Resultados da pesquisa

Universidade de Brasília

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Pesquisa do DF investe em novos protocolos de eletroestimulação para reduzir fadiga muscular

Em busca de protocolos mais seguros, eficientes e compatíveis com o funcionamento fisiológico do sistema neuromuscular, o professor João Luiz Quagliotti Durigan, da Universidade de Brasília (UnB) — especialista em neurofisiologia do movimento e reconhecido no 4º Prêmio FAPDF de CT&I, onde conquistou o terceiro lugar na categoria Pesquisador Destaque – Ciências da Vida — desenvolveu um estudo aprofundado sobre como diferentes tipos de corrente e larguras de pulso influenciam o recrutamento muscular e os mecanismos centrais e periféricos de fadiga. A pesquisa foi viabilizada pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). João Luiz Durigan, da UnB, foi premiado pela FAPDF pelo estudo: “Precisávamos entender se equipamentos comuns poderiam oferecer os mesmos benefícios neurofisiológicos com mais conforto” | Fotos: Marck Castro/FAPDF O aperfeiçoamento dos protocolos de estimulação elétrica neuromuscular (EENM) é um dos desafios centrais da reabilitação fisioterapêutica. Embora amplamente utilizada para ganho de força, preservação muscular e recuperação funcional, a técnica ainda enfrenta obstáculos importantes, especialmente relacionados à fadiga precoce e ao desconforto do paciente. “A literatura sugeria que os pulsos largos poderiam favorecer o recrutamento via medula espinhal, produzindo menos fadiga, mas quase todos os estudos anteriores testavam apenas correntes monofásicas, que são desconfortáveis e pouco usadas na clínica” João Luiz Durigan, professor e pesquisador A proposta surgiu de lacunas identificadas pela própria equipe coordenada por Durigan em uma revisão sistemática liderada pelo laboratório, que classificou a qualidade da evidência disponível como “muito baixa”. Para produzir dados conclusivos, a UnB desenhou um ensaio clínico rigoroso, comparando correntes monofásicas e bifásicas aplicadas com pulsos curtos e pulsos largos.  “A literatura sugeria que os pulsos largos poderiam favorecer o recrutamento via medula espinhal, produzindo menos fadiga, mas quase todos os estudos anteriores testavam apenas correntes monofásicas, que são desconfortáveis e pouco usadas na clínica”, explica o professor. “Precisávamos entender se equipamentos comuns poderiam oferecer os mesmos benefícios neurofisiológicos com mais conforto.” Na eletroestimulação, pulso significa o tempo de duração de cada estímulo elétrico enviado ao nervo ou ao músculo. Pulsos curtos (de microssegundos) ativam diretamente os axônios motores — extensões dos neurônios que funcionam como fios condutores, levando o comando da medula espinhal até o músculo — gerando força rápida, porém acompanhada de maior fadiga. Já os pulsos largos, que duram entre 1 e 2 milissegundos, conseguem recrutar fibras sensoriais que desencadeiam o reflexo medular, produzindo contrações mais fisiológicas, distribuídas e resistentes à fadiga. Novas formas de eletroestimulação O ponto de partida da pesquisa foi o reconhecimento de que a EENM convencional, que utiliza pulsos curtos, recruta fibras musculares de maneira pouco fisiológica. No funcionamento natural do corpo, o sistema nervoso segue o princípio de Henneman, recrutando primeiro fibras menores e resistentes à fadiga antes das fibras maiores e mais fatigáveis. Mas na estimulação elétrica tradicional isso não acontece: os pulsos curtos ativam diretamente axônios motores, produzindo contrações intensas, porém rapidamente fatigantes. Eletrodos de posicionamento manipulados em paciente no hospital A literatura indicava que pulsos largos poderiam ativar fibras sensoriais do tipo Ia (responsáveis por detectar o alongamento do músculo e iniciar o reflexo medular), acionando o Reflexo-H, que passa pela medula espinhal antes de retornar ao músculo. Esse caminho gera um padrão de recrutamento mais próximo do fisiológico, reduzindo a fadiga. “Entender a diferença entre via periférica e via central era crucial”, afirma o pesquisador. “O que queríamos descobrir era: qual combinação de corrente e largura de pulso oferece mais força, menos fadiga e maior conforto? E isso vale para reabilitação ortopédica, neurológica, esportiva e geriátrica.” Análise da fadiga muscular  A equipe adotou um delineamento cruzado e randomizado, no qual cada participante é comparado consigo mesmo. Esse tipo de desenho elimina variações individuais como limiar de dor, impedância da pele ou diferenças fisiológicas, elevando a precisão dos resultados. Os participantes não sabiam qual corrente estavam recebendo, o que evita influências subjetivas no desempenho e na percepção de desconforto. A combinação metodológica foi um dos pontos fortes do estudo. Ao mesmo tempo, foram registrados: Reflexo-H, que indica ativação pela via central; Onda-M, que reflete ativação direta do músculo (via periférica); EMG (eletromiografia), que revela a atividade elétrica muscular; Torque evocado, que mede a força provocada pela corrente elétrica; CVIM, avaliada antes e depois da estimulação, para medir perda de força; Sensação de desconforto, registrada por escala analógica. O conjunto forma um quadro claro: o Reflexo-H mostra o quanto o sistema nervoso central está engajado; a Onda-M revela a contribuição periférica; o torque e a CVIM mostram o impacto funcional; e a EMG indica o comportamento elétrico do músculo durante a fadiga. “Queríamos um mapa completo da fadiga”, complementa o professor. “Não basta saber se o músculo cansa. É preciso saber onde ele cansa — no nervo, no músculo ou na medula — porque cada origem exige uma estratégia diferente de tratamento.” Para garantir reprodutibilidade, o estudo padronizou posicionamento dos eletrodos, temperatura, horário do dia e incluiu um protocolo de familiarização para que o desconforto inicial não contaminasse os resultados. O que os resultados podem mudar [LEIA_TAMBEM]Os achados mostraram que o local de aplicação e a largura do pulso determinam padrões distintos de ativação muscular. Quando aplicada no tronco nervoso, a corrente de pulso largo gerou maior ativação pela via central, evidenciada pelo aumento do Reflexo-H e menor queda de torque ao longo do esforço. Isso indica menor fadiga e um recrutamento mais natural. Já a aplicação no ventre muscular provocou maior ativação direta e mais torque inicial, mas com fadiga mais acentuada — um comportamento esperado, já que a ativação periférica exige maior custo metabólico. Outra descoberta importante foi que as correntes bifásicas, mais comuns e confortáveis, produziram resultados equivalentes — e em alguns casos superiores — aos das correntes monofásicas. Isso é relevante porque equipamentos bifásicos são mais acessíveis na clínica e melhor tolerados pelos pacientes. O coordenador da pesquisa afirma: “Nossos resultados mostram que a eletroestimulação pode ser personalizada. Se o objetivo é ganho de força, o ventre muscular funciona melhor. Se a meta é resistência, funcionalidade ou menor fadiga, a estimulação via nervo é superior. Isso muda protocolos e decisões clínicas no dia a dia”. As implicações são amplas: pacientes ortopédicos, idosos, indivíduos pós-AVC, pessoas com lesão medular e atletas podem se beneficiar de protocolos mais eficientes, seguros e confortáveis. Próximos passos A infraestrutura necessária para registrar Reflexo-H, Onda-M, EMG e torque com precisão exige equipamentos de alto padrão como sistemas PowerLab, sensores específicos e estimuladores calibrados. Segundo a equipe, o apoio da FAPDF foi essencial para a aquisição desses materiais, permitindo montar um laboratório de referência na área. Para o presidente da Fundação, Leonardo Reisman, investimentos como esse demonstram a importância da ciência aplicada. “Quando fomentamos estudos que unem rigor científico, inovação e impacto social, fortalecemos a reabilitação, formamos especialistas e elevamos o padrão da pesquisa feita no Distrito Federal”, enfatiza. “É ciência que retorna à sociedade em forma de cuidado e qualidade de vida”.  

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Diagnóstico aponta caminhos para transformar o Setor Comercial Sul em polo criativo e tecnológico

A Universidade Católica de Brasília (UCB) apresentou, na quarta-feira (3), o relatório da primeira fase do estudo Diagnóstico do Setor Comercial Sul (SCS), que integra ações assistidas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) no âmbito do programa Desafio DF (2023), que fomenta pesquisas aplicadas voltadas ao desenvolvimento urbano sustentável e ao fortalecimento da economia criativa da região. Setor Comercial Sul é um dos polos empresariais mais tradicionais de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O Setor Comercial Sul tem potencial para se consolidar como um dos grandes polos criativos e tecnológicos do país, e este diagnóstico é a base sólida que orienta essa transformação” Rafael Vitorino, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Localizado no centro de Brasília, o Setor Comercial Sul é um dos polos empresariais mais tradicionais da cidade e, ao longo das últimas décadas, passou a enfrentar desafios como esvaziamento, insegurança, fragmentação das atividades econômicas e aumento de espaços ociosos. Esses fatores motivaram a elaboração de estudos e projetos voltados ao fortalecimento da economia criativa — contexto no qual se insere o diagnóstico. “O Setor Comercial Sul tem potencial para se consolidar como um dos grandes polos criativos e tecnológicos do país, e este diagnóstico é a base sólida que orienta essa transformação”, afirmou o secretário de Ciência,Tecnologia e Inovação do DF, Rafael Vitorino, durante a apresentação do estudo. Maquete projeta o Polo Criativo Tecnológico para o Setor Comercial Sul | Foto: Divulgação/FAPDF  “O que estamos construindo aqui juntos é uma nova dinâmica para o Setor Comercial Sul e para a cidade, com mais vida, mais empresas e mais oportunidades” Niki Tzemos, prefeita do SCS   “Estamos celebrando a continuidade de um sonho para o Setor Comercial Sul”, resumiu a assessora especial da FAPDF, Ana Paula Aragão. “Revitalizar este território é reavivar um coração da nossa história e reconectar pessoas, negócios e ideias. A verdadeira inovação não acontece apenas em laboratórios; ela nasce também nas ruas, nos pequenos negócios e nas ideias que precisam de espaço para florescer. E o Setor Comercial Sul será esse espaço.” A prefeita do SCS, Niki Tzemos, enfatizou o impacto do diagnóstico para o futuro do local: “O que estamos construindo aqui juntos é uma nova dinâmica para o Setor Comercial Sul e para a cidade, com mais vida, mais empresas e mais oportunidades”. Ela citou o exemplo do Porto Digital de Recife (PE), reforçando que o polo brasiliense também pode se consolidar como referência nacional em inovação. Metodologia “A vitalidade de um território como o SCS não se explica apenas por números. Ela emerge das relações sociais, dos fluxos urbanos, das práticas culturais e das maneiras como as pessoas produzem e habitam o espaço”  Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB O diagnóstico foi desenvolvido por uma equipe interdisciplinar com mais de 30 pesquisadores da UCB, sob coordenação do professor Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa. A análise combinou métodos qualitativos e quantitativos, como cartografia social, entrevistas, observação de campo e levantamento socioeconômico e cultural. “A vitalidade de um território como o SCS não se explica apenas por números”, pontuou o professor Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB. “Ela emerge das relações sociais, dos fluxos urbanos, das práticas culturais e das maneiras como as pessoas produzem e habitam o espaço.” Durante o evento, pesquisadores do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac) da UnB apresentaram uma demonstração imersiva com maquete física em realidade virtual, permitindo ao público visualizar cenários possíveis para o futuro da região. O projeto O Polo Criativo Tecnológico do Setor Comercial Sul nasce como uma iniciativa estratégica voltada à transformação de um dos territórios mais emblemáticos da cidade em um espaço vibrante de inovação, cultura, tecnologia e economia criativa.  O projeto busca requalificar o território, fortalecer a vitalidade urbana e estimular a atração de negócios inovadores, conectando governo, universidades, setor produtivo e comunidade. A proposta pretende promover inclusão, criatividade, mobilidade, cultura e desenvolvimento econômico sustentável, reafirmando a vocação do SCS para se tornar referência nacional. [LEIA_TAMBEM]A primeira fase — agora concluída — consistiu na produção de um diagnóstico aprofundado do território. Foram mapeados cerca de 5 mil empreendimentos e mais de 500 empresários foram ouvidos, permitindo compreender de forma abrangente a realidade urbana, econômica e cultural da região. O estudo envolveu cartografia social, observação de campo, entrevistas e levantamento socioeconômico, além de articulações com instituições como Sesc, Senac, Sebrae, Fibra, Fecomércio e entidades locais.  Próximos passos Com a conclusão do diagnóstico, o projeto segue para a fase de planejamento estratégico e desenvolvimento do zoneamento urbanístico do futuro Polo Criativo Tecnológico. A etapa será conduzida de forma integrada entre UCB, UnB, Secti-DF, FAPDF, setor produtivo e sociedade civil, com o objetivo de estruturar um modelo replicável de governança participativa e orientar ações de ocupação, mobilidade, cultura, inovação e economia criativa. Veja, abaixo, as etapas do projeto  Diagnóstico do território (concluído) ⇒ Análise integrada das dinâmicas sociais, econômicas, culturais e urbanísticas do SCS Planejamento Estratégico (em andamento) – formulação das diretrizes que orientarão o futuro do polo, incluindo governança, vocações, cultura, mobilidade e inovação. Zoneamento do polo ⇒ Definição dos usos, áreas prioritárias, integração entre espaço público e iniciativa privada e diretrizes de ocupação. Implementação e ativação do território ⇒ Criação de espaços criativos, laboratórios, centros culturais e estímulo a negócios inovadores e políticas públicas que sustentem a transformação contínua do SCS.   *Com informações da FAPDF  

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Abertas inscrições para ação especial de prevenção ao câncer do colo do útero

Até esta quarta-feira (10), mulheres interessadas em fazer exame de  HPV podem ser inscrever junto à Secretaria da Mulher (SMDF) — que, em parceria com o Projeto Marco e Hospital Universitário de Brasília (HUB), estará oferecendo diagnóstico rápido, triagem e tratamento oncológico para 50 mulheres no Ambulatório de Ginecologia do HUB.  Atendimento estará disponível na sexta-feira (13); recrutamento vai começar às 8h | Foto: Divulgação/SMDF  “Cuidar da saúde é um gesto de amor próprio” Celina Leão, governadora em exercício Os atendimentos da ação de saúde dedicada à prevenção do câncer do colo do útero serão prestados no sábado (13), no HUB, das 8h às 11h para o recrutamento e até às 17h para o atendimento médico.  A atividade integra o Projeto Marco, pesquisa coordenada pela Fiocruz Brasília em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e outras instituições para testar estratégias inovadoras para o rastreamento da infecção pelo papilomavírus humano (HPV), principal causador da doença. “Cuidar da saúde é um gesto de amor próprio”, enfatiza a governadora em exercício Celina Leão. “Essa ação reforça o quanto é importante que cada mulher dedique um tempo para si, para prevenir doenças e preservar a própria vida. Às vezes, uma atitude simples faz toda a diferença.” Cobertura [LEIA_TAMBEM]As mulheres selecionadas devem ter entre 30 e 49 anos para o exame de HPV — um método que permite a coleta do material necessário para análise de forma prática e segura. As participantes que obtiverem resultado positivo no teste receberão atendimento médico no mesmo dia, com triagem e início do tratamento, reduzindo o tempo entre diagnóstico e cuidado efetivo. “Muitas vezes a mulher cuida de todos, mas esquece de olhar para si”, avalia a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. “Essa ação é uma oportunidade de colocar a própria saúde em primeiro lugar, com acolhimento e atenção. Prevenir é um ato de coragem e cuidado.” A autocoleta tem se mostrado eficaz para ampliar a cobertura do exame preventivo, especialmente entre mulheres com dificuldades de acesso ao sistema de saúde. O Projeto Marco também utiliza tecnologias portáteis para diagnóstico imediato, garantindo agilidade e conforto no atendimento. As inscrições devem ser feitas por meio do formulário online disponível neste link. As vagas são limitadas. *Com informações da Secretaria da Mulher

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Descarte de eletroeletrônicos bate recorde nos pontos de entrega voluntária do DF

Cerca de 450 toneladas de eletroeletrônicos foram devolvidas de maneira positiva à sociedade a partir da coleta nos pontos de entrega voluntária (PEVs), entre janeiro e julho deste ano. O resultado inédito é fruto do Acordo de Cooperação entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletrônicos e Eletrodomésticos (Abree). Espalhados em mais de 120 pontos do Distrito Federal, os PEVs são espaços físicos ou recipientes onde os cidadãos podem fazer o descarte consciente. Pontos de entrega voluntária são importantes para separar material que pode ser reaproveitado | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Os equipamentos são doados para escolas, hospitais, comunidades em geral, então o projeto atende a sociedade, retira o lixo tóxico do meio ambiente e proporciona mais vida útil dos produtos para todos” Luciano Miguel, subsecretário de Gestão das Águas e Registros Sólidos A iniciativa promove a sustentabilidade via logística reversa, ou seja, reduz o impacto ambiental por meio da reutilização de produtos mesmo após o fim da vida útil. “Considerando os anos anteriores, estamos com perspectivas satisfatórias”, comemorou o subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema-DF, Luciano Miguel. “Acreditamos que, ainda em 2025, a gente consiga superar os resultados em até 750 toneladas recolhidas”, prossegue o gestor. “Essa é a nossa grande expectativa, pois estamos retirando material do meio ambiente e, assim, evitamos a contaminação do solo, das nossas nascentes e devolvemos esse material de forma positiva.” Segundo Miguel, a ideia é assegurar a maior destinação possível para reaproveitamento e remanufatura de equipamentos, desde CPUs, teclados, telas de monitores, aparelhos telefônicos, impressoras, pilhas, baterias, cabos etc. “Isso é muito importante, também, porque os equipamentos são doados para escolas, hospitais, comunidades em geral, então o projeto atende a sociedade, retira o lixo tóxico do meio ambiente e proporciona mais vida útil dos produtos para todos”, ressaltou. Os pontos de entrega estão situados em locais estratégicos e de grande circulação no DF, como rodoviárias, estações de metrô, unidades do Sesc, Sesi, Senac, Universidade de Brasília (UnB) e parques ecológicos, além de órgãos públicos, como ministérios e administrações públicas. A Sema-DF também tem promovido, em parcerias, eventos de descartes para convidar a sociedade à conscientização. Outra possibilidade é a coleta em domicílio para descartes acima de 30 kg. Para isso, basta agendar gratuitamente junto ao operador responsável (Zero Impacto), por meio do formulário neste link ou pelo WhatsApp (61) 3301-3584. O horário de agendamento é das 9h às 17h. Coletas abaixo de 30 kg serão avaliadas. Acordo responsável É importante saber descartar equipamentos eletrônicos, que, sem reciclagem, podem contaminar o meio ambiente O acordo entre a Sema-DF e a Abree cumpre uma exigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) pela logística reversa por meio do compartilhamento de responsabilidades entre fabricantes, importadores, distribuidores e consumidores desses materiais. Nessa parceria, a Abree é responsável pela logística de coleta, transporte e destinação final ambientalmente adequada. [LEIA_TAMBEM]Os equipamentos eletrônicos podem contaminar o meio ambiente a partir da presença de substâncias tóxicas, como polímeros antichama e metais pesados - mercúrio, chumbo e cádmio. O lixo tóxico ganha volume e dificulta a reciclagem, além de causar danos à saúde humana. Para atender as exigências legais, a reciclagem transforma o resíduo em matéria-prima e retorna à cadeia produtiva, na logística reversa. Outros materiais também podem ser coletados em PEVs, como medicamentos, óleo de cozinha, pneus, vidros, embalagens de agrotóxicos, chapas de exames de raio-x e embalagens de óleo lubrificante. Conheça os principais pontos de descarte disponíveis no DF.   

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Prorrogadas inscrições para primeira etapa do edital Start BSB 

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) informa que as inscrições para a primeira etapa do edital Start BSB foram prorrogadas até o dia 14 deste mês. A prorrogação atende à alta procura e amplia as oportunidades para que empreendedores em fase inicial possam participar da seleção. Programa oferece capacitações, mentorias e suporte técnico especializado | Imagem: Divulgação/FAPDF  O Start BSB é um programa de apoio a startups que buscam estruturação, validação de modelo de negócio e inserção no mercado. A iniciativa oferece capacitações, mentorias e suporte técnico especializado, além de promover a conexão entre empreendedores, pesquisadores e investidores. [LEIA_TAMBEM]O processo seletivo está dividido em duas etapas obrigatórias. A primeira é a que está prorrogada até o dia 14; a segunda transcorre entre os dias 15 e 29 deste mês.  As inscrições podem ser feitas por meio da plataforma indicada no edital. Podem participar startups sediadas no Distrito Federal que estejam em fase inicial de desenvolvimento. O Start BSB é uma iniciativa da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto MultipliCidades e da Camp, com apoio da FAPDF. Mais informações sobre o programa e o edital estão disponíveis no site oficial do programa.  *Com informações da FAPDF   

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Protagonismo feminino no campo é destaque na IV Feira do Produtor Rural 

Com apoio da Secretaria da Mulher (SMDF), a Universidade de Brasília (UnB) promove, em 3 e 4 de julho, a IV Feira do Produtor Rural, evento que este ano chega com o tema “Valorizando as Mulheres do Campo”. Com uma programação intensa e gratuita, a feira ocorrerá na Fazenda Água Limpa, campo experimental da universidade, e contará com exposições, minicursos, mesas-redondas, palestras e mostras de produtos agropecuários do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Feira terá exposição de produtos artesanais elaborados por representantes da agropecuária local | Fotos: Vinicius de Melo/SMDF  O evento reforça o papel das mulheres na produção rural e na construção do conhecimento,  e contará com 16 minicursos e 30 expositores, além de produtos frescos e de qualidade que estarão disponíveis para venda direta ao consumidor. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destaca a importância da iniciativa:  “A valorização da mulher do campo é essencial para construirmos um DF mais justo e com igualdade de oportunidades. A Feira da UnB é um espaço de protagonismo, de fortalecimento das produtoras rurais e de reconhecimento do seu papel estratégico na nossa economia e sociedade”. Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, eventos como esse ajudam a promover a autonomia e o empoderamento feminino. “Nosso apoio à feira reafirma o compromisso do GDF com políticas públicas voltadas para as mulheres”, afirma. “As produtoras rurais são agentes de transformação, e essa feira mostra como o conhecimento, aliado à prática e à inovação, pode impulsionar a força feminina no campo”. Conexão [LEIA_TAMBEM]Organizada por três grupos de pesquisa da universidade – Gehorti (Grupo de Estudos em Horticultura), Gepec (Grupo de Estudos em Pecuária) e Lamagri (Laboratório de Mecanização Agrícola) –, com a colaboração do Instituto 360, a feira tem como objetivo conectar produtores, estudantes, pesquisadores, empresas e a comunidade em geral. Coordenadora a Georthi e uma das idealizadoras da feira, a professora Michelle Vilela vê o evento como um espaço essencial para o diálogo e o aprendizado: “É um momento para a troca de ideias e experiências entre produtores rurais, acadêmicos, pesquisadores, professores, estudantes e o público em geral. Esperamos que esse evento seja catalisador para a expansão de horizontes e o fortalecimento dos laços da universidade com a comunidade”. Veja, abaixo, a programação da feira.  Quarta-feira (3/7), das 9h às 19h ♦ Exposição de produtores rurais e empresas agropecuárias ♦ Exposição de animais e máquinas agrícolas ♦ Mesa-redonda e dia de campo ♦ Visitas de alunos de escolas públicas ♦ Show cultural de encerramento Quinta-feira (4/7), das 9h às 19h ♦ Minicursos e capacitações ♦ Dia de campo com práticas e demonstrações técnicas ♦ Troca de experiências e networking. A participação é gratuita e aberta ao público. A Fazenda Água Limpa da UnB fica no Setor de Chácaras da Vargem Bonita, no Núcleo Bandeirante. *Com informações da Secretaria da Mulher      

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Aulão de redação na Biblioteca Nacional de Brasília prepara candidatos para o vestibular 60+ da UnB

Faltam 10 dias para o vestibular exclusivo para pessoas com 60 anos ou mais, e 120 candidatos participaram nesta sexta-feira (30) de um aulão de redação gratuito na Biblioteca Nacional de Brasília. A atividade integrou a preparação para o processo seletivo da Universidade de Brasília (UnB), que oferece 215 vagas para o segundo semestre deste ano nos campus Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Ceilândia, Gama e Planaltina. Mais de mil pessoas idosas se inscreveram neste processo seletivo. O resultado final da seleção e a convocação dos aprovados saem em 15 de julho. A ideia de oferecer um curso voltado para pessoas idosas surgiu com o objetivo de ampliar o acesso desse público à UnB e, ao mesmo tempo, aproximá-lo das atividades oferecidas pela biblioteca.  “Muitas pessoas dessa faixa etária passam por aqui e não conhecem a biblioteca. Queríamos trazê-las para dentro do nosso espaço e funcionou. Hoje, vemos muitos deles participando das nossas atividades culturais”, explicou a diretora da biblioteca, Marmenha Rosário. Daqui a 10 dias os alunos irão disputar vagas em cursos dos campus Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Ceilândia, Gama e Planaltina | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Marmenha conta que esse público costuma ser muito comprometido e assíduo. “É um número muito pequeno de inscritos que acabam faltando. O retorno tem sido muito positivo. Muitos dizem que o projeto os ajudou a conquistar a vaga na universidade ou a melhorar as notas. Alguns contam que estão realizando um sonho de vida, que não puderam seguir antes por estarem cuidando da família ou trabalhando.” A professora Paula Monteiro participa voluntariamente do projeto de preparação para o vestibular 60+ desde a criação. Ela destaca a importância do vestibular exclusivo para idosos como forma de reconhecer a capacidade e a produtividade dessa faixa etária, pois é uma iniciativa que coloca os idosos em um lugar de protagonismo, de realização pessoal e intelectual.   Paula relata que a receptividade dos alunos tem sido positiva. “Eles são muito atenciosos, e hoje em dia é difícil manter a atenção de um aluno por tanto tempo. Com eles é diferente. Estão acostumados com lápis, caderno, e passam o tempo todo anotando, perguntando, participando. Eles realmente se comprometem”, afirmou. A seleção ocorrerá por meio da aplicação de prova de redação em língua portuguesa. Para isso, durante o aulão, é passado para os estudantes como elaborar uma redação dissertativo-argumentativa, com foco na estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão), critérios de avaliação, regras do edital, planejamento do texto e dicas práticas de escrita. Também é apresentado possíveis exemplos de temas, além de orientações motivacionais para os participantes. Antônio Brito sonha em estudar história na UnB: "Enquanto meus olhos estiverem piscando e a boca abrindo e fechando, pretendo fazer o curso" Prestes a completar 88 anos, no dia 18 de julho, o aposentado Antônio Brito está determinado a realizar um antigo sonho: cursar História na UnB. “É uma matéria que eu sempre adorei”, afirma. Antônio participou do vestibular 60+ no ano passado e, desde então, se dedica para a tão sonhada vaga. A primeira vez que tentou ingressar na universidade foi em 1971, quando chegou a passar no vestibular para o curso de Pedagogia na própria UnB. No entanto, as dificuldades da época, muitos filhos, salário baixo e jornada de trabalho puxada, o forçaram a interromper os estudos.  Agora, mais de 50 anos depois, ele busca retomar esse projeto de vida. “Enquanto meus olhos estiverem piscando e a boca abrindo e fechando, pretendo fazer o curso”, afirma com bom humor. Além disso, ele elogia a iniciativa da Biblioteca Nacional de Brasília em oferecer esse suporte. Teresinha Meneses buscou na volta aos estudos instrumentos para vencer uma depressão Candidata ao vestibular 60+ da UnB, Teresinha Meneses, 66,  sonha em cursar Serviço Social. Ela conta que voltar a estudar transformou a própria vida. “Eu estava triste, em depressão, mas quando comecei a estudar, minha autoestima melhorou muito. Para a mente é muito importante”, afirmou. No último processo seletivo, Teresinha ficou em quarto lugar e voltou ao aulão com o objetivo de aprimorar ainda mais a preparação. [LEIA_TAMBEM]Um dos maiores desafios, segundo ela, tem sido adaptar a letra para caber nas 30 linhas exigidas pela redação. “Minha letra é grande, mas já estou conseguindo ajustar”. A escolha pelo curso de Serviço Social veio do desejo de ajudar o próximo. “Quero lidar com pessoas, dar apoio, oferecer acolhimento. O relacionamento humano é muito importante para mim”, conta. Aulão O aulão faz parte de um projeto maior da Biblioteca Nacional de Brasília que oferece aulas preparatórias para vestibulares, Enem e concursos públicos, todas gratuitas e ministradas por professores voluntários com alto nível de qualificação. Para quem não conseguiu participar presencialmente, o conteúdo está disponível no canal do YouTube da Biblioteca Nacional de Brasília. Interessados em futuras edições podem acompanhar as novidades pelas redes sociais da instituição, que divulga, além dos aulões, outros cursos gratuitos.  

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