Festival Consciência Negra 2025 movimenta cultura, economia e solidariedade no DF
O Distrito Federal encerrou, no fim de semana passado, uma das maiores edições do festival Consciência Negra já realizadas na capital. Entre os dias 20 e 22 deste mês, mais de 100 mil pessoas passaram pela programação, que uniu cultura, formação, empreendedorismo e solidariedade. O evento gerou 675 empregos diretos e 1.200 indiretos, além de promover o trabalho de 27 artistas, outros cinco selecionados por chamamento público e 19 palestrantes que ajudaram a aprofundar debates sobre identidade, memória e justiça racial. Público pôde desfrutar de três dias de shows, feiras e bate-papos | Foto: Divulgação/Secec-DF Ao longo dos três dias, o público encontrou shows, bate-papo, feiras criativas e apresentações que destacaram a pluralidade da produção artística afro-brasileira. A presença de 27 afroempreendedores reforçou o compromisso do evento com a circulação de renda e o fortalecimento de negócios liderados por pessoas negras no DF. Para muitas dessas iniciativas, participar significou ampliar o alcance de seus produtos, conquistar novos clientes e se conectar com outras redes de trabalho. [LEIA_TAMBEM]A solidariedade também marcou a edição deste ano. Como ingresso, o público doou alimentos não perecíveis, resultando em mais de meia tonelada destinada a instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. A iniciativa reforçou o caráter comunitário do evento e aproximou ainda mais a população das ações culturais. “Quando mobilizamos milhares de pessoas para celebrar a história e a força da população negra, promovemos algo que vai além da cultura: construímos pertencimento, afirmamos direitos e abrimos caminhos para quem, muitas vezes, não encontra espaço”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes. “Este evento mostrou que o DF está pronto para avançar com políticas públicas mais inclusivas e transformadoras.” Com ambiente acolhedor, diversidade na programação e impacto direto na economia criativa, o Consciência Negra 2025 deixou um recado claro: a valorização da cultura afro-brasileira é um compromisso contínuo, que segue inspirando políticas, fortalecendo comunidades e lembrando que igualdade se constrói todos os dias. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Centro Cultural Renato Russo sedia encontro de cultura e justiça climática
Nesta sexta-feira (21) e no sábado (22), o Centro Cultural Renato Russo será palco da 3ª Teia/Fórum dos Pontos e Pontões de Cultura do Distrito Federal, encontro promovido pela Rede Cultura Viva DF. Com o tema “Pontos de Cultura pela Justiça Climática”, a edição marca o encerramento de um ciclo de mobilização territorial e reforça o diálogo entre arte, política cultural e participação social. Durante os dois dias de programação, o público poderá acompanhar cortejos, apresentações artísticas, mesas de debate, formação de grupos de trabalho, plenárias e rodas formativas. O evento fortalece o compromisso com a Política Nacional Cultura Viva (PNCV), primeira política pública de base comunitária do país, e organiza os encaminhamentos que serão levados para a etapa nacional da Teia, marcada para março de 2026, em Aracruz (ES). O Centro Cultural Renato Russo recebe a 3ª Teia/Fórum dos Pontos e Pontões de Cultura do Distrito Federal, nesta sexta (21) e no sábado (22) | Foto: Divulgação/Secec-DF Celebração, diversidade e debate institucional A programação de sexta-feira será aberta às 8h, com acolhida cultural, coffee break e uma feira de economia solidária, em que Pontos de Cultura do DF irão expor produtos artesanais, ecológicos e gastronômicos. O dia será dedicado às expressões populares e às discussões sobre a institucionalidade da política cultural. Entre as atrações, o público poderá conferir palhaçaria, poesia, bumba meu boi, forró, chorinho, viola, capoeira, frevo, teatro de mamulengo e outras manifestações tradicionais. Representantes do Ministério da Cultura, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e da Rede Cultura Viva DF confirmaram presença, reforçando o compromisso coletivo com o fortalecimento da PNCV e com o debate sobre justiça climática. Encontros, diretrizes e futuro da rede "Discutir crise climática e transição energética sem os povos originários, quilombolas e culturas tradicionais é impossível. Somos os territórios vivos que defendem a natureza" Walter Cedro, coordenador da Teia/Fórum dos Pontos de Cultura do DF e representante dos Pontos do DF na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura No sábado, os trabalhos avançam para a organização da rede e para a construção de diretrizes. A mesa “Fortalecimento da Rede Cultura Viva Distrital” abordará temas como gestão de Pontos de Cultura, elaboração de projetos e cooperação entre coletivos. Outra mesa será dedicada à Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), discutindo as conexões com o Cultura Viva e as perspectivas de fomento para os próximos anos. A programação se encerra com a plenária final, quando serão escolhidos os delegados que representarão o Distrito Federal na Teia Nacional de 2026. Preparação para o encontro nacional A realização da 3ª Teia/Fórum, coordenada pela Rede Cultura Viva DF, é uma etapa decisiva na preparação para a 6ª Teia Nacional dos Pontos de Cultura. A iniciativa se articula diretamente com a Pnab, uma das principais políticas de fomento cultural do país, e reafirma o papel da sociedade civil na elaboração e execução de políticas culturais. O evento conta com apoio do Ministério da Cultura, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e da Rede Distrital de Pontos de Cultura, além do suporte estratégico do OMNI – Instituto de Desenvolvimento Social. Vozes do movimento “A Teia é o nosso grande encontro: a celebração das culturas populares e de tudo o que produzimos nos Pontos de Cultura. No Fórum, construímos caminhos e diretrizes para o Estado com a força da sociedade civil. Discutir crise climática e transição energética sem os povos originários, quilombolas e culturas tradicionais é impossível. Somos os territórios vivos que defendem a natureza”, afirma Walter Cedro, coordenador da Teia/Fórum dos Pontos de Cultura do DF e representante dos Pontos do DF na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura. Sobre a Rede Cultura Viva DF [LEIA_TAMBEM]A Rede Cultura Viva DF reúne Pontos e Pontões de Cultura reconhecidos pelo Ministério da Cultura e atua na consolidação da Política Nacional Cultura Viva (Lei nº 13.018/2014). Cada Ponto funciona como núcleo de memória, criação e participação social, preservando e potencializando a diversidade cultural presente nos territórios do Distrito Federal. 3ª Teia/Fórum dos Pontos e Pontões de Cultura do DF · Tema: Pontos de Cultura pela justiça climática · Data: 21 e 22 de novembro · Local: Centro Cultural Renato Russo – Brasília · Horário: a partir das 8h · Entrada: gratuita · Redes sociais: @redeculturavivadf | @sececdf | @minc *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Em visita à feira na Torre de TV, Celina Leão destaca integração entre DF e Entorno
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, participou neste sábado (18) da abertura da terceira edição da feira #NoEntornoTem, que celebra a integração entre Brasília e os municípios da Região Metropolitana. Com entrada gratuita, o evento ocorre no estacionamento do Complexo Cultural da Torre de TV (antiga Funarte), segue até domingo (19) e reúne expositores de 13 cidades do Entorno, além de representantes de Alto Paraíso, Corumbá de Goiás e Pirenópolis. O público pode conhecer e adquirir produtos de gastronomia, arte, artesanato e variedades, além de acompanhar atrações musicais e apresentações culturais que valorizam a produção local e o intercâmbio entre Goiás e o Distrito Federal. Celina Leão visitou a abertura da feira #NoEntornoTem, no Complexo Cultural da Torre de TV, neste sábado (18) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A capital da República recebendo todos os prefeitos da região metropolitana e também o governador Caiado é um momento de muita alegria. Estou há muitos anos no Distrito Federal, mas sou goiana também e a gente sabe que precisa dessa integração, de que os serviços públicos também estejam funcionando no estado de Goiás e no Distrito Federal, porque não tem muro entre Goiás e DF. Tem pessoas que trabalham aqui e moram lá, é uma grande integração o que nós estamos fazendo nesse atual governo”, declarou Celina Leão. A iniciativa é promovida em parceria entre o Governo do Distrito Federal e o Governo de Goiás, com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento econômico e o turismo regional, valorizando produtores, artistas e empreendedores locais. Presente no evento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, enalteceu a parceria com o DF e descreveu a feira como uma oportunidade de apresentar o melhor da cultura goiana. “É uma forma de mostrar à capital do país, que está dentro de Goiás, e mostrar para o Brasil todo o potencial da gastronomia, do artesanato, do turismo e da cultura goiana, além dos negócios e empreendimentos na região do Entorno”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Vitrine de oportunidades O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, destacou a importância da feira para Brasília, que em sua terceira edição se consolida como vitrine de serviços e produtos, movimentando a economia da capital e do Entorno. “É um evento que traz o que as cidades produzem e têm de melhor. A gente passa cidade por cidade vendo a qualidade dos produtos e como a integração econômica está acontecendo entre essas duas regiões que, ao final, é uma soma. Aqui é um fomento da economia para mostrar as potencialidades que têm a nossa cidade e o Entorno, levando os produtos para casa, com novidades incríveis. Eu achei até rapadura com pequi, que é uma coisa fantástica”, relatou. Entre os expositores, a coordenadora de turismo Bruna Paiva, de 37 anos, exaltou a feira como uma oportunidade de promover o trabalho e as belezas de Cocalzinho de Goiás, a pouco mais de 100 km de Brasília. “É muito importante para mostrar o que a gente tem de melhor no município. Estamos expondo, além das nossas belezas naturais, queijos, vinhos, mel e produtos artesanais que temos. E fomenta muito o turismo: por serem cidades muito próximas, as pessoas que estão aqui às vezes querem um refúgio diferente e chegam até nós. A gente sentia que não era parte nem de Brasília e nem de Goiás, e essa união entre os estados é muito importante porque a maioria dos turistas que nos visitam são do DF.”
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Gisèle Santoro, referência da dança na capital federal, morre aos 86 anos
A cultura do Distrito Federal perdeu, nessa quinta-feira (9), uma de suas maiores referências artísticas. Gisèle Loïse Portinho Serzedello Corrêa, conhecida como Gisèle Santoro — bailarina, coreógrafa e professora que marcou a história da dança em Brasília — faleceu aos 86 anos, no Hospital Santa Helena, na Asa Norte. Grande referência da dança no Distrito Federal, Gisèle Santoro faleceu nessa quinta (9), na Asa Norte | Foto: Divulgação/Secec-DF Em junho deste ano, Gisèle foi agraciada com a Medalha do Mérito Distrital da Cultura “Seu Teodoro”, a maior honraria concedida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). O reconhecimento coroou uma trajetória de mais de seis décadas dedicadas à arte e à formação de gerações de bailarinos. Formada pela Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, chegou a Brasília em 1962, a convite da russa Eugenia Feodorova, criadora da Fundação Brasileira de Ballet. Na capital, conheceu o maestro Cláudio Santoro, com quem se casou e construiu uma parceria artística e pessoal que atravessou fronteiras. "Brasília perde uma mestra, mas sua obra permanece viva em cada bailarino que formou e inspirou" Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa Em 1966, o casal foi forçado a deixar o Brasil em razão do regime militar. Exilados, viveram na França e, depois, na Alemanha, onde Gisèle permaneceu por sete anos no Teatro Municipal de Heidelberg, além de fundar uma escola de dança. De volta ao Brasil em 1978, Gisèle participou ativamente da inauguração do Teatro Nacional, colaborando na formação da orquestra, do coro e de outros departamentos da instituição. Também foi fundadora do Seminário Internacional de Dança de Brasília e criadora da Mostra de Dança de Brasília, eventos que consolidaram a capital como um dos polos mais importantes da dança no país. Gisèle contribuiu ainda para o ensino da dança clássica, formando diversas gerações de bailarinas e bailarinos no Centro de Dança do DF. “Tive a honra e o privilégio de reinaugurar o nosso Teatro Nacional ao lado de Dona Gisèle — um momento que levarei comigo para sempre. Foi mais que simbólico: foi um reencontro da arte com sua casa, com a presença de quem tanto lutou para que esse espaço existisse e florescesse. Sem dúvida, Gisèle Santoro foi uma das grandes construtoras da identidade cultural de Brasília. Sua dedicação à dança e à formação de artistas marcou gerações. Brasília perde uma mestra, mas sua obra permanece viva em cada bailarino que formou e inspirou. Sua partida deixa um vazio imenso, mas também uma herança inestimável”, enfatizou o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes. [LEIA_TAMBEM]O subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, ressaltou que “a importância de Gisèle Santoro reside na sua incansável dedicação à cultura. Pianista, bailarina, professora, produtora: doou sua vida à cultura do DF e do Brasil”. O velório da artista será realizado neste sábado (11), no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em horário a ser confirmado. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Distrito Federal se destaca na Pnab com execução de recursos para a cultura
Com uma taxa de execução de 98,8% dos recursos recebidos no Ciclo 1 da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), o Distrito Federal se consolida como uma das unidades da Federação mais eficientes na aplicação dos investimentos federais voltados à cultura. Segundo dados da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), dos R$ 36.550.102,14 previstos, foram pagos R$ 36.249.936,87 até o momento, contemplando 203 projetos. Manifestações culturais têm contado com empenho expressivo do DF em investimentos | Foto: Divulgação/Secec-DF O desempenho chama atenção, sobretudo, quando comparado a outros entes federados, muitos dos quais ainda lutam para alcançar o percentual mínimo de execução exigido. O DF não apenas cumpriu, como praticamente esgotou sua capacidade de aplicação dos recursos, revelando uma gestão pública eficiente, articulada e alinhada com os objetivos da Pnab. “Alcançamos quase 100% de aplicação dos recursos porque temos compromisso com os fazedores de cultura e entendemos o papel estratégico desse setor para o desenvolvimento social e econômico do DF”, afirma o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes. “Em um momento de reconstrução das políticas públicas no Brasil, o nosso governo mostra que é possível fazer diferente e fazer melhor.” Descentralização [LEIA_TAMBEM]A efetividade se traduz também no alcance social e simbólico dos editais lançados no DF. Ao todo, 203 projetos foram contemplados em chamadas públicas, cobrindo áreas como produções audiovisuais, pontos de cultura e premiações diversas. Os recursos estão sendo distribuídos de forma descentralizada e democrática, irrigando iniciativas em diferentes regiões administrativas e fortalecendo a cadeia produtiva da cultura local. Desta forma, o Distrito Federal se destaca por dois fatores decisivos: a aplicação quase integral dos valores repassados e o impacto estratégico que esses investimentos geram. O resultado é uma política cultural robusta, inclusiva e eficaz, que demonstra o compromisso do DF com o fomento à arte e à diversidade cultural. Em tempos de reconstrução de políticas públicas para o setor, o DF se firma como um exemplo de boa gestão e de como a cultura pode ser tratada com prioridade e competência. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Novas exposições priorizam pessoas cegas ou com baixa visão
O Governo do Distrito Federal (GDF) consolida seu compromisso com a inclusão cultural com duas exposições inovadoras, fomentadas pelo Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC), que priorizam a acessibilidade de pessoas cegas ou com baixa visão. As mostras O que nos toca, da artista Bety Alvarenga, e Sensibilità, de Claudia Bertolin, redefinem a experiência artística ao transformar o tato em protagonista e promover a democratização da arte. Em cartaz no JK Shopping a partir deste domingo (27) e no Venâncio Shopping em outubro, a mostra O que nos toca desafia o público a compreender as obras por meio do tato | Foto: Divulgação/Secec-DF O projeto “Sensibilità: uma experiência sensorial e inclusiva”, de Claudia Bertolin, percorre shoppings do DF entre julho e outubro. A exposição exibe obras criadas com a técnica de fusing (fusão de vidro e metal), além de peças produzidas por pessoas com deficiência visual em oficinas realizadas no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) e na Biblioteca Braille Dorina Nowill. Com curadoria de Bisser Nai, a mostra integra audiodescrição via QR Code, descrições em Braile, intérpretes de Libras e mediação tátil. A temporada, no JK Shopping (Taguatinga), vai deste domingo (27) até o dia 7 de setembro, seguindo para o Venâncio Shopping (Plano Piloto) de 1º a 29 de outubro, com visitação sempre das 10h às 22h. Sensibilità incorpora elementos que também tocam a audição, estimulando o diálogo multissensorial | Foto: Rafael Fernandes/Divulgação Já no período de 5 a 15 de agosto, a exposição O que nos toca estará em cartaz na galeria Espelho-d'Água (Câmara Legislativa do DF), convidando o público a sentir arte além da visão. São 15 obras táteis em 3D, elaboradas com a técnica de arte francesa, pela qual Bety Alvarenga recria ícones da arte como Michelangelo, Da Vinci, Frida Kahlo e Tarsila do Amaral em relevos de papel, tecidos e algodão. [LEIA_TAMBEM]A mostra oferece audiodescrição por auriculares, identificação em Braile e mediação especializada. Ambas as iniciativas reforçam o impacto social da arte inclusiva. Enquanto O que nos toca propõe uma imersão empática - desafiando videntes a explorar obras de olhos vendados -, Sensibilità amplia o diálogo multissensorial, incorporando audição. Os projetos, viabilizados pelo FAC, destacam-se não apenas pela acessibilidade, mas pela construção de pontes entre diferentes formas de perceber o mundo. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, essas exposições representam o que há de mais potente na política cultural do DF: arte feita para todos, com sensibilidade, inovação e inclusão. “Ao apoiar projetos dessa natureza, o FAC reafirma nosso compromisso com a acessibilidade e com uma cultura verdadeiramente democrática, que acolhe e transforma”, afirma. Serviço Mostra Sensibilità: uma experiência sensorial e inclusiva → JK Shopping (Taguatinga) de domingo (27) a 7 de setembro, e no Venâncio Shopping (Plano Piloto) de 1º a 29 de outubro. → Visitação: das 10h às 22h Mostra O que nos toca → Galeria Espelho-d'Água (Câmara Legislativa do DF), de 5 a 15 de agosto → Agendamentos para grupos: (61) 98157-4141 ou (61) 98123-0490 (WhatsApp). → Entrada franca e classificação indicativa livre em todas as exposições. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Brasília Design Week 2025 segue com exposições no Museu Nacional da República e no Espaço Oscar Niemeyer
A terceira edição da Brasília Design Week foi encerrada oficialmente no último dia 24, mas o convite à imersão no universo criativo continua aberto ao público. Parte da programação permanece em cartaz na capital, com destaque para as exposições em exibição no Museu Nacional da República e no Espaço Oscar Niemeyer. A entrada é gratuita. Mostra no Museu Nacional da República homenageia a arquiteta Janete Costa com uma seleção de projetos e criações que marcaram sua trajetória | Fotos: Luh Fiuza/VGDF No Museu Nacional, a mostra principal da BDW 2025 pode ser visitada até 20 de julho. Com o tema Memória, Design e Futuro, a exposição reúne curadorias inéditas que aproximam tradição e inovação. Entre os destaques estão Horizonte em Risco, com obras de mobiliário, arte e artesanato, e Contornos do Amanhã, que apresenta peças autorais de joalheria e artesanato contemporâneo. Já a mostra Viva Janete! homenageia a arquiteta Janete Costa com uma seleção sensível de projetos e criações que marcaram sua trajetória. No Espaço Oscar Niemeyer, segue até 3 de agosto a exposição Quando o Imaginário e a Fé vão às Ruas, do fotógrafo Bruno Jungmann. As imagens capturam expressões populares que ocupam o espaço urbano, revelando o entrelaçamento entre fé, memória e cultura. Realizada de 17 a 24 de junho, a BDW 2025 promoveu mais de 40 atividades gratuitas pela cidade, entre oficinas, desfiles, circuitos, conversas e palestras. A programação atraiu o público para ateliês, museus, galerias, lojas e embaixadas, reunindo designers de todas as regiões do país e nomes consagrados como Ana Neute, Marcelo Rosenbaum, Guto Requena, Rodrigo Ambrósio, Philipe Fonseca, Yankatu e Victor Leite. Programação da semana oficial da Brasília Design Week 2025 incluiu desfiles, oficinas e palestras Também marcaram presença talentos locais como André Neves, Danilo Vale, Daisy Barros, Fluides Cerâmicas e Mutum, reforçando a diversidade e a potência criativa do Distrito Federal no cenário nacional. A escritora Ilona Criadora, que conduziu a oficina O Poder da Fala, destacou que a BDW 2025 atraiu um público que vai além do universo do design. Para ela, o ambiente da mostra propicia negócios ao mesmo tempo em que educa, o que tornou sua participação ainda mais especial. [LEIA_TAMBEM]“Estamos em um momento em que o digital domina toda a comunicação. Saber gravar um conteúdo, fazer uma live, preparar uma aula ou conduzir uma negociação online é fundamental para o avanço dos negócios e da cultura. Foi o match perfeito”, afirma. A vice-governadora do DF, Celina Leão, também celebrou o sucesso do evento. “Mais que um evento dedicado ao design, a BDW 2025 fomenta a economia da cultura e da criatividade. É um evento que se conecta com a população, que pode ver de perto a produção com DNA genuinamente brasiliense, e que reafirma a relevância da nossa cidade no universo criativo”, ressalta. O evento é uma realização do Desponta Brasil e do Instituto Brasil de Economia Criativa, com correalização da Abimóvel, com apoio da Vice-Governadoria do Distrito Federal e das secretarias de Turismo (Setur-DF), Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF). Serviço Exposição Brasília Design Week 2025 → Museu Nacional da República: até 20 de julho → Espaço Oscar Niemeyer: até 3 de agosto → Entrada gratuita → Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h. *Com informações da Vice-Governadoria
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Cinema brasiliense ganha força com a Lei Paulo Gustavo e valoriza cultura popular
Junho é mês de festas de são-joão, mas também de celebrar um dos maiores entretenimentos do país: o cinema. A data reforça a importância do setor como expressão cultural e motor da economia criativa. No DF, essa relevância se reflete em ações concretas do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da aplicação da Lei Paulo Gustavo (LPG), norma federal que garante repasses a estados, municípios e para o Distrito Federal. Em 2023, o GDF destinou R$ 33,4 milhões para a realização de 120 projetos locais, que cobrem diversas etapas da cadeia produtiva, da criação de roteiros à finalização e exibição das obras. O edital representou um marco para a cultura brasiliense, especialmente para produtores independentes, coletivos periféricos e artistas iniciantes que, sem esse apoio, dificilmente conseguiriam tirar os projetos do papel. A produção do filme A Maldição do Mamulengo é um dos exemplos de beneficiados pela LPG. Idealizado há mais de dez anos pelo diretor Leonardo Monteiro, conhecido como LeoMon, o projeto nasceu quando ele ainda era estudante de cinema e viu, pela primeira vez, a brincadeira do mamulengo em Brasília. A partir daí, passou a registrar grupos locais e a desenvolver um roteiro que amadureceu ao longo do tempo até o momento em que o fomento tornou o projeto possível. A produção do filme A Maldição do Mamulengo é um dos exemplos beneficiados pela LPG | Foto: Divulgação LeoMon destaca que o acesso a esse tipo de incentivo transforma o cenário para produtores independentes e periféricos no DF, descentraliza os recursos e abre espaço para novas narrativas. Segundo o diretor, o Distrito Federal vai muito além do Plano Piloto, com cidades mais antigas que a própria capital e culturas que dialogam entre si. Ele reforça que o fomento dá visibilidade a essas vivências diversas e que o apoio do governo representa não apenas a viabilização de projetos artísticos, mas também o fortalecimento da economia criativa local, pois envolve muitos profissionais e empresas, da equipe técnica até os fornecedores. O projeto recebeu um recurso inicial de R$ 1,7 milhão, além de rendimentos e uma complementação via Fundo de Apoio à Cultura (FAC), totalizando cerca de R$ 2,1 milhões. As gravações de A Maldição do Mamulengo começaram em novembro de 2024 e seguiram até fevereiro deste ano, passando por Brasília, Goiás e Pernambuco - berço do mamulengo -, para captar os depoimentos e o universo que serviram de inspiração. A pós-produção agora segue com etapas como desenho e mixagem de som e colorização. Segundo o diretor, a previsão é que o filme esteja pronto até o final do ano, quando serão feitos os testes de audiência, antes da circulação em festivais e outros espaços. Mamulengo O mamulengo, também conhecido como teatro de bonecos popular do Nordeste, é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2015. O registro foi feito no Livro de Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Brasileiro. No dia 10 deste mês, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) decidiu, por unanimidade, tornar a brincadeira de mamulengo patrimônio cultural imaterial do Distrito Federal. O conselho levou em conta que, fora do Nordeste, Brasília possui o maior número de brincantes do país. Também destacou que o mamulengo no DF se adaptou a diferentes contextos e segue viva em festas, praças e escolas, sustentada pela na prática cotidiana, pela coletividade e pela resistência de quem faz da brincadeira um modo de vida e de expressão.
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