Encontro celebra protagonismo de escolas da rede pública na Educação em Tempo Integral
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou, nos dias 25 e 26, a 2ª Mostra e o 3º Encontro de Educação em Tempo Integral, com foco na inclusão, criatividade e valorização de práticas inovadoras da rede pública. Com o tema “Incluir e Criar: possibilidades da Educação Integral em Tempo Integral”, a programação contou com exibições audiovisuais no Cine Brasília, entrega do Selo Ouro de Compromisso com a Educação Integral, além de debates e formações promovidas por meio de webinário na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape). Presente no evento, o secretário-executivo substituto da SEEDF, Jean François, destacou que a educação integral contribui para uma formação mais completa dos estudantes e os prepara melhor para o mercado de trabalho. “A educação integral é um mecanismo que oferece uma formação mais ampla para nossas crianças e jovens, preparando-os para o mundo do trabalho”, afirmou. Na 2ª Mostra de Educação Integral em Tempo Integral, oito documentários foram selecionados para apresentação no cinema | Foto: André Amendoeira/SEEDF Inclusão bilíngue Das 36 escolas que enviaram trabalhos, oito foram selecionadas para exibição no cinema. A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral (Subin), Vera Lúcia Ribeiro, destacou a participação inédita das escolas bilíngues para surdos. “Somos a única rede que possui escolas bilíngues de surdos em tempo integral. Não se trata apenas de ampliar o tempo, mas de ampliar as oportunidades e o desenvolvimento da criança”, afirmou. Segundo ela, os vídeos apresentados são “documentários vividos pelos estudantes, dentro da realidade da escola”. A diretora de Educação em Tempo Integral da Subin, Érica Soares, destacou a estratégia de divulgação. Os trabalhos enviados comporão uma mostra virtual disponível no site da Secretaria. “Isso facilita a integração entre gestores, que poderão conhecer outras realidades e até adaptar projetos”, explicou. O evento também contou com representantes do Ministério da Educação. O coordenador-geral de Ensino Médio do MEC, José Ricardo Albernás, reforçou a importância das ações do GDF. “O MEC promove uma política nacional de tempo integral há muito tempo. Em 2023, implementamos uma política mais ampla, o Programa Escola em Tempo Integral, que abrange toda a educação básica. Para ele, o tempo integral amplia as oportunidades de desenvolvimento das capacidades dos estudantes.” *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Novos alunos da Escola de Saúde Pública do DF participam de aula magna
Com uma aula magna proferida na noite de segunda-feira (17), a Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP/DF) recepcionou os estudantes aprovados no processo seletivo para os cursos técnicos em análises clínicas, enfermagem, saúde bucal e radiologia. São 200 novos alunos que iniciam uma jornada que integra aprendizado, ética e compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a solenidade, a vice-governadora Celina Leão afirmou à turma: “Vocês terão a oportunidade de ter uma formação e de impactar milhares de vidas” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Do encontro, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), também participaram gestores, docentes, preceptores, tutores, coordenadores e autoridades. Na ocasião, os estudantes puderam conhecer a dinâmica da escola, além do cronograma dos cursos e atividades que serão realizadas ao longo da trajetória acadêmica. Formação de qualidade “A aula magna tem um significado muito especial, que é o significado do cuidado”, declarou a vice-governadora Celina Leão. “Vocês terão a oportunidade de ter uma formação e de impactar milhares de vidas. Tem algo mais bonito do que você chegar dentro de uma rede pública de saúde e ter um profissional com um olhar humanizado para o cuidado com o próximo? Aproveitem ao máximo essa grande chance.” “Eu tenho certeza de que cada um de vocês aqui tem uma história, fizeram a inscrição para o curso, fizeram o processo seletivo e chegaram aqui, deixando seus pais e familiares orgulhosos” Fernanda Monteiro, diretora da ESP/DF Durante a abertura, a diretora da Fepecs, Inocência Rocha Fernandes, afirmou: “Hoje vocês têm a oportunidade de ingressar em uma escola comprometida com a formação de qualidade, com um diferencial importante: iniciar um curso em novembro e, já em fevereiro do ano que vem, estar inseridos nos cenários da Secretaria de Saúde. E nada disso seria possível sem o esforço dedicado dos nossos servidores e colaboradores”. A diretora da ESP/DF, Fernanda Monteiro deu as boas-vindas aos novos estudantes e apresentou um pouco do trabalho realizado pela escola. "Eu tenho certeza de que cada um de vocês aqui tem uma história, fizeram a inscrição para o curso, fizeram o processo seletivo e chegaram aqui, deixando seus pais e familiares orgulhosos”, afirmou. “O DF é pioneiro, no Brasil, na formação integrada de técnicos, ou seja, os residentes, os preceptores de residência vão receber, nos serviços lá na ponta, os nossos técnicos, e a formação será compartilhada, pois isso faz com que a gente reduza a distância entre os níveis de formação”. História de sucesso À época de sua criação, há pouco mais de um ano, a ESP/DF incorporou a Escola Técnica de Saúde de Brasília (Etesb), onde Maria Ivone Levay se formou, em 1999, em auxiliar de enfermagem — e, graças a isso, conquistou uma vaga no serviço público. “Já tinha curso superior, com formação em matemática, mas, como não conseguia emprego fixo, fiz o curso de auxiliar de enfermagem e prestei concurso para a Secretaria de Saúde, pois ia me garantir renda e estabilidade”, lembrou. “Por ser uma escola de excelência, praticamente todos da minha turma que fizeram o concurso conseguiram passar, tamanha era a qualificação dos profissionais”. [LEIA_TAMBEM]Maria Ivone, que também participou da aula magna, acredita que sua história pode inspirar outras pessoas, mesmo de pessoas que, como ela, já possuem nível superior. “Vocês, que estão aqui hoje, podem ter suas vidas transformadas como eu tive”, disse aos novos alunos. “Primeiro fiz o curso auxiliar, depois me qualifiquei com o curso técnico, e acredito que isso foi essencial para minha vida profissional”. Sobre os cursos Os cursos técnicos da ESP/DF integram o Programa de Ensino Técnico Associado às Residências em Saúde (Protec), instituído pela Portaria SES-DF nº 127 para apoiar o desenvolvimento de atividades formativas estruturadas para a qualificação da força de trabalho do SUS-DF. Os mais de 200 estudantes que iniciaram a nova jornada foram selecionados após processo seletivo de setembro, organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades). A formação é orientada para a atuação direta na assistência, nos serviços de apoio diagnóstico e nos processos de trabalho da rede pública de saúde, contribuindo para o fortalecimento da educação permanente em saúde, ampliando competências e elevando a qualidade do cuidado prestado à população do Distrito Federal. *Com informações da Fepecs
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Revistas educativas do DF se destacam na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
As revistas Com Censo e Com Censo Jovem, publicações da Secretaria de Educação (SEEDF), foram destaque na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada entre os dias 21 e 26 deste mês. A iniciativa, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, reuniu pesquisadores e projetos de fomento à ciência de todo o Brasil. Publicações são voltadas à produção científica acadêmica | Foto: Divulgação/SEEDF A participação comprovou a relevância da Com Censo Jovem, que desde 2022 promove a iniciação científica na educação básica. A publicação funciona como um veículo para divulgar artigos e relatos de experiências escritos pelos próprios estudantes sob a orientação de professores. Dessa maneira, o estímulo à pesquisa na rede pública é uma estratégia importante para o desenvolvimento do pensamento crítico dos jovens e para incentivá-los a tornarem-se futuros pesquisadores. [LEIA_TAMBEM]Bárbara Boaventura, professora de língua portuguesa e editora-chefe da Com Censo Jovem, reforça a influência do periódico para estimular a produção científica, especialmente entre o público mais jovem: “A revista é um veículo vanguardista de promoção da ciência no Brasil, visto que poucas publicações no país oferecem aos jovens a oportunidade de serem autores de textos acadêmicos”. Formação de educadores Paralelamente, a revista Com Censo, que é publicada desde 2014, foca a produção científica de professores e pesquisadores de todo o Brasil. A iniciativa valoriza a produção acadêmica e contribui para a formação continuada dos educadores, divulgando dossiês temáticos relevantes para o campo da educação. A publicação já conta com 42 edições e foi avaliada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) como Qualis B1, indicador de excelência nacional, refletindo a seriedade e o valor acadêmico das produções científicas do periódico. As edições de ambas as revistas estão disponíveis para acesso no portal de periódicos da Secretaria de Educação. *Com informações da Secretaria de Educação
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Inscrições para percursos formativos do 2º semestre vão até domingo (10)
Termina neste próximo domingo (10), o prazo de inscrição para os percursos formativos do segundo semestre da Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). Servidores efetivos e temporários das carreiras de magistério público e assistência à educação da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), além de professores de unidades parceiras da educação infantil, podem inscrever-se pelo site oficial da Eape. Arte: SEEDF Os cursos, oferecidos nos formatos presencial e EaD, abrangem diversas áreas, incluindo o programa Horizontes Digitais, que foca em inovações tecnológicas para educadores. Somente em 2024, mais de 10 mil servidores participaram das formações promovidas pela Eape. No primeiro semestre de 2025, o número de atendimentos chegou a 12.522. Com a ampliação da oferta e a diversidade de temas, a expectativa é de que o número de participantes seja ainda maior no segundo semestre deste ano. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Abertas inscrições para percursos formativos de profissionais da Educação no 2º semestre de 2025
A Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) abriu, nesta segunda-feira (28), as inscrições para os percursos formativos do segundo semestre de 2025. Os servidores da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) interessados em ampliar conhecimentos e aperfeiçoar práticas pedagógicas podem se inscrever até o dia 10 de agosto, pelo site oficial da Eape. Os cursos ofertados são gratuitos e voltados para os servidores efetivos e temporários das carreiras de magistério público e assistência à educação. Também seguem abertas as vagas para professores de unidades parceiras da educação infantil. Os percursos formativos da Eape contemplam uma variedade de temáticas, organizadas por eixos como Inclusão e educação especial; Gestão educacional; Educação e sustentabilidade; Metodologias e práticas pedagógicas; Tecnologias e inovação; Política Nacional do Ensino Médio; Mobilidade e trânsito, e Formação para a EJA. Percursos formativos representam uma grande oportunidade de capacitação para servidores da educação, contemplando diferentes áreas de atuação | Foto: André Amendoeira/SEEDF As formações são oferecidas nos turnos matutino, vespertino, noturno e em formato EaD, o que garante mais flexibilidade de participação aos servidores. A lista completa de cursos pode ser acessada aqui. Somente em 2024, mais de 10 mil servidores participaram das formações promovidas pela Eape. No primeiro semestre de 2025, o número de atendimentos chegou a 12.522. Com a ampliação da oferta e a diversidade de temas, a expectativa é de que o número de participantes seja ainda maior no segundo semestre deste ano. Tecnologia “Estamos animados em colocar em prática, neste semestre, o percurso Horizontes Digitais: Inovações para Educadores do Futuro”, destaca Luciana de Almeida, diretora de Formação e Pesquisa da Eape. O percurso integra o Programa Horizontes Digitais, criado pela Portaria nº 264. Ele se apoia em três pilares: o domínio das tecnologias digitais em sala de aula, a formação contínua dos profissionais da educação e a garantia da infraestrutura necessária para a efetiva aplicação dos recursos. “Nosso objetivo é transformar o ambiente escolar e as práticas pedagógicas, estimulando o uso crítico, criativo e prazeroso dos recursos digitais já disponíveis para estudantes e professores” Luciana de Almeida, diretora de Formação e Pesquisa da Eape “Nosso objetivo é transformar o ambiente escolar e as práticas pedagógicas, estimulando o uso crítico, criativo e prazeroso dos recursos digitais já disponíveis para estudantes e professores”, enfatiza Luciana. Capacitação Entre os destaques da programação também estão os cursos Inteligência Artificial na Educação: Práticas Pedagógicas para o Século XXI; Agroecologia como Matriz Formativa na Escola do Campo; Educação em Tempo Integral: Premissas e Práticas Pedagógicas para a Educação Básica e Trilha Formativa do Programa Superação; voltados à recomposição das aprendizagens nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. Já na área da inclusão, cursos como Deficiência Intelectual: Aporte para Prática Pedagógica; Conhecendo a Trissomia do 21; Educação Precoce: Interações com Alunos com Deficiência e TEA e Sistema Braille Integral – Leitura e Escrita, seguem como fundamentais para o fortalecimento da educação inclusiva na rede pública de ensino. A Eape também reafirma seu compromisso com a valorização da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Mais de 15 cursos estão disponíveis para professores dessa modalidade, distribuídos por regionais de ensino e voltados tanto a educadores da rede quanto a educadores populares. *Com informações da Secretaria de Educação
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Eape prorroga inscrições para seleção de formadores
A Secretaria de Educação (SEEDF) prorrogou para o dia 22 deste mês o prazo final das inscrições do processo seletivo externo simplificado para servidores efetivos da carreira de magistério público do Distrito Federal. A seleção busca profissionais para atuarem como formadores na Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). Eape seleciona profissionais para atuarem nos ciclos da matriz de formação curricular da instituição | Foto: Jotta Casttro/SEEDF Ao todo, serão ofertadas 100 vagas, divididas entre 50 para provimento imediato e 50 para cadastro reserva. Os formadores selecionados atuarão nos ciclos da matriz de formação curricular da Eape, abordando temas como Aprendizagens e tecnologias, Planejamento e práticas de gestão pedagógica e Diversidade e inclusão, entre outros. Processo seletivo Para participar, os candidatos devem ser servidores efetivos da SEEDF e apresentar formação superior em docência e pós-graduação reconhecida pelo MEC. Também é necessária experiência de, no mínimo, cinco anos em regência de classe ou orientação educacional. O processo seletivo será composto por duas etapas eliminatórias e classificatórias: análise documental e apresentação oral do plano de ciclo/percurso, em que os candidatos detalharão propostas de formação alinhadas às necessidades da rede de ensino. Com carga de 20 horas semanais, trabalho de formadores inclui congressos, seminários, palestras e elaboração de materiais pedagógicos As inscrições devem ser feitas pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI), com envio de documentos digitalizados até o dia 22 deste mês. As bancas para apresentação oral ocorrerão entre os dias 26 e 29, e o resultado final será divulgado em 10 de dezembro. Atribuições dos formadores Os profissionais selecionados serão responsáveis por planejar, ministrar e avaliar cursos e ações de formação continuada para professores e gestores. As atividades podem incluir congressos, seminários, palestras, elaboração de materiais pedagógicos e outras iniciativas que promovam a qualificação contínua da rede pública de ensino. A jornada de trabalho será de 20 horas semanais, exclusivamente no turno noturno, ou 40 horas semanais, nos turnos matutino e vespertino. *Com informações da Secretaria de Educação
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Pesquisadores e professores transformam o ensino de superdotados no Distrito Federal
Nas reportagens anteriores desta série, dedicada ao Dia da Pessoa com Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), celebrado em 11 de novembro, exploramos a evolução das políticas públicas voltadas para os estudantes do Distrito Federal. Nesta terceira e última matéria, abordaremos a história das pesquisas acadêmicas sobre o ensino de pessoas com AH/SD, com destaque para a formação dos professores que atuam nas salas de recursos das escolas públicas. Oficina de adequação curricular para professores regentes de estudantes com AH/SD, realizada em maio de 2024 | Fotos: Divulgação/SEEDF Pesquisadoras pioneiras A história das pesquisas sobre AH/SD no DF começou de forma estruturada na década de 1970, com a criação do Programa de Atendimento ao Superdotado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). A iniciativa foi influenciada pelos trabalhos da professora e doutora Helena Antipoff, cujas teorias e metodologias serviram de base para o desenvolvimento do primeiro programa. Nos anos 1980, uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a SEEDF resultou em pesquisas sistemáticas sobre o tema, gerando os primeiros trabalhos acadêmicos voltados para a realidade local. Nesse período, a professora emérita da UnB Eunice Maria Lima destacou-se como pioneira nos estudos de criatividade e altas habilidades no Brasil. Responsável por incluir conteúdos sobre AH/SD nos cursos de Psicologia da universidade, ela é reconhecida como uma das figuras mais importantes na educação e pesquisa sobre superdotação no DF. “Admiro o trabalho desta Secretaria de Educação. É um dos poucos programas de atendimento ao superdotado público que se mantém ao longo das décadas sem sofrer descontinuidades” Denise de Souza Fleith, doutora em psicologia educacional “O DF tem uma longa tradição nesses programas desde os anos 1970, com um número crescente de estudantes, tanto de escolas públicas quanto particulares. A SEEDF conta com uma equipe qualificada, e o programa tem se destacado como referência nacional no atendimento a alunos com AH/SD”, afirmou a professora. Pesquisas acadêmicas Nos anos 2000, as doutoras Denise de Souza Fleith e Ângela Virgolim contribuíram para a expansão das pesquisas na área. A criação da linha de pesquisa em Desenvolvimento Humano e Altas Habilidades no programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde da UnB foi um marco, resultando em mais publicações científicas e metodologias adaptadas à realidade local. “A UnB, por meio de seu Instituto de Psicologia, destacou-se como a primeira universidade brasileira a oferecer cursos específicos na área de altas habilidades como parte do currículo de graduação, incluindo a disciplina Superdotação, Talento e Desenvolvimento Humano, além de disciplinas de pesquisa e estágios para psicólogos nos cursos de bacharelado e licenciatura”, afirmou Virgolim. Com mais de 80 profissionais especializados, a rede pública do DF realiza um trabalho integrado com a UnB e a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) para a formação continuada de educadores Fleith elogiou o trabalho da SEEDF: “Admiro o trabalho desta Secretaria de Educação. É um dos poucos programas de atendimento ao superdotado público que se mantém ao longo das décadas sem sofrer descontinuidades. Acredito que o atendimento educacional especializado oferecido pela SEEDF é uma referência para outras unidades da federação brasileira e para o cenário internacional”, concluiu. No Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (PED) do Instituto de Psicologia (IP) da UnB, as professoras Renata Muniz e Jane Farias passaram a dar continuidade aos estudos que vinham sendo realizados, além de ministrar atividades de extensão para os docentes da rede pública, voltadas para o atendimento educacional em altas habilidades e superdotação. “Nosso objetivo é que o conhecimento seja implementado na prática diária, por meio de projetos que gerem resultados concretos, como oficinas ou protocolos de identificação”, explica Renata. Aperfeiçoamento Com mais de 80 profissionais especializados, a rede pública do DF realiza um trabalho integrado com a UnB e a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) para a formação continuada de educadores. A universidade oferece disciplinas, cursos de extensão e programas de pós-graduação sobre AH/SD, enquanto a Eape complementa com oficinas e seminários regulares. “Nosso objetivo é que o conhecimento seja implementado na prática diária, por meio de projetos que gerem resultados concreto”, ressalta a professora Renata Muniz O curso de Atendimento Educacional em Altas Habilidades/Superdotação, oferecido em parceria com o Ministério da Educação (MEC), é um dos destaques na formação de professores. Com duração de seis meses e formato a distância, o curso capacita os profissionais para identificar e atender às necessidades de alunos com AH/SD. O programa aborda temas essenciais, como o desenvolvimento histórico e as definições da área de Altas Habilidades/Superdotação, suas diferentes concepções, legislação e políticas públicas. Também explora as características cognitivas e socioafetivas das pessoas superdotadas, métodos de identificação, particularidades de populações especiais com AH/SD e práticas educacionais específicas para atender às necessidades desses estudantes. Segundo a professora Renata Muniz, o curso tem um diferencial importante: todo o corpo docente possui experiência prática com superdotação. “As atividades são voltadas para a realidade do cursista, e o trabalho final é um projeto que resulta em um produto concreto, como um curso de formação para sua regional, uma oficina ou um protocolo de identificação. Nosso objetivo é que o conhecimento seja implementado no dia a dia da sala de aula”, explica. Para Saron Batista, professora itinerante do Atendimento Educacional Especializado para Altas Habilidades/Superdotação (AEE-AH/SD) da Escola Classe (EC) 64 Ceilândia, o curso oferecido pela UnB em parceria com o MEC tem fortalecido significativamente o atendimento aos alunos superdotados na rede pública do DF. “Com uma equipe técnica de alto nível, formada por mestres, doutores e especialistas, a formação tem se mostrado transformadora em suas duas edições, capacitando nossos professores e contribuindo para práticas educacionais mais inclusivas nas salas de recursos”, afirma. Saron Batista, professora itinerante do AEE-AH/SD, em atividade com os profissionais de educação na EC 64 de Ceilândia Formação continuada A formação continuada é coordenada pela Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), vinculada à Subsecretaria de Educação Básica (Subeb). Segundo Linair Moura, chefe de unidade da Eape, a qualificação está fundamentada nas diretrizes de formação continuada da SEEDF e em outros documentos normativos, seguindo uma perspectiva crítico-emancipatória e pós-crítica. “O processo formativo dos profissionais da educação deve estar articulado com o mundo social, político e cultural, cumprindo sua função institucional e social de promover a melhoria das práticas profissionais, visando ao aprimoramento da aprendizagem dos estudantes”, destaca Linair. O curso de AEE para Altas Habilidades/Superdotação oferecido pela Eape tem como principais objetivos: • Capacitar educadores para identificar, atender e estimular o potencial dos estudantes; • Desenvolver a compreensão das características específicas de alunos com altas habilidades; • Reconhecer diferentes perfis, desde os altamente criativos até os academicamente talentosos; • Fornecer estratégias práticas para adaptação curricular; • Implementar atividades de enriquecimento e suplementação além do currículo tradicional. O programa oferece suporte integral em três dimensões fundamentais: • Alunos – Atendimento direto e desenvolvimento de potencialidades; • Professores – Capacitação e suporte para adaptações pedagógicas; • Famílias – Orientação por professores itinerantes e psicólogos do AEE, garantindo apoio contínuo tanto no ambiente escolar quanto familiar. Priscila Eduardo, professora itinerante em Taguatinga, participou do curso “A Superdotação no Contexto Escolar”, promovido pela Eape em 2009. “Foi um marco em minha carreira, pois me apresentou a teoria de Renzulli, proporcionando-me ferramentas essenciais para atender às necessidades específicas desses alunos”, relata. Oficina de adequação curricular para professores regentes de estudantes com AH/SD, ministrada pelas professoras itinerantes Priscila Eduardo e Marta Mendes Desafios Nos últimos anos, o cenário educacional para AH/SD registrou avanços significativos na criação de ambientes escolares mais inclusivos e acolhedores. Tais espaços buscam incentivar alunos com AH/SD a desenvolverem plenamente seu potencial, em um ambiente que respeite e valorize suas individualidades. Contudo, um problema persistente no cenário das AH/SD é a sub-representação feminina. Pesquisas indicam que, em média, apenas 40% dos estudantes identificados com AH/SD são meninas, revelando uma disparidade significativa em relação aos meninos. “A trajetória de mais de quatro décadas no DF demonstra o compromisso da rede pública em atender com qualidade os estudantes com AH/SD” Lucilene Barbosa Gomes, gerente de Atendimentos Educacionais Especializados A professora Saron Batista, autora do livro O Perfil da Menina Superdotada de Ceilândia, relata ter observado que muitas meninas com potencial para a área de exatas são direcionadas para as áreas de humanas, reforçando estereótipos de gênero. “Em meus estudos recentes, constatei que fatores culturais e estereótipos de gênero continuam impactando a forma como as meninas com superdotação são percebidas e incentivadas”, afirma. A professora Gizelle Pires, também atuante no polo de Ceilândia, complementa: “A falta de estímulo e o preconceito em relação ao potencial feminino, além da ausência de modelos femininos em áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, são desafios que precisamos superar para garantir que essas meninas recebam o apoio necessário e explorem todo o seu potencial”. “A trajetória de mais de quatro décadas no DF demonstra o compromisso da rede pública em atender com qualidade os estudantes com AH/SD”, afirma Lucilene Barbosa Gomes, gerente de Atendimentos Educacionais Especializados (Gaesp). Para ela, os avanços nas pesquisas acadêmicas e na formação continuada dos professores são impressionantes e cada vez mais necessários. “Mas sabemos que precisamos ampliar o conhecimento sobre o tema, a fim de que todos os profissionais da rede tenham um olhar sensível para identificar comportamentos sugestivos de AH/SD e, assim, assegurar que todas as escolas estejam preparadas para proporcionar um ambiente enriquecedor que permita que esses estudantes floresçam plenamente”, completa. *Com informações da Secretaria de Educação
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Capacitação de servidores da assistência social fortalece atendimento à população
A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) anunciou o lançamento do Plano de Formação e Educação Permanente (Pfep) para o período de 2024 a 2027. Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), em 4 de julho, o documento planeja a capacitação dos servidores, com o objetivo de fortalecer os serviços prestados à população. O Plano de Educação Permanente reflete as necessidades de capacitação identificadas pelos próprios servidores, com base em respostas obtidas através de formulário eletrônico | Foto: Renato Raphael/ Sedes-DF “Capacitar profissionais é um investimento crucial para oferecer um atendimento de qualidade à população, especialmente ao nosso público em situação de vulnerabilidade socioeconômica”, ressalta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. O plano de formação é baseado nas diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente do Sistema Único de Assistência Social (Pnep/Suas) e na Política Nacional da Assistência Social (Pnas). Essas normas ajudam a orientar como os serviços, programas e projetos devem ser realizados. Além disso, elas organizam a formação e a educação contínua das pessoas que trabalham nas unidades de assistência social. “O Plano de Educação Permanente reflete as necessidades de capacitação identificadas pelos servidores, elaborado com base nas respostas obtidas através de formulário eletrônico”, explica a coordenadora de Educação Permanente da Sedes,Janine Bastos. As principais necessidades de capacitação identificadas para os próximos anos (2024-2027) abrangem temas relacionados ao comportamento, como comunicação, gestão de pessoas e criatividade; à área técnico-administrativa, incluindo atendimento ao público, informática e conhecimento jurídico, e a questões pertinentes à assistência social, como infância e juventude, violação de direitos, segurança alimentar e trabalho infantil, entre outros. A proposta é disseminar esses conhecimentos entre os profissionais, técnicos e especialistas que atuam nas unidades do Centro de Referência em Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), dos centros Pop e outras unidades. Segundo a Gerência de Formação da Sedes, a partir dos temas abordados, a secretaria vai promover o desenvolvimento e a atualização dos assuntos de maneira contínua, havendo adaptação às mudanças por meio de cursos, oficinas e outras ações educacionais oferecidas, inclusive, na Escola Virtual. Atualmente, a Escola Virtual conta com 4.005 usuários e oferece 57 cursos; de janeiro a junho de 2024, foram lançados seis novas formações e três certificações | Foto: Divulgação/ Sedes-DF Cursos online Relançada em julho, a plataforma de ensino da Sedes trouxe melhorias que facilitam o acesso aos conteúdos pelos servidores, como filtros por área de conhecimento, modalidade e tipo de inscrição, além de espaços para perguntas frequentes, sugestões e comentários. A novidade é que, a partir do relançamento do ambiente virtual, os certificados emitidos passarão a ter validade no âmbito do Governo do Distrito Federal (GDF). Os cursos da Escola Virtual são exclusivos para servidores da Sedes. No entanto, trabalhadores de organizações da sociedade civil (OSC) parceiras da pasta podem participar mediante preenchimento de termo de compromisso e autorização da chefia. Atualmente, a plataforma da Sedes conta com 4.005 usuários e oferece 57 cursos. Nos primeiros seis meses de 2024, foram lançados seis cursos e três certificações, com 478 certificados emitidos. *Com informações da Sedes
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