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arte urbana

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Grafite leva cor e dá vida às passagens subterrâneas do Plano Piloto

Um verdadeiro painel a céu aberto. Essa é a passagem subterrânea na altura da 103 Norte. Nesta segunda-feira (20), o grafiteiro Elom Cordeiro, de Ceilândia, desenhou, no local, formas geométricas que remetem a Athos Bulcão e a monumentos, como Torre de TV, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes.   Muitos outros trabalhos vão colorir os quase 1,2 mil metros quadrados da passarela de pedestres e ciclistas. Cada parede tem cerca de 200 metros de extensão e 2,90 metros de altura. Outros nomes da arte urbana do Distrito Federal vão se juntar a Elom. Entre eles, Toys Daniel, conhecido mundialmente por seus murais e ilustrações; e Vinícius Lap!xa, referência do grafite em Sobradinho. Elom Cordeiro: "A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos" |  Foto: Divulgação/Novacap “Outros talentos da periferia ainda vão se juntar a nós, uma vez que esse projeto vai crescer para as demais passagens subterrâneas. A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos", destaca Elom, responsável por diversos painéis em todo o DF. “Queremos, com isso, incentivar esses moleques novos que querem mostrar a própria arte e firmar parcerias para que seus trabalhos ganhem oportunidades e sejam contemplados pela comunidade.” "As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão" Fernando Leite, presidente da Novacap   A iniciativa faz parte do processo de reforma dessas passarelas gerido pela Diretoria das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). “Esse trabalho está dentro do contrato da empresa executora das obras, responsável por contratar os profissionais que vão estampar sua arte nas paredes”, explica o presidente da empresa, Fernando Leite. “As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão”. Cada caminho deve levar de uma a duas semanas para ficar completamente grafitado. Assim que a 103 Norte ficar pronta, os artistas seguem para a Asa Sul, nas estruturas na altura da 102 e da 104, que também já foram reformadas. “Eu passei na ida para deixar minha filha na escola e fiz questão de voltar pelo mesmo caminho para apreciar com mais calma. Está lindo demais. Deu outra cara”, comenta o servidor público Túlio Figueiredo, de 43 anos, morador da região. [LEIA_TAMBEM]A Novacap reforça o apelo à comunidade para preservar os espaços reformados, evitando descarte irregular de lixo e estacionamento de veículos nas áreas de acesso, bem como a utilização do local para necessidades fisiológicas. Essas práticas indevidas comprometem a conservação e o uso seguro das passagens, fundamentais para a mobilidade e segurança de pedestres. Além disso, um acordo de cooperação técnica entre a Novacap e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) está em estudo para garantir a segurança e inibir a depredação das passagens subterrâneas do Plano Piloto. A companhia prepara um edital para a aquisição e manutenção de câmeras de segurança que vão fazer o videomonitoramento 24 horas das passagens. A projeção é que o sistema conte com cerca de 220 equipamentos de filmagem. *Com informações da Novacap

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Em sua quinta edição, projeto transforma paradas de ônibus de Sobradinho em galerias de arte

O cotidiano transformado em cores, histórias e arte acessível a todos, chega a mais uma edição em Sobradinho por meio da quinta edição da Bienal Internacional de Arte Urbana. Idealizada pelo artista da cidade Toninho de Souza, a iniciativa pretende transformar 74 pontos de ônibus de Sobradinho em verdadeiras telas a céu aberto, com obras de mais de 40 artistas. Com apoio da Administração Regional de Sobradinho, por meio da Gerência de Cultura, Esporte e Lazer, o projeto também reforça a importância da preservação dos espaços públicos | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Usamos colagem, pintura direta, entre outras técnicas que permitem liberdade total ao artista. A ideia é justamente essa: criar um intercâmbio cultural em que cada um se expresse com autenticidade, tanto no tema quanto na técnica”, explica Toninho de Souza. Na primeira etapa, cinco artistas convidados já reformaram 12 paradas de ônibus. A próxima fase contará com a participação de artistas que integraram a edição anterior. “O artista expressa o que carrega por dentro. Aqui, ele coloca a alma no trabalho. E a maior alegria é ver que isso é reconhecido e valorizado pela comunidade”, destaca Toninho. O venezuelano Ramon Maldonado Diaz é um dos  convidados para compor o cenário artístico de Sobradinho. Na edição anterior, ele transformou a parada da Quadra 4 com cores vibrantes e elementos da natureza, como flores e pássaros. “Ainda não decidi o que vou pintar desta vez. O coração é quem escolhe. Minha arte é baseada no amor. Tudo precisa ser feito com sentimento, com dedicação. É isso que dá vida ao trabalho”, comenta, entusiasmado com o retorno. “É uma experiência emocionante, que traz alegria para as pessoas da cidade”. A comunidade também sente o impacto positivo da iniciativa. Maria Elsa Alves, 78 anos, afirma que se sente mais feliz ao chegar às paradas decoradas por Toninho. “Acho lindo. Valoriza o ambiente, a cidade. Todo mundo comenta”, diz a aposentada. Já a atendente Rafaela Morais, 23, destaca a importância de democratizar o acesso à arte: “Enquanto espero o ônibus, aprecio as pinturas. Elas transformam um lugar que antes era feio em algo bonito, que transmite boas sensações”. Idealizada pelo artista Toninho de Souza, a iniciativa pretende transformar 74 pontos de ônibus de Sobradinho em verdadeiras telas a céu aberto, com obras de mais de 40 artistas Preservação da arte [LEIA_TAMBEM]Com apoio da Administração Regional de Sobradinho, por meio da Gerência de Cultura, Esporte e Lazer, o projeto também reforça a importância da preservação dos espaços públicos. A gerência atua na catalogação e no encaminhamento dos artistas para futuras edições. “As pinturas nas paradas de ônibus embelezam e valorizam a cidade, transformando-a em referência cultural. É fundamental que a população ajude a preservar esses patrimônios e não depredar as estruturas”, ressalta o gerente de Cultura, Esporte e Lazer de Sobradinho, Mestre Bené. A pichação é considerada crime ambiental no Brasil, conforme o artigo 65 da Lei nº 9.605/98. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa. Já o grafite, quando autorizado e com valor artístico, é reconhecido como expressão legítima de arte urbana. O administrador regional de Sobradinho, Paulo Izidoro, também enfatiza a importância do projeto: “É uma grande honra apoiar uma iniciativa reconhecida pela população. Essa arte pública é um patrimônio da nossa cidade”.

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Portais do Parque da Cidade ganham vida com obras de artistas locais

Com um trabalho de arte urbana iniciado nos portais de acesso do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, nove dos 15 murais existentes já estão com as pinturas completas, compondo um cartão-postal da cidade. Ao todo, oito artistas locais foram convidados para preencher as entradas e saídas do maior parque urbano da América Latina, deixando os espaços mais coloridos, atrativos e representativos com figuras importantes para a capital federal, como Burle Marx, Joaquim Cruz, Bernardo Sayão, entre outros. Portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul, que dá acesso ao parque Nicolândia, celebra o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Nas obras, elementos contemporâneos e artísticos são incorporados aos homenageados, levando mensagens e valorizando os artistas da cidade na arte a céu aberto. De acordo com o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, além de um incentivo grande para os artistas, a parceria com o GDF também proporciona uma geração de renda. “É uma valorização do nosso artista aqui, prata da casa. Valorizar o artista e o grafismo do DF não é algo que começamos agora, a gente sabe que é muito forte essa relação com os grafiteiros, e precisamos prestigiar e beneficiar tanto os artistas quanto ao público brasiliense”, afirmou. Arte personalizada “Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, diz a artista urbana Didi Colado, que homenageia Burle Marx no mural No Portal do Eixo Monumental, que fica em frente ao Estádio Mané Garrincha, a artista urbana Didi Colado, 38, completa o mural de entrada com referências ao artista plástico e paisagista Burle Marx – responsável por introduzir o paisagismo modernista no Brasil e com diversas obras espalhadas por toda a cidade. A artista destacou que busca incorporar pontos de releitura da obra de Burle Marx com singularidade à sua origem paraense. “Sou do Pará, do norte do Brasil, com uma vegetação muito presente, e gostei de terem escolhido ele pra mim, achei bem emblemático. Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, pontuou. “Caminhando pelo mural você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande”, diz o artista plástico Toys Daniel, que pintou o moral em homenagem ao corredor Joaquim Cruz Já no portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), que dá acesso ao parque Nicolândia, o mural de entrada representa o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga. O atleta foi marcado na parede pelo artista plástico Toys Daniel, 33, que contou ter idealizado uma linha do tempo não tão óbvia, mas lúdica – onde a atenção está nos detalhes que contam não apenas a história do atleta, mas dos sonhadores. “Quis trazer lembranças da infância, da pipa que remete à liberdade, a flutuar no céu, depois a casinha com uma janela com a luz acesa retratando as noites que a gente vira buscando um sonho. Com certeza o Joaquim virou muitas noites buscando ser campeão olímpico. Caminhando pelo mural, você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande. Ao mesmo tempo, o que vale é o caminho, não a linha de chegada”, detalhou. Visibilidade O militar Bruno Rodrigues costuma correr no Parque da Cidade e diz que os murais deixam o ambiente ainda mais bonito O encarregado do mural que representa o engenheiro agrônomo Bernardo Sayão, importante  na construção de Brasília com o legado da construção da rodovia Belém-Brasília, foi o artista urbano e designer Rodolfo Caburé, 31. Encarando como uma grande responsabilidade, o artista disse ter incorporado um olhar de orgulho ao ver Brasília, colocando também elementos marcantes como o céu azul da capital. Caburé destacou, ainda, a importância da visibilidade que os murais agregam à trajetória dele e de outros artistas locais – além de ressaltar a felicidade ao colocar o trabalho em um lugar importante não só para a cidade, mas para ele também, resgatando memórias afetivas do artista com o Parque da Cidade, aonde ia com o pai quando era mais novo para andar de bicicleta e comer churrasco. “Brasília é um lugar onde a cena da arte urbana é muito grande, com artistas muito bons que precisam dessa disponibilidade. Esses murais são cobiçados por grafiteiros, todos querem expor seu trabalho. Quando há essas oportunidades, faz com que a cultura do grafite cresça, seja cada vez mais valorizada e vista como algo artístico. Quando as pessoas veem que o próprio governo nos contratou, percebem que é algo sério, um trabalho que traz mais vida para a cidade. A arte passa emoção, e só tem a agregar para a população”, observou. O militar da Aeronáutica Bruno Rodrigues, 37, costuma correr no Parque da Cidade com frequência, preferindo as atividades ao ar livre. Para ele, o trabalho dos artistas trouxe outro visual para suas corridas: “Sem dúvida, é um trabalho muito bacana que está sendo realizado. Deixa mais atrativo, mais bonito o ambiente e até melhor para correr. A gente tem que valorizar mesmo os artistas locais, e fazer essas homenagens com essas personalidades enriquece demais o trabalho dos artistas aqui de Brasília”.

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Portais de acesso ao Parque da Cidade homenageiam, com grafite, figuras importantes para a capital

Entre esboços e traços, a arte começa a delinear figuras marcantes de personagens da história da capital federal nos portais de acesso ao Parque da Cidade. Nesta segunda-feira (25), o cartão-postal de Brasília recebeu o primeiro artista plástico para iniciar um novo projeto que vai transformar muros vazios em obras de arte. Neew, artista do grafite: “A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer Lucio Costa, Burle Marx, Darcy Ribeiro e Sarah Kubitschek são alguns dos nomes escolhidos. Ao todo, oito artistas foram convidados para grafitar os homenageados, trazendo elementos contemporâneos e artísticos durante a visitação de turistas e brasilienses ao parque. “Este projeto marca mais um avanço no que diz respeito às melhorias que vêm sendo realizadas no Parque da Cidade”, aponta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília. Além disso, acredito que o resultado final deste trabalho vai conectar moradores e visitantes ao legado artístico, esportivo e cultural da capital, mantendo o parque como um símbolo vivo de Brasília.” Homenagens “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade” Todi Moreno, administrador do Parque da Cidade Além das tradicionais figuras da capital, o projeto também busca homenagear brasilienses que se destacaram na sociedade, como a influenciadora digital Vitória Mesquita, que utiliza as redes sociais para desmistificar a síndrome de Down, e Joaquim Cruz, medalhista olímpico brasileiro no atletismo. “Nesse primeiro momento, houve uma comissão priorizando artistas e personagens que têm identidade com a cidade”, explica o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno. A partir de uma parceria da administração do parque com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) e com o Serviço Social do Comércio (Sesc), a previsão é que as artes sejam finalizadas até o Natal. A proposta é unir arte, história e conhecimento na composição do ambiente urbano, para maior interação com os indivíduos e diversidade cultural. “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade”, valoriza Moreno. Segundo o gestor, a iniciativa vai se estender para outros pontos do Parque da Cidade. “Em um segundo momento, vamos contemplar outras figuras importantes do país, a exemplo do Ayrton Senna, em outras estruturas dentro do parque, como guaritas e banheiros”, anuncia. Artista contemplado Há 11 anos a produção materializada em muros e paredes por meio de tinta em spray é a realidade do artista Caio de Aguiar, 35, o Neew. Ele é um dos convidados a participar da iniciativa a ilustrar o arquiteto e urbanista Lucio Costa. “Na 507 Sul, há quatro anos, fui convidado para um projeto que fazia referência a Brasília e desenhei o Lucio Costa, então fiquei bem feliz de representá-lo novamente”, conta.  Desta vez, o artista vai apresentar mais elementos autorais. “[São detalhes] que fazem referência ao meu trabalho e que identificam minha identidade”, afirma. “É um trabalho muito livre, e estou bem à vontade para grafitar”.  A média da confecção é de até três dias, dependendo das condições climáticas. Neew gosta de ver seus trabalhos espalhados pela cidade: “Acho que é muito importante ter essa visibilidade do grafite. A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade. Eu sei que eu estou ali expondo minha arte, mas também estou contribuindo com a cidade”. O Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek completou 46 anos em outubro.  O espaço tem uma área de 420 hectares e é classificado como o maior parque urbano da América Latina. Em média, recebe a visita de 790 mil pessoas por mês. O local reúne o trabalho do quarteto ícone da capital: projeto de Oscar Niemeyer, obra paisagística de Burle Marx e área urbanística desenvolvida por Lucio Costa, além dos azulejos de Athos Bulcão.

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Centro de Taguatinga ganha nova vida com arte de rua 

O centro de Taguatinga está de cara nova graças ao talento dos grafiteiros locais, que estão transformando o Boulevard do Túnel Rei Pelé em uma vibrante galeria de arte urbana. Desde a última quinta-feira (1º), os artistas Neco Grafitti, Elom, Táxi, Lezi, Caburé, Scooby e Rivas estão mostrando sua criatividade e habilidade em diversas técnicas de grafite. Artistas urbanos em ação: cores e alegria tomam conta das ruas da cidade | Foto: Divulgação/Administração Regional de Taguatinga “Estamos trazendo um pouco da nossa cultura para o centro da cidade, e é incrível ver a reação das pessoas e como elas estão apreciando nosso trabalho” Elom, grafiteiro Esses artistas têm decorado o Boulevard com obras que não apenas embelezam a área, mas também trazem à tona a rica cultura de rua de Taguatinga. A iniciativa é uma parceria da administração local com a Comissão dos Lojistas de Taguatinga, que patrocina o projeto, valorizando o espaço urbano. O público que passar pelo Boulevard do Túnel Rei Pelé poderá apreciar a diversidade das expressões artísticas que vão desde figuras tridimensionais até caricaturas expressivas e coloridas, cada uma refletindo a essência e o espírito de Taguatinga. Para os artistas envolvidos, este projeto é uma oportunidade de mostrar seu trabalho e contribuir para a valorização da arte de rua. “Estamos trazendo um pouco da nossa cultura para o centro da cidade, e é incrível ver a reação das pessoas e como elas estão apreciando nosso trabalho”, afirma o grafiteiro Elom. Rivas reforça: “Este projeto trará uma nova cara para o centro de Taguatinga”.   O administrador de Taguatinga, Renato Andrade dos Santos, também comemora a iniciativa: “Esta é uma grande oportunidade para destacar o talento dos nossos artistas locais e revitalizar o centro de Taguatinga. Convidamos todos a visitar o Boulevard e conferir essa exposição a céu aberto”. *Com informações da Administração de Taguatinga

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Viva Brasília 64 anos: cidade inspira produção artística local

O céu azul e visível em meio aos prédios baixos da área central de Brasília. O branco do concreto dos monumentos assinados por Oscar Niemeyer. A forma de avião do projeto de Lucio Costa. As águas cristalinas do Lago Paranoá. A geometria dos azulejos de Athos Bulcão. A pluralidade cultural de uma população nascida a partir da migração de povos das cinco regiões do país. Todas essas características singulares da capital federal servem de inspiração e influenciam as diferentes manifestações culturais presentes no Distrito Federal, além de darem uma identidade única à arte candanga. Quando tinha 20 anos, o escultor Darlan Rosa, 77 anos, veio do interior de Minas Gerais para Brasília. A mudança para a nova capital transformou a identidade das obras do artista plástico, que passou a fazer esculturas em aço inox, parafusadas e vazadas de forma a se conectarem harmonicamente com a cidade. “Se você observar as minhas esculturas, elas partem da geometria da cidade. Minha arte nasceu da interação com Brasília. Tudo que tenho feito e faço parte da ideia da cidade”, explica. As obras de Darlan Rosa partem da geometria da cidade. “Minha arte nasceu da interação com Brasília”, afirma | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Uma das obras mais emblemáticas do artista está no gramado em frente ao Memorial JK, no Eixo Monumental. São sete esculturas em forma de esfera que fazem uma analogia à criação de Brasília, como se a cidade tivesse sido construída em sete dias. Duas delas, inclusive, retratam os dois candangos, símbolo da capital. Além desta, Darlan Rosa tem mais 53 outras obras espalhadas por todo o DF. Todas coexistem com o modernismo local. “A cidade já é uma obra de arte. Quando comecei a colocar a minha obra não queria que ela fosse muito grande para não contrapor os monumentos de Oscar Niemeyer. Queria que ela fosse uma obra integrada à cidade, que conversasse com as pessoas nas ruas”, completa. Darlan Rosa: “A cidade já é uma obra de arte. Quando comecei a colocar a minha obra não queria que ela fosse muito grande para não contrapor os monumentos de Oscar Niemeyer” | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Formas geométricas Foram exatamente as ruas de Brasília que forjaram a identidade artística do grafiteiro Toys Daniel, 32. As formas geométricas, os setores, o fato de ser plana e muito limpa tiveram influência direta no traço criado pelo artista, que também se inspirou no pintor, escultor e artista plástico Athos Bulcão, que tem as obras destacadas em azulejos pela cidade. “Uma das coisas que percebi quando comecei a pintar nas ruas de Brasília é que havia muito concreto, amplitude e o branco dos monumentos. Queria quebrar um pouco disso, daí vieram as cores saturadas – o rosa, o verde e o amarelo – que passei a inserir nessa paleta de Brasília”, comenta. “Meu traço, meu conceito e minha identidade artística têm tudo a ver com Brasília” Toys Daniel, grafiteiro Em quase 20 anos de trajetória, Toys deixou a própria marca por toda a cidade. O grafite do brasiliense é facilmente reconhecido, seja pelas cores vivas que contrastam com os tons sóbrios da cidade, seja pela presença do personagem Toyszim, um boneco amarelo com o nariz em formato de “T”. O sucesso em Brasília o projetou nacionalmente e internacionalmente. “Se hoje conquistei alguma coisa foi porque pintei nas ruas de Brasília. Então sinto que é um dever e uma obrigação continuar deixando meu trabalho nas ruas como forma de agradecimento. Meu traço, meu conceito e minha identidade artística têm tudo a ver com Brasília”, define o grafiteiro. Diversidade Se a arte visual bebe da arquitetura de Brasília, a música pende mais para a diversidade cultural construída a partir de uma população que durante 55 anos teve como maioria pessoas nascidas em outras unidades da federação. A porcentagem de brasilienses entre os habitantes da cidade só mudou em 2018, quando os nascidos na capital ultrapassaram os migrantes se tornando mais de 55% da população local, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad). Uma das bandas de pagode da cidade com projeção pelo Brasil, o grupo BenzaDeus apresenta uma sonoridade criada a partir da pluralidade cultural brasiliense. “Entendemos que Brasília ferve cultura do Brasil porque é uma cidade que tem muita gente do país que veio aqui tentar a vida. Naturalmente essas pessoas trouxeram a cultura desses lugares, criando uma mistura multicultural que reflete na música de Brasília”, analisa um dos vocalistas da banda, Vini de Oliveira. O grupo de pagode BenzaDeus busca inspiração em Brasília | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília Desde o início do projeto, em meio à pandemia, o grupo faz questão de abraçar a identidade brasiliense. A começar por dar continuidade ao segmento do samba e do pagode de bandas que nasceram na cidade e passaram a fazer sucesso pelo país, como Menos é Mais e Di Propósito, passando pela referência à cidade no primeiro álbum, o DVD Benza em Brasa. “Soubemos reconhecer quem somos. É Benza em Brasa por nosso pagode ser ‘embrasado’ e também por causa de Brasília, que com suas asas nos leva para outros lugares”, acrescenta o músico. O reconhecimento da própria origem acabou se tornando um diferencial da banda, que estourou com a faixa Ficar para quê?, que, no YouTube, tem mais de dois milhões de visualizações. “No início não pensávamos alcançar isso [o reconhecimento nacional] e o que possibilitou foi exatamente a cena de Brasília. Percebemos que ao usar a força do movimento da cidade estávamos nos diferenciando dos outros”, completa o músico Das Sortes, que canta e toca surdo no BenzaDeus. Mesmo com a projeção para além de Brasília, o BenzaDeus continua se apresentando na cidade. Toda quinta-feira a banda faz uma roda no Lounge, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Às sextas-feiras tem show no Complexo Fora do Eixo, no Setor de Abastecimento e Armazenamento Norte (SAAN). Aos finais de semana, o grupo faz shows nas regiões administrativas, com Sobradinho, Gama, Santa Maria, Ceilândia e Samambaia. “Quanto mais eu saio, mais me orgulho de pertencer a Brasília. Gosto de desbravar os lugares, enfrentar os desafios e ter Brasília como meu lugar de descanso, a minha casa” Adriana Samartini, cantora Como o BenzaDeus, a cantora brasiliense Adriana Samartini teve reconhecimento nacional, mas nunca quis deixar a capital federal. “Primeiro porque é o lugar que meus pais, um carioca e uma mineira, escolheram para construir a nossa família. A nossa base é aqui. Quanto mais eu saio, mais me orgulho de pertencer a Brasília. Gosto de desbravar os lugares, enfrentar os desafios e ter Brasília como meu lugar de descanso, a minha casa”, comenta. A artista diz que, no início, até foi difícil, porque as principais gravadoras e produtoras estavam no eixo Rio-São Paulo, mas a internet modificou essa relação artística. “Também me inspiro em artistas da cidade, como as bandas Natiruts e Raimundos, que montaram seus escritórios aqui e nunca abandonaram Brasília. Sempre achei isso o máximo”, acrescenta. Celebração local Além de amar morar em Brasília, Adriana Samartini coloca no repertório musical as características da cidade e, para ela, esse é o motivo de ter uma carreira consolidada há 18 anos. “Brasília é plural e, como boa brasiliense, tenho essa característica de misturar os gêneros. Hoje é uma tendência, mas no meu caso faz parte da minha identidade de Brasília”, afirma. Neste ano, ela realizou um sonho antigo: tocar pela primeira vez na programação oficial do aniversário de Brasília. “Essa porta nunca tinha sido aberta, mas veio na hora certa. Digo que será mais um presente para mim do que para Brasília”, completa. “Os fomentos são essenciais para promover a diversidade cultural no DF. Impulsionamos nossa cultura garantindo que a arte e a expressão cultural alcancem todos os cantos da nossa cidade” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa No sábado (20), Adriana Samartini se juntou a outros nomes conectados com a cidade: o DJ Alok, goiano de nascimento, mas que fez carreira na capital federal; e a banda Di Propósito, representante do pagode brasiliense. “Queríamos artistas que tivessem uma ligação forte com Brasília. Mesmo que não morassem aqui, mas que tivessem passado aqui ou tivessem alguma conexão”, revela o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Mais do que reconhecer a produção local no aniversário da cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) contou com fomentos para impulsionar os artistas locais ao longo de todo o ano. Só em 2023 foram investidos R$ 77 milhões por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e dos programas Conexão Cultura e de Incentivo Fiscal (LIC). “Os fomentos são essenciais para promover a diversidade cultural no DF. Impulsionamos nossa cultura garantindo que a arte e a expressão cultural alcancem todos os cantos da nossa cidade. Apoiamos os fazedores de cultura a conquistarem ainda mais espaços, desempenhando um papel crucial no impulsionamento da economia criativa”, defende Abrantes.

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Escolas públicas do DF recebem oficinas de grafite e hip-hop

A arte urbana e a dança como formas de expressão. Este é o conceito que o projeto Urbanicidade leva a três escolas públicas do Distrito Federal. A iniciativa vai atender 240 crianças e adolescentes a partir dos 9 anos com duas oficinas: Arte do Grafite e Movimento do Hip-Hop. Serão cinco encontros em cada colégio, totalizando 32 horas de aula ministradas sempre no contraturno escolar. A Escola Classe 1 do Itapoã é a primeira a receber o Urbanicidade – as oficinas começaram nessa segunda-feira (2) e seguem até esta sexta-feira (6). Na semana de 16 a 20 de outubro, será a vez de a Escola Classe 17 da Vila Rabelo, em Sobradinho II, abrir as portas para a iniciativa. O Centro de Ensino Médio 804 do Recanto das Emas será a última parada do projeto, que fica na instituição de 6 a 10 de novembro. A EC do Itapoã recebe as oficinas até esta sexta-feira (6). A EC 17 da Vila Rabelo, em Sobradinho II, na semana de 16 a 20 de outubro. E, por fim, o CEM 804 do Recanto das Emas, de 6 a 10 de novembro | Fotos: Divulgação/EC 1 Itapoã Apoio à Cultura O Urbanicidade é uma realização da Co-labora, com produção do Beco da Coruja. A iniciativa, que recebeu R$ 80 mil de financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), nasceu das pesquisas do produtor e educador cultural Ken Araújo. “Percebi uma defasagem no ensino da arte em várias instituições. E vi que as escolas tinham dificuldade em encontrar profissionais para conduzir atividades culturais”, observa Ken. “Então, com a ajuda do FAC, conseguimos levar essa proposta de complementação curricular aos colégios, que aposta no grafite e no hip-hop como formas de expressão”, destaca. Os alunos da EC 1 do Itapoã desenharam o próprio nome com os traços aprendidos na oficina de grafite A escolha dos dois movimentos, segundo o educador, veio do desejo de mudar uma visão deturpada que a sociedade ainda tem deles. “O grafite é mais do que um conjunto de traços e letras, é uma forma de comunicação. E o hip-hop transmite mensagens de toda uma comunidade, trabalhando o corpo, o movimento e a psicomotricidade”, explica. “Também aproveitamos para falar sobre cidadania, política e cultura dentro do contexto das oficinas”, ressalta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diretora da Escola Classe 1 do Itapoã, Sihami Jaber Mudarra está animada com os resultados dos encontros. “Os alunos estão amando! Eles começaram a aprender alguns movimentos de dança e já fazem rascunhos de grafite – cada um desenhou seu nome com os traços aprendidos”, conta. “Buscamos oferecer essa experiência para nossos alunos mais vulneráveis, que têm maior necessidade de ficar dentro do colégio depois da aula”, relata. ?Os 80 alunos da Escola Classe 1 que participam do projeto, todos do 4º e 5º anos, almoçam na própria instituição para iniciarem as oficinas às 14h. “Eles escovam os dentes, relaxam um pouco e assistem as aulas das oficinas até as 17h30”, diz Sihami. “No dia 9, esses estudantes farão uma apresentação de hip-hop para todo o colégio. Será muito especial.”

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DF Cultural leva atrações a Ceilândia e Cruzeiro a partir desta sexta (25)

A cultura do Distrito Federal, em suas diversas representações e manifestações artísticas, vai ser o foco da programação do DF Cultural, projeto realizado por meio de termo de colaboração entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a organização da sociedade civil (OSC) Grêmio Recreativo Carnavalesco Cacique do Cruzeiro. As atividades começam neste fim de semana – de sexta (25) a domingo (27) –, com atrações em Ceilândia e no Cruzeiro. O samba, que veio para Brasília com os primeiros servidores públicos, é uma das manifestações que serão celebradas no projeto | Foto: Hugo Lira/Secec Escolhida por meio de chamamento público, a proposta da instituição vem reconhecer e valorizar a contribuição das diversas culturas para o fortalecimento da identidade do DF como um todo. Para representar toda essa riqueza, o projeto escolheu celebrar especialmente o samba, o forró e a arte urbana. “O projeto tem a sensibilidade de trabalhar com essas três manifestações que mobilizam a cidade e movimentam gerações”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes. [Olho texto=”“Estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade” ” assinatura=”Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] “Foram valorizadas identidades de algumas manifestações que formaram a cidade e são bem importantes, como o samba, que veio com os primeiros servidores públicos, e o forró, marca da cultura nordestina que se estabeleceu em Ceilândia. E, por fim, a cultura urbana, que é essa manifestação tão fundamental e que tomou a cidade. Então, estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade”, afirma a subsecretária. Programação Em Ceilândia, o local escolhido para receber o DF Cultural foi a Casa do Cantador, equipamento gerido pela Secec e que comemora, neste mês, 36 anos. Considerada o Palácio da Poesia, por ser o principal ponto de encontro da literatura de cordel e do repente no DF, a Casa do Cantador nasceu da necessidade de os artistas locais terem um espaço próprio para manifestar suas formas de expressão e seu trabalho, que trazem nas raízes os traços da cultura nordestina. A programação prevista para o local inclui shows de forró e apresentações de repente, além de um debate com mestres do forró e participação de cerca de 100 alunos do ensino médio de escolas de Ceilândia. A ideia é que, no encontro, eles possam aprender mais sobre a manifestação, que é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil, e sua importância na preservação da cultura nordestina no DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os jovens estudantes também fazem parte da programação preparada para o Cruzeiro. Mais de 50 alunos do Centro de Ensino 01 estão, ao longo de toda a semana, passando por uma oficina de percussão, que destaca as raízes e as práticas do samba no Distrito Federal. A proposta celebra a teoria e a prática do ritmo, que envolve música, dança e toda uma tradição cultural que aterrissou no Cruzeiro desde os anos 1960, ainda nos tempos da criação de Brasília. As rodas de samba dos primeiros servidores públicos candangos se espalharam pela cidade, muitas viraram escolas de samba e um de seus principais polos segue sendo a região administrativa. No sábado (26), o projeto ganha ares de festa, e a Feira Permanente do Cruzeiro recebe cinco atrações musicais. Acompanhe a programação completa e os próximos passos do DF Cultural pelas redes sociais do projeto DF Cultural. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

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