Com nota máxima no Enade, cursos públicos de saúde do DF tornam-se referências nacionais
Em abril deste ano, os resultados alcançados pelos cursos de enfermagem e medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) foram divulgados, apontando para uma excelência na educação pública após obterem a nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023. A Escola é mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF). Aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), o Enade é a principal ferramenta para medir a qualidade dos cursos de graduação no Brasil, sendo direcionado aos alunos que estão concluindo a faculdade. O objetivo é avaliar tanto os conhecimentos específicos da área de formação quanto competências gerais, como ética, cidadania e pensamento crítico. Para atuar em sala de aula, os professores da Escs passam por um curso preparatório que visa a adesão da metodologia ativa | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Aprendizado na prática Localizado em Samambaia, o campus do curso de enfermagem conta com 267 alunos e sempre manteve a nota máxima no Enade, desde sua primeira avaliação e formação de turmas em 2013 até as outras edições das quais participou em 2016, 2019 e 2023. A coordenadora do curso, Teresa Christine Pereira Morais, atribui o bom desempenho da unidade a pilares como a metodologia ativa aplicada no curso e o investimento em um corpo docente altamente qualificado. “Na metodologia ativa há o protagonismo do estudante, para que ele possa desenvolver seu estudo individual e discutir com os outros colegas. Além disso, desde o primeiro ano os alunos vão para estágios, então aprendem fazendo. Isso a gente chama de integração em ensino”, explica. Para atuar em sala de aula, os professores da Escs passam por um curso preparatório que visa a adesão da metodologia ativa. “Muitos vêm de experiências em instituições privadas e têm um certo estranhamento quando chegam aqui, mas percebem que isso é benéfico para o estudante e para o curso”, acrescenta a coordenadora. Ela recorda, ainda, que com a criação da Escs - em 2001, com curso de medicina na Asa Norte e seis anos depois com o curso de enfermagem em Samambaia -, foi ofertada uma democratização da profissionalização em saúde. Apaixonada pelo curso, a estudante de enfermagem Ana Beatriz Henriques Melo reforça a importância da acessibilidade que um curso gratuito e de qualidade traz para a trajetória “Alocar um curso superior público e gratuito na periferia possibilita que esses estudantes tenham acesso a outro espaço de formação gratuita e não somente no centro. Isso na primeira década foi visionário, porque possibilitou o acesso dessas pessoas que, até então, só tinham a Universidade de Brasília.” Exemplo de sucesso Formado na instituição pública, o enfermeiro Samuel Gomes, 23, ficou em segundo lugar na Residência 1 em atenção básica, que faz atualmente na FioCruz, e relata que a Escs desempenhou um papel fundamental em prepará-lo para a função: “Foi inovador ter profissionais do SUS [Sistema Único de Saúde] orientando nosso aprendizado. Lá somos formados pelo SUS e para o SUS. Fomos bem-preparados como profissionais dentro da ação do serviço público, e tenho muito orgulho de participar desse processo”. Apaixonada pelo curso, a estudante do 2º ano de enfermagem na Escs, Ana Beatriz Henriques Melo, 22, reforça a importância da acessibilidade que um curso gratuito e de qualidade traz para a trajetória: “Desde o meu primeiro dia na UBS [Unidade Básica de Saúde]já estou amando a experiência. Na prática se absorve muito mais, estar no cenário ao lado do paciente desde o início da graduação faz muita diferença. Se eu não tivesse entrado na Escs, eu provavelmente não teria feito uma faculdade particular, porque a minha família não tem condição de pagar. É muito bom estar ocupando um espaço de educação de excelente qualidade”. Referência em ensino [LEIA_TAMBEM]No caso da medicina, a faculdade alcançou a nota máxima juntamente com a Universidade de Brasília (UnB). Em 2007 teve a nota 5 no Enade; em 2011, nota 4 e também o melhor rendimento entre todos os cursos de medicina do DF. Em 2019, ficou em primeiro lugar entre as faculdades do DF e em 2024 conseguiu a nota 5 do Enade - além de ficar em primeiro lugar no DF, em segundo no Centro-Oeste e, no ranking de mais de 300 cursos, a 17ª no nacional. Os indicadores estão todos disponíveis no site do Inep/MEC. Formada pela Escs em medicina, Luísa Caroline Abreu, 26, atualmente é médica residente de ginecologia obstetrícia no Hospital Regional de Ceilândia. A Escs foi sua primeira escolha e um sonho realizado. “Ficamos bem satisfeitos com o desempenho no Enade, foi bom ver que conseguimos colher frutos e deixamos o nosso melhor para a instituição. Encontrar soluções diante das limitações e desafios que tivemos na formação é algo que, enquanto profissional, me ajuda muito no meu desempenho”, diz. Manutenção dos alunos Vinculada à Universidade do Distrito Federal (UnDF), a Escs oferece diversas bolsas para apoiar seus estudantes dos cursos de medicina e enfermagem. Os benefícios visam a promover a permanência estudantil, incentivar a pesquisa e auxiliar na formação acadêmica. Entre as principais modalidades disponíveis, estão a Bolsa Permanência, destinada a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente aqueles que ingressaram por meio do sistema de cotas, para garantir que os alunos possam continuar seus estudos sem interrupções; a Bolsa de Iniciação Científica (PIC), voltada para estudantes interessados em desenvolver atividades de pesquisa científica, proporcionando uma introdução ao método científico e à prática investigativa; e a Bolsa Monitoria, destinada a estudantes que desejam atuar como monitores em disciplinas específicas, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e reforçando seus conhecimentos. Diretora da Escs, a médica Viviane Peterle é docente há mais de 15 anos na instituição da Asa Norte. Ela afirma que a integração com a UNDF potencializou a veia de pesquisa em serviços de saúde e ressalta que as políticas de manutenção do estudante implementadas pelo GDF são fundamentais: “Cumpre o papel social do Estado de oferecer o acesso à educação. É para que todos possam concorrer, acompanhar o processo e garantir que não haja evasão escolar. Quando a aprendizagem é centrada no estudante, ela estimula a autonomia e aproxima o aluno das tomadas de decisão na vida real, além de trazer humanização à saúde”.
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Escola Superior de Ciências da Saúde forma novos médicos e enfermeiros
Alegria, orgulho e sensação de dever cumprido. Esses foram os sentimentos que predominaram nas solenidades de colação de grau dos cursos de medicina e enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF). O auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) reuniu, nos dias 11 e 12 de dezembro, uma grande plateia composta por docentes, familiares, amigos e profissionais da saúde para prestigiar os novos médicos e enfermeiros do Distrito Federal. Médicos e enfermeiros recém-formados pela Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) colaram grau nessas quarta (11) e quinta-feiras (12) | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF No primeiro dia do evento, 83 estudantes da 19ª turma do curso de medicina da Escs receberam os certificados de outorga de grau e proferiram o juramento diante dos convidados. Em seu discurso, a reitora pro tempore da UnDF, Simone Benck, destacou o papel da Escs como um marco para a educação superior no Distrito Federal, e falou sobre a importância da formação de profissionais que fortaleçam o propósito da ciência. “Aos novos médicos, desejo realizações na carreira e na vida pessoal de cada um de vocês. Sobretudo, espero que tenham coragem para lidar com os desafios inerentes a uma profissão como a medicina”, afirmou. “O conhecimento adquirido durante a jornada acadêmica possibilita não apenas enfrentar os desafios do mercado de trabalho, mas também contribuir para o avanço da ciência e da tecnologia, promovendo o desenvolvimento científico de nossa sociedade”, observou a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio. A gestora também destacou o diferencial da Escs na formação de profissionais de saúde alinhados aos princípios e às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). O formando Pedro Henrique Prates Santos, orador da turma de medicina, relembrou os desafios enfrentados ao longo dos últimos seis anos. “Todos nós temos sentimentos muito diferentes sobre este momento, mas o orgulho prevalece. Cada um aqui tem uma história muito distinta. Há quem siga uma geração de médicos, quem seja o primeiro médico da família, quem sonhe com a profissão desde criança, e até quem tenha ingressado no curso aos 60 anos”, contou. Novos enfermeiros Na quinta-feira (12), foi dia de celebrar a conquista de 57 formandos do curso de enfermagem. O auditório da Fepecs, mais uma vez, ficou lotado para receber e homenagear os estudantes da 13ª turma da graduação da Escs. A formanda e oradora da turma, Eduarda Nascimento, afirmou que a sensação é de dever cumprido. “É um capítulo encerrado; na verdade, é um capítulo que continua, agora sob outra perspectiva”, destacou. Durante seu discurso, ela relembrou as lutas e desafios enfrentados pelos estudantes nos últimos quatro anos. No primeiro dia do evento, 83 estudantes do curso de medicina colaram grau; na quinta, foi a vez dos 57 formandos do curso de enfermagem serem homenageados Para Demétrio Gonçalves Gomes, diretor da Escs, a escola celebra um momento único e significativo para os formandos dos cursos de enfermagem e medicina. “Este é um marco que representa não apenas a conquista individual de cada estudante, mas também um avanço para a sociedade e a saúde pública como um todo”, afirmou. O diretor e médico destacou que a entrega de novos profissionais de saúde à sociedade é um compromisso cumprido com a educação de excelência e com a formação de agentes transformadores do sistema de saúde. “Ao longo de sua jornada acadêmica, os estudantes vivenciaram não apenas o rigor científico e técnico de suas profissões, mas também a importância do cuidado humanizado, da ética e da responsabilidade social”, ressaltou. Também participaram da composição das mesas nas solenidades a diretora-executiva da Fepecs, Inocência Rocha da Cunha Fernandes; a coordenadora do curso de medicina, Márcia Cardoso Rodrigues; e a coordenadora do curso de enfermagem, Teresa Christine Pereira Morais; além dos paraninfos, patronos e homenageados de cada uma das turmas. *Com informações da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs)
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Aula inaugural do ProfSaúde marca abertura das atividades do programa nessa quinta (29)
O mestrado profissional em Saúde da Família (ProfSaúde), ofertado pela Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF), realizou, nesta quinta-feira (29), a aula inaugural para os alunos da 5ª turma do curso. O evento ocorreu na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e marcou o início das atividades acadêmicas presenciais. Durante a abertura da solenidade, os discentes foram acolhidos e receberam as boas-vindas de representantes da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), UnDF, Escs e Fiocruz Brasília. A 5ª turma do ProfSaúde, mestrado profissional em Saúde da Família ofertado pela Escs, participou de uma aula inaugural nessa quinta (29) | Fotos: Divulgação/ Fepecs “É um grande orgulho olhar para trás, nesses 23 anos de existência da Fepecs e relembrar toda a contribuição que a fundação, junto com suas escolas, já proporcionou ao SUS e a toda a comunidade do Distrito Federal”, afirmou a diretora-executiva da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes. “Temos muitos desafios, mas também muitas potencialidades, e o nosso desejo é que daqui saiam projetos maravilhosos, principalmente na estratégia de saúde da família e comunidade, já que ela é a nossa porta de entrada.” O diretor da Escs, Demétrio Gonçalves Gomes, afirmou que a escola, enquanto parceira da rede que compõe o ProfSaúde, recebe com muita alegria cada turma que ingressa no programa. “É uma grande satisfação quando encontramos estudantes que trazem um produto final pensado para a estratégia de saúde da família e focado na intercomunicação entre todas as profissões”, observou. Programação Na oportunidade, os alunos conheceram um pouco mais sobre a estrutura dos polos Fiocruz Brasília e Escs, e acompanharam uma apresentação do corpo docente do programa, que faz parte de uma rede nacional. O coordenador no âmbito da Escs, Fábio Amorim, apresentou os professores que vão acompanhar a turma e enfatizou a alegria de receber os novos alunos do programa. “Hoje estamos iniciando uma caminhada juntos, e é importante ver todos presentes, pois isso indica que vão continuar até o fim, sem desistência”, disse. Em seguida, foi a vez da apresentação dos alunos, que falaram sobre suas expectativas e atuações profissionais. O turno da tarde foi destinado ao início das atividades acadêmicas e contou com leituras, exibição de filmes e debates. O encontro segue nesta sexta-feira (30) e está prevista a realização de mais duas atividades presenciais nos mesmos moldes, que ocorrerão em outubro e dezembro. O ProfSaúde promove a educação de profissionais da saúde baseada no fortalecimento de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em saúde, gestão em saúde e educação Sobre o programa O ProfSaúde é um programa de pós-graduação Stricto sensu em Saúde da Família, proposto pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e aprovado em 2016. O curso é oferecido por uma rede nacional composta por 45 instituições públicas de ensino superior, tendo a Fiocruz à frente do projeto. Atualmente, o mestrado no DF conta com 18 estudantes ativos e 23 egressos do programa da Escs/UnDF. O mestrado é realizado de forma semipresencial e a formação de turmas ocorre desde 2017. Com o objetivo de desenvolver uma estratégia de formação que apoie a expansão da pós-graduação no Brasil, o ProfSaúde promove a educação de profissionais da saúde baseada no fortalecimento de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em saúde, gestão em saúde e educação. *Com informações da Fepecs
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Da primeira infância ao ensino superior, educação impulsiona qualidade de vida do brasiliense
O caminho para atingir qualquer objetivo profissional começa em uma sala de aula. E assim foi também com Brasília. O trajeto para chegar ao topo do ranking das capitais com melhor qualidade de vida passou, e muito, pela educação. Segundo o Índice de Progresso Social Brasil (IPS) 2024, um dos critérios impulsionadores do desempenho da capital federal foi justamente a grande taxa de acesso dos brasilienses ao ensino superior. Programas educacionais do GDF têm como foco a garantia de alfabetização e aquisição de conhecimentos para todas as faixas etárias | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Até chegar à universidade, em todas as etapas pelas quais a criança passa, a educação vai fazer a diferença na vida dela”, pontua a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. “A pessoa, para chegar ao mercado de trabalho, precisa saber ler, precisa ter um conhecimento, ter uma formação geral básica consolidada. E isso quem dá é a escola. A escola transforma socialmente o ser humano em termos de conhecimento. Ele está ali para aprender, para socializar, para sair um ser humano pronto para o mercado de trabalho.” “A educação em Brasília sempre foi valorizada, desde Anísio Teixeira, quando ele pensou e idealizou uma educação em tempo integral” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Segundo a titular da pasta, os números positivos são reflexo de uma gestão governamental voltada para políticas públicas que enxergam, na educação, a melhor resposta para os problemas contemporâneos globais, como pobreza, desemprego e violência. Trata-se de um trabalho desenvolvido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) ainda nos primeiros anos escolares. “A educação em Brasília sempre foi valorizada, desde Anísio Teixeira [que defendia a educação construtivista, por meio da qual os alunos são agentes transformadores da sociedade], quando ele pensou e idealizou uma educação em tempo integral”, ressalta Hélvia Paranaguá. “Crianças aqui têm escola de música, têm as escolas parque para ir no contraturno, têm os CILs [centros interescolares de línguas] funcionando há mais de 30 anos, em que o menino tem a oportunidade de sair com proficiência em várias línguas.” No campo do ensino superior, a secretária de Educação exalta a criação, há três anos, da Universidade do Distrito Federal (UnDF): “Era um anseio da população, e a gente tem muito orgulho dela”. Alfabetização Uma das prioridades da gestão educacional do governo é a alfabetização. Não à toa, o DF tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Segundo o Censo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. 3 mil Número de profissionais da educação capacitados pelo programa Alfaletrando neste ano “É um trabalho feito na base; e, quando a gente não tem isso na idade certa, porque às vezes a gente recebe um menino de fora, que não passou por um processo de alfabetização, que evadiu, saiu da escola, abandonou, a gente tem a EJA [Educação de Jovens e Adultos]”, complementa a titular da Secretaria de Educação do DF (SEE). “Em todas as áreas, em todas as etapas, nós temos esse olhar muito cuidadoso com a população.” Para melhorar ainda mais esse índice, o GDF investe na implementação de programas especiais, como o Alfaletrando. A iniciativa visa garantir que crianças da rede pública estejam alfabetizadas ao final do segundo ano do ensino fundamental. Em 2024, o programa distribuiu materiais pedagógicos e capacitou 3 mil profissionais da educação para esta fase de ensino. Alfabetização Eline Maria da Silva retomou os estudos e se profissionalizou: “Foi incrível ter terminado o ensino médio, ter pegado aquele diploma e dizer que eu sou capaz de ir muito além” | Foto: Arquivo pessoal Em paralelo, o programa DF Alfabetizado, alinhado ao Brasil Alfabetizado (PBA), foca a alfabetização de jovens, adultos e idosos. Atualmente, há 30 turmas em funcionamento, com a possibilidade de abrir mais vagas até o final deste mês. As aulas ocorrem em diferentes regiões administrativas e em complemento à atuação das 101 escolas voltadas para a EJA na capital federal. A EJA é um segmento de ensino para quem não teve a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou deseja retomá-los em uma fase mais avançada da vida. No DF, compete à SEE a gestão das diretrizes curriculares, com oferta de apoio pedagógico aos professores e investimento em programas e projetos visando melhorar a qualidade da educação oferecida. A modalidade foi essencial na vida da auxiliar de cozinha Eline Maria da Silva, 39. Aos 16 anos e recém-casada, ela precisou abandonar os estudos para cuidar de casa e da família. Mais de duas décadas depois, Eline se matriculou no Centro Educacional 02 de Taguatinga para concluir o ensino médio. “Foi quando eu percebi que sempre tinha vivido em função do lar e não tinha terminado meus estudos, nunca tinha trabalhado”, lembra. Profissionalização A conquista do diploma veio em dezembro do ano passado, depois de um ano de estudo, e ela comemora: “A sensação de ter o diploma em mãos foi vibrante porque foi um sonho realizado na minha vida. Foi incrível ter terminado o ensino médio, ter pegado aquele diploma e dizer que eu sou capaz de ir muito além”. Além de ter sido moldada profissionalmente, Eline conta que a EJA foi fundamental para seu crescimento em outras áreas da vida. Hoje, ela tem consciência de que nunca é tarde para correr atrás dos sonhos. Por isso, está fazendo um curso de técnica em enfermagem para, em breve, poder atuar na área. “Os estudos abriram a minha mente”, conta. “A EJA me ajudou até na forma como eu me comunico. Me mostrou que qualquer pessoa tem capacidade de ser o que quiser na vida. Isso tudo é só o começo de uma nova história para mim.” Primeira infância Aos 4 anos, Maria Júlia Rocha aponta o que mais aprecia na creche: “Eu gosto de estudar” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A atenção à educação no DF alcança todas as idades. Maria Júlia Rocha tem apenas 4 anos, mas já entende a importância dos estudos. Mesmo ainda distante da alfabetização, a pequena é categórica ao responder sobre o que mais gosta de fazer na creche: “Eu gosto de estudar”. A frase, que arranca um sorriso orgulhoso da mãe, Klara Rocha, 23, reflete a importância do contato inicial da criança com o ambiente educacional. Enquanto desperta a curiosidade natural dos pequenos, a creche também desempenha papel crucial no desenvolvimento cognitivo das crianças. É ali que elas terão acesso a uma base sólida de ensino fundamental para as etapas subsequentes de aprendizado, incluindo a alfabetização. Ciente disso, o GDF investe na ampliação da oferta de vagas para a primeira infância. R$ 138,5 milhões Investimentos feitos desde 2021 pelo programa Cartão Creche, que já atendeu quase 19 mil beneficiários no DF A creche onde Maria Júlia estuda é particular, e as mensalidades são pagas pelo GDF, por meio do programa Cartão Creche. A iniciativa oferece benefícios de até R$ 872,70 por criança, verba a ser utilizada em todos os meses de atendimento para os pagamentos integrais das parcelas – uma ajuda que, segundo Klara, faz toda a diferença para a família. Creches “A educação é muito importante para o crescimento e desenvolvimento dela”, aponta Klara. “Na creche, ela socializa com crianças da mesma idade e aprende coisas novas todos os dias. É muito bom, especialmente para mim, pois estou desempregada, então ajuda bastante. A gente sabe como as coisas estão muito caras hoje em dia.” O benefício foi reajustado pelo governo, e os pais já receberão o valor atualizado em agosto. Desde 2021, o programa atendeu 18.701 beneficiários, com investimento de R$ 138,5 milhões. Somente neste ano, foram investidos R$ 26 milhões, e cerca de 5,5 mil crianças são atendidas todos os meses. Somado à concessão do Cartão Creche, o governo também investe na construção de creches públicas. Nos últimos cinco anos, 13 delas foram inauguradas em Samambaia, Lago Norte, Ceilândia, Pôr do Sol, Sol Nascente e Santa Maria, além de Planaltina e Paranoá, que ganharam unidades voltadas à população da área rural. Atualmente, outras 17 unidades estão em construção em todo o DF, com investimento de R$ 91,96 milhões.
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UnDF e IPEDF assinam acordo de cooperação técnica
A Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) e o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), assinaram um acordo de cooperação técnica e operacional (ACT) com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de ações estratégicas de caráter formativo para a comunidade acadêmica da unidade de ensino. A parceria focará dois aspectos: apoio interinstitucional para atividades de ensino, pesquisa e extensão; e acesso e promoção dos espaços e serviços no DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF) nos quais o IPEDF e a UnDF atuem. A assinatura simbólica ocorreu nesta sexta-feira (21) no Campus Norte da instituição de ensino. Assinatura simbólica do acordo de cooperação técnica entre UnDF e IPEDF ocorreu nesta sexta (21) no Campus Norte da instituição | Fotos: Divulgação/ UnDF “Vejo nascer uma parceria importante a partir da união de esforços e do trabalho das equipes do IPEDF e da UnDF; ambos os órgãos têm intimamente em sua missão institucional subsidiar a proposição de políticas públicas essenciais ao desenvolvimento regional do DF. UnDF e IPEDF fortalecem a rede de pesquisa e a qualificação das bases científicas, tecnológicas e de inovação distritais para apoio às áreas essenciais e urgentes à sociedade”, explicou Simone Benck, reitora pro tempore da instituição de ensino. A partir de um plano de trabalho que contemplará o objeto do acordo, justificativas, objetivos, atribuições das partes e cronograma de execução, entre outros, as instituições poderão realizar, avaliar e monitorar as atividades pactuadas entre elas. Entre as ações inicialmente previstas estão as saídas de campo para cenários de prática, modalidade presente nas metodologias problematizadoras, que oportuniza aprendizados reais, atuando como facilitadora na interação dos estudantes com o meio ambiente em situações reais. “A gente considera essencial a assinatura desse acordo porque a instituição tem uma gama enorme de possibilidades para trabalhar com o instituto. Foi um ato de coragem do governador Ibaneis Rocha de criar essas duas novas instituições. Destaco que as portas do IPEDF estão abertas, visitem nosso portal e conheçam nossos produtos. Fica o desafio de ver as ações florescerem e gerar bons frutos para toda sociedade”, ressaltou Manoel Clementino Barros, diretor-presidente do IPEDF. A reitora pro tempore da UnDF, Simone Benck, firmou a parceria com o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino Barros Apoio à pesquisa Outros dois pontos importantes do ACT são a promoção de políticas que contribuam para a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a criação de soluções inovadoras para o desenvolvimento local, ponto presente nos objetivos de implantação da UnDF, e o fomento à organização de eventos técnico-científicos para divulgação dos conhecimentos produzidos ao longo da parceria, estimulando a curiosidade epistemológica dos estudantes. A UnDF se responsabilizará pela promoção da parceria, desenvolvimento de trabalhos pedagógicos, acompanhamento de atividades no órgão, formações continuadas para servidores vinculados ao IPEDF, seminários, cursos de extensão, workshops e outras atividades educacionais para profissionais da Secretaria de Economia do DF. O IPEDF, por sua vez, compartilhará, entre outros conhecimentos, as bases de dados relevantes para atividades de ensino, pesquisa e extensão da UnDF, participará da elaboração de editais da parceria UnDF/IPEDF e promoverá a divulgação da parceria, bem como os pontos previstos na assinatura do plano de trabalho. *Com informações da UnDF
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UnDF apresenta projeto de construção sustentável a alunos do ensino médio
Nesta quinta-feira (23), 45 estudantes que cursam o terceiro ano do ensino médio no Centro Educacional nº 01 da Estrutural estiveram no Campus Norte, da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF), para conhecer a aplicação de uma tecnologia sustentável conhecida como Telhado Verde. A técnica envolve a instalação de plantas de pequeno e médio porte em coberturas de edificações. A ação de integração foi promovida pela equipe de docentes da UnDF, responsáveis pelo Projeto de Extensão Telhado Verde, sob a coordenação do professor Antonio Augusto Martins. Durante a visita, os estudantes fizeram um passeio pelo campus, conheceram o protótipo do telhado verde e participaram de palestra sobre o projeto de extensão. Como parte da atividade de integração, estudantes de graduação da UnDF compartilharam informações acerca dos cursos ofertados pela instituição, mercado de trabalho e rotina universitária. “É mais uma oportunidade de mostrar a disponibilidade da nossa universidade para com a comunidade do DF”, apontou o professor da UnDF Matheus Zanetti, organizador da atividade. Segundo a equipe de docentes da UnDF, a proposta de concepção e montagem de uma biocobertura com materiais recicláveis e de baixo custo tem como foco o desenvolvimento de telhados verdes acessíveis, aplicáveis a prédios públicos, privados e residenciais | Foto: Divulgação/UnDF “Hoje tivemos a oportunidade de receber estudantes e professores do CED 01. Foi uma atividade muito interessante, dinâmica e versátil. A gente conseguiu compartilhar alguns conhecimentos sobre o projeto, sobre a universidade, traçando e tecendo uma conexão com a escola pública. Eles receberam informações sobre processo seletivo, bolsas de pesquisa e de permanência, dentre outras possibilidades que a universidade cria e traz consigo”, ressaltou Antonio Augusto. Sobre o projeto de extensão Telhado Verde, Matheus Zanetti explica que está diretamente ligado com a educação básica pública do Distrito Federal, especialmente das comunidades que mais precisam. “A escola escolhida para o começo das parcerias está localizada em uma das regiões mais vulneráveis do DF e atende a comunidade local em turmas do ensino fundamental e médio”, concluiu o docente. Durante a visita, os estudantes fizeram um passeio pelo campus, conheceram o protótipo do telhado verde e participaram de palestra sobre o projeto de extensão O coordenador do CED nº 01 da Estrutural, Victor de Lima Silva, conta que o primeiro contato dos docentes da UnDF com a escola foi realizado no início deste ano, quando os casos de dengue atingiram números alarmantes no DF e, em especial, na Estrutural. ”O projeto de telhado verde com plantas repelentes foi bem recebido por todos os docentes e pela comunidade escolar. Para realizar o projeto foi indicada a sala de esportes recém construída na escola onde a intenção, além de repelir, é também a de amenizar a temperatura dentro da sala, tendo em vista que temos cada vez temperaturas mais altas”, descreveu Victor Silva. A professora de biologia da Secretaria de Educação Adriana Brugin também participou da visita. Ela ressaltou a oportunidade de os estudantes do ensino médio terem o primeiro contato com o ensino superior para que vejam a importância da escola pública. “É uma grande oportunidade para eles trilharem os seus caminhos”, enfatizou a docente. Telhados Verdes Segundo a equipe de docentes da UnDF, a proposta de concepção e montagem de uma biocobertura com materiais recicláveis e de baixo custo tem como foco o desenvolvimento de telhados verdes acessíveis, aplicáveis a prédios públicos, privados e residenciais. Os organizadores do projeto explicam que o desenvolvimento de tecnologias ecoeficientes é essencial para manter o equilíbrio e a sustentabilidade do planeta, contribuindo para conter problemas socioambientais e promover a economia verde. “Telhados verdes, que envolvem a instalação de plantas em coberturas de edificações, são uma dessas tecnologias sustentáveis. Eles ajudam a absorver dióxido de carbono, combatendo o efeito estufa e o aquecimento global, e oferecem benefícios como isolamento térmico e acústico”, aponta a equipe. *Com informações da Universidade do Distrito Federal (UnDF)
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Programação especial celebra Dia das Mães na UnDF
Para celebrar o Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (12), a Comissão Especial de Qualidade de Vida no Trabalho da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (CEQVT/UnDF) promoverá atividades internas em homenagem às mães servidoras da instituição. As ações serão realizadas nesta quinta-feira (9), às 9h30, no auditório do Campus Norte da UnDF. A programação contará, ainda, com a palestra “Educação financeira para mulheres”, ministrada por Ana Luiza Marinho Carneiro, instrutora do Banco de Brasília (BRB). A homenagem às mães servidoras é a primeira iniciativa da Comissão Especial de Qualidade de Vida no Trabalho da UnDF, instituída no início do mês de abril deste ano, com o objetivo de elaborar a Política de Qualidade de Vida da Universidade e implementar ações periódicas para a prevenção e promoção da saúde dos servidores e melhoria do ambiente profissional. As ações serão realizadas nesta quinta-feira (9), às 9h30, no auditório do Campus Norte da UnDF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Para ser disponível e cuidar, é preciso se disponibilizar para si mesma e se cuidar em todos os sentidos. Mulheres, mães que fazem o que gostam e conseguem conciliar prazer e dever certamente ensinam isso a seus filhos, simplesmente pelo fato de fazerem isso para elas mesmas. A saúde mental consiste nesse equilíbrio, e a qualidade de vida depende dessa equação”, aponta a professora da UnDF e doutora em psicologia Adriana Barbosa Sócrates, integrante da comissão. Sobre os trabalhos do colegiado, a presidente da comissão, Larissa Lima, explica que a execução das diretrizes de qualidade de vida no trabalho na UnDF envolve cinco eixos: Saúde física e mental, Capacitação e desenvolvimento humano, Educação financeira, Cultura e lazer e Feedback de avaliação de desempenho. “Os eixos instituídos são diversificados para atender a todos os públicos da UnDF. Na comissão existem membros da parte administrativa e do corpo docente para que a gente possa entender as necessidades específicas de qualidade de vida de cada público da universidade”, detalha. “Por meio das ações de qualidade de vida do trabalho, virão muitos frutos relacionados à saúde do servidor, e isso inclui a diminuição de atestados médicos, absenteísmo e insatisfação. O servidor trabalha muito melhor. A gente entende que é de extrema importância a implementação dessa política na universidade”, complementa Larissa Lima. *Com informações da Universidade do Distrito Federal (UnDF)
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Atividade de extensão debaterá saúde mental e políticas públicas
“Diálogos sobre saúde mental, políticas públicas e universidade” é o tema da extensão universitária proposta pela docente Kíssila Mendes, da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF). A atividade é voltada para a comunidade acadêmica, bem como para o público externo, e terá início em 8 de maio. Os encontros ocorrem das 16h às 18h, uma vez por semana, no Campus Norte da UnDF. As inscrições serão encerradas em 7 de maio e podem ser realizadas por este link. Com foco em estudantes de graduação e trabalhadores de saúde, a extensão será realizada em cinco encontros e terá certificação de 10 horas, mediante 75% de frequência nos encontros. O objetivo é dialogar a respeito das concepções sobre saúde mental, sobre a rede de serviços de saúde existentes no DF e seus desafios, bem como o histórico, pressupostos e dilemas que embasam tal temática no Brasil. Os encontros ocorrem das 16h às 18h, uma vez por semana, no Campus Norte da UnDF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Nunca se falou tanto em saúde mental. Se, por um lado, termos espaço e falas desmistificando tabus acerca do tema é de extrema relevância, por outro, se percebe uma cooptação a partir de vieses patologizantes e medicalizantes que mascaram aspectos, sobretudo sociais, fundamentais para qualquer debate sobre saúde mental”, explica Kíssila Mendes. Em linhas gerais, a extensão pretende debater o conceito de saúde mental, história e reflexões sobre a loucura; aspectos históricos da saúde mental e da atenção psicossocial no Brasil a partir de perspectiva crítica e reflexiva. “Então, afinal, o que é saúde mental? A partir dessa questão se desenrolará o curso que, por meio de linguagem e conteúdo adequados a todos os públicos de maneira interdisciplinar, pretende ainda apresentar sobre as políticas públicas e a rede de atenção psicossocial no país, com foco do DF, municiando a comunidade acadêmica e demais participantes sobre possibilidade de articulação de redes e manejo em saúde mental, desmistificando paradigmas manicomiais”, disserta a docente. “Vejo que a universidade tem papel educativo e de difusão fundamental sobre o tema, mas também pode ser fonte de sofrimentos. Tentaremos abordar tais questões no curso”, conclui Kíssila Mendes . Cronograma 8/5 – Ampliar o conceito de saúde mental (convidado: Professor Pedro Costa – UnB) 15/5 – Luta Antimanicomial e Reforma Psiquiátrica no Brasil; 22/5 – Exibição de filme e debate – Bicho de sete cabeças; 29/5 – Política Pública de Saúde Mental e a Rede de Atenção Psicossocial; 5/6 – Diálogos sobre saúde mental em diferentes contextos (convidados a confirmar). *Com informações da Universidade do Distrito Federal (UnDF)
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