DF recebe mais de 9 mil vacinas contra bronquiolite para gestantes
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) recebeu, nesta terça-feira (2), 9.465 doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) para gestantes. As doses serão distribuídas para todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. A vacinação das gestantes começa nesta quarta-feira (3). A vacina será aplicada em gestantes a partir da 28ª semana de gestação, sem restrição de idade materna. O esquema será de dose única a cada gestação. O objetivo é prevenir a bronquiolite em bebês recém-nascidos. “O início da vacina materna contra vírus sincicial respiratório será uma importante estratégia de prevenção da bronquiolite nos bebês através da transferência de anticorpos através da placenta da mãe”, explica a gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira. Secretaria de Saúde recebeu, nesta terça-feira (2), 9.465 doses da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) para gestantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF As vacinas foram adquiridas pelo Ministério da Saúde, que fechou a compra de 1,8 milhão de doses do imunizante contra o VSR. O primeiro lote, com 673 mil doses, está sendo distribuído por todo o país. A meta é vacinar pelo menos 80% do público-alvo. Nirsevimabe Além da vacinação das gestantes, a imunização de recém-nascidos contra o vírus sincicial respiratório está mantida pela Secretaria de Saúde do DF. A imunização com o anticorpo monoclonal Nirsevimabe está prevista para fevereiro, período de maior incidência de doenças respiratórias em bebês. *Com informações da SES-DF
Ler mais...
Especialistas destacam cuidados para uma gravidez tranquila após os 40 anos
Primeiro os estudos, depois a carreira, relacionamento, estabilidade, viagens e, por último, a maternidade. Cada vez mais as mulheres têm mudado o foco e deixado o plano de ser mãe para depois. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 a 2022, o número de brasileiras que se tornaram mães após os 40 anos cresceu 59,98%. A ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Ana Carolina Ramiro, destaca a importância de se atentar para um planejamento familiar, tendo em vista que a produção de óvulos diminui significativamente com a idade. “Depois dos 40 anos, as chances de gravidez natural caem para menos de 5% por ciclo. Além disso, os óvulos disponíveis apresentam maior probabilidade de alterações genéticas, com predisposição para síndromes, como a de Down, por exemplo. E, infelizmente, as chances de aborto também aumentam”, alerta. Com 40 anos e grávida do terceiro filho, Mônica Christiani Ribeiro foi internada no HRSM por pressão alta e recebe acompanhamento contínuo no pré-natal de alto risco | Fotos: Divulgação/IgesDF “Ter um filho após os 40 não é apenas gestar uma criança, é equilibrar o agora ou nunca com a esperança de que tudo tem seu tempo. Com a idade, o corpo pode resistir mais à gravidez. Nem todo risco é só físico, muitos são emocionais”, afirma a médica. De acordo com a especialista, é comum que muitos questionamentos apareçam e todos são importantes, pois há mais chances de complicações em uma gestação tardia. Os riscos de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, abortos, hemorragias pós-parto e trabalho de parto prematuro aumentam bastante. Ainda assim, com acompanhamento médico e cuidados adequados, muitas mulheres têm gestações saudáveis após os 40 anos. “Observamos na prática diária no pré-natal de alto risco que essas pacientes apresentam mais comprometimento com o acompanhamento da gestação, o que pode incluir exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar”, relata. Ana Carolina ressalta que nem toda gravidez tardia é considerada de alto risco, mas, como as chances aumentam acima dos 40 anos, é indispensável ter avaliação médica constante e acompanhamento rigoroso, preferencialmente com obstetras especializados. Referência em atendimento às gestantes de alto risco, o Hospital Regional de Santa Maria possui dez leitos de internação exclusivos para este perfil dentro da maternidade. As pacientes internadas são acompanhadas diariamente pela equipe multidisciplinar até que a alta médica ou parto ocorram com segurança para mãe e bebê. “Observamos na prática diária no pré-natal de alto risco que essas pacientes apresentam mais comprometimento com o acompanhamento da gestação, o que pode incluir exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar”, afirma a ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do HRSM, Ana Carolina Ramiro A psicóloga Alane Lima trabalha na maternidade do HRSM e percebe em seus atendimentos que as gestantes com idade superior a 40 anos possuem uma carga emocional maior com relação à gravidez. “Algumas chegam com histórico de perdas gestacionais anteriores e já enfrentavam dificuldade para engravidar. Outras, não imaginavam que pudessem engravidar nessa idade, lidando, então, com uma gestação não planejada. Tudo isso, somado ao fato de ser uma gestação de alto risco e de precisarem de hospitalização, aumenta a ansiedade e a preocupação”, explica. Segundo ela, é comum também o medo de complicações gestacionais ou obstétricas e de não darem conta de cuidar do bebê, não terem mais aquele "pique" para lidar com os desafios da maternidade. É então que entra o trabalho ativo da Psicologia, suporte essencial para lidar com medos, acolher frustrações e criar um espaço seguro para expressarem suas angústias sem julgamentos, fortalecendo o vínculo mãe-bebê e desmistificando crenças relacionadas à maternidade ideal. Diferença entre gestações [LEIA_TAMBEM]Mônica Christiani Ribeiro, está internada no Centro Obstétrico do HRSM desde a última quarta-feira (9) por conta da pressão alta. Ela está com 35 semanas de gestação, à espera de sua terceira filha, Maitê, que deverá nascer nos próximos dias. Além da pressão alta, ela é diabética e desde o início da gestação tem que ter cuidados redobrados e acompanhamento contínuo no pré-natal de alto risco. A gravidez não foi planejada. “Não pensei que ainda fosse engravidar, porque já tenho 40 anos, problemas hormonais e ovários policísticos, o que dificulta uma gestação. Por isso nem estava me prevenindo. Coloquei nas mãos de Deus, porque meu marido ainda não tinha nenhum filho e ele tinha essa vontade. Então, quando recebemos a notícia, ficamos felizes, não esperávamos que iria acontecer, mas deu certo e veio nossa bebê”, explica. Mãe de um casal de 21 e 17 anos, Mônica sentiu na pele o peso da idade e a diferença entre gestações em idade mais jovem e depois dos 40. Além dos problemas de saúde que ela não tinha na juventude, o vigor físico é menor e o corpo sente bem mais o impacto de gerar uma nova vida. Além disso, surgem outras demandas psicológicas. “Existem mais preocupações com a saúde da bebê, com a hora do parto, se vai ocorrer tudo bem, se ela pode ter alguma síndrome. Sei dos riscos, são bem maiores agora e isso gera uma preocupação e ansiedade. São medos diferentes, antes eu tinha medo de não saber cuidar, agora nem me preocupo com isso”, relata. No entanto, o ponto positivo que Mônica percebe é que, hoje, tem maturidade para buscar informações sobre qualquer dúvida que surge, o que nunca fez em suas outras gestações. Ela lê, assiste vídeos, vai atrás de páginas médicas e esclarece tudo, além de fazer um pré-natal rigoroso, sem faltar nenhuma consulta. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Programa oferece às servidoras do GDF apoio institucional na maternidade
Conciliar maternidade e vida profissional pode ser um desafio, mas as servidoras do Governo do Distrito Federal (GDF) contam com uma importante rede de apoio: o Programa de Atenção Materno Infantil para Servidores do DF (Proamis). A iniciativa é vinculada à Secretaria de Economia (Seec-DF), por meio da Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali). O Programa de Atenção Materno Infantil para Servidores do DF (Proamis) promove cursos, palestras e oficinas presenciais e online sobre temas como gestação, puerpério, parentalidade, vínculo mãe-bebê e primeira infância | Foto: Divulgação/Seec-DF O Proamis é uma política pública voltada ao cuidado com a gestante, ao incentivo à amamentação e à proteção da primeira infância. Por meio dele, servidoras da administração direta do GDF e do Tribunal de Contas do DF (TCDF) podem participar de atividades educativas, receber orientações sobre gestação e parentalidade, além de concorrer a uma vaga no Berçário Institucional Buriti, localizado no Anexo do Palácio do Buriti. As vagas são disponibilizadas conforme os critérios definidos em editais públicos, respeitando a ordem de classificação e as regras do programa. Desde sua criação, o programa já atendeu mais de 900 mães servidoras, promovendo bem-estar e segurança em uma das fases mais importantes da vida. “Ao garantir apoio durante a gestação, incentivo à amamentação e condições adequadas para o cuidado com os filhos, o Proamis contribui para que maternidade e trabalho caminhem juntos, com mais equilíbrio. O número de mães atendidas mostra como essa política faz diferença na vida das servidoras”, destaca o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior. [LEIA_TAMBEM]Além do atendimento direto, o Proamis promove cursos, palestras e oficinas presenciais e online, em parceria com a Escola de Governo (Egov), sobre temas como gestação, puerpério, parentalidade, vínculo mãe-bebê e primeira infância. Tudo isso pensado para apoiar quem cuida, valorizando a maternidade e fortalecendo o vínculo entre mães e filhos, com ações que também promovem a qualidade de vida no trabalho das servidoras, garantindo acolhimento, bem-estar e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Veja, abaixo, os três eixos de atuação. → Apoio à gestante: oferece atividades informativas e rodas de conversa para servidoras grávidas, com orientações sobre gravidez, maternidade e os cuidados com o bebê. → Incentivo à amamentação: promove o aleitamento materno com apoio especializado e estrutura física, como a Sala Dourada (6º andar do Anexo do Buriti), onde as mães podem fazer a ordenha com conforto e privacidade. A amamentação também é incentivada mesmo após o fim da licença-maternidade, especialmente para aquelas com vagas no berçário. → Proteção à infância: reforça a importância dos vínculos afetivos e do desenvolvimento saudável nos primeiros anos de vida, priorizando o bem-estar da criança. Como participar A servidora interessada pode se cadastrar no programa a qualquer momento — até mesmo antes da confirmação da gravidez — pelo Portal de Serviços do GDF. Para mais informações, acesse este link ou entre em contato pelo telefone: (61) 3414-6230. *Com informações da Seec-DF
Ler mais...
Como o ferro e as vitaminas sustentam uma gestação
A gestação é um período de transformações fisiológicas intensas no corpo da mulher, que precisa não apenas sustentar o crescimento do bebê, mas também se preparar para o trabalho de parto. Nesse processo, a demanda por micronutrientes como ácido fólico, vitamina B12 e, especialmente, ferro, se torna crucial. Manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é essencial para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mãe. Alguns estudos apontam a deficiência de ferro como um problema que afeta até 52% das gestantes. O mineral é muito demandado pelo corpo durante a gestação, pois atua no desenvolvimento do cérebro da criança, na prevenção do parto prematuro e da mortalidade perinatal. Ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Ana Carolina Ramiro destaca a importância do ferro como transporte de oxigênio para mãe e bebê. No Hospital de Santa Maria, as gestantes acompanhadas no ambulatório de alto risco têm acesso a exames para avaliar os níveis dos nutrientes diretamente no laboratório | Foto: Divulgação/IgesDF “Este é um cuidado invisível, o ferro e as vitaminas sustentam duas vidas. Há uma alquimia silenciosa acontecendo no corpo de uma mulher grávida. Algo que a ciência mede em miligramas, mas que a vida traduz em milagre. Ali, dentro dela, um coração pulsa antes mesmo de compreender o amor. E para que esse coração cresça, para que os pulmões se abram ao primeiro choro, para que os ossos se firmem no tempo é necessário ferro e vitaminas”, explica. Segundo a ginecologista, durante a gestação, a mãe entrega tudo de si ao filho: sangue, cálcio, hormônios, vitaminas e até a energia que já não tem. O bebê, com fome de vida, absorve o que pode. Mas, se faltar ferro, falta fôlego para o bebê, para a placenta e, principalmente, para a própria mulher. “A anemia é traiçoeira. Ela chega disfarçada, com cansaço aqui, uma tontura ali. Mas por trás desses sintomas leves, pode se esconder um perdigo profundo como um parto complicado, um bebê de baixo peso, uma mãe esgotada antes mesmo de ouvir o primeiro choro”, alerta Ana Carolina Ramiro. [LEIA_TAMBEM]A médica enfatiza que, embora pareçam medidas simples, um exame de sangue, uma cápsula diária ou uma alteração no cardápio, são cuidados fundamentais. “Se faltar tijolo, a estrutura sente. Se faltar ferro, a fadiga não é só física, é um sinal de que o corpo está tentando sustentar dois destinos com uma reserva que já se esgota”. Cuidado de mãe No Hospital Regional de Santa Maria, as gestantes acompanhadas no ambulatório de alto risco têm acesso a exames para avaliar os níveis dos nutrientes diretamente no laboratório. Raimunda Nonata da Conceição, 40 anos, está grávida de 31 semanas, esperando a pequena Geovana. Paciente de alto risco, ela faz o pré-natal no ambulatório do HRSM, sob os cuidados da médica Ana Carolina. Atualmente, segue uma suplementação com polivitamínico, vitamina D, sulfato ferroso e cálcio. “Como já passei por um tratamento contra o câncer, estou redobrando os cuidados nesta gravidez. Disseram que eu talvez não conseguisse engravidar novamente, mas aconteceu. Por isso, não esqueço de tomar minhas vitaminas de jeito nenhum. Aaté coloco despertador para lembrar. Sei que são essenciais para que minha filha se desenvolva bem”, conta Raimunda. Mãe de outros quatro filhos, ela lembra que as gestações anteriores foram tranquilas, sem nenhuma intercorrência. Agora, segue confiante enquanto aguarda a chegada da caçula. Vitaminas essenciais As vitaminas são fundamentais durante a gestação, cada uma cumprindo um papel essencial. A ginecologista Ana Carolina Ramiro explica que o ácido fólico, por exemplo, é responsável por formar o sistema nervoso do bebê, prevenindo malformações. A vitamina D fortalece o organismo, contribuindo para a saúde óssea e reforçando a imunidade da mãe. Já a vitamina B12 é crucial na formação do cérebro e do sangue, enquanto a vitamina C potencializa a absorção do ferro. “Por isso, o cuidado não deve esperar pelos sintomas. Ele precisa chegar antes do susto, no pré-natal bem feito, nos exames em dia, no prato colorido e no remédio tomado corretamente”, alerta Ana Carolina. A médica também destaca a importância de uma alimentação equilibrada, que deve incluir frutas, verduras, feijão, carnes magras, ovos e grãos integrais. “Costumo dizer que devemos seguir a dieta das crianças: sobremesa só se almoçar bem, e besteiras apenas no fim de semana, sem exageros”, recomenda. Por fim, reforça a necessidade dos suplementos prescritos pelo médico. “Mesmo com uma boa alimentação, eles podem ser indispensáveis. Por isso, deixo um recado para as gestantes: antes de olhar para o ultrassom, olhem para o seu sangue.” *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Síndromes hipertensivas durante a gestação podem ser controladas com pré-natal bem feito
As síndromes hipertensivas da gravidez são a principal causa de mortalidade materna no Brasil e a segunda principal causa de mortalidade materna no mundo, com predominância das hemorragias no topo do ranking mundial. Os dados são da Organização das Nações Unidas (ONU) e alertam para a importância de medidas eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e controle adequado das complicações relacionadas à hipertensão na gestação. Hoje, no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é referência no atendimento às gestantes de alto risco da Região Sul e Entorno realizando atendimento obstétrico e partos, oferecendo também o serviço ambulatorial de pré-natal de alto risco. A especialista do IgesDF, ginecologista e obstetra do pré-natal de alto risco do HRSM, Rafaella Torres, ressalta que as síndromes hipertensivas durante a gestação são comuns e podem se manifestar de maneiras variadas e por vários fatores. “Hoje, a pré-eclâmpsia é a principal forma de manifestação das síndromes hipertensivas da gravidez. Ela é uma condição multifatorial, pois tem influência genética, ambiental, imunológica. Além disso, é multissistêmica, caracterizada por ativação inflamatória que afeta todo o organismo materno com potenciais complicações maternas como, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, crise convulsiva, insuficiência renal, coagulação intravascular disseminada e óbito materno”, explica. A especialista do IgesDF, ginecologista e obstetra do pré-natal de alto risco do HRSM, Rafaella Torres, ressalta que as síndromes hipertensivas durante a gestação são comuns e podem se manifestar de maneiras variadas e por vários fatores | Fotos: Divulgação/IgesDF Em relação ao recém-nascido, observam-se complicações decorrentes da prematuridade, que é uma das principais causas de óbito intrauterino e neonatal. “Essas complicações ressaltam a importância da vigilância e do controle adequado da pré-eclâmpsia para garantir a saúde e segurança tanto da mãe quanto do bebê durante a gestação e o parto”. Fatores de risco Rafaella Torres destaca que a primeira consulta de pré-natal é de extrema importância, pois é o momento em que são avaliados os fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “Na presença de um fator de risco alto ou pelo menos dois fatores de risco moderados, o profissional de saúde já deve indicar as formas de prevenção da pré-eclâmpsia”, informa. São considerados fatores de alto risco: história de pré-eclâmpsia, gestação múltipla, obesidade, hipertensão arterial crônica, diabetes tipo 1 ou 2, doença renal crônica, doenças autoimunes e fertilização in vitro (FIV). Já os fatores moderados de risco são: nuligesta (mulher que nunca engravidou), história familiar de primeiro grau de hipertensão, idade maior de 35 anos, intervalo de dez anos da última gravidez, condição socioeconômica desfavorável, raça preta ou parda, descolamento de placenta, restrição de crescimento fetal, trabalho de parto prematuro, óbito fetal. São considerados fatores de alto risco: história de pré-eclâmpsia, gestação múltipla, obesidade, hipertensão arterial crônica, diabetes tipo 1 ou 2, doença renal crônica, doenças autoimunes e fertilização in vitro (FIV) De acordo com a ginecologista e obstetra, as medidas preventivas que resultam em redução dos riscos de desenvolver pré-eclâmpsia são a atividade física regular, a ingestão de ácido acetilsalicílico e a suplementação de cálcio. “As gestantes devem praticar exercício físico de maneira regular, de pelo menos 140 minutos semanais, como caminhada rápida, hidroginástica, ciclismo estacionário com esforço moderado e treino de resistência”, orienta. Rafaella enfatiza que, após identificado os fatores de risco e instituída as medidas preventivas da pré-eclâmpsia, a gestante precisa manter consultas frequentes de pré-natal, avaliações seriadas do bem-estar fetal, medidas de pressão arterial diária para controle e ajuste de medicação e parto em tempo hábil indicado pelo médico obstetra. Tipos de síndromes hipertensivas A classificação mais utilizada das síndromes hipertensivas da gestação estabelece a possibilidade de quatro formas: hipertensão arterial crônica, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia/eclâmpsia e hipertensão arterial crônica sobreposta por pré-eclâmpsia. [LEIA_TAMBEM]A hipertensão arterial crônica é relatada pela gestante como manifestação prévia à gravidez ou identificada antes da 20ª semana, ou seja, pode ser que a mulher já tenha a doença diagnosticada antes mesmo de engravidar. A hipertensão gestacional costuma ocorrer após a 20ª semana de gestação, porém sem proteinúria ou sinais de disfunção de órgão alvo. Essa forma de hipertensão costuma desaparecer até 12 semanas após o parto. Além disso, há a pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica, em que o diagnóstico deve ser estabelecido em algumas situações específicas como: quando, após 20 semanas de gestação, ocorre o aparecimento ou piora da proteinúria já detectada na primeira metade da gravidez (aumento de pelo menos três vezes o valor inicial); quando gestantes portadoras de hipertensão arterial crônica necessitam de aumento das doses terapêuticas iniciais ou associação de anti-hipertensivos; e/ou na ocorrência de disfunção de órgãos-alvo. Segundo a especialista, recentemente também foi admitida a possibilidade de se incluir outras três formas clínicas de hipertensão arterial durante a gestação, sendo elas, a síndrome do jaleco branco, hipertensão mascarada e a hipertensão transitória gestacional. “A gravidez de alto risco não significa que a gestante terá complicações, não é sinônimo de cesárea, não significa que a gestante terá que ficar em repouso absoluto. Mas sim, que há um risco aumentado de complicações para a mãe ou o bebê, em comparação com uma gravidez de baixo risco. Porém, essa gestante terá acompanhamento especializado, com consultas em tempo menor, exames mais específicos, monitoramento e internação, se necessário o controle da doença”, assegura Rafaella Torres. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...
Especialista alerta para importância de prevenção e tratamento de infecção urinária na gestação
Ao descobrir uma gestação, a mulher precisa redobrar os cuidados com a saúde e iniciar o quanto antes o acompanhamento com as consultas de pré-natal. Uma intercorrência muito comum entre as mulheres, que pode ocorrer na gravidez, a infecção urinária gera preocupação entre os obstetras e acende um sinal de alerta das futuras mamães. A mulher está mais propensa a desenvolver infecção urinária durante a gravidez por conta das mudanças naturais do período gestacional, incluindo anatomia e volume abdominal. Durante a gravidez, há uma espécie de dilatação do sistema urinário e isso favorece a ocorrência de estase urinária (a urina fica parada, acumulada). É necessário agir rapidamente, pois as bactérias se proliferam e causam infecção urinária, além de aumentar o risco de parto prematuro. Quando não tratada, a infecção urinária pode causar partos prematuros | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF “A infecção do trato urinário tem o potencial de promover complicações graves, como prematuridade e sepse materna e neonatal. Cerca de 30% das gestantes podem apresentar infecção sem sintomas e, se não tratadas, evoluem para formas mais graves”, alerta a ginecologista e obstetra do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Kheylla Gonzales. Quando não tratada, a infecção urinária pode causar: aborto espontâneo; bebês podem desenvolver doenças respiratórias, como asma e pneumonia; infecção renal; parto prematuro; risco de mortalidade neonatal; e sepse (com risco de óbito). Segundo a especialista, o indicado é manter uma alimentação saudável, ingerir pelo menos dois litros de água diariamente, não esperar muito tempo para ir ao banheiro, com intervalos entre 2h ou 3h no máximo, evitar a utilização de duchas vaginais. Além disso, realizar a higiene íntima de maneira correta, sempre da frente para trás. Após evacuar, o indicado é tomar banho para fazer a limpeza completa da área. Durante a gravidez, há uma espécie de dilatação do sistema urinário e isso favorece a ocorrência de estase urinária (a urina fica parada, acumulada) Os principais sintomas de infecção urinária na gravidez são: desconforto abdominal; dor ou queimação ao urinar; febre baixa; frequente necessidade de urinar, mesmo que a bexiga não esteja cheia; presença de sangue na urina; sensação de não esvaziamento da bexiga após ir ao banheiro. Importância do pré-natal De acordo com Kheylla Gonzales, o mais importante mesmo é ir ao pré-natal, além dos cuidados gerais com a saúde e higiene íntima. “Ir às consultas e fazer os exames, porque dentro do cronograma da gestante, a gente tem os exames que a gente já faz de rotina. Então, se ela tiver dentro da taxa das pacientes que não vão sentir nenhuma queixa urinária, mas pode estar com a bactéria causadora da infecção urinária, conseguimos identificar e fazer o tratamento precoce. Por isso, é tão importante ela estar em acompanhamento médico mesmo”, explica. A ginecologista e obstetra destaca que nos casos de pré-natal de baixo risco o Ministério da Saúde (MS) recomenda um número mínimo de seis consultas, intercaladas entre profissionais médicos e enfermeiros, com início precoce (primeira consulta deve ocorrer no primeiro trimestre, até a 12ª semana gestacional). O início oportuno do pré-natal é essencial para intensificar a relação entre a equipe e as gestantes, auxiliar no diagnóstico precoce de alterações, realização de intervenções adequadas e identificação de expectativas em relação à gestação. “As consultas de pré-natal devem ser mensais, até a 28ª semana gestacional; quinzenais: até a 36ª semana e semanais, a partir da 36ª semana até o parto. Porém, no pré-natal de alto risco, as consultas podem ocorrer semanalmente, a depender da gravidade da paciente”, conclui. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Maio Furta-Cor alerta para cuidados com a saúde mental na maternidade
O mês de maio é dedicado às mães e, na saúde, não é diferente. Denominado de Maio Furta-Cor, o mês é reservado para tratar da saúde mental materna. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma a cada cinco mulheres brasileiras sofre com depressão pós-parto, no período de 6 a 18 meses do bebê. “Estudos mundiais estimam que 3,7 mulheres cometem suicídio no pós-parto a cada 100.000 nascidos vivos” Carolina Leão, psicóloga e membro do GCDRAPS Em panorama mundial, dados apontam que o sofrimento mental materno pode ser tão intenso a ponto de causar suicídio, sendo uma das principais causas de morte de mulheres no primeiro ano de vida após o parto. “Estudos mundiais estimam que 3,7 mulheres cometem suicídio no pós-parto a cada 100.000 nascidos vivos”, explica a psicóloga e membro do Grupo Condutor Distrital da Rede de Atenção Psicossocial (GCDRAPS), Carolina Leão. Entre a gestação e o primeiro ano de vida do bebê, a mãe fica dez vezes mais suscetível a desenvolver algum tipo de transtorno mental. A saúde mental materna também é abalada em razão de alterações hormonais, da jornada extenuante para equilibrar o contexto familiar e profissional, ou por intercorrências no parto, perdas gestacionais, prematuridade, entre outras questões. Entre a gestação e o primeiro ano de vida do bebê, a mãe fica dez vezes mais suscetível a desenvolver algum tipo de transtorno mental | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Andra Luzia Soares, 32 anos, jamais esperava que teria de cuidar da sua pequena Maitê por três meses em uma Unidade de Cuidado Neonatal. Devido a um quadro de pré-eclâmpsia, a bebê nasceu prematura e precisou de internação. “No começo, tive muita dificuldade de aceitar, porque planejei muitas coisas para a minha gravidez. De repente, você vê tudo aquilo indo por água abaixo e você fica desestruturada”, relata. Com o acompanhamento neonatal realizado no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Andra conseguiu superar o momento e cuidar da filha. “Conforme os dias foram passando, entendi que tinha de aceitar a situação que estava vivendo para cuidar dela e cuidar de mim, além de vivenciar o momento. Nenhuma mãe se prepara para ter seu filho antes da hora, mas acontece”, conta. Alterações hormonais Entre os temas, o mês é dedicado a conscientizar as mulheres sobre as mudanças emocionais que ocorrem durante e após a gestação. “Falamos em especial de todas as alterações psicofisiológicas que ocorrem ao longo de todo ciclo gravídico puerperal. Quando uma mulher engravida, há uma mudança completa do ponto de vista hormonal, que influencia sua habilidade psíquica”, explica a psicóloga da Unidade de Neonatologia do Hospital de Ceilândia (HRC), Denise Percilio. A prevenção de transtornos mentais maternos se inicia na assistência pré-natal, quando os profissionais de saúde identificam riscos e encaminham para o tratamento necessário Logo após o parto, de forma abrupta, os hormônios presentes durante a gestação cedem lugar a outros para a produção de leite, influenciando o aspecto emocional da mulher. “É uma fase chamada de ‘blues’ pós-parto. Não é um sintoma patológico, mas uma alteração hormonal seguida de alterações psíquicas. Temos casos que evoluem para a depressão puerperal e outros mais complexos que chegam ao desencadeamento de uma psicose”, explica. Prevenção A prevenção de transtornos mentais maternos se inicia na assistência pré-natal, quando os profissionais de saúde observam o histórico da gestante de saúde mental, se a gravidez foi planejada e desejada, o contexto da rede de apoio e os fatores de risco. Identificando o risco, a equipe de saúde poderá realizar encaminhamento para os tratamentos necessários. “Outras formas de prevenção envolvem a educação da sociedade para uma redistribuição de carga doméstica e de cuidado com os filhos com outros atores, além do pai e família extensa”, detalha a psicóloga Carolina Leão. Nem sempre a mulher irá perceber que a saúde mental não vai bem, devido a situação em que está inserida de oscilações hormonais, privação de sono e demandas do bebê. Por isso, a especialista ressalta a importância de observar sinais persistentes. “Quando o choro é intenso e perdura por mais de um mês, quando os pensamentos ruins envolvendo o bebê ou uma vontade de sumir forem recorrentes, quando o autocuidado está muito prejudicado, a mulher ou quem convive com ela deve buscar ajuda”, detalha. Atendimento Na rede pública, a prevenção e cuidado se iniciam na Unidade Básica de Saúde (UBS) do território de origem, com a realização do pré-natal. Neste momento, são identificadas as gestantes que apresentem alterações psíquicas ao longo da gestação, assim como fatores de risco. Em casos necessários, as gestantes são encaminhadas às policlínicas e unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Além disso, há um ambulatório de saúde mental perinatal de referência no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), destinado às gestantes e mães com transtornos mentais mais graves. *Com informações da SES-DF
Ler mais...
Hospital da Criança de Brasília é referência em epilepsia infantil
A epilepsia, uma doença com múltiplas causas, pode ser geneticamente determinada quanto resultado de quadros como infecções do sistema nervoso central ou casos de zika ou toxoplasmose na gestação. Por ser muito comum em todo o mundo, a condição neurológica tem o 9 de setembro marcado como Dia Nacional e Latino-americano de Conscientização da Epilepsia. No Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), a doença é responsável por 40% dos atendimentos da neurologia. O Hospital é referência no tratamento de crianças com esse diagnóstico.O ambulatório realiza cerca de 350 atendimentos por mês. Arte: HCB “A epilepsia é uma condição neurológica das mais comuns; afeta cerca de 45 milhões de pessoas ao redor do mundo, em todas as faixas etárias, e é caracterizada por uma predisposição crônica do cérebro em produzir crises convulsivas”, explica a neurologista do HCB Maria Olívia Fernandes. “Temos hoje um ambulatório de dieta cetogênica (pobre em carboidratos), que oferece tratamento para os pacientes com epilepsia fármaco resistente – a porcentagem de pacientes que não conseguem ficar livres de crises com o uso habituado das medicações”, conta Fernandes. O HCB se prepara, ainda, para realizar intervenções cirúrgicas nas crianças que tiverem indicação, visando mais qualidade de vida para os pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Datas de conscientização Segundo o neurocientista e professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Li Li Min, o Brasil adotou o 9 de setembro em 2003, depois do I Encontro Nacional das Associações e Movimentos de Familiares Amigos da Epilepsia. “Além dessa data, temos o 26 de março, que é o Dia Mundial de Epilepsia (é o Dia do Roxo) e, mais recente, o Dia Internacional da Epilepsia, que é a segunda segunda-feira de fevereiro”, conta. A neurologista do HCB Janaína Monteiro explica que a existência de datas específicas para conscientizar sobre a epilepsia ajuda a reduzir preconceitos sobre a doença. “São pacientes que são muito discriminados pela sociedade. Também serve para alertar quanto à importância do atendimento adequado dessas crianças, para que possam ter uma evolução mais favorável e melhor qualidade de vida”, esclarece a médica. *Com informações do HCB
Ler mais...