Programa Acolher Eles e Elas oferece apoio financeiro e emocional a mais de 180 órfãos de feminicídios
Perder a filha para o feminicídio mudou completamente a vida de Sileide Rodrigues da Cruz, 51 anos. O luto pela morte de Milena Rodrigues, assassinada aos 26 anos em janeiro de 2024, veio acompanhado do desafio – financeiro e emocional – de assumir a criação dos quatro netos. Mas, em meio à dificuldade, ela recebeu um amparo: o Programa Acolher Eles e Elas, instituído por este Governo do Distrito Federal (GDF) em 2023. Cada criança passou a receber um auxílio financeiro mensal e a ter acesso a assistência social e psicológica gratuita, possibilitando a reconstrução da família após a tragédia. “Nada supre a falta que a minha filha faz, nada. Mas [o programa] traz uma qualidade de vida maior para as crianças. Tem sido uma bênção. Eles têm acompanhamento com psicólogos, assistentes sociais, vão para o Centro Olímpico, estudam direitinho”, relata Sileide, que saiu do emprego como operadora de caixa para dar conta da demanda das quatro crianças. Coordenado pela Secretaria da Mulher (SMDF), o Acolher Eles e Elas oferece um salário mínimo de R$ 1.518 a cada criança ou adolescente que perdeu a mãe para o feminicídio. O objetivo é assegurar que os pequenos cidadãos tenham acesso às necessidades básicas e a uma vida mais digna. Desde 2023, já foram destinados R$ 3,6 milhões à iniciativa e contempladas mais de 190 pessoas, das quais 182 permanecem recebendo o benefício. Coordenado pela Secretaria da Mulher (SMDF), o Acolher Eles e Elas oferece um salário mínimo de R$ 1.518 a cada criança ou adolescente que perdeu a mãe para o feminicídio | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “O programa Acolher Eles e Elas representa um compromisso real do Governo do Distrito Federal em cuidar daqueles que mais precisam”, afirma a vice-governadora Celina Leão. “Ao investir em apoio financeiro, emocional e social, estamos não apenas oferecendo uma ajuda imediata, mas também promovendo a reconstrução de vidas e a esperança de um futuro melhor para esses jovens”, reforça. A iniciativa foi regulamentada pela Lei nº 7.314/2023 e pelo Decreto nº 45.256/2023, tornando o Distrito Federal a primeira unidade da federação a adotar uma política pública específica para órfãos do feminicídio. “Não gostaríamos que existisse esse programa, porque não gostaríamos de perder nenhuma mulher para o feminicídio. Mas, diante dessa realidade cruel que assola a nossa sociedade, regulamentamos a lei para permitir que o programa permaneça quando não estivermos mais na secretaria, conforme orientação do governador Ibaneis Rocha e da vice-governadora Celina Leão”, explica a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira: "Não gostaríamos que existisse esse programa, porque não gostaríamos de perder nenhuma mulher para o feminicídio. Mas, diante dessa realidade cruel que assola a nossa sociedade, regulamentamos a lei" Rede Os resultados são frutos de uma força-tarefa deste GDF: a Secretaria de Segurança Pública (SSP) fornece dados dos casos registrados e a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) oferece o suporte emocional por meio do programa Direito Delas. “Oferecemos apoio jurídico, psicológico e social, fortalecendo a autoestima e a autonomia de órfãos e familiares de vítimas feminicídio todos os meses. É assim que ajudamos a romper ciclos e reconstruir vidas com dignidade”, ressalta a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Outro parceiro na atenção aos filhos das vítimas do feminicídio é a Defensoria Pública do DF. Segundo a defensora pública Giselle Rodrigues, o órgão trabalha para viabilizar a tutela das crianças e adolescentes de forma adequada e agilizada. “A Defensoria propõe a ação de guarda o mais rápido possível para que essa criança, esse jovem, não fique desassistido, desacolhido. Conversamos com as partes para ver quem tem o melhor perfil para a assistência, uma vez que não é algo passageiro, mas sim pensando que a pessoa escolhida será a guardiã da criança até que ela complete a maioridade”, aponta ela. Além do suporte financeiro, o Acolher Eles e Elas promove atividades de lazer, com o intuito de oferecer inclusão, bem-estar e fortalecimento dos vínculos afetivos. Os passeios já incluíram visita à Embaixada dos Estados Unidos e ao Funn Festival, além de ida ao cinema. A ação mais recente foi uma sessão gratuita do filme Os Smurfs 2, no Cinesystem Caixa Brasília, com direito a pipoca, refrigerante e docinhos. Além do suporte financeiro, o Acolher Eles e Elas promove atividades de lazer, com o intuito de oferecer inclusão, bem-estar e fortalecimento dos vínculos afetivos Como funciona [LEIA_TAMBEM]Após o registro do feminicídio, a Secretaria da Mulher faz a busca ativa pelos filhos da vítima, sendo responsável pela análise e aprovação dos pedidos de benefício. O primeiro contato pode ser feito pelos telefones (61) 3330-3118 e (61) 3330-3105. Durante esse atendimento inicial, são informados os documentos necessários e agendado o atendimento presencial, feito na sede da pasta, no anexo do Palácio do Buriti. Após a entrega da documentação e aprovação do cadastro, o responsável legal pela criança ou jovem recebe, em até 30 dias, um cartão-benefício emitido pelo Banco de Brasília (BRB), entregue no endereço indicado. O benefício é individual e acumulativo, ou seja, cada órfão tem direito ao auxílio, independentemente de outros benefícios já recebidos pela família. A solicitação pode ser feita diretamente pelos responsáveis, sem necessidade de mediação por advogados. Podem acessar o programa jovens que ficaram órfãos em decorrência de feminicídio; têm menos de 18 anos, ou até 21 anos, se estiverem em situação de vulnerabilidade; residem no Distrito Federal há pelo menos dois anos; e comprovem situação de vulnerabilidade socioeconômica.
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Ação conjunta entre DF e Bahia leva à prisão de suspeito de feminicídio
A articulação entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), a Polícia Civil do DF (PCDF) e a Polícia Civil da Bahia (PCBA) resultou na prisão de mais um suspeito de feminicídio. Gilberto Conceição de Assis, de 33 anos, foi localizado no município de Senhor do Bonfim (BA), onde vivia desde 2016 após cometer o crime no DF. Ele foi preso na última semana e já está à disposição da Justiça. A prisão foi possível após minuciosa ação de acompanhamento realizada pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP-DF, que mapeia autores de feminicídio ainda não localizados. Gilberto estava prestes a ser incluído no Sistema de Recompensas do DF, quando foi capturado. A prisão foi possível após monitoramento realizado pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP-DF | Foto: Divulgação/SSP-DF O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, destaca a união de esforços entre as instituições envolvidas na elucidação do caso: “A prisão do suspeito é resultado direto da atuação integrada e eficiente dos envolvidos. A cooperação entre estados e a troca de informações entre os órgãos de segurança pública são fundamentais para assegurar justiça às vítimas e suas famílias”. Entenda o caso O crime ocorreu em novembro de 2016, na Estrutural. A vítima, F.F.S, de 48 anos, foi morta dentro da própria residência. O suspeito era seu companheiro à época e fugiu após o crime. O inquérito foi conduzido pela 8ª Delegacia de Polícia, que, após diligências, identificou o nome completo do suspeito e constatou que ele possuía vínculos com o estado da Bahia. Apesar da decretação da prisão preventiva em 2018, o autor permaneceu foragido. A delegada-chefe da 8ª DP, Bruna Eiras, renovou as diligências em maio deste ano após receber, por meio da SSP-DF, o alerta de que o caso seria incluído no processo de recompensa. Uma nova apuração levou à identificação de um endereço ligado à família do investigado no interior da Bahia. O delegado Jailson Teixeira, da PCBA, foi acionado e coordenou a operação que resultou na prisão do suspeito. Segundo os policiais que realizaram a captura, o foragido confessou informalmente o crime no momento da abordagem. A delegada destaca a importância da atuação integrada entre as instituições: “É fundamental essa checagem feita pela SSP-DF das pessoas identificadas como autoras de crimes graves e que continuam foragidas. Essa atualização contínua permite que as delegacias retomem casos antigos com novas possibilidades de investigação”. A delegada reforçou ainda a necessidade de sistemas interligados entre os estados: “Mais do que localizar foragidos, essa integração também é essencial para a identificação civil de cadáveres e de outras ocorrências interestaduais”. Sistema de Recompensas [LEIA_TAMBEM]O Sistema de Recompensas do DF prevê o pagamento de valores a pessoas que colaborem com informações úteis à prisão de autores de crimes hediondos e outros delitos de grande impacto. A medida é amparada pela lei distrital nº 6.242 e tem como base experiências exitosas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. “O DF tem um dos mais altos índices de elucidação de feminicídios do país. Ainda assim, não descansamos enquanto houver um caso sem resposta. O sistema de recompensas é uma ferramenta estratégica e sigilosa que reforça nosso compromisso com a segurança e a justiça”, reforça Sandro Avelar. O coordenador da CTMHF, Marcelo Zago, ressalta: “O objetivo é que nenhum crime fique impune. A ação mostra a força da integração entre os órgãos e a importância do engajamento contínuo para localizar esses criminosos”. Autores ativos no sistema de recompensa Quem contribuir com informações que levem à prisão dois autores de feminicídio no DF poderá receber a recompensa de R$ 5 mil por cada um. Os casos ocorreram em 2016 e 2017. As recompensas poderão ser pagas a quem der informações úteis que resultem na prisão dos autores. Os anúncios das recompensas foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) . A oferta tem prazo de validade de cinco anos, a contar da data da publicação, em janeiro. Denúncias Quem tiver informações sobre foragidos pode contribuir com a Polícia Civil de forma segura e sigilosa, por meio dos seguintes canais: • Disque-denúncia: 197 (opção 0); • WhatsApp: (61) 98626-1197; • E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br; • Presencialmente: em qualquer delegacia da PCDF. *Com informações da SSP-DF
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Programa Viva Flor protege quase mil mulheres com medidas protetivas de urgência
Com aumento gradativo desde a criação, em 2018, atualmente o programa Viva Flor, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), monitora 941 mulheres no Distrito Federal. Cinco regiões administrativas concentram mais da metade dos casos: Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina e Taguatinga. A faixa etária predominante das mulheres que integram o programa é entre 30 e 59 anos. Quando foi criado, o programa funcionava como um aplicativo que era instalado no celular da vítima. Em 2021, passou a ser utilizado por meio de dispositivo similar a um celular. Atualmente, os dois formatos são disponibilizados às mulheres com medida protetiva de urgência (MPU) concedida pelo Judiciário. Mulheres entre 30 e 59 anos são a maioria das atendidas pelo Viva Flor | Foto: Divulgação/SSP-DF “Desde a criação do Viva Flor, nenhuma mulher assistida pelo programa foi vítima de feminicídio, o que mostra a efetividade da ferramenta. Essa é, sem dúvida, uma tecnologia de proteção que se consolida como referência em segurança preventiva para mulheres no DF”, ressalta o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. “O programa está sempre evoluindo, especialmente com o desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias, capazes de garantir socorro policial prioritário em situações de risco extremo.” Crescimento Em 2021, 74 mulheres foram monitoradas. Em 2022, esse número subiu para 101. Já em 2023, houve um salto significativo: 511 novas inclusões, resultado das ações de sensibilização junto à rede de proteção. Em 2024, 774 novas mulheres passaram a ser protegidas pelo programa, e, em 2025, em apenas três meses, já foram feitas 124 novas inclusões, totalizando 941 mulheres atualmente monitoradas. “Ao fortalecer a confiança das mulheres no sistema de proteção, o programa rompe ciclos de violência e reafirma um compromisso inegociável com a vida” Regilene Siqueira, subsecretária de Prevenção à Criminalidade A subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira, ressalta a efetividade da iniciativa: “O programa Viva Flor se destaca como um exemplo de política pública eficaz, pautada na inovação, na sensibilidade e na atuação integrada do Estado. Ao fortalecer a confiança das mulheres no sistema de proteção, o programa rompe ciclos de violência e reafirma um compromisso inegociável com a vida”. Funcionamento A base do Viva Flor é a tecnologia. Com o aplicativo instalado no celular ou com o uso de um dispositivo eletrônico próprio, a mulher assistida pode acionar a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) com apenas um toque. O alerta chega diretamente ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob) ou ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que presta atendimento imediato, inclusive, com a atuação do Copom Mulher, instituído ano passado. Com o aplicativo instalado no celular da vítima ou com o uso de um dispositivo eletrônico próprio, a mulher pode acionar a polícia com apenas um toque “O Copom Mulher é um serviço da PMDF feito para atender mulheres que precisam de ajuda de forma rápida e especializada. Ao ligar para o 190, você recebe acompanhamento e suporte, garantindo mais acolhimento e segurança no momento em que mais precisa. Mas é fundamental que a mulher faça o registro na delegacia de polícia, pois essa é uma etapa essencial para garantir proteção e justiça”, explica a subchefe do Copom, major Rozeneide Santos. O sistema também permite georreferenciamento da localização, agilizando a resposta policial e prevenindo a escalada da violência. O programa A inclusão no programa pode ocorrer tanto por decisão judicial – via medidas protetivas de urgência – quanto por ato administrativo do delegado de polícia, por meio de uma portaria conjunta entre a SSP-DF e as polícias Militar (PMDF) e Civil (PCDF). Esta última inovação representa um importante avanço na proteção imediata das vítimas, reduzindo o tempo entre o registro da ocorrência e a efetivação das medidas protetivas. “O Viva Flor é uma ferramenta muito importante nos casos de descumprimento de medidas protetivas, de tentativa de feminicídio e outras situações excepcionais. O encaminhamento administrativo feito pela autoridade policial promove agilidade no controle dos passos do agressor quando temos uma mulher em situação de risco. A eficiência da ferramenta ocorre devido à atuação integrada entre as forças de segurança e o sistema de Justiça, ao dar prioridade à mulher em situação de violência doméstica e familiar. O Viva Flor salva vidas”, ressalta a titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), Adriana Romana. *Com informações da SSP-DF
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Informações que ajudem na prisão de autores de feminicídios poderão ser recompensadas
A partir desta semana, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) poderá pagar recompensa a quem contribuir com a prisão de dois autores de feminicídio no DF. Os casos ocorreram em 2016 e 2017. As recompensas poderão ser pagas a quem der informações úteis que resultem na prisão dos autores. Os anúncios das recompensas foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de segunda-feira (27) e desta quarta-feira (29). A oferta tem prazo de validade de cinco anos, a contar da data da publicação. A utilização do sistema de recompensa foi escolhido a partir de reunião da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP-DF, e solicitada pelos delegados responsáveis pelos casos. “Este não é um sistema utilizado com frequência, até porque é o último recurso a ser utilizado em uma investigação e temos índices bastante altos de resolução de homicídios e feminicídios no DF. A medida publicada possibilita também a participação da população nestes casos, que é feita de forma sigilosa”, ressalta o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. A identidade de quem oferecer as informações úteis à investigação será mantida em sigilo | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Outros estados já utilizam o sistema de recompensas, como Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. A criação da medida no DF teve como base a experiência e a aplicabilidade do sistema nesses locais. O sistema foi instituído a partir da lei distrital 6.242 e prevê a utilização do Fundo de Segurança Pública do Distrito Federal (FuspDF), de onde os valores a serem pagos serão retirados. Os recursos contemplam ações realizadas pela SSP-DF e podem ser destinados a atender demandas específicas das forças de segurança locais. Somente serão pagos os valores nos crimes pré-determinados, como os hediondos e equiparados, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e os praticados por associação ou organização criminosa. Para outros casos, o delegado responsável deverá justificar a necessidade do oferecimento da recompensa em favor da contribuição da população com informações. Para que seja oferecida a recompensa, o delegado responsável pela investigação de um determinado crime deverá enviar a solicitação ao delegado-geral da Polícia Civil, que por sua vez submeterá ao secretário de Segurança Pública. Após avaliação do caso pelo chefe da pasta e definição do valor a ser pago, as informações serão publicadas. “Temos poucos foragidos pelos crimes de feminicídio no DF, mas o objetivo é que nenhum crime fique sem resposta efetiva” Marcelo Zago, coordenador da CTMHF Para o coordenador da CTMHF, Marcelo Zago, a medida será importante. “Temos poucos foragidos pelos crimes de feminicídio no DF, mas o objetivo é que nenhum crime fique sem resposta efetiva”, comenta. “Importante ressaltar que em todo o processo é resguardado o sigilo”, explica Lúcio Valente, policial da Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Quem tiver informações sobre os procurados deve entrar em contato com a PCDF por meio dos seguintes canais: Disque-denúncia: telefone 197 (opção 0); WhatsApp: 61 9862-61197; e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br; ou pessoalmente: em qualquer delegacia da PCDF. *Com informações da SSP-DF
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Programa Direito Delas participa de ato contra feminicídio na Estrutural
A Cidade Estrutural foi palco na tarde deste sábado (11) de um ato público em memória de Ana Moura Virtuoso, jovem de 27 anos, brutalmente assassinada a facadas pelo companheiro no último domingo (5), marcando o primeiro feminicídio de 2025 no Distrito Federal. O evento, intitulado Por Ana e por todas as mulheres, começou às 17h e reuniu centenas de pessoas em frente à Capela Santa Luzia, próximo onde Ana morava. O intuito da mobilização também foi conscientizar a comunidade sobre a violência doméstica e a necessidade de políticas de proteção às mulheres. O intuito da mobilização também foi conscientizar a comunidade sobre a violência doméstica e a necessidade de políticas de proteção às mulheres | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, participou do evento e apresentou o programa Direito Delas, que oferece suporte às vítimas de violência. Acompanhada da equipe do programa do núcleo da Estrutural, ela enfatizou a urgência de relembrar as políticas públicas e a necessidade de união para combater o feminicídio, afirmando que “este ato é um símbolo de união e revolta contra a realidade de mulheres que ainda morrem apenas por serem mulheres”. “Estamos aqui na administração da Estrutural com o Direito Delas, que oferece atendimento psicológico, assistência social e apoio jurídico, para acolhermos e ajudarmos essas mulheres a reconstruírem suas vidas. São muitas profissionais para segurar a mão de vocês. A gente não quer alarde, a gente só quer fazer você voltar a acreditar que merece ser feliz e que a violência não faz parte da sua vida e nem da nossa”, destacou Marcela. A conselheira tutelar e uma das organizadoras do ato, Irene Nascimento, 42 anos, destacou a importância da manifestação afirmando que “a cada mulher perdida é uma ferida aberta na luta por justiça e igualdade”. “Do sentimento de revolta e da busca por justiça, nós, mulheres da comunidade, nos unimos para realizar este protesto”, declarou. A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, participou do evento e apresentou o programa “Direito Delas”, que oferece suporte às vítimas de violência Neste mesmo sentido, Juliana Salvador, chefe da sessão de atendimento à mulher da 8ª Delegacia de Polícia, localizada na Estrutural, ressaltou a importância de unir forças para mudar essa cultura de extermínio de mulheres. “Nós não somos coisas dos homens, nós somos seres humanos. A gente precisa mudar essa situação. Eles têm que entender que mulher não precisa de proteção, mulher precisa é de respeito”, disse. Núcleos de atendimento Podem ter acesso ao Direito Delas mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, vítimas de estupro de vulnerável, vítimas de crimes contra a pessoa idosa e seus familiares, e vítimas indiretas de feminicídio. Já vítimas de estupro, roubos qualificados por restrição de liberdade, sequestro e cárcere privado, e vítimas indiretas de homicídio, latrocínio, de delitos relacionados à condução de veículos automotores que resultem na morte da vítima, e casos de desaparecimento de pessoas são atendidos no Centro Especializado de Atenção às Vítimas, no Fórum Desembargador Milton Sebastião Barbosa, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Confira os endereços dos núcleos de atendimento do Direito Delas no DF Estrutural ⇒ Endereço: Setor Central, Área Especial 5 ⇒ Telefones: (61) 2244-1130/ 98382-0189 ⇒ Horário: Das 8h às 17h Brasília ⇒ Endereço: Estação Rodoferroviária Ala Central, Térreo ⇒ Telefones: (61) 2244-1118/ 2244-1119/ 2244-1282/ 98314-0626 ⇒ Horário de funcionamento: Das 8h às 17h Ceilândia ⇒ Endereço: Shopping Popular de Ceilândia – espaço do Na Hora ⇒ Telefones: (61) 2244-1421/ 2244-1805/ 98314-0620 ⇒ Horário: Das 8h às 17h Guará ⇒ Endereço: QELC, Alpendre dos Jovens Lúcio Costa ⇒ Telefones: (61) 2244-1419/ 2244-1803/ 98314-0619 ⇒ Horário: Das 8h às 17h Itapoã ⇒ Endereço: Praça dos Direitos, Quadra 203, Del Lago II ⇒ Telefones: (61) 2244-1418/ 2244-1802/ 98314-0632 ⇒ Horário: 8h às 17h Paranoá ⇒ Endereço: Quadra 5, Conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras ⇒ Telefones: (61) 2244-1417/ 2244-1801/ 98314-0622 ⇒ Horário: Das 8h às 17h Planaltina ⇒ Endereço: Promotoria de Justiça de Planaltina ⇒ Telefone: (61) 3555-2737/ 98314-0611 ⇒ Horário: Das 12h às 19h Recanto das Emas ⇒ Endereço: Estação da Cidadania – Ceu das Artes, Quadra 113, Área Especial 1 ⇒ Telefone: (61) 2244-1424/ 2244-1808/ 98314-0613 ⇒ Horário: Das 8h às 17h Samambaia ⇒ Endereço: Quadra QS 402, Conjunto G, Lote 01 ⇒ Telefones: (61) 2244-1422/ 98314-0792/ 98314-0631 ⇒ Horário: Das 8h às 17h São Sebastião ⇒ Endereço: Quadra 101, Conjunto 8 ⇒ Telefones: (61) 2244-1131/ 98314-0627 ⇒ Horário: Das 8h às 17h Gama ⇒ Endereço: Setor Leste Industrial, Sind QI 1 ⇒ Telefones: (61) 2244-1419/ 2244-1803/ 98314-0619 ⇒ Horário: Das 8h às 17h *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Participantes do Programa Acolher Eles e Elas visitam a Embaixada dos Estados Unidos
A Secretaria da Mulher (SMDF) realizou, na manhã desta sexta-feira (17), uma visita especial à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, reunindo 27 crianças e jovens do programa Acolher Eles e Elas. A iniciativa marca o início de uma colaboração inédita com a representação diplomática americana, que visa proporcionar uma experiência cultural enriquecedora e fortalecer os laços entre as instituições. Um grupo de jovens que perderam suas mães em decorrência do feminicídio e recebem um benefício mensal do GDF foi recebido na Embaixada dos Estados Unidos com crachás e brindes especiais | Foto: Vinicius de Melo/SMDF As crianças foram recebidas com crachás e brindes especiais, tornando o dia ainda mais memorável. Elas fazem parte de um grupo de 153 órfãos que perderam suas mães em decorrência do feminicídio e recebem um benefício mensal do Governo do Distrito Federal (GDF). Acompanhadas de seus responsáveis legais, as crianças e jovens tiveram a oportunidade de conhecer a atuação da embaixada, em um evento que buscou oferecer acolhimento e novas oportunidades. Funcionários brasileiros compartilharam suas experiências e trajetórias, destacando os desafios enfrentados e como o conhecimento da língua inglesa lhes abriu portas para oportunidades antes inimagináveis A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destacou o impacto positivo do programa na vida das crianças. “Hoje, estamos aqui para mostrar a essas crianças que o mundo é cheio de oportunidades. Queremos que elas se sintam valorizadas e saibam que podem sonhar alto. Conhecer a embaixada é um passo importante para despertar o interesse pelo intercâmbio cultural e pela língua inglesa,” afirmou Giselle. Funcionários brasileiros compartilharam suas experiências e trajetórias, destacando os desafios enfrentados e como o conhecimento da língua inglesa lhes abriu portas para oportunidades antes inimagináveis. Inspirados por essas histórias, os jovens atendidos aproveitaram para perguntar como poderiam aprender inglês de forma mais rápida, demonstrando grande interesse em desenvolver essa habilidade para alcançar novas metas no futuro. Ingrid Souza, irmã e responsável por um dos beneficiários, também expressou sua satisfação com a iniciativa. “É muito interessante para mostrar que há caminhos possíveis na vida. A vivência que estamos tendo aqui hoje reforça minha vontade de incentivar ele a aprender inglês, pois eu gostaria de ter aprendido na idade em que ele está” Entre os jovens presentes, Mariana Soares, de 14 anos, expressou sua empolgação com a experiência. “Foi incrível conhecer a embaixada e ouvir as histórias das pessoas que trabalham aqui. Eu achei uma iniciativa muito boa, eu já passei por muita coisa, e ter essa experiência traz conhecimento e tira o foco da nossa mente do que aconteceu e pelo que passei. Foi muito divertido, pude conhecer bem melhor a cultura dos Estados Unidos. Me tirou da tristeza da situação,” disse Mariana. Enquanto as crianças faziam um tour pela embaixada, explorando a cultura e a história dos Estados Unidos, a equipe técnica da Secretaria da Mulher organizou um bate-papo e dinâmicas de acolhimento para os responsáveis legais. Esse momento proporcionou um espaço de diálogo e troca de experiências, oferecendo apoio emocional e reforçando o cuidado com as famílias atendidas pelo programa. Ingrid Souza, irmã e responsável por um dos beneficiários, também expressou sua satisfação com a iniciativa. “É muito interessante para mostrar que há caminhos possíveis na vida. A vivência que estamos tendo aqui hoje reforça minha vontade de incentivar ele a aprender inglês, pois eu gostaria de ter aprendido na idade em que ele está. E também é uma oportunidade de abrir novas portas, tanto para nós que cuidamos quanto para ele, que ainda tem uma vida longa pela frente”, disse Ingrid. Após a parte interna do evento, as crianças participaram de atividades ao ar livre, explorando estações culturais americanas e aprendendo sobre a história e tradições dos Estados Unidos, enquanto desfrutavam de um lanche com itens típicos do país. *Com informações da SMDF
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Semana discute a prevenção ao feminicídio no DF
Na tarde desta segunda-feira (19), a Secretaria da Mulher (SMDF) participou da abertura da 1ª Semana de Combate ao Feminicídio, promovida pela Procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa do DF. Com duração de 19 a 23 de agosto, o evento tem como tema Izabel Guimarães: Um Grito por Justiça, Um Chamado para a Ação. Parte das ações do Agosto Lilás, a iniciativa abrange uma série de eventos, painéis, mutirões de atendimento, diálogos interativos e apresentações culturais ー todos focados na conscientização e prevenção da violência contra as mulheres. Celina Leão: “Continuaremos incansáveis na busca por justiça e por um mundo onde todas as mulheres possam viver com segurança e dignidade | Fotos: Vinicius de Melo/SMDF A vice-governadora Celina Leão, que anteriormente atuou como deputada distrital e foi uma das criadoras da Procuradoria da Mulher da CLDF, destacou a importância de apoiar as mulheres e de ressaltar que elas não estão sozinhas. “Hoje, temos legislações e uma rede de apoio para protegê-las. O GDF tem empenhado várias ações no combate ao feminicídio e continuaremos incansáveis na busca por justiça e por um mundo onde todas as mulheres possam viver com segurança e dignidade”, disse a vice-governadora. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, apresentou dados sobre a redução do número de feminicídios no DF de 2023 para 2024. “A criação da força-tarefa, envolvendo o GDF e outros órgãos do judiciário e da sociedade civil, foi essencial para desenvolver e implantar políticas públicas e entender o que os indicadores apontavam. A partir daí, levamos à população do DF mais informações, campanhas de prevenção, eventos e ações nas quais abordamos os tipos de violência, a importância da denúncia e outras formas de prevenir e combater a violência doméstica e familiar”, explicou Giselle Ferreira. Giselle Ferreira destacou a redução nos índices de feminicídio no DF do ano passado para cá Memória No dia 4 de fevereiro do ano passado, em Ceilândia, Izabel Aparecida Guimarães de Sousa foi brutalmente assassinada pelo companheiro dentro de casa, na frente da filha de 10 anos. Apesar dos esforços da equipe de resgate, ela não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo. Dias antes do ocorrido, ela havia compartilhado uma carta aberta nas redes sociais, expressando força e independência, além de fé na justiça divina. “Meu jeito assusta, minha independência intimida, meu amor próprio é suficiente, minha personalidade é forte, meu carisma conquista e minha sinceridade apavora. Resumindo, mulher bem resolvida”, escreveu ela. As palavras de Izabel são um testemunho de resiliência e determinação em viver plenamente, apesar dos desafios. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Programa Acolher Eles e Elas oferece suporte financeiro e emocional a órfãos do feminicídio
“É um apoio que vem para ajudar a família. Não é fácil você ter que formar uma criança que acabou de perder um parente querido de forma trágica. É preciso suporte para que ela não cresça perturbada”. É assim que José*, pai dos adolescentes Maria*, 15 anos, e João*, 12, resume a importância do Programa Acolher Eles e Elas, ofertado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) a órfãos de vítimas de feminicídio. Com a ajuda do programa, José tem trabalhado para proporcionar uma vida menos dolorosa para os filhos. Este é o quarto mês que a política pública chega para a família e cada um dos jovens recebe, por mês, um auxílio no valor de um salário mínimo (R$ 1.412) e tem, uma vez por semana, uma sessão de acompanhamento psicossocial. Segundo ele, os apoios financeiro e mental têm feito a diferença. O recurso depositado mensalmente no cartão do Programa Acolher Eles e Elas é utilizado para bancar despesas médicas, proporcionar momentos de lazer e investir no futuro, criando um novo roteiro para vidas que, tão cedo, tiveram o percurso alterado de forma trágica | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A princípio eu não queria que as crianças recebessem o benefício, porque não queria mexer nessa ferida. Mas, vi que era importante e foi a melhor coisa que eu fiz”, afirma José. Foi a bolsa que realinhou as finanças da família. Após a morte da mãe dos meninos – assassinada pelo companheiro da época há dois anos –, José, que já criava as crianças após o divórcio, se viu em uma situação nunca imaginada: acumulando gastos com psicólogo, psiquiatra e terapeuta para dar o suporte necessário diante da situação vivenciada pelos filhos. “Quando a mãe deles morreu, a mais velha precisou de tratamento. Cheguei a gastar R$ 2,5 mil só para que ela tivesse um laudo psiquiátrico e gastava mais R$ 500 com apenas uma medicação. Então, esse benefício foi muito bom, porque consegui sair do sufoco e agora tenho como pagar as coisas para eles”, diz. O recurso depositado mensalmente no cartão do Programa Acolher Eles e Elas é utilizado para bancar despesas médicas, proporcionar momentos de lazer e investir no futuro, criando um novo roteiro para vidas que, tão cedo, tiveram o percurso alterado de forma trágica. “É um dinheiro para investir neles. É importante formar uma criança que no futuro não seja uma próxima vítima ou até uma próxima pessoa a cometer um crime. Porque não podemos eliminar isso, porque é uma criança traumatizada. Então quando ela tem apoio e amparo, ela muda sua perspectiva”, avalia José. Até junho deste ano, o Programa Acolher Eles e Elas já tinha cadastrado e beneficiado 130 filhos de vítimas de feminicídio, quando foram destinados R$ 808.524 em auxílios financeiros. Só em julho, o montante pago pelo Executivo local foi de R$ 183,5 mil O pai conta que o próprio GDF, por meio da Secretaria da Mulher (SMDF), entrou em contato para oferecer o benefício. Na época, ele até duvidou do programa, mas hoje, com os filhos estabilizados financeiramente e com suporte psicológico, entendeu a importância do projeto. “Óbvio que, para mim, a prevenção do feminicídio é mais importante que o benefício. Ninguém quer isso, mas infelizmente acontece e as famílias precisam de amparo, porque ninguém está preparado para viver isso. Não dá para fugir dos problemas, então é importante este governo ter arrumado essa solução e a gente precisa abraçar a ajuda quando ela vem”, comenta. Benefício em números Até junho deste ano, o Programa Acolher Eles e Elas já tinha cadastrado e beneficiado 130 filhos de vítimas de feminicídio, quando foram destinados R$ 808.524 em auxílios financeiros. Só em julho, o montante pago pelo Executivo local foi de R$ 183,5 mil. “[Com esse benefício] Buscamos garantir que essas crianças e adolescentes tenham acesso às necessidades básicas e a uma vida mais digna. Esse apoio financeiro é um passo crucial para assegurar que eles possam continuar seus estudos e receber o acompanhamento psicológico necessário”, destaca a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Segundo o Estudo dos Feminicídios Consumados no Distrito Federal, desenvolvido pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF) da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), a capital federal tem 392 órfãos de vítimas de feminicídios ocorridos entre março de 2015 e junho de 2024. Deste valor, 255 são menores de idade e 137 maiores. Regulamentado pela Lei nº 7.314/2023 e, posteriormente, pelo Decreto nº 45.256/2023, o programa Acolher Eles e Elas nasceu durante a força-tarefa do GDF de combate ao feminicídio O objetivo do governo é ampliar o acesso ao programa para atingir a marca de 250 crianças e adolescentes amparadas em 2025. “Reafirmamos nosso compromisso com a proteção e o cuidado desses jovens, reconhecendo a importância de medidas que proporcionem estabilidade e esperança em meio à tragédia”, complementa a titular da pasta. Acompanhamento diferenciado As meninas Fátima*, 16 anos, e Sara*, 13, são acolhidas pelo programa do GDF há cinco meses. Elas perderam a mãe há quatro anos, quando ela foi assassinada por um ex-namorado da época. A morte da matriarca foi um baque para as jovens, que passaram a morar com o pai depois de cinco anos da separação dele da mãe delas. “Foi um processo muito difícil para as duas e ainda é. Elas choram e ainda têm esse trauma”, lembra o pai Antônio*. Exatamente por isso ele destaca o papel do auxílio. “As meninas fazem o acompanhamento psicológico pelo programa Direito Delas, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), que é um tratamento diferenciado e direcionado para o que elas passaram. Elas desabafam muito e sempre saem melhores das sessões”, comenta. “O dinheiro também está sendo superimportante para gente, porque pagamos o plano de saúde delas, os exames, os cursos que elas querem fazer e as coisinhas delas”, completa o patriarca. Antônio acredita que o programa é uma “ajuda muito bem-vinda”. “Essa é uma coisa que não tem reparo. Não tem um dinheiro que supra a perda que elas tiveram, mas pelo menos está ajudando para que elas tenham uma vida mais saudável e tranquila”, analisa. Programa Regulamentado pela Lei nº 7.314/2023, e, posteriormente, pelo Decreto nº 45.256/2023, o programa Acolher Eles e Elas nasceu durante a força-tarefa do GDF de combate ao feminicídio. O benefício é voltado para os órfãos em decorrência de feminicídio residentes do DF por no mínimo dois anos, menores de 18 anos ou até os 21 anos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para acessar o auxílio, é necessário apresentar uma documentação específica, incluindo boletim de ocorrência, comprovante de residência, uma declaração atestando o vínculo com o órfão, documentos pessoais do órfão e do responsável, além de uma declaração de vulnerabilidade. As famílias podem entrar em contato pelos telefones (61) 3330-3118 e (61) 3330-3105. *Todos os beneficiários do programa e seus respectivos parentes são tratados com nomes fictícios na matéria para preservar a identidade dos jovens, seguindo um pedido das famílias e em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
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