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DF participa da COP 30 como referência nacional em sustentabilidade e proteção ao Cerrado

O Distrito Federal está se preparando para marcar presença na COP (Conference of the Parties) 30, em Belém (PA), com resultados concretos que colocam a capital do país no mapa da sustentabilidade nacional. O DF chega ao encontro climático mundial com números que impressionam: redução de 95% no desmatamento do Cerrado em 2024, queda de 66,9% nas áreas queimadas e uma matriz energética cada vez mais limpa e solar. Plano de combate a incêndios florestais reduziu em quase 70% as queimadas entre 2022 e 2024 | Foto: Divulgação A participação do governo local no maior evento climático do planeta não é casual. Representa o amadurecimento de uma política ambiental estruturada, que combina inovação tecnológica, engajamento social e compromisso real com a descarbonização. E vem em um momento estratégico: quando os holofotes globais se voltam para o Brasil, o DF mostra que é possível avançar na agenda verde sem abrir mão do desenvolvimento. “Estamos provando que é possível reduzir drasticamente o desmatamento, investir em energia limpa e modernizar a gestão ambiental com inteligência e tecnologia” Celina Leão, vice-governadora “O Distrito Federal tem demonstrado que sustentabilidade não é apenas discurso, é ação concreta”, reforça a vice-governadora Celina Leão. “Estamos provando que é possível reduzir drasticamente o desmatamento, investir em energia limpa e modernizar a gestão ambiental com inteligência e tecnologia. Na COP 30, vamos mostrar ao mundo que o Cerrado também é protagonista da agenda climática”. Cerrado protegido O dado mais emblemático vem do coração da missão ambiental do DF: a proteção do Cerrado. Em 2024, o desmatamento do bioma caiu de 638 hectares para apenas 31 hectares — uma redução de 95%, a maior entre todas as unidades federativas do Brasil, segundo o MapBiomas. É um resultado que coloca o Distrito Federal como exemplo nacional de como a tecnologia e a fiscalização podem andar juntas. O segredo? O Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), que integra alertas de desmatamento, imagens de satélite e dados geoespaciais em tempo real. Com 74 indicadores ambientais e mais de 144 mil acessos em 2024, o Sisdia se tornou a espinha dorsal da gestão territorial do DF, permitindo que equipes de fiscalização ajam rapidamente diante de qualquer ameaça ao bioma. “Investimos em inteligência ambiental”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “O Sisdia nos dá olhos sobre todo o território e capacidade de resposta imediata. Isso, aliado ao trabalho incansável das nossas equipes de fiscalização e ao fortalecimento das brigadas, resultou nessa conquista histórica. É a prova de que tecnologia e compromisso fazem a diferença.” Fogo controlado, carbono preservado Outro pilar da estratégia ambiental do DF é o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif). Com a ampliação do contingente de brigadistas e investimentos em infraestrutura, o programa conseguiu reduzir em 66,9% as áreas queimadas entre 2022 e 2024. A ação tem impacto direto no Plano Carbono Neutro do DF, preservando estoques de carbono florestal e protegendo ecossistemas essenciais para a regulação climática. O Ppcif também conta com inteligência artificial: o projeto Sem Fogo monitora pontos estratégicos com tecnologia de ponta, permitindo a identificação precoce de focos de incêndio e ação preventiva. É a combinação de pessoas, tecnologia e gestão que tem feito a diferença na proteção do Cerrado. Energia solar A transição energética é outra frente de destaque. A inauguração da primeira usina pública de geração fotovoltaica, em Águas Claras, é apenas o começo. Com investimento de R$ 4,1 milhões, a usina abastece 80 prédios públicos, incluindo dez escolas, com energia limpa e renovável. E há mais por vir: projetos em andamento para o Supremo Tribunal Federal (STF), o Aeroporto de Brasília e 400 escolas públicas devem adicionar mais de 16 MWp de capacidade solar ao sistema. Estações de Guariroba e Samambaia Sul do Metrô-DF operam com 100% de energia solar A infraestrutura LED também avança: 60% das vias do DF já contam com iluminação eficiente, gerando economia de 44.760 MWh por ano e evitando a emissão de 2.400 toneladas de dióxido de carbono. No Metrô, as estações Guariroba e Samambaia Sul já operam com 100% de energia solar, um exemplo de mobilidade sustentável na prática. Conexão ecológica Preservar não é apenas evitar danos, é também restaurar. O Dia de Plantar, instituído em 2023, já promoveu o plantio de 30 mil mudas nativas do Cerrado em ações conjuntas com a sociedade civil. Para 2025, o programa hídrico prevê a reforma de bacias hidrográficas e a recuperação de 100 hectares na Bacia do Melchior,  investimento direto na segurança hídrica e na conectividade ecológica do território. R$ 57 mihões Total de receitas gerado em trabalhos do Complexo Integrado de Reciclagem em 2024 A portaria conjunta entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e o Instituto Brasília Ambiental avança na definição de corredores ecológicos, garantindo que a fauna e a flora do Cerrado tenham espaço para se movimentar e se reproduzir. É a ciência a serviço da vida, conectando fragmentos de vegetação e fortalecendo a resiliência dos ecossistemas. A economia circular também ganha força no DF. O Complexo Integrado de Reciclagem (CIR) recebeu mais de 9.800 toneladas de resíduos em 2024, envolvendo 35 cooperativas contratadas pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e gerando R$ 57,4 milhões em receitas. A logística reversa foi ampliada para 170 pontos de entrega voluntária (PEVs), e a coleta domiciliar de eletroeletrônicos se expande pela capital. A regulamentação da Lei de Compostagem Orgânica e o desenvolvimento de um módulo especialista no Sisdia para monitoramento de resíduos em tempo real completam o pacote de ações que transformam lixo em oportunidade, reduzem emissões e fortalecem cooperativas locais. Compromisso com o planeta Ao lado dos demais estados do Consórcio Brasil Central, o DF levará a Belém a mensagem de que o Cerrado é tão vital quanto a Amazônia para o equilíbrio climático do Brasil e do mundo. Berço das águas, o bioma sustenta nascentes, garante o abastecimento hídrico de regiões inteiras e abriga biodiversidade única. “A COP 30 é a oportunidade de mostrar que o Brasil está fazendo sua lição de casa”, pontua Celina Leão. “E o Distrito Federal é prova disso. Estamos reduzindo emissões, protegendo nossa biodiversidade, investindo em energia limpa e, principalmente, engajando nossa população nessa jornada. O Cerrado merece estar no centro da discussão climática, e o DF vai garantir que ele seja ouvido”. [LEIA_TAMBEM]Com um portfólio robusto de ações e resultados mensuráveis, o Distrito Federal vai à COP para participar, inspirar, compartilhar experiências e mostrar que a transformação ambiental já começou. A COP 30 A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima reunirá líderes mundiais, cientistas, sociedade civil e governos locais para debater ações globais frente à crise climática e reforçar a implementação do Acordo de Paris. Organizada pelo Consórcio Brasil Central, que reúne DF, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, a COP Cerrados destaca a importância do bioma na agenda climática e sua conexão vital com a segurança hídrica e a biodiversidade brasileira.   *Com informações da Sema-DF

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Usinas solares em escolas do Recanto das Emas vão economizar R$ 200 mil na conta de luz

A rede pública de ensino do Distrito Federal deu mais um passo decisivo rumo à sustentabilidade, com a implantação de duas novas usinas fotovoltaicas em escolas no Recanto das Emas. As estruturas foram inauguradas nesta quinta-feira (29), no Centro de Ensino Médio (CEM) 111 e no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 801, ampliando o uso de energia limpa e renovável nas escolas da região administrativa. Descerramento da placa de inauguração de uma das usinas fotovoltaicas: sustentabilidade é o objetivo | Foto: Bruno Grossi/SEEDF A instalação reforça o compromisso da Secretaria de Educação (SEEDF) com a sustentabilidade e a responsabilidade fiscal. “É um investimento que também traz para a sala de aula o debate da questão ambiental”, explicou a subsecretária de Apoio às Políticas Educacionais da SEEDF, Fernanda Mateus, ao destacar o impacto positivo tanto no orçamento público quanto na formação dos estudantes. Segundo Fernanda, os projetos de energia solar podem fortalecer ainda mais o trabalho pedagógico das unidades. “Os alunos realmente entraram na temática e entenderam a importância da energia solar”, afirmou. Segundo ela, há articulações em andamento para que parte da economia gerada possa ser revertida diretamente em investimentos para os projetos pedagógicos das escolas beneficiadas. Com essas inaugurações, somadas à unidade já em operação na Escola Classe 510, o Recanto das Emas passa a contar com três usinas solares em funcionamento, beneficiando diretamente nove escolas públicas. O impacto financeiro estimado em economia na conta de energia elétrica para os cofres públicos do DF ultrapassa os R$ 200 mil ao ano.  Economia e eficiência energética No CEM 111, foram instalados 130 módulos fotovoltaicos com capacidade média de geração de 9.468 kWh por mês. Isso representa uma economia mensal de R$ 9.270, totalizando R$ 111.343 por ano. Já no CEF 801, a usina instalada conta com 104 módulos e gera, em média, 8 mil kWh por mês, o que corresponde a uma economia mensal de R$ 7.760 e anual, de R$ 93.120. O investimento total para a implantação das duas novas usinas foi de R$ 440 mil, viabilizado por emendas parlamentares destinadas pelos deputados Rafael Prudente, João Cardoso e Martins Machado, por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf). A parceria entre o Legislativo e a SEEDF tem se mostrado essencial para fortalecer a política de sustentabilidade nas escolas. Compromisso com o futuro A implantação das usinas fotovoltaicas no Recanto das Emas representa um avanço significativo para a sustentabilidade e a gestão eficiente dos recursos públicos. A destacou o impacto positivo da iniciativa e o desejo de ampliá-la para toda a rede local, que já conta com três escolas com usinas solares em operação. “A nossa proposta aqui é que todas as nossas escolas sejam sustentáveis, e a gente conta com o apoio tanto da Secretaria de Educação quanto da Câmara Legislativa para alcançar esse objetivo”, relatou a coordenadora regional de ensino do Recanto, Mariana Ayres. “Ficamos muito felizes, pois agora somos um exemplo de energia limpa e renovável”, reforçou o diretor do CEF 801 Cleiton Leite. *Com informações da Secretaria de Educação  

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Ibaneis Rocha dará palestra em Dubai, e Celina Leão assume como governadora em exercício

O governador Ibaneis Rocha é um dos palestrantes do evento Brazil Emirates Conference, promovido pelo Lide, marcado para ocorrer entre 12 e 16 de abril, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O chefe do Executivo vai palestrar no painel 1 – Sustentabilidade e transição energética, com o tema O compromisso ambiental de governos e do setor privado com a descarbonização. Com a viagem oficial, o governador transmitiu o cargo para a vice-governadora Celina Leão, que assume a função, em exercício, entre os dias 11 e 18 de abril. “Estaremos em mais um evento do Lide levando as ações e mostrando como estamos transformando a nossa cidade na capital da sustentabilidade” Governador Ibaneis Rocha “Estaremos em mais um evento do Lide levando as ações e mostrando como estamos transformando a nossa cidade na capital da sustentabilidade, apostando na energia limpa, e de que forma temos feito isso dentro do governo”, afirmou Ibaneis Rocha. Além do governador do Distrito Federal, constam como conferencistas a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; o presidente global de Operações da Ambipar, Roberto Azevêdo eo ex-presidente da Petrobras e head do Lide Energia, Jean Paul Prates, entre outros. Capital da sustentabilidade A utilização de fontes de energia renováveis tem sido uma tônica de projetos do GDF | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília No Distrito Federal, a sustentabilidade tem sido colocada em prática nos últimos anos. A lei distrital nº 6.891/2021, conhecida como Lei de Renováveis, tem o objetivo de tornar a região uma referência na adoção de fontes de energia alternativas. Um dos destaques nesta pauta é o Projeto CITinova, colaboração com a ONU, que busca fomentar o uso da energia solar e promover práticas ambientais sustentáveis nas bacias do Rio Descoberto e do Paranoá. O GDF também tem feito a substituição das luminárias de vapor de sódio por modelos de LED, que visa diminuir tanto o consumo de energia quanto as emissões de CO², com a meta de renovar toda a iluminação pública do DF nos próximos anos. Neste ano, entre janeiro e março, o DF ganhou 50 mil novas lâmpadas. No setor de mobilidade, uma das principais ações é a implementação de uma frota de 90 ônibus elétricos. Esses veículos são mais silenciosos, climatizados, confortáveis e seguros, além de contribuírem para a redução das emissões de poluentes. Este governo também incentiva o uso de veículos elétricos e híbridos, oferecendo isenção de IPVA para os proprietários desses automóveis, além de já disponibilizar centenas de pontos de recarga (eletropostos) em pontos estratégicos da capital. Outro avanço significativo é a modernização da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), que agora inclui a geração de energia elétrica entre suas atividades. A empresa obteve um financiamento de R$ 312 milhões do banco alemão KFW para investir não apenas no saneamento, mas também na produção de energia limpa a partir do biogás. Além disso, o GDF e a Neoenergia firmaram um acordo para a instalação de um posto de abastecimento de hidrogênio verde em Brasília, ampliando as opções de soluções sustentáveis na capital.

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PMDF investe em energia solar para o centro médico da corporação

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu um passo significativo rumo à sustentabilidade e eficiência energética com a contratação da empresa Isofen Energy Engenharia de Sustentabilidade Ltda. para a implementação de um sistema de energia solar fotovoltaica. O projeto, orçado em R$ 4,28 milhões, prevê a instalação de painéis solares no estacionamento do Centro Médico da PMDF, gerando energia limpa e reduzindo os custos com eletricidade. A energia solar fotovoltaica é uma alternativa renovável e não poluente, permitindo que a eletricidade seja gerada a partir da luz do sol, mesmo em dias nublados ou chuvosos. O novo sistema proporcionará uma série de benefícios, como a redução das perdas na transmissão e distribuição de energia, o fornecimento de eletricidade nos momentos de maior demanda e um impacto ambiental reduzido. O novo sistema proporcionará uma série de benefícios, como a redução das perdas na transmissão e distribuição de energia | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Com a instalação das placas solares, espera-se uma produção anual de aproximadamente 1.378.568 kWh, o que resultará em uma economia estimada de R$ 798.678,35 por ano. Em 10 anos, a economia total pode ultrapassar R$ 10 milhões. O sistema fotovoltaico será suficiente para suprir toda a demanda energética do Centro Médico da PMDF. A energia excedente gerada será utilizada no abatimento do consumo de energia das outras unidades da corporação, situadas no Setor Policial Sul. Esse modelo de compensação de energia é regulamentado pelas Resoluções Normativas nº 482/2012 e 687/2015 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e permite que a eletricidade gerada além do consumo imediato seja utilizada posteriormente. Outro benefício importante é a instalação das placas solares sobre estruturas do tipo Carport, que servirão como coberturas para as viaturas estacionadas. Isso proporcionará maior conforto térmico para veículos e usuários do local, sem a necessidade de soluções alternativas como lonas ou sombrites. A instalação do sistema de energia solar representa um investimento estratégico para a PMDF, reduzindo a dependência da rede elétrica convencional e promovendo economia a longo prazo. Atualmente, o Centro Médico consome, em média, 38.700 kWh/mês, e com a nova usina fotovoltaica, a expectativa é que a fatura de energia elétrica seja reduzida ao valor mínimo cobrado pela Neoenergia. Além disso, a modularidade do sistema permite ampliações futuras, e a baixa necessidade de manutenção torna a tecnologia ainda mais vantajosa. Com um tempo estimado de retorno do investimento em poucos anos, os benefícios econômicos e ambientais justificam plenamente a adoção da energia solar. A contratação desse serviço de engenharia reflete o compromisso da PMDF com a inovação, a sustentabilidade e a responsabilidade fiscal. A iniciativa não apenas promove a modernização da instituição, mas também busca reduzir custos e minimizar impactos ambientais. A previsão é que o sistema esteja em operação até setembro de 2025, consolidando a PMDF como uma referência no uso de tecnologias sustentáveis na administração pública. *Com informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)

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Investimento de R$ 130 milhões vai levar energia solar para prédios públicos do DF

Projeto que prevê a geração de energia limpa capaz de abastecer todos os prédios públicos do DF, o Brasília – Capital da Iluminação Solar já está com os estudos de viabilização em andamento. Esse é um dos principais projetos tocados pela Companhia Energética de Brasília (CEB), que conta com um investimento total de R$ 130 milhões para construir usinas fotovoltaicas para geração de 100 MW de energia. Quando concluída, a iniciativa será a maior em resgate de carbono do Centro-Oeste, colaborando com as metas sustentáveis contra as mudanças climáticas propostas pelo GDF para os próximos anos. O projeto também inclui a modernização total da rede distrital de iluminação pública, com a instalação de 230 mil luminárias LED e a implantação do sistema de telegestão. Inaugurada em junho, em Águas Claras, a primeira usina pública de energia solar fotovoltaica do Distrito Federal deu início à captação de energia para abastecer 80 prédios do Executivo local, uma economia prevista de R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “O investimento na construção de uma usina fotovoltaica para atender a demanda de energia de prédios e estruturas públicas é um passo importante do Distrito Federal na conciliação entre a agenda sustentável e a gestão mais eficiente dos recursos governamentais”, afirmou o presidente da CEB, Edison Garcia. O Brasília – Capital da Iluminação Solar está alinhado com a diretriz dos principais bancos de desenvolvimento, a exemplo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do NDB (New Development Bank), o banco do Brics, no sentido de investir em iniciativas pautadas na sustentabilidade ambiental. No momento, este é o único projeto de sustentabilidade em andamento no NDB. Do total do investimento de R$ 130 milhões, 80% são pagos pelo NDB e o restante pela CEB. O objetivo é reduzir, com a energia fotovoltaica, os valores gastos no consumo de energia elétrica, que poderão ser disponibilizados para outras áreas relevantes da gestão pública, como infraestrutura, saúde ou segurança. CEF 11 do Gama recebeu a instalação de 80 placas fotovoltaicas no telhado da quadra poliesportiva, que estão em funcionamento desde janeiro de 2022 | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília Além da evidente vantagem econômica, o projeto inovador oferece uma robusta contribuição no processo de retirada de gás carbônico da atmosfera. Atualmente, a proposta de construção da usina fotovoltaica da CEB é o maior projeto de resgate de carbono do Centro-Oeste e vai colaborar para que o GDF cumpra com as metas progressivas de, até 2028, 75% dos prédios públicos do DF utilizem energia sustentável. Atualmente, as equipes da companhia trabalham na viabilização dos recursos para dar início à construção da usina. Em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), as placas fotovoltaicas serão instaladas em dois terrenos públicos, um em Brazlândia e outro próximo ao Museu do Catetinho. DF em uma posição estratégica O recurso solar para o Centro-Oeste é equivalente ao encontrado nas regiões Nordeste e Sudeste, e uma das melhores irradiações do Centro-Oeste e do Brasil se encontra no Distrito Federal. Em um prédio padrão das asas Norte e Sul, com seis andares, oito apartamentos por andar, 1.250 m² de telhado e consumo médio por apartamento de 215 kWh/mês, é necessário utilizar apenas 40% da área do telhado para gerar a eletricidade demandada dos apartamentos. O DF possui um território de 5.780 km². É possível gerar toda a eletricidade demandada colocando módulos fotovoltaicos em somente 0,41% dessa área, o que equivale a 24 km².

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Brasília lidera ranking de cidade com maior produção de energia solar do país

Brasília lidera o ranking nacional de instalações de painéis solares para geração de energia limpa, o que reflete os significativos investimentos realizados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e o compromisso do Executivo local com o meio ambiente e a sustentabilidade, consolidando a capital federal como referência no setor. A localização geográfica, pequena extensão territorial e alta taxa de irradiação, com mais de seis meses de seca por ano, dão a Brasília uma vocação natural para geração de energia solar fotovoltaica. A capital federal registrou 413 megawatts (MW) de potência instalada na geração própria de energia, conquistando o pódio do ranking. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a pesquisa, a unidade da Federação possui mais de 20 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos. Segundo a Absolar, são mais de 21 mil consumidores de energia elétrica no DF que contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica. Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao Distrito Federal a atração de R$ 2 bilhões em investimentos, geração de mais de 12 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos. Além da primeira usina fotovoltaica pública recentemente inaugurada pelo GDF, capaz de abastecer 80 prédios públicos, o Executivo local segue investindo na instalação de outras placas solares no âmbito de suas secretarias, fundações e empresas públicas. Confira abaixo. Agro A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) implantou o programa de incentivo ao uso de energias renováveis nas áreas onde há o agronegócio. Seguindo as prerrogativas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS/ONU), a pasta incentiva, capacita e qualifica seus técnicos na utilização efetiva de energia renovável, além de orientar tecnicamente produtores, cooperativas e associações sobre as tecnologias existentes. A Emater implantou o programa de incentivo ao uso de energias renováveis nas áreas onde há o agronegócio | Foto: Divulgação/Emater As iniciativas desenvolvidas no campo oriundas das energias renováveis são de baixo custo de implantação, grande eficiência, fácil monitoramento e manutenção barata. Com o escopo de atender à realidade do produtor do Distrito Federal, utilizam técnicas e equipamentos poupadores de água, combatendo ainda a escassez hídrica, típica do cerrado. “A energia é um insumo rural. Dentro dessa perspectiva, nós procuramos criar uma assessoria técnica especializada para atender o produtor e tirar dúvidas. Hoje, a energia fotovoltaica é a melhor opção devido à economicidade. O valor na instalação se paga em torno de 40 meses, o que é muito bom para o produtor. Essa tecnologia tem uma grande adesão porque, depois desses meses, o dinheiro que era gasto virou lucro para o produtor utilizar em outros projetos”, defendeu o coordenador da Política de Incentivo às Energias Renováveis da Emater-DF, Tupac Petrillo. Além disso, a Emater-DF possui um sistema fotovoltaico instalado em usina de solo, no espaço da Agrobrasília, que serve de geração de energia remota para o escritório da empresa no PAD-DF. Cerca de dois mil produtores visitam a instalação e são orientados sobre a tecnologia em cada edição da feira. A empresa também realizou um estudo para implantação de 50 hectares de açaí em sistema irrigado por microaspersão, com bombeamento fotovoltaico. A rede contempla o uso sustentável dos recursos hídricos, via controle da irrigação por microaspersão, e o bombeamento utilizando somente energia fotovoltaica, o que promove uma economia de energia para os produtores. Saúde O Hospital da Criança de Brasília (HCB) é o pioneiro das instituições públicas de saúde em aderir à geração de energia sustentável e limpa. Por lá, a direção dá andamento a um projeto promissor que prevê a instalação de 5.400 placas fotovoltaicas nos telhados e no solo do estacionamento do hospital. A tecnologia vai conceder cerca de 85% de autonomia dentro do consumo de energia da instituição, gerando uma economia de aproximadamente R$ 213 mil por mês aos cofres públicos. O Hospital da Criança de Brasília (HCB) é o pioneiro das instituições públicas de saúde em aderir à geração de energia sustentável e limpa | Foto: Divulgação/Hospital da Criança “Nós já iniciamos o projeto em março deste ano, e a previsão é concluir nos próximos seis meses. Quando começar a gerar energia, as placas vão nos dar uma economia de um pouco mais de R$ 2,5 milhões por ano. O investimento para implementar a tecnologia é de cerca de R$ 15 milhões, que serão pagos em sete anos. Essa economia vai nos permitir investir em outros projetos de tecnologia e pesquisa que norteiam o HCB”, afirmou o diretor-administrativo do hospital, Sylvio Leite. Educação Atualmente, escolas da rede pública do DF também contam com projetos de energia fotovoltaica. Até agora, três iniciativas foram consolidadas, atendendo sete unidades escolares e beneficiando mais de cinco mil alunos e servidores. Outras duas estão em processo de execução para implantação da tecnologia renovável. Além de beneficiar os 780 alunos e os 200 servidores, a energia solar na unidade também abastece outra instituição, a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil | Foto: Anderson Parreira/ Agência Brasília Com o investimento de R$ 350 mil, duas escolas do Gama foram as pioneiras no uso de energia solar no DF: o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi) e o Centro de Educação Fundamental (CEF) 11. Ambas implantaram os sistemas em 2022 e já colhem os frutos do projeto. As instituições de ensino têm um aproveitamento de quase 100% na conta de luz, pagando apenas uma taxa mínima fixa no valor de R$ 80. Além de beneficiar os 780 alunos e os 200 servidores, a energia solar na unidade também abastece outra instituição, a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil. A previsão é que mais duas escolas possam ser abastecidas. Segundo a Secretaria de Educação do DF (SEE), já está definido que a Escola Classe 17 será a próxima. A intenção do governo é atingir o máximo de unidades escolas nos próximos anos. Com a instalação de placas fotovoltaicas em 150 unidades escolares, será possível abastecer toda a rede de ensino exclusivamente a com energia solar gerada. A mudança significaria mais recursos no Fundo de Educação. Hoje, a pasta gasta, em média, de R$ 23 milhões a R$ 27 milhões em contas de luz – valor que, no futuro, poderá ser investido em outros projetos. Estações de tratamento Nos últimos sete anos, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) investiu mais de R$ 3,7 milhões para construir usinas fotovoltaicas. O objetivo é buscar alternativas que reduzam os custos da empresa, melhorem a qualidade dos serviços, ajudem a preservar o meio ambiente e contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do DF. O investimento mais recente foi na recém-construída usina de geração fotovoltaica da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Gama, que vai produzir 11.500 KWH por mês, o equivalente a 4,25% do consumo dessa ETE. A quantidade de energia gerada vai economizar R$ 5,4 mil mensais na conta de eletricidade da estação do Gama. A Caesb também investiu R$ 120 mil na usina de geração fotovoltaica do reservatório de água do Cruzeiro. Isso vai gerar  5.611,29 KWH por mês, dos quais 336 KWH/mês serão consumidos no próprio reservatório. “O restante da energia produzida será direcionado a outras unidades da companhia”, explicou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. A primeira usina fotovoltaica da Caesb foi instalada em 2017 na sede da companhia, no Centro de Gestão Águas Emendadas, em Águas Claras, com investimento de R$ 3,4 milhões. Essa usina conta com 2.188 placas solares instaladas nos telhados dos prédios que compõem a sede. A capacidade de produção é de 700 kWp (kilowatts-pico), o que reduziu o consumo de energia elétrica de 140.000 kWh para 70.000 kWh por mês, gerando economia de 45% na conta de luz elétrica do prédio. A energia limpa gerada pela usina de Águas Claras poderia abastecer 610 casas populares.

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Primeira usina fotovoltaica pública vai abastecer 80 prédios do GDF

As demandas por maior economia na conta de luz e o apelo à sustentabilidade ambiental motivam milhares de pessoas a aderirem à energia solar. No Governo do Distrito Federal (GDF) não poderia ser diferente. Inaugurada pelo governador Ibaneis Rocha na manhã deste sábado (8), em Águas Claras, a primeira usina pública de energia solar fotovoltaica do Distrito Federal deu início à captação de energia para abastecer 80 prédios do Executivo local, uma economia prevista de R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos. Na ocasião, também foi feita a assinatura do decreto que institui o programa Um ParCão por Região. Instalada em ponto estratégico, usina dispõe de 1.320 placas fotovoltaicas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Temos muita preocupação com a questão da sustentabilidade e do desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esperamos avançar cada vez mais no Distrito Federal, garantindo energia sustentável” Governador Ibaneis Rocha “Brasília é uma cidade muito importante”, ressaltou o governador. “Nós temos aqui um dos maiores níveis de árvores do Brasil. Então, temos muita preocupação com a questão da sustentabilidade e do desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esperamos avançar cada vez mais no Distrito Federal, garantindo energia sustentável a uma população, graças a Deus, que corresponde. Brasília tem uma população muito educada, que nos orgulha muito.”  Com o investimento de R$ 4,3 milhões, a usina dispõe de 1.310 placas fotovoltaicas instaladas em um ponto estratégico do Parque Ecológico Águas Claras. “O Distrito Federal está localizado em uma posição privilegiada de radiação solar”, lembrou o secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes. “A energia gerada será armazenada e vai gerar crédito para os órgãos, que poderão ser utilizados para descontar da conta de luz. Essa economia vai permitir que as pastas destinem o dinheiro para outros projetos ou iniciativas”. Novas placas solares Além da usina fotovoltaica em solo instalada no Parque Águas Claras, o GDF investiu em placas no telhado de três pontos do DF: o Parque Ecológico do Cortado, em Taguatinga, que abastece o Serviço Veterinário Público (Hvep); o Parque Ecológico de Guará Ezechias Heringer, no Guará, e o Parque Ecológico Dom Bosco, no Lago Sul. Ao todo, são 1.492 placas para abastecer os órgãos do governo. “Essa usina é um presente e vai beneficiar toda a população com a diminuição dos custos dos prédios públicos.” Mário Furtado, administrador de Águas Claras A usina é uma das principais entregas do projeto CITinova, uma parceria internacional entre o GDF e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente, sob a coordenação nacional do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). O empreendimento é um marco para a região e representa um passo significativo na promoção de energias renováveis e na redução de custos para os cofres públicos. “Águas Claras é uma cidade de 128 mil pessoas”, lembrou o administrador da cidade, Mário Furtado. “Nossa densidade demográfica é a maior do DF, sendo 14 mil pessoas por metro quadrado. Essa usina é um presente e vai beneficiar toda a população com a diminuição dos custos dos prédios públicos.” Criada em 1992, a região administrativa está em expansão. A cidade será contemplada com a construção de uma unidade de pronto atendimento (UPA), e, futuramente, será beneficiada com uma escola classe (EC) na Quadra 101 e um centro educacional (CE) na Quadra 102, empreendimentos para os quais já se encontra em elaboração o processo licitatório.  Impacto ambiental 962,77 MW/h Capacidade anual de geração de energia pelas placas fotovoltaicas As placas fotovoltaicas serão capazes de gerar um total de 962,77 MW/h por ano, o que equivale a uma economia anual de aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos. Os prédios do GDF que serão beneficiados incluem a sede da Sema, 34 unidades de conservação geridas pelo Instituto Brasília Ambiental e todas as edificações do Jardim Zoológico e do Jardim Botânico de Brasília, além de dez unidades escolares da Secretaria de Educação do DF (SEE), incluindo a Escola de Música de Brasília.    “A minha geração causou muitos malefícios para o planeta, e cabe aos alunos o trabalho de recuperação do que foi destruído” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Segundo o diretor-presidente do Jardim Zoológico, Walisson Couto, a medida reduzirá em cerca de 90% o custo mensal de energia do equipamento público. “Com isso, poderemos usar o recurso público em outras áreas, como melhoria dos recintos, atendimento ao público e na criação de mais benefícios para a população também”, observou.  A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, afirmou que sustentabilidade é um tema discutido em sala de aula: “Os alunos sabem mais do que a gente. A educação ambiental é tratada dentro da escola para orientar os alunos em relação a como eles estão encontrando o planeta e o que eles podem fazer para mudar o status quo. A minha geração causou muitos malefícios para o planeta, e cabe aos alunos o trabalho de recuperação do que foi destruído. Então, é um dia importante para a educação, não só para o ambiente”. Economia aos cofres públicos Morador de Águas Claras, o aposentado Richard da Costa, 58, frequenta o parque diariamente e comemorou o trabalho do GDF: “Eu sempre passava por esse trecho e via as equipes trabalhando. Depois vi pela imprensa que seria uma usina pública. Isso é muito bacana até para incentivar outros prédios a fazerem a mesma coisa, afinal, é uma energia limpa e sustentável. Eu superapoio, e fiquei feliz de saber que o governo tem trabalhado nessas inovações”. O aposentado Luiz Antônio Starling, 69, destacou que a instalação das placas fotovoltaicas trouxe mais movimento para uma área que não era tão utilizada pelos visitantes. “A unidade de conservação de Águas Claras é linda, mas tem uns pontos onde não há tanto movimento”, apontou. “Ter trazido a usina para este local foi ótimo, porque incentiva a utilização do espaço público, além de conscientizar as pessoas que passarem por aqui”. Benefícios Os painéis solares são considerados uma fonte de energia limpa. Por meio das placas, é possível converter a luz solar em eletricidade sem emitir poluentes durante a geração de energia. As baixas emissões de carbono são um dos principais benefícios para quem decide investir na tecnologia. Os painéis não produzem dióxido de carbono (CO₂) ou outros gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Além disso, a energia solar é uma fonte renovável e inesgotável enquanto o sol existir, diferentemente dos combustíveis fósseis que são finitos. Outra vantagem é a versatilidade e acessibilidade dos painéis solares, que podem ser instalados em diferentes pontos, desde telhados de casas até grandes fazendas solares, tornando a energia solar acessível para diferentes necessidades e escalas de uso.

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Uso de energia solar garante economia e consciência ambiental nas escolas

Sustentabilidade e economia para os cofres públicos. Esses são os objetivos dos projetos de energia fotovoltaica implantados em escolas da rede pública do Distrito Federal por meio de convênios. Até agora, três iniciativas foram consolidadas, atendendo sete unidades escolares e beneficiando mais de cinco mil alunos e servidores. Outras duas estão em processo de execução para implantação da tecnologia renovável. Projetos de energia fotovoltaica já foram implantados em três escolas da rede pública do Distrito Federal | Foto: Anderson Parreira/ Agência Brasília A intenção do governo é atingir o máximo de unidades escolas nos próximos anos. Se o projeto chegar a 150 unidades, será capaz de abastecer toda a rede com energia solar. “Se pegarmos o montante de 800 unidades, já passa a ser um projeto muito significativo, porque seria o suficiente para atender a todos com distribuição de energia solar”, afirma o diretor de serviços administrativos da Secretaria de Educação (SEE-DF), Firmino Queiroz. A estimativa de custo total é de R$ 80 milhões. A mudança significaria mais recursos no Fundo de Educação. Hoje, a pasta gasta, em média, de R$ 23 milhões a R$ 27 milhões em contas de luz. “Quando esse recurso é economizado, ele fica nas contas do GDF e pode ser usado em outras destinações de educação, como produção de material gráfico, infraestrutura e até para investir no próprio Pdaf [Programa de Descentralização Administrativa e Financeira]”, afirma Queiroz. Atualmente, a SES-DF gasta de R$ 23 a R$ 27 milhões em contas de luz | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília “Esses projetos vão muito além da economia que proporcionam para as escolas e para a rede pública de ensino do Distrito Federal. Com eles, os alunos têm contato direto com um dispositivo que traz uma consciência de preservação do meio ambiente e de inovação, e mudança de pensamento”, defende a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Política sustentável Duas escolas do Gama foram as pioneiras no uso de energia solar no DF: o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi) e o Centro de Educação Fundamental (CEF) 11. Ambas implantaram os sistemas em 2022 e já colhem os frutos do projeto. “As escolas têm um aproveitamento de quase 100% na conta de luz. Hoje elas pagam apenas uma taxa mínima, que é fixa no valor de R$ 80. Sem falar que elas produzem energia para além do que necessitam em cada unidade”, revela a coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Nunes. Diretora do CEF 11 do Gama, Leila Rodrigues afirma que 80 placas fotovoltaicas alimentam de energia a escola praticamente inteira Com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil, o CEF 11 do Gama recebeu a instalação de 80 placas fotovoltaicas no telhado da quadra poliesportiva, que estão em funcionamento desde janeiro de 2022. “Essa energia é a base da escola. Alimenta as salas de aula, o laboratório, a parte administrativa e a cozinha”, afirma a diretora Leila Rodrigues. Segundo ela, a unidade já chegou a pagar até R$ 5 mil de conta de luz. Além de beneficiar os 780 alunos e os 200 servidores, a energia solar na unidade também abastece outra instituição, a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil. A previsão é de que mais duas escolas possam ser abastecidas. Segundo a Secretaria de Educação já está definido que a Escola Classe 17 será a próxima. “Algumas instituições de ensino nos procuraram para saber sobre o projeto. Acreditamos que esse é o caminho – numa sociedade tudo começa na escola, porque o aluno vira um dinamizador das ideias”, completa a diretora. Além de beneficiar alunos e servidores do CEF 11, a energia solar produzida na unidade também abastece a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil O projeto nasceu dentro da sala de aula, a partir da união do corpo docente e dos estudantes. “O antigo diretor tinha o sonho de fazer essa escola sustentável. Então começamos dentro da sala de aula a questionar os alunos sobre energia solar. Eles abraçaram a ideia e participaram do projeto, tanto que já temos muitos outros projetos em vista para esse ano”, comenta a professora de ciências Michelle Rocha. E o tema da energia renovável segue sendo pauta das aulas. Em seu segundo ano na escola, o estudante Isaque Maciel, 13, se diz empolgado com a estrutura física e pedagógica sustentável da instituição. “Acho algo incrível, porque podemos usar uma energia renovável e reutilizável que outras escolas não têm. Se as crianças são o futuro da nação, ao sabermos de informações como essa, vamos ter educação suficiente para futuramente resolvermos situações que aconteçam”, define. O estudante Isaque Maciel se anima: “Acho algo incrível, porque podemos usar uma energia renovável e reutilizável que outras escolas não têm” Onze meses após o CEF 11 do Gama entrar no cenário da energia renovável, o Cemi do Gama também passou a utilizar as 80 placas fotovoltaicas em um dos blocos da escola, instaladas com investimentos de R$ 150 mil de emenda parlamentar, destinados à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). “Temos vários projetos de iniciação científica na escola. O trabalho para a conscientização é constante e fomos um dos pioneiros na energia solar”, afirma o diretor do Cemi, Lafaiete Formiga. Ele lembra que a energia da escola custava em média R$ 7 mil. “Tivemos uma economia gigantesca. As placas abastecem toda a estrutura, que tem 12 salas de aula, quatro laboratórios de informática, laboratório de ciências e laboratório multimídia”, explica. O projeto beneficia os 550 alunos atendidos pela escola técnica. Ampliação do sistema Há duas semanas, a Escola Classe 510 do Recanto das Emas passou a contar com energia solar. Na instituição, foram instaladas 90 placas fotovoltaicas com recursos de emenda parlamentar na ordem de R$ 200 mil. A capacidade de gerar energia é tão grande que o resultado é distribuído para mais outras três unidades: Escola Classe 115, Centro de Educação Infantil 310 e CEF 306. Ao todo, são quase três mil alunos e servidores beneficiados com a tecnologia. “Nós já ansiávamos por desenvolver um projeto nessa área de sustentabilidade porque temos o circuito de ciências, que trata dessa questão. Várias escolas nos trouxeram o tema da energia limpa, então buscamos apoio para que pudéssemos colocar em prática”, recorda a coordenadora regional de ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres. As tratativas começaram no ano passado. Nesse período, a escola passou a debater o tema com os alunos. “Não fazia sentido ter tudo isso e os alunos não entenderem. Os professores trataram do assunto para que os estudantes pudessem se apropriar disso”, comenta a diretora Patrícia Henriques. A expectativa da escola é economizar R$ 70 mil por ano. Outras duas escolas da rede pública estão com os projetos de energia solar em tramitação. São elas: o Centro de Ensino Médio 404 de Santa Maria e o Centro de Ensino Médio 1 de Brasília, esse último em uma parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) chamada Escolas Inovadoras.

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