Dia das Mães reforça importância da doação de leite materno; saiba como doar
Neste Dia das Mães, o Governo do Distrito Federal (GDF) reforça a importância da doação de leite materno: uma ação que faz bem tanto para quem recebe quanto para quem doa. O gesto, além de alimentar, fortalece laços invisíveis entre mulheres que muitas vezes nem se conhecem, mas compartilham o mesmo instinto de cuidado e amor. Os níveis de estoque dos bancos de leite do DF estão baixos; as mães que puderem contribuir devem entrar em contato com o Amamenta Brasília | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O DF conta com 14 bancos de leite e sete pontos de coleta. "Para a mãe ser uma doadora, ela só precisa estar amamentando. O começo de tudo vem do desejo materno de ser uma doadora de leite, porque a gente sabe que doar leite humano é uma atividade que requer um cuidado, uma dedicação, um esforço por parte dessa mãe. Por isso ele se torna um ato tão valoroso e tão precioso pra nós, porque a gente percebe que essa mãe doa o melhor dela para conseguir extrair cada gota", aponta Natália Conceição, coordenadora do banco de leite humano do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). [LEIA_TAMBEM]Esse desejo surgiu forte na médica Nathália Cortes, uma das doadoras do banco de leite do HRT. "Eu já achava a amamentação uma coisa importantíssima, de conexão, de amor. Nós, mulheres, sabemos a importância. Eu já tinha esse pensamento antes de ter filho, mas [ficou maior] depois que ele nasceu e ficou internado na UTI, precisando usar leite de outras mães também. É uma forma de afeto tão grande, de carinho, de amor... Amor líquido. Então, eu decidi que ia tentar, da maior forma que eu conseguisse, fazer essa doação também para, da mesma forma que ele foi ajudado, ajudar outras mãezinhas e outros nenéns", conta. "A dor de uma mãe é a dor de todas as mães". Se a dor é uma só, o amor também é o mesmo. Que o diga a operadora de caixa Andrielle Muniz. Ela conheceu o banco de leite do HRT como doadora, quando teve o primeiro filho. Hoje, no segundo, é ela quem recebe: "Você vai receber o leite de uma mãe que você não sabe de onde veio, mas tem certeza que está sendo bem cuidado, porque eu sei que vai vir de um coração bom para a minha filha". A doadora recebe todas as orientações necessárias para que possa coletar o leite de forma segura; o kit completo para realizar o ato é doado pelo GDF Como doar Os níveis de estoque dos bancos de leite do DF estão baixos. As mães que puderem contribuir devem entrar em contato com o Amamenta Brasília, pela internet ou pelo telefone 160, opção 4. "Dependendo do lugar que essa mãe mora, ela vai ser direcionada para o banco de leite mais próximo da sua residência. Esse banco de leite vai fazer o contato com essa mãe e aí sim começa uma trajetória da doação do leite humano", explica a coordenadora do banco do HRT. "A partir desse contato, o profissional de saúde que estiver cadastrando essa doadora vai completar sua ficha e pedir para encaminhar seus exames e fazer as orientações a respeito de como que ela vai fazer a coleta desse leite humano, o que ela precisa em relação à higienização, a necessidade de usar uma touca e máscara. Tudo isso a gente vai orientar para que essa mãe esteja segura e faça uma coleta de forma adequada, lembrando que fornecemos o kit completo para este ato”, arremata Natália Conceição.
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Leite humano é o alimento mais importante para nutrição e proteção de recém-nascidos
Geovanna Duarte acredita que nada é por acaso. Nascida com 34 semanas de gestação e apenas 1.245 gramas, ela recebeu leite humano – o alimento mais importante para as necessidades nutricionais e a proteção imunológica de recém-nascidos – distribuído pelo Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Hoje com 26 anos, enquanto faz residência em fonoaudiologia, Geovanna reconhece a importância que o ato teve para a vida dela e retribui diretamente, com o trabalho na área de motricidade orofacial para o aleitamento de bebês que têm dificuldades de sucção e deglutição. Em evento promovido pelo BLH do Hospital Regional de Planaltina (HRP) na sexta-feira (24), na tenda do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis), Geovanna agradeceu às mães doadoras da unidade pelo gesto de amor. “Às vezes, vocês não têm noção da importância que tem o leite que doam, mas sou a prova viva disso. Cada gotinha que recebi foi fundamental para que eu crescesse de forma saudável”, declarou às mais de 60 doadoras que contribuem para a manutenção do estoque da unidade em 2024. Geovanna Duarte, reconhece a importância do leite humano que recebeu quando nasceu prematuramente | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Vida em cada gotaNo dia 19 de maio é celebrado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano. A data é marcada por ações que buscam sensibilizar a sociedade para a promoção e a proteção do aleitamento materno e da doação de leite humano. O encontro entre mães doadoras, familiares de bebês receptores e profissionais da rede de BLH do DF, além de apresentar instruções práticas a gestantes e doadoras, enfatizou a relevância de cada um dos atores desta importante rede de generosidade e vida. Enquanto amamentava o primeiro filho, Isaac Fernandes, hoje com 7 anos, Laizza Trindade doava o excesso de leite produzido com a alegria e a convicção de quem imaginava o valor do gesto para a saúde de outras crianças. No entanto, apenas quando viu o segundo filho, Miguel Fernandes, ser amamentado por seringa com 4 mililitros de leite humano a cada três horas, foi capaz de compreender o verdadeiro significado de cada gota oferecida ao recém-nascido. Laizza Trindade compreendeu o verdadeiro significado da doação depois que o segundo filho precisou ser amamentado com 4 mililitros de leite a cada três horas na UTI neonatal O bebê ficou internado por 18 dias na UTI neonatal após ser reanimado ao nascer prematuramente devido a um quadro de pré-eclâmpsia – relacionado ao aumento da pressão arterial da gestante. Hoje, três meses após dar à luz o caçula, a moradora de Planaltina empenha-se em seguir doando ao menos um litro de leite quinzenalmente à equipe do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) que realiza a coleta na própria casa dela. “A gente tira tão pouquinho e acha que não vai ter nenhuma serventia… Mas serve, sim! Com aquele único vidro que eu doo, agora sei que consigo alimentar dezenas de bebês”, enfatiza com orgulho. Rede de BLH do DF O Banco de Leite do HRP tem 62 doadoras ativas. De janeiro a março de 2024, foram coletados 164 litros de leite humano. Durante esse período, quase 300 bebês foram beneficiados com o alimento coletado, processado e distribuído pela unidade, que também presta auxílio às mães que têm dúvidas ou dificuldades para amamentar. O DF conta atualmente com 14 bancos de leite. Todas as unidades têm equipes multiprofissionais e servidores capacitados na área de aleitamento materno. Para doar, o cadastro pode ser feito por meio do telefone 160 (opção 4) ou no site Amamenta Brasília. Além do envio de todas as orientações, uma equipe do Corpo de Bombeiros vai à residência da doadora deixar o kit e, posteriormente, buscar os vidros cheios, sem a necessidade de deslocamento aos postos de coleta. Os bancos de leite de Brasília são classificados como referência nacional pelo Ministério da Saúde, além de possuir padrão ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Domingo (26) é dia de caminhada para incentivar doação de leite materno
A manhã do próximo domingo (26) será marcada pelo incentivo à doação de leite materno. A Secretaria de Saúde (SES-DF), por meio da Coordenação de Políticas de Aleitamento Materno, organiza uma caminhada com mães e bebês. O evento é aberto a toda a comunidade. O ponto de encontro será na altura da 108 norte, a partir das 9h. Embora seja referência nacional em Bancos de Leite Humano (BLH), os estoques do DF costumam apresentar queda no início e no final do ano. Em 2024, houve redução após o período de férias e o carnaval. O leite materno é capaz de reduzir em até 13% as mortes evitáveis entre crianças menores de 5 anos | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Qualquer mãe pode ser uma doadora, basta estar em boas condições de saúde, amamentando ou ordenhando. O cadastro pode ser feito pelo telefone 160 (opção 4), no site Amamenta Brasília ou em algum dos bancos e postos de coleta leite humano do DF. O leite materno é completo para o recém-nascido, uma vez que é rico em nutrientes e em agentes imunobiológicos que protegem contra várias doenças. Em crianças menores de 5 anos, o alimento é capaz de reduzir em até 13% as mortes evitáveis nessa faixa etária. Serviço Caminhada em prol da doação de leite materno Quando: domingo (26), a partir das 9h Onde: Eixão do Lazer, saída na altura da 108 Norte *Com informações da SES
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Novo slogan da campanha mundial de doação de leite materno valoriza ato de amor
“Amor em cada gota doada, vida em cada gota recebida”. Este foi o slogan escolhido para a campanha mundial de doação de leite materno de 2024. A competição é uma iniciativa da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), organização capitaneada pelo Brasil, realizada desde 2021. A autora do slogan é uma cidadã de San Ignacio, no Paraguai. O slogan será traduzido em inglês e espanhol e utilizado pelas organizações sensíveis ao tema. É o caso da Rede de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, vinculada à Secretaria de Saúde (SES-DF), responsável por receber, pasteurizar e distribuir o leite materno a recém-nascidos internados em unidades neonatais. O slogan será traduzido em inglês e espanhol e utilizado pelas organizações sensíveis ao tema | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno da SES-DF, Mariane Curado Borges, afirma que é essencial que as pessoas entendam como é fácil fazer a doação de leite e o quanto este ato pode mudar a vida de recém-nascidos. “Já avançamos muito em relação aos índices de aleitamento materno, mas ainda precisamos avançar com a conscientização sobre a importância da doação do leite materno, mostrando que o leite doado vai para bebês em UTIs neonatais. Nosso cliente preferencial são os prematuros extremos”, observa. A quarta edição da campanha recebeu 650 slogans e bateu recordes de participação, registrando 9.051 votos. Em 2023, a iniciativa contou com 1.292 slogans inscritos e 6.158 votos. Em 2022, foram 253 slogans inscritos e 4.994 votos e, em 2021, 298 slogans inscritos e 3.394 votos. Juntas, as quatro campanhas somaram 2.493 slogans e computaram 18.731 votos. As propostas foram submetidas ao Comitê de Mobilização Social pela Doação de Leite Humano, que selecionou as 30 melhores ideias. O público teve a oportunidade de escolher na frase favorita entre os dias 4 e 10 deste mês. Veja os dez slogans mais votados aqui. A quarta edição da campanha recebeu 650 slogans e bateu recorde de participação, registrando 9.051 votos Nos anos de 2021 e de 2023, o slogan vencedor foi de autoria de uma pessoa de Santa Catarina. Já em 2022, a frase escolhida foi escrita por uma cidadã do México. Os autores receberam um certificado emitido pela rBLH, como agradecimento pela contribuição em favor da saúde das crianças no contexto global. Veja os slogans anteriores da campanha 2021 – “Doação de leite humano: A pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança” 2022 – “Doação de leite humano: Gotas de amor para um mundo melhor!” 2023 – “Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho: Doe leite materno!” Solidariedade O Distrito Federal dispõe de bancos de leite em todas as regiões de saúde. Os espaços estão instalados nos hospitais regionais de Sobradinho, Asa Norte, Brazlândia, Taguatinga, Gama, Planaltina, Paranoá, Ceilândia e Santa Maria, além do Hospital Materno Infantil (Hmib) e dos postos de coleta de leite humano da Casa de Parto de São Sebastião, Hospital Regional de Samambaia e Policlínica do Riacho Fundo. Os telefones e endereços, bem como horários de funcionamento, podem ser encontrados aqui. Qualquer mulher pode participar da rede de solidariedade. Basta que esteja em boas condições de saúde, amamentando ou ordenhando para o próprio filho e tenha interesse em doar o alimento. O cadastro pode ser feito pelo telefone 160 (opção 4), no site do Amamenta Brasília ou em algum dos bancos e postos de leite humano do DF. Em seguida, para fazer a coleta, a mãe recebe um kit com máscara, touca e potes esterilizados, entregue pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que retorna posteriormente para recolher as doações.
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Vote no novo slogan da campanha mundial de doação de leite materno
O seu voto pode ajudar a escolher o slogan da campanha mundial de doação de leite materno para 2024. A competição é uma iniciativa da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), organização capitaneada pelo Brasil. Toda e qualquer pessoa física sensível à causa pode dar a opinião, tendo direito a único voto. Para participar, basta selecionar a frase favorita neste formulário. A eleição popular começou nesta quinta-feira (4) e segue até as 12h do dia 10 deste mês. A Rede Global de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, vinculada à Secretaria de Saúde (SES-DF), é responsável por receber, pasteurizar e distribuir o leite materno a recém-nascidos internados em unidades neonatais | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As propostas foram submetidas ao Comitê de Mobilização Social pela Doação de Leite Humano, que selecionou as 30 melhores ideias. A divulgação do vencedor será feita às 18h de 10 de abril no site do órgão. O autor da frase campeã receberá um certificado emitido pela Rede Global de Bancos de Leite Humano, como reconhecimento pela contribuição em favor da saúde das crianças no contexto global. Além disso, o slogan será traduzido em inglês e espanhol e utilizado em outras iniciativas da rede. Esta é a quarta edição da campanha. Nos anos de 2021 e de 2023, o slogan vencedor foi de autoria brasileira, de Santa Catarina. Já em 2022, a frase escolhida foi escrita por uma cidadã do México. Juntas, as três campanhas receberam 1.843 slogans e computaram 9.680 votos. A expectativa é que neste ano sejam alcançados novos recordes de participação. Veja os slogans anteriores da campanha 2021 – Doação de leite humano: A pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança 2022 – Doação de leite humano: Gotas de amor para um mundo melhor! 2023 – Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho: Doe leite materno! Solidariedade que salva A Rede de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, vinculada à Secretaria de Saúde (SES-DF), é responsável por receber, pasteurizar e distribuir o leite materno a recém-nascidos internados em unidades neonatais. Mais de 14 mil bebês receberam o alimento em 2023 e, com isso, conseguiram se recuperar de questões de saúde e se desenvolverem de forma adequada. A coordenadora do Centro de Referência em Bancos de Leite Humano do DF, Maria das Graças Cruz Rodrigues, destaca a importância da divulgação de informações sobre a doação de leite, essencial para a saúde e segurança de milhares de crianças. “Nós, infelizmente, ainda temos casos de mães que não conseguem amamentar de forma efetiva. Mas, por outro lado, temos muitas mães que não passam dificuldades nisso e podem ajudar outras mulheres. Então, compartilhar informações sobre o banco, sobre a importância do leite materno e sobre a doação é ser solidário com quem mais precisa”, pontua. Qualquer mulher pode participar da rede de solidariedade. Basta que esteja em boas condições de saúde, amamentando ou ordenhando para o próprio filho e tenha interesse em doar o alimento. O cadastro pode ser feito pelo telefone 160 (opção 4), no site do Amamenta Brasília ou em algum dos bancos e postos de leite humano do DF. Em seguida, a mãe recebe um kit com máscara, touca e potes esterilizados para fazer a coleta, entregue pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que retorna posteriormente para recolherem as doações.
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Ajude a escolher o slogan da campanha mundial de doação de leite materno
Estão abertas as inscrições para o concurso que definirá o slogan da campanha mundial de doação de leite materno para 2024. A competição é uma iniciativa da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), organização capitaneada pelo Brasil. As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas pelo portal da rBLH até as 12h (horário de Brasília) do dia 22 deste mês. A participação é aberta a toda e qualquer pessoa física sensível à causa. O slogan deve ter no máximo 80 caracteres, incluindo espaçamentos, e pode ser redigido em português, inglês ou espanhol. O ideal é que a frase seja de fácil memorização e objetiva. Aquelas que forem identificadas como plágio serão desclassificadas. Essa é a quarta edição da campanha; em 2021 e de 2023, o slogan vencedor foi de autoria brasileira, de Santa Catarina | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília As propostas serão submetidas ao Comitê de Mobilização Social pela Doação de Leite Humano, que vai selecionar as 30 melhores ideias. Os finalistas seguirão para votação popular, realizada entre 4 e 10 de abril no portal da rBLH. Cada pessoa tem direito a computar um voto. A divulgação do vencedor será feita às 18h de 10 de abril no mesmo site. O autor da frase campeã receberá um certificado emitido pela Rede Global de Bancos de Leite Humano, como reconhecimento pela contribuição em favor da saúde das crianças no contexto global. Além disso, o slogan será traduzido em inglês e espanhol e utilizado em outras iniciativas da rede. A coordenadora do Centro de Referência em Bancos de Leite Humano do DF, Maria das Graças Cruz Rodrigues, ressalta a importância de unir esforços da sociedade em prol da doação de leite materno. “Nos últimos anos, saíram várias teses que corroboram a importância do aleitamento materno tanto para o crescimento físico, como para a imunidade do bebê e para a vida adulta. É essencial que estejamos todos juntos nesse objetivo, para que mais bebês tenham acesso ao leite materno e possam se desenvolver de forma saudável”, explica. Esta é a quarta edição da campanha. Nos anos de 2021 e de 2023, o slogan vencedor foi de autoria brasileira, de Santa Catarina. Já em 2022, a frase escolhida foi escrita por uma cidadã do México. Juntas, as três campanhas receberam 1.843 slogans e computaram 9.680 votos. A expectativa é que neste ano sejam alcançados novos recordes de participação. Veja os slogans anteriores da campanha “Nos últimos anos, saíram várias teses que corroboram a importância do aleitamento materno tanto para o crescimento físico, como para a imunidade do bebê e para a vida adulta” Maria das Graças Cruz Rodrigues, coordenadora do Centro de Referência em Bancos de Leite Humano do DF 2021 – Doação de leite humano: a pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança 2022 – Doação de leite humano: Gotas de amor para um mundo melhor! 2023 – Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho: Doe leite materno! Ficou interessado em participar? Acesse aqui o edital do concurso.
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Bancos de leite incentivam retomada das doações após queda em janeiro
O leite materno é considerado padrão ouro em nível nutricional na alimentação de bebês de até seis meses. Para os prematuros e os bebês internados em uma unidade hospitalar, o insumo tem papel ainda mais importante, por atender as necessidades fisiológicas do organismo com as proteínas e os nutrientes necessários. Por esse motivo, é fundamental que o estoque dos bancos de leite humano do Distrito Federal estejam sempre abastecidos. Para atingir a meta em fevereiro, os bancos de leite têm incentivado a retomada das doações | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília No primeiro mês do ano, o DF não atingiu a meta de coleta. As doações representaram 82% do objetivo de alcançar dois mil litros por mês. “Durante o período de férias, há uma queda no volume de leite doado, porque muitas doadoras viajam. Este ano, percebemos uma acentuação devido à proximidade com o Carnaval e ao agravante da dengue, com muitas doadoras contaminadas”, revela a coordenadora de Política de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde (SES-DF), Mariane Curado. Para atingir a meta em fevereiro, os bancos de leite têm incentivado a retomada das doações. Apenas um único frasco de 350 ml é capaz de salvar até dez bebês. “Qualquer mulher saudável que esteja amamentando pode ser doadora. A dengue não é uma contraindicação, até porque fazemos o acompanhamento da saúde dessa mulher no próprio banco de leite. Mas é claro que ela deve fazer a doação quando estiver se sentindo bem”, explica a coordenadora. [Olho texto=”Após o recolhimento dos frascos, eles seguem para um dos bancos de leite humano do Distrito Federal, onde passam pelo processo de pasteurização para eliminação de microrganismos e ficam armazenados aguardando a demanda” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Como doar Para se tornar uma doadora, a mulher deve se cadastrar pelo Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site. Após a solicitação, o banco de leite entra em contato com a pessoa para orientá-la sobre a coleta. Semanalmente, os militares do Corpo de Bombeiros do DF fazem o recolhimento do leite, além de entregarem novos frascos para a continuidade da doação. O leite para doação deve ser armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica. Caso a doadora não tenha o item, pode solicitar ao banco de leite. Antes da inclusão do líquido, o pote precisa ser fervido em água por 15 minutos. Durante o processo de coleta, as mulheres devem utilizar touca e máscara. Mãos e braços devem ser higienizados com água e sabão, enquanto a mama, apenas com água. A partir da primeira ordenha, a doadora deve identificar o frasco com a data da primeira coleta. O pote pode ser preenchido aos poucos, mas sempre deve retornar ao congelador ou freezer para acondicionamento, até ser recolhido pelos bombeiros. Apenas um único frasco de 350 ml é capaz de salvar até dez bebês | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Sobre o processo de ordenha, Mariane Curado explica que o leite deve ser colocado diretamente no próprio frasco. “Mesmo que ele não tenha ficado completamente cheio, deve ir direto para o congelador. A mulher também pode deixar um copo de vidro separado, que tenha sido fervido, para as coletas subsequentes. Os novos conteúdos devem ser virados em cima do leite que está congelado e voltar imediatamente ao local após a ordenha”, explica. Processo de pasteurização Após o recolhimento dos frascos, o material colhido segue para um dos bancos de leite humano do Distrito Federal, onde passa pelo processo de pasteurização para eliminação de microrganismos e fica armazenados aguardando a demanda. “Nesse processo, conseguimos manter os nutrientes e as substâncias importantes para os bebês que vão receber; esse leite, que antes tinha 30 dias de validade, passa a ter seis meses”, detalha Mariane. Atualmente, o DF conta com 14 bancos de leite humano – dez da SES-DF, um federal (Hospital Universitário de Brasília/HUB) e três privados – e sete postos de coleta, sendo três da rede pública e quatro da privada. “Atuamos de forma conjunta, trabalhando como uma rede mesmo, atendendo os bebês da rede pública e privada”, complementa a coordenadora de Política de Aleitamento Materno.
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Bancos de leite do DF alimentaram 7.990 bebês no primeiro semestre de 2023
O Dia Mundial da Amamentação, celebrado nesta terça-feira (1º), tem significado especial para o Distrito Federal. Segundo a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), a capital do Brasil é a única cidade do mundo a ter autossuficiência do alimento em unidades neonatal. Só no primeiro semestre de 2023, as doações recebidas pela rede pública de saúde nutriram quase 8 mil bebês. Mais de 10.990 litros de leite foram coletados, volume que superou em 14% o mesmo período de 2022. Os números expressivos não refletem apenas a solidariedade das mães lactantes. O sucesso no abastecimento dos bancos de leite também passa pela facilidade que as doadoras encontram na hora de entregar o alimento. Desde 1989, o Corpo de Bombeiros destaca militares para fazer coleta de leite materno em residências do DF. Todas as regiões administrativas são atendidas pelo serviço. Miriam Santos, coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde: “Muitas vezes, a mãe está sentindo dor no processo e acha que é normal. Não é. Sentiu dor, tem que procurar ajuda” | Fotos: Sandro Araújo / SESDF “Para agendar uma visita dos bombeiros, basta ligar no telefone 160 [opção 4] ou realizar o cadastro no site do programa Amamenta Brasília”, ensina a coordenadora de Políticas de Aleitamento Materno da Secretaria de Saúde, Miriam Santos. “A equipe do banco de leite mais próximo entrará em contato para marcar uma visita dos militares, que já levam um kit com máscara, touca e potes esterilizados.” A neonatologista explica que doar o leite materno excedente é mais fácil do que muitas mães pensam. “Um erro comum é achar que o frasco precisa ser preenchido de uma só vez com o alimento”, aponta Miriam. “Na verdade, a mulher tem até dez dias para encher o pote”. Para isso, basta completar o frasco mantido no congelador com a ajuda de um copo de vidro, conforme o leite for retirado. A doação precisa chegar a um banco de leite para ser pasteurizada em até 15 dias, processo que livra o alimento de germes e aumenta a validade. Assim, é importante que a mãe identifique os potes com a data da primeira coleta de cada um deles. Pasteurizado e congelado, o leite poderá ser usado em até seis meses. Um pote com cerca de 300 ml do alimento pode garantir a nutrição de até dez recém-nascidos. [Olho texto=”Um pote com cerca de 300 ml do alimento pode garantir a nutrição de até dez recém-nascidos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Neste Agosto Dourado, mês de conscientização ao aleitamento materno, estamos focando no apoio à amamentação. Uma mulher que amamenta com prazer é uma potencial doadora”, explica Miriam. “Muitas vezes, a mãe está sentindo dor no processo e acha que é normal. Não é. Sentiu dor, tem que procurar ajuda”. A neonatologista ressalta que a rede pública de bancos de leite do DF está à disposição para dar orientações. “Nossos ambulatórios mantêm as portas abertas de segunda a sexta-feira, pela manhã e à tarde. Basta a mãe chegar para receber o primeiro atendimento”, informa Miriam. “O DF tem 12 maternidades públicas, todas com pontos de atendimento de amamentação. O serviço também é oferecido no Hospital Universitário de Brasília [HUB].” As duas pontas da corrente Ao lado de Paulo Victor e da bebê Sarah, a auxiliar em enfermagem Carla Rodrigues sempre quis ser doadora de leite materno Quando a técnica em enfermagem Carla Rodrigues engravidou, já sabia que seria uma doadora de leite materno. A servidora pública de 37 anos trabalha na unidade de neonatologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e sempre acompanhou de perto a angústia das mães que não conseguem amamentar seus bebês. Os planos da mamãe de primeira viagem, no entanto, por pouco não se concretizaram. “A Sarah, minha bebê, nasceu prematura, e o meu leite demorou um pouco para descer em boa quantidade. Ainda assim, eu conseguia ordenhar e oferecer alguma coisa para ela”, conta. “Quando ela completou 1 mês, minha produção aumentou bastante. E eu pude finalmente me tornar uma doadora. Toda a semana, o Corpo de Bombeiros vai lá em casa e busca os frascos”, comemora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?A história vivida por outra técnica em enfermagem, Luiza Rodrigues, é parecida. Assim como Carla, ela teve pressão alta durante a gestação e também precisou antecipar a vinda de sua bebê no HRT. A diferença é que Olívia nasceu com apenas 32 semanas, e o leite da mamãe de 43 anos demorou para descer na quantidade que deveria. “Eu até conseguia dar algumas mamadas, mas faltava para as outras”, lamenta. A doação de outras mães permitiu que Olívia continuasse se alimentando exclusivamente de leite humano. “Ela tem se desenvolvido muito bem, graças a Deus”, avisa Luiza. “Eu sou só gratidão pelo trabalho desenvolvido pelo banco de leite do HRT. É uma ação muito bonita, que salva vidas e serve como um verdadeiro apoio emocional para aquelas que não podem amamentar seus bebês”.
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