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Profissionais da rede pública de saúde são capacitados em emergências obstétricas

Com o objetivo de aprimorar o atendimento a gestantes e reduzir riscos para mães e bebês, profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal participaram, nesta segunda-feira (31/3), de um curso de capacitação em emergências obstétricas. As aulas foram ministradas no Centro de Treinamentos do Núcleo de Educação e Urgências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com uso da metodologia de simulação realística para treinar habilidades essenciais no enfrentamento de complicações maternas e neonatais. Profissionais da rede pública do DF passam por treinamento em emergências obstétricas para garantir um atendimento mais seguro e eficaz a gestantes e bebês | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Para o enfermeiro Renato Lopes Santos, que trabalha na Secretaria de Saúde (SES-DF) há seis anos e participou do curso, a iniciativa é fundamental para garantir um atendimento mais seguro e eficaz. “Essa é uma oportunidade fantástica de atualização. A secretaria nos oferece essa capacitação, que está diretamente alinhada com nossa prática diária. O treinamento nos prepara para situações em que uma intervenção rápida pode salvar vidas”, afirma. Nesta edição, 30 médicos e enfermeiros de diversos centros obstétricos da rede pública participaram da capacitação. De acordo com a gerente de Serviços de Enfermagem Obstétrica e Neonatal da SES-DF, Gabrielle Oliveira de Mendonça, mais de 250 profissionais foram treinados desde 2019. Para o enfermeiro Renato Lopes Santos, que participou do curso, a iniciativa é fundamental para garantir um atendimento mais seguro e eficaz Ela detalha que a capacitação busca atuar diretamente sobre as chamadas “três demoras”, apontadas como principais causas de óbito materno: a demora em perceber a necessidade de atendimento, a dificuldade de acesso à assistência e a tardia intervenção hospitalar. “Nosso objetivo é preparar os profissionais para agir no momento correto, garantindo uma resposta rápida e eficaz dentro das unidades de saúde”, enfatiza. “Fui voluntária para dar aulas nesse curso pela primeira vez em 2019, quando a mortalidade materna estava alta no DF. A capacitação teve um impacto significativo”, relata a voluntária e ginecologista Lucila Nagata Foco na prevenção A formação abordou temas críticos, como hemorragia pós-parto, hipertensão gestacional e sepse materna. A ginecologista aposentada Lucila Nagata, voluntária no curso, ressalta a importância da reciclagem profissional. “Fui voluntária para dar aulas nesse curso pela primeira vez em 2019, quando a mortalidade materna estava alta no Distrito Federal. A capacitação teve um impacto significativo, reduzindo os óbitos no ano seguinte. Desde então, seguimos aprimorando o curso para garantir mais segurança a gestantes e bebês”, explica. Para a voluntária e médica intensivista Samara Godelho, a informação é um dos pilares essenciais para a prevenção. Segundo a profissional, as gestantes devem estar atentas à própria saúde, buscar acompanhamento pré-natal adequado e se manter informadas sobre os sinais de alerta que indicam a necessidade de atendimento imediato. “O mais importante é que as gestantes estejam bem informadas e engajadas no próprio pré-natal. Elas devem conversar com seus médicos para entender sua condição de saúde, conhecer os sinais de alerta. Ter essa consciência e acesso às informações corretas pode salvar vidas”, conclui. *Com informações da SES-DF  

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Especialista alerta para importância de prevenção e tratamento de infecção urinária na gestação

Ao descobrir uma gestação, a mulher precisa redobrar os cuidados com a saúde e iniciar o quanto antes o acompanhamento com as consultas de pré-natal. Uma intercorrência muito comum entre as mulheres, que pode ocorrer na gravidez, a infecção urinária gera preocupação entre os obstetras e acende um sinal de alerta das futuras mamães. A mulher está mais propensa a desenvolver infecção urinária durante a gravidez por conta das mudanças naturais do período gestacional, incluindo anatomia e volume abdominal. Durante a gravidez, há uma espécie de dilatação do sistema urinário e isso favorece a ocorrência de estase urinária (a urina fica parada, acumulada). É necessário agir rapidamente, pois as bactérias se proliferam e causam infecção urinária, além de aumentar o risco de parto prematuro. Quando não tratada, a infecção urinária pode causar partos prematuros | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF “A infecção do trato urinário tem o potencial de promover complicações graves, como prematuridade e sepse materna e neonatal. Cerca de 30% das gestantes podem apresentar infecção sem sintomas e, se não tratadas, evoluem para formas mais graves”, alerta a ginecologista e obstetra do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Kheylla Gonzales. Quando não tratada, a infecção urinária pode causar: aborto espontâneo; bebês podem desenvolver doenças respiratórias, como asma e pneumonia; infecção renal; parto prematuro; risco de mortalidade neonatal; e sepse (com risco de óbito). Segundo a especialista, o indicado é manter uma alimentação saudável, ingerir pelo menos dois litros de água diariamente, não esperar muito tempo para ir ao banheiro, com intervalos entre 2h ou 3h no máximo, evitar a utilização de duchas vaginais. Além disso, realizar a higiene íntima de maneira correta, sempre da frente para trás. Após evacuar, o indicado é tomar banho para fazer a limpeza completa da área. Durante a gravidez, há uma espécie de dilatação do sistema urinário e isso favorece a ocorrência de estase urinária (a urina fica parada, acumulada) Os principais sintomas de infecção urinária na gravidez são: desconforto abdominal; dor ou queimação ao urinar; febre baixa; frequente necessidade de urinar, mesmo que a bexiga não esteja cheia; presença de sangue na urina; sensação de não esvaziamento da bexiga após ir ao banheiro. Importância do pré-natal De acordo com Kheylla Gonzales, o mais importante mesmo é ir ao pré-natal, além dos cuidados gerais com a saúde e higiene íntima. “Ir às consultas e fazer os exames, porque dentro do cronograma da gestante, a gente tem os exames que a gente já faz de rotina. Então, se ela tiver dentro da taxa das pacientes que não vão sentir nenhuma queixa urinária, mas pode estar com a bactéria causadora da infecção urinária, conseguimos identificar e fazer o tratamento precoce. Por isso, é tão importante ela estar em acompanhamento médico mesmo”, explica. A ginecologista e obstetra destaca que nos casos de pré-natal de baixo risco o Ministério da Saúde (MS) recomenda um número mínimo de seis consultas, intercaladas entre profissionais médicos e enfermeiros, com início precoce (primeira consulta deve ocorrer no primeiro trimestre, até a 12ª semana gestacional). O início oportuno do pré-natal é essencial para intensificar a relação entre a equipe e as gestantes, auxiliar no diagnóstico precoce de alterações, realização de intervenções adequadas e identificação de expectativas em relação à gestação. “As consultas de pré-natal devem ser mensais, até a 28ª semana gestacional; quinzenais: até a 36ª semana e semanais, a partir da 36ª semana até o parto. Porém, no pré-natal de alto risco, as consultas podem ocorrer semanalmente, a depender da gravidade da paciente”, conclui. *Com informações do IgesDF

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DF promove ações de prevenção à gravidez na adolescência

[Olho texto=”“Estamos falando de adolescentes que desenvolvem problemas de saúde por causa da gestação, abandonam a escola, não conseguem emprego e perdem o acesso à oportunidade de uma vida melhor”” assinatura=”– Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] Fevereiro começou com um debate importante em todo o país: a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, instituída por lei em 2019. No Distrito Federal, as ações serão distribuídas ao longo do mês, tendo como foco a conscientização de adolescentes e a capacitação de conselheiros tutelares e demais servidores que atuam com esse público. A campanha é promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Instituto de Educação, Esporte, Cultura e Artes Populares (Iecap). “A melhor forma de prevenir a gravidez na adolescência é com educação, alertando tanto as meninas quanto os meninos sobre os impactos de uma gestação precoce em seu desenvolvimento”, afirma a titular da Sejus, Marcela Passamani. “Estamos falando de adolescentes que desenvolvem problemas de saúde por causa da gestação, abandonam a escola, não conseguem emprego e perdem o acesso à oportunidade de uma vida melhor. São muitas as consequências sociais e econômicas da gravidez na adolescência, que perpetuam um ciclo vicioso de pobreza e baixa escolaridade.” Serão debatidos pontos que envolvem a questão da gestação durante a adolescência  | Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde Marcada para a próxima terça (8), a primeira atividade envolve um bate-papo presencial com adolescentes da Cidade Estrutural, no Centro da Juventude, das 20h às 21h30. Esse evento será promovido também com jovens de Samambaia no dia 17, das 14h às 15h30, no Centro da Juventude do local. A programação inclui ainda a capacitação de conselheiros tutelares, servidores e integrantes da sociedade civil, que terão a oportunidade de participar de uma atividade online no dia 11. O evento será veiculado na plataforma Zoom e transmitido ao vivo no canal do UNFPA do YouTube, às 10h. Na ocasião, será apresentado o estudo do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) sobre pontos relevantes que rodeiam a gravidez na adolescência. Dados Um estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) revela que o número de partos de mães adolescentes (entre 10 e 19 anos) ocorridos no DF diminuiu significativamente nos últimos anos, passando de 9.421, em 2000, para 5.266 em 2016. Em 2018, a proporção de partos de mães adolescentes no DF ficou em 10%, o menor índice do país. No Brasil, esse percentual era de 16%. Perfil das mães adolescentes De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2018, 7.077 adolescentes de 14 a 19 anos eram mães, o que correspondia a 5,1% das meninas nessa faixa etária no Distrito Federal. As regiões que concentravam os maiores percentuais de mães adolescentes eram Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. Em relação ao perfil étnico-racial, 81% eram negras. Além disso, 75% tinham renda familiar per capita de até meio salário mínimo, 69% não estavam no ensino formal e 17% estavam ocupadas no mercado de trabalho. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania

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Busca por pré-natal cresce 9,2% na pandemia

Nos últimos dois anos, mais de 358 mil mulheres tiveram assistência | Foto: Arquivo/Agência Brasília Devido a pandemia do novo coronavírus, os atendimentos de pré-natal reduziram 64% no Brasil, conforme dados apresentados pelo Ministério da Saúde. No entanto, no Distrito Federal, o cenário foi bem diferente: as consultas aumentaram 9,2% em 2020 se comparado com o ano de 2019. Nos últimos dois anos, mais de 358 mil mulheres tiveram assistência. Para evitar que gestantes sejam infectadas pela covid-19, a Secretaria de Saúde implementou uma série de medidas para evitar a contaminação de grávidas e puérperas durante os atendimentos. [Olho texto=”“O pré-natal tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da gestação para prevenir eventos adversos para a mãe e o bebê”” assinatura=”técnica de saúde feminina na atenção primária de saúde, Viviane Albuquerque” esquerda_direita_centro=”direita”] A técnica de saúde feminina na atenção primária de saúde, Viviane Albuquerque, explica que além das recomendações de segurança, também foi adotado o teleatendimento. “Foi um serviço bastante utilizado para evitar que elas saíssem de suas casas e fossem até as UBS [Unidades de Saúde Pública], só em casos estritamente necessários”, comenta. Viviane ressalta a importância das grávidas continuarem fazendo o atendimento médico. “O pré-natal tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da gestação para prevenir eventos adversos para a mãe e o bebê”, afirma. “É uma forma de garantir que a gravidez ocorra de forma tranquila, que o neném nasça no período determinado, evitando partos prematuros”, informa.         Durante as consultas, as gestantes realizam exames, principalmente no primeiro encontro com a equipe médica. “Precisamos saber se ela tem alguma comorbidade e necessita de mais atenção, caso a gravidez seja de risco. Caso não, a cada trimestre há exames específicos para verificar o crescimento do abdômen, ganho de peso, como ela está se adaptando psicologicamente, entre outros”, finaliza.   Pesquisador financiado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF), o médico André Morais Nicola, reforça a importância de as grávidas manterem o isolamento social. “Assim como os outros cuidados, como o uso de máscara é álcool gel. Os protocolos continuam sendo de extrema importância para evitar a contaminação da doença”, salienta.   Onde receber atendimento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O atendimento de pré-natal é feito nas 174 Unidades de Saúde Básica (UBS). Os locais foram preparados para receber as pacientes, sem as colocarem em risco. “Cada unidade decide de que forma as consultas serão feitas, se será pela manhã ou à tarde. Assim que a pessoa chega, a temperatura é aferida e há separação dos infectados pela covid-19. Todos os profissionais usam os equipamentos de segurança e higienizam o consultório a cada consulta”, explica Viviane Albuquerque. No site da Secretaria de Saúde você encontra a UBS mais perto de você. Para ser atendido, basta levar um documento de identificação com foto, o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e, se possível, um comprovante de residência.

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Após sofrer um AVC, mãe segura filha recém-nascida pela primeira vez

O pai da criança, o autônomo Luis Felipe Santana, 21 anos, diz que Eliza tem sido a razão para toda a família acreditar em dias melhores | Foto: Iges/DF Após mais de um mês internada no Hospital de Base (HB) por conta de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido logo após dar à luz, Gabrielle Lopes Landim, 21 anos, pôde, enfim, rever a filha recém-nascida. O reencontro com Eliza ocorreu na sexta-feira (26), organizado pela equipe da Unidade de Neurocirurgia, onde a mãe foi operada e recebe os cuidados pós-cirurgia. Ainda com dificuldades para falar, a mãe de primeira viagem resumiu em uma palavra o que sentia ao ver a filha: gratidão. [Olho texto=”Acreditamos que o pior já passou e que, muito em breve, minha irmã vai levar uma vida normal, ao lado do marido e da filha” assinatura=”Rômulo Michael Lopes, irmão ” esquerda_direita_centro=”direita”] O irmão de Gabrielle, Rômulo Michael Lopes, 33 anos, levou a sobrinha para rever a mãe. “Este é um momento muito esperado por nossa família”, destacou. “Acreditamos que o pior já passou e que, muito em breve, minha irmã vai levar uma vida normal, ao lado do marido e da filha”, disse, emocionado. A pequena Eliza nasceu no Hospital Regional de Ceilândia em 21 de janeiro deste ano, às 15h45. Alguns minutos depois da cesariana, Gabrielle teve um AVC hemorrágico e precisou ser transferida às pressas para o HB. “Foi um grande susto para nós”, lembrou o tio. “Mas, felizmente, ela recebeu todo o atendimento necessário. Minha irmã foi transferida no mesmo dia para o Hospital de Base e levada direto para uma sala que estava pronta para ela”, relembrou. A paciente passou por cirurgia logo que anoiteceu e o procedimento foi bem-sucedido. “Desde então, ela tem sido bem atendida por todo o corpo clínico. Eu mesmo já conheço muitos desses profissionais pelo nome. São anjos que estão aqui para nos ajudar”, elogiou Rômulo Lopes, também padrinho da pequena Eliza. A mãe de Gabrielle, Vera Lúcia Lopes, de 51 anos, tem cuidado da neta durante o período de internação da filha. E comemora que a bebê está super bem de saúde. “Ela nasceu com 3,4 quilos e 49 centímetros. Agora, está com 4,6 quilos e 52 centímetros”, informou, orgulhosa. Moradora de Ceilândia, Vera Lúcia tem cinco filhos e doze netos. “Eles são os meus bens mais preciosos.” [Olho texto=”Cuidar é isso. É ter empatia, é humanizar, é transbordar amor” assinatura=”Amanda Borges Oliveira, supervisora de Enfermagem” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o pai da criança, o autônomo Luis Felipe Santana, 21 anos, Eliza tem sido a razão para toda a família acreditar em dias melhores. “Esse AVC foi um grande baque para todos nós, já que a gravidez da minha esposa foi totalmente saudável”, observou. Luis Felipe visita Gabrielle a cada dois dias no HB e tem visto a evolução do quadro de saúde da esposa, que ainda aguarda previsão de alta hospitalar. “Antes, ela nem podia falar, agora já consegue, mesmo que pouco. Sei que em breve vai receber alta e poderemos criar a nossa filha juntos.” A pequena Eliza nasceu no Hospital Regional de Ceilândia em 21 de janeiro. E só no dia 26 de fevereiro reencontrou a mãe | Foto: Iges/DF Empatia O encontro de hoje foi organizado por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais da Unidade de Neurocirurgia do HB. “A Gabrielle chegou em estado crítico, e todos ficamos comovidos com a história”, contou Amanda Borges Oliveira, supervisora de Enfermagem do setor. “Conversei com a psicóloga para verificar se ela reagiria bem ao ver sua filhinha pela primeira vez depois do incidente. Cuidar é isso. É ter empatia, é humanizar, é transbordar amor”, concluiu Amanda. *Com informações do Iges/DF

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Divulgado estudo sobre gravidez na adolescência no DF

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou nesta terça-feira (2) o estudo Gravidez na adolescência no Distrito Federal: uma análise de 2000 a 2016. O documento traz informações sobre volume e proporção de partos entre mães adolescentes no Brasil e no DF, distribuição de nascimentos e mães adolescentes por grupos de regiões administrativas (RAs) de acordo com a renda, perfil do parto e gestação das mães adolescentes, mortalidade neonatal e das mães adolescentes e o perfil sociodemográfico das mães adolescentes no DF. “Trata-se de um tema que engloba uma série de políticas públicas intersetoriais, como saúde, assistência social, educação, gênero e juventude”, resume o presidente da Codeplan, Jean Lima. “Para discutir sobre o assunto, é necessário que tenhamos dados e informações consolidadas para entendermos o impacto dessa temática na vida de adolescentes no Distrito Federal.” [Olho texto=”“Trata-se de um tema que engloba uma série de políticas públicas intersetoriais, como saúde, assistência social, educação, gênero e juventude”” assinatura=”– Jean Lima, presidente da Codeplan” esquerda_direita_centro=”centro”] A publicação também ganha destaque na avaliação da secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “Faz parte da nossa discussão e do nosso planejamento ter um olhar atento para os direitos das meninas jovens e adolescentes”, destaca. “Quando falamos sobre a garantia da saúde sexual e reprodutiva das mulheres, estamos falando de acesso à informação e a métodos contraceptivos. Para isso, quando identificamos o impacto que uma gravidez precoce inesperada gera na vida de uma mãe adolescente, em todas as esferas sociais, precisamos unir esforços para pensar ações e políticas integradas voltadas para ela”. Também o secretário de Juventude, Kedson Rocha, endossa a importância desse material. “É fundamental compreendermos a realidade das nossas adolescentes para que possamos de fato assisti-las dentro de suas necessidades e, como o próprio estudo sugere, adotar medidas eficazes como gestores públicos”, afirma. [Olho texto=”É fundamental compreendermos a realidade das nossas adolescentes para que possamos de fato assisti-las dentro de suas necessidades”” assinatura=”– Kedson Rocha, secretário de Juventude” esquerda_direita_centro=”centro”] Os dados revelam que o número de partos de mães adolescentes (entre 10 e 19 anos) ocorridos no DF diminuiu significativamente, passando de 9.421, em 2000, para 5.266 em 2016, segundo o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc). No âmbito nacional, 743.194 partos ocorridos em 2000 eram de mães adolescentes. Em 2016, esse número foi de 509.956 partos. Em 2018, a proporção de partos de mães adolescentes no DF ficou em 10%, o menor índice do país. No Brasil, esse percentual era de 16%. A participação das mães adolescentes de 10 a 14 anos no número de partos ocorridos no DF correspondia a 0,58% em 2000, caindo para 0,38% em 2016. Já o percentual de participação das mães adolescentes de 15 a 19 anos caiu de 19,01%, em 2000, para 11,40%, em 2016. No Brasil, as mães adolescentes de 10 a 14 anos respondiam por 0,88% dos partos em 2000 e 0,83% em 2016, enquanto as de 15 a 19 anos respondiam por 22,40% e 16,56%, respectivamente. O estudo mostra as diferenças significativas na proporção de mães adolescentes entre as RAs do DF. Em 2016, 0,6% dos partos eram de mães adolescentes de 10 a 14 anos, 17,3% de mães adolescentes de 15 a 19 anos que residiam em regiões de baixa renda e 0,1% de mães adolescentes de 10 a 14 anos e 2,6% de mães adolescentes de 15 a 19 anos residentes em regiões de alta renda. A proporção de mães adolescentes  de 10 a 19 anos variou de 0,86% no Sudoeste/Octogonal a 22,03%, na SCIA/Estrutural. Perfil das mães adolescentes De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2018, 7.077 adolescentes de 14 a 19 anos eram mães, o que correspondia a 5,1% das meninas nessa faixa etária no Distrito Federal. Nas regiões de média-baixa renda (Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião), 7,2% das adolescentes de 14 a 19 anos eram mães, enquanto nas regiões de média-alta renda (Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires), esse percentual era de 2,2%. Entre as mães adolescentes, 81% eram negras; 17% eram casadas ou estavam em união estável regularizada pelo cartório; 35% eram responsáveis ou companheiras de responsáveis pelo domicílio; 54% moravam na mesma residência que seus parceiros; 15% tinham mais de um filho; 75% tinham renda familiar per capita de até meio salário mínimo; 69% não estavam no ensino formal e 17% estavam ocupadas no mercado de trabalho. Confira o estudo na íntegra. Acesse o sumário executivo.

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Fala, Adolescente!

O índice de gravidez na adolescência no Brasil está acima da média mundial. Em 2020, registrou-se que, a cada mil brasileiras entre 15 e 19 anos, 53 tornam-se mães. No mundo, são 41, conforme relatório lançado recentemente pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa). A média da América Latina é de 62 meninas, a cada mil, que engravidam nesta faixa etária. Os dados reforçam a necessidade de tratar a gravidez na adolescência como uma questão de saúde pública. Por isso, as secretarias da Mulher, da Saúde e da Justiça e Cidadania do Governo do Distrito Federal, em parceria com o Unfpa, criaram o projeto “Fala, Adolescente! Jornada pela Prevenção da Gravidez Não Intencional na Adolescência”. A atividade faz parte da Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que será realizada nesta semana, a partir desta segunda-feira (1º) até a próxima sexta-feira (5). A ação tem como objetivo reunir adolescentes e jovens, residentes em diferentes regiões administrativas do DF, para debater e replicar medidas preventivas e educativas sobre esse tema. “Vamos dialogar diretamente com o público adolescente, garantindo que ele tenha protagonismo e voz para expor o que pensam, suas vivências, medos e até contribuir com sugestões na formulação de políticas públicas”, explicou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Esses jovens vão participar de três dias de encontro – 1°, 3 e 5 de fevereiro, quando serão realizadas palestras sobre direitos sexuais e reprodutivos; métodos contraceptivos; responsabilidade parental, além de debates sobre a escolha do melhor momento para engravidar, entre outros temas. O foco é a redução da vulnerabilidade que representa uma gravidez na adolescência, especialmente quando ela não é feita de forma consciente ou é resultado de uma situação de violência. “A gravidez quando na adolescência, desejada ou não, produz uma série de impactos na vida das jovens, tanto na área familiar, social, quanto pessoal e influencia diretamente a autonomia econômica dela no futuro. Nessa semana temos a oportunidade conscientizar a todos por meio do diálogo quanto a todas essas questões”, explica a Secretária da Mulher, Ericka Filippelli. [Olho texto=”A ideia é promover a inserção de adolescentes e jovens no processo de formulação, implementação e avaliação de ações voltadas à adolescência e à juventude no DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, considerou a parceria com o Fundo de População das Nações Unidas um passo importante na conscientização de adolescentes quanto à prevenção da gravidez não intencional. “A gravidez na adolescência traz repercussões significativas na vida desses jovens, com interferências na formação profissional, no desenvolvimento intelectual e mesmo na saúde dessas pessoas, ao longo de todas as suas vidas”, acrescentou Okumoto. Gravidez na adolescência é mais frequente entre jovens de baixa escolaridade | Foto: Arquivo/Agência Brasília Importante ressaltar que no contexto brasileiro, o relatório acima referido aponta que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre as meninas com menores escolaridade, renda e acesso a serviços públicos, além das que estão em situação de maior vulnerabilidade social. Assim, a discussão do tema ser torna ainda mais urgente uma vez que as mães precoces tendem a ter menos acesso às informações preventivas e também estão mais expostas às práticas de violências”Não há tempo a perder quando se trata de garantir que meninas e adolescentes possam exercer direitos e aproveitar oportunidades. Investir na prevenção da gravidez precoce é investir no desenvolvimento socioeconômico e sustentável. O futuro depende disso”, disse Astrid Bant, Representante do Fundo de População da ONU no Brasil. Multiplicadores Durante as oficinas do Fala, Adolescente!, os jovens terão oportunidade dividir a própria história, os conhecimentos e as experiências sobre o tema. A partir da vivência individual e com tutoria dos organizadores, eles irão produzir vídeos sobre o que aprenderam, mas em uma linguagem que alcance outros jovens. O material será replicado nas redes sociais e em ambientes frequentados pelo público-alvo, como escolas, por exemplo. A ideia é promover a inserção de adolescentes e jovens no processo de formulação, implementação e avaliação de ações voltadas à adolescência e à juventude no Distrito Federal. Quem já está com presença confirmada nos debates (via Zoom, plataforma de conferência on-line) são adolescentes e jovens do Distrito Federal, selecionados previamente para participar da ação. *Com informações da Secretaria da Mulher e da Sejus

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Mortalidade materna diminui em todo o Distrito Federal

Em um ano, o Distrito Federal reduziu em 16,5% a quantidade de óbitos maternos. Enquanto, em 2018, havia 10,3 mil mortes por 100 mil nascidos, no ano seguinte (2019), esse número caiu, ficando em  8,6 mil para 100 mil nascidos. Esses indicadores, computados como Razão de Mortalidade Materna (RMM), sinalizam a qualidade de atenção à saúde das mulheres: quanto mais baixo o número, melhor o nível de atenção dada. “Os investimentos, planejamento e ações do governo Ibaneis são fatores determinantes nessa conquista, que também precisa ser atribuída ao esforço e dedicação dos profissionais de saúde”, explica o secretário de Saúde, Francisco Araújo. Ele ressalta que a queda nesses números reflete as estratégias adotadas pelas áreas de saúde da gestão atual do GDF. Óbito materno é definido como a morte de uma mulher ocorrida durante a gestação, parto ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, por qualquer fato relacionado à gravidez, não incluídos agentes acidentais ou incidentais. No DF, as causas que mais têm atingido esse público são hemorragia, sepse e hipertensão. Ações integradas A redução dos índices de morte materna no DF se deve a ações realizadas no âmbito da Rede Cegonha, bem como a oficinas e capacitações e à reorganização dos comitês de óbitos maternos nas regiões de saúde do DF. A transformação do atendimento no DF para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e a distribuição das equipes ajudaram a Secretaria de Saúde (SES) a chegar às populações com maior vulnerabilidade em casa. Diminuir a mortalidade materna é um desafio que envolve setores públicos e privados. A SES encabeça as políticas públicas de maneira a focar no alinhamento das ações nesse campo. São organizados encontros qualificados para discutir os óbitos maternos ocorridos no DF, envolvendo a Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia da SES, juntamente com o Comitê de Óbito Central e os comitês presentes nas sete regiões de saúde. De forma permanente, o Comitê de Óbito Central promove capacitações, oficinas e reuniões que ajudam a identificar ações imediatas e em longo prazo para combater a mortalidade materna. As principais parceiras são Rede Cegonha, Referência Distrital de Ginecologia e Obstetrícia, Diretoria de Enfermagem, Gerência de Terapia Intensiva do Serviço Móvel de Urgência (Samu) e Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (Eapsus). Só em 2019, foram promovidos 12 cursos envolvendo 322 profissionais já aptos a replicar esse conhecimento. Mapeamento e visitas “Antes, no atendimento tradicional, a demanda era pela busca da paciente”, compara a presidente do Comitê Central de Prevenção e Controle do Óbito Materno, Miriam Santos. “Com a ESF, mapeamos os territórios e os agentes comunitários de saúde realizam o cadastro dessa paciente e visitam a casa. É uma busca proativa, preconizada pelo Ministério da Saúde, e que permite o acompanhamento dessa gestante. Mesmo que ela não vá à unidade, um profissional consegue ir até ela.” Miriam lembra que a portaria de vinculação da gestante à unidade de parto evita que essa mãe recorra a outras unidades de saúde para atendimento – o que acarretaria numa espera sem regulação e sobrecarga a outros serviços. A gestora também destaca a criação da carreira do enfermeiro obstetra na SES. Das 20 vagas em concurso, a pasta já convocou todos os aprovados, além de profissionais do cadastro reserva, totalizando 65 convocados.

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