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Combate ao Aedes aegypti é intensificado com chegada das chuvas

O início do período chuvoso no Distrito Federal acendeu o alerta para o risco de aumento da população do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika. Diante do cenário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) ampliou frentes de vigilância e controle, apostando em tecnologias e armadilhas que mapeiam áreas críticas e reduzem a circulação dessas arboviroses. Agentes de saúde inspecionam residência no Sol Nascente: temporada é de reforçar o combate ao mosquito que transmite arboviroses | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta quinta-feira (27), agentes de Vigilância Ambiental em Saúde revisitaram trechos do Sol Nascente, onde profissionais checaram dispositivos já instalados nas residências para monitorar e barrar a reprodução do mosquito. No campo, são utilizados dois modelos principais: as estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que usam o próprio inseto para levar o larvicida a outros pontos visitados por ele; e as ovitrampas, baldes preparados para coletar ovos e orientar a construção de mapas de calor, que direcionam as equipes para áreas prioritárias. Entre as ações em andamento, destacam-se a eliminação e tratamento de criadouros em áreas estratégicas com uso de larvicida e a aplicação de inseticidas residuais por borrifação intradomiciliar em imóveis de grande circulação, como escolas, e em locais com alto número de focos, como ferros-velhos. Há também o mapeamento e tratamento de pontos de difícil acesso por drones, uso de drones para identificar focos, além da soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia, chamados popularmente de “wolbitos", incapazes de transmitir vírus e projetados para substituir a população local de vetores ao longo do tempo.   Israel Moreira, biólogo da Secretaria de Saúde, explica o funcionamento das ovitrampas: “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá” A pasta também destaca o caráter estratégico do Sol Nascente na vigilância epidemiológica. Segundo o biólogo Israel Moreira, da SES-DF, a região conta com 150 ovitrampas e mais de 3 mil EDLs distribuídas, em razão de taxas de infestação relevantes e histórico de alta transmissão. “Aqui temos duas estratégias: medir a infestação coletando ovos e o controle, usando o próprio mosquito para disseminar larvicida”, detalha. “São medidas recentes, mas já adotadas com sucesso em outras partes do país, por isso trouxemos para cá. Pelo tamanho da população, usamos 150 armadilhas de coleta e mais de três mil estações disseminadoras”. O biólogo reforçou que o trabalho ocorre o ano todo, sendo intensificado na estação chuvosa, quando recipientes expostos acumulam água com maior frequência. Segundo a SES-DF, em números regionais, as cidades com maior cobertura de EDLs na capital são Recanto das Emas, com 198 estações; Água Quente, com 79; e o Sol Nascente, com 2.918 unidades já instaladas. Mais agentes A ampliação da força de trabalho é outro eixo da estratégia. Em novembro do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) nomeou 800 agentes de saúde para reforçar o atendimento nos territórios: 400 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs), que atuam diretamente nas visitas domiciliares, ações comunitárias e serviços da atenção básica. A agente de Vigilância Ambiental Tawanna Ferreira lembra a importância das visitas semanais: “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares”  No Sol Nascente, a aceitação do trabalho tem sido positiva. De acordo com a agente de vigilância ambiental Tawanna Ferreira, a população tem aberto as portas para a manutenção semanal das armadilhas e orientações de saúde. “Os moradores entendem que a ovitrampa ajuda a medir onde tem mais foco e que a EDL é uma estratégia nova; eles recebem a gente bem e acompanham as instruções”, afirma. De acordo com a agente, as visitas semanais também são importantes por permitirem que os profissionais orientem sobre problemas além da dengue. “Muitos moradores às vezes não sabem o que fazer ou os riscos que estão correndo, então orientamos sempre a não deixar depósitos de água, e a tapar qualquer buraco que tiver, como ralos, para evitar os escorpiões também, que nessa época chuvosa e quente começam a sair mais dos lugares”, explica. Segurança e cuidado [LEIA_TAMBEM]A realidade vivida nos lares ilustra a importância do monitoramento. Moradora do Trecho 1 do Sol Nascente, a cozinheira Rosângela Ferreira, de 41 anos, relata que o acompanhamento constante reforça os cuidados cotidianos: “Com as visitas frequentes, alerta mais a gente sobre não deixar água parada. Eu já tive dengue três vezes, em 2015, 2016 e 2020. Foi muito ruim. Mas não tive mais desde então, e acho que essas ações ajudam bastante”. No Trecho 3 do Sol Nascente, a dona de casa Regiane Lopes da Silva, 45, também ressalta o valor das orientações, especialmente em um território com forte presença de crianças: “É muito bom, porque os agentes explicam tudo direitinho. Tem que deixar a armadilha para o mosquito no cantinho, onde ninguém mexe, manter pneu sem água, garrafa virada e tampar os ralos”. Regiane conta que o filho já foi internado com dengue hemorrágica há três anos, situação que marcou a família. “Agora seguimos as orientações, e todo mundo tomou a vacina; queremos ficar seguros contra essas doenças”, assegura.      

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Reunião com agentes de Vigilância Ambiental aborda combate a arboviroses

Organizada pela Secretaria de Saúde (SES-DF), uma reunião intersetorial nesta terça (26) teve como foco o enfrentamento das arboviroses, como dengue, febre amarela, zika e chikungunya. O objetivo foi apresentar estratégias já executadas pela pasta e discutir os próximos passos de forma integrada. Participaram militares do Corpo de Bombeiros (CBMDF), agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas), gestores das regiões administrativas, lideranças comunitárias e servidores de diversas secretarias distritais. Profissionais que atuam na linha de frente de combate às arboviroses debateram formas de intensificar o trabalho nesta temporada | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF "Embora o desafio seja grande, podemos afirmar que os resultados demonstram avanços importantes, especialmente nas áreas de maior vulnerabilidade” Kenia Oliveira, diretora de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde   “Esse é um espaço fundamental para alinhar resultados, identificar pontos fortes e desafios, além de fortalecer o compromisso do monitoramento epidemiológico na preparação para a próxima sazonalidade”, avaliou a diretora de Vigilância Ambiental da SES-DF, Kenia de Oliveira. A sazonalidade das arboviroses coincide com o ciclo de reprodução do mosquito transmissor — o Aedes Aegypti —, mais prevalente no período chuvoso, entre os meses de outubro de um ano e maio do ano seguinte. A reunião também chamou a atenção para os profissionais da linha de frente no combate à dengue. “Foram essas pessoas que enfrentaram o sol do Cerrado, o tempo seco, a chuva repentina e as resistências nas casas para proteger a população”, enfatizou o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano Martins.  Atuação constante [LEIA_TAMBEM]Os esforços da Vigilância em Saúde englobam a integração de novas tecnologias, a distribuição de insumos e a intensificação das ações de campo. “Ampliamos a cobertura das atividades de controle vetorial, investimos em capacitação das equipes e adotamos ferramentas para aumentar a eficácia da resposta” enumerou Kenia Oliveira. "Embora o desafio seja grande, podemos afirmar que os resultados demonstram avanços importantes, especialmente nas áreas de maior vulnerabilidade”. O último grande surto de casos de dengue no Brasil, entre 2023 e 2024, motivou a criação de novos mecanismos de combate ao mosquito no âmbito da rede pública. “Elaboramos o Plano de Enfrentamento da Dengue e Outras Arboviroses 2024/2025, aprovado pela SES-DF e alinhado à Organização Mundial da Saúde [OMS], à Organização Pan-Americana de Saúde [Opas] e ao Ministério da Saúde”, lembrou Fabiano Martins. O plano de enfrentamento estabelece objetivos claros: reduzir a morbimortalidade (incidência de doenças e óbitos em uma população específica durante determinado tempo), fortalecer a mobilização intersetorial, integrar vigilância, assistência e comunicação e incorporar inovações como a bactéria Wolbachia, drones, estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), ovitrampas e novas tecnologias laboratoriais, além da vacinação contra a dengue.  *Com informações da Secretaria de Saúde      

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Novos equipamentos ampliam trabalho de vigilância contra arboviroses no DF

Para fortalecer a vigilância ambiental em saúde e ampliar a capacidade de resposta às arboviroses e aos acidentes com animais peçonhentos, a Secretaria de Saúde (SES-DF) investiu quase R$ 140 mil na aquisição de novos equipamentos. Em julho, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde recebeu 120 aspiradores entomológicos e 20 microscópios estereoscópios binoculares que vão reforçar as ações de campo e os trabalhos laboratoriais de identificação e monitoramento de vetores em todo o Distrito Federal.  “Essa aquisição é inédita. Antes, utilizávamos equipamentos emprestados pela Universidade de Brasília [UnB]. Agora, com nossos próprios aparelhos, será possível ampliar as ações de campo, especialmente nas investigações de casos, como a febre amarela e a dengue”, explica a diretora de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival) da SES-DF, Kenia Cristina de Oliveira. Os microscópios são essenciais para a análise tridimensional de pequenos organismos, como larvas, mosquitos, carrapatos e escorpiões | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Tecnologia em ação Os aspiradores entomológicos — 30 grandes, 30 pequenos e 60 de sucção oral — permitem a captura de mosquitos adultos, como o Aedes aegypti, em ambientes residenciais e áreas abertas, facilitando o monitoramento. Essa coleta é o primeiro passo para implementar a vigilância entomovirológica, ou seja, o processo de detecção, por meio de exames, da circulação de arbovírus nos insetos.  “O mosquito adulto costuma se esconder embaixo de camas e atrás de cortinas. Com os aspiradores, nossos agentes conseguem capturá-los rapidamente durante as visitas domiciliares. Esses insetos são levados ao laboratório para identificação", explica o biólogo da SES-DF Israel Moreira.  [LEIA_TAMBEM]Com a chegada dos novos equipamentos, a SES-DF também poderá acompanhar melhor a eficácia de tecnologias como as estações disseminadoras de larvicidas. Até então, o monitoramento era limitado à análise de larvas e ovos coletados em criadouros. Agora, será possível observar também a infestação com os dados relativos aos mosquitos adultos.  Além dos aspiradores, a pasta adquiriu 20 microscópios estereoscópios binoculares, que serão distribuídos entre o laboratório central da Dival e os núcleos regionais. Esses equipamentos são essenciais para a análise tridimensional de pequenos organismos, como larvas, mosquitos, carrapatos e escorpiões, garantindo mais precisão na hora de identificá-los.  Moreira afirma que os novos microscópios (também chamados de lupas) são peças-chave na vigilância. “Eles nos ajudam a identificar corretamente as espécies, avaliar riscos à população e mapear a presença de animais peçonhentos em diferentes regiões do DF”. Em outubro, está prevista a entrega de mais 13 microscópios. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Vacinação protege contra os quatro tipos de vírus da dengue

A presença do sorotipo 3 da dengue no Brasil alerta para a necessidade de vigilância constante contra o Aedes aegypti. No Distrito Federal (DF), desde o começo do ano até 25 de abril, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) identificou 23 casos do sorotipo 3. A maioria das ocorrências foram registradas nas Regiões Administrativas (RAs) da Fercal, de Sobradinho, do Itapoã e Paranoá. Ainda assim, neste ano, a quantidade total de casos de dengue no DF ainda é menor do que no mesmo período de 2024, quando foram registradas 247 mil ocorrências da doença. Já em 2025, foram 6,4 mil casos. A vacina contra a dengue protege contra os quatro tipos de vírus e está disponível nas unidades básicas de saúde do DF para crianças de 10 a 14 anos | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Os sintomas do sorotipo 3 da doença são os mesmos dos outros tipos de vírus: febre, dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas articulações e atrás dos olhos. É preciso ainda estar atento aos sinais de alarme da doença, como dor abdominal intensa, vômitos e sangramentos. Em caso de suspeita, orienta-se buscar atendimento médico imediatamente. A gerente de Vigilância das Doenças Transmissíveis (GVDT), Aline Duarte Folle, destaca que existem quatro subtipos de vírus da dengue identificados, chamados de DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas. “A preocupação com a introdução do subtipo viral DENV-3 no DF é devido a uma provável ausência de imunidade a este subtipo na população da capital. Como muitas pessoas contraíram dengue pelo DENV-2 em 2023 e 2024, a população está mais imune a este tipo atualmente, no entanto, provavelmente não está ainda imune ao DENV-3. Portanto, os tipos de vírus da doença em circulação são constantemente monitorados”, reforça Folle. Prevenção O GDF reforçou as contratações e a capacidade de trabalho. O número de agentes de vigilância ambiental (AVAs) passou de 415 para 915, enquanto o de agentes comunitários de saúde (ACSs) saltou de 800 para 1,2 mil A vacina contra a dengue protege contra os quatro tipos de vírus e está disponível nas unidades básicas de saúde (UBSs) do DF para crianças de 10 a 14 anos. Diante dos casos de DENV-3, a SES-DF começou a utilizar um novo inseticida como estratégia complementar. O BRI-Aedes, utilizado dentro das residências, apenas uma vez, possui eficácia de 90 dias e é capaz de eliminar os mosquitos adultos que pousam nas superfícies onde foi aplicado o inseticida e repelir a entrada de outros. Do ponto de vista epidemiológico, são priorizados os locais com histórico recente e ou persistente de casos de arboviroses, alta concentração de população vulnerável e áreas com elevado risco de transmissão. Para manter os números em queda e a população segura, o Governo do Distrito Federal (GDF) reforçou as contratações e a capacidade de trabalho. O número de agentes de vigilância ambiental (AVAs) passou de 415 para 915, enquanto o de agentes comunitários de saúde (ACSs) saltou de 800 para 1,2 mil. Os auditores da vigilância sanitária na linha de frente também aumentaram, de 81 para 131. A pasta dispõe ainda de tecnologias como o e-Visita DF Endemias, que reúne informações de forma mais rápida e moderna sobre o Aedes aegypti, além da instalação de estações disseminadoras de larvicida (EDLs). A Secretaria de Saúde também realiza mutirões para eliminar os focos do mosquito, em parceria com as administrações regionais, Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito (DF Legal) e Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF). O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destaca que a pasta segue vigilância ativa contra a dengue, mas que a luta contra o mosquito exige a colaboração de todos para dar fim aos criadouros. “É importante que cada pessoa faça sua parte para deixar a sua família e a sua comunidade protegida. Evite o acúmulo de água em pneus, latas, vasos de plantas e garrafas vazias, limpe regularmente a caixa d'água e a mantenha fechada, e receba o agente de saúde em casa”, conclui. *Com informações da SES-DF  

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Casos de dengue no Sol Nascente caem 97,7%

Neste ano, os casos de dengue diminuíram 97,7% no Sol Nascente, quando comparados ao mesmo período de 2024. Nos dois primeiros meses de 2025 foram registrados na região 155 casos da doença, enquanto em janeiro e fevereiro do ano passado foram 6,8 mil ocorrências. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Adotada pela Secretaria de Saúde (SES-DF), a nova tecnologia que instala estações disseminadoras de larvicidas (EDLs) nas residências tem ajudado a controlar os casos na região. O microempreendedor Antônio Marley recebe agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) em casa no Sol Nascente | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Desde setembro do ano passado, foram instaladas 3,1 mil EDLs no Sol Nascente. A região administrativa do DF foi escolhida para inaugurar as armadilhas, devido à alta vulnerabilidade às arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre amarela). “Fizemos uma série de ações de fortalecimento. No Sol Nascente, essa estratégia inovadora tem se mostrado eficaz nas intervenções. Hoje, é uma das regiões que apresenta um dos menores índices de infestação quando comparada com o resto do DF”, aponta o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias (Amispe) da SES-DF, Victor Bertollo. O agente Raphael Zenas Rocha orienta o despachante Nivaldo da Silva Rios sobre cuidados preventivos contra a proliferação do mosquito transmissor da dengue A queda de casos tem sido, de fato, percebida pelos moradores. O despachante Nivaldo da Silva Rios, 58, já teve dengue e conta que, desde dezembro, quando as estações foram instaladas em sua casa, não tem mais visto tantos mosquitos. “Depois que implementaram as EDLs, melhorou bastante. Sempre percebia os insetos, mas agora não os vejo mais. Também paramos de ouvir vizinhos reclamando de casos. Para mim, essas armadilhas estão 100% aprovadas!”, diz. O microempreendedor Antônio Marley, 43, concorda com Nivaldo. “Realmente está funcionando. Que essas ações continuem para que a população possa se prevenir cada vez mais. Este ano, ninguém aqui em casa teve dengue. Também continuamos com as medidas básicas de não deixar a água parada e de manter a caixa d’água sempre fechada”, acrescenta. Nova tecnologia A EDL é feita para atrair o Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana –, impedindo sua reprodução. Na prática, trata-se de um balde plástico preto com água e uma tela impregnada com larvicida em pó, chamado Pyriproxyfen. O dispositivo funciona como armadilha tanto para o mosquito que cai dentro dela quanto para a população de Aedes aegypti da área. Quando o inseto, atraído pela água para depositar seus ovos, entra na armadilha, suas patas e parte do corpo entram em contato com o produto e, ao voar para outros criadouros, contamina esses locais, disseminando o larvicida. A cada 30 dias, um servidor da SES-DF visita o imóvel para verificar o nível de água e efetuar a troca da tela. Nos intervalos entre essas verificações, o morador também deve observar o nível de água da EDL e acrescentar mais, quando necessário, até atingir a marca no interior do balde. Mais agentes Avas visitam residências no Sol Nascente Outro fator que contribuiu para a diminuição dos casos foi o aumento do número de agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas). Em novembro, a SES-DF nomeou 400 profissionais. Um deles foi o agente Raphael Zenas Rocha da Silva. O profissional destaca que a população tem dado um retorno positivo às medidas. “As pessoas estão nos recebendo bem, perguntando como funciona o nosso trabalho, a armadilha e o que podem fazer para que a EDL dure mais”, conta o agente. *Com informações da SES-DF  

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Distrito Federal recebe mutirão de combate à dengue neste sábado (14)

Mais de 270 agentes de vigilância ambiental em saúde do Governo do Distrito Federal (GDF) se reuniram neste sábado (14) para o Dia D de mobilização nacional contra a dengue. A ação vai percorrer 16 regiões administrativas do DF ao longo do dia com o objetivo de prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Inspeção nas residências: agentes de vigilância ambiental em saúde estão todos mobilizados na campanha contra a dengue | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília  “A gente mobiliza a população com a ideia de retirar o máximo de criadores do mosquito” Lívia Vinhal, coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde Em parceria com o governo federal, a abertura oficial do Dia D foi em Ceilândia, nas proximidades da administração regional, junto ao programa GDF Mais Perto do Cidadão, que oferece diversos serviços de atendimento à comunidade. “Hoje é o dia em que o Brasil inteiro está fazendo o enfrentamento, com esse olhar especial para o cuidado”, afirmou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “Temos aqui um exemplo de união e intersetorialidade entre as secretarias e a União – todos unidos para proteger a nossa população contra o mosquito.” Presente à ação, a coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Lívia Vinhal, reforçou: “Temos um trabalho intersetorial acontecendo aqui. A gente mobiliza a população com a ideia de retirar o máximo de criadores do mosquito. Essa atividade agora é trabalhar com inteligência; estamos sendo mais espertos que mosquito para evitar essa alta infestação no período em que teremos todas as condições favoráveis para a proliferação”. Morador de Ceilândia, Jakes Leite de Souza elogiou a iniciativa:  “É muito importante esse trabalho. Eu sempre tento ficar alerta com as plantinhas da minha casa, mas é bom abrir as portas para os agentes vistoriarem” Mutirão Durante o evento, o estande da Secretaria de Saúde (SES-DF) disponibilizou material educativo, com exposição do ciclo de vida do mosquito e orientações práticas de combate. Também foram repassadas informações de conscientização à população sobre as arboviroses e os riscos à saúde pública e como a comunidade pode tomar ações práticas de combate ao mosquito. “Esta é uma ação preventiva pelo início do período epidêmico”, lembrou o subsecretário de Vigilância à Saúde substituto, Victor Bertollo. “Observamos, atualmente, um aumento no número de casos, mas dentro do esperado e abaixo do observado no ano passado.” A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio (D) participa de uma visita domiciliar durante a ação: “Hoje é o dia em que o Brasil inteiro está fazendo o enfrentamento, com esse olhar especial para o cuidado” Quem mora em Ceilândia elogiou a movimentação das equipes para o mutirão de combate à dengue. “É muito importante esse trabalho”, disse o higienizador Jakes Leite de Souza, 47. “Eu sempre tento ficar alerta com as plantinhas da minha casa, mas é bom abrir as portas para os agentes vistoriarem. Se a pessoa não cuidar dentro da própria casa, fica complicado”. Trabalho preventivo  O GDF tem adotado novas tecnologias no controle da dengue, como estações disseminadoras de larvicida (EDLs), borrifação residual intradomiciliar (inseticida) e monitoramento de armadilhas ovitrampas. Diariamente, cerca de 5 mil imóveis são visitados no DF. As ações do Executivo e o engajamento da população têm apresentado resultados positivos. Comparado ao ano passado, quando foram registrados 1.354 novos casos em uma semana, neste ano o número foi de 256, representando uma queda de 81%. O boletim epidemiológico mais recente da SES-DF indica que, até o final da semana epidemiológica (SE) 48, o DF contabilizou 283.841 casos suspeitos de dengue em 2024, frente a 283.685 na SE 47, com um aumento de 256 casos. Em 2023, na mesma semana (SE 48), foram registrados 31.997 casos suspeitos, enquanto na SE 47 de 2023 o número era 30.643, resultando em um aumento de 1.345 casos em apenas uma semana.

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UBS do Recanto das Emas ensina moradores a produzir difusores de citronela

Com a temporada de chuvas quase diárias, a Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça o combate à dengue e a outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Entre várias alternativas, muitas pessoas têm buscado alternativas naturais, como o difusor de citronela, que é seguro, prático e eficaz. Oficina de prevenção à dengue da UBS 4 do Recanto das Emas reuniu moradores da cidade | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Além das ações de educação das comunidades quanto aos riscos da doença, a Unidade Básica de Saúde 4 (UBS 4), no Recanto das Emas, vem capacitando moradores da região a criar o difusor natural feito de citronela fresca e álcool. “Já ensinamos mais de 100 pessoas em quatro oficinas realizadas este ano”, relata a farmacêutica da unidade, Priscila Ciarline. “Essas ações ajudam a transformar os moradores em replicadores de boas práticas de prevenção”. A dona de casa Elisette Lima, 47, participou de uma das oficinas e aprovou a iniciativa. “Achei ótimo e vou começar a usar o que aprendi para proteger minha casa”, conta. Ela ficou sabendo do curso durante uma consulta médica na UBS e elogiou a oportunidade: “É uma ideia simples, mas muito útil”. Ações contra a dengue “Para que o Aedes aegypti desapareça da nossa casa, temos que manter terrenos limpos, não deixar recipientes com água parada, tampar caixa-d’água e limpar calhas” Fabiano dos Anjos, subsecretário de Vigilância em Saúde A SES-DF executa ações contínuas de combate às arboviroses, como dengue, chikungunya e zika, contribuindo para a redução do número de casos prováveis das doenças. No entanto, com a chegada do período chuvoso, é fundamental redobrar os cuidados, pois um único ovo do Aedes aegypti pode sobreviver por até 400 dias sem contato com a água, aguardando apenas o momento propício para se desenvolver.  De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, embora produtos de citronela sejam práticos e tenham baixa toxicidade, sua eficácia pode ser limitada em comparação com métodos químicos convencionais de controle de mosquitos. “Quando falamos em citronela, ela é excelente para espantar o inseto, mas não podemos esquecer: para que o Aedes aegypti desapareça da nossa casa, temos que manter terrenos limpos, não deixar recipientes com água parada, tampar caixa-d’água e limpar calhas, entre outras ações”, orienta.  Sintomas da doença Dores de cabeça, no corpo e nas articulações, mal-estar, fadiga, perda de apetite e náuseas associados a febre de 38 graus e manchas avermelhadas pelo corpo podem ser indicativos de arboviroses. “Esses sinais são considerados leves, portanto, o paciente deve procurar uma UBS”, orienta a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo de França. Como fazer o difusor Ingredientes necessários → 1 ramo de citronela fresca (encontrado em feiras livres) → 2 litros de álcool etílico hidratado 70ºGL (disponível em supermercados) → 1 recipiente de vidro grande → Frascos menores para distribuição → Palitos de churrasco. Preparo → Corte a citronela em pedaços pequenos e coloque no recipiente de vidro com o álcool → Cubra o recipiente com papel-alumínio e deixe descansar por sete dias. Agite o conteúdo diariamente → Após esse período, transfira o líquido para os frascos menores, insira os palitos de churrasco e posicione os difusores nos ambientes. *Com informações da SES-DF  

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Saúde apresenta plano de contingência contra dengue e outras arboviroses ao Ministério Público

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) apresentou nessa segunda-feira (11) um plano de contingência contra arboviroses à equipe do Ministério Público do Distrito Federal. Como parte desse esforço, a SES-DF vai nomear 800 novos agentes – 400 agentes comunitários de saúde e 400 de vigilância Ambiental em saúde. O investimento nesses profissionais vai superar R$ 62 milhões em 2025. “Em cada um dos 1,5 milhão de domicílios do Distrito Federal, haverá um profissional verificando possíveis focos do mosquito da dengue e identificando moradores em situação de vulnerabilidade. Esse é o papel desses agentes”, ressaltou a secretaria de Saúde, Lucilene Florêncio. O plano está estruturado com base em evidências científicas atualizadas e novas tecnologias, e representa um esforço conjunto da SES-DF para combater essas doenças. As ações incluem prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial e manejo clínico, preparação e resposta a emergências, e comunicação e participação comunitária. A Secretaria de Saúde (SES-DF) apresenta plano de contingência contra arboviroses ao Ministério Público (MPDFT) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Florêncio destacou que a SES-DF implementará estratégias de contratação diferenciadas para evitar a falta de insumos durante o período crítico. “Vamos agilizar as contratações e antecipar a entrega dos materiais necessários para garantir que não falte nada”, explicou. Na última sexta-feira (8), foi sancionada a lei que autoriza a nomeação dos novos agentes de saúde, que desempenham um papel fundamental na rede pública ao realizar busca ativa de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e ações de combate a doenças. Novo plano de contingência contra arboviroses enfatiza o uso de tecnologias inovadoras na prevenção e controle de vetores | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Novas ações O novo plano de contingência também enfatiza o uso de tecnologias inovadoras na prevenção e controle de vetores, incluindo drones para monitoramento de áreas e tratamento focal. Após a definição dos locais da ação, os drones são capazes de liberar larvicidas aprovados pelo Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para eliminar os focos de mosquitos. O uso de ferramentas de inteligência epidemiológica para a execução das ações também são uma alternativa de uso de novos softwares para garantir o monitoramento dos casos. Durante o período intersazonal – o intervalo entre os picos de casos – serão intensificadas ações preventivas, como a remoção de criadouros e a aplicação das novas tecnologias de controle vetorial. Também está prevista uma força-tarefa para sensibilização da rede de vigilância, promovendo a investigação oportuna dos casos, a coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e a identificação dos sorotipos em circulação. “As tecnologias vêm para fortalecer e otimizar nossas ações contra o mosquito, mas não podemos esquecer dos cuidados essenciais que dependem diretamente da população. A remoção de focos do mosquito nas residências e nos espaços comunitários é crucial para garantir que todo esse esforço conjunto do governo seja ainda mais eficaz”, lembrou Lucilene Florêncio. *Com informações da SES-DF

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