Novo canal de irrigação garante fornecimento a produtores de Planaltina
O canal de irrigação que atende o assentamento Márcia Cordeiro Leite, em Planaltina, está pronto. O anúncio foi feito pela vice-governadora Celina Leão neste sábado (16), durante a entrega das obras de pavimentação na DF-345. A tubulação de aproximadamente 11,5 km beneficia 31 famílias, que terão o fornecimento de água para a produção rural garantido durante todo o ano. A obra custou R$ 350 mil, recurso oriundos de emendas parlamentares. A construção do canal contou com a união de esforços entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a população | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Essa obra pode não ser perceptível aos olhos, mas é muito importante”, garantiu Celina Leão. “O canal melhora as condições de trabalho do produtor, além de ajudar o meio-ambiente.” Construída com tubos de PEAD (polietileno) e de PVC (plástico), a galeria garante a preservação e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Isso porque, protegida pela tubulação, a água não se perde e nem entra em contato com resíduos. A construção do canal contou com a união de esforços entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a população. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) forneceu o maquinário usado na obra. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) foi responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. E coube aos próprios moradores da comunidade construírem as caixas de distribuição de água em suas propriedades. Presidente da Emater-DF, Cleison Duval lembrou que um antigo sistema de irrigação costumava atender apenas seis famílias do assentamento. “Era um canal aberto, que perdia 50% da água por infiltração, além de sofrer com sujeira e assoreamento”, afirmou. “Esse sistema de irrigação parou de funcionar em 2018, quando deixou de atender qualquer produtor”, completou. O modelo atual dos canais, feito com o uso de tubulações, não só elimina as perdas por infiltração como também reduz drasticamente a necessidade de manutenção. Além disso, a água é transportada em maior volume, mesmo em condições de escassez. “Sobrando água, vamos ampliar o fornecimento para as outras 39 famílias que moram no assentamento”, ressaltou Duval. A tubulação de aproximadamente 11,5 km beneficia 31 famílias, que terão o fornecimento de água para a produção rural garantido durante todo o ano Aumento da produção O secretário-executivo da Seagri-DF, Rafael Bueno, explicou que a obra vai fomentar a produção rural no assentamento, que até então era restrita à subsistência por conta da falta de água. “Além da oferta de água para beber, que é extremamente importante, o fornecimento vai possibilitar a geração de renda por meio da produção agropecuária, seja por meio de plantio, seja pela criação de animais”, afirmou. Representante da Associação dos Produtores Familiares do Assentamento Márcia Cordeiro Leite, o produtor rural Joel Félix, 69 anos, acredita que a obra permitirá que os agricultores da região trabalhem com tranquilidade. “Esse canal chegou para nós como uma luva. Não conseguíamos plantar na época do sequeiro, só quando chovia. E agora podemos produzir o ano inteiro”, comemorou. “Estou me preparando para plantar dois mil pés de pimenta e mil pés de maxixe.” Produtor rural Joel Félix: “Estou me preparando para plantar dois mil pés de pimenta e mil pés de maxixe” O produtor rural José Oliveira dos Santos, 49 anos, também celebra a chegada da tubulação. Antes, ele utilizava um poço em que o recurso hídrico era escasso. “Melhorou muito mesmo, consigo produzir mais tomate, vagem, pepino, inhame”, contou. Localizado a 40 km de Brasília, o assentamento Márcia Cordeiro Leite foi criado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 22 de junho de 2011. O assentamento é atendido pela Emater desde 2012, com auxílio técnico no cultivo, promoção de capacitações voltadas à agricultura e ao artesanato, este último sendo dedicado ao público feminino.
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Canal de irrigação do Capão Seco é inaugurado pelo governador do DF
O período de estiagem não assusta mais os produtores rurais do Capão Seco, no Paranoá. Um novo canal de irrigação construído na área tem beneficiado diretamente 40 produtores rurais. São 5,6 km de tubulação que levam água do Córrego Lamarão a 21 propriedades instaladas na região. O sistema, que demandou recursos de R$ 650 mil provenientes de emenda parlamentar do ex-deputado distrital e atual administrador do Sudoeste, Octogonal e SIG, Reginaldo Sardinha, foi inaugurado nesta sexta-feira (4) pelo governador Ibaneis Rocha. Água garantida para a comunidade produtora: entre 2019 e 2022, o governo recuperou 107,3 km de redes de irrigação | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília [Olho texto=”“É muita alegria para a gente poder ligar a água e ver escorrer à vontade, para que as pessoas possam produzir e cuidar das suas famílias”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Tivemos um período de seca muito forte em 2017, quando as pessoas da área rural passaram muita necessidade por falta desses canais – precisou vir um piauiense para trazer água para o povo”, declarou o governador, referindo-se à sua origem. O chefe do Executivo lembrou que o Governo do Distrito Federal (GDF) vem trabalhando intensamente desde 2019 para dar segurança hídrica à população rural: “É muito importante para que essas pessoas possam produzir e ter renda no campo. É muita alegria para a gente poder ligar a água e ver escorrer à vontade, para que elas possam produzir e cuidar das suas famílias”. Região revigorada O canal favorece a comunidade, formada predominantemente por produtores de leite e de verduras. “É fundamental para que haja produção e sustentabilidade dessa atividade a presença da água de qualidade e de forma suficiente para atender o consumo animal e agrícola”, resumiu o secretário-executivo de Agricultura, Rafael Bueno. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esse canal está revigorando a região”, ressaltou o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), Cleison Duval. “Hoje a água está chegando a todas as propriedades e sobrando ao final da linha. A família fica tranquila, continua a produzir, aumenta sua renda e qualidade de vida e permanece onde ela quer.” O projeto dos novos canais de irrigação foi elaborado e executado pela Secretaria de Agricultura do DF (Seagri), em parceria com a Emater. Reforma dos canais [Olho texto=”“O material, além de ser bem mais leve, reduz de forma significativa a chance de vazamento. Agora o produtor tem segurança para trabalhar o ano todo” ” assinatura=”Gilmar Batistella, engenheiro agrônomo da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os canais de irrigação do Capão Seco foram construídos na década de 1980. Na época, pesadas manilhas de concreto transportavam a água até chácaras e fazendas da região – um esquema que funcionou a contento por anos. O crescimento de árvores nas proximidades da rede, no entanto, danificou boa parte dos tubos. E grandes volumes de água passaram a se perder ao longo do trajeto até as propriedades. “Com o passar do tempo, o concreto foi se desfazendo e a capacidade desse canal foi baixando, até que chegamos a uma situação complicada, em que apenas 11 propriedades estavam sendo atendidas com a água em volume baixo e as outras dez não tinham água nenhuma”, lembrou Rafael Bueno. O engenheiro agrônomo da Emater Gilmar Batistella detalhou: “Construímos uma rede inteiramente nova, com tubulações de polietileno. O material, além de ser bem mais leve, reduz de forma significativa a chance de vazamento. Agora o produtor tem segurança para trabalhar o ano todo”. Produção aumenta O agricultor José Gomes recorda: “Na época das manilhas de concreto, a água não chegava aqui durante a estiagem” Para quem depende da terra para trabalhar, um sistema de drenagem eficiente é sinônimo de tranquilidade. O agricultor José Gomes lembra que já perdeu muito de sua produção anual por conta da seca. “Na época das manilhas de concreto, a água não chegava aqui durante a estiagem”, conta o fazendeiro do Capão Seco. “Eu só conseguia plantar se os outros me ajudassem fornecendo água”. Agora, com o novo sistema de irrigação, a produção é farta. José comemorou: “Pimentão, berinjela, feijão-de-corda, abóbora… Vendo todas as minhas verduras na Ceasa [Centrais de Abastecimento do Distrito Federal]. Hoje, está um céu bom demais da conta. Fico até emocionado de falar”. O produtor de leite Santino Guimarães Ribeiro contou que aguardava havia mais de dez anos pelo benefício. A propriedade dele era uma das que deixaram de receber o recurso hídrico com o passar dos anos. “Não chegava água, eu sofri muito sem água esperando a tubulação”, contou. “Os chacareiros entraram com a mão de obra, e a Secretaria de Agricultura e a Emater, com a tecnologia”. Sustentabilidade rural [Olho texto=”Após a entrega do canal no Capão Seco, as próximas estão previstas para Sobradinho e para o Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A construção de novos canais de irrigação no Capão Seco faz parte de uma das principais políticas públicas do GDF, que busca promover o uso sustentável dos recursos hídricos. A ideia é aumentar a eficiência na condução das águas para os produtores rurais, zerando as perdas e facilitando a distribuição entre as propriedades. De 2019 a 2022, o governo recuperou 107,3 km de redes de irrigação espalhadas por todo o DF, beneficiando mais de 700 propriedades rurais. Só em 2023, 17,2 km de canais foram reformados, um esforço que contribui não só para o aumento da produtividade, como principalmente para a sustentabilidade rural. Após a entrega do canal no Capão Seco, as próximas estão previstas no Assentamento Márcia Cordeiro, em Planaltina, e em Sobradinho. “Para mim é muito gostoso saber que as coisas estão andando bem e que a gente vai poder entregar mais canais de irrigação beneficiando cada vez mais famílias dessas áreas”, destacou o governador Ibaneis. Além disso, ele anunciou que em 2024 o GDF vai lançar um projeto para pavimentar trechos da área rural do DF: “Ano que vem vamos entrar com esse programa de asfaltamento. Queremos dar qualidade de vida para a população do campo”.
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Canal de irrigação é inaugurado no Núcleo Rural Ponte Alta Norte do Gama
Brasília, 23 de agosto de 2022 – A obra do canal de irrigação que abastece produtores do Núcleo Rural Ponte Alta Norte, localizado na Região Administrativa do Gama, foi entregue à comunidade local na manhã desta terça-feira (23). A inauguração ocorreu durante um café da manhã realizado em uma das chácaras com usuários beneficiados pelo projeto e autoridades. Com a inauguração do canal de irrigação, o fornecimento de água para os produtores da região será perene | Fotos: Paulo H Carvalho/Agência Brasília São aproximadamente 2,5 km de tubulação em PVC e PEAD (polietileno de alta densidade) que vão fazer diferença, diretamente, na vida e produção de 22 proprietários. Um deles é o piscicultor e presidente da Associação de Produtores e Usuários do Canal de Água da Nascente Olhos D’Água do Núcleo Rural Ponte Alta Norte (Arunod), José Batalha, que há 32 anos luta por um duto que atenda aos proprietários de chácaras na região. “Antes, a gente cuidava desse canal a céu aberto com muita dificuldade, fazendo a manutenção de maio até dezembro de uns 800 metros e muita gente não conseguia produzir nada porque a água chegava de forma sazonal”, conta Batalha, proprietário de um pesque-pague na região. “Agora não, ela é capturada da fonte, lá na origem, na nascente Olhos D’Águas, a 3 km das propriedades”, festeja. A água que passa pelo canal e abastece mais de 20 proprietários da Ponte Alta Norte do Gama nasce na área de proteção do Manancial Olhos D’Água. Estiveram envolvidos na iniciativa a Secretaria de Agricultura, a Emater-DF e a Administração Regional do Gama. O custo do projeto, que resultou em seis meses de trabalho e mão de obra de dez homens, entre funcionários do governo e de gente da própria região, foi custeado com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 150 mil. O secretário de Agricultura, Candido Teles, que participou de café da manhã com beneficiados pelo projeto, lembrou que antes havia desperdício de mais de 50% da água entre a captação e a entrega à comunidade Sem desperdício de água Presidente da associação de produtores e usuários, José Batalha conta que há 32 anos reivindicavam a obra Atualmente, o DF conta com 260 km de canal de água. Desde 2019, foram realizados 100 km de obras do gênero nas áreas rurais das principais regiões administrativas. Um investimento da ordem de R$ 10 milhões. Além do conforto, o projeto evita o desperdício de água para produtores de mandioca, hortaliças diversas, apicultura e turismo rural. Muitos deles começando o negócio agora. “Os canais que ficavam a céu aberto ou os regos d’água se evaporavam ou se infiltravam na terra, causando desperdício de mais de 50% da água que saía da fonte até o final”, explica o secretário de Agricultura, Candido Teles. “Com esses canais revestidos de PVC, o desperdício é evitado, aumentando a oferta de água e beneficiando mais de 20 famílias, pequenos produtores que têm suas rendas mantidas com as produções”, destaca. Diretora executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade diz que o serviço é o fomento à produção local Para a engenheira agrônoma e diretora executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, a obra do canal de irrigação que abastece produtores do Núcleo Rural Ponte Alta Norte tem relevância gigante na produção e na qualidade de vida dos produtores rurais dessa região do Gama. “Para o pessoal do campo, a água é importante. O que a gente espera com esse serviço, além de evitar a perda desse bem maior para eles, é o fomento à produção local”, observa a gestora. “A participação da Emater-DF nesse projeto não termina aqui. É preciso trabalhar com esses produtores temas como a estrutura de irrigação, conceitos de sustentabilidade, conservação de solo e água. Eles continuarão a receber nossa assistência”, tranquiliza.
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GDF entrega reforma da Feira Central de Brazlândia
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Entregue segunda etapa de canal de irrigação
A Secretaria de Agricultura e a Emater DF entregaram nessa sexta-feira (24) a segunda etapa da obra de tubulação do Canal de Irrigação do Rio Jardim do núcleo rural Tabatinga, na região de Planaltina. A obra vai beneficiar 120 famílias em 37 propriedades, que ocupam uma área total de 1.080 hectares. A parte entregue nesta sexta-feira tem uma extensão de seis quilômetros de tubulação. Quando o sistema estiver completo, o que deve ocorrer até o meio do ano, terá nove quilômetros de canais cobertos e atenderá a uma demanda antiga dos produtores do núcleo rural. [Numeralha titulo_grande=”120 famílias” texto=” serão beneficiadas com a obra. Elas vivem em 37 propriedades e ocupam uma área total de 1.080 hectares.” esquerda_direita_centro=””] A tubulação deve reduzir as perdas de água com infiltração, evaporação, desperdício pelo mau uso e redução do fluxo por causa de vegetação no caminho em cerca de 70%. “É um desperdício de água que a gente não pode se dar ao luxo de ter”, diz o extensionista Lucas Máximo, gerente do escritório da Emater em Tabatinga. Mais emprego e renda Para o secretário de Agricultura, Dilson Resende, a obra vai disponibilizar mais água para a produção rural local, gerando mais emprego e renda. “Estamos economizando água e, com isso, disponibilizando mais água para a produção. Além disso, estamos protegendo o manancial e o rio, que começa a ter mais disponibilidade de água para outras propriedades que não são abastecidas pelo canal”, afirmou. Dilson Resende afirmou que esse tipo de política pública traz economia, sustentabilidade e incentivo à produção. “Principalmente para aqueles produtores que utilizam essa água para a produção de alimentos, frutas, hortaliças e outros produtos agrícolas”, disse. O diretor-executivo da Emater-DF, Antonio Dantas, afirmou que a entrega do canal demonstra como a participação da comunidade nos assuntos de seu interesse produz resultados benéficos a todos. “Esse canal é um exemplo de que não se faz nada só. É preciso um esforço coletivo e eu queria parabenizar desde a primeira gestão da associação do canal até a gestão atual, que buscaram o recurso na Câmara Legislativa e se movimentaram para a obra sair”, disse. O vice-presidente da Associação de Usuários do Canal, José Eduardo Gonçalves de Azevedo, enfatizou que a obra é de suma importância para os produtores da região. “Primeiro, sem água você não faz nada. Segundo, o desperdício de água que a gente tinha aqui antes da tubulação era astronômica. Nós ficávamos quatro meses de seca, cinco meses, sem uma gota d’água. Essa obra é uma coisa que a gente tem de agradecer para o resto da vida”, afirmou. O deputado distrital Claudio Abrantes também participou da entrega. Ele afirmou que viabilizou, por meio de recursos de emenda parlamentar, cerca de R$ 450 mil para a finalização do canal e disse que, se for preciso, reservará mais recursos para a conclusão do trecho final da obra. Morador de Planaltina e ex-funcionário da escola da comunidade, Abrantes destacou o impacto do sistema para a região. “Para além dessa questão pessoal, a gente precisa otimizar os recursos hídricos do planeta e a ideia [do canal] é extremamente inteligente, é efetiva, eficiente, e quando me trouxeram esse pleito eu disse ‘olha a gente tem que abraçar’. Além de favorecer muito a agricultura, ainda reduz drasticamente as perdas por conta do canal antigo. Essa deve ser uma modelagem para todo o Distrito Federal.” Benefícios O gerente da Emater-DF Lucas Máximo disse que quando os últimos três quilômetros do canal forem concluídos, o potencial de irrigação deve atingir mais 120 hectares associados a uma lâmina d’água para criação de peixes de 3,2 hectares. Numa área irrigada, é possível ter até três safras, principalmente de hortifrútis, explica. “O setor de hortifrútis, além de ter uma um valor agregado maior, possibilita maior geração de emprego e maior fixação do homem no campo, tirando a pressão do sistema público urbano, tanto de mobilidade, como de transporte, segurança e saúde e cria qualidade de vida no campo”, afirmou Máximo. Para o produtor rural Getulio Mischlki, que planta soja, milho e feijão, o canal vai permitir que ele retome plenamente a produção agrícola em sua propriedade. Por causa da falta de água, ele chegou a ter que reduzir em até 50% o volume de sua produção e, em alguns momentos, até ficar sem plantar. “Qual é o nosso desafio pra frente? É a água. Hoje a gente precisa produzir bem, com tecnologia e pouca água. O mundo inteiro tem de pensar em água. Não adianta a gente ter um ‘mundaréu’ de terra e não ter água para produzir”, afirmou. “A gente tem que trabalhar com duas coisas: com o braço e com a cabeça”, completa Mischlki. Segundo o subsecretário de Desenvolvimento Rural da Secretaria de Agricultura, Odilon Vieira, a revitalização de canais segue sendo realizada em outras regiões rurais do DF. “Hoje existem quatro frentes de revitalização, sendo que duas estão tubulando os canais e outras duas, limpando os mais antigos, que estão com problemas e prejudicando o fluxo normal da água.” De acordo com Vieira, a partir do próximo mês, com a diminuição das chuvas, a subsecretaria pretende usar as quatro frentes para o trabalho de tubulação. “O objetivo é até o fim de 2020 instalar cerca de 23 quilômetros de tubos que nós, inclusive, já temos comprados e estão no pátio da Secretaria de Agricultura”, declarou. *Com informações da Seagri e Emater
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Mais água para 280 produtores rurais
GDF fez 18km de canais de irrigação na atual gestão, como o do Núcleo Rural de Tabatinga | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Em tempos de estado de alerta com a baixa umidade relativa do ar e a ausência de chuvas, o desperdício de água torna-se ainda mais preocupante. Por isto, a ideia é um melhor aproveitamento desse recurso natural. Na área rural, por exemplo, o Governo do Distrito Federal investe na construção de canais subterrâneos de irrigação. Resultado: além de evitar a perda de cerca de 50% do volume de água, que corria nos antigos canais a céu aberto, a nova tubulação possibilita a distribuição de forma igualitária a todos os produtores. “Além de economizar, os canais agora podem oferecer água para os produtores em qualquer época do ano. Quem não estava produzindo, voltará a produzir”, afirma o subsecretário de Desenvolvimento e Abastecimento Rural, Odilon Vieira Júnior. O governo está empenhado na ação. Em seis meses, 18,3 km de ramais foram feitos em todo o Distrito Federal. No último semestre, as intervenções atingiram seis canais de irrigação do DF. Os canais nos núcleos rurais de Santos Dumont, em Planaltina; Buriti Vermelho e Lamarão, no Paranoá; e, Rodeador, em Brazlândia, já foram concluídos. As obras, agora, avançam em Tabatinga (Planaltina) e Capão Comprido (São Sebastião). “Os trabalhos devem triplicar a produção de frutas e hortaliças, principalmente, e aumentar a produção de grãos no Distrito Federal”, afirma o secretário de Agricultura, Dílson Resende. Aumento da produção Mais de 280 agricultores foram beneficiados com as ações deste semestre. Eduardo Azeredo, que é produtor rural em Tabatinga, é um deles. Há 26 anos no local, ele resistiu bravamente às temporadas de seca e com a falta d’água. “O plantio aqui era apenas direto e a gente torcia para vir a chuva. No ano em que ela não aparecia, a gente perdia tudo”, lembra. Agora, porém, ele sonha em expandir os negócios. “Com a ajuda do pessoal da Emater-DF, vou construir quatro estufas para a produção de hortaliças e mais um tanque oval. Vamos ampliar a produção de galinhas caipiras e, quem sabe?, até investir na produção de peixes”, conta. Na propriedade dele, que possui pouco mais de cinco hectares, Eduardo se concentra na criação de aves poedeiras, que produzem de quatro a cinco dúzias de ovos, diariamente. “No ano passado, plantei trigo, mas deu prejuízo, por conta das chuvas. Neste ano, com a regularidade da água, quero investir em algo certo. Afinal, tiro, dessa terra, o sustento da minha família”, explica. Segundo o planejamento de Eduardo, os lucros vão ampliar bastante com a diversificação dos produtos. “Com a estufa, o que eu tiro em um ano, praticamente, vou tirar em um mês”, avalia. Obras mais baratas Com os ramais subterrâneos, a economia não é só de água, não. O governo também está consumindo menos recursos financeiros para executar os serviços nas áreas rurais. É que os trabalhos estão sendo executados em parceria, numa união dos órgãos de governo e a comunidade rural. A Caesb, por exemplo, adquire os tubos pela tarifa de contingência; a Seagri fornece maquinário e os operadores; a Emater realiza os projetos e acompanha os trabalhos com o corpo técnico; e a associação de usuários dos canais contribui com a aquisição de material e mão de obra para confecção das caixas de passagem. “Com esse formato, a economia é de mais de 80%”, explica Edivan Ribeiro, assessor técnico da Seagri. Segundo ele, nos canais de Tabatinga, por exemplo, o governo já destinou cerca de R$ 800 mil em emendas parlamentares. “No total, vamos usar R$ 1,2 milhão apenas para concluir 10 km de toda a rede do canal”, avalia. Para se ter uma ideia dos valores economizados, o técnico cita um exemplo de obra similar realizada em 2013. “Fizemos apenas 200 metros de tubulação com uma empresa do ramo e pagamos à época, R$ 1 mil por metro. Agora, nesse sistema de distribuição de tarefas, o valor do metro caiu para cerca de R$ 120”, explica.
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