mulheres na classe DE eram solteiras. Educação Em 2021, as regiões administrativas com maiores proporções de mulheres com ensino superior completo eram Lago Sul (86,9%), Sudoeste/Octogonal (86,8%) e Park Way (82,9%), todas de alta renda. Já as regiões com menores proporções eram SCIA/Estrutural (4,5%), Sol Nascente/Pôr do Sol (8,5%) e Fercal (8,9%), todas de baixa renda. A proporção de mulheres de 25 anos ou mais com ensino superior completo era maior que a de homens nas classes mais baixas, com exceção da classe DE, na qual a proporção era a mesma para ambos (2%). Nas classes mais altas, observou-se o contrário. [Olho texto=”72,6% dos domicílios com arranjos monoparentais femininos encontravam-se sob a responsabilidade exclusiva de mulheres negras” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Domicílio e arranjo familiar Cerca de 49% dos domicílios em 2021 eram chefiados por mulheres, frente aos 51% por homens. Entre as responsáveis pela família, a maioria se encontrava em arranjos monoparentais femininos (29,1%), enquanto os responsáveis pela família se concentravam em arranjos de casais com filhos (41,5%). Na análise por classe social, observou-se que a menor proporção de mulheres chefes de domicílio era na classe A (33%) e a maior proporção, na classe DE (60%). Além de se concentrarem nas classes mais baixas, 72,6% dos domicílios com arranjos monoparentais femininos encontravam-se sob a responsabilidade exclusiva de mulheres negras. No geral, havia mais domicílios em que as mulheres são responsáveis pela família e compartilham essa responsabilidade (52,2%) do que aqueles em que elas são responsáveis e não a compartilham com cônjuge ou companheiro(a). No entanto, os domicílios nos quais a responsabilidade é compartilhada concentravam-se nas classes mais altas. Trabalho remunerado e não remunerado No DF, 51,9% das mulheres estavam trabalhando em 2021. A maioria delas estavam ocupadas no mercado de trabalho formal (77,9%). Entre aquelas ocupadas informalmente (22,1%), a maioria era negra (60,1%). A taxa de desemprego entre as mulheres (14,5%) era quase o dobro da taxa observada entre os homens (7,7%) e acima da taxa da população em geral (11%). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Analisando por renda, na classe A, as mulheres ocupadas se encontravam principalmente nos setores produtivos de educação, saúde humana e serviços sociais e de administração pública, defesa e seguridade social. Já na classe DE, o trabalho doméstico era o setor no qual se encontrava a maioria delas (30,3%). Além disso, o emprego doméstico remunerado era predominantemente exercido por mulheres negras (72,8%). Em relação ao trabalho não remunerado, a proporção de mulheres que realizavam afazeres domésticos (90,9%) era superior à de homens (77,4%). Em média, elas gastam aproximadamente cinco horas semanais a mais em cuidados com o lar do que eles. Insegurança alimentar Em 2021, a insegurança alimentar atingia principalmente aquelas que eram responsáveis pelo lar e de classes mais baixas. Na classe DE, 14% dos domicílios chefiados por mulheres encontravam-se em situação de insegurança grave, 12% moderada e 23% leve. Mais de 70% das chefes de família em situação de insegurança alimentar moderada ou grave eram negras. *Com informações do IPEDF  

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Dados de cidades da região norte do DF serão apresentados nesta quarta (29)

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) levará às cidades de Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Planaltina seus aspectos demográficos, socioeconômicos e as informações domiciliares coletados durante a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (Pdad). As quatro regiões estão agrupadas na Unidade de Planejamento Territorial (UPT) Norte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A apresentação desses dados será realizada nesta quarta-feira (29) na Administração Regional de Sobradinho, que fica na Rua Administrativo Lote A da Quadra Central. O evento está previsto para começar às 10h, com a presença de autoridades, entre administradores e chefes de corporação, como Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Codeplan no YouTube. Além das questões tradicionais, como renda e bens de consumo e bens duráveis, a Pdad abordará questões sobre insegurança alimentar, animais domésticos, identidade de gênero e orientação sexual (fornecido para maiores de 18 anos). Considerado o maior raio x que se tem conhecimento sobre o DF, o levantamento de informações percorreu aproximadamente 30 mil domicílios no quadrilátero, com intuito de fornecer ao Governo do Distrito Federal (GDF) e aos representantes do povo na Câmara Legislativa suporte para a criação de políticas públicas baseadas em evidências e amostragem. *Com informações da Codeplan

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Ceilândia, Taguatinga e Samambaia despertam a atenção de quem quer se mudar

As regiões de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia lideram a lista de localidades do Distrito Federal com mais intenção de se tornarem os novos domicílios de quem pretende se mudar, considerando o total de regiões administrativas (RAs) do DF. É o que indica a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021, elaborada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal – (IpeDF) Codeplan. Ceilândia é a região mais procurada; à direita, trecho das obras na Avenida Hélio Prates | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Das mais de 180 mil pessoas que têm intenção de alterar de endereço em breve, 14,5% pretendem se transferir para a região de Ceilândia. Taguatinga é o destino desejado por 10,9%, enquanto Samambaia figura na terceira posição, aparecendo na resposta de 8,8% dos entrevistados. Flávia Campelo:  “Sempre acabamos voltando para Ceilândia pelo carinho e pelas vantagens que temos aqui” | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Flávia Regina Tavares Campelo e Sidnei Freitas de Almeida, ambos de 34 anos, mudaram-se recentemente para Ceilândia. Essa é a segunda vez que o casal mora na cidade. A primeira foi em 2013, quando eles deixaram Cristalina (GO). Dessa vez, trocaram Águas Lindas (GO) pela RA. “A gente costumava ir morar em Goiás por causa do valor do aluguel, mas sempre acabamos voltando para Ceilândia pelo carinho e pelas vantagens que temos aqui”, explica Sidnei. A dona de casa elenca uma série de benefícios que envolvem acesso à educação e saúde, além da mobilidade. “Viemos para cá pela facilidade de locomoção e por causa da nossa filha, que é especial”, conta. “Aqui encontramos uma escola em que ela foi acolhida, e podemos fazer [em Ceilândia] os exames e as consultas dela”. Sidnei destaca também as opções de lazer locais: “Tem bastante espaços culturais, como o Sesc, a Casa do Cantador e os eventos de rap”. Para Flávia, que morou há oito anos em Ceilândia antes de se mudar novamente, é possível ver as melhorias: “A cidade cresceu bastante, até nessa questão de saúde. Também percebo que há mais ônibus. É uma região fácil de [a gente] se virar”. [Numeralha titulo_grande=”R$ 120 milhões ” texto=”já foram investidos em obras para Ceilândia” esquerda_direita_centro=”direita”] A ideia da família é fixar moradia na RA, com uma casa própria. Atualmente, Flávia e Sidnei vivem com os três filhos – Isabel, 8 anos; David Wylhan, 18, e Samuel, 14 – em um apartamento de aluguel. “Nosso sonho agora é ter uma casa aqui”, conta Sidnei. Investimento em melhorias O administrador de Ceilândia, Claudio Ferreira Domingues, citou algumas das ações do governo que ajudam a tornar a cidade mais atrativa para a população, como as obras feitas na Avenida Hélio Prates, a reforma das escolas e a criação de duas unidades de saúde básica (UBSs) e de uma unidade de pronto atendimento (UPA). “O governo tem concentrado uma atenção especial”, avalia. “[Ceilândia] É uma cidade que abraça todo mundo. É bem receptiva”. Já foram investidos quase R$ 120 milhões na cidade, desde o início desta gestão. “Logo [a Hélio Prates] será uma das avenidas mais bonitas do DF”, antevê o gestor. “Vai melhorar a infraestrutura e o transporte. Acredito muito na força do comércio de Ceilândia. Todo esse investimento do governo tem feito bem à cidade. Ainda vamos recuperar as avenidas principais de Ceilândia, e foi iniciado o trabalho do RenovaDF para recuperar quadras do Setor O, Setor P, Ceilândia Norte, Ceilândia Sul e P Sul”. Taguatinga, que já ganhou mais de 60 km de calçadas, aparece na segunda colocação entre as localidades preferidas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Situação semelhante pode ser observada em Taguatinga, que aparece na segunda posição da Pdad 2021. Foram mais de R$ 300 milhões investidos em melhorias. A região abriga a maior obra viária do país, o Túnel de Taguatinga, e também é beneficiada pela reforma da Avenida Hélio Prates. “Esse investimento do governo trouxe a atenção das pessoas para Taguatinga”, afirma o administrador da cidade, Ezequias Pereira. “É uma cidade tradicional, com obras estruturantes que vão melhorar os meios de transporte”. [Olho texto=”Maior obra viária atual em andamento no país, o Túnel de Taguatinga, quando concluído, levará considerável melhoria de tráfego a toda a região” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para o administrador, a região também se destaca por ter opções de lazer, como o Taguaparque e a Floresta Nacional de Brasília (Flona), as quadras de esporte que foram reformadas e a construção de mais de 60 km de calçadas. “Na saúde, temos o centro radiológico mais moderno, além da requalificação da área do Hospital Regional de Taguatinga, facilitando para os pacientes”, aponta. “Temos o maior polo de moda, que gera emprego. Sem falar que Taguatinga está se tornando uma cidade mais segura, com os índices de criminalidade em queda”. Opções de moradias Ainda este ano, o técnico de informática Daniel Lopes Araujo, 26 anos, troca Ceilândia por Samambaia. O jovem vai se mudar para o Residencial Cecília Meireles, na QR 614, uma das unidades habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) na região administrativa. De 2019 até hoje, foram entregues 444 moradias na RA. Para 2022, estão previstas mais 148 ocupações. “Estou um pouco ansioso, pois será meu primeiro imóvel”, conta Daniel. “Acredito que vá ser um ótimo local. Há mercados, lojas de construção, academia, escola, hospital, lanchonetes, entre outras coisas, tudo perto.” [Olho texto=”“Samambaia é uma cidade com um projeto arquitetônico que favorece a qualidade de vida e a mobilidade, com avenidas largas, calçadões e uma boa área de lazer” ” assinatura=”Claudeci Ferreira, administrador de Samambaia” esquerda_direita_centro=”direita”] A ideia de mudar para Samambaia veio por ser uma cidade próxima a onde os pais dele moram e pelo acesso a outras RAs, como o Plano Piloto – onde ele trabalha –, Taguatinga e Águas Claras. “O que mais me atrai na região é o planejamento das vias, bem espaçosas, e as quadras bem-divididas”, elogia. “Também tem a questão do comércio, que parece estar crescendo bastante. Você praticamente encontra de tudo. Há muitos locais também para sair à noite. Acredito que seja um local ideal para expansão”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Terceira colocada no ranking, Samambaia recebeu mais de R$ 13 milhões em melhorias, em áreas como educação e saúde, com construção de creches e de mais uma UBS. “Temos um número considerável de creches”, ressalta o administrador local, Claudeci Ferreira. “É uma cidade composta por 13 UBSs, uma rede de atenção primária melhor do que em outras cidades, além de um hospital e uma UPA”. Samambaia se destaca pela boa estrutura viária, educacional e de saúde | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Outras vantagens de Samambaia são apontadas pelo administrador: “Samambaia é uma cidade com um projeto arquitetônico que favorece a qualidade de vida e a questão da mobilidade, com avenidas largas, calçadões e uma boa área de lazer. Também é uma cidade que desponta por estar em pleno crescimento. Tem muito ainda a receber, com condições estruturais para o desenvolvimento”.

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DF tem delegacia e repúblicas especializadas para população LGBTQIA+

O Distrito Federal é o primeiro e único ente federativo no Brasil a incluir e contabilizar oficialmente em uma amostragem social a população LGBTQIA+. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2021 (Pdad), da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), registra que 3,8% dos residentes da capital federal se declara homossexual. O dado baliza o Executivo na elaboração e condução de políticas públicas em Brasília. O Ambulatório Trans realizou, de 1º de janeiro a 18 de maio de 2022, 1.982 consultas com quase dez especialidades médicas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Atento a essa parcela da sociedade e às suas demandas, o Governo do Distrito Federal (GDF) vem desenvolvendo uma série de políticas públicas que auxiliam no combate à discriminação e à violência, além da garantia de acesso desses cidadãos a serviços relacionados a saúde e segurança. Há, inclusive, ações direcionadas exclusivamente ao público trans (Cidadania Trans) coordenadas diretamente pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). [Olho texto=”Em 2019, o GDF foi signatário na adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, estabelecendo o compromisso de cooperação mútua na implementação de um conjunto de ações previstas no combate à LGBTfobia e ao fortalecimento de ações voltadas a essa parcela da população” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “A Pdad 2021 é a primeira coleta oficial com dados da população LGBTQIA+ no país. Na década passada, o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] divulgou no Censo 2010 o número de 60 mil casais, mas não incluiu a identidade de gênero”, ressalta o coordenador do Centro LGBTS+ de Brasília, Júlio Cardia. Em 2019, o GDF foi signatário na adesão ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, estabelecendo o compromisso de cooperação mútua na implementação de um conjunto de ações previstas no combate à LGBTfobia e ao fortalecimento de ações voltadas a essa parcela da população. O DF conta com equipamentos e serviços públicos de proteção e assistência à população gay. Uma delas é regida pela Polícia Civil. Parte do complexo policial em frente ao Sudoeste, a Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, por Orientação Sexual, Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) atende pessoas que sofreram algum tipo de violência ou abuso em razão de sua orientação sexual. Maria Júlia Souza, mulher trans, chegou a morar em um abrigo só para homens, até conseguir vaga em uma das repúblicas do GDF destinada ao público LGBTQIA+ Ao mesmo tempo, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem o Núcleo de Enfrentamento à Discriminação, que atua no reconhecimento e implementação dos direitos assegurados a esses grupos vulneráveis. Maria Júlia Souza Lopes, 22 anos, viveu a infância e adolescência em situação de rua. Sem família, chegou a morar em um abrigo só para homens, onde sofria preconceito por ser uma menina trans no corpo de um rapaz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Isso durou até que ela conseguiu ser abrigada em uma das três repúblicas (há duas em Ceilândia e uma no Riacho Fundo) geridas pelo GDF para o público LGBTQIA+ vítima de violência ou abandono. “Lá, tudo é mágico e somos bem-tratados. Agora tenho um lar, sem o frio das ruas e com pessoas que considero uma família”, diz a jovem. Ambulatório Trans A população LGBTQIA+ do DF conta ainda com o Creas Diversidade e o Ambulatório Trans – este em atividade no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), antigo Hospital Dia, na 508/509 Sul. O ambulatório especializado realizou, de 1º de janeiro a 18 de maio de 2022, 1.982 consultas com quase dez especialidades médicas – que, nos três anos anteriores, somaram 7.137 atendimentos. A assistente social Lucci Laporta iniciou seu processo de transição aos 23 anos e desde 2017 é acompanhada pelo Ambulatório Trans A demanda por atendimento cresce a cada ano, explica a psicóloga Tatiana Nardoni. “Dores emocionais e estresses foram aliviados em muitas vidas”, afirma. “O serviço que se presta, que nem sempre é suficiente, já é muito grande e ajuda bastante gente”, completa a psicóloga voluntária Denise Serafim. Lucci Laporta, 29 anos, é assistente social e assessora parlamentar. Mulher trans, iniciou seu processo de transição aos 23. Desde 2017, é assistida pelo Ambulatório Trans, onde já teve acompanhamento psiquiátrico e endocrinológico e atualmente faz terapia em grupo. “Os profissionais são muito dedicados, e todo o atendimento foi e é importante, principalmente para a minha saúde mental”, conta ela. Arte: Agência Brasília

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