Horta comunitária tem função pedagógica e terapêutica no Centro de Ensino Especial 2
Os fundos do Centro de Ensino Especial 2 (CEE 2), na 612 Sul, escondem um tesouro: um espaço de cinco hectares que transfere automaticamente quem o visita para um ambiente rural. Tudo começa com a horta comunitária horizontal onde são cultivadas hortaliças, como alface, cebolinha, manjericão e hortelã, e segue pela espécie de “chácara” de agrofloresta, um sistema de produção agrícola que combina diferentes tipos de árvores e plantas com espécies frutíferas, silvestres e nativas. Estudantes e alunos podem interagir com as atividades de cultivo e reforçar o aprendizado sobre o respeito ao meio ambiente | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Esse oásis verde em meio à estrutura da escola permite que estudantes e professores se conectem com o meio ambiente. Pelo menos duas vezes por semana, os alunos frequentam o espaço como parte da grade horária pedagógica. O ambiente também é usado como terapia para os alunos, que podem interagir com os cultivos e com as estruturas de lazer – uma ponte de bambu, uma casinha da roça, uma mandala horizontal, uma oca indígena e áreas com redes. Além disso, tudo que é produzido no local é distribuído para a cantina para o consumo da própria comunidade escolar. Contato com a terra O professor de Geografia Georlando Menezes, um dos coordenadores do projeto: “É muito importante, porque temos aqui uma escola de ensino especializado, com alunos com deficiência intelectual e deficiências múltiplas. É uma forma de eles terem acesso a um meio rural dentro da cidade” “Esse espaço é um bem-estar para os alunos, porque atua nos diferentes sentidos deles” Antônio Francisco da Silva, professor de Filosofia “São 50 mil metros quadrados em uma área nobre da capital onde temos o cultivo da olericultura e o desenvolvimento da agrofloresta”, detalha o professor de Geografia Georlando Alves Menezes. “Temos uma grade horária para cada aluno frequentar o espaço duas vezes por semana”, valoriza. “É muito importante, porque temos aqui uma escola de ensino especializado, com alunos com deficiência intelectual e deficiências múltiplas. É uma forma de eles terem acesso a um meio rural dentro da cidade. Eles usufruem do espaço e dos produtos.” Ele coordena o projeto há mais de dez anos no CEE 2 com o professor de Filosofia Antônio Francisco da Silva. Cabem aos dois cuidar da horta – o que fazem com muito carinho, amor e dedicação, pois percebem a importância para a comunidade escolar. “Esse espaço é um bem-estar para os alunos, porque atua nos diferentes sentidos deles”, aponta Antônio. “Eles conseguem voltar melhores para a sala de aula. Muitos nem querem ir nem embora daqui, porque realmente é um ambiente muito bom”. Desde o ano passado, a dupla conta com outros dois professores e seis reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF) auxiliando na manutenção e conservação do espaço, além do apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) – que fornece insumos, como adubo orgânico, calcário, ferramentas e sementes. “Esse projeto também revela a importância sanitária da agricultura urbana, porque esse espaço poderia ser um lixão”, aponta a extensionista rural Isabella Belo, da Emater-DF “É uma forma de incentivar e mostrar para as crianças que é possível produzir alimentos saudáveis e orgânicos em áreas públicas e coletivas dentro da cidade”, pontua a extensionista rural da Emater-DF Isabella Belo. “Esse projeto também revela a importância sanitária da agricultura urbana, porque esse espaço poderia ser um lixão.” Projeto modelo O extensionista rural da Emater-DF Tiago Leite lembra que a escola é considerada modelo no projeto de horta comunitária pela empresa. “É um projeto que tem dado certo, muito pela dedicação, porque horta é algo perene”, avalia. “É um projeto que mostra a importância do meio ambiente para a sociedade e que é possível ser sustentável mesmo dentro da cidade”. O reconhecimento vem também da comunidade escolar. Christiane Quartieri, professora da educação precoce no CEE 2, ressalta o papel do ambiente no complemento às atividades cotidianas: “Trabalhamos com eles essa parte motora, da vivência, do equilíbrio, e também sensorial, com o pisar a grama e o cheiro das plantas. É uma honra trabalhar tendo esse ambiente aqui. É algo que deveria ter em todas as outras escolas”. A professora Juliana Ferreira concorda: “Aqui as crianças podem explorar a natureza, o que é excepcional para o desenvolvimento delas. Esse espaço engloba o nosso trabalho, porque eles trabalham no plantio e no cultivo e ficam bastante livres – sem falar que podem saborear os alimentos”. No Dia do Milho, comemorado em 25 de fevereiro, estudantes e professores participaram de uma festa com receitas feitas com o produto colhido na horta. Após uma década de experiência, o projeto continua a crescer. Estão atualmente em construção um canteiro de plantas medicinais, uma composteira e um caramanchão, para abrigar plantas trepadeiras. Também se encontra em estudo a reativação do viveiro da escola.
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Servidores do Brasília Ambiental conhecem atributos ecológicos do Sítio Geranium em visita guiada
Na manhã desta terça-feira (22), servidores do Instituto Brasília Ambiental realizaram visita técnica ao Sítio Geranium para conhecer, de perto, suas práticas em educação ambiental e conservação. O grupo teve a oportunidade de explorar iniciativas de cultivo da agrofloresta, além de outras práticas sustentáveis, como a utilização de técnicas de evapotranspiração (Tevap) e banheiros secos. A visita incluiu também uma feira de produtos produzidos no local e uma passagem pela escola de educação ambiental, um ponto de destaque do trajeto. O presidente do Instituto, Rôney Nemer, ao longo da visita, ressaltou a importância de proteger áreas como o Sítio Geranium. “Acredito que falo em nome de todos quando digo que uma área como essa deveria existir em todos os espaços de preservação. É muito bom esse contato com a natureza”, declarou dirigente da autarquia. A visita marcou um importante passo no fortalecimento das práticas sustentáveis e na criação de novos projetos de conservação no Distrito Federal | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O dono do sítio, Marcelino Barberato, emocionou-se ao falar sobre o seu vínculo com o local. “Eu não vou acompanhar de perto, porque falo demais, mas sente esse cheiro”, disse ele, pegando um punhado de solo em suas mãos. “Isso aqui é um sonho materializado.” Para o superintendente substituto de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental, Marcos Cunha, a visitação foi uma oportunidade de troca de conhecimentos. “É um momento de explorar nossos horizontes, compartilhar nossas dificuldades e aprender ainda mais”, afirmou Cunha. Nemer finalizou a visita com uma proposta inspirada pelo que viu na escola de educação ambiental do sítio. “Todas as unidades de conservação deveriam ter um centro de educação semelhante a esse. O que vocês acham? Não precisam responder agora, levem para casa e pensem a respeito”, sugeriu o presidente do Brasília Ambiental, indicando a possibilidade de novos projetos focados na educação ambiental, em áreas de preservação sob responsabilidade do Instituto. A visita marcou um importante passo no fortalecimento das práticas sustentáveis e na criação de novos projetos de conservação no Distrito Federal. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Cafeicultoras se unem para fortalecer cadeia produtiva do grão no DF
Seja para iniciar o dia com o pé direito, seja para acompanhar um lanche da tarde, o café está presente na mesa de milhares de brasileiros diariamente. No Distrito Federal, o grão é desenvolvido por mais de 100 agricultores especializados em uma área de aproximadamente 400 hectares. Com o objetivo de expandir o alcance do produto local e, assim, conquistar o mercado nacional e internacional, foi criada a primeira organização brasiliense de produtores do ramo – a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural). Produtores de café do DF contam com assistência da Emater, do plantio à colheita | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Fundada em janeiro deste ano, a associação já conta com 26 membros e recebe acompanhamento técnico do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), que oferece apoio integral aos agricultores do plantio à colheita. Todos os cargos de liderança da associação são ocupados por mulheres, e há associados de todo o Centro-Oeste. Produção local “O pequeno produtor só cresce quando está junto. Queremos colocar o Distrito Federal no mapa mundial de cafés especiais.” Lívia Tèobalddo, presidente da Associação Elo Rural “O pequeno produtor só cresce quando está junto”, ressalta a presidente da Elo Rural, a cafeicultora Lívia Tèobalddo. “Não temos como galgar mercado se não for por meio da união. Nós nascemos de um atrevimento. Duas pequenas produtoras começaram um grupo de WhatsApp para reunir outros produtores e distribuir melhor o conhecimento sobre a cadeia produtiva de café. Um foi chamando o outro até que apareceram mais produtores e especialistas no ramo, surgindo a necessidade de institucionalizar esse movimento. Queremos colocar o Distrito Federal no mapa mundial de cafés especiais.” No final de junho, houve uma reunião entre a Elo Rural e a Emater sobre medidas e projetos para expansão do ramo cafeicultor. As produtoras apresentaram amostras dos cafés produzidos por associados, promoveram rodadas de degustação e entregaram um documento com demandas do setor à diretoria da empresa pública. Incentivo Na lista há a criação de um programa de incentivo à produção de café, o restabelecimento do programa Brasília Qualidade no Campo, a promoção de cursos de capacitação para produtores e colaboradores, apoio com crédito rural e mais. Os cafés desenvolvidos pela associação estão expostos para venda na Florada Café, na 216 Norte. “A qualidade do café local se deve à aplicação de pesquisas e tecnologias na produção, como estudo do solo e do clima, seleção de variedades produzidas e seleção de grãos, que garantem, também, uma produção rentável” Bruno Caetano, técnico da Emater Lívia entrou para o ramo cafeicultor em 2023, quando o pai precisou se afastar da gestão da chácara da família por problemas de saúde. “Eu não tinha experiência nenhuma, era da área jurídica, mas assumi o desafio e, pesquisando, percebi que o melhor seria o plantio agroflorestal” , lembra. “Descobri a Rota da Fruticultura e escolhi começar com o açaí. Depois, pensei em plantar o café entre as fileiras e iniciei o preparo da terra”. O plantio do grão deve começar em dezembro, com 4 mil mudas dos tipos arara e catuaí-amarelo. O açaí já foi plantado e, assim como o café, deve ser colhido daqui a três anos. O café plantado no DF é o arábica, que possui menos cafeína e, segundo apreciadores, é mais doce do que outros tipos. “Esse tipo de café tem um gosto mais suave e se desenvolve muito bem em altitudes elevadas, acima de 800 metros, que é o caso de praticamente todo o DF”, explica, explica o técnico da Emater Bruno Caetano. “Também prefere temperaturas mais amenas, em que consegue ter uma maturação melhor e de mais qualidade”. Os cuidados com o grão implementados desde a nutrição do solo ao armazenamento dos produtos resultam em cafés especiais com maior valor agregado, ensina Bruno: “A qualidade do café local se deve à aplicação de pesquisas e tecnologias na produção, como estudo do solo e do clima, seleção de variedades produzidas e seleção de grãos, que garantem, também, uma produção rentável, se aplicados corretamente”. Ainda segundo o técnico, a Emater oferece desde orientações individuais, com técnicas sobre adubação e irrigação, palestras e imersões e a emissão do Certificado de Agricultor Familiar (CAF). “Também levamos os produtores mais novos para conhecerem o trabalho dos mais antigos daqui do Lago Oeste para que pudessem ver quais são os desafios e as dificuldades do plantio e da mão de obra, além das vantagens do café”, relata. Qualidade e sabor diferenciados Alguns dos cafés desenvolvidos por associados foram analisados por K.J. Yeung, avaliador sensorial de café reconhecido internacionalmente. As pontuações recebidas foram de 82 a 86,6, em uma escala padronizada de 1 a 100. A vice-presidente da Elo Rural, Flávia Penido, obteve a pontuação mais alta. Maria José Rodrigues Ferreira começou a plantar café há dez anos: “Para mim, era a extensão do meu jardim; agora é minha lavoura” A relação de Flávia com o cultivo de café – o catuaí-vermelho – começou em 2022, quando ela assumiu o manejo das plantações de uma chácara adquirida pela irmã no Lago Oeste. A propriedade conta com meio hectare de agrofloresta, composta por cafeeiros, abacateiros e amoreiras, entre outras plantas. “É minha primeira experiência com o manejo do café”, conta. “Estou aqui desde 2022 e em janeiro de 2023 fiquei desempregada, me dando a possibilidade de entrar de cabeça na produção.” Na mesma época, ela passou a ser atendida pela Emater. Além do grão torrado e moído, a vice-presidente da Elo Rural comercializa a casca do café, que é desidratada com mucilagem e polpa após o grão ser retirado. “Nós utilizávamos a casca como adubo, até que, no ano passado, descobri a possibilidade do chá”, afirma. “A casca tem menos cafeína do que o café, mas tem propriedades medicinais que ajudam na redução de diabetes, colesterol e alguns tipos de câncer, além de ser boa para a pele”, conta ela, que participa de uma pesquisa junto à Universidade de Brasília sobre subprodutos do café. Já a diretora financeira da Elo Rural, a produtora rural Maria José Rodrigues Ferreira, decidiu plantar café há cerca de uma década. Atualmente, ela cultiva o arábica do tipo catuaí-vermelho. “Meu marido é mineiro, e eu brincava dizendo que nós tínhamos que ter café plantado por causa disso”, lembra . “Um dia, passei em um lugar e comprei dois pés de café. Plantei e cuidei como se fossem meus filhos. Eles cresceram bem, produziram muitos grãos. Então, decidi plantar mais e mais, até que comecei a comercializar também. Hoje tenho 1.500 pés”. Maria José afirma que a união dos produtores e a criação da Elo Rural mudaram a forma de lidar com o cultivo do grão. “Para mim, era a extensão do meu jardim; agora é minha lavoura”, resume. “Vejo que pode me render muitas coisas, e estou estudando para entender cada vez mais desse mundo”. Os grãos são comercializados na própria chácara, no Lago Oeste, por cerca de R$ 100 o quilo.
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Parque do Riacho Fundo se torna modelo em agrofloresta e cultivo de Pancs
O Parque Ecológico do Riacho Fundo se tornou a primeira unidade de conservação (UC), sob a gestão do Instituto Brasília Ambiental, a receber o projeto de implantação de horta de plantas alimentícias não convencionais (Pancs) e agrofloresta. A cerimônia de implantação, no sábado (3), contou com a presença de representantes do governo, da sociedade civil organizada e da comunidade local. Riacho Fundo tem a primeira unidade de conservação com projeto de cultivo de plantas alimentícias não convencionais e agrofloresta | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O projeto surgiu da necessidade do combate à fome e, ao mesmo tempo, da promoção da educação ambiental. A sua viabilização se deu por meio da emenda parlamentar dos deputados distritais Jaqueline Silva e João Hermeto. A vice-governadora Celina Leão participou do evento e ressaltou a importância dessa ação: “Quero parabenizar vocês por essa iniciativa que agrega tanto valor para a nossa educação ambiental. Temos percebido, nos últimos tempos, a necessidade de zelar pelo nosso meio ambiente, devido, sobretudo, às mudanças climáticas e seus efeitos”. O presidente da autarquia, Rôney Nemer, enalteceu o lançamento da atividade: “Quando o Pedro Paulo Tominaga [coordenador do projeto] e a professora Leila [representante da sociedade civil] foram me apresentar o projeto, confesso que eu não tinha o conhecimento sobre o assunto, mas, de pronto, gostei da ideia e topei o desafio. Combinei de apresentar a eles as unidades de conservação para que escolhessem em qual seria mais viável. Na primeira a que viemos, eles já se apaixonaram e decidiram que seria aqui no Riacho Fundo”, falou o dirigente do Brasília Ambiental. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Pedro Paulo Tominaga explicou, ainda, que a ação no Parque Ecológico Riacho Fundo será uma vitrine educativa para que o cultivo dessas espécies possa ser mais difundido na sociedade: “Se conseguirmos fazer com que crianças venham conhecer, voltem pra casa e façam com que suas famílias não passem fome, o projeto terá funcionado”. Na ocasião, o agente de Unidades de Conservação, Jeovane Oliveira, destacou que uma proposta como essa era um sonho antigo da Superintendência de Unidades de Conservação (Sucon) do Brasília Ambiental e que a equipe estava muito feliz por essa conquista. Já a representante da ação social Renascer, Thais de Oliveira, que também faz parte do projeto, esclareceu a precisão de ter essa ferramenta na educação das crianças que são atendidas pela organização, devido ao fato de estarem em situação de vulnerabilidade social e as Pancs serem uma opção no combate à desnutrição, devido ao seu alto valor nutricional. O Coletivo Aroeiras também participará da implantação da horta fornecendo a mão de obra para a execução dos trabalhos. ?*Com informações do Brasília Ambiental
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Evento discute soluções para desenvolvimento de agroflorestas no DF
A Secretaria da Agricultura (Seagri) promove nesta quinta-feira (7) o II Encontro de Agrofloresta do DF e Entorno, em uma parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O evento tem o objetivo de apresentar tecnologias e informações relevantes para o desenvolvimento da agrofloresta e a recuperação ambiental de áreas rurais do Distrito Federal. Também vai propor debates em prol de ações para conservação do solo e dos recursos hídricos nas áreas rurais do DF, simultaneamente a uma produção sustentável, com geração de renda para o produtor rural. O II Encontro de Agrofloresta do DF e Entorno é voltado a produtores rurais, estudantes, pesquisadores, extensionistas e profissionais que atuem na área de desenvolvimento rural sustentável. A programação completa do evento pode ser conferida aqui. Serviço II Encontro de Agrofloresta do DF e Entorno Data: quinta-feira (7) Horário: 8h às 17h Local: Granja Modelo do Ipê da Secretaria da Agricultura *Com informações da Secretaria de Agricultura do DF
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Técnicos do DF se capacitam no Zimbábue sobre exportação de flores
Extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) participaram de uma missão técnica no Zimbábue para promover o fortalecimento institucional da empresa e do Distrito Federal em relação à exportação de flores e outros produtos agrícolas da capital. Com a experiência vivenciada no país africano, um dos maiores exportadores de flores do mundo, a expectativa é capacitar técnicos e produtores, além de orientá-los quanto ao processo de exportação com base nos modelos observados. Missão técnica da Emater-DF visitou locais de produção de flores e conheceu a logística de exportação | Fotos: Divulgação/Emater A missão foi realizada entre os dias 20 e 24 de junho e faz parte das atividades do acordo de cooperação técnica para o fortalecimento institucional da exportação e importação de flores e produtos rurais no Distrito Federal, firmado entre a Emater-DF e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). [Olho texto=”“Como no Brasil, pudemos observar a importância da presença da mulher na geração de renda e emprego. Nessa parceria, quem ganha são os produtores dos dois países”” assinatura=”Loiselene Trindade, diretora-executiva da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A diretora-executiva da Emater-DF, Loisenele Trindade, o coordenador de Floricultura, Carlos Morais, o assessor da área Internacional, Luiz Rocha, e o extensionista Paulo Ricardo, da Gerência de Desenvolvimento Econômico da empresa, participaram da missão e visitaram propriedades de produtores rurais que cultivam e comercializam flores. O grupo também conheceu os projetos destinados a produtores que exportam, bem como todo o processo de exportação, desde a produção até a logística no aeroporto da capital. “Esse projeto teve início em 2019. Nosso objetivo é aprender um pouco mais sobre o processo de exportação aproveitando a expertise do Zimbábue, que é o terceiro maior exportador de flores do mundo, principalmente de rosas”, afirmou Loiselene Trindade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Como no Brasil, pudemos observar a importância da presença da mulher na geração de renda e emprego. Nesta oportunidade de cooperação, também poderemos repassar um pouco do nosso conhecimento na produção. Nessa parceria, quem ganha são os produtores dos dois países”, acrescentou. Participaram o primeiro-secretário permanente do Ministério das Terras, da Agricultura, Água, Pesca e Desenvolvimento Rural do Zimbábue, John Bascera, e representantes do governo e da iniciativa privada local, além do embaixador do Brasil no Zimbábue, José Augusto Andrade. Essa é uma das primeiras missões da cooperação, que tem prazo de execução de 24 meses. *Com informações da Emater-DF
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Parceiros visitam projeto de agrofloresta desenvolvido pelo GDF
Na gleba da agricultora, Dona Ilnéia Alves Rocha Barros, no Núcleo Alexandre de Gusmão, em Brazlândia, está o córrego do Rodeador, que alimenta a Bacia do Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de 60% da população de Brasília. Depois de muito trabalho, desde 2019, que marca o início das ações desenvolvidas pela Secretaria do Meio Ambiente, com o apoio do Projeto Citinova, do Ministério da Ciência e Tecnologia -MCTI, ela comemora, com o marido Claudionor e a filha Adriana, os bons resultados da recuperação das áreas de proteção ambiental degradadas, de nascentes e a produção da agrofloresta mecanizada (SAFs), utilizando boas práticas da agricultura sustentável. O programa, implantado a partir de 2019, envolve a recomposição da vegetação nativa em áreas de preservação permanente (APPs) de nascentes, áreas de recarga hídrica e demais APPs degradadas ou alteradas nas Bacias dos rios Descoberto e Paranoá, visando à manutenção e à recuperação de seus aquíferos | Foto: Divulgação/Sema Na segunda-feira (17), a área incluída no programa Sema/CITinova, recebeu a visita do secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, acompanhado do diretor nacional do projeto no MCTI, Luís Henrique Pereira, da coordenadora nacional do projeto, Ana Lúcia Stival, da responsável institucional do CITinova na Sema, Márcia Coura e da coordenadora na secretaria, Nazaré Soares, além de técnicos das duas áreas. [Olho texto=”“A segurança hídrica do DF passa pelas ações que a Sema está desenvolvendo com prioridade”” assinatura=”Sarney Filho, secretário do Meio Ambiente” esquerda_direita_centro=”direita”] O programa, implantado a partir de 2019, envolve a recomposição da vegetação nativa em áreas de preservação permanente (APPs) de nascentes, áreas de recarga hídrica e demais APPs degradadas ou alteradas nas Bacias dos rios Descoberto e Paranoá, visando à manutenção e à recuperação de seus aquíferos. Também fazem parte da iniciativa a implantação nas duas bacias de Sistemas Agroflorestais , que além da segurança hídrica se associa à segurança alimentar e alternativa de renda ao agricultor familiar . A visita se estendeu às áreas em processo de recuperação e ao projeto de agrofloresta| Foto: Divulgação/Sema Crise hídrica D. Inéia Alves comemora as mudanças que ocorreram na terra. “Sofremos muito com a falta de água, durante a crise hídrica de 2016/17 aqui no Distrito Federal. Agora a água está voltando com a recuperação do solo e a agrofloresta ajudando a proteger e produzindo comida” , afirmou. A filha Adriana, entusiasmada, reforçou que as famílias envolvidas no programa “estão produzindo água”. O secretário Sarney Filho destacou que as ações em propriedades nas Bacias do Descoberto e do Paranoá estão servindo de exemplo para outros programas no DF. “A segurança hídrica do DF passa pelas ações que a Sema está desenvolvendo com prioridade”, afirmou. A visita se estendeu às áreas em processo de recuperação e ao projeto de agrofloresta. Foi plantado um hectare de agrofloresta mecanizada- SAFS. Antes do início das ações, foi realizado, a exemplo de outras áreas incluídas no programa junto aos agricultores, diagnóstico da área, a fim de analisar histórico de plantios, as preferências de espécies a serem plantadas pela família e suas perspectivas quanto à comercialização de produtos vindo dos SAFs. Foram plantadas nesta propriedade 667 mudas, dentre espécies variadas, com foco em frutíferas considerando o interesse da família em beneficiar esses produtos para comercialização. [Olho texto=”“Foi uma iniciativa positiva, porque mostramos aos nossos parceiros que não acompanham os projetos da Sema tão de perto, como o MCTI e o PNUMA, programa das Nações Unidas, como as iniciativas estão impactando positivamente a vida das famílias atendidas”” assinatura=”Nazaré Soares, coordenadora do CITinova na Sema ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Reserva Legal A gleba visitada faz parte do Assentamento Gabriela Monteiro, de aproximadamente 56 hectares, sendo 18 em área de Reserva Legal contínua. Foram plantadas 2.438 mudas de espécies nativas do cerrado em, aproximadamente, 4,0 ha da reserva, utilizando plantio total, condução da regeneração natural e núcleos de Anderson, com adensamento de mudas. Segundo a Assessora Especial da SEMA, Elisa Meirelles, a participação dos produtores no cuidado e recuperação da reserva do assentamento é importante para a conservação da área e fundamental para o sucesso dos plantios, que exigem acompanhamento e manutenção. “A área de reserva legal possui nascentes importantes para a Sub-bacia do Rodeador que apresenta diminuição da disponibilidade hídrica ao longo do anos”, explicou. A coordenadora do CITinova na Sema, Nazaré Soares, destacou a importância da visita. “Foi uma iniciativa positiva, porque mostramos aos nossos parceiros que não acompanham os projetos da Sema tão de perto, como o MCTI e o PNUMA, programa das Nações Unidas, como as iniciativas estão impactando positivamente a vida das famílias atendidas. Do ponto de vista dos produtores, a presença de todos também é boa para que eles entendam que fazem parte de um projeto maior, que envolve além da Sema, um ministério e um organismo internacional”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nazaré Soares acrescentou que os produtores mantêm com dedicação o SAF e comercializam produtos desse cultivo e seus processados, como farinhas, biscoitos, granola e temperos. A família da proprietária se uniu com outras produtoras para criação de uma rede de mulheres assentadas, agricultoras de Brazlândia, que comercializam alimentos por meio de Comunidade que Sustenta a Agricultura – CSA. O casal também possui uma banca na feira da ponta na Asa Norte de Brasília, na SQS 216, que acontece nas manhãs de sábado. O CITinova é um projeto multilateral coordenado nacionalmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Conta com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente. No DF, as ações são executadas pela Sema, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). *Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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