HRSM tem grupo que ajuda a tratar pacientes com fibromialgia
A campanha Fevereiro Roxo é dedicada para dar visibilidade à fibromialgia, condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença se manifesta em pelo menos 2,5% da população adulta no Brasil. Ela pode ser acompanhada de outras patologias que também causam sintomas semelhantes, potencializando a carga da doença e diminuindo a qualidade de vida. Além disso, a fibromialgia pode ter um componente familiar genético envolvido. A reumatologista do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Tainá Carneiro, explica que a fibromialgia é uma síndrome complexa cujo principal sintoma é a dor difusa, em qualquer área do corpo, de maneira contínua ou intermitente, piorada com a movimentação. Ela é acompanhada de sintomas como fadiga, alterações do sono, alterações do humor, alterações da cognição e memória e sensações como dormências, formigamentos, choques. O tratamento para a fibromialgia é multidisciplinar para que o paciente mantenha bem e funcional | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Segundo a médica, nem todos os sintomas podem estar presentes em todas as pessoas, e não precisam estar presentes concomitantemente. Por isso, a fibromialgia é uma doença que se manifesta diferente em cada indivíduo, tornando o diagnóstico por vezes desafiador e o tratamento e acompanhamento personalizados. “Não existe receita de bolo no tratamento da dor crônica. Cada paciente possui particularidades que precisam ser abordadas individualmente. A dor envolve aspectos físicos, emocionais e sociais que precisam fazer parte da abordagem”. O tratamento é multidisciplinar para que o paciente mantenha bem e funcional. Os quatro pilares principais do tratamento envolvem medicamentos, psicoterapia, terapias como biofeedback (ajuda a controlar funções corporais involuntárias, como a frequência cardíaca e a respiração) e atividade física. “Apesar dos pacientes com dor crônica experimentarem uma aversão ao movimento (cinesiofobia), o exercício físico é fundamental para a melhora do sono, da fadiga e dos sintomas dolorosos. Estudos mostram que a atividade física também é importante para diminuir os sintomas depressivos e ansiosos que podem acompanhar o diagnóstico de fibromialgia. Possíveis causas Gatilhos estressores como outras dores crônicas, traumas físicos e emocionais, sobrecarga articular e sedentarismo podem ser o gatilho para desenvolvimento da fibromialgia. De acordo com Tainá, as mulheres são mais acometidas do que os homens, principalmente na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Porém, idosos, adolescentes e crianças também podem ser acometidos pela enfermidade. “Hábitos de vida saudáveis, atividade física regular e terapias de relaxamento são fundamentais para o tratamento e prevenção das crises de piora da doença”, ressalta a médica. Hoje, o reumatologista é o médico responsável pelo diagnóstico e manejo da doença, porém, médicos da atenção primária à saúde, clínicos gerais e ortopedistas devem estar familiarizados com o tratamento, diagnóstico e manejo de crises e sintomas. Gatilhos estressores como outras dores crônicas, traumas físicos e emocionais, sobrecarga articular e sedentarismo podem ser o gatilho para desenvolvimento da fibromialgia Grupo de dor crônica Para ajudar pacientes com a doença e outras enfermidades que podem gerar desconforto ou dificultar nas atividades do dia a dia, o HRSM, criou, desde agosto de 2023, o Grupo de Dor Crônica. Os encontros são para os pacientes que estão fazendo acompanhamento com os reumatologistas e ortopedistas do ambulatório do HRSM e, após avaliação dos profissionais, se enquadram nos critérios de pacientes com dores crônicas. “O objetivo do grupo é proporcionar estratégias de enfrentamento para os pacientes com dores crônicas. Entender que a dor crônica é uma condição e como é possível a pessoa ser ativa para o seu tratamento, via psicoeducação e ferramentas de enfrentamento”, explica a chefe do Serviço de Psicologia e especialista em dor crônica, Paola Palatucci Bello. Com o intuito de aprimorar a qualidade de vida diante das limitações físicas e dos desafios cotidianos impostos pela dor crônica, a abordagem adotada busca explorar diferentes estratégias ao longo de 12 encontros, realizados todas às quintas-feiras pela manhã. Essas estratégias variam desde psicoeducação até técnicas de mindfulness, com a colaboração de uma equipe de especialistas de diferentes áreas. A equipe é composta por psicólogos, fisioterapeutas, médicos reumatologistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, farmacêuticos e nutricionistas. São profissionais que unem forças para ir além do tratamento convencional e proporcionar estratégias de enfrentamento e conscientização do papel dos pacientes em seu próprio tratamento. “Hoje, a maioria dos pacientes que participam do Grupo de Dor Crônica possui fibromialgia. Trabalhamos com eles a higiene do sono, dietas anti-inflamatórias, psicoeducação e utilizamos técnicas de mindfulness para fortalecer a atenção concentrada dos pacientes, visando sempre estratégias de enfrentamento”, ressalta Paola. O tratamento necessita de abordagem multidisciplinar, entre elas, a fisioterapia desempenha um papel bastante significativo. Em todos os encontros, são realizados exercícios adaptados para trabalhar alongamento e analgesia. O programa também incorpora a auriculoterapia, uma técnica derivada da acupuntura, que aplica pressão em pontos específicos da orelha para tratar vários tipos de dores. Essa prática terapêutica visa não apenas o bem-estar físico, mas também o equilíbrio emocional. *Com informações do IgesDF
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UBS 17 de Ceilândia auxilia pacientes com dores crônicas
A dor não dá trégua. São 24 horas com incômodos pelo corpo. Essas são queixas de pacientes que apresentam, por exemplo, fibromialgia, dores lombares e cervicais crônicas. Para auxiliar nesse processo, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 17 de Ceilândia criou o Supera Dor. Podem integrar o grupo moradores do Setor P Sul, das quadras QNP 18 e 20, do Pôr do Sol e da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE). Ao chegar na unidade, a equipe da Secretaria de Saúde (SES-DF) fará uma avaliação que identifique quais fatores provocam a dor. O grupo funciona todas as quartas-feiras, das 14h às 17h. Nesta semana, o Supera Dor finalizou o primeiro ciclo de atendimentos, mas já está previsto o início de novas turmas ainda em agosto. O grupo ocorre todas as quartas-feiras na UBS 17 de Ceilândia. Há previsão de nova turma ainda neste mês | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Tânia Maria da Cruz Oliveira, 62, moradora do Pôr do Sol, procurou ajuda para aliviar as dores na coluna. “Ao participar do grupo, aprendi exercícios para fazer em casa. Eles auxiliam a diminuir consideravelmente o incômodo”, conta. O objetivo do grupo é ser um instrumento de melhora das dores, com sessões de alongamento e de exercícios possíveis de serem realizados na residência. “Foi a primeira turma do grupo e acabou dando muito certo. Os resultados comprovam e os pacientes deixaram claro o quanto gostaram da iniciativa”, avalia o residente em fisioterapia pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do Supera Dor, Gabriel Freitas Cândido. A aposentada Maria José Marinho da Silva, 63, tem fibromialgia e concorda. “Após fazer o que nos é indicado, fico bem melhor. Além disso, os profissionais são muito atenciosos conosco”, elogia. Para ela, as sessões de alongamento são as que mais auxiliam em sua mobilidade. A equipe do Supera Dor com a aposentada Maria José Marinho, que participa do grupo por causa da fibromialgia Crônica x aguda A dor crônica é aquela que permanece por muito tempo, ou seja, é persistente. Já a aguda ocorre na hora de uma contusão, por exemplo, e cujo processo de recuperação é mais rápido. “Evitar o estresse e praticar exercícios físicos aliviam a dor. São fatores que pensamos que não influenciam, mas impactam, sim”, aponta Cândido. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Práticas integrativas complementares auxiliam contra fibromialgia
Dores que se espalham por várias partes do corpo, fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e alterações de memória e de atenção. Todos esses podem ser sintomas de fibromialgia, uma doença que amplifica a percepção de dor. A rede da Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece diversas práticas integrativas gratuitas que podem auxiliar no tratamento da síndrome, além dos procedimentos medicamentosos. A Secretaria de Saúde oferece diversas práticas integrativas gratuitas que podem auxiliar no tratamento da fibromialgia | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF A acupuntura é uma delas. Segundo o médico Rodrigo Aires, referência técnica distrital (RTD) de reumatologia da SES-DF, o procedimento tem demonstrado eficácia no alívio da dor e no tratamento de inúmeras condições. Em pacientes com fibromialgia, a prática complementa os tratamentos tradicionais, trazendo melhora na qualidade de vida e nas práticas do dia a dia. “Durante as sessões, há um estímulo do sistema nervoso a partir dos acupontos, capaz, entre outras coisas, de liberar os músculos e neurotransmissores como a endorfina, que está relacionada ao prazer e à diminuição da dor”, explica. As chamadas práticas integrativas em saúde (PIS) são entendidas como formas de cuidado que abordam a saúde do ser humano em sua multidimensionalidade. Isto é, atuam nos aspectos físico, mental, psíquico, afetivo e espiritual. Além da acupuntura, são exemplos de PIS oferecidas pela rede pública: arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, lian gong em 18 terapias, medicina e terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan, Terapia Comunitária Integrativa (TCI), ayurveda, ioga e Técnica de Redução de Estresse (TRE). [Olho texto=”“Na SES-DF realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária à Saúde. O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio”” assinatura=”Rodrigo Aires, médico e RTD em reumatologia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mal generalizado A fibromialgia caracteriza-se também pela desregulação da resposta ao estresse e pela associação a síndromes funcionais. A queixa central é dor musculoesquelética generalizada crônica, vinculada a sintomas como fadiga, distúrbio do sono e cognitivos (memória e concentração) e alterações de humor (depressão e ansiedade). “Com frequência, a doença associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são aumentadas, como a síndrome do intestino irritável e cefaleia”, diz o especialista. Trata-se de uma doença mais comum entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de cada dez pacientes com o diagnóstico, sete a nove são do sexo feminino. No entanto, a síndrome também pode acometer homens, idosos, adolescentes e crianças. O diagnóstico para a fibromialgia é clínico, baseado nos incômodos apresentados pela condição, sem a necessidade de qualquer exame subsidiário. Sinais da doença O principal sintoma é a dor difusa crônica, ou seja, em ao menos quatro das cinco regiões do corpo — braço direito, braço esquerdo, perna direita, perna esquerda e tórax. Normalmente, o paciente não consegue definir quando e em qual região as dores começaram. São elas: ? Síndrome do intestino irritado; ? Dor de cabeça crônica; ? Fadiga; ? Distúrbios de sono; ? Transtornos de humor, como depressão e ansiedade; ? Déficit de atenção e de memória; ? Formigamento nas mãos; ? Ardência ao urinar. Como tratar De acordo com Aires, a estratégia para o cuidado ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de tratamentos farmacológico e não farmacológico. Tudo deve ser elaborado em discussão com o paciente, conforme a intensidade da dor, sua funcionalidade e suas características, considerando ainda questões biopsicossociais e culturais. Ao menos duas vezes na semana, pessoas com fibromialgia precisam realizar exercícios musculoesqueléticos. “Programas individualizados de exercícios aeróbicos podem ser benéficos para alguns pacientes. A intensidade depende da idade e da condição, atingindo o ponto de resistência leve, não o ponto de dor”, detalha o médico. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em adição às atividades físicas, são utilizados também medicamentos para tratamento de dor crônica como analgésicos, antidepressivos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes. “Na SES-DF realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária à Saúde. O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio”, complementa o RTD. Os pacientes nessa condição devem ser acompanhados por médicos das unidades básicas de saúde (UBSs). Caso a fibromialgia esteja associada a alguma outra doença reumática, o usuário pode ser encaminhado à avaliação com especialista em hospitais regionais da rede que tratam a síndrome: Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Ceilândia (HRC), Gama (HRG), Santa Maria (HRSM), Asa Norte (Hran) e ainda no Hospital da Região Leste (HRL – Paranoá) e no de Base. Fevereiro Roxo Com o lema “Se não houver cura, que no mínimo haja conforto”, a campanha Fevereiro Roxo, apoiada pela SES-DF, surgiu em 2014 para conscientizar sobre doenças como Alzheimer, lúpus e fibromialgia. O intuito é compartilhar informações referentes a sintomas e tratamentos disponíveis, e mostrar que o diagnóstico precoce ajuda a trazer resultados positivos mais rapidamente, com grande impacto na qualidade de vida. *Com informações da SES-DF
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Práticas integrativas complementares auxiliam contra fibromialgia
Dores que se espalham por várias partes do corpo, fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e alterações de memória e de atenção. Todos esses podem ser sintomas de fibromialgia, uma doença que amplifica a percepção de dor. A rede da Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece diversas práticas integrativas gratuitas que podem auxiliar no tratamento da síndrome, além dos procedimentos medicamentosos. A Secretaria de Saúde oferece diversas práticas integrativas gratuitas que podem auxiliar no tratamento da fibromialgia | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF A acupuntura é uma delas. Segundo o médico Rodrigo Aires, referência técnica distrital (RTD) de reumatologia da SES-DF, o procedimento tem demonstrado eficácia no alívio da dor e no tratamento de inúmeras condições. Em pacientes com fibromialgia, a prática complementa os tratamentos tradicionais, trazendo melhora na qualidade de vida e nas práticas do dia a dia. “Durante as sessões, há um estímulo do sistema nervoso a partir dos acupontos, capaz, entre outras coisas, de liberar os músculos e neurotransmissores como a endorfina, que está relacionada ao prazer e à diminuição da dor”, explica. As chamadas práticas integrativas em saúde (PIS) são entendidas como formas de cuidado que abordam a saúde do ser humano em sua multidimensionalidade. Isto é, atuam nos aspectos físico, mental, psíquico, afetivo e espiritual. Além da acupuntura, são exemplos de PIS oferecidas pela rede pública: arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, lian gong em 18 terapias, medicina e terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan, Terapia Comunitária Integrativa (TCI), ayurveda, ioga e Técnica de Redução de Estresse (TRE). [Olho texto=”“Na SES-DF realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária à Saúde. O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio”” assinatura=”Rodrigo Aires, médico e RTD em reumatologia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mal generalizado A fibromialgia caracteriza-se também pela desregulação da resposta ao estresse e pela associação a síndromes funcionais. A queixa central é dor musculoesquelética generalizada crônica, vinculada a sintomas como fadiga, distúrbio do sono e cognitivos (memória e concentração) e alterações de humor (depressão e ansiedade). “Com frequência, a doença associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são aumentadas, como a síndrome do intestino irritável e cefaleia”, diz o especialista. Trata-se de uma doença mais comum entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de cada dez pacientes com o diagnóstico, sete a nove são do sexo feminino. No entanto, a síndrome também pode acometer homens, idosos, adolescentes e crianças. O diagnóstico para a fibromialgia é clínico, baseado nos incômodos apresentados pela condição, sem a necessidade de qualquer exame subsidiário. Sinais da doença O principal sintoma é a dor difusa crônica, ou seja, em ao menos quatro das cinco regiões do corpo — braço direito, braço esquerdo, perna direita, perna esquerda e tórax. Normalmente, o paciente não consegue definir quando e em qual região as dores começaram. São elas: → Síndrome do intestino irritado; → Dor de cabeça crônica; → Fadiga; → Distúrbios de sono; → Transtornos de humor, como depressão e ansiedade; → Déficit de atenção e de memória; → Formigamento nas mãos; → Ardência ao urinar. Como tratar De acordo com Aires, a estratégia para o cuidado ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de tratamentos farmacológico e não farmacológico. Tudo deve ser elaborado em discussão com o paciente, conforme a intensidade da dor, sua funcionalidade e suas características, considerando ainda questões biopsicossociais e culturais. Ao menos duas vezes na semana, pessoas com fibromialgia precisam realizar exercícios musculoesqueléticos. “Programas individualizados de exercícios aeróbicos podem ser benéficos para alguns pacientes. A intensidade depende da idade e da condição, atingindo o ponto de resistência leve, não o ponto de dor”, detalha o médico. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em adição às atividades físicas, são utilizados também medicamentos para tratamento de dor crônica como analgésicos, antidepressivos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes. “Na SES-DF realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária à Saúde. O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio”, complementa o RTD. Os pacientes nessa condição devem ser acompanhados por médicos das unidades básicas de saúde (UBSs). Caso a fibromialgia esteja associada a alguma outra doença reumática, o usuário pode ser encaminhado à avaliação com especialista em hospitais regionais da rede que tratam a síndrome: Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Ceilândia (HRC), Gama (HRG), Santa Maria (HRSM), Asa Norte (Hran) e ainda no Hospital da Região Leste (HRL – Paranoá) e no de Base. Fevereiro Roxo Com o lema “Se não houver cura, que no mínimo haja conforto”, a campanha Fevereiro Roxo, apoiada pela SES-DF, surgiu em 2014 para conscientizar sobre doenças como Alzheimer, lúpus e fibromialgia. O intuito é compartilhar informações referentes a sintomas e tratamentos disponíveis, e mostrar que o diagnóstico precoce ajuda a trazer resultados positivos mais rapidamente, com grande impacto na qualidade de vida. *Com informações da SES-DF
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Dores crônicas? É importante diagnóstico precoce
Arte: Divulgação/SES A campanha Fevereiro Roxo é voltada à conscientização e prevenção da fibromialgia, quadro doloroso crônico caracterizado por amplificação da percepção da dor, desregulação da resposta ao estresse e associação a síndromes funcionais. A queixa central é dor musculoesquelética generalizada crônica, associada a sintomas como fadiga, distúrbio do sono, distúrbios cognitivos (memória e concentração) e alterações de humor (depressão e ansiedade). [Olho texto=”“A fibromialgia associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são amplificadas”” assinatura=”Rodrigo Aires, RTD em reumatologia” esquerda_direita_centro=”direita”] “Com frequência, a fibromialgia associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são amplificadas, como a síndrome do intestino irritável e cefaleia”, o médico Rodrigo Aires, Referência Técnica Distrital (RTD) em reumatologia. “O diagnóstico da fibromialgia é clínico, baseado nesses sintomas da doença, sem a necessidade de qualquer exame subsidiário; eles podem ser solicitados apenas para diagnóstico diferencial.” De acordo com o especialista, a estratégia para o tratamento ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades de tratamentos farmacológico e não farmacológico. Tudo deve ser elaborado em acordo com o paciente, conforme a intensidade da sua dor, funcionalidade e suas características, sendo importante também levar em consideração questões biopsicossociais e culturais. Tratamento “Programas individualizados de exercícios aeróbicos podem ser benéficos para alguns pacientes, que devem ser orientados a realizar exercícios aeróbicos moderadamente intensos de acordo com a idade, de duas a três vezes por semana, atingindo o ponto de resistência leve, não o ponto de dor, evitando, dessa forma, a dor induzida pelo exercício”, complementa o médico. Analgésicos, antidepressivos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes são medicamentos utilizados para o tratamento de dor crônica em que há um processo de amplificação dos sintomas pelo sistema nervoso central. Segundo o Plano Distrital da Reumatologia, em acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, é recomendado que os pacientes com doenças crônicas de alta prevalência – como fibromialgia, osteoartrite e osteoporose – sejam acompanhados, em consultas regulares, por médicos capacitados no nível da assistência primária. As consultas com a reumatologia podem ser feitas em casos ou situações especiais, bem como perante dúvidas diagnósticas e terapêuticas. Redução dos sintomas “Na Secretaria de Saúde, realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária”, acrescenta Rodrigo Aires. “O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio, incluindo dor crônica generalizada, fadiga, insônia e sono não restaurador e disfunção cognitiva.” O tratamento deve ser individualizado, envolvendo medidas não farmacológicas e, na maioria dos pacientes, terapia medicamentosa. Alguns, particularmente aqueles que se apresentam inicialmente a médicos de cuidados primários, bem como os que não apresentam um transtorno do humor coexistente ou um distúrbio do sono significativos, podem responder adequadamente apenas às medidas não farmacológicas. “Na maioria dos pacientes da Atenção Secundária e Terciária, usamos medicamentos para o tratamento dos sintomas associados à fibromialgia, juntamente com medidas não farmacológicas”, detalha o médico. “No entanto, alguns pacientes respondem adequadamente apenas a medidas não farmacológicas, sobretudo os pacientes acompanhados na atenção primária.” Fatores diversos Na média, cerca de 50% da melhora dos pacientes com fibromialgia se deve ao tratamento não farmacológico, como na identificação e correção de fatores biopsicossociais, doenças psiquiátricas, episódios relacionados à higiene do sono e à realização de atividades físicas regulares que possam estar interferindo nos sintomas da doença. [Numeralha titulo_grande=”50%” texto=”da melhora dos pacientes se deve ao tratamento não farmacológico” esquerda_direita_centro=”centro”] O reumatologista explica que, embora a fibromialgia não seja um distúrbio com risco de vida, muitas pessoas temem que seus sintomas representem os estágios iniciais de uma condição mais grave, como o lúpus eritematoso sistêmico. Estudos de longo prazo não indicam que pessoas com fibromialgia tenham um risco aumentado de desenvolver outras doenças reumáticas ou condições neurológicas. Muitos continuam a sentir dor e fadiga crônica ao longo da vida, mas a maioria é capaz de trabalhar e realizar atividades normais. * Com informações da SES
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Garantia para novos atendimentos preferenciais
Além das prioridades para pessoas com deficiência, idosos com mais de 60 anos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e pessoas com obesidade grave ou mórbida, estabelecimentos comerciais, de serviços e instituições financeiras do Distrito Federal também terão que dar preferência no atendimento a pessoas que se submetem a hemodiálise, pessoas com fibromialgia e pessoas portadoras de neoplasia maligna. É o que garante a Lei nº 6.801, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha na última semana. [Olho texto=”“O paciente renal crônico em diálise já é uma pessoa hipertensa, diabética, coronariopata e, por causa disso, é debilitada. Essa lei facilita a vida dessas pessoas, fazem-nas sofrer menos” ” assinatura=”Lizandra Carvalho, médica nefrologista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto é de autoria do deputado distrital Martins Machado e altera o artigo 1º da lei nº 4.027, de 2007, legislação distrital que dispõe sobre a prioridade de atendimentos. De acordo com especialistas, a nova jurisprudência vem para facilitar a vida das pessoas que sofrem com essas comorbidades, visto que são doenças que acabam por debilitar muito o corpo humano. “O paciente renal crônico em diálise já é uma pessoa hipertensa, diabética, coronariopata e, por causa disso, é debilitada. A doença renal pode desenvolver situações secundárias, como anemia e doença mineral óssea, e os pacientes também sofrem muitas repercussões no corpo após uma sessão de diálise, e tem que fazer isso três ou seis vezes por semana. Essa lei facilita a vida dessas pessoas, fazem-nas sofrer menos”, explica a médica nefrologista Lizandra Carvalho, servidora da Secretaria de Saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A fibromialgia é uma doença reumatológica que causa dor crônica de difícil tratamento. Os episódios podem ser influenciados por diversas situações, e quando o paciente está em crise de dor, não consegue realizar atividades cotidianas. Já a neoplasia maligna são os cânceres, que por si só já são doenças debilitantes, e que tem um tratamento tão extenuante quanto.
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