Semana de atividades na Penitenciária Feminina promove saúde e empoderamento
Em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), a Secretaria da Mulher (SMDF), promoveu uma semana de atividades dedicadas às custodiadas da penitenciária feminina. Durante a ação, que faz parte do calendário Março Mais Mulher, cerca de 590 serviços foram oferecidos às reeducandas, incluindo atendimentos de saúde, beleza e cultura. Ação incluiu atendimento em áreas diversas, como as de saúde, beleza e orientações gerais | Foto: Divulgação/Seape Na área da saúde, houve cerca de 100 atendimentos com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc), que levou até a unidade a Carreta da Saúde da Mulher. Foram consultas ginecológicas, procedimentos de prevenção ao câncer de colo de útero e inserção de DIU. “Proporcionar esses serviços dentro da penitenciária demonstra o nosso compromisso com a ressocialização e o respeito aos direitos humanos”, afirma a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Programa Realize “É gratificante fazer parte do trabalho de reconstruir vidas e cidadãs por meio da empatia e do respeito” Wenderson Teles, secretário de Administração Penitenciária O programa Realize, da SMDF, também marcou presença na ação, apresentando uma sessão do filme Minha mãe é uma peça 2. Após a sessão, 230 custodiadas participaram de um bate-papo refletindo sobre temas como relacionamentos, respeito à diversidade e construção de futuro. O programa tem como objetivo desenvolver competências socioemocionais para a vida, trabalho e empreendedorismo. “Trazer atendimento médico especializado e serviços que beneficiam a autoestima das custodiadas para dentro da penitenciária feminina é mais do que um simples projeto, é um fomento ao pleno gozo dos direitos humanos, à diversidade de gênero e ao empoderamento feminino”, ressaltou o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles. “É gratificante fazer parte do trabalho de reconstruir vidas e cidadãs por meio da empatia e do respeito.” Outras atividades incluíram vivências de capoterapia, que proporcionaram movimentos corporais ao som de cantigas de roda brasileiras, e cuidados de beleza oferecidos pelo Instituto Reciclando o Futuro, com atendimentos de design de sobrancelhas, corte de cabelo e escova. Essas ações visam não apenas oferecer serviços essenciais, mas também promover o bem-estar e a autoestima das reeducandas, contribuindo para sua reintegração social e resgate da dignidade. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Congresso encerra as ações do calendário Março Mais Mulher
Em iniciativa da Secretaria da Mulher (SMDF), o 1º Congresso Realize Mulher – Desperte a Protagonista que Existe em Você, realizado na manhã desta quinta (30) no auditório do Senai de Taguatinga Norte, reuniu 192 inscritas na ação, voltada para desenvolver habilidades e aprimorar a vida profissional. Durante o evento, foram entregues certificados dos cursos de capacitação. Evento reuniu inscritas no programa da Secretaria da Mulher | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília [Olho texto=”“Precisamos de mais eventos como esse que valoriza o empreendedorismo, a capacitação e a autonomia femininas”” assinatura=”Giselle Ferreira, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”direita”] A moradora do Gama Jeanecler de Barros, 50 anos, fez o curso de maquiagem social e se diz pronta para encarar o mercado de trabalho. “Além das aulas teóricas e práticas, estamos sendo acompanhadas pelas equipes para focar agora o empreendedorismo, para sabermos como iniciar o negócio”, contou. Sua colega de turma Karina Gualberto, 26, também se manifestou animada: “Recebemos material, e agora é colocar a mão na massa”. Já Gilvan Alves, 78, moradora de Planaltina e deficiente visual, destacou: “Ações como essa são fundamentais para a inclusão social, mostram que pessoas como nós têm voz e vez”. Qualificação O evento faz parte do programa Realize, direcionado ao público feminino do DF, em especial às mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade social. “O programa reforça a importância de executar ações que ofereçam apoio à formação, qualificação e promoção da autonomia financeira das mulheres, ampliando as oportunidades para esse público”, enfatizou a subsecretária de Promoção das Mulheres, Renata d’Aguiar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A abertura da programação contou com desfile de mulheres com deficiência visual com roupas do projeto social Raízes do Sol, voltado à capacitação de mulheres em cursos de moda e estética. “Já qualificamos profissionalmente mais de 10 mil empreendedoras”, disse Maria Aline Schmidt, uma das responsáveis pela instituição. Presente ao congresso, a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, declarou: “Estamos mudando a pauta da mulher no DF. Precisamos de mais eventos como esse que valoriza o empreendedorismo, a capacitação e a autonomia femininas. Esperamos abrir novas turmas em breve”. De acordo com o planejamento dos cursos, a equipe do programa acompanha as alunas por, pelo menos, seis meses após o fim das aulas, oferecendo atendimento psicossocial individual para garantir o cuidado dessas mulheres, que também estarão capacitadas para projetos de empreendedorismo e para a gerir o próprio negócio, ampliando a sua visão de mercado. *Com informações das secretarias da Mulher
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Conheça as principais políticas públicas do GDF voltadas para as mulheres
Alcançar a igualdade de gênero, proteger e empoderar as mulheres são alguns dos objetivos das políticas públicas do Governo do Distrito Federal (GDF) voltadas para o público feminino. Ao longo desta gestão, foi adotada uma série de programas para garantir o enfrentamento à violência, a autonomia econômica e o acesso à saúde integral. Casa da Mulher Brasileira organiza reuniões e atividades periódicas | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “A nossa missão enquanto Secretaria da Mulher é trabalhar a prevenção [da violência e do feminicídio], mas essa não é uma pauta só da nossa secretaria: todo o Governo do Distrito Federal tem trabalhado em rede. Essa união é que faz a diferença”, ressalta a secretária da Mulher, Gisele Ferreira. “Nós precisamos ter as nossas políticas efetivas e mostrar para a mulher a autonomia econômica por meio da capacitação”, afirma a secretária da Mulher, Gisele Ferreira | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Criada em 2019, a Secretaria da Mulher concentra os trabalhos na articulação e promoção de ações para mulheres. A principal política pública da pasta é o serviço de acolhimento e acompanhamento de mulheres vítimas de violência. A assistência ocorre por meio das unidades do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), do Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), da Casa Abrigo e da Casa da Mulher Brasileira. “Nós damos só o registro de feminicídio e violência, mas a secretaria tem que divulgar as ações de ajuda antes de ser cometido um crime”, afirma Gisele. “A Casa da Mulher Brasileira tem esse atendimento psicológico e também de capacitação”. Só neste ano, lembra a gestora, o espaço prestou 868 atendimentos a 238 mulheres. A Casa da Mulher Brasileira abriga dois projetos profissionalizantes. O primeiro é o Empreende Mais Mulher, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedest), com capacitação presencial e online e mentoria para empreendedorismo. O segundo é o Mão na Massa, que, elaborado em parceria com o Instituto BRB, oferece cursos técnicos de temas como gastronomia e estética. “Nós precisamos ter as nossas políticas efetivas e mostrar para a mulher a autonomia econômica por meio da capacitação”, completa a secretária da Mulher. A pasta também tem outros projetos voltados ao empreendedorismo feminino, como a articulação Rede Sou + Mulher, o programa Realize, com oficinas e workshops, e a ação Mulher no Campo, que, no ano passado, concedeu um box na Torre de TV para as integrantes do Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e Cerrado comercializarem artesanato e produtos alimentícios. Defesa dos direitos Com objetivos semelhantes, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) tem políticas próprias para o público feminino com enfoque na defesa dos direitos das mulheres. Para isso, conta com a Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav). “A Sejus vem trabalhando na conscientização, com o objetivo de vencer as desigualdades de gênero, atuando no amparo psicológico das vítimas de violência doméstica e propiciando a independência financeira, o que garante acesso às várias dimensões da cidadania”, declara a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. [Olho texto=”“O que a gente quer é que, desde a infância, a temática de respeito às mulheres seja amplamente discutida por meio de palestras educativas que tratam da importância de tipificar o que é a violência”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre as políticas ofertadas, a principal é o programa Pró-Vítima, que oferece assistência psicológica e social a vítimas de crimes violentos em oito núcleos de atendimento espalhados pelo Distrito Federal. Ao longo de 2022, 893 mulheres foram atendidas pelo programa. Em janeiro deste ano, o Pró-Vítima já contabilizou 96 atendimentos. Cooperação técnica A pasta também coordena os projetos Mentes em Movimento, com promoção de atividades terapêuticas em grupos, e Renovação, uma articulação com a Defensoria Pública do DF, com ações de prevenção, diminuição e enfrentamento das violências doméstica e intrafamiliares sofridas por mulheres. Ao lado de outras pastas, a Sejus é partícipe do Acordo de Cooperação Técnica do Programa Maria da Penha Vai à Escola (MPVE), coordenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O projeto promove palestras e ações para divulgar a Lei Maria da Penha nas escolas públicas do DF. Entre 2021 e 2022, foram alcançadas, de forma direta, aproximadamente 6 mil pessoas por meio das diferentes atividades preventivas realizadas pela equipe da Subav/Sejus no âmbito do MPVE. “O que a gente quer é que, desde a infância, a temática de respeito às mulheres seja amplamente discutida por meio de palestras educativas que tratam da importância de tipificar o que é a violência”, pondera Marcela Passamani. Enfrentamento à violência Dispositivos de segurança ajudam a monitorar a vida de mulheres atendidas por programas do governo | Foto: Divulgação/SSP A estratégia de prevenção ao feminicídio e à violência doméstica na Secretaria de Segurança Pública (SSP) conta com iniciativas e ações voltadas para o combate dos crimes de gênero e fortalecimento de mecanismos de proteção. “O enfrentamento à violência contra a mulher é prioridade da segurança pública do DF”, afirma o titular da SSP, Sandro Avelar. “Temos uma série de ações e projetos integrados a outros órgãos de governo para garantir a segurança da mulher.” Entre essas ações, destaca-se o caso do programa Mulher Mais Segura, que, a partir de determinação judicial, monitora vítima e agressor pelo Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) por meio do Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP). O item pode ser acionado sempre que a vítima se sentir em perigo. Atendimento especializado [Olho texto=”“Denunciar permite que a polícia, a Justiça e o Estado atuem, inibindo e interrompendo o ciclo da violência, impedindo que casos de agressão se tornem mais graves”” assinatura=”Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outro recurso é uma ferramenta similar a um smartphone, direcionado para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O dispositivo tem como função o acionamento prioritário de emergência, que disponibiliza a localização da vítima, em tempo real, para que uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vá imediatamente até ela. A PMDF oferece policiamento especializado para atendimento às mulheres por meio do Programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid). O trabalho ajuda a prevenir, inibir e interromper o ciclo de violência. No ano passado, essa ação realizou 19.383 mil visitas familiares. Já a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conta com delegacias especiais de atendimento à mulher (Deam 1 e 2), além de possibilitar que as vítimas registrem boletim de ocorrência por meio do site Maria da Penha Online. Em 2022, as delegacias especiais registraram 7.458 ocorrências e a delegacia eletrônica, 1.172. “Denunciar permite que a polícia, a Justiça e o Estado atuem, inibindo e interrompendo o ciclo da violência, impedindo que casos de agressão se tornem mais graves”, ressalta Sandro Avelar. “Temos investido em tecnologia para ampliar e integrar cada vez mais os canais de denúncia e a rede de proteção.” A segurança pública tem diversos meios para recebimento de denúncias: a denúncia online, os telefones 197 Opção 0 (zero) e 190, o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 98626-1197. Acesso à saúde [Olho texto=”“A nossa atenção ao público feminino é integral. Nossa prioridade é a humanização e a qualificação nesse acolhimento”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] O programa Saúde da Mulher, da Secretaria de Saúde (SES), é uma política que promove melhorias entre a população feminina levando em consideração o trabalho preventivo de doenças e de ações de planejamento reprodutivo. “Temos uma grande preocupação com os assuntos que envolvem os direitos das mulheres”, diz a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “A nossa atenção ao público feminino é integral. Nossa prioridade é a humanização e a qualificação nesse acolhimento, nesse atendimento.” Parte das políticas da Atenção Primária, o programa envolve todos os cuidados relacionados à saúde da mulher prestados nas unidades básicas de saúde (UBSs), como o direito sexual, o planejamento reprodutivo, a prevenção dos cânceres de mama e de colo de útero e a promoção do parto natural e humanizado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] São ofertados métodos contraceptivos, como anticoncepcionais orais, minipílulas de progestógeno, injetáveis, DIU (dispositivo intrauterino) de cobre, preservativos, contracepção de emergência e laqueadura (método cirúrgico). No caso das mulheres que desejam ter filhos ou estão grávidas, o programa conta com acompanhamento desde o processo de engravidar passando pelo pré-natal, todo ciclo gestacional e o puerpério, com auxílio na amamentação. O outro pilar da saúde da mulher é a prevenção do câncer, com realização de exames preventivos – o de câncer do colo de útero, com o citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos, e o de câncer de mama, preconizado para mulheres com mais de 50 anos. A pasta atua ainda na questão da diversidade para o atendimento do público LGBTQIA+, por meio da Gerência de Saúde das Populações Vulneráveis.
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Programa incentiva autonomia financeira e reforço da autoestima feminina
Mulheres se reuniram na Escola Técnica de Brazlândia para debater sobre habilidades socioemocionais e empreendedorismo. A maioria ouvia falar, pela primeira vez, desses conceitos e começava a entender que sentir e agir estão interligados. Para ter sucesso no trabalho, é preciso investir na autoestima, no autoconhecimento e reforçar a confiança em si mesma. [Olho texto=”“O objetivo do Realize é fazer essa jornada interior, de autoconhecimento, que vai potencializar e transformar essa mulher e a perspectiva que ela tem da vida, para que alcance seus objetivos” ” assinatura=”Dênis Reis, coordenador do programa Realize” esquerda_direita_centro=”direita”] O contrário também é verdadeiro. Quando a mulher acredita em seu potencial, ela constrói um caminho de sucesso profissional. Esta é justamente uma das propostas do Programa Realize, da Secretaria da Mulher (SMDF), que é desenvolver as competências socioemocionais com foco no trabalho e na autonomia econômica feminina. O programa que, inicialmente, era feito apenas pelas alunas dos cursos de capacitação oferecidos pela pasta, agora será ampliado e vai ser ministrado nos equipamentos do Governo do Distrito Federal (GDF) que acolhem e acompanham mulheres em situação de vulnerabilidade e de violência doméstica e familiar, como os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam), os Núcleos de Atendimento aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), além dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e dos centros de saúde. Programa Realize, oferecido pela Secretaria da Mulher, fala de trabalho e de autoconhecimento para mulheres em situação de vulnerabilidade | Fotos: SMDF Para debater o tema, a SMDF organizou o 1º workshop Realize, em Brazlândia, que reuniu mulheres de diferentes idades, profissões e, inclusive, quem está em busca de descobrir uma carreira. “Aqui estamos aprendendo a lidar não só com os nossos negócios, mas também com a nossa vida”, definiu Nelcimar Santarém, uma das participantes. “O objetivo é levar o programa para todas as regiões do DF e atender as redes, além dos equipamentos, que têm relação com o enfrentamento à violência, para inserir essas mulheres em situação de vulnerabilidade em uma nova proposta de desenvolvimento de suas competências emocionais e profissionais”, afirma o agente social Dênis Reis, coordenador da iniciativa. A Secretaria da Mulher organizou o 1º workshop Realize, na Escola Técnica de Brazlândia Realize em rede As moradoras de Brazlândia foram as primeiras a participar do Realize, mas, em breve, o programa chegará a outras regiões administrativas (RAs). A ideia é que, preferencialmente, vítimas de violência ou aquelas em situação de vulnerabilidade, que são atendidas pelos equipamentos da SMDF ou por uma das unidades integrantes da Rede de Enfrentamento e Combate à Violência do DF, participem do programa. Mas a proposta é aberta a todas que se interessarem pela metodologia. A ação ocorre em três etapas, que incluem um curso com três encontros, de quatro horas cada um. Além disso, cada aluna recebe acompanhamento e orientação individual, por seis meses, por meio de encontros semanais, quinzenais ou mensais. Nesse período, são criados espaços de reflexão sobre trabalho e de troca de experiência e de conhecimento sobre autonomia econômica. Além disso, são apresentadas ferramentas para que elas possam traçar um planejamento profissional personalizado e empreendedor. “O objetivo do Realize é fazer essa jornada interior, de autoconhecimento, que vai potencializar e transformar essa mulher e a perspectiva que ela tem da vida, para que ela alcance seus objetivos”, acrescentou Dênis Reis. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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Seminário orienta mulheres sobre competências para empreender
Brasília, 12 de agosto de 2022 – A vida de dona de casa sempre agradou Tatiani Marques. Mãe aos 18 anos, ela via nos cuidados com a família sua grande vocação. A experiência traumática de passar por violência doméstica, no entanto, revelou necessidades até então desconhecidas. E a mulher, hoje com 47 anos, iniciou sua busca por autonomia pessoal e independência financeira. “O seminário permite reforçar todo o aprendizado socioemocional que as participantes do Realize já receberam”, disse a secretária da Mulher, Vandercy Camargos (à direita) | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília “Eu me inscrevi no Programa Mão na Massa e fiz dois cursos na área de gastronomia. Foi essencial para iniciar meu próprio negócio”, relembra Tatiani. “Também pude participar do Programa Realize, que trabalha competências comportamentais voltadas para o mercado de trabalho. Foi um aprendizado importante, fez com que eu me sentisse preparada para o empreendedorismo.” Tatiani foi uma das 50 participantes do Seminário Realize Mulher, uma iniciativa da Secretaria da Mulher. Realizado nessa quinta-feira (11), no auditório do Senai de Taguatinga, o encontro recebeu tanto as mulheres que já passaram pelo Programa Realize quanto aquelas que são atendidas pelos equipamentos da Secretaria da Mulher. Tatiani Marques participou do Programa Realize, que ela diz ter sido importante para que se sentisse preparada para empreender A programação do seminário contou com explicações acerca da Lei Maria da Penha, palestra sobre empreendedorismo, dança circular e relato de experiências de ex-alunas do Mão na Massa. O programa, aliás, vai entrar em uma nova fase, com cursos voltados para a área de moda e beleza. As inscrições devem ser abertas ainda neste ano. “O seminário permite reforçar todo o aprendizado socioemocional que as participantes do Realize já receberam”, comenta a secretária da Mulher, Vandercy Camargos. “Para quem ainda não passou pelo programa, é uma oportunidade de começar a trabalhar o autoconhecimento e de conhecer todos os programas que a secretaria oferece.” Autoconhecimento nos negócios As alunas do Realize são orientadas a desenvolver comportamentos importantes para o empreendedorismo, segundo o coordenador do programa, Dênis Reis O coordenador do Programa Realize, Dênis Reis, explica que as habilidades técnicas não são as únicas competências importantes para quem quer empreender. É preciso também desenvolver habilidades ligadas ao comportamento, como resiliência, organização, flexibilidade e autoconfiança. Características que precisam ser trabalhadas principalmente nas mulheres vítimas de violência ou em vulnerabilidade social. “As alunas do Realize passam por três encontros, cada um com quatro horas de duração, totalmente focados no desenvolvimento de comportamentos socioemocionais importantes para o empreendedorismo”, explica. “Depois desse período de imersão, as mulheres são acompanhadas por seis meses, em encontros semanais. É uma espécie de mentoria, para ajudar a elaborar um plano de negócio.” Quem quiser participar das próximas edições do Realize deve preencher o formulário do Empreende Mais Mulher, especificando o interesse por participar do programa. Alunas do Mão na Massa são automaticamente inscritas no projeto.
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Programa Realize investe nas habilidades socioemocionais das mulheres
Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (24) a Portaria nº 16, que institui o Programa Realize, da Secretaria da Mulher (SMDF). O programa tem objetivo de desenvolver competências comportamentais, para a vida e para o trabalho, como forma de potencializar a autonomia econômica das mulheres atendidas pela pasta, muitas delas em situação de vulnerabilidade. [Olho texto=”“Com o Realize, não vamos oferecer apenas o acolhimento, também vamos mostrar a essas mulheres que elas são as protagonistas de suas histórias e que elas já têm o poder de transformar suas vidas” – Ericka Filippelli, secretária da Mulher” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] As mulheres representam, atualmente, 48% dos microempreendedores individuais (MEI) e, segundo a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), são as responsáveis financeiras por mais da metade dos domicílios em três regiões administrativas (RAs) de baixa renda do DF. Considerando esses dados, o Realize reforça a importância de executar ações que ofereçam apoio à formação, à qualificação e à promoção da autonomia financeira das mulheres, ampliando as oportunidades a quais elas têm acesso. “Com o Realize, não vamos oferecer apenas o acolhimento, também vamos mostrar a essas mulheres que elas são as protagonistas de suas histórias e que elas já têm o poder de transformar suas vidas. Essa autonomia é poderosa para mantê-las em uma posição de vitória”, destaca a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Cerca de 160 mulheres já participaram da edição-piloto do Realize, passando a ter a possibilidade de crescimento individual, de maior empregabilidade, entre outros ganhos | Foto: Divulgação/SMDF Foco no empreendedorismo Por meio de oficinas, workshops, palestras e dinâmicas interativas de aprendizagem, o programa cria um espaço de incentivo ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais, com foco no empreendedorismo e na autonomia econômica. Também oferece ferramentas de planejamento profissional para estimular a ação empreendedora de mulheres em situação de vulnerabilidade. [Olho texto=”“O objetivo do Realize é fazer essa jornada interior, de autoconhecimento, que vai potencializar e transformar essa mulher e a perspectiva que ela tem da vida, para que alcance seus objetivos” – Dênis Reis, coordenador do Realize” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “O objetivo do Realize é fazer essa jornada interior, de autoconhecimento, que vai potencializar e transformar essa mulher e a perspectiva que ela tem da vida, para que ela alcance seus objetivos”, explicou o agente social Dênis Reis, coordenador do programa. Ele também ressalta que, tão importante quanto ensinar as técnicas e práticas do empreendedorismo para as mulheres, é garantir que elas tenham conhecimento das próprias habilidades socioemocionais para obterem sucesso em suas jornadas. A confeiteira Alice Maria de Andrade, de 47 anos, participou do programa e afirma que a experiência mudou sua vida e já lhe abriu novas portas: “Eu me redescobri no Realize. Trabalhar a parte emocional e psicológica foi muito importante. Percebi que tenho habilidades para trabalhar em outras áreas e isso me motivou a buscar novas oportunidades”. Para a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, a autonomia financeira das mulheres é poderosa “para mantê-las em uma posição de vitória” Força interior Direcionado ao público feminino do DF, em especial às mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade social, o Realize será aplicado em todas as ações da Secretaria da Mulher, voltadas para a promoção da autonomia econômica feminina. A equipe do programa acompanhará as alunas por, pelo menos, seis meses após o fim do curso, oferecendo atendimentos psicossociais individuais para garantir o cuidado emocional dessas mulheres. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois de participarem do projeto, elas terão a possibilidade de crescimento individual, de maior empregabilidade, de elaborar o próprio currículo, entre outros ganhos. Também estarão capacitadas a se engajarem em projetos de empreendedorismo e de terem atitudes empreendedoras, além de estarem aptas a gerir o próprio negócio e de ampliarem a sua visão de mercado. Cerca de 160 mulheres já participaram da edição-piloto do Realize. Todas as mulheres do DF, maiores de 18 anos, poderão participar do programa a partir de encaminhamentos feitos pela equipe dos equipamentos da Secretaria da Mulher e de outros órgãos associados à rede de enfrentamento à violência de gênero. Elas também poderão aderir ao projeto por meio de demanda espontânea. A capacitação acontecerá nos espaços Empreende Mais Mulher, localizados em Taguatinga e na Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia. *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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