Aulão gratuito prepara candidatos para vestibular da UnB e PAS 3 no Cine Brasília
O Cine Brasília será palco de um aulão para o vestibular da Universidade de Brasília (UnB) e a prova do Programa da Avaliação Seriada (PAS) 3 no dia 14 de novembro, das 13h30 às 17h30. A iniciativa, gratuita (mediante retirada de entradas pelo Sympla), é uma parceria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) com o Guia do PAS, uma plataforma de conteúdo para os exames, que foi criada por três amigos, hoje estudantes de medicina, fazendo transmissões ao vivo (lives), ainda na pandemia, e conta atualmente com mais de 30 mil seguidores. “Sabemos do peso do vestibular da UnB e das provas do PAS. Essa iniciativa é no sentido de ajudar ainda mais candidatos e candidatas” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, a secretaria tem feito um grande esforço, por meio da Biblioteca Nacional de Brasília e da rede de bibliotecas públicas, para atender à demanda de concurseiros, oferecendo espaços de estudo e atualizando acervos. “Sabemos do peso do vestibular da UnB e das provas do PAS. Essa iniciativa é no sentido de ajudar ainda mais candidatos e candidatas”. A servidora da Secec-DF e professora Joana Melo, que ministrará o conteúdo de redação, afirma que este será o maior aulão já realizado pela BNB com parceiros, já que o Cine Brasília comporta 619 pessoas. “Estamos muito felizes em poder auxiliar no processo de entrada na UnB de mais de 600 candidatos, em sua maioria da rede pública de ensino do Distrito Federal”, disse. A iniciativa, gratuita, é uma parceria da Secec-DF com o Guia do PAS, uma plataforma de conteúdo para os exames | Foto: Divulgação/Secec-DF Além de redação, o encontro abordará itens de obras no PAS 3 e no vestibular, familiarizará os estudantes com o padrão de questões das provas de exatas da UnB e encerrará o aulão com uma palestra sobre o que fazer nas últimas semanas antes da prova. O vestibular será em 23 e 24 de novembro. As provas do PAS serão em dezembro. Preparo adequado O Guia do PAS surgiu em 2021, tendo à frente os estudantes de medicina da UnB Rafael Dias, Luiz Augusto Amorim e Pedro Lopes da Cruz. “Eu e Luiz Augusto estudamos juntos durante o ensino médio e percebemos como era difícil, na nossa época, receber um preparo adequado para o PAS. Faltavam informações no mundo digital, o que limitava o acesso ao conhecimento”, disse Rafael, que se forma em agosto de 2026, seis meses depois dos amigos. Segundo Rafael, considerando todos os eventos com acesso franco desde 2021, já foram mais de 40 mil participantes. “Além da aprovação de alunos pagantes da plataforma, também participamos do sucesso de centenas de estudantes que utilizaram apenas os recursos gratuitos. Fizemos uma pesquisa nesse ano e percebemos que 80% dos alunos aprovados em medicina pelo PAS em 2024 participaram de eventos do Guia”, afirmou. Para 2024, o Guia, além do aulão no Cine Brasília, promoverá lives gratuitas no canal da plataforma no YouTube (serão 39 lives contando PAS 1, PAS 2, PAS 3 e o vestibular) e acesso a um banco de questões da UnB. Esses acessos serão abertos no dia 15 deste mês. Outros dois aulões, para o PAS 1 e 2, serão dados no Teatro dos Bancários com um valor simbólico de ingresso. Serviço Aulão gratuito para o vestibular da UnB e PAS 3 – Local: Cine Brasília – Data: 14 (quinta-feira), das 13h30 às 17h30 – Acesso mediante entrada retirada no Sympla – Mais detalhes nos perfis do Guia do PAS e da BNB no Instagram *Com informações da Secec-DF
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Livros didáticos têm sobrevida nas bibliotecas públicas do DF
No silêncio da Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade, pertinho da casa de Nilva de Souza, ela acalenta um sonho: aos 51 anos, quer voltar ao mercado de trabalho como servidora pública. A dedicação da dona de casa tem sido diária. São horas e horas de estudo debruçada sobre os livros disponibilizados pelo espaço, uma das 32 bibliotecas mantidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Nilva de Souza: “Não tenho condições de comprar material didático neste momento. Por isso, é de suma importância para mim encontrar livros de qualidade aqui, todos organizados e atualizados” Servidora da Biblioteca Pública de Ceilândia, a professora Vânia Pires aponta que os materiais didáticos são usados tanto por alunos quanto por professores. Quem leciona recorre a eles como uma forma de complemento na hora de planejar as aulas. “Buscar outros títulos, além daqueles que já são trabalhados na escola, agrega conhecimento, permite buscar novos enfoques”, afirma. Já para os estudantes, as obras didáticas são fundamentais para resgatar conhecimento e servir como material de consulta. “Temos diversos alunos de supletivo, gente que estuda para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], para concursos públicos, para o Vestibular 60+, da Universidade de Brasília… pessoas que dependem, e muito, desses livros para estudar”, garante Vânia. O concurseiro Rafael César de Oliveira, 33 anos, frequenta a Biblioteca Pública de Ceilândia todos os dias. E engana-se quem pensa que, para ele, o principal atrativo do espaço é o ambiente silencioso e arejado. “Os livros didáticos que encontro aqui são essenciais para mim”, conta. “Eles ficam todos organizados, são atualizados. Fica fácil encontrar os assuntos de que preciso; assim, perco menos tempo separando o material de estudo. É só chegar, pegar e ler”.
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Livros didáticos têm sobrevida nas bibliotecas públicas do DF
No silêncio da Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade, pertinho da casa de Nilva de Souza, ela acalenta um sonho: aos 51 anos, quer voltar ao mercado de trabalho como servidora pública. A dedicação da dona de casa tem sido diária. São horas e horas de estudo debruçada sobre os livros disponibilizados pelo espaço, uma das 32 bibliotecas mantidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Nilva de Souza: “Não tenho condições de comprar material didático neste momento. Por isso, é de suma importância para mim encontrar livros de qualidade aqui, todos organizados e atualizados” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Não tenho condições de comprar material didático neste momento. Por isso, é de suma importância para mim encontrar livros de qualidade aqui, todos organizados e atualizados”, observa Nilva. “Todos os exemplares são previamente selecionados pelos professores que nos atendem em Ceilândia, o que me deixa muito segura. Se não fosse a biblioteca pública, meu estudo estaria limitado à internet”, conta. A oferta de obras didáticas nas bibliotecas públicas do Distrito Federal mostra que a vida útil desse material vai muito além das salas de aula. É graças a esses livros que pessoas como Nilva conseguem estudar por conta própria, mesmo não estando matriculadas em uma escola. A importância desse material é tamanha que 27 de fevereiro foi escolhido como o Dia Nacional do Livro Didático. Os livros didáticos chegam até as bibliotecas por meio de doação. Todos passam por uma triagem, onde são separados aqueles que estão bem-conservados “As obras didáticas seguem um cronograma de conteúdos que auxilia muito aqueles que já estão fora da escola”, explica a chefe da Gerência de Políticas do Livro, da Leitura e das Bibliotecas da Secretaria de Educação (SEEDF), Rejane Matias. “Com esse material, você não precisa necessariamente de um professor te orientando. Seguindo o livro, você consegue chegar ao conhecimento.” Seleção Os livros didáticos chegam até as bibliotecas por meio de doação. Todos passam por uma triagem, onde são separados aqueles que estão bem-conservados. As obras que se encontram em boas condições de uso são higienizadas e analisadas, para ver se estão atualizadas de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Servidora da Biblioteca Pública de Ceilândia Vânia Pires: “Buscar outros títulos, além daqueles que já são trabalhados na escola, agrega conhecimento” Servidora da Biblioteca Pública de Ceilândia, a professora Vânia Pires aponta que os materiais didáticos são usados tanto por alunos quanto por professores. Quem leciona recorre a eles como uma forma de complemento na hora de planejar as aulas. “Buscar outros títulos, além daqueles que já são trabalhados na escola, agrega conhecimento, permite buscar novos enfoques”, afirma. Já para os estudantes, as obras didáticas são fundamentais para resgatar conhecimento e servir como material de consulta. “Temos diversos alunos de supletivo, gente que estuda para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], para concursos públicos, para o Vestibular 60+, da Universidade de Brasília… pessoas que dependem, e muito, desses livros para estudar”, garante Vânia. Concurseiro Rafael César de Oliveira: “Os livros didáticos que encontro aqui são essenciais para mim” O concurseiro Rafael César de Oliveira, 33 anos, frequenta a Biblioteca Pública de Ceilândia todos os dias. E engana-se quem pensa que, para ele, o principal atrativo do espaço é o ambiente silencioso e arejado. “Os livros didáticos que encontro aqui são essenciais para mim”, conta. “Eles ficam todos organizados, são atualizados. Fica fácil encontrar os assuntos de que preciso; assim, perco menos tempo separando o material de estudo. É só chegar, pegar e ler”.
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Bibliotecas públicas oferecem projetos culturais para atrair frequentadores
As bibliotecas públicas cada vez mais ampliam os serviços e atraem novos públicos com projetos, atividades culturais, acessibilidade e incentivo à leitura. No Distrito Federal, existem atualmente 24 unidades que oferecem um acervo variado de livros, cultura, exposições artísticas e acesso a computadores. As ações são das mais variadas. Na próxima sexta (9), por exemplo, a Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, especializada no atendimento a pessoas com deficiência visual, vai promover o “Carnalivro”, um Carnaval cultural que reunirá o público da biblioteca fantasiado de personagens literários. O evento será das 9h às 12h, em frente ao Espaço Cultural de Taguatinga. Na sexta-feira, a Biblioteca Braille Dorina Nowill vai promover, em Taguatinga, Carnaval cultural que reunirá o público da biblioteca fantasiado de personagens literários | Fotos: Divulgação “Será na praça em frente à biblioteca e, neste dia, lançaremos a orquestra das pessoas com deficiência. Estaremos fantasiados e vamos festejar ao som das marchinhas e ações literárias, com personagens da literatura e exposição das nossas obras”, destaca a idealizadora, Dinorá Couto. Segundo ela, há três anos o evento tem a adesão dos frequentadores. “Tentamos sempre fazer muitas atividades para dar oportunidades ao nosso público, a maioria com deficiência visual ou baixa visão, ser reconhecido como cidadão, ressaltamos o direito deles exercerem a cidadania em sua plenitude”, completa Dinorá. A única biblioteca em Braille do DF conta com um acervo de 2 mil livros acessíveis, com letras ampliadas e audiobooks, e desenvolve diversas atividades inclusivas para ampliar o acesso à arte e à leitura por pessoas com deficiência visual, entre elas um clube do livro, rodas de leitura e o projeto de Academia Inclusiva, com a participação de aproximadamente 500 autores. “Temos membros de todo o país e até de fora, são mais de mil produções entre livros, blogs, antologias, além das produções expostas. Acredito que temos o maior acervo de materiais produzidos por pessoas com deficiência visual”, diz a idealizadora da biblioteca. Entre as ações da Biblioteca Pública de Ceilândia, estão aulas de yoga todas as segundas-feiras Entre atividades para adultos e crianças, os espaços públicos também desenvolvem iniciativas voltadas para projetos de leitura, mala e clube do livro e até mesmo aulões para auxiliar em provas de vestibulares e concursos. Todas as ações procuram estimular a leitura e o acesso aos espaços. A Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade desenvolve diversas ações dentro dos projetos de contação de histórias, biblioteca de portas abertas e o Miniteca. “Temos muitas ações de fomento à leitura, escrita, oralidade, sustentabilidade e meio ambiente, muitas coisas relacionadas à Agenda 2030 da Unesco. A contação de história é realizada todos os sábados e levamos a ação para diversos locais, como feiras de livro, rua do lazer e para dentro das escolas públicas, somos muito solicitados nesse sentido, como ferramenta de incentivo à leitura”, conta a coordenadora da Biblioteca de Ceilândia, Pollyanna Souza. A Biblioteca Nacional adquiriu recentemente 423 títulos, num total de 1.805 exemplares, para enriquecer o acervo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Recentemente, a biblioteca passou também a oferecer na estrutura aulas de yoga para os estudantes e para a comunidade local. “Vimos no yoga uma forma de auxiliar no intelecto. Os alunos que estão prestando concursos e vestibulares ficam muito ansiosos, muito tempo sentados, então promovemos a meditação, a consciência corporal. Tentamos atingir o leitor de uma forma integral”, explica a coordenadora. As aulas de yoga acontecem todas as segundas, às 18h, e no último sábado do mês pela manhã. Investimentos A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), por meio da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), é a responsável por dar suporte técnico e administrativo para as bibliotecas das regiões administrativas. De acordo com a pasta, a meta é fortalecer os espaços e, dentro do planejamento estratégico de 2024/2027, informatizar todas as bibliotecas públicas com sistema acessível para gestores e usuários. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A criação e manutenção da biblioteca é de responsabilidade da administração regional. Nós assumimos a parte técnica, que é auxiliar na organização do acervo, a capacitação técnica dos servidores, orientar sobre os projetos que podem ser desenvolvidos, assim como os caminhos para conseguir recursos para manutenção dos projetos”, explica a diretora da BNB, Marmenha Rosário. Segundo a gestora, a BNB está fortalecendo a atividade da Rede de Bibliotecas Públicas do DF por meio de doações de livros, mobiliário e computadores. Em 2023, foram repassados 31 computadores, mais de 1.300 livros e dezenas de peças de mobiliário – cadeiras principalmente, além de poltronas, balcões e estantes. “A biblioteca é o equipamento cultural mais presente nas cidades. Quando a pessoa chega à biblioteca, elas estão atrás de um sonho e isso faz com que o público tenha uma relação afetiva com o espaço e tudo que ela representa em termos de acesso à cultura e lazer. E cabe a nós fomentarmos esses espaços de esperança e promover a inclusão do público que não tem condições para comprar livros”, afirma Rosário. Para ampliar esse acesso, a Biblioteca Nacional acaba de adquirir 423 títulos, num total de 1.805 exemplares, para enriquecer o acervo próprio e o da Biblioteca Pública de Brasília (EQS 312/313 – Asa Sul), além da Mala do Livro, programa de extensão de bibliotecas residenciais. O investimento foi de R$ 77.243,53. O espaço lançou recentemente também uma arena gamer para atrair o público ao centro cultural.
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Curso capacita servidores de bibliotecas sobre seleção e descarte de livros
Servidores do Sistema de Bibliotecas Públicas do Distrito Federal (SBPDF) concluem, nesta quarta-feira (25), três dias de capacitação sobre critérios para seleção e descarte de livros em bibliotecas públicas. O curso teve início na segunda (23), no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). Capacitação de servidores visa otimizar o uso do espaço disponível para livros em cada biblioteca | Foto: Divulgação/Secec O sistema inclui 24 bibliotecas, e 46 agentes se inscreveram. “Esse tipo de evento é muito importante para ampliar a integração entre os servidores dessa rede que estão sob a coordenação da Biblioteca Nacional. A iniciativa reforça o compromisso da Secec com apoio técnico aos espaços e capacitação do pessoal”, explica o subsecretário de Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, que recebeu os agentes na abertura do evento. “As bibliotecas precisam manter seus acervos atualizados e adequados às necessidades e interesses das comunidades que atendem”, recomentou a diretora da BNB, Marmenha Rosário. Ela divide a condução do encontro com a ex-gerente de atendimento da BNB e atual gestora da Biblioteca Pública de Brasília, na 512 Sul, Aline Alves de Lima. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A maioria dos presentes enfatizou o interesse em aprender sobre o manejo das coleções. “Além da questão da atualização do acervo, estar aqui hoje é importante porque temos oportunidade de tirar dúvidas e aprimorar o nosso atendimento do dia a dia”, declarou o servidor da Biblioteca Pública do Guará Denílson Dutra, há 16 anos no posto. Otimizar o uso do espaço disponível para livros em cada biblioteca é um dos desafios que gestores e gestoras desses equipamentos enfrentam. Daí a importância de estabelecer critérios para seleção, desbaste, descarte, aquisição e aceitação de doações. Rosário enfatizou a importância de as bibliotecas públicas seguirem as diretrizes da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas (IFLA, na sigla em inglês), entidade ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). *Com informações da Secec
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Visite uma das 24 bibliotecas públicas do DF
Seja para um momento de estudos silencioso, seja para participar de eventos culturais, visitar uma biblioteca é sempre uma boa opção. No Distrito Federal, há 24 unidades públicas, que oferecem um acervo de livros riquíssimo em variedade, exposições artísticas e acesso a computadores com internet. [Olho texto=”“Toda biblioteca é um espaço de cultura, de incentivo à leitura, ao pensamento crítico, com a missão de desenvolver produtos sustentáveis que abranjam todas as pessoas, sem distinção”” assinatura=”Elisa Quelemes, diretora da Biblioteca Nacional de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] As unidades ficam em Águas Claras, Ceilândia, Candangolândia, Cruzeiro, Estrutural, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Sobradinho 2, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) mantém uma lista com informações completas sobre as bibliotecas públicas para facilitar o acesso da população. As unidades são coordenadas pela Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). As atribuições, definidas pelo Decreto nº 17.684 de 18 de setembro de 1996, incluem oferecer suporte técnico e operacional às bibliotecas públicas, compartilhar o planejamento de atividades e administrar o programa de extensão bibliotecária Mala do Livro. Fundada na década de 1990, a biblioteca do Guará reúne acervo literário com mais de 8 mil exemplares, expostos em duas salas | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília Assuntos como funcionamento, orçamento predial e patrimonial, expediente, atendimento ao público, empréstimos de livros, entre outros, são de responsabilidade da região administrativa em que a unidade está localizada. De acordo com a diretora da BNB, Elisa Quelemes, as bibliotecas públicas têm características próprias, como a preocupação em mobilizar a comunidade para representar e atingir os interesses regionais. Com isso, o acervo e os serviços oferecidos pela unidade respeitam as singularidades da população. “Quando as bibliotecas públicas conseguem se formar como rede, ganham fortalecimento das comunidades e podem replicar metodologias que funcionam, como produtos e serviços”, afirma a diretora. “Toda biblioteca é um espaço de cultura, de incentivo à leitura, ao pensamento crítico, com a missão de desenvolver produtos sustentáveis que abranjam todas as pessoas, sem distinção”, completa. Frequentador assíduo de bibliotecas, o autônomo Tiago Barros estuda para concurso na unidade do Guará O autônomo Tiago Barros, 29 anos, é um frequentador assíduo de bibliotecas. Ele, que estuda para concurso na unidade do Guará, aproveita o espaço silencioso para mergulhar nos livros. “Já tem uns dez anos que venho para cá para ler, escrever, estudar coisas da faculdade, e também para aproveitar o ambiente, mais calmo e tranquilo”, afirma. “Antes da pandemia, até comentava: ‘Se quiser me achar, estou na biblioteca’”, brinca o concurseiro. Fundada na década de 1990, a biblioteca do Guará reúne acervo literário com mais de 8 mil exemplares, expostos em duas salas. A terceira é dedicada aos espaços de leitura, com a disponibilização de mesas e cadeiras e seis computadores com internet. Exposição ‘Brasília: um ateliê ao ar livre’, com obras do artista plástico Otoniel Fernandes, na Biblioteca do Guará: quadros a óleo retratam paisagens brasilienses O diretor de Cultura da administração do Guará, Julimar Pereira dos Santos, afirma que a ideia é atender a todos os públicos. “Queremos trazer a população para mais perto porque, depois da pandemia, teve esse distanciamento e queda no movimento”, diz ele. A administradora regional do Guará, Luciane Quintana, destaca a importância do equipamento público para o bem-estar da população. “A biblioteca pública é um importante e acessível instrumento de compartilhamento do conhecimento, oferecendo romances, poesias e crônicas, além de livros para quem se prepara para concursos e vestibulares”, salienta. Leitura: sinônimo de diversão No Sudoeste/Octogonal, o papel de levar cultura à população ficou a cargo de uma biblioteca comunitária localizada no Parque Bosque do Sudoeste. O espaço, que existe desde 2013, é de responsabilidade da administração da cidade e oferece centenas de livros para empréstimo gratuito. “A biblioteca é fundamental para o desenvolvimento intelectual dos moradores, até para trazer mais interação entre a comunidade”, sintetiza o administrador regional, Junior Vieira. Diretor de Cultura da administração do Sudoeste/Octogonal, Henrique Behr explica que, na biblioteca comunitária, o prazo para devolução dos livros é indefinido porque “a leitura deve ser feita com prazer” Os exemplares, com títulos contemporâneos e clássicos, foram doados pela população, assim como armários, prateleiras e poltronas. Para pegar um livro emprestado, é simples: basta ir até o local, escolher o livro, informar nome e sobrenome e telefone para contato. Cada cidadão pode pegar três títulos de uma vez e não há data para devolução. “O prazo é indefinido porque, particularmente, acho que a leitura deve ser feita com prazer e não com a pressa de devolver o livro. O melhor é relaxar, sem nenhuma tensão na leitura”, comenta o diretor de Cultura da administração regional, Henrique Behr. Morador do Cruzeiro Velho, Lucca Almeida, 7 anos, vai com a mãe à biblioteca comunitária no Parque Bosque do Sudoeste; suas leituras preferidas são os mangás e gibis O pequeno Lucca Almeida, 7 anos, que aprendeu a ler recentemente, adora os livros infantis da biblioteca comunitária e já levou vários para casa. “Meus preferidos são os mangás e gibis”, diz o morador do Cruzeiro Velho, que vai ao local com a mãe, Vânia Almeida, 46 anos. Ela é servidora pública e trabalha próximo ao local. “Ultimamente, não se vê mais as crianças lendo. E acho que, para os pais, é importante insistir nisso, porque lá atrás foi assim. Era tudo com os livros, hoje em dia é tudo digital. Pelo menos uma vez na semana, a gente estava dentro de uma biblioteca”, afirma Vânia.
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