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GDF reforça orientações de prevenção após novo caso de doença em abelhas no Paranoá

A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) confirmou um novo caso de cria pútrida europeia, também chamada de loque europeia, em um apiário no Paranoá. A doença, causada pela bactéria Melissococcus plutonius, atinge as larvas de abelhas e enfraquece as colmeias, podendo comprometer a produção de mel e derivados. A notificação partiu de um técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que identificou sinais suspeitos durante uma visita ao apiário. As amostras coletadas foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, que confirmou o resultado positivo. Desde 2023, foram identificados oito casos no Distrito Federal, em regiões como Brazlândia, Sobradinho II, Fercal e agora Paranoá. O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, Rafael Bueno, destacou que a prevenção é a principal ferramenta para evitar prejuízos à apicultura. “A cria pútrida europeia não oferece risco à saúde humana, mas pode trazer perdas significativas para os apicultores. Por isso, é fundamental que não sejam introduzidas rainhas sem origem comprovada em local com sanidade atestada, que se acompanhe a Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida pela Defesa Animal da região de origem e que a secretaria seja acionada diante de qualquer suspeita”, afirmou. “Quanto mais rápido formos informados, mais eficaz será o trabalho de contenção e assistência técnica. A nossa prioridade é proteger os produtores e preservar a sanidade das abelhas no Distrito Federal”, destacou Rafael Bueno, secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal | Foto: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília Ele também reforçou a importância da notificação. “Quanto mais rápido formos informados, mais eficaz será o trabalho de contenção e assistência técnica. A nossa prioridade é proteger os produtores e preservar a sanidade das abelhas no Distrito Federal”, completou. Sinais Entre os sinais que podem indicar a presença da cria pútrida estão o mau cheiro nos favos, larvas amareladas ou de cor escura em posição anormal e falhas na distribuição das crias. Identificar esses sintomas de forma precoce é essencial para evitar a disseminação. A Seagri-DF recomenda que os apicultores mantenham as colmeias sempre fortes e saudáveis, façam a substituição de rainhas suscetíveis por matrizes mais resistentes, realizem inspeções periódicas e mantenham ferramentas e caixas devidamente higienizadas. Também é importante movimentar apenas colmeias sadias, sempre acompanhadas da Guia de Trânsito Animal (GTA), e ter atenção à alimentação suplementar, que pode se tornar uma via de introdução da bactéria. A secretaria lembra ainda que a notificação rápida é fundamental para conter a doença. Em caso de suspeita, os produtores devem entrar em contato pelos telefones (61) 3340-3862 e (61) 99154-1539, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo e-mail falecomadefesa@seagri.df.gov.br.   *Com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF)

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C-APIMEL aprova regimento interno e define calendário de reuniões até 2026

A Câmara Setorial das Cadeias Produtivas de Apicultura e Meliponicultura (C-APIMEL) passou a contar com regras claras para sua organização e funcionamento. Após apresentações e debates entre os integrantes, foi aprovado e publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), por meio da Portaria nº 312, o regimento interno do colegiado. A C-APIMEL é definida como órgão consultivo, sob supervisão da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), reunindo produtores e representantes de entidades públicas e privadas. O objetivo é discutir estratégias para o fortalecimento da criação de abelhas, da produção de mel e de seus derivados. “A aprovação do regimento da C-APIMEL é uma vitória para todos que acreditam no potencial da apicultura e da meliponicultura no Distrito Federal. Este é mais um passo concreto do Governo do DF no fortalecimento da agricultura e sustentável, garantindo que os produtores tenham voz, apoio e condições de expandir suas atividades. Estamos construindo juntos um futuro em que o mel e seus derivados sejam símbolos de qualidade, trabalho coletivo e desenvolvimento para a nossa capital”, afirmou o secretário de Agricultura , Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF, Rafael Bueno. De acordo com o regimento, a Câmara terá entre suas competências a realização de diagnósticos sobre as atividades apícolas e meliponícolas, a proposição de soluções ao Governo do Distrito Federal e a promoção de atividades consultivas voltadas ao desenvolvimento do setor. C-APIMEL passou a contar com regras claras para sua organização e funcionamento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “O regimento interno dá segurança e clareza ao funcionamento da C-APIMEL, que é um espaço de diálogo entre produtores, entidades e governo. Nosso objetivo é propor soluções para fortalecer as cadeias do mel, gerar emprego e renda e promover a sustentabilidade. As reuniões serão periódicas, e a participação dos membros será fundamental para o sucesso desse trabalho”, destacou o diretor de Cadeias Produtivas e Projetos Agropecuários da Seagri-DF, Fernando Costa. A participação no colegiado poderá ser ampliada com a inclusão de novas entidades, desde que comprovada sua legitimidade e aprovada pela maioria absoluta dos integrantes. Já os representantes que compõem a mesa da Câmara são indicados por suas instituições e designados pela Seagri-DF, com mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos ou substituídos. Calendário definido O regimento também estabeleceu o calendário de reuniões ordinárias até o início de 2026. Os encontros serão realizados às 14h nas seguintes datas: 7 de outubro de 2025; 6 de novembro de 2025; 4 de fevereiro de 2026 Caso haja necessidade, reuniões extraordinárias poderão ser convocadas pelo presidente da C-APIMEL ou por um grupo de quatro membros.[LEIA_TAMBEM] *Com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural

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Relatório de Informações Agropecuárias do Distrito Federal 2024 destaca produção regional diversificada

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) divulgou o Relatório de Informações Agropecuárias (RIA) 2024, um documento essencial para entender a produção rural e o desenvolvimento sustentável no DF. O relatório apresenta dados detalhados sobre culturas agrícolas, pecuária, aquicultura, apicultura, destacando a diversidade e a força do setor agropecuário local. Soja lidera em área plantada no DF, seguida pelo milho | Foto: Divulgação/Emater-DF "O relatório é uma ferramenta estratégica para planejamento de políticas públicas, para basear investimentos dos produtores e ações de sustentabilidade. Ele evidencia o papel do DF no abastecimento regional e na promoção da segurança alimentar, além de destacar a importância e necessidade de apoio contínuo aos produtores rurais”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Destaques da produção agrícola O Distrito Federal demonstra uma produção agrícola diversificada que tem como destaque as seguintes culturas: [LEIA_TAMBEM] * Grãos: a soja lidera em área plantada (87.924,82 hectares) e produção (380.726,82 toneladas), representando 14,41% da área total e 15,75% da produção do DF. Já o milho fica em segundo lugar, com 39.790,96 hectares plantados e produção de 272.837,82 toneladas. * Olericultura: alface (1.278,61 hectares), mandioca (1.018,29 hectares) e tomate (422,42 hectares) são as principais culturas. * Fruticultura: abacate (457,30 hectares), goiaba (433,88 hectares) e banana (343,88 hectares) se destacam. Pecuária * Bovinos: o plantel de 79.105 cabeças produziu 5,5 milhões kg de carne e 33,9 milhões de litros de leite, com Sobradinho e Ceilândia como principais produtores. * Avicultura: com 66,2 milhões de cabeças, a produção de carne atingiu 134,8 milhões kg, e a de ovos chegou a 49,6 milhões de dúzias, sendo Planaltina e Taquara as localidades com maior participação. * Suínos: o DF possui 239.442 cabeças, com destaque para o PAD-DF, responsável por 58,57% do plantel. Aquicultura e apicultura * A produção de pescado alcançou 2,1 milhões kg, com Gama e Ceilândia liderando em área inundada e produção. * Na apicultura, foram produzidos 22.598 kg de mel, com Alexandre Gusmão e Brazlândia como principais contribuintes. *Com informações da Emater-DF    

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Mais de 1,2 mil produtores rurais são capacitados em 2024

Com a missão de trazer mais oportunidades e qualificar os produtores rurais que residem na capital federal, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) capacitou 1.251 profissionais do campo de janeiro até a primeira semana de dezembro deste ano. Ao todo, foram realizados 68 cursos e 22 oficinas abordando temas como panificação artesanal, manejo correto na apicultura, criação de abelhas sem ferrão, inseminação artificial em gado leiteiro, e uso eficiente de agrotóxicos. A iniciativa tem como objetivo fortalecer a produção rural e promover a inclusão no mercado consumidor, atendendo às exigências de qualidade e segurança alimentar. Para participar dos cursos basta que o produtor rural procure uma unidade local mais próxima da sua propriedade. Um dos requisitos é que os alunos tenham o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). O objetivo dos 68 cursos e 22 oficinas é fortalecer a produção rural e promover a inclusão no mercado consumidor | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Os cursos e capacitações promovidos pela Emater-DF são fundamentais para fomentar a produção agropecuária e agregar valor à produção dos nossos agricultores. Estamos focados em fortalecer a agroindústria como um pilar estratégico, capacitando os produtores para transformar a matéria-prima em produtos de maior valor agregado. Essa iniciativa não apenas aumenta a renda das famílias rurais, mas também promove a sustentabilidade e a competitividade no mercado”, destacou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Ensino e aprendizagem Na área de processamento de alimentos, o Centro de Formação (Cefor) da Emater-DF realizou 25 cursos presenciais, com mais de 200 horas de aula e de 400 produtores e trabalhadores rurais capacitados. “A gente busca diversificar a oferta para que os interessados iniciem em novas áreas ou se aperfeiçoem em produtos de interesse, aproveitando o que já tem no quintal”, relata a Gerente do Centro de Formação, Deijane Araújo. O impacto é ainda maior quando somadas as capacitações nas áreas vegetal e animal, elevando o total para 816 produtores e trabalhadores rurais atendidos em cursos e oficinas ministrados pelo Cefor de janeiro até o momento. Localizado na sede da Emater-DF, o Centro conta com câmara fria, freezers, fogão e diversos outros utensílios que possibilitam a realização de cursos na área de agroindústria, como os de panificação, de produção de queijos, antepastos e doces, de defumação de carnes e fabricação de linguiças, de filetagem de peixe, desidratação de frutas e vegetais e produção de panetones. Além dos cursos presenciais, o público também conta com aulas em formato online. Entre as áreas contempladas com a capacitação estão panificação artesanal, manejo correto na apicultura, criação de abelhas sem ferrão Assistência para a produção “Ensinar eles a produzirem alimentos para consumo da própria família, além de mostrar possibilidades de comercialização com foco na geração de emprego e renda” é como define o instrutor em agroindústria da Emater-DF, Flávio Bonesso, sobre o objetivo dos cursos oferecidos pela empresa. Para ele, o conhecimento estendido garante mais opções de geração de renda a partir daquilo que os alunos produzem: “a importância é de valorizar a agricultura familiar, dar uma certa qualificação desses produtos e possibilitar acesso aos produtores rurais”. O técnico trabalha na Emater-DF desde 2006, quando entrou como estagiário, e atualmente ministra aulas como filetagem de tilápia, fabricação de queijos e charcutaria – ramo da indústria dedicado ao preparo e venda de produtos de carne de porco curada, como bacon, presunto e salsichas. “Juntei duas paixões: a de cozinhar e de passar conhecimento e fui ficando por aqui. Como meu pai diz, a nossa profissão de extensionista rural é muito bonita, porque a gente leva para a área rural muito conhecimento e em troca eles dão nosso prato de comida do dia a dia”, diz, orgulhoso. Geralda da Silva comemora: “Agora vou poder fazer os meus próprios alimentos para reduzir os custos no restaurante” Entre as alunas beneficiadas pelos cursos da Emater-DF está a produtora rural e dona de restaurante, Geralda da Silva, 73 anos. A empreendedora finalizou o ano com novos aprendizados na charcutaria. “Agora vou poder fazer os meus próprios alimentos para reduzir os custos no restaurante”, comemora. Moradora na área rural de Planaltina, a aposenta produz de tudo um pouco na chácara onde reside: entre milho e feijão a criação de galinha e pato. “Minha produção é mais voltada para o consumo. O que sobra, eu vendo na Feira de Sobradinho”, conta. A aposentada Isis Lobo, 64, também pretende investir na área da charcutaria após a diplomação: “Estou pensando em fazer para vender, especificamente lombo. O curso me inspirou”. Ela frequenta os cursos da Emater-DF há mais de 15 anos, após a aposentadoria. “Eu sou fominha de curso e ao morar em chácara, comecei a investir ainda mais na minha carreira”, conta. Os conhecimentos adquiridos na aulas ajudaram ela na criação de galinhas e porcos, além de plantações que ela tem no local. “Ter uma chácara e não saber mexer é jogar dinheiro fora. Por isso é muito importante o apoio que a Emater dá nas atividades agrícolas”, opina Isis. O anseio do empresário Paulo Gilvan Lopes, 53, com os ensinamentos na área da charcutaria, além de técnicas como fazer frutas desidratadas, filé de tilápia, rocambole e defumação é propor uma rede do bem: “Vou dar aula de tudo o que aprendi para pessoas mais humildes e que não tem possibilidade de ter acesso aos cursos. Conhecimento só para você não é conhecimento. Então eu vou passar para o próximo sem cobrar nada”, garante.

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Produtores do Núcleo Rural Alexandre Gusmão aprendem sobre criação de abelhas com ferrão

A Emater-DF ofereceu, no Núcleo Rural Alexandre Gusmão (região administrativa de Brazlândia), um curso sobre apicultura – criação de abelhas com ferrão. A atividade exige mais cuidados, porém é mais lucrativa. Foram duas aulas: a primeira foi realizada na quinta-feira (8) e a última, nesta terça (12). Durante a oficina no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, o médico-veterinário Edilson Amaral demonstrou como fazer o manejo correto das colmeias | Fotos: Rinaldo Costa/Emater-DF O curso aborda todas as etapas da criação de abelhas e da produção de mel. A zootecnista Michelle Costa, uma das organizadoras da atividade, explica que o empreendedor deve redobrar a atenção no manejo dos animais. “É preciso usar todos os EPIs [equipamentos de proteção individual] adequados, além de observar as distâncias mínimas entre as colmeias e as casas e propriedades”, orienta. “Sabendo que as abelhas polinizam as frutas e hortaliças, já estou querendo plantar café, com a ampliação de conhecimentos que tive graças à Emater” Deuzimar Pimenta da Silva, produtor rural Além do mel, as abelhas com ferrão produzem cera, pólen, própolis e apitoxina — o veneno dos insetos, usado na fabricação de cosméticos e medicamentos. “A Apis melífera, como são chamadas as africanizadas, costumam entregar cerca de 30kg de mel por ano, uma média dez vezes maior que as abelhas nativas, sem ferrão”, acrescenta Michelle. Durante a atividade, o médico-veterinário Edilson Amaral demonstrou como fazer o manejo correto das colmeias, desde o período pré-safra até a pós-safra. “É importante observar os tipos de alimentação adequada em todas as etapas de produção”, ensina o extensionista. Edilson demonstrou também como processar a cera das abelhas de modo a introduzir nas colmeias para acelerar a produção do mel. Utilidade Com duas aulas, o curso orientou os participantes sobre todas as etapas da criação de abelhas e da produção de mel Para o produtor rural Deuzimar Pimenta da Silva, que possui uma chácara no Incra 7, em Alexandre Gusmão, as oficinas foram de grande utilidade. “Já tenho cinco enxames, e vejo a possibilidade de aumentar ainda mais a produção”, vislumbra. Deuzimar, que começou a criar abelhas por acaso, conseguiu extrair 13 kg de mel na primeira safra. “Na próxima, vou alcançar facilmente 40 kg”, planeja o produtor. Natural de Mara Rosa (GO), Deuzimar se diz um apaixonado pela natureza. “Sempre gostei de plantações, florada, e, sabendo que as abelhas polinizam as frutas e hortaliças, já estou querendo plantar café, com a ampliação de conhecimentos que tive graças à Emater”, afirma. Já o produtor Élvio Meireles, também do Incra 7, que trabalha com ovinos e aves exóticas, também iniciou na atividade da apicultura. “O curso foi ótimo para aumentar nosso conhecimento em aspectos técnicos, com apresentação de metodologias e equipamentos que podem facilitar o trabalho. A Emater abriu a visão sobre o leque de oportunidades que a apicultura oferece”, observa. A produtora Núbia Lourenço Meireles concorda com o marido: “Ainda estamos no início e a empresa tem o conhecimento necessário para nos dar apoio”, conclui. Saldo positivo A médica-veterinária Soliene Partata, uma das organizadoras da oficina junto com Edilson e Michelle, explica que a demanda surgiu dos produtores da região. “Percebemos que eles têm muito interesse e curiosidade sobre a cadeia produtiva do mel. O Distrito Federal é um mercado promissor, inclusive para outros produtos que as abelhas oferecem, como própolis, pólen e cera. E a Emater tem olhado de perto os empreendedores rurais, eles sabem que a qualquer momento podem nos procurar que estamos disponíveis para orientar e esclarecer”, conta a extensionista. Soliene acrescenta que a empresa tem lançado um olhar diferenciado para a criação de abelhas, tanto com ferrão quanto sem. “Recentemente adquirimos EPIs, fizemos doações de caixas para produtores interessados e estamos planejando oferecer mais cursos de capacitação, inclusive para os nossos técnicos”, encerra. *Com informações da Emater-DF  

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Agricultores familiares fazem curso de manejo correto na apicultura

Saber identificar a abelha-rainha de uma colmeia, uma concentração de zangões ou, ainda, a hora certa de manejar as caixas de abelha pode ser um grande diferencial na apicultura e para determinar uma boa produção de mel. O Curso de Prática e Manejo de Apicultura oferecido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) traz todos esses ensinamentos para os produtores rurais assistidos pela empresa pública, reunidos no PAD-DF esta semana. Na fase final, o curso gratuito é de 24h, dividido em três dias com partes teóricas e práticas. Iniciado com uma aula básica de noções de apicultura, os conteúdos foram focados nas práticas pós-safra, que são a manutenção e multiplicação de colmeias de abelhas, além da seleção dos melhores enxames para que produzam o que se espera de uma colmeia bem administrada na próxima safra. Durante esta semana produtores rurais participam do Curso de Prática e Manejo de Apicultura oferecido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal no PAD-DF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O instrutor do curso, João Pires, explica que a capacitação veio de uma demanda dos agricultores familiares da região do PAD-DF que praticam apicultura e estavam reclamando da baixa produtividade dessa atividade, com um baixo retorno econômico. “Conversamos com eles e percebemos que o que estava realmente faltando eram práticas corretas de manejo”, afirma o técnico em agropecuária. O extensionista da Emater-DF também destaca a importância social, econômica e ambiental da produção de mel. “Socialmente ajuda na melhoria da alimentação dessas famílias, que passam a ter o mel e enriquecer a alimentação. Já do ponto de vista ambiental, você está trabalhando com um potencial polinizador, que são as abelhas, e obviamente todo apicultor é um ferrenho defensor da natureza, porque ele precisa dela preservada para que as abelhas possam trabalhar na produção de mel. Economicamente é mais uma atividade que pode somar renda para essa família, além da rapidez de retorno econômico da atividade apícola”, explica. Investimento nas abelhas De acordo com o especialista, todo investimento no primeiro ano na atividade apícola – indumentária (traje especial), equipamentos e caixas – se paga na primeira produção de mel. Isso na perspectiva de trabalhadores da região que utilizam técnicas corretas de manejo e não tenham uma produção menor (de 5 kg a 10 kg de mel por ano), mas uma média de 30 kg por colmeia ao ano. “Com o preço médio de R$ 50, o quilo, estamos falando de R$ 1.500 por colmeia. Pensando em uma agricultura familiar com 10, 20, 30 caixas, você multiplica isso por esse rendimento, tirando aí 10% de custo de manutenção, é uma renda considerável”, pontua João Pires. Lucas Duarte, participante da capacitação: “Antigamente ficava uma questão de fazer de qualquer jeito, fazer igual o vizinho fazia, mas hoje não. A gente tem as práticas e maneiras corretas de ter uma autoprodutividade maior. E foi isso que vim buscar neste curso, para realmente ser algo rentável e economicamente viável” Segundo o produtor rural Lucas Duarte, 30 anos, a grande importância do curso é o manejo correto. Ele conta que normalmente as práticas rurais são de conhecimentos passados de geração em geração, na linha de “meu avô fazia isso”, mas sem instruções realmente técnicas. “Acho que a palavra fundamental na apicultura seja manejo. Antigamente ficava uma questão de fazer de qualquer jeito, fazer igual o vizinho fazia, mas hoje não. A gente tem as práticas e maneiras corretas de ter uma autoprodutividade maior. E foi isso que vim buscar neste curso, para realmente ser algo rentável e economicamente viável”, destaca. Um favo de mel A agricultora Joana Pires Domingues de Oliveira, 57, é dona da Chácara 3 Meninas, localizada na VC-401, onde é realizado o curso. Ela e o marido têm oito colmeias espalhadas pela propriedade. Joana recorda que o técnico da Emater que os acompanha incentivou o marido, Maurício, a cultivar abelhas e logo ele se envolveu bastante, feliz com a ideia. O casal chegou a colher 40 litros de mel recentemente. “Vendemos ocasionalmente, da última vez não deu nem para os vizinhos e já tem gente querendo mais. A procura é grande. É um mel medicinal mesmo, porque tem muitas plantas de aroeira e eucalipto aqui, além de muitas flores do Cerrado medicinais. Com o mel, então, é maravilhoso”, ressalta a agricultora. Agricultora Joana Pires Domingues de Oliveira, dona da chácara que sedia o curso: “A Emater está em tudo que você vai fazer, a prestação de serviço é nota 10. Dá assistência, ensina, orienta em relação às abelhas… É um incentivo ao agricultor familiar” Como Joana é alérgica, as abelhas europeias que eles criam ficam mais abaixo na mata e, próximo à casa, ficam as pequenas e sem ferrão, também chamadas de melíponas. Ela cuida da propriedade de dois hectares há cerca de 20 anos. Há um ano, o casal cria abelhas e hoje ela não se vê sem o mel. “Depois do almoço tenho que pegar um pedacinho do favo. É uma gratidão muito grande, a Emater está em tudo que você vai fazer, a prestação de serviço é nota 10. Dá assistência, ensina, orienta em relação às abelhas… É um incentivo ao agricultor familiar. Quem quer realmente consegue ter uma renda vivendo do campo, que é a realização do meu sonho”, acrescenta Joana.

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Curso mostra a produtores potencial da apicultura

Para aprimorar o conhecimento de produtores rurais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) está realizando um curso de apicultura e meliponicultora em São Sebastião. A criação de abelhas com e sem ferrão exige pouco e pode ser uma alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. O curso é oferecido a cada seis meses a produtores rurais de todo o DF, em cinco módulos de oito horas cada, com conteúdo teórico e aulas práticas | Fotos: Divulgação Emater Além do mel, as colmeias oferecem cera, pólen, própolis, geleia real e apitoxina — este último, ainda pouco explorado no Brasil e bastante valorizado no mercado internacional. Todos os produtos são usados na alimentação e também na fabricação de cosméticos e medicamentos. Com o curso, os produtores aprendem sobre a importância biológica e econômica das abelhas, a biologia das abelhas nativas e exóticas, as instalações e equipamentos necessários para o manejo de abelhas e as técnicas de captura de enxame para correta destinação. [Olho texto=”“O mel e seus derivados fazem parte de uma extensa cadeia produtiva. Os produtos são utilizados para alimentação, estética e para fabricação de medicamentos”” assinatura=”Carlos Morais, extensionista da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No total, são cinco módulos de oito horas cada, com conteúdo teórico e aulas práticas. O curso é promovido semestralmente e produtores interessados em participar devem procurar o escritório da Emater mais próximo de sua propriedade. Na última sexta (12), foi realizado o segundo módulo do curso em São Sebastião. A apicultura Antes de começar a criar abelhas, é importante definir toda a estratégia de trabalho, identificar os objetivos da atividade – se será por hobby ou trabalho profissional – e a partir daí fazer um planejamento. Segundo o extensionista Carlos Morais, para criar abelhas é fundamental conhecer o inseto. O produtor não pode ser alérgico ao veneno e precisa montar o local de cultura a uma distância de 300 m a 500 m de residências, de locais com animais domésticos e de estradas. O extensionista Carlos Morais chama a atenção para a importância do contato com outros apicultores antes de iniciar a cultura de abelhas A Emater pode contribuir com a assistência técnica e no contato com demais produtores da região, mas Carlos Morais recomenda: “Buscar toda e qualquer informação é fundamental. Livros, revistas, pesquisas científicas e sites na internet darão uma visão inicial”. “Deve-se procurar outros apicultores, informar-se, saber da atividade, conhecer apiários já instalados, certificar-se de como são apiários já em produção e como os apicultores lidam com seus apiários. Essas visitas vão ajudar a sanar dezenas de dúvidas para o iniciante na atividade”, acrescenta o extensionista. O mel produzido no DF tem como vantagem em relação aos das outras regiões o teor menor de umidade. O preço médio do quilo do produto custa R$ 45 e, neste período de pandemia, o própolis também tem sido muito procurado. Morais explica que as abelhas produzem própolis para sua defesa e proteção de crias, a partir de resinas e seivas das plantas. “Aqui no cerrado, elas utilizam principalmente o alecrim do campo e produzem o melhor própolis do país – o própolis verde. Criadores em outras regiões estão cultivando essa planta especialmente para a produção de própolis”, conta. Além dos produtos provenientes das abelhas, a apicultura gera emprego na fabricação de caixas, vestimentas, utensílios para o manejo na criação, equipamentos industriais para processamento, embalagem, transporte e comercialização dos mais variados produtos. [Numeralha titulo_grande=”R$ 45″ texto=”é o preço médio do quilo de mel de abelha com ferrão” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O mel e seus derivados fazem parte de uma extensa cadeia produtiva. Os produtos são utilizados para alimentação, estética, para fabricação de medicamentos, entre outros”, explica Carlos Morais. Meliponicultura Uma alternativa à abelha melífera são as abelhas nativas sem ferrão, como os meliponíneos. Essas abelhas são mais eficientes polinizadoras do que a exótica Apis mellifera (que tem ferrão) para grande parte das plantas cultivadas. Na região do Lago Norte,  um grupo de produtores vem investindo na criação de abelhas indígenas sem ferrão como alternativa de atividade produtiva aliada à preservação ambiental. As abelhas Jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado que o de abelhas com ferrão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além de a abelha indígena ter maior potencial como agente polinizador das flores que não são polinizadas pelas abelhas com ferrão, a espécie não é agressiva, o que facilita seu manejo. A jataí (Tetragonisca angustula) produz um mel com maior umidade, menos denso, com sabor e aroma diferentes. A produtividade das abelhas jataí é de 0,5 kg a 1,5 kg de mel por caixa de abelhas por ano, quantidade baixa se comparada à produção da espécie com ferrão. Entretanto, enquanto o mel da abelha com ferrão custa em média R$ 45 o quilo, o das abelhas nativas varia de R$ 60 a R$ 120 o quilo. *Com informações da Emater

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