Fiscais do Brasília Ambiental participam de capacitação para o manejo de animais silvestres
Os auditores fiscais do Instituto Brasília Ambiental participaram, entre os dias 3 e 5 de dezembro, de curso de capacitação em manejo de animais silvestres na Fundação Jardim Zoológico de Brasília. A formação foi ministrada pela equipe técnica do próprio zoológico. Ao todo, o curso contou com 25 participantes. A vice-governadora Celina Leão ressalta a importância da capacitação contínua. “Profissionais bem qualificados são agentes de transformação, capazes de implementar práticas que reduzem os riscos, otimizam o uso de recursos e mitigam as mudanças climáticas, contribuindo para a qualidade ambiental geral”, lembrou. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou que a qualificação na área ambiental é crucial e necessária “devido à natureza dinâmica das tecnologias e dos desafios ecológicos, garantindo que os profissionais possam atuar de forma eficaz na preservação dos recursos naturais, no cuidado com a fauna silvestre e a flora do Cerrado, e na promoção do desenvolvimento sustentável”. A formação foi ministrada pela equipe técnica do próprio zoológico | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental De acordo com a superintendente de fiscalização, auditoria e monitoramento ambiental do Brasília Ambiental, Simone de Moura Rosa, foram abordados conteúdos teóricos e práticos de identificação, contenção, captura e manejo de diferentes grupos da fauna, incluindo aves, répteis, mamíferos e artrópodes. O curso tratou ainda de biologia e ecologia básicas, avaliação de riscos, uso de equipamentos de proteção individual, escolha do material apropriado para contenção e transporte, além dos principais cuidados necessários para garantir a segurança dos servidores e o bem-estar dos animais. A superintendente informa que a capacitação contemplou também os grupos e espécies mais comumente encontrados no Distrito Federal, seja em ambiente natural, seja em situações de criação irregular, tráfico ou risco clínico ao ser humano. “A iniciativa reforça o compromisso institucional do Brasília Ambiental com a qualificação contínua das ações de fiscalização e resgate de fauna no Distrito Federal”, avalia. *Com informações do Brasília Ambiental
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Após longo tratamento, lobo-guará é devolvido à natureza
Sensação de voltar para casa. Foi o que viveu o lobo-guará que estava internado em tratamento no Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Hfaus), do Instituto Brasília Ambiental, desde 29 de setembro. Na tarde desta sexta-feira (7), ele foi devolvido à natureza na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama Cabeça de Veado. Depois de dois meses e sete dias “fora de casa”, mesmo sendo um animal adulto, o retorno foi cercado de todos os cuidados necessários. A devolução foi feita por equipe técnica com representantes do Brasília Ambiental, do Hfaus e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Devolução foi realizada por equipe técnica com representantes do Brasília Ambiental, do Hfaus e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental O gerente de fauna do Brasília Ambiental, Rodrigo Santos, lembra a importância de hospitais como o Hfaus, que tem capacidade atualmente para comportar até quatro lobos-guará. “Espaços como o Hospital e o Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre, o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) têm um papel muito importante para que consigamos recuperar esses animais e retorná-los à natureza. Por serem predadores, topo de cadeia, eles têm uma importância ecológica fundamental no meio ambiente. São reguladores de ambientes, então, poder retorná-los é uma grande vitória”, ressaltou. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou o trabalho de excelência que vem sendo feito no Hfaus. “O nosso Hfaus é o primeiro hospital público do Brasil, exclusivo para o atendimento da fauna silvestre, o que o torna uma referência nacional em seu modelo de tratamento. Mantém atendimento especializado 24 horas com uma equipe qualificada. É um sonho que virou realidade e mostra um governo, efetivamente, comprometido com a causa ambiental”, disse. A equipe técnica enfatiza que a devolução de fauna silvestre à natureza, após tratamento, é um processo criterioso e multifacetado. Envolve resgate, tratamento veterinário, reabilitação comportamental e seleção de um local de soltura adequado. Tudo isso para garantir que o animal tenha condições de sobreviver e de se reproduzir em seu ambiente natural. Resgate e Tratamento O lobo-guará devolvido à natureza foi resgatado pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), no dia 29 de setembro, após ser encontrado debilitado e vagando em uma rua sem saída da Ponte Alta do Gama. Deu entrada no Hfaus pesando 24 quilos, com sangramento na cavidade oral e em estado de inconsciência leve. Rôney Nemer: “O nosso Hfaus é o primeiro hospital público do Brasil, exclusivo para o atendimento da fauna silvestre, o que o torna uma referência nacional em seu modelo de tratamento" Foram realizados exames básicos de triagem como: hemograma, bioquímico, ultrassom abdominal, exame de fezes, avaliação cardiológica, exames para doenças infectocontagiosa como cinomose e parvovirose e doenças hemotaparasitária. Os exames acusaram positivo somente para erliquiose, mais conhecida como doença do carrapato. O lobo-guará foi submetido a tratamento para ehrlichia — agente etiológico da doença do carrapato — e tratamento cirúrgico periodontal, porque foi encontrado com uma fratura de dente. O tratamento dentário foi feito pela equipe da OdontoZoo. Segundo os técnicos do Hfaus, ao que tudo indica, o lobo- guará poderia estar vivendo em local que existiam cães domesticados ou de rua ao seu redor, uma vez que a erliquiose é uma doença mais comum em cães domésticos. *Com informações do Brasília Ambiental
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PMDF realiza instrução de resgate de animais vítimas de incêndios florestais
A Polícia Militar, por meio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), realizou na tarde dessa quarta-feira (30) uma instrução especializada em Resgate Operacional de Animais Vítimas de Incêndios Florestais, direcionada aos 27 alunos do 31º Curso de Combate a Incêndio Florestal do CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal). [LEIA_TAMBEM]A capacitação ocorreu nas dependências do BPMA e teve como foco o aperfeiçoamento técnico dos alunos no atendimento a ocorrências envolvendo fauna silvestre em risco, especialmente em cenários de queimadas e incêndios de grandes proporções, comuns durante o período de estiagem no Distrito Federal. A iniciativa reforça a integração entre as forças de segurança e meio ambiente, ampliando a capacidade de resposta às emergências ambientais e contribuindo diretamente para a proteção da biodiversidade regional, além de refletir na segurança, saúde pública e bem-estar da população do DF. *Com informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
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Mais de 65% de animais silvestres recebidos em unidades do DF neste ano retornaram à natureza
Mais de 65% dos animais silvestres recebidos nas unidades especializadas do Distrito Federal foram devolvidos à natureza no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, dos 3.806 animais acolhidos pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 2.493 foram reabilitados e soltos em seus habitats. Referência no tratamento e reabilitação de animais silvestres no país, o Hfaus conta com uma equipe de 26 profissionais, entre médicos-veterinários, biólogos, enfermeiros, tratadores e auxiliares | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O trabalho de acolhimento e recuperação é realizado de forma integrada pelo Cetas, pela Polícia Militar Ambiental (BPMA) e pelo Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do DF (Hfaus). Os animais podem chegar por três caminhos principais: resgatados e levados diretamente ao Hfaus, encaminhados pela PMDF (que distribui os casos entre o Cetas e o hospital) ou entregues diretamente ao Cetas, que, em casos de necessidade clínica, também os redireciona ao Hfaus ou ao hospital veterinário da UnB. "Originalmente, há esse acordo entre o Brasília Ambiental, o Batalhão de Polícia Militar Ambiental e o Ibama, representado pelo Cetas, em que os animais atendidos no hospital são encaminhados para avaliação final no Cetas. Se um animal chega primeiro ao Cetas e precisa de cuidados específicos, ele é trazido para cá", explica o coordenador do Hfaus, Thiago Marques de Lima. Reabilitação e cuidado individualizado Duas onças-pardas resgatadas ainda filhotes permanecem em recintos especiais no Cetas até estarem prontas para o retorno à natureza O processo de reabilitação começa com avaliação clínica, exames e período de observação. Os animais que precisam de cuidados emergenciais recebem atendimento imediato. Em seguida, são alocados em viveiros monitorados, onde podem interagir com outros da mesma espécie e readquirir comportamentos naturais antes de serem considerados aptos à soltura. Somente nos primeiros seis meses de 2025, o Hfaus atendeu 787 animais silvestres — um aumento significativo em relação aos 392 atendimentos realizados entre fevereiro e junho do ano anterior. Com uma equipe de 26 profissionais — entre médicos-veterinários, biólogos, enfermeiros, tratadores e auxiliares —, o hospital atua como referência no tratamento e reabilitação de animais silvestres no país. “Temos muito orgulho de dizer que o Hfaus é o primeiro hospital público de fauna silvestre do Brasil. Essa experiência nos mostra que a demanda é real e crescente. Em 2024, mais de 2 mil animais foram resgatados”, destaca Thiago. "Se um animal chega primeiro ao Cetas e precisa de cuidados específicos, ele é trazido para cá", afirma o coordenador do Hfaus, Thiago Marques de Lima Ele reforça que, mesmo quando a reintrodução na natureza não é possível, o destino desses animais é planejado com responsabilidade, podendo incluir zoológicos ou centros de conservação. “Salvar cada vida é uma conquista. O BPMA e o Ibama são parceiros fundamentais nesse trabalho, e é gratificante saber que hoje temos onde acolher esses animais com qualidade”, afirma. [LEIA_TAMBEM]Triagem e soltura O Cetas é o ponto de entrada de grande parte dos animais silvestres no DF, recebendo indivíduos resgatados, apreendidos ou entregues voluntariamente por particulares. “Recebemos apreensões feitas por órgãos ambientais do DF, do estado de Goiás, da Polícia Federal e também as entregas voluntárias, uma figura que isenta o tutor de penalidades quando o animal é entregue espontaneamente”, explica a técnica ambiental Clara Costa, do Ibama. Essas entregas voluntárias visam a reduzir o número de animais mantidos ilegalmente em cativeiro. “Às vezes a pessoa tem um papagaio sem anilha, e, ao entregá-lo voluntariamente, evita penalidades administrativas e criminais”, completa Clara. Além da triagem, o centro realiza atividades de reabilitação e readaptação ao ambiente natural. “O Cetas não é só um centro de triagem. Aqui também fazemos a reabilitação dos animais. Nosso objetivo é ambientar o animal da melhor forma possível ao habitat, preparando-o para os desafios que enfrentará em vida livre”, explica Júlio Montanha, chefe do Cetas. “Trabalhamos com estruturas e estratégias que favorecem a readaptação do animal ao ambiente selvagem, respeitando as características da espécie e promovendo seu bem-estar”. Entre os casos emblemáticos, estão duas onças-pardas resgatadas ainda filhotes, com cerca de três meses de idade, que permanecem em recintos especiais no Cetas até estarem prontas para o retorno à natureza. “Nosso objetivo é preparar cada animal para cumprir o seu papel ecológico — seja na dispersão de sementes, no controle de pragas, seja na manutenção dos ciclos naturais. Essa é a missão do Cetas”, conclui Montanha.
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Um cachorro-do-mato e três quatis reabilitados são devolvidos à natureza
Governo do Distrito Federal · UM CACHORRO-DO-MATO E TRÊS QUATIS REABILITADOS SÃO DEVOLVIDOS À NATUREZA O Instituto Brasília Ambiental participou, nesta sexta-feira (30), da soltura de quatro animais silvestres reabilitados: um cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e três quatis (Nasua nasua), todos resgatados e reabilitados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama, e pelo Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus). A ação, realizada em área monitorada na Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), simboliza a conclusão de um longo trabalho de cuidados veterinários e avaliação comportamental, para garantir a reintegração dos animais ao seu habitat natural. O chefe do Cetas, Júlio César Montanha, contou que o cachorro-do-mato, vítima de atropelamento, havia sido resgatado pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). O animal silvestre passou por um período de recuperação no Hfaus. Após a alta clínica, foi encaminhado ao Cetas, sendo monitorado quanto aos comportamentos naturais, alimentação e movimentação. Os animais passaram por tratamento no HFaus antes de voltarem à natureza | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental “Verificamos se ele estava apto a viver em liberdade, se buscava alimento de forma autônoma e apresentava movimentos naturais da espécie. Com a avaliação positiva, hoje realizamos a soltura em uma área protegida e adequada”, explicou Júlio César. Quanto aos quatis, que eram quatro irmãos, um deles morreu durante o resgate. Eles foram encontrados sozinhos sem a mãe, em 2024, após os incêndios florestais. Depois de um ano de trabalho conjunto entre o Cetas e o Hfaus, com atividades de enriquecimento ambiental, voltadas ao desenvolvimento de comportamentos naturais, os animais também foram considerados aptos à reintegração. Antes de serem soltos, os animais foram avaliados quando a capacidade de buscar alimentos “Hoje fechamos um ciclo com esses animais retornando à natureza”, destacou o gerente de Fauna Silvestre do Brasília Ambiental, Rodrigo Santos. Segundo ele, todos haviam passado por uma bateria de exames para diagnosticar parvovirose e cinomose, “a fim de garantir que estamos realizando a soltura desses animais saudáveis na natureza, por meio da parceria contínua entre a autarquia ambiental do DF, o Hfaus e o Ibama”, acrescentou. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também comentou a importância da iniciativa: “Essas ações demonstram o compromisso do Governo do Distrito Federal com a conservação da biodiversidade. Cuidar dos animais silvestres é preservar a identidade ambiental do nosso Cerrado, garantindo um legado sustentável para as futuras gerações”. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, celebrou mais uma etapa bem-sucedida do programa de reabilitação da fauna silvestre do DF. “Cada animal que devolvemos à natureza representa um avanço na preservação ambiental. O trabalho do instituto, aliado a outras instituições como o Cetas e o Hfaus, mostra que o cuidado com a fauna exige técnica, dedicação e sensibilidade. Nosso papel é dar a esses animais uma nova chance de viver livres e saudáveis”, concluiu. *Com informações do Brasília Ambiental
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Pioneiro no Brasil, Hfaus já atendeu mais de 2,5 mil animais silvestres no DF
Desde a inauguração, em março de 2024, o Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus) já acolheu e tratou 2.511 animais silvestres. A unidade, vinculada ao Instituto Brasília Ambiental e gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), é a primeira do país a oferecer um atendimento integrado e especializado com objetivo claro de devolver os bichos à natureza após o tratamento. Entre os pacientes, 1.554 são aves, 882 mamíferos e 75 répteis. “Cada animal que chega aqui passa por uma avaliação completa. Temos exames laboratoriais, ultrassonografia, raio-X e até tomografia. Tudo para garantir a melhor reabilitação possível”, destaca o biólogo Thiago Marques de Lima, coordenador do hospital. A equipe multidisciplinar, formada por veterinários, biólogos e outros profissionais, cuida da saúde física, nutricional, comportamental e psicológica dos animais | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A estrutura do Hfaus é pensada para respeitar o comportamento natural das espécies. O espaço é dividido por grupos (mamíferos, répteis e aves) e conta com alas que evitam o estresse causado pela proximidade entre presas e predadores. A equipe multidisciplinar, formada por veterinários, biólogos e outros profissionais, cuida da saúde física, nutricional, comportamental e psicológica dos animais. O Hfaus é resultado de uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada, com forte atuação conjunta de órgãos como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), o Instituto Brasília Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF). Em caso de avistamento ou resgate de animal silvestre, a orientação é nunca intervir diretamente. O ideal é acionar os órgãos ambientais pelo 190 (BPMA) ou 193 (CBMDF). A estrutura do Hfaus é pensada para respeitar o comportamento natural das espécies Casos marcantes Um dos animais recém-atendidos pelo hospital foi um tamanduá-bandeira resgatado no último sábado (3), em Sobradinho, pelo BPMA. O bichinho apresentava escoriações na cauda, pata e parte traseira, e a suspeita é que ele tenha sido atacado por cães, após entrar em uma residência na região. [LEIA_TAMBEM]Nas últimas semanas, o hospital recebeu outros casos que também chamam a atenção, como o de um lobo-guará resgatado em Padre Bernardo (GO) com suspeita de atropelamento. Após exames, foi constatado que ele provavelmente foi vítima de uma armadilha, com uma grave lesão na pata e hemorragia interna. “Ele chegou com um quadro de magreza severa, mas vem respondendo bem à cirurgia e ao acompanhamento clínico”, relata Thiago. Outro paciente recente é um cachorro-do-mato, atendido após ser atropelado e diagnosticado com parasitas intestinais. O animal passou por vermifugação, tratamento dentário e está em processo final de recuperação. Já um tamanduá-bandeira, resgatado em junho de 2024 no Park Way após ser atacado por cães, foi um dos primeiros casos da unidade. O animal quase teve a cauda amputada, mas sobreviveu após várias cirurgias. Depois de receber alta do hospital no fim de março, passou a ser acompanhado pelo Cetas, parceiro do Hfaus, para avaliação comportamental – etapa essencial antes da reintrodução à natureza.
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Lagarto da espécie teiú-do-cerrado é reabilitado no Hospital da Fauna Silvestre
Um lagarto da espécie teiú-do-cerrado foi resgatado e encaminhado para o Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Hfaus), onde recebeu atendimento e será liberado saudável. No dia 31 de outubro, o animal foi encontrado em condições debilitadas, apático e desidratado. Foram realizados exames de imagem e laboratoriais de triagem para avaliar a saúde do réptil, além de um exame cardíaco. Os resultados não indicaram nenhuma alteração significativa e foi constatado que o teiú não apresentava complicações graves. Após um processo rigoroso de cuidados e monitoramento, que incluiu hidratação, alimentação adequada e acompanhamento constante, a saúde do animal foi progressivamente estabilizada. Com o quadro clínico normalizado, a equipe médica do Hfaus considerou o animal apto a receber alta. A espécie Tupinambis quadrilineatus, característica do Cerrado, desempenha um papel importante no equilíbrio do ecossistema ao controlar populações de insetos | Foto: Caio Cavalcante/Brasília Ambiental O resgate e a recuperação desse teiú ressaltam a importância do Hfaus para a conservação do cerrado. O réptil está pronto para ser reintroduzido ao seu habitat, onde poderá retomar seu papel vital no ecossistema do Cerrado. A espécie Tupinambis quadrilineatus, característica do Cerrado, desempenha um papel importante no equilíbrio do ecossistema ao controlar populações de insetos. Como animal de hábitos onívoros e oportunistas, o teiú age como um “limpador” natural, promovendo a manutenção da qualidade do Cerrado. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Filhotes de quatis encontrados no Parque Nacional recebem cuidados do Hospital da Fauna Silvestre do Distrito Federal
Quatro filhotes de quati foram resgatados no Parque Nacional pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os pequenos silvestres foram encontrados no chão durante um serviço de poda preventiva, que é realizada na região no período de início das chuvas. Sozinhos, desidratados e hipotérmicos, os quatis foram levados ao Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus), onde estão recebendo cuidados veterinários completos, tratamento para desidratação e uma dieta especial preparada por um zootecnista. Filhotes de quati são atendidos no Hfaus, após serem encontrados durante um serviço de poda preventiva no Parque Nacional | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília A equipe monitora de perto o peso e progresso diário dos filhotes, garantindo uma recuperação saudável. De acordo com o biólogo responsável pelo manejo dos animais na instituição do Governo do Distrito Federal (GDF), Thiago Marques, os animais receberam cuidados neonatais e antibióticos e já estão bem melhores. “Toda a equipe cuida deles 24h por dia, e os filhotes comem a cada três horas. Eles estão bonitinhos, crescendo bem, e ontem foi o primeiro dia em que dois deles já consumiram o alimento sólido, o que é muito bom. O próximo passo é acompanhar o desenvolvimento, e, assim que eles começarem a se alimentar sozinhos e sem o auxílio de mamadeira ou seringa, serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde será definida a destinação deles”, detalha o biólogo. Época de reprodução “Se os escorpiões, baratas e insetos estão se multiplicando, é porque coincide com o aumento dos mamíferos que se alimentam desses animais. E, se a gente tira o predador, a presa se torna um problema para a gente”, alerta o biólogo Thiago Marques Como o início das chuvas coincide com o período de reprodução dos animais, principalmente no Cerrado, muitos filhotes chegam à unidade vítimas de abandono ou separação da família durante a migração – que é impactada pelo aumento das áreas degradadas. Os animais silvestres não devem ser tratados por civis. O ideal é sempre observar se o animal está em uma condição ruim e acionar os órgãos públicos ambientais, que atuam na linha de frente com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA), por meio do telefone 190, ou o Corpo de Bombeiros Militar do DF, pelo telefone 193 Entre setembro e outubro deste ano, a unidade chegou a receber 316 saruês e 146 periquitos-de-encontro-amarelo, além de 20 papagaios. “É normal cair um filhote da árvore nas casas – muitos ninhos estão nos telhados -, ou algum animal se movimentar da toca e parar nas residências”, explica Thiago. O biólogo acentua que há muito preconceito com os saruês, por exemplo, que chegam no hospital com machucados desde pisões até ferimentos por cabo de vassoura. “A gente sempre destaca que nesse período as pessoas têm que ter um pouco mais de carinho com esses animais. Infelizmente alguns não sobrevivem porque chegam em uma condição que a gente não consegue reverter”. Ele ressalta, ainda, que os saruês são predadores naturais e ajudam a evitar algumas pragas e animais perigosos como os escorpiões. “A chegada das chuvas é a época de reprodução de muitas espécies, então a natureza tem essa forma de equilibrar. Se os escorpiões, baratas e insetos estão se multiplicando, é porque coincide com o aumento dos mamíferos que se alimentam desses animais. E, se a gente tira o predador, a presa se torna um problema para a gente.” Entre setembro e outubro deste ano, o Hfaus recebeu 20 papagaios, 146 periquitos-de-encontro-amarelo e 316 saruês Os profissionais do hospital veterinário alertam que os animais da fauna silvestre não devem ser tratados por civis. O ideal é sempre observar se o animal está em uma condição ruim e acionar os órgãos públicos ambientais, que atuam na linha de frente com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA), por meio do telefone 190, ou o Corpo de Bombeiros Militar do DF pelo telefone 193. Pronto atendimento Pioneiro no Brasil em um modelo único de atendimento a animais silvestres, o Hfaus ultrapassou os mil atendimentos. Desde a criação, em março, até outubro deste ano, foram 1.109 animais acolhidos pela unidade localizada em Taguatinga. A unidade dispõe de recursos como exames laboratoriais (sangue e urina), oftalmologia, ultrassom, raio-X e até tomografia. Além de separar mamíferos, répteis e aves, o local é dividido em alas para distanciar os animais e evitar a convivência entre predadores e presas. Cada paciente recebe um tratamento de acordo com sua condição – desde os que precisam de hidratação até aqueles que sofrem colisões ou alguma fratura. Durante o período das queimadas, as equipes também trabalharam – e ainda trabalham – intensivamente no acolhimento dos bichinhos silvestres. Diversos pacientes já passaram pela unidade e foram devolvidos à natureza, como filhotes de lobo-guará, um pequeno bugio e aves variadas.
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