UTI neonatal do Hmib é reinaugurada após reforma completa
Nesta terça-feira (9), foi reinaugurada a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Com investimento de R$ 3,1 milhões, o local passou por ampla reforma, resultando em um espaço mais moderno e especializado no cuidado de bebês prematuros e recém-nascidos. A vice-governadora Celina Leão e secretário de Saúde Juracy Lacerda conheceram a nova UTI neonatal do Hmib | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF No início deste ano, a UTI precisou ser fechada para reparos estruturais. Durante o período de obras, os setores e os leitos foram realocados. Ao longo da visita à nova estrutura, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou a importância do espaço. “Estamos muito felizes. Estivemos aqui em um momento de muita dificuldade, em que essa UTI teve de ser fechada; mas voltar aqui hoje é um dia de felicidade”, afirmou. “Foi todo um trabalho de equipe para inaugurar a área hoje”. O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, ressaltou que a modernização foi pensada para promover segurança e acolhimento aos recém-nascidos e às famílias. “A nova UTI neonatal foi planejada para garantir um cuidado mais qualificado, humanizado e com infraestrutura adequada ao que há de mais moderno no atendimento intensivo neonatal. É um avanço importante para toda a rede pública de saúde”, destacou. Uma das inovações é a iluminação individualizada e tênue, que acalma os bebês prematuros e aprimora o desenvolvimento do cérebro dos recém-nascidos Modernização O espaço, que comporta 45 leitos, foi modernizado e reorganizado para aprimorar o atendimento aos bebês. Foi realizada a setorização, além da implantação de novos sistemas de iluminação e climatização, adequados ao cuidado neonatal. Também houve revisão da rede de gases medicinais, instalação de monitorização contínua e modernização dos sistemas prediais — elétrico, hidráulico e de lógica — para suportar a climatização e os equipamentos. [LEIA_TAMBEM]O chefe da UTI neonatal do Hmib, Fabiano Gonçalves, destacou melhorias essenciais para o desenvolvimento dos recém-nascidos. “Hoje, nós temos uma iluminação individualizada e tênue, que é uma luz azul, que acalma o bebê, deixa ele mais tranquilo e faz o cérebro dele se desenvolver melhor. Outro grande avanço é a monitorização central dos sinais vitais de todos os leitos. Isso permite que médico, terapeutas, enfermeiros e técnicos consigam identificar se algum bebê está precisando de assistência”, explicou. Gonçalves também ressaltou a importância dos leitos separados. “A gente consegue individualizar, dando um atendimento mais presencial e peculiar para cada bebê, dando também mais privacidade para os pais e servidores que estão trabalhando com aquele bebê”, explicou o médico. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Hospital de Sobradinho faz ensaio de Natal com bebês da UTI
A magia do Natal invadiu a UTI Neonatal do Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Ação dos servidores transformou o espaço com fantasias e cenário especial para um ensaio fotográfico com os temas Papai Noel e Menino Jesus na Manjedoura. Ao todo, 22 bebês foram fotografados. Na UTI Neonatal (UTIn), os cliques precisaram ser feitos de dentro das incubadoras, enfeitadas com bolas de Natal e flores douradas. Já os recém-nascidos – envoltos em uma manta vermelha – trajaram gorro vermelho e cinto do Papai Noel, confeccionado em EVA, material que não contém substâncias tóxicas. Os recém-nascidos foram fotografados com o tema alusivo ao nascimento do Menino Jesus | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Já os bebês que estão na Unidade de Cuidado Intermediário Convencional (Ucin Convencional) e na Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca) foram fotografados em um presépio cuidadosamente preparado pela equipe. Os recém-nascidos ficaram no centro da manjedoura, em alusão ao nascimento de Jesus. “Na UTIn, são bebês em estado grave. Por isso, o ensaio ocorre mantendo eles dentro da incubadora. Os da Ucin convencional, como são bebês em condições de saúde melhores, saem da incubadora”, explica a coordenadora de Enfermagem da UTI Neonatal do HRS, Valquíria Vicente da Cunha Barbosa. [Olho texto=”“A ideia é tentar desvincular um pouco a ideia de que a UTI é um local tenso, triste”” assinatura=”Thays Wanderley Duarte, enfermeira assistencial” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todo o preparo e a caracterização dos bebês ficaram a cargo da própria equipe de enfermagem e outros profissionais da equipe multiprofissional. Eles também confeccionaram os adereços individuais utilizados no ensaio. Para a enfermeira assistencial da UTI Neonatal do Hospital de Sobradinho, Thays Wanderley Duarte, a dinâmica é um momento de humanização do ambiente. “A ideia é tentar desvincular um pouco a ideia de que a UTI é um local tenso, triste”, avalia. “É muito gratificante não só para a gente. Vemos o sorriso dos pais, dos acompanhantes. Fazemos tudo com muita responsabilidade. Todas as roupinhas são higienizadas e individuais”, completa. As fotos tiradas pela equipe serão enviadas para os pais via WhatsApp. Bebê modelo Keyde Rafaela Pereira, com a filha, Jullye, no colo: “Quando vem uma surpresa como essa, é maravilhoso. Nos faz ter fé e esperança de aguentar mais um pouquinho, pois já vamos sair daqui, é só uma fase” Aconchegada em um tecido branco que contrastava com o cenário, Jullye Pereira, de 1 mês e 18 dias, posou no presépio dentro da manjedoura, rodeada de palha e acompanhada de Maria, José, os Três Reis Magos e animais. Mãe da modelo, Keyde Rafaela Pereira, de 29 anos, falou sobre a emoção. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Quando chegamos na UTI, ela estava toda entubada, foi uma montanha-russa. Um dia a gente ri, daqui a pouco chora. É lindo ver o desenvolvimento dela. Quando vem uma surpresa como essa, é maravilhoso. Nos faz ter fé e esperança de aguentar mais um pouquinho, pois já vamos sair daqui, é só uma fase. Só falta ela aprender a mamar e vamos para casa”, afirma. Este foi o segundo ensaio de Jullye, que estreou na campanha do Novembro Roxo, “Lute como um prematuro”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Equipamentos neonatais doados para laboratório de simulação realística
A Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) recebeu, na última semana, a doação de quatro equipamentos neonatais para começar a compor o laboratório de simulação realística da instituição. Berço aquecido, duas incubadoras (sendo uma de transporte) e aparelho de fototerapia foram doados pela ONG Prematuridade para simular um ambiente de UTI Neonatal e auxiliar docentes e preceptores na dinâmica das aulas práticas nos cursos de enfermagem e medicina. O espaço é o primeiro dessa natureza no âmbito da Fepecs e também será utilizado por residentes, estudantes de pós-graduação e de outros cursos de especialização voltados ao atendimento neonatal. O local tem o objetivo de simular circunstâncias da vida real em ambiente seguro e preparar profissionais que vão lidar, entre outros aspectos, com a principal causa da taxa de mortalidade infantil no país, que é o componente neonatal. A diretora executiva da fundação, Inocência Rocha Fernandes, considera “de suma importância ver o nosso laboratório de simulação realística sair do papel e tomar corpo. Um laboratório que surgiu do desejo dos nossos servidores e da necessidade da Fepecs e suas escolas”. Laboratório de simulação realística da Fepecs será composto, a princípio, pelo berço aquecido, duas incubadoras e aparelho de fototerapia | Foto: Divulgação/Fepecs Além da doação, a ONG realiza parcerias em apoio às atividades de capacitação da assistência neonatal para que mais pessoas estejam habilitadas nesse tipo de acolhimento. Responsável por um projeto de lei que estende a licença maternidade a mães de crianças prematuras, a ONG é atuante na causa neonatal e nas ações que importam em diminuir os índices de prematuridade. Para a diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), essa doação tem um gosto especial. Pediatra e acostumada com a rotina de UTI, Marta Rocha explica que “são feitos muitos esforços para melhorar a assistência neonatal e tentar diminuir os indicadores de mortalidade infantil”. Segundo a médica, “tentar reduzir a taxa de prematuridade com ações na obstetrícia e com adequado pré-natal” estão entre os elementos capazes de reduzir números tão negativos nessa área. Funcionamento do laboratório [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para que o laboratório cumpra sua função de simulação realística e comece a ser utilizado efetivamente ainda faltam outros equipamentos, já que não será apenas para simular episódios relacionados à neonatologia. No entanto, com os aparelhos que já estão montados no local, é possível fazer o treinamento de habilidades e atitudes para os estudantes. Ainda serão instaladas câmeras para gravação das aulas práticas e recebidos bonecos para preparação de situações de alta complexidade. No laboratório, os estudantes também vão ser instruídos sobre a comunicação de más notícias, o que implica em transmitir um diagnóstico ruim ou até mesmo o óbito de um familiar. A inauguração do espaço neonatal está prevista para novembro, por ser considerado o mês da prematuridade. Na ocasião, oficinas e palestras vão comemorar a data e conscientizar a comunidade acadêmica sobre a necessidade do cuidado neonatal integrado. *Com informações da Fepecs
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Banco de leite do Hospital de Santa Maria registra 10.299 atendimentos
Em alusão ao Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano, celebrado nesta sexta-feira (19), data instituída pela Lei nº 13.227/2015, a equipe do banco de leite do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) preparou um momento de conscientização ao aleitamento materno e incentivo à doação de leite no jardim da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal na última quarta-feira (17). As 12 mães que compareceram e participaram do bate-papo, no jardim da unidade hospitalar, aprenderam sobre a importância e o impacto da doação de leite para o bebê, a posição canguru para os recém-nascidos, além de receberem recomendações sobre como produzir mais leite materno. “O leite humano é ouro. O colostro [primeiro leite produzido quando a mãe começa a amamentar]… principalmente os bebezinhos novinhos, de até 20 dias, a gente fala que ele tem o colostro, o ouro líquido”, explicou a chefe do banco de leite do HRSM, Maria Helena Santos Farias. Doze mães compareceram e participaram do bate-papo no jardim da UTI Neonatal do HRSM | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF Proteínas e anticorpos produzidos no leite estão entre os principais benefícios para o bebê. “O seu leite produzirá todas as células que são necessárias para combater a infecção do seu bebê naquele momento”, acrescentou Farias. Além dos benefícios do leite materno para o bebê, a posição canguru, que consiste em posicionar o recém-nascido verticalmente junto ao tórax de um dos pais, reforçando o contato pele a pele, também foi incentivada durante o momento de conscientização com as mães. “Para ser eficaz, a gente pede para a mãezinha ficar com o bebê na região do busto, só de fraldinha para que tenha o contato pele a pele com a mãe em torno de 40 minutos a uma hora”, explicou a enfermeira da UTI Neonatal Fernanda Larissa de Farias Gonçalves. “O pai pode aderir também”, diz. Redução do estresse e da dor, estabilização do batimento cardíaco, da oxigenação e da temperatura do corpo estão entre os benefícios para o bebê. Para Maria Claudia da Silva Pereira Colaci, 39 anos, mãe de Daniel, de 37 semanas, é gratificante receber leite materno e ver a vida do filho ser beneficiada. “Ele tentou ir para o peito, mas não conseguia sugar porque nasceu com um probleminha no coração. Então, ele teve que receber do banco de leite”, explicou. Colaci não vê apenas os frutos para quem receber, mas para quem doa também. “Como já tínhamos muito leite, a gente começou a doar também para outras mãezinhas, porque é importante. E, como eu recebia, vi a importância de outros bebês receberem também”, ressaltou Colaci. De janeiro a abril deste ano, o banco de leite do HRSM coletou 893 litros, impactando a vida de 262 recém-nascidos. De janeiro a abril deste ano, o banco de leite do HRSM totalizou 10.299 atendimentos, obtendo uma média mensal de 2.575 coletas [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Referência em partos de alto risco, o HRSM conta com maternidade, banco de leite e UTI Neonatal. Em relação ao banco de leite, de janeiro a abril deste ano, totalizou 10.299 atendimentos, obtendo uma média mensal de 2.575 atendimentos. Entre os realizados pelo setor está a captação de leite humano por meio das doadoras, o processamento do leite que chega aos recém-nascidos na UTI Neonatal e maternidade, o manejo do aleitamento materno, entre outros. Os atendimentos do banco de leite do HRSM são realizados diariamente na maternidade, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN), na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) e no centro obstétrico. O setor funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e nos sábados e domingos, das 7h às 13h. Como doar? Para doar, basta ligar para o número 160, opção 4, ou fazer o cadastro no site Amamenta Brasília A mãe ou familiar pode entrar em contato por meio do número 160, opção 4, ou fazer o cadastro no site Amamenta Brasília. A orientação para doação é armazenar o leite em frasco de vidro com tampa de plástico. “Toda mãe que amamenta pode ser uma doadora. Nós vamos entrar em contato com ela, se ela não tiver pote, a gente entrega o potinho para ela”, explicou Farias. “Se ela já tiver, a gente recolhe este leite e traz até o Banco de Leite. Nós temos parceria com o Corpo de Bombeiros que vai até a casa dessa mãe”, completou. Os pré-requisitos para poder doar são: não usar medicamentos incompatíveis com a amamentação, realizar exames específicos no caso de não ter feito o pré-natal, abstenção de álcool e drogas ilícitas, estar amamentando ou ordenhando leite para o próprio filho, ser saudável e apresentar exames pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite ordenhado. *Com informações IgesDF
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A primeira Páscoa dos bebês da UTI Neonatal do Hmib
Os 35 bebês da UTI Neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) se transformaram em coelhinhos para um ensaio fotográfico especial, neste domingo (9). Com o tema Minha primeira Páscoa, as fotos foram enviadas aos pais para recordação. “Nossa intenção é criar memórias felizes, já que é um momento tão delicado”, explica Danilla Queiroz, uma das enfermeiras que organizou a ação. A unidade cuida de recém-nascidos de alto risco, como casos cirúrgicos e prematuros extremos. Cada bebê recebeu uma roupinha, orelhinhas e uma cenourinha, exclusivas, para evitar contaminação. Ensaio fotográfico é lembrança para os pais | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde-DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O ensaio envolveu toda a equipe, que se dividiu para providenciar o material. As roupinhas, por exemplo, foram feitas por Francisca Antônia, uma das técnicas de enfermagem, e pela mãe de outra servidora. “Acaba sendo um momento bom para a gente também, pois muda o clima do trabalho”, observa a enfermeira Ana Maria de Souza. O pequeno André Luiz, de apenas nove dias, nasceu com 32 semanas e está internado para maturar os pulmões e ganhar peso. A mãe, Vitória Caroline, conta que a rotina é difícil e que acaba não tirando muitas fotos do filho. “O ensaio foi uma surpresa e vai servir para lembrarmos dele pequenininho”, comemora. “Cada dia aqui é uma conquista. Registro toda a evolução dela e, momentos como este mostram o carinho e o cuidado que a equipe tem com os pacientes”, elogia emocionada Márcia Vieira, mãe da Rafaella, de um mês e meio. A bebê, que passou por cirurgia, também participou do ensaio de Carnaval, quando foi vestida de Mulher-Maravilha. “Guardei a fantasia, porque ela é uma guerreira mesmo”, comenta a mãe orgulhosa. Cada bebê recebeu uma roupinha, orelhinhas e uma cenourinha, exclusivas, para evitar contaminação A equipe realiza os ensaios fotográficos em praticamente todas as datas comemorativas. Para os próximos meses, estão previstos o do Dia das Mães, de Festa Junina e de Dia dos Pais. “É algo que esquenta o coração de todo mundo”, destaca Ludmylla Beleza, enfermeira da UTI Neonatal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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‘Bloquinho’ do Hmib agita UTI neonatal
Batman, Mulher Maravilha, Capitão América, unicórnio, Super-Homem, princesa e folião havaiano. O “bloquinho” da UTI neonatal do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) animou os servidores e as famílias das 35 crianças que nasceram antes do esperado e acabaram ganhando a oportunidade de aproveitar logo seu primeiro carnaval. “A equipe ficou superfeliz. Todo mundo ajudou, foi muito bonitinho”, conta a enfermeira Ana Maria de Souza. Como num bloco de carnaval de verdade, a diversão veio acompanhada de cuidados. “É uma fantasia para cada criança, porque não podemos reutilizar de um para outro”, explica a enfermeira Danilla Parma. Os tamanhos variavam de acordo com o folião: na UTI neonatal, há crianças de 500g a 1.200 gramas. Arrumar cada um e preparar o cenário para as fotos foi uma festa à parte. “Toda a equipe entra na vibe boa”, acrescenta. Cada recém-nascido ganhou uma fantasia de modelo exclusivo Foto: Ana Maria Souza/SESDF A diretora do Hmib, Marina da Silveira de Araújo, afirma que esse tipo de iniciativa é fundamental para as famílias com crianças internadas na UTI neonatal. “Foi a primeira fantasia e essa criança terá outras, ao lado da família, em outros carnavais”, garante. Referência para atendimento de crianças nascidas com graves problemas de saúde, com necessidade de cirurgia logo após o parto ou prematuros extremos, quando o nascimento ocorre com menos de 28 semanas de gestação, a UTI neonatal do Hmib atende crianças de todo o Distrito Federal e de estados vizinhos. A equipe conta com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e especialistas, como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Projeto leva conforto e aconchego a bebês prematuros internados
Acalentar e levar conforto aos recém-nascidos prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utins) do Distrito Federal. Esse é o objetivo do projeto Polvo de Amor, em que pequenos polvinhos feitos de crochê são colocados nos berços dos bebês internados. Os polvinhos são higienizados e esterilizados corretamente antes de serem doados aos bebês prematuros, para evitar riscos de infecções | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF A coordenadora médica da Utin do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Sandra Lins, informa que o polvinho de amor contribui para acalmar o recém-nascido prematuro. Ela ressalta que no Hmib há uma grande quantidade de bebês prematuros extremos e de recém-nascidos cirúrgicos, pois o hospital é referência nesses casos. [Olho texto=”“A simbologia do polvinho de amor é muito grande e tem função terapêutica, porque o recém-nascido precisa de alguma coisa para se encostar e segurar, então os tentáculos servem para ele segurar e ficar mais tranquilo, com isso puxa menos o acesso venoso e a sonda da boquinha”” assinatura=”Sandra Lins. coordenadora médica da Utin do Hmib” esquerda_direita_centro=”direita”] Todas essas crianças recebem o polvinho de amor quando estão clinicamente estáveis. A cabeça do animalzinho relembra a placenta da mãe e os tentáculos fazem referência ao cordão umbilical. Quando em contato com o polvo, a criança sente a aproximação do útero materno, ajudando a mantê-la mais calma. “A simbologia do polvinho de amor é muito grande e tem função terapêutica, porque o recém-nascido precisa de alguma coisa para se encostar e segurar, então os tentáculos servem para ele segurar e ficar mais tranquilo, com isso puxa menos o acesso venoso e a sonda da boquinha”, afirma Sandra Lins. A médica explica que os bebês têm necessidade de se agarrar em alguma coisa. “Ao invés de puxar a sonda e o catéter, colocamos ele para pegar no tentáculo. Além do aconchego de ter o polvinho encostado nele, seja nas costas ou na cabecinha, sempre se sentirá em um lugar de acolhimento, pois ainda tem o ninho em que eles são colocados.” Todos os polvinhos de amor são fruto de doação, tanto dos materiais utilizados para confecção como do trabalho realizado pelas voluntárias, como Rutiene Dantas Sandra relata que para a mãe o polvinho de amor também tem sua função, pois ela se sente lembrada, importante, compreendida, no sentido em que o filho recebeu um presente da equipe que foi dado por tantas outras pessoas. “Essa mãe se sente acolhida em sua angústia e dor. Já para a equipe que trabalha na Utin o polvinho de amor tem seu valor, colore a unidade, sensibiliza e permite que aquele lugar, que necessita de condutas tão difíceis, tenha na simbologia do animal a doçura da infância e da cor. Isso também tem um significado para nós enquanto equipe”, avalia. [Numeralha titulo_grande=”70″ texto=”voluntárias de todo o DF participam atualmente do projeto Polvo de Amor” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Neste mês de maio, o projeto Polvo de Amor doou 60 polvinhos para o Hmib. Todos eles são higienizados e esterilizados corretamente antes de serem doados aos bebês prematuros. Esses cuidados asseguram que os recém-nascidos não corram risco de infecções. A coordenadora médica da Utin do Hmib diz que uma parceria com uma lavanderia do DF possibilita a esterilização dos polvinhos por um valor menor. Em contrapartida, o hospital compra e entrega os sacos plásticos para os polvos serem embalados. É assim que os animaizinhos de crochê são doados às mães dos recém-nascidos. “A partir de então, é a mãe que assume o protocolo de higiene, fizemos um manual ensinando como deve ser feita a limpeza. Quando a mãe não tem condições de levar para casa e fazer essa higienização, trocamos por outro polvinho e encaminhamos para a lavanderia o que precisa ser limpo. Existe a doação de amor e todo um cuidado técnico de higiene para que esse bebê tenha segurança. Após a alta hospitalar, o bebê leva seu polvinho de amor para casa como uma lembrança”, informa Sandra. [Olho texto=”O Projeto Octo começou na Dinamarca, em 2013. Foi criado por uma blogueira com o propósito de ajudar na recuperação dos bebês prematuros nascidos em Utins do país” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Iniciativa voluntária Hoje, o Polvo de Amor possui cerca de 70 artesãs voluntárias de todo o DF e entorno. As doações são entregues nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS), Santa Maria (HRSM), Ceilândia (HRC), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e nos hospitais privados Santa Marta, Santa Lúcia, Santa Helena, São Francisco, Santa Luzia e Maternidade Brasília. Quando tem algum bebê prematuro na Utin do Hospital Anchieta, a equipe de lá entra em contato para solicitar o artesanato. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Procuramos atender todas as Utins do DF. As de maior rotatividade e demanda são a Maternidade Brasília e o Hmib. Quem vê este polvinho simples não imagina a dimensão do projeto. São muitas pessoas e muitas histórias”, explica a voluntária Rutiene Dantas. Todos os polvinhos de amor são fruto de doação, tanto dos materiais utilizados para confecção como do trabalho realizado pelas voluntárias. O Projeto Octo começou na Dinamarca, em 2013. Foi criado por uma blogueira com o propósito de ajudar na recuperação dos bebês prematuros nascidos em Utins do país. A ação se expandiu após observada a recuperação mais rápida dos recém-nascidos e os benefícios para eles. Quem quiser participar do projeto, seja doando material, dinheiro ou mão de obra, basta entrar em contato pelo telefone (61) 98210-5949. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Mães de UTI: uma espera ansiosa pelos filhos recém-nascidos
Um ditado popular muito conhecido no universo materno é que ser mãe é padecer no paraíso. A frase faz sentido porque a maternidade exige tempo, dedicação, paciência, abdicação e muito amor. Durante a gestação, a mãe idealiza bastante o momento do parto e da ida para casa com seu filho. No entanto, por inúmeros motivos, o parto prematuro pode acontecer e a consequência disso é manter o recém-nascido internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, mais conhecida como Utin ou UTI Neo. As complicações no parto também podem ser motivo de internação do bebê na Utin. Ana Karolina Rodrigues está há quase dois meses com o filho na Utin do HRC: pequeno Saul nasceu com apenas 980 gramas e hoje pesa 1,805 kg | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde A rotina de uma mãe de UTI é muito dolorosa, pois, além de estar se recuperando fisicamente do parto, ainda precisa lidar com a tristeza de ver seu bebê tão frágil em uma situação complexa, com sondas e acessos venosos em um corpo pequeno e frágil. Ela também acaba ficando muito tempo dentro do hospital, em um dia a dia cansativo tanto fisicamente quanto psicologicamente. A farmacêutica Ana Karolina Rodrigues, 25 anos, está há quase dois meses com o filho internado na Unidade de Neonatologia do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O parto foi precoce e ocorreu com apenas 27 semanas, e o pequeno Saul nasceu com apenas 980 gramas. Durante todo esse tempo, ela permaneceu no hospital, sentindo a angústia e o medo de perder seu filho. A rotina de uma mãe de UTI não é fácil: além de estar se recuperando fisicamente do parto, precisa lidar com a angústia de ver seu filho internado “Passei a gravidez toda com medo, porque meu primeiro filho nasceu prematuro extremo e acabou morrendo. Não esperava passar novamente por isso. Não tive resguardo e aprendi aqui que cada dia é uma vitória. Durante esse período, ele teve que ser entubado e pensei que ele não resistiria, fiquei desesperada e me agarrei a Deus”, relembra. Por conta da situação, o leite de Ana Karolina chegou a secar. Somente após ela receber o apoio de toda a equipe da unidade e da família, entendeu que precisaria se manter calma para conseguir produzir o leite consumido pelo pequeno Saul. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Hoje estou mais calma, meu filho está melhorando a função pulmonar, ganhando peso. Toda a equipe é maravilhosa, eles explicam cada procedimento que é feito com o bebê. Sou acolhida com amor e carinho. Nesse Dia das Mães, eu só tenho a dizer que estou feliz por tantas conquistas do meu filho, por ele estar vivo”, comemora. Saul está pesando 1,805 kg. Coração dividido Para Cristielly Silva, 33 anos, este Dia das Mães será com o coração dividido entre o primeiro filho, Davi, 6 anos, e o seu segundo, Gael, que nasceu há 40 dias, após um parto prematuro de 30 semanas, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A grande dúvida é resolver se passa o dia com o mais velho em casa ou fica no hospital ao lado do recém-nascido. Cristielly Silva passará o Dia das Mães dividida entre o recém-nascido Gael, internado no HRT, e o primogênito Davi, que está em casa “Foi um susto muito grande meu filho ser prematuro. Vivi isso na minha primeira gestação. As primeiras 24 horas foram bem tensas, mas me agarrei a Deus e pedi que ele não deixasse meu filho partir. O risco é constante, vivemos um dia após o outro”, conta. Cristielly diz que fica triste por estar tanto tempo longe do filho mais velho, que não entende porque ela está longe e porque o irmãozinho ainda não foi para casa. Alguns dias ela vai em casa, mas fica com o coração apertado de deixar o recém-nascido sozinho na Utin. “O que me acalma é que toda a equipe é muito carinhosa com a gente e com os bebês. Estou na esperança do meu filho receber logo alta, porque ser mãe não é tarefa fácil, imagine com o filho na UTI. Tem que se apegar a Deus”, conclui. Fisioterapeuta da Utin do HRT, Ariana Rozendo explica que o maior desafio é lidar com as expectativas das mães, porque elas esperam dar à luz um bebê saudável Ariana Rozendo é fisioterapeuta da Utin do HRT e conta que o maior desafio é lidar com as expectativas das mães, porque elas esperam dar à luz um bebê saudável. Além da ansiedade pela alta hospitalar, que muitas vezes demora meses. “Tenho uma filha de 1 ano e entendo perfeitamente a angústia delas, porque a gente não quer ver nosso filho nessa situação”, diz. A enfermeira da Utin do HRT destaca que busca acolher a mãe no sentido de orientar e confortá-la, sempre com otimismo para explicar a necessidade de cada procedimento. “Eu entendo a situação delas porque também sou mãe. Damos todo o apoio neste momento”, afirma.
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