Uso de cigarro eletrônico acende alerta para riscos à saúde
Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam um aumento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e 2024, levantando um alerta para a crescente popularidade do cigarro eletrônico. Embora considerado inofensivo, o dispositivo também é derivado do tabaco e leva sérios riscos à saúde. Dispositivos eletrônicos, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, expõe usuários a sérios riscos, como a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Apesar de não apresentarem substâncias comuns aos cigarros tradicionais, como monóxido de carbono e alcatrão, os dispositivos eletrônicos têm se mostrado muito prejudiciais ao organismo. No caso dos cigarros eletrônicos, há a possibilidade de contrair a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar associada ao uso destes dispositivos. Pesquisa A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que esses dispositivos eletrônicos vêm atraindo adolescentes e jovens por meio de estratégias de marketing e apelo tecnológico. Segundo a última Pesquisa Vigitel, em 2023, cerca de 2,1% da população adulta usou cigarros eletrônicos, sendo a maior prevalência entre os jovens de 18 a 24 anos - ou seja, 6,1% dos entrevistados. O pneumologista Paulo Fontes, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), alerta que o uso dos cigarros eletrônicos, mesmo com sabores e aromas diferenciados, são um risco à saúde. “Apesar de ainda não termos todas as respostas sobre os efeitos de longo prazo dos cigarros eletrônicos, o que já vemos na prática clínica é muito preocupante”, aponta o médico. “São pacientes com pulmões extremamente comprometidos, com processos inflamatórios intensos. Temos visto muitos jovens com forte agressão ao parênquima pulmonar”. O especialista lembra que os danos podem ser mais severos que os causados pelo cigarro comum: “A síndrome de Evali é um exemplo claro disso. Embora nem tudo possa ser afirmado com certeza ainda, já é evidente que o uso do vape ou desses tipos de dispositivos não é seguro”. Enfrentamento No país, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis 2022-2030 tem como uma das metas reduzir para 40% o percentual da população que fuma. Segundo o documento, o percentual de fumantes no país em 2019 era de 9,8% da população. Quatro anos depois, esse índice figurava em 9,3%. A expectativa é reduzir para 5,9% até 2030. No DF, dados de 2023 apontam que 8,4% dos adultos eram fumantes. Desse total, o hábito é maior entre os homens (10,7%); entre as mulheres o percentual é de 6,4%. Onde procurar ajuda A Secretaria de Saúde (SES-DF) presta atendimento a pessoas que lutam contra o tabagismo em mais de 80 unidades. O Programa de Controle do Tabagismo na capital segue orientação da coordenação nacional do MS com foco em ações educativas. Os pacientes são avaliados por equipes multiprofissionais, podendo ser encaminhados a tratamentos de condições específicas e convidados a participarem dos grupos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Operações noturnas da Vigilância Sanitária apreendem bebidas clandestinas, narguilés e cigarros eletrônicos
A Vigilância Sanitária do Distrito Federal realizou, de 18 de outubro a 17 de novembro, fiscalização em 224 estabelecimentos comerciais e em 21 eventos por todo o DF. As ações ocorreram no período noturno e nos finais de semana e resultaram na apreensão de 625 cigarros eletrônicos, 221 equipamentos de narguilé e 791 litros de bebidas clandestinas. “A fiscalização autuou e apreendeu produtos sem procedência ou rotulagem, como garrafas de cachaça sem identificação, que tem grande possibilidade de ser álcool combustível misturado com outras substâncias, além de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como vapers, e também narguilés”, explica a auditora e gerente substituta de Apoio à Fiscalização (GEAF), Patrícia Raindo. As ações ocorreram no período noturno e nos finais de semana e resultaram na apreensão de 625 cigarros eletrônicos, 221 equipamentos de narguilé e 791 litros de bebidas clandestinas | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Dos 224 estabelecimentos visitados pela Vigilância Sanitária, 59 foram autuados. A gerente explica que, após as notificações, haverá a instauração de processos administrativos sanitários que podem gerar multas aos donos dos estabelecimentos e responsáveis pela organização dos eventos. O valor das penalidades pode variar de R$ 2 mil, para infrações leves, até R$ 1,5 milhão, para infrações gravíssimas. Entre as irregularidades, foram identificados locais que infringiam a Lei Antifumo em vigor no DF, permitindo o uso de cigarros e narguilés em ambientes coletivos e fechados, o que é proibido. Também foram encontrados estabelecimentos que apresentavam condições higiênico-sanitárias insatisfatórias. Fiscalizações noturnas Algumas ações de fiscalização noturna foram realizadas em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), na “Operação Quinto Mandamento”, que visa estabelecer a presença do Estado nas regiões e horários com maior índice de criminalidade. Segundo Patrícia, a Vigilância Sanitária continuará com as vistorias durante à noite e aos finais de semana em bares, restaurantes, casas noturnas, distribuidoras de bebidas e em eventos. “O foco é a fiscalização desses locais para verificar o cumprimento da legislação sanitária, em conjunto com a SSP-DF, para reduzir a criminalidade no DF”, declara a auditora. A previsão é que sejam realizadas ações por todo o DF no mês de dezembro. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Projeto Viver 60+ promove palestra sobre os perigos do cigarro para a saúde
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realizou palestra de conscientização sobre os riscos do tabagismo, na tarde desta segunda-feira (26). A programação faz parte do projeto Viver 60+ e contou com a participação de 80 pessoas idosas. Com o tema Tabagismo: nunca é tarde para parar, a equipe da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed) ministrou palestra sobre os perigos que os cigarros comuns e eletrônicos trazem à saúde. O tema também foi abordado por meio de uma apresentação teatral. Ao final, os participantes tiveram um momento de alongamento com fisioterapeutas do Centro Universitário e Escola Técnica LS, um dos parceiros da Sejus. Marcela Passamani destaca a importância de projetos voltados à população idosa | Foto: Divulgação/Sejus Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a iniciativa é uma grande oportunidade para que as pessoas possam melhorar os hábitos e garantir mais qualidade de vida. “Nós passamos por um período muito difícil, que foi a questão da pandemia e, desde então, buscamos intensificar as ações voltadas para a pessoa com mais de 60 anos. Um dos programas de sucesso e reconhecido internacionalmente foi o Hotelaria Solidária, que hospedou centenas de idosos no Brasília Palace durante a pandemia da covid-19”, lembrou a secretária. Marcela Passamani destacou a importância do projeto Viver 60+, voltado para a população idosa do DF. “O projeto oferece atividade física, aula de dança, visita ao Parque da Cidade, cinema, zoológico e eventos, além de oportunizar momentos de interação e troca de vivências”, afirmou. Genir Cabral, 83 anos, participou da palestra e ficou atenta às informações sobre as doenças causadas pelo tabagismo. “O cigarro causa muitos danos à saúde, principalmente em relação às doenças cancerígenas. Achei muito interessante falar sobre isso por meio do Viver 60+”, disse ela. Projeto Viver 60+ O sucesso da iniciativa reforça a importância de projetos como o Viver 60+, que permitem aos idosos manter-se ativos e integrados na sociedade, além de promoverem o contato com a natureza e a conscientização sobre a preservação das espécies. Até o momento, o projeto beneficia moradores de Água Quente, Ceilândia, Estrutural, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, Sol Nascente e Taguatinga. *Com informações da Sejus-DF
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Cerca de 30 mil cigarros eletrônicos e narguilés apreendidos em 2023
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES DF), por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária(SVS), apreendeu cerca de 30 mil cigarros eletrônicos e narguilés somente neste ano. Um total de 138 estabelecimentos foram autuados. O motivo envolve o uso irregular dos equipamentos em recintos fechados. [Olho texto=”“Além dos perigos já observados, há ainda um agravante para os garçons, por exemplo. Eles passam horas servindo e inalando a fumaça, prejudicando a saúde, em ambientes sem muita ventilação”” assinatura=”André Godoy Ramos, diretor da SVS” esquerda_direita_centro=”direita”] A Instrução Normativa nº 30, de 24 de maio de 2022, reúne os dispositivos legais sobre o uso dos equipamentos. O uso proibido do cigarro eletrônico e do narguilé em ambientes fechados, por exemplo, faz parte do documento. Já em locais destinados exclusivamente à comercialização de produtos para fumo, como tabacarias, o consumo é ilegal, salvo porções pequenas para experimentação. Segundo o diretor da SVS, André Godoy Ramos, as apreensões foram feitas em localidades como boates e bares hookah de Brasília. “Além dos perigos já observados, há ainda um agravante para os garçons, por exemplo. Eles passam horas servindo e inalando a fumaça, prejudicando a saúde, em ambientes sem muita ventilação”, explica. Evento de conscientização Para conscientizar sobre o combate do fumo, em específico sobre o perigo dos sabores e aromas que disfarçam a nicotina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da SES-DF realizou nesta terça-feira (29) um evento na Estação Galeria do Metrô. Em evento na Estação Galeria do Metrô, nesta terça-feira (29), com a distribuição de folders e de kits bucais, profissionais de saúde orientaram os passageiros sobre estilo de vida, alimentação adequada e o impacto da nicotina e do tabaco na saúde da boca e dos pulmões | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Entre a distribuição de folders e de kits bucais, profissionais de saúde orientaram os passageiros sobre estilo de vida, alimentação adequada e o impacto da nicotina e do tabaco na saúde da boca e dos pulmões. A data foi escolhida em alusão ao Dia Nacional do Combate ao Fumo, celebrado neste dia 29. “Nosso foco, neste ano, são as crianças e os adolescentes. Atualmente, a indústria do tabagismo tem focado em estratégias e produtos que alcancem públicos jovens. Grupos esses que são mais vulneráveis e suscetíveis à dependência da nicotina”, relata o diretor da Vigilância Epidemiológica, Adriano de Oliveira. Para isso, a SES-DF tem realizado ações de conscientização não somente em locais de grande movimentação, mas em escolas para os ensinos fundamental e médio. O intuito é conscientizar o público jovem, principalmente, não só sobre os males, mas também de quanto a vida é mais livre e plena quando não estão sob nenhum tipo de dependência. “O tabagismo é, sem sombra de dúvida, um dos principais hábitos ou fatores de risco associados a vários processos de adoecimento”, complementa Oliveira. Bruno Neves, 26 anos, foi um dos pedestres que se interessou pela ação Divep: “Muito boa essa iniciativa de fazer uma ação de conscientização em um espaço movimentado. É bom porque a gente pode discutir e desenvolver ideias a respeito”, declarou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já a moradora do Paranoá, de 42 anos, apesar de não fumante, acredita que as ações devem ocorrer sempre. Após passar pelas apresentações de conscientização, ela ficou encantada com o serviço. “Podem vir várias vezes, especialmente também pela manhã e ao final de tarde, que passam ainda muito mais pessoas”, sugeriu. Tema da campanha de 2023 O tema da campanha do Dia Nacional do Combate ao Fumo 2023 é “Sabores e aromas em produtos derivados de tabaco: uma estratégia para tornar a população dependente de nicotina”, escolhido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca/MS). A campanha visa, em especial, alertar a sociedade sobre o impacto causado pelo uso de aditivos na experimentação, na promoção da iniciação e na captação de crianças, adolescentes e jovens à dependência de nicotina. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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GDF interdita 60 estabelecimentos de cigarros eletrônicos em nove meses
Em nove meses, a Vigilância Sanitária do Distrito Federal apreendeu mais de 3 mil cigarros eletrônicos. O uso do produto não é proibido no Brasil, mas sua comercialização sim. No mesmo período, de setembro de 2021 a maio de 2022, um total de 105 estabelecimentos foram autuados por descumprirem a legislação e 60 foram interditados parcialmente ou totalmente. A Vigilância Sanitária conta com 100 fiscais que possuem autoridade para apreender e aplicar multas. O valor das infrações varia de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. “Depende muito do caso, da gravidade e da reincidência”, explica o diretor da Vigilância Sanitária do DF, André Godoy. As fiscalizações ocorrem em todas as regiões administrativas, tanto no período diurno quanto noturno. O diretor destaca que a infração mais comum “é o uso de produto fumígeno em locais fechados, como cigarros ou narguilé, o que é proibido”. A Instrução Normativa nº 30, publicada no DODF de 26 de maio, consolida as regras para produtos fumígenos no Distrito Federal, com base nas legislações distrital e federal | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Legislação Para organizar a legislação a respeito do que é proibido utilizar, foi publicada a Instrução Normativa nº 30 no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) do último dia 26. O texto consolida as regras para produtos fumígenos no Distrito Federal, com base nas legislações distrital e federal. A legislação veda o uso de todo tipo de cigarro, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés ou cigarros eletrônicos, mesmo em ambientes privados. A regra vale, inclusive, para produtos sem tabaco na sua composição. Também é proibido o consumo em veículos de transporte coletivo. O texto deixa clara a proibição do consumo desse tipo de produto também nos recintos de trabalho coletivo, nas marquises e nos pilotis dos prédios. Estabelecimentos comerciais não podem fornecer equipamentos ou dispositivos, como é o caso dos narguilés. Segundo Godoy, as atividades de vigilância costumam encontrar boates com público consumindo cigarros tradicionais ou eletrônicos, narguilés e cachimbos. Nas tabacarias, estabelecimentos destinados exclusivamente à comercialização de produtos para fumo, é proibido o consumo. A exceção é a experimentação de pequenas porções em ambientes próprios nesses estabelecimentos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Nesses casos, os locais exclusivos para a experimentação devem possuir sistema de ventilação e é proibida a comercialização, distribuição ou fornecimento de produtos alimentícios e bebidas. O diretor da Vigilância Sanitária lembra que várias das regras previstas na instrução normativa foram criadas para proteger a saúde dos funcionários dos estabelecimentos que comercializam produtos para fumo. “Eles correm o risco de passar horas inalando fumaça dos dispositivos”, ressalta. O especialista alerta para os riscos desses produtos aos usuários: “O cigarro eletrônico faz mais mal do que o cigarro comum. Além do tabaco, há toxicidade da bateria e dos óleos usados como essência”, completa. Godoy aponta outro problema: a comercialização ilegal de cigarros eletrônicos. “Nas ruas, portas de escola, bares, tabacarias e festas são ofertados esses dispositivos. A comercialização de cigarros eletrônicos não é apenas uma infração sanitária, é crime”, alerta. Há regras também para a propaganda. É proibido ter imagens de produtos do tipo nas fachadas, placas e paredes internas ou externas, inclusive das tabacarias. Isso vale também para palavras, logomarcas, marcas, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou outras representações gráficas que façam referências a qualquer produto fumígeno. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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